caderno de pastoral - ed. 32

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Assine: [email protected] Paróquias & CASAS RELIGIOSAS 49 Formação Bíblico-Catequética 50 | Pastoral do Batismo 54 | Pastoral do Dízimo 56 Pastoral Litúrgica 58 | Homilética 62 | Reflexão 64

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Matéria veiculada na Revista Paróquias

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Page 1: Caderno de Pastoral - Ed. 32

Assine: [email protected] Paróquias & CASAS RELIGIOSAS 49

Formação Bíblico-Catequética 50 | Pastoral do Batismo 54 | Pastoral do Dízimo 56 Pastoral Litúrgica 58 | Homilética 62 | Reflexão 64

Page 2: Caderno de Pastoral - Ed. 32

Paróquias & CASAS RELIGIOSAS 50 www.revistaparoquias.com.br | setembro-outubro 2011

R efletir sobre a situação existen-cial, bem como compreender o desenvolvimento dos nossos interlocutores, é de suma im-

portância na ação evangelizadora. A catequese é essencialmente educação da fé, no entanto, para que a mensa-gem de Jesus Cristo seja anunciada e acolhida pelo catequizando é necessá-rio que a mesma seja adaptada à sua

capacidade de compreensão e assimi-lação. Por isso, a necessidade da forma-ção dos nossos catequistas, a partir da Psicopedagogia Catequética, aprofun-dando o universo dos interlocutores, para que a evangelização aconteça de forma eficiente e eficaz.

Acreditamos que o grande desafio que temos enfrentado nos últimos tempos, nos encontros de catequese, é

o de conhecermos as pessoas a quem vamos transmitir uma mensagem, ca-tequizar. A catequese tem cada vez mais ampliado os seus interlocutores, por isso, precisamos pensar em uma catequese do ventre materno à pessoa idosa. Durante muito tempo, a cate-quese se limitou à infância. E, mesmo assim, no horizonte da preparação imediata da Primeira Eucaristia, em

Desperte em sua comunidade uma catequese educativa e eficiente POR PE. JORDÉLIO SILES LEDO, CSS E PE. EDUARDO CALANDRO

Paróquias & CASAS RELIGIOSAS www.revistaparoquias.com.br | setembro-outubro 201150

INTERLOCUTORES DA FÉ

FORMAÇÃO

BÍBLICO-CATEQUÉTICA

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uma linha quase exclusivamente dou-trinária. O papel dos pais e da comuni-dade, apesar de certo esforço para uma visão mais ampla da catequese infantil, é ainda muito restrito. Não se percebeu suficientemente que uma das tarefas essenciais dos pais e da comunidade eclesial é criar ambiente e apoio para que a criança, o adolescente e o jovem caminhem para a maturidade na fé. (CR 131)

A catequese deve ser compreendi-da como processo ou itinerário, cami-nho que uma pessoa percorre ao lon-go da sua vida, de sua história, “Tal processo procurará unir fé e vida; di-mensão pessoal e dimensão comunitá-ria; instrução doutrinária e educação integral; conversão a Deus e atuação transformadora da realidade; celebra-ção dos mistérios e caminhada com o povo” (CR 29). Para que uma pessoa, seja ela criança, adolescente, jovem, adulto ou idoso, possa amadurecer na fé, é preciso que o conteúdo, a mensa-gem catequética seja adaptada ao de-senvolvimento psicológico em que esta pessoa vive. No processo ou itine-rário de iniciação a pessoa é envolvida inteiramente em todas as esferas e di-mensões do ser. O fracasso ou falta de perseverança no caminho da fé se deve, muitas vezes, à falta deste envol-vimento total dos iniciandos. Se isso é verdade para crianças e jovens, muito mais o é para os adultos. (Estudos da CNBB, Iniciação à vida cristã, n.75)

REFLEXÃO SOBRE A INICIAÇÃO CRISTÃPrecisamos pensar a

catequese como um iti-nerário no qual, nas di-ferentes idades, o anún-cio de Jesus Cristo e a conversão de vida acon-teçam de forma efetiva. Para isso precisamos pensar em um itinerá-rio que seja adequado e personaliza-do. A catequese, por muito tempo, aconteceu de forma desintegrada,

pensando em formar maior número de fiéis para participar dos sacramen-tos. Por isso, hoje, mais do que nunca, afirmamos que precisamos de uma catequese de iniciação à vida cristã. É necessária “a incorporação do candi-dato, mediante os três sacramentos da iniciação, no mistério de Cristo, morto e ressuscitado, e na comunida-de da Igreja, sacramento de salvação, de tal modo que o iniciado, profun-damente transformado e introduzido na nova condição de vida, morra para o pecado e comece uma nova existên-cia de plena realização. Essa inserção e transformação radical, realizada dentro do âmbito de fé da comunida-de eclesial, em que o cristão vive e dá sua resposta de fé, exige, por isso mesmo, um processo gradual ou um itinerário catequético que o ajude a amadurecer na fé” (Estudos da CNBB, Iniciação à vida cristã, n.68).

Ter clareza de que o ser humano é uma condição sem a qual não se pode, de modo algum, tê-lo como “matéria” de trabalho.

A questão é: como é possível evangelizar uma pessoa sem co-nhecê-la adequada e profunda-mente? O que a pessoa é em seu ser? Como se dá a fé na constitui-ção de cada pessoa? Como podere-mos educar a fé dos nossos cate-quizandos?

Estas questões pertinentes nos interpelam a pensar sobre a necessi-

dade de penetrar no mais íntimo de cada pessoa que vem ao nos-so encontro, em busca da catequese, às vezes somente para os sacra-mentos e, em outros casos, em busca de um processo de iniciação

na fé. Em nossas comunidades preci-samos criar itinerários, percorrer o caminho da evangeliza ção juntos,

“ No processo ou itinerário de iniciação a pessoa é envolvida inteira-mente em todas as esferas e dimensões do ser”