fronteiras exploratórias onshore - anp - luis eduardo

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Luís Eduardo Duque Dutra Chefe de Gabinete, DG/ANP Salvador, 11 de novembro de 2011 Fronteiras exploratórias em terra - a visão do regulador Regulação e Políticas Publicas para Produção Onshore de Petróleo

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Apresentação realizada durante o Seminário "Regulação e Políticas Públicas para Produção Onshore de Petróleo e Gás", que aconteceu no dia 11/11/11, na FIEB.

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Page 1: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Luís Eduardo Duque DutraChefe de Gabinete, DG/ANP

Salvador, 11 de novembro de 2011

Fronteiras exploratórias em terra - a visão do

regulador

Regulação e Políticas Publicas para Produção Onshore de Petróleo

Page 2: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Conteúdo

- Histórico - Contexto- A ameaça- Perspectivas- O regulador- Conclusão

Page 3: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Conteúdo

- Histórico - Contexto- A ameaça- Perspectivas- O regulador- Conclusão

Page 4: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Histórico e contexto

Page 5: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

A América Latina perdeu o bonde da História

O Brasil também

O século XXI aponta uma promessa

Pode ser apenas mais uma...

Histórico

Page 6: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Atraso acumulado

Entre 1960 e 2005, se um argentino médio tivesse se enriquecido no mesmo ritmo do resto do mundo, ele

seria tão rico quanto um inglês.

Se o mesmo tivesse acontecido com um uruguaio, ele teria a renda de um espanhol.

Se tivesse ocorrido com um brasileiro, hoje ele seria um quarto mais rico

Page 7: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Atraso no Crescimento e no Ganho de Produtividade

Se o PIB da América Latina tivesse crescido no mesmo ritmo O PIB seria maior em

Do resto do mundo 54%Dos EEUU 56%Do SE da Ásia 376%

Países Crescimento da Produtividade frente aos EEUU (1960-2005)

China 220%Hong Kong 135%Singapura 100%Coréia 40%Chile 20%Brasil -5% a 10%Peru -10%Argentina -35%

Page 8: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Crescimento do PIB

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

1948-1962 1963-1965 1966-1974 1975-1980 1981-1991 1992-2002 2003-2010

7,6

2,1

9,6

6,9

1,6

2,6

4,0

5,6

4,5

3,63,4

3,6 3,6

Média de Crescimento do PIB no Brasil Média de Crescimento do PIB no Mundo

Crescimento do PIB no Brasil e no Mundo (1948-2010)

Fonte: IBGE, BACEN, OCDE

Page 9: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Impactos da Crise Internacional

=> Forte contração do crédito internacional, as emissões caíram pela metade, entre 2007 e 2008.

Preço do barril com fortes oscilações e dificilmente previsível Última grande operação de capitalização foi a da Vale, de cerca de R$ 19,4

bilhões em julho de 2008, antes da crise. A OGX, também antes da crise, em 13 de junho de 2008, fez uma venda de

novas ações no valor de R$ 6,7 bilhões. O Santander fez uma oferta no Brasil de R$ 14,1 bilhões Maior oferta pública de vendas de ação no mundo: US$ 24 bilhões Crise da dívida pública européia e estagnação norte-americana em 2011

Em 2010, vazamento no

Golfo do México

11 vidas perdidas 85 dias de vazamento BP perdeu quase 1/2 do seu valor de

mercado; i.e., + US$ 80 bilhões Moratória exploratória norte-

americana e norueguesa

Page 10: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Regulação e crise

CRISE = FALTA DE REGULAÇÃO

Estado Mínimo

REGULAÇÃO POR PRINCÍPIOS

AGÊNCIAS FANTASMAS

MONETARISMO

LIVRE CAMBISMO

• Renascimento da Política Industrial de R.Prebrisch• Keynes e a gestão das expectativas e o papel do Estado• Commons e a ação coletiva• Akerloff e a falta de informação

Busca por um novo código de regulaçãoNovos modelos e conceitos Abertura ideológica

Page 11: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Os desafios, após doze anos: explorar mais e atualizar o modelo de

regulação

Page 12: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

O Pré-sal

Page 13: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

As Expectativas do Pré-Sal

Reservas atuais próximas dos 14 bilhões de barris

Somente Iara (3 a 4 bi) e Tupi (5 a 8 bi) quase dobram as reservas

Em Santos, dos treze poços furados pela Petrobrás, todos encontraram petróleo

Alta probabilidade de deter uma das 12 maiores reservas do mundo

Produção atual está em torno de 2 milhões de b/d

Previsão de atingir 1o milhão de b/d é para 2016

Excedente previsto entre a produção e o consumo interno serámaior que 1 milhão de b/d em 2020.

No pré-sal já concedido, a produção deve saltar de cerca de 200 mil b/d em 2013 para 1,8 milhão de b/d em 2020

Última novidade: A ANP descobriu duas reservas.

REGULAR

é

gerir

expectativas

(Keynes)

Page 14: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Natureza estrutural do projeto

=> Ainda Keynes: pobre deve, rico poupa, donde a persistência da pobreza O pré-sal é um desafio de natureza estrutural Doença holandesa e maldição dos recursos naturais latino-americana Segundo ONIP, US$ 400 bilhões de investimentos entre 2010e 2020 O volume do financiamento desloca a questão da dimensão empresarial Para a dimensão nacional, do micro para o macroeconômico

5bilhões

de barris

sem bonus e

PE

A US$ 8,51/b, significam cerca de US$ 42 bilhões de

aporte do Estado sem gasto em divisa

+ de US$ 60 bilhões p/ terceiros

Dinheiro “novo” e possibilidadede alavancar + empréstimos

Comofinanciar

investimento inicial no pré-sal?

1o passo da> aposta do País

Page 15: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Tamanho das reservasDemanda por investimentoLongos prazos de maturaçãoRiscos tecnológicos

Engenharia financeira complexa, exige inovação tecnológica à altura dos

desafios do Pré-sal

Capitalização permitiráaumento da capacidade de

endividamento

buscar o foco

+

concentrar os esforços

razões para

a empresa

A Lógica da Capitalização

Page 16: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Esforço exploratório e de desenvolvimento da Petrobrás será crescentemente dominado pelo Pré-sal

Baixo esforço exploratório brasileiro

- comparado aos EEUU, ou ao Canadá

- considerando a extensão e o número de bacias sedimentares

RISCO DE CONTÍNUO DESCONHECIMENTO DA GEOLOGIA BRASILEIRA

=

IGNORÂNCIA GEOLÓGICA

O Risco do Pré-sal

Não é apenas

a doença holandesa,

ou a maldição dos recursos naturais

Concentrar os esforços no ultra-profundo é bom para o Brasil?

Page 17: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Redução na área de exploração

(Bacias S. Francisco e Solimões)

Áreas de exploração

A ameaça é …a redução das áreas em exploração

As propostas são: -retomar as rodadas - dar continuidade as pesquisas

- Sinalizarsegurança jurídica e estabilidade institucional- Desenvolver reservas do pré-sal- Abrir novas oportunidades exploratórias

Page 18: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

A montante

Sistema de regulação brasileiro é misto: 3 modelos convivem

Pré-sal

Baixo risco e elevado volume

Contrato de partilha

Petrobrás/Petrosal

+ parceiras

Demais áreas

Risco geológico convencional

Contratos de concessão

Atuais concessionárias

+ de 70

Pequenas Acumulações

Risco tecno-econômico

Rodadinhas

Pequenos produtores e produtores

independentes

Do macro ao micro,trata-se de criar oportunidades para o capital local

Page 19: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Perspectivas em terra

A experiência colombiana (PMEs, K canadense, australiano e chinês)

A volta da Bolívia, após longo processo de nacionalização

As descobertas na Argentina de óleo e gás não convencional em Neuquen

Parnaíba e as descobertas da OGX

São Francisco e seus indícios Salvador e Potiguar, a geologia

de superfície e a postergação dos primeiros poços descobridores

A Amazônia brasileira é desprovida de O & G, fora Juruá e Urucu?Será que existe gás não convencional no Sul?

Como reduzir a queda de produção no Recôncavo?

Indícios e descobertas

recentes no Brasil

Page 20: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Estado Mˇdia % a.a. Estado Mˇdia % a.a.

Mara nh‹ o 8,1 Piau’ 15,3 Piau’ 7,4 Mara nh‹ o 10,6 Cear‡ 7,2 Rio Grande do Norte 8,8 Bahia 5,5 Para ’ba 8,6 Serg ipe 4,4 Serg ipe 7,3 Pernambuco 5,3 Cear‡ 6,6 Rio Grande do Norte 2,8 Pernambuco 3,8 Para ’ba 2,3 Bahia 3,2 Alagoas 1,7 Alagoas 2 Regi‹ o Nordes te 6 Regi‹ o Nordes te 5,9 Tocantins 7,8 Tocantins 10,9 Bras il 3,4 Bras il 2,8

ÓÓleo Diesel leo Diesel GasolinaGasolina

Crescimento das vendas de combustCrescimento das vendas de combustííveis automotivosveis automotivosentre 2003 e 2009entre 2003 e 2009

Nordeste e a cadeia de oportunidades

Além de duas novas refinarias - PE e MA

Page 21: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Política e regulação

BDEP

ANP

Qualificação e concursos públicos

RodadinhasRodadas

Plano Plurianual de

Geologia e Geofísica

• Aumento do número de poços exploratórios• Oportunidades para fornecedores de serviços e equipamentos• Adensamento industrial

Movimentos exógenos:- Resoluções do CNPE- Posição da Petrobrás- Financiamento - Logística

Page 22: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Obstáculos aos pequenos produtores

SEGUNDO OS PRODUTORES-Passivo e Licenciamento ambiental- Mão de obra especializada- Canais de para compra e venda - Especificação do petróleo e do gás natural- Descarte da água

QUANTO À REGULAÇÃO- Acesso aos dados- Custo da conformidade- Tributação- Custo do não comprimento dos compromissos

QUANTO À PRODUÇÃO - Monopsônio e quase monopólio- Separação e escoamento- Oligopólio dos fornecedores- Acesso às sondas

FALTA DE RODADA

Page 23: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

- aumentar e ampliar o esforço exploratório- contribuir para a consolidação de pequenos e médios produtores de petróleo e sua cadeia de fornecedores-Após aprovação , implementar o modelo misto, partilha e concessão.

- garantir o abastecimento nacional sem abusos de preços e queda da qualidade- reduzir os impactos ambientais da queima dos combustíveis - consolidar o álcool e inserir definitivamente o biodiesel na matriz energética.

Resumo dos desafios

JUSANTE

MONTANTE

ApApóós doze anos e relativo êxito das mudans doze anos e relativo êxito das mudançças, os desafios:as, os desafios:

- Crise financeira internacional e a responsabilidade dos BBCC- O papel dos fundos soberanos e o controle do capital nos países centrais- A segurança do abastecimento e a soberania nacional- Disputa pela partilha da renda extraordinária

INSTITUCIONAL

RegularRegular o livreo livre--mercado? mercado? Qual?Qual?

Regular sem fazer polRegular sem fazer políítica? tica? Como?Como?

Page 24: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Um cavalo de pau,um poço velho … e o capital local

Page 25: Fronteiras Exploratórias Onshore - ANP - Luis Eduardo

Luís Eduardo Duque Dutra

CHEFIA DE GABINETE

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO,

GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS

Av. Rio Branco, 65 – 13º andar – Centro

20090-040 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil

Tel.: 2112-8112/11 ou 09

www.anp.gov.br

FIM