frei luís de sousa
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DIOGO OLIVEIRA Nº9
JOANA MENDES Nº15
RAQUEL SILVA Nº23
SOFIA BARROSO Nº25
3.02.2015
FREI LUÍS
DE SOUSAALMEIDA GARRETT
INTRODUÇÃO
› Almeida Garrett – Biografia;
› O Romantismo;
› Sebastianismo;
› Frei Luís de Sousa – estrutura, espaço, tempo, personagens;
› Frei Luís de Sousa – obra;
› Carácter trágico da intriga.
ALMEIDA GARRETT
› João Baptista da Silva Leitão de
Almeida Garrett nasceu a 4 de
fevereiro de 1799, no Porto;
› Frequentou o curso de Direito
em Coimbra, assistindo à
revolução liberal de 1820;
› Casou-se com Luísa Midosi, cujo
casamento não correu muito
bem.
ALMEIDA GARRETT
› A situação política do paísobrigou-o a exilar-se váriasvezes: em Inglaterra (1823-1824), em França (1824-1826) eem Inglaterra outra vez (1828-1832);
› Foi durante o exílio que Garrettentrou em contacto com oromantismo pela primeira vez;
› Quando regressou, em 1832,integrou-se no exército liberalde D. Pedro e participouativamente no desembarque doMindelo e no cerco do Porto.
ALMEIDA GARRETT
› Em 1837 foi nomeado como Inspetor-Geral dos Teatros e fundou
o Teatro Nacional D. Maria II e o Conservatório Nacional.
› Com o passar do tempo eo desenvolvimento político do país,
Garrett afastou-se da política, mas continuou a mostrar o seu
patriotismo nas suas obras.
› Voltou para a vida política em 1851, onde foi colocado como
Ministro dos Negócios Estrangeiros.
› Morreu a 9 de dezembro de 1854, aos 55 anos, em Lisboa.
O ROMANTISMO
QUANDO E ONDE SURGIU
› O Romantismo desenvolveu-se desde os finais do séc. XVIII até a
primeira metade do séc. XIX.
› Primeiramente desenvolveu-se na Europa, Inglaterra e Alemanha,
mas rapidamente se proliferou um pouco por todo o Mundo.
› Era uma época de grande rebeldia intelectual:
› Na política, caíam os sistemas de governo despótico e surgia o liberalismo;
› No campo social imperava o inconformismo e no campo artístico o repúdio
às regras;
› A Revolução Francesa foi o clímax deste movimento.
O QUE É O ROMANTISMO?
O Romantismo foi uma corrente artística literária efilosófica; um modo de vida, uma maneira de sentir ede pensar.
› Movimento cultural que exalta o instinto e privilegia as
emoções contra a razão. Apresenta uma visão de mundo
centrada no indivíduo.
› Surge, em parte, como reação ao racionalismo Neoclássico.
› Se o século XVIII é marcado pela objectividade, pelo Iluminismo
e pela razão, o início do século XIX é marcado pelo lirismo, pela
subjectividade, pela emoção e pelo eu.
O ROMANTISMO EM
FREI LUÍS DE SOUSA
CARACTERÍSTICAS
ESTÉTICO-LITERÁRIAS
CULTO DA NATUREZA
› Novo modelo de Natureza: Locus horrendus.
› Fascínio por imagens tenebrosas:
› Corpos em putrefação
› Tempestades
› Cemitérios
› Gosto pelo vago e pelo indefinido (amanhecer e anoitecer).
CULTO DA NATUREZA - EXEMPLO
"É o fim da tarde."Ato Primeiro, "Frei Luís de Sousa"
SUBJETIVIDADE/EGOCENTRISMO
› Culto do EU;
› História centra-se nas emoções, preocupações e sentimentos das
personagens.
EXEMPLO
“Mas EU!... Oh! que o não saiba ele ao menos, que não suspeite
do estado em que EU vivo (...).“
Ato Primeiro, "Frei Luís de Sousa"
SENTIMENTALISMO
› Culto dos sentimentos e das emoções.
› Valorização da paixão e do amor carnal.
› Domínio do sentimento sobre a razão:
› Madalena
› Maria
› Manuel de Sousa Coutinho
› Telmo
ÂNSIA DE LIBERDADE
› Desejo de liberdade.
› Afirmação da personalidade.
› Confronto com a sociedade.
› Quebra das correntes que prendem a liberdade do EU.
› Manuel de Sousa Coutinho
› Madalena
MAL DU SIÉCLE
› Pessimismo, melancolia, desespero, angústia de existir são
características das obras românticas.
› Muito presente na personagem de D. Madalena.
EXEMPLO
"(...) este medo, estes contínuos terrores que ainda me não deixaram gozar
um só momento de toda a imensa felicidade que me dava o seu amor.“
Ato Primeiro, Cena I, "Frei Luís de Sousa"
EVASÃO
› Fuga da realidade através do sonho.
› Valorização do sonho e do devaneio.
› Muito presente na personagem de Maria, mas também em Madalena e
Telmo.
EXEMPLO
"(...) não quero sonhar, que me faz ver coisas lindas
às vezes, mas tão extraordinárias e confusas.”
Ato Primeiro, Cena IV, "Frei Luís de Sousa”
NACIONALISMO/PATRIOTISMO
› Culto da ideologia patriótica.
› Valorização do que é popular e nacional.
› Amor incondicional pela pátria.
› Manuel de Sousa Coutinho
› Maria
NACIONALISMO/PATRIOTISMO -
EXEMPLOS
› "MANUEL: (...) Quem sabe se eu morrerei nas chamas
ateadas por minhas mãos? Seja. Mas fique-se aprendendo em
Portugal como um homem de honra e coração, por mais
poderosa que seja a tirania, sempre lhe pode resistir (...)“
Ato Primeiro, Cena XI, "Frei Luís de Sousa"
› "MARIA: (...) assim eu entendia, se governasse, que o serviço
de Deus e do rei memandava ficar (...) onde a miséria fosse
mais e o perigo maior (...)“
Ato Primeiro, Cena I, "Frei Luís de Sousa"
TEMA DA MORTE
› Morte das personagens em diferentes sentidos:
› Manuel de Sousa Coutinho → morte espiritual
› Madalena → morte espiritual
› Maria → morte física
› Telmo → morte psicológica
IDEALIZAÇÃO DA MULHER
Madalena – “Mulher demónio”
› O seu casamento com Manuel
de Sousa Coutinho é
responsável pela perdição de
toda a família.
› Mulher sedutora.
› É uma personagem egoísta.
Maria – “Mulher Anjo”
› É caracterizada várias
vezes como "anjo".
› Frágil fisicamente,
devido à dença de que
sofre (tuberculose).
› Doce, bondosa.
PARA ESTUDO:QUADRO SÍNTESE
CARACTERÍSTICAS FORMAIS
CARACTERÍSTICAS FORMAIS
› Justaposição do sublime e do grotesco ;
› Abandono da mitologia e dos processos eruditos;
› Fusão de géneros que haviam sido contrastados pelo Classicismo;
› Pontuação expressiva;
› Estilo declamatório;
› Recurso a figuras de estilo que transmitem as emoções.
SEBASTIANISMO
O QUE É O SEBASTIANISMO?
› O sebastianismo é uma crença,
mito ou profecia que surgiu
em Portugal nos finais do o século
XVI aquando da morte do rei D.
Sebastião na Batalha de Alcácer-
Quibir, em 1578.
› Consiste na esperança do regresso
do rei D.Sebastião o rei “desejado”
e de que ele ira vencer toda a
opressão, sofrimento e miséria em
que Portugal vivia, reconstruindo
assim a glória do país outrora
perdida.
SEBASTIANISMO EM
FREI LUÍS DE SOUSAO mito sebastianista esta presente desde o início da obra, logo na primeira
fala da peça temos Madalena que aparece em cena a ler Os Lusíadas, seguida
de um fala que tem um carácter extremamente profético e que resume toda
a obra.
PERSONAGENS SEBASTIANISTAS
› As personagem da obra que são mais sebastianistas são Telmo Pais, o velho
aio de D. João e em cuja morte não acredita.
› Maria, filha de D. Madalena de Vilhena e de Manuel de Sousa Coutinho,
educada por Telmo.
EXEMPLOS
“Telmo - Vivo não veio... inda mal! E morto... a sua alma, a sua figura... .[...]”
“Maria - [...] é o outro, é o da ilha incoberta onde está el-rei D. Sebastião, que
não morreu e que há-de vir, um dia de névoa muito cerrada... Que ele não
morreu; não é assim, minha mãe?”
ESTRURURA EXTERNA
Esta obra externamente é constituída por três atos:
› O primeiro ato tem 12 cenas;
› O segundo ato tem 15 cenas;
› O terceiro ato tem 12 cenas.
ESTRUTURA INTERNA
Esta obra está internamente dividida em três partes:
› Exposição - Da cena I a V do ato primeiro; consiste na
introdução das personagens e enquadramento histórico da
peça;
› Conflito - Da cena VI do ato primeiro à cena IX do ato
terceiro; corresponde ao desenvolvimento da peça.
› Desenlace - Da cena X à XII do ato terceiro; dá-se o desfecho
da peça.
ESPAÇO FÍSICO
Quanto ao espaço desta obra temos três espaços diferentes (todos em
Almada) que mudam consoante os atos:
› O ato primeiro passa-se no Palácio do Manuel de Sousa Coutinho.
› O ato segundo passa-se no Palácio de D. João de Portugal.
› O ato terceiro passa-se na parte baixa do Palácio de D. João de Portugal
(capela).
ESPAÇO SOCIAL
› Quanto ao espaço social domina o estatuto da nobreza com
normas rígidas;
› no séc. XVI a mentalidade da altura estava repleta de
preconceitos em relação a qualquer filho fruto de um
relacionamento ilegítimo;
› A mensagem de Garrett é bem clara: o regresso do passado
apenas traz dor e sofrimento, o caminho é o futuro.
TEMPO
O tempo da ação decorre entre 28 de Julho e 4 de Agosto
de 1599:
› O primeiro ato passa-se numa sexta- feira num fim de tarde.
› O segundo ato passa-se numa sexta- feira á tarde (8 dias
depois).
› O terceiro ato passa-se numa sexta- feira à noite quase de
madrugada.
PERSONAGENS› Manuel de Sousa Coutinho
› D. Madalena de Vilhena
› D. Maria de Noronha
› Telmo Pais
› Romeiro/D. João de Portugal
› Frei Jorge
MANUEL DE SOUSA COUTINHO
› Segundo esposo de D. Madalena;
› Fidalgo honrado, patriota e religioso;
› Sofre uma grande mudança ao longo da obra, passando de um homem
racional/determinado a um homem abatido;
› Abandona o nome de batismo ao ser convertido a frei, passando a chamar-se
Frei Luís de Sousa.
D. MADALENA DE VILHENA› Foi esposa de D. João de Portugal;
› Mulher recatada, virtuosa, cristã, dada a presságios;
› Converte-se à vida religiosa no final da obra, recebendo o título de Soror Madalena;
› Os seus medos impediram-na de disfrutar da felicidade de estar casada com D. Manuel;
› Admite que se apaixonou pelo segundo marido antes de ficar viúva e, por essa razão sente-se culpada e pecadora, porém nunca reconhece D. João quando este lhe aparece em pessoa.
D. MARIA DE NORONHA
› Filha do segundo casamento de D. Madalena;
› Aos treze anos apresenta-se uma menina pura, inteligente, perspicaz,
intuitiva, estudiosa e matura para a sua idade;
› É frágil e doente, sofre de tuberculose;
› Tem uma ligação forte com Telmo Pais;
› Tem sonhos e visões.
› Nacionalista e sebastianista.
TELMO PAIS
› Escudeiro que ajudou a criar D. João de Portugal;
› Personagem sebastianista;
› Amigo próximo de Maria, sendo visto quase como um pai para ela;
› Alimenta os medos de D. Madalena;
› Desejava o regresso de D. João de Portugal, cuja morte sempre duvidou;
› Não impede que Madalena e Manuel se convertam.
ROMEIRO/D. JOÃO DE PORTUGAL
› Primeiro marido de D. Madalena;
› Retorna do cativeiro, na Terra Santa (Jerusalém) após 21 anos;
› Madalena não o reconhece como D. João de Portugal;
FREI JORGE
› Irmão de D. Manuel;
› Dominicano;
› Impõe uma certa racionalidade, tentando manter o equilíbrio no seio da
família angustiada e desfeita.
FREI LUÍS DE SOUSA
ANÁLISE DE CENAS
ATO I
PAUSA PARA
APLAUSOS
CENA I
› Madalena lê Os Lusíadas, no episódio de Inês de
Castro;
› Compara-se a Inês mas sente-se mais infeliz
porque os terrores contínuos, os medos não a
deixam viver um único instante de felicidade, nem
sequer breve;
› A linguagem e emotiva.
CENA II
› Telmo conversa com Madalena e aflige-a com recordações dopassado. Nesta cena, todas as personagens são apresentadas;
› Manuel de Sousa surge desvalorizado em relação a D. João dePortugal;
› Maria é sempre caracterizada positivamente – curiosa,compreende tudo, formosa, bondosa, viveza de espírito;
› Telmo – escudeiro valido e fiel, familiar quase parente…Cheio de agoiros e pressentimentos. Ele confessa-se umcrente no regresso de D. João e justifica a sua credulidadepelas palavras de uma carta escrita por d. João, onde estagarantia que “vivo ou morto” haveria de voltar;
› Madalena pede a Telmo que não fale a Maria em assuntosrelacionados com a batalha e D. Sebastião… e ele prometeque o fará.
CENA III
› Nesta cena há um diálogo entre Maria e Madalena no qual
Maria mostra o seu patriotismo e sebastianismo:
› “(...) é o da ilha encoberta onde está el-rei D.
Sebastião, que não morreu e que há de vir (...)”;
› Todas estas exclamações assustam e angustiam Madalena.
CENA IV
› Nesta cena, Maria e Madalena continuam o seu diálogo e Maria
explica que não entende a causa das tristezas e angústias de sua
mãe;
› Mostra também os presságios de Maria, quando ela diz que lhe vê
algo nos olhos, algo de misterioso nas suas atitudes;
› Madalena tenta desviar o rumo da conversa dizendo que ela é
muito jovem para pensar nessas coisas.
CENA V
› Jorge informa-as que os governadores querem sair da cidade por
causa da peste;
› Maria dá como solução lutarem todos contra os governadores;
› Sebastianismo de Maria;
› Madalena não entende o motivo de os governadores pretenderem
ir viver para a sua casa;
› Maria apercebe-se da chegada de seu pai (indício de tuberculose) e
percebe que este está exaltado.
CENAS VI E VII
› Miranda anuncia que Manuel de Sousa Coutinho chegara a casa;
› Indício de tuberculose (grande capacidade auditiva e visual);
› Manuel entra em casa e Madalena percebe que o marido está
inquieto;
› Manuel explica-lhes que têm de sair rapidamente daquela casa
porque os governadores querem ir viver para lá;
› Madalena fica ansiosa com o que o marido pode fazer para os
tentar impedir;
› Manuel pede a Madalena para irem para a antiga casa de Madalena
(casa onde viveu com o primeiro marido - D. João de Portugal);
› Madalena pede-lhe para arranjarem outra opção e pede ao Jorge
para levar Maria para dentro.
PAUSA PARA APLAUSOS
CENAS VIII, IX, X, XI, XII
› D. Madalena pede ao marido para não irem para o palácio de D.
João de Portugal utilizando vários argumentos relacionados com o
medo que sente relativamente a uma possível interferência do
primeiro marido no seu casamento com Manuel de Sousa
Coutinho.
› Manuel considera esses argumentos emocionais sem qualquer
validade e os medos de D. Madalena desadequados à sua condição
social e á racionalidade que o momento exige.
› Ao incendiar a sua casa, Manuel revela-se extremamente patriota,
corajoso e despegado dos bens materiais. D. Madalena não
consegue salvar o retrato do marido. A destruição desse retrato
funciona como prenúncio á destruição da família e da separação
física do casal que se cai realizar no terceiro ato.
ATO II
CENA I
› A cena inicia-se com um diálogo entre Telmo e Maria no qual se
descobre que Madalena tem-se sentido mal desde que puseram os
pés no palácio de D. João;
› Telmo admite que muda de opinião acerca de Manuel: “um
português às direitas”;
› Maria tem a sensação que sabe quem é o homem do retrato;
› Telmo e Maria acreditam que o rei D. Sebastião há de regressar;
› Maria insiste no retrato de D. João que lhe é familiar.
CENA II
› A cena começa com a entrada de Manuel a revelar a identidade do
homem no retrato. Refere-se a ele como “um honrado fidalgo e
um valente cavaleiro”;
› Maria confirma as suas suspeitas;
› Manuel refere que o pior já passou, no que respeita aos
governadores.
CENA III E IV› Após Maria ter identificado, e Manuel confirmado, que o retrato
era o de D. João de Portugal Manuel fala deste a Maria referindo-
se a ele como tendo “(…)as nobres qualidades na alma, a
grandeza e a valentia no coração”.
› Maria finaliza a cena dizendo que apesar de sentir pena por D.
João ter ficado na fatal batalha se tal não tivesse acontecido nunca
estaria nos braços de Manuel.
› Maria quer ir com o pai a Lisboa, pois deseja visitar a Sóror Joana
de Castro, uma freira.
› Manuel mostra alguma relutância devido a fragilidade física de
Maria e refere “os maus ares de Lisboa” a peste.
› Após insistência de Maria, Manuel aceita levar Maria com a
condição de que Madalena concorde.
CENA V
› Madalena que já está melhor, reage mal à ida de Manuel a Lisboa enão quer que a filha a deixe só.
› Madalena teme pelo dia de Hoje, é um dia terrível para ela ( fazanos que foi a batalha de Alcácer Quibir); é sexta feira.
› Perante toda a confusão, é Frei Jorge quem vai resolver a situação,comprometendo-se a ficar com Madalena.
› Madalena está cheia de agoiros, muito ligados ao passado, cheia demedo.
› Tudo faz pressentir que alguma coisa muito má está paraacontecer.
CENAS VI, VII E VIII
› Manuel confirma que Maria precisa de espairecer.
› Madalena diz que não quer que Telmo fique pois tem
muito medo dos seu agoiros.
› Madalena está preocupada, assustada e temerosa.
› Chora e pede a todos que não se afastem de Maria, que
a protejam.
› Madalena volta a evidenciar a sua incapacidade para
não sentir medo e horror.
› A despedida é dramática – voltam a referir a Condessa
de Vimioso (Joana de Castro) e paira no ar a fatalidade.
CENA IX
› Frei Jorge está preocupado porque, ao ver a desgraça e
angústia dos seus familiares sente que será contagiado
por ela…
CENA X› Madalena dá ordens a Miranda para que fique no mirante
até que o bergantim chegue a Lisboa.
› Madalena confessa a Jorge que HOJE é o dia da sua vidaque mais tem receado.
• Faz anos que casou a primeira vez.
• Faz anos que se perdeu el-rei (e D. João).
• Faz anos que conheceu Manuel de Sousa.
› Madalena considera-se uma pecadora.• Conheceu Manuel de Sousa quando ainda D. João era
vivo.
• Amou-o assim que o viu; o pecado estava-lhe nocoração; a imagem do amante perseguia-a; apenas foi fiela D. João.
› Adverbio de tempo HOJE repete-se nove vezes.
CENAS XI, XII E XIII
› Estas cenas preparam o clímax do segundo ato;
› Consistem nas personagens do Miranda, Madalena e Jorge a
prepararem-se para receber este tal romeiro.
PAUSA PARA
APLAUSOS
CENAS XIV
› Jorge pergunta ao Romeiro de onde vem e este diz que vem do
Santo Sepulcro de Jesus Cristo;
› O Romeiro informa que viveu lá 20 anos e explica que não tem
família e que os seus amigos pensam que está morto e já nem o
reconhecem;
› Está presente uma ironia quando Madalena diz “Haverá tão má
gente… e tão vil que tal faça?”;
› O Romeiro diz que só tem um amigo, que é Telmo;
› Madalena oferece a sua ajuda mas o Romeiro mas este não a
aceita;
› O Romeiro diz que foi cativo em Jerusalém.
CENAS XIV
› Madalena fica muito aflita;
› Jorge pede ao Romeiro para procurar nos retratos e lhe dizer se
era algum deles;
› O Romeiro aponta para o quadro de D. João de Portugal;
› Madalena sai de cena completamente devastada.
CENAS XV
› Jorge pergunta ao Romeiro quem é ele;
› O Romeiro aponta para o retrato de D. João e
responde que não é ninguém.
ATO III
CENA I, II E III
› Manuel está desesperado, infeliz e revoltado porque com oregresso de D. João de Portugal sente que cometeu umgrande erro que tem de ser reparado e o vai separar da suamulher e da sua filha
› Perante a situação trágica em que a família se encontraManuel sente-se indeciso em relação ao que fazer com a suafilha. Ele quer que ela viva. Mas por outro lado sabe que seela sobreviver vai ser desprezada pela sociedade por serconsiderada uma filha ilegítima.
› Telmo traz notícias de Maria, está melhor, mas muito fraca eabatida.
CENA IV
› Telmo está confuso porque sempre considerou D. João
de Portugal seu filho, mas agora Maria tinha ocupado o
seu lugar;
› Então Telmo decide que Maria é mais importante que
D. João de Portugal e pede a Deus para o sacrificar a
ele ao invés de Maria.
CENA V
› Romeiro diz ao Telmo que é o D. João de Portugal;
› O Romeiro pede a Telmo que diga a Madalena que o
Romeiro era um impostor;
› Telmo diz que não pode mentir a Madalena mas o
Romeiro obriga-o a fazê-lo.
CENA VI
› Última "ilusão" de D. João que, ouvindo Madalena
chamar de fora pelo seu marido, pensou que aquele se
dirigia a si.
CENAS VII, VIII E IX
› Telmo transmite a Frei Jorge o recado que o Romeiro lhe tinha
dado na cena anterior;
› Porém, Frei Jorge não consente em tal;
› Madalena tenta evitar o inevitável, dando conta, aos dois irmãos,
das suas dúvidas em relação à veracidade daquilo que o Romeiro
disse;
› Frei Jorge e Manuel, sabendo que o Romeiro é o próprio D. João,
não permite qualquer recuo;
› Madalena acaba por seguir a decisão que Manuel tomou pelos
dois.
› Dá-se início à cerimónia da tomada de hábito.
PAUSA PARA APLAUSOS
CENAS X E XI
› Estas últimas cenas mostram muito do dramatismo de Garrett;
› Na cena X temos Madalena e Manuel, prostrados no chão, prestes
a converter-se; Na cena XI, Maria entra de repente, tentando
impedir os seus pais de tomarem o hábito;
› Ela tem medo de ficar órfã e diz que morrerá com os seus pais.
› Também nos mostra os sonhos que ela tem tido, que lhe dizem
verdades, nomeadamente o facto de ela ser “filha do crime e do
pecado”.
CENA XII
› Nesta cena o romeiro e Telmo entram na capela;
› D. João de Portugal tenta que Telmo diga que o romeiro é um
impostor e que parem a cerimónia, mas já é tarde de mais.
› Maria, ao ouvir a voz do romeiro, morre de vergonha.
CARÁCTER TRÁGICO DA INTRIGA
Em Frei Luís de Sousa são vários os aspetos trágicos da intriga:
› Há um desafio à ordem estabelecida (hybris);
› Desafio este que origina um conflito entre as personagens (ágon);
› O destino implacável, revelado por indícios e presságios (anankê);
› Personagens torturadas por conflitos de consciência, que têm
como consequência o sofrimento (pathos);
› Cena do reconhecimento, no Ato II, Cenas XIV e XV (anagnórise);
› Desenlace final e fatal (catastrophé) desencadeado pela cena do
reconhecimento, que acaba com a morte física de Maria, morte
espiritual e psicológica de Manuel e Madalena, e na morte
psicológica e social de Telmo.