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CONVERSA A BOSSA DA FOSSA A PORTO ALEGRE DE ERICO VERISSIMO Ano VII - número 32 março 2013 – Distribuição gratuita nos postos de pedágio da Concepa

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Revista Freeway ed. 32 - Março 2013

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CONVERSA

A BOSSA DA FOSSA

A PORTO ALEGREDE ERICO VERISSIMO

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NETA GetNet tem um orgulhoimenso de fazer parte dessa cidade que celebra 241 anos de progresso e tradição.

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Fernando di PrimioPublisher

Permitam-me que eu lhes peça que se juntem a nós em um obsequioso muito

obrigado à minha mãe. Eu explico: Dona Lucila, ex-professora de piano da

UFRGS (conhecida também por sua elegância), tem um hábito que, no caso

desta edição, fez toda a diferença! Ela simplesmente passou a vida inteira

guardando tudo! Raridades! E agora, de uns tempos pra cá, resolveu presentear

ou devolver aos filhos coisas dessas guardadas por cinquenta, sessenta anos a

fio. Um dia desses, para minha alegria, ela me deu de presente de aniversário

o primeiro jornalzinho que eu, então com dez anos, fiz na vida. “O Furo”,

datilografado numa velha Remington, tem “um exemplar e quatro cadernos” e

hoje está devidamente emoldurado na parede da minha sala. Mas vocês devem

estar perguntando “o que é que isso tem a ver com esta edição?” Ora, como

eu já disse, tudo! É que em meio às devoluções (coleção inteira da Revista

Placar da década de 70; edições raras da Fairplay e por aí afora), eis que a

Dona Lucila surge num final de semana com um pequeno livreto, editado pela

lendária Editora Globo, em 1960, com o título “Lembrança de Porto Alegre”.

Com 64 páginas e recheado de fotos e dados estatísticos (Porto Alegre tinha

563 mil habitantes, 19 hospitais, 14 jornais e 31 revistas!), o livro é uma peça

única e traz um belo texto de ninguém mais, ninguém menos do que o nosso

grande Erico Verissimo. Para a alegria de todos, publicamos, em cinco páginas,

trechos e fotos do livro na matéria principal desta edição - com a qual sempre

homenageamos o aniversário de Porto Alegre. Entenderam por que temos

que agradecer a Dona Lucila? Se ela não tivesse guardado o livretinho, não

teríamos como ler este texto encantador do Erico. Pois então? Todos juntos:

Obrigado, Mamãe!!!

OBRIGADO MAMÃE...

Rua Felipe Neri, 312/5º andarFone/Fax: (51) 3012-2412

CEP 90440-150 - Porto Alegre - RS

PublisherFernando di Primio

[email protected](Reg. Prof. 4089/RS)

Editora Executiva Luísa Abreu

RedaçãoMaiana Antunes

Editoração/ArteLuiza Wolff

Mariana Muniz

Nossa capa Aquarela de Paulo Amaral

Colaboram nesta ediçãoAlexandre Sharin, Antônio Goulart,

Leonid Streliaev, Renato Silveira

Departamento AdministrativoRoberto Athayde

Comercialização Celso Martins

[email protected]

Di Primio Comunicação Corporativa(51) 3012-2412

[email protected]

SUPERVISÃO E ASSESSORIA MidiaMix — Comunicação Dirigida

[email protected]ção nos postos de pedágio da CONCEPA

A revista FreeWay não se responsabiliza por opiniões emitidas em artigos assinados, que não refletem,

necessaria mente, a opinião da CONCEPA. É permitida a reprodução parcial ou total de reportagens e textos,

desde que expressamente citada a fonte.

Editada sob concessão da

Concessionária da Rodovia Osório-Porto Alegre S.A.

Rua Voluntários da Pátria, 4813Porto Alegre - RS CEP: 90230-011

Informações: 0800 647 2000www.concepa.com.br

www.triunfoconcepa.com.br

Edição e Comercialização

O artista de nossa capa é o bageense Paulo Amaral, pintor, escritor, crítico de arte e curador. Presidiu o Museu de Arte do Rio Grande do Sul duas vezes e é membro da Academia Brasileira de Belas Artes, sentando-se na cadeira que foi de Di Cavalcanti. Possui extensa trajetória, com mais de trinta exposições individuais e setenta mostras coletivas realizadas em galerias e museus no Brasil e no exterior. Atualmente pesquisa um tema ao qual denominou “Cidades Vazias”, produzindo obras de grandes dimensões na técnica de tinta acrílica sobre tela, como a obra sobre Porto Alegre que ilustra magistralmente nossa capa.

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MAX STEEL é A noVA ESTrELA Do CArToon nETwork

Um dos super-heróis mais conhecidos pelos garotos no Brasil, MAX STEEL ganha vida na tela do Cartoon network em março. o canal estreia a série homônima

sobre esse personagem incrível que surge do encontro entre um adolescente superpoderoso e um robô alienígena. Juntos, eles irão combater uma série de criaturas terríveis que pretendem aterrorizar o planeta. Animada em computação gráfica, a primeira temporada da série terá 26 episódios de

trinta minutos cada e será exibida às sextas-feiras, sempre às 12h30.

Film

es Oz - MágicO e POderOsO Dirigido por Sam raimi, “Oz - The Great and Powerful” é um prelúdio da Disney para o clássico O Mágico de Oz. No filme, o mágico de cir- co oscar Diggs (James Franco), acha que tirou a sorte grande quando chega à Terra de oz, mas as bruxas Theodora (Mila kunis), Evanora (rachel weisz) e glinda (Michelle Williams) não estão convencidas de que ele é o grande feiticeiro que todos imaginam. relutantemente tragado pelos épicos problemas em que a Terra de oz e seus habitantes estão enfrentando, oscar tem que descobrir quem é bom e quem é mau, antes que seja tarde demais. n a aventura oscar se transforma não apenas no grande e poderoso Mágico de oz, mas em um homem melhor.

BAJoFonDo“Presente” é o nome do novo álbum de estúdio do grupo argentino-uruguaio Bajofondo, ante-riormente conhecido como Bajo Fondo Tango Club. Lançado no dia 5 de março, o quarto disco da banda é composto por 22 faixas e conta com uma versão em português disponível no endereço www.bajofondomusic.com/br

Mús

ica eric claPtON

LAnÇA noVo álbuMCom lançamento previsto para o próximo dia 12, “old sock” é o novo disco de eric Clapton, que traz duas faixas inéditas e dez covers de músicas favoritas do mú-sico. A canção “Gotta Get Over” já caiu na rede. ouça em soundcloud.com/bushbranch-surfdog/eric-clapton-gotta-get-over. Assinado pelo seu próprio selo, Bushbranch, o disco conta com participações especiais de sir Paul Mccartney, JJ Cale, Chaka khan e Steve winwood.

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O PaPa é culPadO?em 2011, a l&PM editores lançou o polêmico livro O papa é cul-pado?, do jornalista britânico geoffrey robertson. com a renúncia

do Papa bento XVi, a obra voltou à mídia, pois explica por que crimes sexuais não apenas se perpetuaram até nossos dias como

se disseminam cada vez mais. Para o autor, a principal razão é a ampla impunidade assegurada pelo direito canônico, código legal exclusivo da

igreja, que rege com punições ínfimas tais crimes, considerados pelo Vaticano como meros pecados. o livro de 280 páginas está à venda por r$ 44,00.

shakesPeare eM quadriNhOsEscrita no século XVI, a tragédia Hamlet continua sendo encenada em todo o mundo e já foi adaptada para diferentes formatos e mídias, ganhando agora uma fiel versão em quadrinhos. com tradução e roteirização de wellington Srbek, desenhos e cores de Alex Shibao, o álbum Hamlet de William Shakespeare (Editora nemo) está à venda por r$ 42,00. Conheça a versão em quadrinhos desta tragédia fantástica, em que o angustiado príncipe hamlet desafia os limites da razão em uma busca obstinada por verdade e justiça, em meio a intrigas palacianas, traições e incidentes.

Livr

os

nA nUVEMque tal um livro sem capa nem páginas? e se os textos forem acompanhados de mú-sica? assim é a obra do advogado e escritor Léo Lolovitch, um livro totalmente virtual com 52 crônicas acompanhadas por com-posições de ray charles, elvis Presley, John Lennon, Santana entre outros. o material

inédito está disponível na íntegra em www.olivronanuvem.com.br. o leitor

pode se cadastrar no site para receber um texto por semana.

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CRISE FINANCEIRAINTERNACIONALA crise financeira internacional – Origens, desdobramentos e perspectivas (Editora Unesp), organizado por Fernando Ferrari Filho e Luiz Fernando de Paula, permite que o leitor compreenda as origens e as conse-quências da crise deflagrada em 2007. Com artigos de 35 autores brasileiros e estran-geiros, a obra ancora a crise nas questões de superprodução, subconsumo, depredação dos recursos naturais e finanças especula-tivas. À venda em www.editoraunesp.com.br

6 FreeWay - Março 2013

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7FreeWay - Março 2013

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Imagine fazer um passeio pela capital gaúcha guiado pelo ilustre Erico Verissimo, um dos principais escritores brasileiros e um dos mais populares do século XX. Pois é o que você vai fazer nestas páginas, através de trechos do texto “Porto Alegre por Erico Verissimo”, publicado no livreto “Lembrança de Pôrto Alegre”, editado, em primeira edição, em 1954, pela lendária Editora Globo. Como não poderia deixar de ser, o texto é brilhante e atual. Além de impressões pessoais, Erico traz um pouco de história e cultura e aborda as particularidades da cidade e de nossa gente na década de cinquenta. Saboreie a nossa homenagem a Porto Alegre, que completa 241 anos no dia 26 de março.

[...] A primeira coisa que trato de descobrir, quan-do chego a uma cidade desconhecida, é o gênero a que ela pertence. Chicago pareceu-me um bur-go masculino – um sólido homem de negócios com a camisa tisnada de fuligem; já nova orleans se me afigurou uma lânguida morena de olhos claros, uma créole cercada duma atmosfera re-cendente a magnólia e pecan. o rio de Janeiro possui também encantos femininos, e o mesmo se pode dizer de salvador da bahia. são Paulo, entretanto, com sua atividade agressiva e tenta-cular, é iniludìvelmente uma metrópole máscula. Muitas vezes tenho perguntado a mim mesmo a que sexo pertence a cidade onde vivo, sem ja-mais chegar a uma conclusão definitiva, pois, à maneira daquela fantástica personagem de Virgí-nia woolf, que mudava de sexo através dos sé-culos, a capital do estado do rio grande do sul ora se me apresenta com doçuras femininas ora

Porto Alegreaos olhos de

com asperezas de homem. no momento em que escrevo (é abril e o outono anda a pintar de ouro e lilás o ar, as casas, as árvores e as gentes) Porto Alegre me parece uma bela e repousada mulher recém-entrada na idade balzaquiana. no entanto, no verão que passou eu a senti com brutalidade de homem, e homem mal-educado; e sei também que homem ela tornará a ser (um sujeito áspero, frio, enrolado num poncho cinzento como o dos gaúchos) quando o inverno chegar, sem que isso no entanto a impeça de voltar a ser feminina – rapariga caprichosa, imprevisível e apaixonada – quando retornar a escabelada primavera com seus ventos irritantes, seus aguaceiros inespera-dos e suas alternativas de luz e sombra.

[...] que é, então, Porto alegre? que possui ela de no-tável ou típico? com que outra localidade se pode comparar? como são suas ruas, seus hábitos, suas

Erico Verissimo

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gentes? Para principiar, devemos ter em mente que, ao tempo em que Salvador da Bahia e S. Sebastião do rio de Janeiro já eram cidades quase bicentená-rias – nos vales, colinas e prados onde se assenta hoje a cidade de Porto alegre passeavam ainda ín-dios melancólicos em suas andanças de caça e pes-ca e em outras atividades individuais ou tribais. nos lugares onde hoje se empinam arranha-céus, na primeira metade do século XVIII erguiam-se apenas as ocas de palha dos bugres da tribo tape-minuano. Em meados do século XVIII, como a vida andasse um pouco dura para os habitantes das ilhas que for-mam o arquipélago dos Açôres, El rei Dom João de Portugal acenou para eles com a possibilidade de se transportarem à custa de sua real Fazenda para as terras do sul do Brasil, [...].

[...] chegados às terras de são Paulo os sobrevi-ventes em sua maioria se estabeleceram no rio grande, onde havia um presidio. alguns deles, po-rém, por não quererem viver numa localidade de

regime militar, resolveram subir a grande lagoa, indo estabelecer-se num lugar chamado Capela grande. (segundo a lenda, os açoritas que subiam ao cimo dum cerro, nas proximidades da Capela grande, avistavam de lá um lago, o guaíba, no qual desaguavam cinco rios que eram como os dedos da mão. Ao voltarem para a planície, diziam inva-riavelmente: “Vi a mão”, razão por que a capela grande acabou tomando o nome de Viamão, que conserva até hoje.) Dentro em pouco a comunida-de açoriana estabeleceu às margens do guaíba o seu porto – o Porto dos casais, origem da cidade de Porto alegre.

Situada sobre uma série de colinas e vales, às margens do chamado rio guaíba – que na reali-dade é um lago – e com o seu centro comercial a avançar águas a dentro numa espécie de promon-tório, a cidade de Porto alegre tem sido compa-rada às mais diversas localidades do mundo. Um turco, que a ela chegou de vapor, exclamou ao

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Largo dos Medeiros na Rua dos Andradas

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avistá-la de longe: “istambul!” um homem de negócios norte-americano me assegurou que Porto alegre se asse-melha assombrosamente a seattle, Washington. quanto a mim, estou disposto a jurar que, vista do alto do Morro do Menino Deus, minha cidade lembra San Francisco da Califórnia tal qual vislumbra quem, vindo do Marin Coun-try, entra na ponte do golden gate. e um londrino, ao ver dum automóvel em movimento as colinas que cercam a cidade, com suas linhas suaves e sua vegetação dum ver-de de mate e musgo, murmurou comovido que elas lhe lembravam os outeiros da Inglaterra rural.

Claro, talvez o turista ache que falta à nossa paisagem a im-ponência da baía de guanabara...

Nesse instante, então, eu entro em cena, acerco-me do desconhecido, digo-lhe o meu nome e ofereço-me para ser seu cicerone.Mas que culpa temos nós se Deus resolveu pintar o rio de Janeiro com tinta a óleo, nas cores mais ricas e vivas, decidin-do que Porto alegre fosse apenas uma simples aquarela?[...][...] observe que postura têm as porto-alegrenses, que saú-de, que beleza de traços fisionômicos. e que diversidade de tipos. Escute, aquela adolescente esbelta de cabelos de linho e olhos de água-marinha não lhe parece uma no-rueguesa? Pois tem bisavós alemães e é psicologicamente uma brasileira. Está vendo aquela moça de cabelos e olhos escuros, pele tostada e cintura fina? Pois saiba que naque-las veias corre muito bom sangue índio misturado com ale-mão e italiano. E, meu caro forasteiro, não se esqueça de contemplar esta rua num dia de outono ou inverno, à hora do crepúsculo vespertino; mas fique com os olhos voltados para o poente, onde a rua começa. Lá estará o horizonte do anoitecer com o seu tênue e límpido verde de vidro, cor que jamais encontrei em outro céu. é a hora em que começam a acender-se os combustores e os anúncios coloridos de ne-ônio. é o momento em que as mulheres ficam mais belas e a multidão perde o que possa ter de assustador ou inquie-

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Os prédios da Prefeitura Municipal

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tante. é uma hora macia, de mágico lusco-fusco. E nesse ins-tante breve e raro você compreenderá por que eu amo esta cidade à primeira vista tão destituída de encantos [...].

[...] As pessoas passam. o forasteiro (suponhamos que não fale a língua dos nativos) está perplexo, sem saber que pensar nem para onde ir.

Mas que culpa temos nós se Deus resolveu pintar o Rio de Janeiro com tinta a óleo, nas cores mais ricas e vivas, decidindo que Porto Alegre fôsse apenas uma simples aquarela?[...]nesse instante, então, eu entro em cena, acerco-me do desconhecido, digo-lhe o meu nome e ofereço-me para ser seu cicerone.

Ele aceita, entre surpreendido e grato. Tomo-lhe do braço e arrasto-o para uma das ruas mais curiosas de que tenho no-tícia. deram-lhe oficialmente o nome duma família de gran-de importância na história do brasil – os andradas – mas o povo a conhece pelo nome antigo: rua da Praia. são três horas da tarde e as calçadas, numa extensão de pelo menos cinco quadras, acham-se completamente tomadas por uma multidão que se agita num vaivém de formigas diligentes. o centro da rua também está completamente atestado de gente. o forasteiro quer saber se hoje é dia de festa nacio-nal. respondo que não, que é um dia como os outros [...].

[...] Asseguro a meu companheiro que ele nada tem a te-mer e, de braços dados, vamos furando a multidão. o fo-rasteiro declara-se admirado antes a quantidade de gente loura que o cerca. Explico-lhe que aos descendentes dos casais açorianos – muitos dos quais tinham nas veias san-gue flamengo – juntaram-se aqui mais tarde imigrantes

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Vista aérea do Parque da Redenção

Praça XV e o Mercado Público

Correios e Telégrafos na Praça da Alfândega

Vista da cidade ao largo do Guaíba

alemães e italianos em número, isso sem contar a contribuição menor de outros países europeus para o melting pot gaúcho. o resultado da mistura aqui está, visível e palpável [...].

Esta é a rua da Margem (rua João Alfredo). Foi aqui, à beira do rio, que a cidade começou. Para essas meias-águas de telha vã sem platibandas, de fachadas nuas e caiadas, o povo tem um nome pitoresco: “cachorros sentados”. Vejo nelas a marca dos açorianos.

Lá no alto da colina, na rua Duque de Caxias, an-tiga rua da Igreja, morava a burguesia apatacada dos tempos coloniais; lá estão ainda algumas de nossas mansões mais tradicionais, com seus por-

tões pesados e imponentes, seus azulejos, seus jardins com estátuas, seus móveis vetustos e seus fantasmas. Naquela rua fica o Palácio do gover-no, a casa da Assembleia dos representantes, a Catedral... os descendentes de alemães que enri-queceram e hoje são os pilares do alto comércio e da indústria, elementos integrantes da nossa classe média alta, habitam as residências do bair-ro chamado Moinhos de Vento, onde, no fundo de jardins em que brincam gnomos de barro pinta-do, veem-se casarões com torres góticas e telha-dos de bico, numa espécie de nostalgia das ne-ves germânicas. a classe média baixa de origem alemã – pequenos comerciantes e industriais, artesãos, funcionários públicos, empregados do comércio – vive em geral lá em baixo, perto do rio, no sopé da colina principal dos Moinhos de Vento, num bairro chamado Floresta. Para além da Floresta estendem-se os bairros operários de São João e dos navegantes, ambos a perlongar a curva do guaíba – uma zona de casas geralmente baixas, eriçadas de chaminés de fábricas [...].

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PORTO A PORTO

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[...] Meu amigo sacode a cabeça apreciativamente e eu continuo a falar. Digo-lhe que pessoas vin-das de outros Estados do Brasil queixam-se de que os gaúchos – os porto-alegrenses em parti-cular – não são acolhedores e expansivos como os cariocas ou os nortistas. Talvez tenham razão em afirmar isso. esta cidade parece sofrer ainda a influência da desconfiança dos ilhéus que a afun-daram e da reserva do imigrante que nunca sabia onde ou como ia ser recebido. Essas marcas de certo modo ficaram. Ou então tudo não passa de mera suposição minha e o fenômeno tem outra explicação. ou na realidade não existe... [...]

[...] dum modo geral, porém, podemos afirmar que nosso verão é tão rigoroso como o pior verão de washington, Miami ou rio. E que nosso inverno leva a temperatura abaixo de zero e em certos dias o famoso vento minuano, vindo dos Andes, sopra, cortante como uma navalha, sob um céu limpo, seco e rútilo . [...] A primavera é aqui uma doida estação de céu sujo, ainda um tanto fria, em que o vento constante nos irrita a ponto de nos fazer esquecer a beleza da brotação que veste a paisagem de verdes novos.E agora, meu amigo, permita que lhe conte algo do outono, que é a estação que melhor caracteri-za Porto alegre. de abril a junho o vento cessa, o céu fica mais alto e andam no ar calmo, que sabe a mel, uns tons de ouro e violeta.

A luz do sol ganha uma tonalidade madura e en-tre os seres humanos e a natureza parece ter-se firmado um acordo de paz docemente definitivo.

E por toda a cidade centenas de paineiras reben-tam em flores rosadas.

E, meu caro turista, aqui me despeço, pedindo-lhe que conte às gentes que encontrar em seu cami-nho que, neste extremo sul do Brasil, existe uma cidade amorável, nem grande nem pequena, nem veloz nem lenta, nem muito rica nem mui-to pobre; uma cidade, enfim, que tem a mostrar a quem visita as mais belas mulheres e os mais fabulosos crepúsculos.

FreeWay - Março 201314

Este texto e as fotos que ilustram a matéria fo-

ram originalmente publicados no livro “Lem-

brança de Pôrto Alegre”, publicado pela Editora

Globo (Porto Alegre, 2a edição, 1960) e patro-

cinado pelo então Sulbanco. As fotografias são

de Antônio Ronek e do Estúdio Rembrandt. A

foto de capa é de Rubem Mylius.

Praça Otávio Rocha

© by herdeiros de Erico Verissimo

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A luz do sol ganha uma tonalidade madura e entre os seres humanos e a natureza parece ter-se firmado um acordo de paz docemente definitivo.

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Page 16: Freeway ed. 32

COMO ENFRENTAR SITUAÇÕES DE

FreeWay - Fevereiro 201316

Pra começo de conversa, é óbvio que você deve fazer de tudo para evitar situações de risco ao dirigir seu carro. esse “tudo” inicia com medidas básicas de seguran-ça que incluem manutenção do carro, pneus em bom estado, uso do cinto de se-gurança, manutenção das distâncias regu-lamentares em relação aos outros veículos, não falar ao celular e mantê-lo no silencioso, velocidade adequada, etc. é importante ob-servar que todos esses cuidados devem ser contínuos. De nada vale cuidar de uma coisa e descuidar da outra. A regra básica quando for dirigir é ser cuidadoso!

Bem, mas digamos que você cuidou de tudo mas, por um motivo fortuito qualquer, aconte-ce um acidente. Um animal na pista, um outro veículo que sai da sua faixa, estrada molha-da... De repente você perde o controle e o seu carro sai da estrada e capota. O que fazer?

que “isso não vai acontecer comigo”. Mas aconteceu, e agora? O carro está de cabeça de baixo, mas você está bem, embora meio zonzo. A primeira providência é manter-se calmo. Isso pode fazer toda a di-ferença. Em seguida, desligue a ignição para cortar a corrente elétrica e minimizar a possi-bilidade de um incêndio. Depois, tente contro-

nesta segunda matéria da série “dirija melhor” que a revista freeway e o sindeg-rs oferecem aos seus leitores, o piloto joão santanna nos traz orientações de como enfrentar uma situ-ação de capotamento de carro na estrada.

Em primeiro lugar, antes disso ter aconteci-do, é importante que você tenha “treinado” mentalmente para o que pode acontecer. na maioria das vezes as pessoas sempre acham

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COMO ENFRENTAR SITUAÇÕES DE

PERIGO!!!((

Se ele estiver na faixa, a providência urgente é sinalizar o acidente para os outros veículos. Com um galho, uma blusa ou mesmo com o tradicional triângulo e o pisca alerta caso o fluxo de trânsi-to assim o permita. A seguir, se houver, ajude os demais passageiros (dependendo da situação em que se encontrarem) a sair do carro. E se afaste do veículo, sempre com calma. Caso haja feridos com maior gravidade evite socorrê-los você mesmo e espere pela ajuda de socorristas profissionais, que você pode chamar pelo telefone da estrada ou Polícia rodoviária ao comunicar o acidente.

nossa ideia é continuarmos com outras hipóteses nas edições seguintes. Casos como incêndio no veículo, queda em açu-

des e outras possibilidades. Por enquan-to, fica outra recomendação básica: ja-mais em qualquer situação pare na faixa de rodagem das estradas. Sendo abso-

lutamente necessário, pare sempre no acostamento ou nos recuos. E, tendo que sair do carro prefira sempre a porta da di-reita, do carona. é muito mais seguro.

lar a situação. Se estiver com outras pessoas pro-cure rapidamente ver a situação em que elas se encontram. Em seguida, solte com cuidado o seu cinto de segurança, pois um ato mais brusco, de

cabeça para baixo, pode levá-lo a bater com a cabeça no teto do carro.

o próximo passo é sair do carro. Se for possível abra a porta. Se não, saia pelo vidro. Em seguida procure descobrir qual a posição de seu carro em relação à estrada e aos outros veículos.

(1)

TELEFONES ÚTEIS NAS NOSSAS ESTRADASALÔ FREEWAY: 0800 6472000

POLÍCIA RODOVIÁRIA: 191EMERGÊNCIA BRIGADA MILITAR: 190

EMERGÊNCIA BOMBEIROS: 193

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180CARTAZESpara sairDA FOSSA

“Minha mãe disse e de-pois li em algum livro: são necessários cerca de seis meses pra curar uma dor de amor. Um cartaz pra cada dia que passa pra fazer passar.”

aos vinte e dois anos, a designer gráfica porto-alegrense Lanna coLLares encontrou uma maneira bem irreverente de curar a dor de uma desilusão amorosa. no endereço 180cartazesprasairdafossa.tumblr.com, ela publicou até agora mais de 100 cartazes, em que letras de músicas que falam de amor embalam os corações de quem está na fossa.

FreeWay - Março 201318

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pela maestria nos seus cartazes deve trabalhar com arte. qual é sua atividade profissional?

Eu me formei em Artes Visuais com habilitação em Design Gráfico no final de 2011. Sou designer e tra-balho na W3Haus, em Porto Alegre.

qual a inspiração para fazer os cartazes?

A ideia dos 180 cartazes surgiu depois de uma fossa amorosa mesmo. Escrevo desde criança. Mantinha um blog, curava as mi-nhas ressacas amorosas escre-vendo e dessa vez eu resolvi co-locar a trabalho era uma terapia pra mim mesma. Hoje em dia os cartazes ajudam aos outros tam-bém. Recebo muitas mensagens de pessoas agradecendo e dizen-do que o tumblr as tem ajudado. Isso é incrível!

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depois de tantos cartazes, você finalmente saiu da fossa?

Sim, saí da fossa, foi uma terapia e tanto. Talvez não só por causa deles, mas levar na brincadeira ajudou e muito!

profissionalmente, esta ideia já ren-deu algum convite interessante?

Sim, já rolaram alguns convites para exposições, pra fazer cami-setas, mas ainda não sei o que será concretizado mesmo.

você já percebeu alguma reper-cussão do seu trabalho?

A repercussão do trabalho foi de-mais! Virou notícia em revistas como Super Interessante, Gloss e em vários em sites, como o do jornal O Globo. O mais legal de tudo é ver as pessoas comparti-lhando e espalhando mensagens de amor por aí e agradecendo pela “força”.

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O P de JapuirLeia um trecho do romance O Pé de Japuir (editora Planeta), do escritor espanhol Javier Moro, estruturado a partir de uma história real. Em 1982, um terrível acidente prendeu para sempre o jovem francês Christophe roux a uma cadeira de rodas levando-o a uma clínica de reabilitação no sul da França. lá, ele conhece o cambojano song tak, cuja infância fora roubada pelo khmer Vermelho. A amizade entre os dois, marcada por su-perações, é o mote do livro.

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Lamb Mint

Carneiro ao molho de hortelã

Típica do norte da Índia, esta receita é calóri-ca e condimentada e possui um sabor incrível realçado pelo curry e a hortelã. O prato casa perfeitamente com arroz jasmin, mas também pode ser servido com pão. Confira a receita para duas pessoas!

Apadrinhado por uma família de indianos quando adolescente, o chef Alexandre Sharin é autodi-data e comanda o restaurante Sharin, em Porto Alegre. www.sharin.com.br

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INGREDIENTES

Duas colheres de azeite de soja ou oliva250 gramas de carneiro cortados em lascas (pernil ou carré)duas cebolas picadas finasUm ramo de hortelã verdeAlho e gengibreDuas latas de creme de leite magrocurry a gostoVinho branco seco de boa qualidadeSal a gosto ou caldo de galinha

MODO DE PREPARO

Aqueça o óleo em uma frigideira e adicione a cebola picada, o alho, o gengibre e o curry. quando a cebola ficar transparente, adicio-ne a hortelã e o carneiro e deixe dourar. Vá acrescentando o vinho branco até flamar o carneiro. Em seguida, adicione o creme de leite. Acerte o tempero com o caldo de ga-linha e o curry (caso queira que seu prato fique mais condimentado).

Foto: Felipe Ramalho/ H

aluz Photo Studio

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BELEZAS DE SANTA

Praia do Siriú

Beto Conte já percorreu 125 países no mundo todo. Em janeiro, esteve na Costa de Santa Catarina e fez questão de

compartilhar conosco suas impressões daquelas belas praias.

Ao pensarmos em férias, a primeira imagem que criamos é de um cenário de mar azul e belas praias. É natural. Com oito mil km de costa, temos no Brasil praias para todos os gostos e bolsos. Com nosso clima tropical, a experiência de “veranear” faz parte da nossa história. Por isso é que nos sentimos em casa quando estamos em praias nos mais diversos pontos do planeta. O mundo praiano – sol, ondas e bar na areia - é sempre familiar. Lembro que há um tempo atrás, na Tailândia, apesar de todo o exotismo do Oriente, era só cair numa ilha que já me sentia em “minha praia”-

um local que eu conhecia muito bem. Afinal, correr na areia, mergulhar, matar a sede com uma água de coco gelada ou tomar um drink no pôr-do-sol é prazeroso em qualquer um dos sete mares. Ao longo de meus anos de praia já conheci lugares muito legais – alguns bem batidos como San Diego na Califórnia ou Bondi Beach em Sydney ou pouco conhecidos, como Hikaduwa, no Sri Lanka ou Sunzal, em El Salvador; destinos do desejo como Bora Bora, na Polinésia Francesa, ou Koh Pee Pee, na Tailândia e até alguns inusitados como “The bulgarian beach”, na Líbia, e China Beach no Vietnã.

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Praia do Silveira

Praia de Garopaba

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Beto Conte é diretor do STB - Student Travel Bureau, agência de viagens que comemora 25 anos de atuação no RS. Confira suas viagens pelo mundo no www.betonomundo.wordpress.com

Aqui no sul as minhas prediletas são as praias no entorno de Garopaba – as dunas do Siriú e as ondas do Silveira.Na primeira vez que fui a Santa Catarina fiquei em Garopaba – onde me encanta o canto sul com a Igreja Matriz e a vila dos pescadores, que resiste às transformações do movimentado balneário. Apesar do grande numero de hotéis, pousadas, campings, bares e restaurantes para todos os gostos, a legislação municipal garante a paisagem de praia de antigamente, não permitindo a construção de prédios superiores a dois andares. Este ano fiquei na Praia da Silveira, vizinha ao sul da Praia de Garopaba. Rica em vegetação, esta praia quase nativa compõe um cenário único. Rodeada de montanhas verdejantes e protegida por seus moradores, consegue se manter livre da urbanização desenfreada que acontece em todos os “paraísos descobertos”.

Famosa por suas ondas perfeitas, ela é considerada uma das melhores praias para a prática do surfe em função do tamanho e formação de suas ondas. A Silveira recebe também os amantes de pesca de peixes nobres como o robalo e a garoupa, entre outros.No lado norte de Garopaba ainda tem o Siriú, que integra o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, uma área de preservação permanente que proporciona uma maravilhosa caminhada nas suas areias entre o mar e as dunas, com as colinas verdes ao fundo. Por tudo isso que sempre digo que somos super privilegiados de termos alguns dos recantos junto ao mar mais belos do mundo, aqui do ladinho da gente.Sigo agora as Ilhas Mauricius, onde vou mergulhar no meio do Oceano Índico.

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PatchWOrk Na Praia

a quarta edição do Patchwork na Praia ocorre de 21 a 23 de março na praia Balneário Camboriú, em Santa Catarina. o evento promove uma feira de 500m² com espaços para a comercialização de produtos e serviços relacionados ao patchwork, mostras de quilts nacionais e três salas de aulas com uma intensa programação de cursos e oficinas. o ingresso custa r$ 12,00 e o estacionamento, r$ 5,00. Inscreva-se e informe-se no site www.patchworknapraia.com.br

nAnDo rEISNO OPiNiãO

nando reis & os Infernais estrearão a turnê do inédito “sei” no dia 21 de março, no Opinião (rua José do Patrocínio, 834). O repertório do

show será composto por músicas do novo disco e também por

sucessos já conhecidos, como All Star e Relicário. garanta o seu ingresso nas

Lojas Multisom ou pelo site opiniaoingressos.com.br.

iNVasãO DE BAnDASgriNgas

A banda sueca The Hives e os australianos do The Temper Trap farão um show no Opinião no dia 1º de abril. o The Hives apresenta seu quinto disco de estúdio, Lex hives. conhecidos depois de figurarem na trilha do filme (500) dias com ela, de 2009, os australianos do Temper Trap também apresentarão seu novo álbum. Saiba mais no site www.opiniao.com.br.

Para Os aMaNtes da daNça

O dança Porto alegre está chegando a sua terceira edição e tem o objetivo de incentivar o crescimento da dança de salão no Estado e contribuir para que cada vez mais pessoas desfrutem dos benefícios que a dança oferece. Há muitas atrações, como bailes, workshops e espetáculos, além de mais de sessenta horas de dança. quem gosta não pode perder! O evento ocorre na Paróquia da Pompéia (rua dr. barros cassal, 220). Para saber mais, acesse www.dancaportoalegre.com.br.

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rs cONteMPOrâNeO

Focado na arte emergente, o projeto rs contemporâneo tem como diferencial o diálogo entre jovens artistas sul-rio-grandenses e curadores de outras regiões do Brasil, convidados a acompanhar e a discutir o processo criativo dos primeiros. A iniciativa propõe um espaço de encontro e intercâmbio, além de dar uma oportunidade a artistas em início de carreira. Nathalia garcía expõe, com a curadoria de Marcio Pizarro Noronha, dos dias 26/03 a 28/04 no térreo do Santander Cultural (rua Sete de Setembro, 1028). Ao longo do ano, mais artistas e curadores participarão do projeto. Fique de olho!

CoMEMorE o AnIVErde POa cOrreNdO

a 10ª corrida de aniversário de Porto alegre será no dia 24 de março, com percursos de 5 e 10km, revezamento de duplas para a categoria adulto e 2km para categorias infantil e caminhada. A prova contará com sorteio de brindes e muitas atrações. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (51) 3289-4866 ou 3289-4873, de segunda a sexta, e pelo e-mail [email protected]. Inscreva-se até o dia 15 nos sites www.esportif.com.br, www.corpa.esp.br e www.lojawin.com.br.

40 AnoS DA FrEE wAY

Ainda dá tempo de conferir a exposição que comemora os quarenta anos da Free way! é só dar uma paradinha no boulevard que fica à direita, no sentido Porto alegre-litoral, logo depois do posto de pedágio de santo antônio da Patrulha. Veja fotos, jornais e revistas dando destaque à inauguração, em 1973, da “primeira free way do Brasil” e leia histórias da construção e outras coisas legais que marcaram estas quatro décadas. A exposição está aberta para visitação diariamente das 6h às 22hs, até o dia 31 de março.

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eXPO teMPOráriano IBErê

Desde o dia 7 de março, a obra do artista sul-africano William Kentridge está exposta na Fundação Iberê Camargo até o dia 26 de maio. Toda a sua produção – que abrange desenho, escultura, gravura, teatro, ópera, e filme – entrelaça o político e o poético e é marcada pela paisagem e memória social de seu país, evocando o pro-cesso sul-africano de reconciliação, parte da herança do apartheid. Saiba maisem iberecamargo.org.br.

HErMES E rEnATo DE VoLTA A MTVCom estreia prevista para abril, a nova tempo-rada de Hermes e renato terá 12 episódios, sendo 10 inéditos e dois com os melhores momentos. Fausto Fanti, Marco Antônio Alves, Adriano Silva e Felipe Torres fazem parte do elenco e prometem novos personagens e quadros como “Os 3 Carecas”, uma sátira no melhor estilo “3 Pa-tetas” só que com três neo nazistas de uma grande metrópole que sempre se dão mal no final. a audiência já pode esperar a volta de boça, Padre gato, Palhaço gozo e Joselito!

JethrO tull eM POa

Celebrando 42 anos de carreira, o cantor, compositor, guitarrista e flautista ian anderson, da banda Jethro tull, está fazendo uma turnê pela américa do sul com o álbum “thick as a brick”. em Porto alegre, o show é no dia 12 de março, às 21hs, no Oi apresenta Araújo Vianna. Junto de Anderson, sobem ao palco os músicos Florian opahle (guitarra), Scott Hammond (bateria), David goodier (baixo), John O’hara (teclados) e ryan O’donnell (vocal).

ErrAMoS!

O Passatempo da edição 30 (janeiro 2013), que falava sobre as regras da bocha, estava com alguns erros. consultamos renato silveira, da Federação gaúcha de bocha, e retificamos o texto. as

correções seguem abaixo. Pedimos desculpas aos nossos leitores pelo equívoco! Grama e areia são as superfícies ideais para jogar. a cancha oficial de bocha mede 24 a 26,5 metros de

comprimento por 4 metros de largura. os jogadores podem ser divididos em duas equipes de um, dois ou três jogadores. Em jogos individuais (1x1), cada jogador tem quatro bochas; em duplas e trios, cada jogador tem duas bochas. As bochas podem encostar no bolim. e por fim, o jogo termina quando uma equipe atinja o placar de 15 pontos.

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XIXI ELéTrICoo carnaval já passou, mas a ideia serve para inspirar os organiza-dores das edições do ano que vem. Como o principal objetivo de reduzir o desagradável hábiro do “xixi na rua”, a agência JWt em parceria com o trio elétrico Afroreaggae desenvolveram este ano no rio de Janeiro um projeto que foi uma sensação no carna-val carioca: um trio elétrico movido a xixi! Funcionou assim: um mictório especial foi instalado no posto 9 de Ipanema, transfor-mando a urina dos foliões em energia elétrica e mantendo o trio do afroreaggae ligado durante seu desfile. O fluxo da urina movimenta um dínamo e produz energia, que é armazenada em uma bateria ligada ao trio elétrico, em processo similar ao de uma usina elétrica. De acordo com os organizadores da inicia-tiva, há ainda muito caminho a ser percorrido, mas a ideia de provocar e comunicar foi alcançada com sucesso.

O PONtO turísticO Mais rECoMEnDADo Do MUnDoUma parceria da Unesco com o site Tripadvisor divulgou os lugares reconhecidos como Patrimônio da humanida-de mais recomendados por viajantes em todo o mundo. e sabe qual está no topo de recomendações? O conjunto histórico do Palácio de Potala, que fica em lhasa, na china. A pesquisa foi baseada em mais de 1 milhão de formulá-rios preenchidos por usuários do site. Veja a lista completa em www.tripadvisor.com.br.

cieNtista iNceNtiVa O sOltar de gases NOs aViõesNada menos educado do que soltar gases em locais cheios de gente, não é mesmo? Pode até ser feio, mas o gastroenterologista dinamarquês Jacob rosenberg faz campanha para que os passageiros de

aviões libertem os gases sem dó. segundo ele, os problemas de fla-tulência a bordo parecem ser causados pelas mudanças de pressão no sistema digestivo e não soltá-los faz mal à saúde, podendo cau-sar dor, inchaço, indigestão e até estresse. As cadeiras de aviões já absorvem parte do odor, mas rosenberg e seu grupo de pesquisa aconselham as companhias aéreas a melhorar o sistema de absor-ção, além de oferecer cobertores e calças aos passageiros para minimizar os efeitos dos gases no avião. Ah, se a moda pega...

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CONCEPA

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Nem era preciso, mas foi Mário quintana quem

chamou a atenção para uma realidade, quando

escreveu que, antigamente, “um passeio pelas ruas

de Porto alegre era um passeio poético”. tanto pela

paisagem como pelos nomes fixados nas placas.

Hoje, está tudo mudado. Burocratizaram o mapa

da cidade. As designações criativas e pitorescas

das ruas deram lugar às que evocam a memória de

ilustres personalidades, algumas nem tão ilustres.

Sabem como era chamado o beco “mais encan-

tador da cidade”, segundo um cronista do século

19? Beco Ajuda-me a Viver. E não se tratava de

um pedido de socorro. Ficava ao lado do Beco dos Coqueiros, nas proximidades da Rua da Margem (hoje João alfredo), contemporâneo, entre outros,

do Beco do Vintém, Beco da Marcela, Beco do Céu e do Beco do Curral das Éguas.

A atual Barão do Amazonas, antes de 1936, cha-

mava-se Rua Esmeralda. a tradicional Praça 15 de

novembro era conhecida como Largo do Paraíso.

a general Vitorino já foi a Rua do Arco da Velha,

que se prolongava até a Rua da Misericórdia, em

frente à Santa Casa. A nossa Rua da Praia, uma

exceção que convive com o nome oficial de rua

dos Andradas, no seu trecho

final mudava para Rua da Graça, que terminava junto

ao Largo da Caridade (hoje

Praça dom Feliciano).

Houve época em que a geo-

grafia porto-alegrense era

repleta de nomes

mais sonoros e

mais sugestivos:

Rua Clara (João Manoel), Rua da Alegria (general

Vitorino), Rua do Arvoredo (Fernando Machado),

Rua Formosa (Duque de Caxias), Rua da Aurora (Barros Cassal) Rua da Varzinha (Demétrio ribeiro),

Rua de Belas (general auto), Rua da Concórdia (José do Patrocínio), Travessa do Paraíso (José

Montauri), Rua do Imperador (república), Chácara da Harmonia (Luiz Afonso/Alberto Torres) e Areal da Baronesa (baronesa de gravataí e imediações).

Tivemos também alguns nomes bizarros, como

Beco do Pau Fincado, Rua do Nabos a Doze, Beco do Fanha, Rua dos Pretos Forros e Rua dos Pe-cados Mortais, cujas justificativas exigiriam aqui

espaço bem maior.

Na década de 60, o cronista e vereador ary

Veiga Sanhudo chegou a apresentar uma

proposta de lei, que chamou de Projeto da Saudade, com o objetivo de restabe-

lecer oficialmente a antiga nomenclatura

de inúmeros logradouros públicos de

Porto alegre. Não obteve êxito. Para

desgosto daqueles que ainda sonham

percorrer, com os olhos do

nosso poeta maior, as ruas

da cidade.

aNtONiO gOulart

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ANÚNCIO

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Quem sai de Porto Alegre, não vê a hora

de voltar.

Parabéns pelos 241 anos da cidade que mora no coração dos gaúchos.