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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Edition nº 242| Série II, du 02 décembre 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais DR Antigo Presidente da Câmara Municipal de Baião Lusopress comemorou 10 anos com lançamento de um livro 03 O candidato a Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa esteve em campanha eleitoral em França no fim de semana passado. 04 17 PUB Solidariedade. A Santa Casa da Mi- sericórdia e a Academia do Bacalhau de Paris juntam-se para recolha de bens ali- mentares e roupas. 08 Fado. A fadista Katia Guerreiro esteve na região parisiense para uma série de três concertos e deu uma entrevista ao LusoJornal. 12 Guarda. O empresário português ra- dicado em Montesson, Jean Pina, foi condecorado pela Câmara Municipal da Guarda. 05 Andrade. A Team Andrade, uma equipa franco-portuguesa ficou em terceiro lugar na mítica prova 24 Horas Todo-o-Terreno de Portugal, na vila de Fronteira. 18 José Luís Carneiro novo Secretário de Estado das Comunidades PUB Votos de Boas Festas para todos os nossos leitores

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Page 1: FRANCE Lusopress comemorou 10 anos com lançamento de um … · mica e da Austeridade que nos empobrece para o combate ao ter-rorismo; - Legitime a prossecução da agres-são Ocidental

G R A T U I T

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Edition nº 242| Série II, du 02 décembre 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais

DR

Antigo Presidente da Câmara Municipal de Baião

Lusopress comemorou 10 anoscom lançamento de um livro

03O candidato a Presidente da República,Marcelo Rebelo de Sousa esteve emcampanha eleitoral em França no fim desemana passado.

04

17

PUB

Solidariedade. A Santa Casa da Mi-sericórdia e a Academia do Bacalhau deParis juntam-se para recolha de bens ali-mentares e roupas.

08

Fado. A fadista Katia Guerreiro estevena região parisiense para uma série detrês concertos e deu uma entrevista aoLusoJornal.

12

Guarda. O empresário português ra-dicado em Montesson, Jean Pina, foicondecorado pela Câmara Municipalda Guarda.

05

Andrade. A Team Andrade, uma equipafranco-portuguesa ficou em terceiro lugarna mítica prova 24 Horas Todo-o-Terrenode Portugal, na vila de Fronteira.

18

José Luís Carneiro novoSecretário de Estadodas Comunidades

PUB

Votos de Boas Festaspara todos os nossos

leitores

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02 Opinião le 02 décembre 2015

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret:52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, António Marrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto(Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, JorgeCampos (Lyon), José Manuel dos Santos, José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel do Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nathalie deOliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Patricia Valette Bas, Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilitéde leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos: António Borga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7avenue de la porte de Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Publicidade em Portugal: AJBB Network, Arnado Business Center, rua João de Ruão, nº12-1º Escrt 49. 3000-229 Coimbra.Tel.: (+351) 239.716.396 / [email protected] | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: décembre 2015 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

Islamofobia e “Estado Islâmico”: o fruto e a força da mesma ignorância

Nuno Gomes GarciaEscritor

[email protected]

Crónica de opinião

Confundir e correlacionar as açõessanguinárias do autodenominado“Estado Islâmico” com o conjuntodos seguidores da fé muçulmana tor-nou-se o desporto preferido das fran-jas mais reacionárias e cavernícolasdas sociedades Ocidentais. Essa bo-çalidade tem sido por demais visívelnos debates para as eleições primáriasdos EUA entre os candidatos republi-canos (conservadores), embora essenão seja o único palco para tão ignóbilexercício.Felizmente, por enquanto, essasopiniões ainda perfazem uma mi-noria, que, todavia, a crise socioe-conómica e os promotores daAusteridade poderão reforçar nasua busca incessante por um bodeexpiatório. E, dirão os apoiantes doFront National, quem melhor pres-tará esse serviço de expiação doque os muçulmanos que vivementre nós. O perigo de um Pogrommoderno é, portanto, algo que nãoé de descartar.Dizer que algo tão complexo e di-versificado como a civilização mu-çulmana - que se estende dosconfins da África Ocidental ao Caza-quistão, de Marrocos a Singapura - seresume aos atos perpetrados por al-guns milhares (existem 1,6 mil mi-lhões de muçulmanos, cerca de 22%da população terrestre) de extremistasque usam o Islão como fachada paraa sua política expansionista é, e pon-derei bastante se deveria usar estapalavra, estúpido. Isso equivale adizer que os extremistas cristãosdo Klu Klux Klan - que queimavame enforcavam afroamericanos nosEUA dos anos 50 do século XX -são um grupo representativo dos2,2 mil milhões de cristãos que

existem no mundo.Mais estúpido se torna aindaquando esse discurso sai da bocade cidadãos portugueses, visto queuma boa parte da cultura lusófona- basta pensar no Fado ou na lín-gua que une falantes em cincocontinentes - assenta num dos ali-cerces da História de Portugal: apresença da civilização islâmica nonosso território ao longo de 500anos e, depois do século XIII, apermanente interação entre Portu-gal e o mundo muçulmano.Não vou, porém, analisar as causasou origens deste flagelo que algunschamam de Daesh. Nem sequermedir a intensidade dos vários ter-rorismos, verificando se o terro-rismo praticado pelos drones dosEUA, ou o que levou à destruiçãoda Líbia pela França, ou o que éperpetrado por Israel na Faixa deGaza, é maior ou menor do que oterrorismo que descambou na car-nificina de Paris, na destruição doavião russo que voava sobre o Sinaiou nos atentados suicidas de Bei-rute. Quando alguma entidade,seja um Estado ou uma organiza-ção obscura, seja Ocidental ouOriental, pratica atos que condu-zem à morte indiscriminada decivis inocentes por razões políticas,isso é terrorismo.O que farei aqui, então, é tentardesmontar três dos mitos mentiro-sos proferidos por islamofóbicosprimários e propalados por órgãosde comunicação e redes sociais.Mistificações que servem para dia-bolizar o “Outro”, neste caso osmuçulmanos, como se o Islão fossealgo uniforme e sem discrepâncias,como se um muçulmano malaio

fosse igual a um muçulmano sau-dita. O intuito desta estratégia dementira é o de incutir o ódio e omedo no coração dos Ocidentaistendo em vista a criação de um ini-migo comum que:- Possa facilitar a tomada de medi-das repressivas e de vigilância tipoPatriot Act, cerceando as nossas li-berdades individuais;- Faça esquecer algumas culpasOcidentais no surgimento do terro-rismo islamofascista, tais como aguetização (e autoguetização) daspopulações muçulmanas mais po-bres do nosso território, as medidasgeoestratégicas erradas (invasão doIraque, destruição da Líbia oualiança com a Arábia Saudita, opaís mais extremista do mundo…),venda de armas sem regulação, odiscurso cada vez mais agressivocontra o multiculturalismo;- Permita canalizar as atençõesmediáticas da crise socioeconó-mica e da Austeridade que nosempobrece para o combate ao ter-rorismo;- Legitime a prossecução da agres-são Ocidental a países muçulma-nos do Médio Oriente (um dosgarantes da perpetuação do terro-rismo islamofascista, pois acicataos ódios contra o Ocidente no seiodas populações atacadas), visandoganhos económicos.Analisemos, então, três exemplosque são dados como provas abso-lutas do “atraso civilizacional” doIslão e que, bem vistas as coisas,não passam de mentiras descara-das:

Todos os países muçulmanos discri-minam as mulheres e condenam, na

lei penal, a homossexualidade.Se bem que o quadro seja negro, essageneralização é falsa. Dos 48 paísesde maioria muçulmana que existemno mundo, 7 já tiveram (têm) mulhe-res como Presidentes da República(Paquistão, Bangladesh, Indonésia,Turquia, Kosovo, Quirguistão e Sene-gal) e 13 não penalizam na sua lei ahomossexualidade. Curiosamente, opaís que mais discrimina a mulher econdena homossexuais é a ArábiaSaudita, o principal aliado das potên-cias Ocidentais no Médio Oriente.Quantas mulheres foram eleitascomo Presidentes da República emPortugal ou em França? Os direitosdos homossexuais são respeitados,por exemplo, pelo atual Governo daPolónia, país membro da UniãoEuropeia, ou, num caso mais ex-tremo, nos países não muçulmanosda África Negra? A discriminação éum problema transversal e nãouma exclusividade muçulmana.

A mutilação genital feminina éuma prática islâmica.Falso. Na verdade, a mutilação ge-nital feminina (que afeta cerca de130 milhões de mulheres) não éum problema dos países muçulma-nos, é um problema, sim, de al-guns países de África. Trata-se deuma prática pré-islâmica que, nosdias de hoje, é transversal a todasas religiões, sendo levada a cabotanto por populações cristãs comomuçulmanas. Países como a Eritreiaou a Etiópia, de grande maioria cristã,praticam a excisão de forma maciça.

O Islão é uma religião que promovea violência.Segundo o Papa Francisco - que

disse há pouco tempo: “O Corão éum livro de Paz e o Islão uma reli-gião pacifica (…) e o terrorismo ali-menta-se da pobreza” - a ideia deque o Islão é uma religião guerreiraé falsa. Os atos cruéis cometidospor alguém em nome de uma fénão a torna intrinsecamente vio-lenta. Foi um país indubitavelmente cris-tão que lançou uma bomba ató-mica em Hiroshima. É o cristia-nismo uma religião violenta? Não.Se é verdade que o Islão tambémse expandiu pela guerra no séculoVII, não deixa também de ser ver-dade que portugueses e espanhóisdifundiram o cristianismo atravésda violência e da imposição impe-rial no que é hoje a América La-tina, levando a cabo autênticosgenocídios. O que está errado é uti-lizar religiões como arma politica ede expansão territorial.

Resumindo, existem, é indubitável,países de maioria muçulmana queaplicam leis e tradições que nãotêm lugar num mundo moderno. AArábia Saudita é o melhor dosexemplos. Mas os males do mundonão são exclusivos dos países demaioria muçulmana, longe disso.Os atentados aos direitos humanoscometidos pela China ou pelosEUA quando barbaramente execu-tam prisioneiros condenados àpena capital não significa que oconfucionismo ou o cristianismosejam o Mal incarnado. São, sim-plesmente, a prova de que existealgo de errado com as respetivassociedades. Nada tem a ver com asreligiões que as suas populaçõesprofessam.

A calma voltou a ParisJosé Baptista deMatosDirigente associativo e ex-Conselheiro das Comunidades

[email protected]

Crónica de opinião

Enfim, nestes calafrios desde sexta-feira 13 de novembro, onde a Comu-nidade portuguesa esteve e de quemaneira envolvida, alguns dias de-pois do desastre, o ambiente nosolhos das pessoas é muito mais se-reno, mais interrogativo que namédia dos outros dias. A França,Paris e os seus habitantes, depoisdestes dias de ‘Guerra em surdina’recomeça, e ainda bem, a sua vida,porque naturalmente é urgente e ne-cessário desenvolver o diálogo per-manente com todos, mas todosmesmo, os vizinhos amigos de outras

nacionalidades e culturas vindos detodos os países deste globo que nóshabitamos.Foi um bando de pardais à solta, quede pardais só tinham o nome, umasaves de rapina já educadas na men-tira da religião e estas ao longo daHistória do mundo, sempre massempre proporcionaram guerras emais guerras santas para imporem assuas certezas fanáticas das religiões.O que se passou em Paris na sexta-feira 13 foi mais um exemplo confir-mativo a juntar à tal história domundo, sobretudo religioso.

Portugal, a nossa terra, não foi ili-bada destas questões de guerras re-ligiosa como por exemplo do séculoXV ao século XIII, onde a GuerraSanta da Inquisição matou, estran-gulou e dizimou muitos milhares decompatriotas que aos seus olhos nãoeram católicos e de outra religião!Mais de 500 anos depois aqui emFrança, no coração de Paris, uns tan-tos fanáticos e primos dos da Inqui-sição em Portugal mataram 130pessoas entre elas 2 cidadãos portu-gueses! Além desta macabra situa-ção, uns tantos jovens de descendên-

cia portuguesa estão a colaborar comos fanáticos religiosos, matandoassim os seus irmãos de descendên-cia portuguesa e mais do que certofalando de vez em quando a línguade Camões.Naturalmente os Parisienses andamdesconcertados, desconfiados e so-bretudo sem alma, para cantarem ohino nacional francês! A Comuni-dade portuguesa de França, com umnúmero superior a um milhão emeio, anda com dificuldades paraencontrar a via mais segura para quea amizade franco-portuguesa conti-

nue, e assim reencontrar os cami-nhos mais seguros para que Parisvolte a ser, perante o Mundo, a terrada Liberdade, da Igualdade e da Fra-ternidade!Fomos então, naturalmente, à portado Bataclan depor um cravo verme-lho já que esta sala de espetáculosfaz parte da História da emigraçãoPortuguesa de França, porque desdeos anos 60 que serviu para que osnossos compatriotas organizassemespetáculos com artistas portuguesesproibidos de os fazer em Portugal!É a História.

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03Políticale 02 décembre 2015

Marcelo Rebelo de Sousa quer dedicar mais tempo às Comunidades portuguesas

O candidato presidencial Marcelo Re-belo de Sousa esteve em Paris na se-mana passada e disse, “sim à vida enão ao terror” junto à sala de concer-tos Bataclan, onde há duas semanasmorreram 89 das 130 pessoas assas-sinadas nos atentados em Paris.O candidato presidencial prestou ho-menagem às vítimas dos ataques ecolocou uma coroa de flores em frenteao Bataclan, rodeado de vários empre-sários da Comunidade portuguesa emFrança e do novo Cônsul de Portugalem Paris, António AlbuquerqueMoniz. “Este gesto simbólico tem doissignificados. Primeiro é não ao terror:sim à vida e não ao terror que ceifoua vida de tanta gente, nomeadamentede compatriotas nossos. O segundosignificado é o sim à vida da Comuni-dade portuguesa aqui, uma Comuni-dade que está a criar Portugal fora doterritório português e está, no fundo,a projetar aquilo que é de melhor naalma portuguesa (…). Sim à vida e àcapacidade dos Portugueses de re-criarem Portugal por todo o mundo eaqui concretamente em França”, de-clarou Marcelo Rebelo de Sousa aosjornalistas.O candidato na corrida a Belém subli-nhou que a visita a Paris já estava pre-vista há algum tempo, uma vez queparticipou no lançamento do livro“Dez Nomes, Dez Histórias”, editadopela Lusopress. “Felizmente nós nãotemos dez exemplos de sucesso,temos milhares e milhares e milharesde exemplos de sucesso de Portugue-ses em França e por todo o mundo.Aquilo que vale a pena dizer é queuma parte fundamental de Portugalvive fora do território português, masesse Portugal é tão Portugal quanto oPortugal que vive em território portu-guês”, sublinhou Marcelo Rebelo deSousa.O candidato presidencial ainda disseque “apesar de não haver uma famíliaque não tenha alguém a viver fora doterritório de Portugal”, no dia-a-dia aspessoas não reconhecem “a impor-

tância dessas Portuguesas e dessesPortugueses fundamentais para opeso que Portugal tem no mundo”.“Nós somos a grande pátria quesomos porque temos milhões de por-tugueses que estão fora do territóriode Portugal e que estão a contribuirpara aquilo que é a nossa força nomundo e muitas vezes quem vive ládentro não tem essa noção”, reforçou.

O que vai mudar se for eleito Presi-dente da República, no que diz res-peito às Comunidades portuguesas?Penso que muitas coisas que os ante-riores Presidentes fizeram é positivo.Mas é preciso ir mais longe, ir maisvezes e estar mais tempo com as Co-munidades. Eu entendo que faz sen-tido haver visitas às Comunidadesmesmo não havendo visitas de Es-tado. Em segundo lugar transportarfestejos como o 10 de Junho para asComunidades, festejando-o por exem-plo fora de Portugal, o 10 de Junhotanto pertence aos que lá estão dentrocomo aos que estão fora. E depoispermanentemente, sem me substituirao Governo, porque é o Governo quemgoverna, servir de ponte como vozpara muitas questões, necessidades equeixas das Comunidades com o Go-verno para ultrapassar burocracias, àsvezes para desbloquear certos proble-mas.

Que tipo de problemas lhe têm che-gado?São muitos, nomeadamente do En-sino do Português. Problemas do fun-cionamento consular, problemassobre atrasos de resposta para quemestá a investir em Portugal e tem em-preendimentos em Portugal e sequeixa da lentidão e do atraso a nívelda administração pública, problemassociais, problemas de apoio aos mais

novos que estão em atividades de pes-quisa, investigação fora do territórioportuguês, problemas que existemainda quanto a questões de naciona-lidade ou aplicações de acordos queexistem entre o Estado português e opaís onde residem.

E sobre a participação cívica e a dis-criminação no recenseamento, o quetem a dizer?

Pois, há queixas sobre o recensea-mento, sobre as condições de voto.Deve-se fazer tudo para permitir am-pliar rapidamente o recenseamento efacilitar o direito de voto.

O recenseamento deve ser automáticoe obrigatório como em Portugal?É uma questão que tem de ser pon-derada pelo Parlamento não é ao Pre-sidente de decidir.

Mas o Presidente defende a igualdadeentre todos os Portugueses e aqui éuma desigualdade, certo?Exatamente, mas tem que ser o Par-lamento a ser sensibilizado para queas forças políticas maioritárias no Par-lamento aceitem votar o fim desta dis-criminação. Sobre a metodologia devoto, tem de haver uma homogenei-zação. O Presidente pode persuadir,aconselhar, fazer pressão para quequem pode resolver esse problema,que é o Parlamento, venha a encarara hipótese de reunir tudo isso num di-ploma único.

O Presidente atual nomeou, no pri-meiro mandato, um assessor para asquestões relacionadas com as Comu-nidades, é algo que está a pensarfazer também?Acho que, independentemente dehaver alguém em permanência queacompanhe em termos administrati-vos os problemas das Comunidades,o Presidente tem que receber os re-presentantes das Comunidades, masisso eu defendo em geral. Recebermais vezes os Conselheiros das Comu-nidades, por exemplo. Não é só irmais vezes vê-los, mas também rece-ber mais vezes.

Está confiante que vai ser o próximoPresidente da República?Estou claro. Acho que a campanhatem corrido bem, da ótica daquilo queentendo que é o essencial, com sere-nidade, duma forma digna em termoscívicos, passada para segundo planopor causa da questão da formação doGoverno mas em qualquer caso o nívelde intervenção, o grau de considera-ção entre candidaturas, tudo tem de-corrido de forma bastante promissora.Fora do país também, os contactosque tenho mantido e os que tenho re-cebido são positivos embora tambémsinta que fora do país por causa do re-gime de voto e do desinteresse que jáé muito antigo, não se nota aquelamobilização que no futuro é desejávelque venha a existir.

Candidato esteve em campanha eleitoral na região parisiense

Por Carlos Pereira, com Lusa

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Marcelo Rebelo de Sousa esteve em Paris a convite dos nossos colegas da Lusopress. Logo de manhã foi depor umacoroa de flores junto à sala de espetáculos Le Bataclan, em homenagem às vítimas atentados do 13 de novembro.Para além de ter participado no almoço e no jantar dos 10 anos da Lusopress, visitou algumas empresas de Portuguesesde França e foi assistir à missa ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima de Paris.

Lusa / Estela Silva

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04 Destaque

lusojornal.com

emsíntese

António Costaem Paris

O novo Primeiro Ministro AntónioCosta esteve em Paris na segunda-feira desta semana para participar naabertura oficial da Cop21 e encon-trou-se com a Maire de Paris, AnneHidalgo, no Hôtel de Ville. Costa es-tava com o Ministro do Ambiente edos Transportes, João Pedro Matos ecom o Embaixador de Portugal emFrança, Moraes Cabral.António Costa prestou homenagemàs vítimas do atentado de 13 de no-vembro, junto ao Bataclan, na com-panhia do Conselheiro de Paris,Hermano Sanches Ruivo.

Missa em memória de Sá Carneiro

A Comissão política da Secção deParis do Partido Social Democrata(PSD), divulgou uma nota de im-prensa informando que vai ser orga-nizado no próximo domingo, dia 6 dedezembro, pelas 11h00 horas, noSantuário de Nossa Senhora de Fá-tima - Marie Médiatrice, em Paris, umofício religioso em memória do antigoPrimeiro-Ministro de Portugal, Fran-cisco Sá Carneiro.O Santuário situa-se no nº 48 bis bou-levard Sérurier, em Paris 19.

Paulo Pisco coordena socialistas na Comissão dosNegócios Estrangeiros

O Deputado do PS Paulo Pisco, eleitopelo Círculo da Europa, foi eleito Coor-denador dos Deputados socialistas naComissão dos Negócios Estrangeirose Comunidades portuguesas. O De-putado vê-se assim reconduzido nasfunções que já ocupava na anteriorlegislatura.A Comissão volta a ser presidida peloDeputado do PS Sérgio Sousa Pinto.

Cândido Ferreiraanuncia vinda aParis

O Candidato Presidencial CândidoFerreira, anunciou na semana pas-sada que vai deslocar-se “com cará-ter de urgência” a Paris “para estar efalar com os nossos emigrantes apósos dramáticos atentados terroristas aliverificados”.O Mandatário nacional é o ex-Depu-tado pelo círculo de Emigração naEuropa Victor Caio Roque.

José Luís Carneiro é o novo Secretário deEstado das Comunidades Portuguesas

José Luís Carneiro é o novo Secretáriode Estado das Comunidades Portu-guesas. A notícia surpreendeu todosjá que se esperava que António Costanomeasse Paulo Pisco, há vários anospretendente ao posto. Mas os últimosresultados eleitorais do Partido Socia-lista na Europa fizeram certamentecom que António Costa mudasse deideias. Ainda houve quem evocasse ahipótese de Hermano Sanches Ruivo,mas também não foi o escolhido pelonovo Primeiro Ministro.José Luís Pereira Carneiro tem 44anos e foi Presidente da Câmara Mu-nicipal de Baião entre 2005 e 2015.Mora em Gestaçô, naquele concelhodo distrito do Porto.O novo Secretário de Estado é Licen-ciado em Relações Internacionaispela Universidade Lusíada e foi pre-miado pela instituição como o melhoraluno da licenciatura do ano1989/1994. Fez um Mestrado emEstudos Africanos, no Instituto Supe-rior de Ciências Sociais e Políticas(ISCSP) com dissertação subordinadaà temática: “Formação e Consolida-ção da Elite Dirigente do MPLA -1960/1978”.Foi convidado para Assistente da ca-deira de Antropossociologia da ÁfricaLusófona e de História da África Lu-sófona, na Universidade Lusíada deLisboa e também no Porto. Desdeentão é docente, embora com funçõessuspensas.Especialista de questões africanas foicolaborador especializado do semaná-rio “O Independente”, entre 1996 e1999, foi analista das questões afri-canas para a rádio TSF e para aRDP/África e publicou vários artigosde opinião sobre as questões interna-cionais no Jornal de Notícias. Assinamensalmente uma crónica de opinião

sobre assuntos internacionais no jor-nal O Comércio do Porto.Começou a integrar grupos de reflexãopolítica no Partido Socialista de Baiãoem 1993 e desde 1998 é Vereadorna Câmara Municipal. Foi Presidenteda Câmara durante 10 anos, tendosuspendido o mandato para assumiras funções de Deputado pelo círculoeleitoral do Porto, há apenas um mês.Aliás José Luís Carneiro já tinha sidoeleito Deputado em 2005, cargo dedeixou para assumir a Presidência daCâmara de Baião.Entre 1999 e 2000 foi Assessor doGabinete do Secretário de Estado Ad-junto do Ministro da AdministraçãoInterna para as questões relacionadascom a imigração e depois foi Chefe deGabinete do Grupo Parlamentar doPartido Socialista.José Luís Carneiro é, desde 2006 umdos representantes de Portugal no Co-mité das Regiões da União Europeia,em Bruxelas. Em 2010 foi designadovogal da mesa do Comité das Regiõese em fevereiro deste ano tomou possecomo Presidente da Comissão dos Re-cursos Naturais (NAT) deste Comité.Em Portugal é membro do ConselhoEconómico e Social.Mas a escolha de António Costa é so-bretudo política. José Luís Carneiro émembro da Comissão Nacional doPartido Socialista desde 1999, já foimembro do Secretariado Nacional doPartido e desde 2012 é Presidenteda importante Federação Distrital doPS/Porto. É próximo de António JoséSeguro e de Francisco Assis, o quefaz dele um “opositor” a AntónioCosta. Mas não um “opositor qual-quer”, já que também é Presidentedo Conselho Geral da Associação Na-cional dos Municípios Portugueses, edesde janeiro de 2014 é Presidenteda Associação Nacional de AutarcasSocialistas.

Uma pergunta está por responder: An-tónio Costa convidou-o para esta fun-ção de Secretário de Estado dasComunidades ou queria-o para outroscargos e José Luís Carneiro preferiuesta pasta?Dizem que é “trabalhador, dedicado ecompetente” mas não se conhecemintervenções sobre Comunidades por-tuguesas, mesmo se, enquanto Presi-dente da Câmara visitou aComunidade no Luxemburgo onde re-sidem muitos Portugueses de Baião.Também participou nas Comemora-ções do Dia de Portugal, de Camões edas Comunidades, organizadas pelaFundação Bernardino Coutinho e rea-lizadas em Newark, nos Estados Uni-dos da América, em 2007.

Alteração do voto é prioritáriaJosé Luís Cordeiro, que está sob tutelado novo Ministro dos Negócios Estran-geiros, Augusto Santos Silva, númerodois do Governo, está agora a consti-tuir a sua equipa, mas já se conhecequal vai ser o programa do Governoem matéria de Comunidades.A adoção de “novas modalidades devoto” e a realização de muitos atosconsulares por via eletrónica são pro-postas do novo Executivo socialistapara as Comunidades, que quer rom-per com o passado.No seu programa, que mantém inal-teradas as ideias contidas na propostade programa apresentado no início domês pelo PS, o Executivo liderado porAntónio Costa recorda que um terçoda população portuguesa, ou seja,cinco milhões de pessoas, vive fora dopaís. “Os Portugueses no estrangeironecessitam de reconhecimento, nãode paternalismo. (…) Importa, pois,fazer uma rutura com as políticas paraas Comunidades do passado”, sus-tenta o programa de Governo, quepromete, entre outras medidas, mo-

dernizar a rede consular, criar um bal-cão e-consular, “que permitirá a des-materialização de muitos atosconsulares” e eliminar entraves buro-cráticos relativos à situação fiscal ouda Segurança Social dos emigrantes.O Executivo quer potenciar o exercícioda cidadania pelos Portugueses no es-trangeiro e, para tal, irá “prever a ado-ção de novas modalidades de voto”,permitir a possibilidade de haver De-putados com dupla nacionalidade noscírculos de residência respetivos oupermitir a renovação do Cartão de Ci-dadão em Portugal mantendo a resi-dência no estrangeiro, isto é, semperda da inscrição nos cadernos elei-torais do país de residência.O Executivo socialista quer reforçar osprogramas de apoio a emigrantes ca-renciados e idosos e apoiar as estru-turas que ajudam estas pessoas.O Governo acredita que há muita“margem de manobra” no desenvol-vimento económico em ligação com adiáspora e sugere que as Comunidadessejam encaradas como “uma alavancada internacionalização da economiaportuguesa, recorrendo às estruturaslocais”, além do fomento do investi-mento de emigrantes e lusodescen-dentes em Portugal em setoresprioritários (turismo, comércio e indús-tria e cultura), mas também no setorsocial e saúde, e do apoio a empresasde portugueses e lusodescendentes noestrangeiro, designadamente atravésdo desenvolvimento de parcerias inter-nacionais estratégicas entre empresas.Expandir o ensino de português noestrangeiro é outro dos objetivos doGoverno, que pretende também in-tensificar o intercâmbio entre Por-tugal e as Comunidades nas artese cultura e dinamizar a rede asso-ciativa, bem como promover está-gios para emigrantes em territórionacional.

Nomeado por António Costa

Por Carlos Pereira, com Lusa

le 02 décembre 2015

DR

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05Comunidade

Câmara da Guarda condecorou empresário Jean PinaO Presidente da Câmara Municipalda Guarda, Álvaro Amaro, atribuiu,em nome do Município, Medalhas demérito a sete personalidades, insti-tuições e empresas do concelho, noDia da Cidade, que se assinalou nasexta-feira da semana passada. Umdos homenageados foi Jean Pina,empresário na região parisiense.A proposta de atribuição de conde-corações de reconhecimento públicofoi aprovada por unanimidade na reu-nião do executivo municipal daGuarda liderado pelo autarca social-democrata.Segundo Álvaro Amaro, a autarquiaatribui as distinções, ao abrigo doRegulamento Municipal de Condeco-rações que prevê que se distingam,“considerando o significativo contri-buto no campo autárquico, nos vá-rios ramos das ciências, na atividadecultural e desportiva, económica,humanitária ou outras de notávelimportância e de cujos atos produ-zam assinaláveis benefícios para acidade e ou para o concelho, perso-nalidades, instituições e empresas,merecedoras de enaltecimento e es-pecial reconhecimento”.A autarquia galardoou a empresaDura Automotive (uma multinacionalalemã de componentes elétricos paraautomóveis, que se instalou na fre-guesia de Vila Cortez do Mondego,em 1998), o artesão Mateus FilipeMiragaia, considerado “o único faze-

dor de tesouras de tosquia do país”e o emigrante e empresário emFrança Jean Pina.Jean Pina tem 48 anos, é origináriode Trinta, no concelho da Guarda, etem várias empresas com sede emMontesson, nos Yvelines. “Não exis-tem palavras para agradecer este ato

tão simbólico para mim” diz JeanPina que foi recompensado tambémpelas múltiplas ações filantrópicasde tem vindo a desempenhar. “Seme dá alento levar um pouco mais decarinho a quem dele precisa atravésdos meios que me são possíveis,também é verdade que me enche a

alma saber que sou apreciado poresses mesmos gestos. O mais impor-tante é reconhecer que, ao fazermoso bem, outros nos seguem as pisadase, mais facilmente, chegaremos amais pessoas”.Jean Pina tem ajudado instituiçõesde solidariedade, tanto em França,

como em Portugal. “Quando eu ne-cessitei, também fui ajudado” disseao LusoJornal. Recebeu a condeco-ração das mãos do Presidente da Câ-mara ao lado da filha. “É para elaesta medalha. Porque nada me dámais prazer do que saber o orgulhoque ela tem em mim”. E rematou:“Obrigado a todos quantos acreditamnum mundo melhor, num interiormelhor, numa cidade melhor. Obri-gado a quem está a meu lado…Sempre”.Foram também agraciadas duas ins-tituições que atuam nas áreas da so-lidariedade social e da saúde naGuarda: a A.D.M. Estrela - Associa-ção de Desenvolvimento e Melhora-mentos (instituição particular desolidariedade social, fundada em de-zembro de 1989) e a Casa de SaúdeBento Menni (iniciou a atividade emabril de 1994 e é gerida pelo Insti-tuto das Irmãs Hospitaleiras do Sa-grado Coração de Jesus).A cerimónia de atribuição das meda-lhas decorreu na sessão solene co-memorativa do 816º aniversário dacidade, na Sala António de AlmeidaSantos, no edifício da Câmara Muni-cipal. Nesse mesmo a Câmara Muni-cipal da Guarda assinalou aatribuição, a 27 de novembro de1199, pelo Rei Dom Sancho I, daCarta de Foral, documento que mar-cou o nascimento da cidade maisalta do país.

Jean Pina é empresário na região parisiense

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Jean PinaLaurent Martineau

le 02 décembre 2015

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06 Comunidade

emsíntese

Hollande respondea Associação delesados do BES

O Presidente de França pediu ao Mi-nistro das Finanças Michel Sapin queanalise as queixas da Associaçãodos Indignados e Enganados doPapel Comercial do BES (AIEPC),segundo uma carta divulgada pelaentidade.Numa curta missiva endereçadaao advogado da AIEPC, Nuno SilvaVieira, a Presidência da Repúblicafrancesa informa que FrançoisHollande tomou nota das queixasque chegaram relativas à resolu-ção do BES e que encaminhou ainformação para o Ministro das Fi-nanças Michel Sapin.No dia 9 de setembro, a AIEPC en-viou uma comunicação para várioslíderes europeus, entre os quaisHollande, o Presidente da Comis-são Europeia, Jean-Claude Junc-ker, e a Chanceler da Alemanha,Angela Merkel, denunciando “aaplicação pelo Banco de Portugalda diretiva 2014/59/UE do Parla-mento Europeu e do Conselho de15 de maio de 2014 - de formadesviante - colocando em causa oregime da resolução bancária naEuropa”.No comunicado que agora divul-gou junto com a resposta da Pre-sidência francesa, o advogado daassociação, Nuno Vieira, condi-dera que na carta François Hol-lande “revela preocupação” e dizestar “profundamente chocadocom a arrogância de algumas ins-tituições portuguesas - ligadas di-retamente à resolução do BES -que se têm recusado a reunir comos lesados e se escondem detodas as responsabilidades que oEstado de Direito lhes impõe”.Para o advogado dos clientes quese sentem lesados com a medidaaplicada ao BES no verão do anopassado, “não é admissível numEstado de Direito democrático sermais fácil dialogar com um Chefede Estado estrangeiro do que comas próprias instituições e banquei-ros portugueses”.A 3 de agosto de 2014, o Bancode Portugal tomou o controlo doBES, após a apresentação de pre-juízos semestrais de 3,6 mil mi-lhões de euros, tendo aplicadouma medida de resolução que se-parou a instituição em duas enti-dades: o chamado ‘banco mau’(que mantém o nome BES e queconcentra os ativos e passivosconsiderados tóxicos) e o bancode transição, que foi designado“Novo Banco”.

Conferência do economista José CastroCaldas na Universidade de Lyon

Na sexta-feira 27 de novembro, oCentro de língua do Camões I.P. daUniversidade Lumière Lyon 2, aco-lheu para uma conferência sobre“Crise em Portugal e Crise nomundo”, o economista José CastroCaldas, docente na Universidade deCoimbra.Face a uma numerosa assistência dealunos daquela universidade, quefrequentam as aulas de português,José Castro Caldas apresentou assuas reflexões e teorias sobre o tema.“Acabamos de atravessar um pe-ríodo de grande desequilíbrio e ins-tabilidade, e também de posiçõesnegativas da parte dos nossos gover-nantes” explicou, ao mesmo tempoque apresentava trabalhos de algunsjornalistas de economia, em Portu-gal, como Camilo Lourenço, NicolauSantos, Ana Garrido, entre outros,dos mais escutados pela opinião pú-blica.“Eu também defendo que a instala-ção da moeda única foi um grandeerro, porque as economias dos Esta-dos membros da União Europeia nãotinham, nem têm hoje, a mesmaequivalência de valores e de merca-dos possíveis, para que isto fosseviável. E ainda hoje não se vê nadade positivo, pois ultimamente, amaior parte dos Estados membrosestão com dívidas enormes, à portada ‘banca rota’, como esteve Portu-

gal, a Grécia e a Espanha. E com asconsequências gravíssimas que sãoo desemprego, as crises sociais,etc.”José Castro Caldas defende que amoeda única serviu muito os paísesmais ricos, como a Alemanha, a Itá-lia, a França, que lançaram asbases duma economia europeia.“De crise em crise, eles iam avan-çando”.

José Castro Caldas é sexagenário,natural de Lisboa, de pai minhoto ede mãe beirã. Já no tarde formou-seem economia tendo em paralelo tra-balhado, para o sustento da família,esposa e dois filhos. “Tenho umafilha que é flautista, da qual tenhouma netinha, que me dá muitas ale-grias. Um filho que se formou ini-cialmente em dentista, e mais tarde,dando conta que não era a sua ver-

dadeira vocação, formou-se em di-reito, e é hoje docente em direito naUniversidade de Coimbra, onde tam-bém sou docente em doutoramentode economia” contou ao LusoJornal.Isabel Sebastião, Leitora do InstitutoCamões na Universidade Lyon 2,quer continuar a organizar conferên-cias, para partilhar com os alunos delíngua portuguesa que frequentam aUniversidade de Lyon 2, em Bron.

Organizado pela Leitora de português

Por Jorge Campos

Poucos meses depois da publicaçãoda encíclica do Papa Francisco sobreo respeito do homem e do ambientecomum - Laudato’ Si (Louvadosejas…) - realiza-se em Paris a ci-meira mundial sobre as alteraçõesclimáticas, promovida pela Organi-zação das Nações Unidas. Chefes deEstado e de Governo estarão presen-tes, representando a maior parte dospaíses do mundo. Há muitos anosque se adiam medidas mais cora-josas: os egoísmos nacionais, oscalculismos eleitorais, razões ideo-lógicas e incertezas científicas - deum lado e do outro - têm “empa-tado o jogo”.O clima está a mudar e isso todosnós verificamos. E o assunto é deimportância vital para a vida e sobre-vivência da humanidade e da obrada Criação, que Deus nos confiou.“Dominar a terra”, como Deus diz nolivro do Génesis após ter criado oHomem, não significa destruí-la eexplorá-la até se esgotar. Significacuidar dela, protegê-la, usá-la corre-tamente.Já nem os nossos jovens parecemsensibilizados por este grave as-sunto. Nascidos e educados numaépoca de abundância e facilidade,tomam tudo como garantido e defi-nitivo, muitos se esquecem que é

frágil e incerto o presente e o futuro.Dois ou três meses de pouca chuvadeixam-nos à sede. Mais umaguerra ou atos de terrorismo no“lugar certo” e podemos ficar semenergia. Exploração dos recursosnaturais sem regras e a pensar nolucro levam já à destruição da vidae diminuem a sua qualidade, amea-çando a nossa futura sobrevivência.E por futuro quero dizer um tempoem breve.Todos podemos fazer alguma coisadesde a forma como usamos a águae a eletricidade até ao tipo de ali-mentos que comemos, passandopela forma de conduzir o automóvelou usando os transportes públicos.Em África, onde se encontra em vi-sita pastoral, o Papa Francisco disse:“O clima é um bem comum, umbem de todos” e por isso “as mudan-ças climáticas são um problema glo-bal que requerem o empenhoresponsável de todos para o seu me-lhoramento”. Exprimindo apreçopelas iniciativas neste sentido, oPapa considerou importante o en-contro internacional que vai ter lugarnos próximos dias em Paris sobre aquestão das energias renováveis enão poluidoras. E disse ainda: “Es-pero que a COP21 leve à conclusãodum acordo global e ‘transformador’

baseado nos princípios de solidarie-dade, justiça, equidade e participa-ção, e vise a consecução de trêsobjetivos complexos e, ao mesmotempo, interdependentes: a reduçãodo impacto das alterações climáti-

cas, a luta contra a pobreza e o res-peito pela dignidade humana”.Não sendo chefes de estado nem degoverno, podemos todos fazer al-guma coisa: salvemos a nossa “casacomum”.

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COP21 : salvemos a nossa ‘casa comum’Nuno AurélioReitor do Santuário de NossaSenhora de Fátima de Paris

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Crónica de opinião

LusoJornal / Jorge Campos

le 02 décembre 2015

Todas as semanas, estamos ao seu lado

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08 Comunidade

lusojornal.com

Campanha de recolha de bens alimentares e de roupaspara famílias carenciadasA Santa Casa da Misericórdia deParis e a Academia do Bacalhau deParis estão a organizar uma açãoconjunta de recolha de produtosalimentares, roupas, sapatos ejogos para depois ajudarem famí-lias carenciadas.Todos os anos, por esta época, aSanta Casada Misericórdia lançauma campanha de recolha de pro-dutos alimentícios para, em se-guida, distribuir pelas famílias quesolicitam apoio a esta organização.Há dois anos que a Academia doBacalhau organiza a campanha“Roupas Sem Fronteiras” de reco-lha de roupas, sapatos e jogos paracrianças. Este ano, as duas insti-tuições decidiram juntar esforços efazem as duas campanhas aomesmo tempo, propondo que ospontos de recolha dos produtos ali-mentícios sejam também um pontode recolha de roupa.Os produtos alimentícios a recolherdevem ser não perecíveis. Sãotodos os produtos que tenhamdatas de validade longas, de seismeses no mínimo, designadamenteconservas, de peixe, de legumes…, açúcar, arroz, massa, Farinha, le-gumes secos (feijão, lentilhas,grão-de-bico,…), purés, cereais(corn flakes), óleos alimentares,chocolate em pó, tabletes de cho-colate, biscoitos e congéneres,leite em pó, café, chá, infusões,Nescafé, produtos para bebés (ali-mentares, de higiene, fraldas…) e

produtos de higiene e limpeza (cor-poral e da casa). Todos os produtossão recuperados pela Santa Casada Misericórdia de Paris que, emseguida, fará a distribuição pelasfamílias carenciadas da região pa-risiense que contactam aquela ins-tituição.Para a campanha “Roupas semFronteiras”, as roupas devem estardevidamente limpas e passadas aferro. As ofertas serão recuperadaspela Academia do Bacalhau, quedepois as encaminhará para orga-nismos em Portugal com os quaiscolabora. “Este ano também que-remos ajudar famílias de refugia-dos sírios porque essas pessoasestão a passar pelas mesmas situa-ções que os Portugueses quandochegaram a França nos anos 50 e60” explica Carlos Ferreira da Aca-demia do Bacalhau, uma institui-ção filantrópica.“Juntos, evidentemente, somosmuito mais fortes. A luta contra apobreza não deve excluir nenhumaboa vontade que se prontifique aajudar. Solidariedade, Fraternidadee Igualdade devem ser palavrasmágicas. Sejamos solidários” diz oProvedor da Santa Casa da Miseri-córdia, Joaquim Sousa.

Pontos de recolhaAssociação Portuguesa Cultural e Social (APCS)62 rue Lucien Brunet, 77340 Pon-tault-Combault (às terças e sexta-

feiras, das 9h30 às 12h00 e das14h00 às 18h00)

Comunidade Católica de SaintDenis48 rue Pierre Curie, 93380 Pierre-fitte

Associação dos Portugueses Uni-dos com Todos do Vale de Montmo-rency154 avenue du Général Leclerc,95230 Soisy-sous-Montmorency(aos sábados e domingos, das15h00 às 19h00)

Associação Franco Portuguesa de Puteaux17 rue Charcot, 92800 Puteaux(aos sábados e domingos, das14h30 às 20h00)

Rádio Alfa1 rue Vasco de Gama, 94046 Cré-teil Cedex (sexta-feira, dia 11 dedezembro, das 9h00 às 19h00; sá-bado 12 das 9h00 às 16h00 e do-mingo 13, das 12h00 às 14h00)

Casa dos Arcos de Valdevez24 rue Paul Derouléde, 94100Saint-Maur (às quartas-feiras, das16h00 às 20h00, e sextas-feiras,sábados e domingos, das 15h00 às20h00)

Association Culturelle Portugaisedes Ulis et d’Orsay23 allée des Amonts, 91940 Les

Ulis (sábado 5 de dezembro, das10h00 às 16h00)Paróquia Notre Dame du Travail36 rue Guilleminot, 75014 Paris(domingos 6 e 13 de dezembro,antes e depois da missa)

Santuário de Nossa Senhora de Fá-tima48 bis bd. Sérurier, 75019 Paris(dias 12, 13, 19 e 20 de dezembro,sábados da parte da tarde (a partirdas 15h00) e domingos da parte damanhã, antes da missa)

Association Culturelle Amicale Portugaise de Villeneuve-le-Roi27 av. de Pasteur, 94 Villeneuve-le-Roi (na igreja Faisanderie, aos do-mingos da parte da manhã)

Casa de Portugal de Plaisir620 rue Mansard, 78370 Plaisir(aos sábado e domingo, das 14h00às 18h00, até dia 13 de dezembro)

Association Portugaise Culturelle etSociale de Garches18 bis av. Casimir Davaine, 92380Garches

Paroisse Portugaise de Paris111 av. Paul Vaillant Couturier,94250 Gentilly (quartas-feiras, das14h00 às 17h00; sábados das9h00 às 12h00 e das 14h00 às19h00; domingos da parte damanhã)

Associação Orsay - Terra Lusa4 rue Pascal, 91400 Orsay e 7bis av.Pierrot, 91400 Orsay

Associação “As Cantarinhas”18 rue du Général Leclerc, 94510La Queue-en-Brie (sextas-feiras, das21h00 às 22h30, no gimnásio Vio-lettes)

Association ACOP de Ivry-sur-Seine21 rue Jean Jacques Rousseau,94200 Ivry-sur-Seine (dias 6 e 12de dezembro, das 10h00 às 13h00;sábados das 16h00 às 20h00)

Association Culturelle Franco-Portugaise Joie de Vivre19 rue Albert Pichou, 78140 Vélizy(dia 12 de dezembro, das 14h00 às18h00. Entrega na associação, 9 rueGénéral Exelmans, em Vélizy)

Association Portugaise Culture et Tradition51 rue de la Procession, 75015Paris (aos sábados, das 14h30 às20h00, e domingos, das 10h00 às13h00 e das 15h00 às 20h00)

Associação Cultural dos Portuguesesde Chaville9 avenue Gaston Boissier, 78220 Vi-roflay e avenue Roger Salengro,92370 Chaville (sábado 5 de de-zembro, das 14h00 às 18h00)

Mais informações:06.31.73.76.10

Santa Casa da Misericórdia de Paris e Academia do Baca-

Vinhos e produtos Gourmet portuguesesno Salão ‘VinoMedia’ de Lyon

No fim de semana dos dias 27, 28 e29 de novembro, a “VinoMedia” deLyon organizou o seu Salão de Vi-nhos e Gastronomia geral francesa,numa edição especial de Natal. Aco-lheu produtores de vinhos de todas

as regiões de França, mas tinha um“convidado especial”: o especialistade produtos gourmets portuguesesAntónio Pinto, que apresentou vi-nhos de Portugal, em especial da re-gião do Douro, com as produções dealta qualidade da Quinta do Portal,com vinhos maduros, do Porto, em

branco e tinto, assim como a famosaGinginha de Óbidos que obteve Me-dalhas de prata e que existe desde1949.“Trabalho com pequenos produtoresde produtos ‘Gourmet’ de Portugal edaí termos melhor qualidade e ge-nuinidade, como por exemplo mel,doces, chocolates e as Trufas re-cheadas de ginja, o fruto e o seu ál-cool. Depois tenho também osazeites, as frutas cristalizadas e ou-tros produtos” explicou AntónioPinto ao LusoJornal. “Estou nestesalão com muito gosto e prazer.Posso falar em pormenor de tudo oque tenho em exposição, mas tam-bém posso dar mais amplas explica-ções sobre os vários produtosportugueses, quando o público mepedir essas explicações”.António Pinto considera-se um “em-baixador dos produtos portugueses”,e também um comercial, “que temtodo o interesse que os nossos pro-dutos sejam conhecidos pelo maiornúmero de pessoas. Proponho aosPortugueses e aos Franceses os pro-dutos da vinha que têm lugar nosmaiores salões de vinhos e concursosmundiais, onde aliás muitos deles jáobtiveram inúmeros prémios” explicaao LusoJornal ao mesmo tempo quecitava os exemplos dos Muscats, dosPorto e também do Champagne rosé

com milesime 2008 que é produzidoa partir de castas durienses TourigaNacional e Touriga Franca e que se-guem o tradicional método do que sechama Champagne, aqui com duplafermentação, mas em Portugalchama-se vinho espumante”.António Pinto faz sempre por estar

presente em eventos onde os produ-tos portugueses tenham que serapresentados com um certo requintee o maior conhecimento. A sua for-mação de enólogo de vinhos france-ses e portugueses, fazem dele ohomem certo para se obter a boa in-formação.

Por Jorge Campos

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LusoJornal / Jorge Campos

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09Empresas

Banco Santander Totta transmitiu confiança aos clientes

O Escritório de Representação doBanco Santander Totta em Paris orga-nizou na quarta-feira da semana pas-sada um jantar dirigido paraempresários clientes e amigos, noHotel Westminster, em Paris. Deslo-caram-se à capital francesa um dosAdministradores do banco, José LeiteMaia, o Economista Chefe Rui Cons-tantino, para além dos Responsáveisda Direção de Coordenação Interna-cional António Carneiro e José No-gueira Leite. A equipa de Paris,liderada por Luís Rocha, estava aocompleto.No dia seguinte, já sem Rui Constan-tino que regressou logo a Lisboa, osdirigentes do banco participaram nomesmo tipo de evento em Lyon.O LusoJornal aproveitou para falarcom o Administrador José Leite Maia.

Diz-se que a emigração contribuiupara injetar mais dinheiro em Portu-gal. Isso nota-se no banco?Nota-se no aumento das remessas dosemigrantes. A realidade hoje é dife-rente. Antes o emigrante vinha paraganhar dinheiro e depois transferi-lopara Portugal. Mas com os filhos enetos a nascerem cá, é mais difícil oprocesso de poupança. De qualquerdas formas surgiu uma nova emigra-ção, nestes últimos 3 anos, saíramcerca de 200 mil pessoas por ano, o

que representa muito para o país.

Então não foi a emigração que decidiuapoiar o país, mas o envio de mais re-messas foi porque há uma nova emi-gração?É o conjunto de duas coisas, é a novageração mais qualificada que foi parao estrangeiro, e os próprios emigran-tes, vendo o que se está a passar,numa situação patriótica, aumenta-ram os seus fundos. De forma geralnotou-se esse aumento. Vê-se tam-bém que os Portugueses radicadosnoutros países, empresários de su-

cesso, passaram a investir em Portu-gal em várias áreas. A PT, compradapela Altice, é um exemplo, como aQuinta da Pacheca, comprada porPaulo Pereira, que conheci recente-mente.

Os ‘Franceses’ descobriram Portugal.Isso nota-se no vosso banco?Notamos um aumento de abertura decontas de Franceses em Portugal, al-guns pela vantagem fiscal, outros paraescapar à insegurança de outros paí-ses, por exemplo da África. Notámosesse aumento.

O que veio dizer aos clientes?Nestas reuniões trazemos o nossoeconomista chefe, o Rui Constantinoque faz uma apresentação sobre a si-tuação em Portugal, o nosso enqua-dramento, como está a evoluir a nossaeconomia nestes últimos anos paradar uma informação técnica aos nos-sos convidados.

Já está ultrapassada a crise?A crise ainda não está ultrapassada,estamos a sair, a economia está acrescer mais do que a média da eco-

nomia europeia, este ano vamos cres-cer 1,9%, as perspetivas são muitomotivadoras para os anos seguintes. Épreciso que haja estabilidade políticae que haja um sentimento que têmque continuar as reformas do paíspara se modernizar cada vez mais eser mais competitivo a nível interna-cional. Acho que estão reunidas todasas condições para que isso aconteça.Gosto muito de Portugal e gosto muitodo que temos no país e acho quetemos que aproveitar mais e termosmais autoestima do que temos. Isso éo que vocês no estrangeiro têm maisdo que nós, em Portugal.

Houve bancos que faliram. Isso trouxealgum impacto negativo para o vossobanco?O Santander Totta foi o único bancoque ao longo destes 4 últimos anosnunca apresentou prejuízos. Apresen-támos sempre resultados positivos, ehá bancos que apresentaram sistema-ticamente prejuízos e isso não é bompara o sistema porque atinge a con-fiança dos clientes. O que aconteceucom o caso do BPN e recentementecom o BES, foi mau para o país eafeta sempre a confiança. Mas nós atébeneficiámos dessa situação, porquesomos um banco com o melhor ratingdo sistema, com o melhor balanço,então capturámos essa desconfiança,aproveitámos essa situação de crise fi-nanceira.

Com reuniões em Paris e em Lyon

Por Carlos Pereira

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LusoJornal / Carlos Pereira

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10 Cultura

lusojornal.com

Empresas entregaram bolsas de estudo

Teve lugar na quarta-feira da semanapassada, dia 25 de novembro, nos sa-lões nobres da Embaixada de Portugalem Paris, mais uma cerimónia de en-trega de Bolsas de estudo aos alunoslusodescendentes.A cerimónia foi presidida pelo Embai-xador José Filipe Moraes Cabral, napresença de representantes das em-presas que este ano atribuíram bolsasde estudo: Caixa Geral de Depósitos,Fidelidade, Banque BCP, Banco BPI,Nova Delta, Inapa, assim como a Se-cretaria de Estado das ComunidadesPortuguesas.O Concurso é organizado todos osanos, pelos serviços da Embaixada dePortugal e destina-se aos alunos luso-descendentes que frequentam o en-sino superior em França, de forma arecompensá-los pelo mérito e paraque possam continuar os seus estu-dos. Cada bolseiro recebeu um che-que de 1.600 euros.Este ano foram contemplados menosalunos do que nos anos anteriores e onúmero de bolsas atribuído por cadaempresa também tem vindo a dimi-nuir.A Caixa Geral de Depósitos foi a em-presa que atribuiu mais bolsas, numtotal de 8, seguindo-se a Fidelidadecom 4 bolsas, o Banque BCP, a Inapae a Secretaria de Estado das Comuni-dades Portuguesas, cada um com 3bolsas, a Nova Delta atribuiu 2 bolsase o Banco BPI atribuiu uma bolsa deestudo.

Lista dos estudantes contempladosSabrina Alves, 3º ano de jornalismo,IEJ-Institut Européen de JournalismeMarion Hélène Gomes do Carmo, 2°ano de BTS Communication, InstitutUniveria Grenoble

Jérémy Pedro Coelho, 2° ano doDSGC-Diplôme Supérieur de Compta-bilité et de Gestion, ESC Amiens-École Supérieure de Commerced’AmiensJorge Alexandre Pereira Gonçalves daCosta, Doctorat Université Paris-Sor-bonneLionel Costa, Doctorat Microbiologie,Université Paris Diderot-Paris 7Sónia Bárbara da Costa Fernandes, 2ºano de DUT Gestion des entrepriseset des administrations, IUT Dijon-Au-xerre, Université de BourgogneDaphné da Fonseca, 1º ano de Poly-tech Paris, UPMC Formation d’ingé-nieursBarbara Gomes, Business Adminis-tration, ESCE International BusinessSchoolEugénia Bastos Gomes, Master 2 de

Gestion de Patrimoine et Banque Pri-vée, Université Paris DauphineKassandra Coelho Gonçalves, DUT ICPublicité 2 Université Paris Descar-tesLúcia Joaquim, Préparation de Scien-ces Po aux Concours administratifs,Institut d’Études Politiques de ParisPatrick da Silva Maia, 4º ano daESCE-International Business SchoolMaryline Macias Jesus, 2° ano deBTS Banque, Lycée Camille Saint-SaensFilipe Fernandes Martins, 3º ano deDCG1, Lycée VoillaumeGabriel Martins, L2 Economie Ges-tion, Université Paris-Est Créteil-Valde MarneAlexis Magalhães Merca, CPGE2 MPMathématiques et Physique, LycéeHenri IV

Cindy Neves, Master1 Droit Social,Université Panthéon-AssasMagalie de Oliveira, 3º ano Licenced’Histoire, Université de Cergy-Pon-toiseBrandon Penso, Grande École deCommerce, Institut de ManagementParis Eiffel, Groupe ESCEHélène Pereira, 4º ano da ESCE In-ternational Business SchoolAlice Jurgens Rios, 1º ano de Scien-ces Po BordeauxChristelle Santos, Master 1 Adminis-tration économique et sociale, Uni-versité Paris 1 Panthéon SorbonneMélanie Mendes dos Santos, Medi-cina, Formation Approfondie Médi-cale 1, Université Paris Diderot-Paris7Kevin Teixeira, Master 1 Cinéma,Université Paris 7

Nos salões da Embaixada de Portugal

Por Carlos Pereira

Três dias de Fado em Aulnay-sous-Bois

Durante três dias, o Théâtre JacquesPrévert, em Aulnay-sous-Bois (93), co-memorou o 4° aniversário da inscriçãodo Fado na lista do Património imate-rial da Unesco.Katia Guerreiro foi a fadista convidadade honra e atuou na sexta-feira à noite,com uma sala praticamente completa,com um público de 50% de France-ses. Os organizadores lembraram queAmália Rodrigues cantou naquela ci-dade há alguns anos. Hoje, aquela queincarna melhor a diva portuguesa re-gressou e também encantou o público.No sábado foi projetado o filme docu-mentário “The Art of Amália”, reali-zado por Bruno de Almeida, sobre acarreira artística de Amália Rodriguesentre 1920 e 1999. Depois do filmeseguiu-se um debate com a participa-ção de Amílcar Sanches, ex-Diretor co-mercial da rádio Alfa e que animounaquela estação, durante 23 anos, umprograma sobre o fado, tendo convi-vido com a maior fadista de todos ostempos.Ainda no sábado, foi recriada umacasa de fados lisboeta nos salões doteatro, onde foi servido um jantar a

uma centena de pessoas, essencial-mente francesas. “Estamos aqui comose estivéssemos em Lisboa, numacasa de fados de Portugal” disse aoLusoJornal Paulo Marques, Conse-lheiro municipal em Aulnay-sous-Boisque, por inerência de mantado, integratambém o Conselho de Administraçãodo Théâtre Jacques Prévert, para alémde ser Presidente da Associação Cul-

tural Portuguesa de Aulnay-sous-Bois,igualmente parceira do evento.O jantar, o mais tradicional possível,foi servido pela Primland Traiteur “uni-camente com produtos portuguesesminuciosamente escolhidos” disse aoLusoJornal Rita Rosa da Direção co-mercial da empresa e os fadistas con-vidados foram Joaquim Campos eJenyfer Rainho, acompanhados por

Manuel Miranda à guitarra e FlavianoRamos à viola. Aliás, tanto Manuel Mi-randa como Flaviano Ramos tambémcantaram uns fados.Para terminar os três dias, AmílcarSanches animou, no domingo, umaconferência musical sobre o Fado. Nosmuros foram expostas fotografias deLisboa, em parceria com a associaçãoPica, também de Aulnay-sous-Bois.

Por Carlos Pereira

Quais os limites das deduçõesà coleta de IRS em 2015?

Resposta:

De acordo com o artigo 21º do Es-tatuto dos Benefícios Fiscais, em2015, as famílias vão deduzir 20%dos valores aplicados em PPR(Planos de Poupança Reforma),em donativos e demais benefíciosfiscais por cada sujeito passivoque compõe o agregado familiar,respeitando os seguintes limites:- 400 euros, se tiverem idade in-ferior a 35 anos;- 350 euros, se tiverem idadecompreendida entre os 35 e os 50anos;- 300 euros, quando o sujeito pas-sivo tem mais de 50 anos.Porém, existe apenas um limitegeral para todas as deduções àcoleta de IRS (Imposto sobre oRendimento das Pessoas Singu-lares). Nesse limite estão incluí-dos:- Os benefícios fiscais;- O benefício fiscal de 15% do IVA(Imposto sobre o Valor Acrescen-tado) pago em determinados ser-viços mediante fatura comnúmero de contribuinte;- As despesas com a saúde e se-guros de saúde e com educação eformação;- As importâncias relativas a pen-sões de alimentos, lares ou encar-gos com imóveis.Deste limite ficam apenas excluí-das as deduções gerais familiares.Deixou assim de existir um limitemáximo para as deduções e outropara os benefícios fiscais.Após a aplicação do quociente fa-miliar, os agregados familiares quetenham um rendimento coletávelinferior a 7.000 euros não têm li-mite definido para as deduções eos que possuam um rendimentocoletável superior a 80.000 eurostêm um limite máximo de cerca de1.000 euros.

Rita RibeiroJuristaRua Principal, nº 150Granja2425-013 Monte RealInfos: +351.926.300.365Infos: +33 (0)6.12.601.427

Rubrica jurídica

Fadistas reconstituiram uma casa de fados de LisboaLusoJornal / Carlos Pereira

le 02 décembre 2015

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le 02 décembre 2015

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12 Cultura

lusojornal.com

emsíntese

Exposition deCosta à Biarritz

L’exposition “Costa, 10 ans aprèsCésar” de l’artiste portugais de Sarlat,Fernando Costa, sera présenté du 12décembre au 24 janvier, à la CrypteSainte-Eugénie, à Biarritz (64).En 2005, la municipalité de Biarritzrend hommage au grand sculpteurCésar - mort en 1998 à Paris - à tra-vers une importante exposition intitu-lée «César, l’instinct du fer». LorsqueFernando Costa pénètre dans lacrypte Sainte-Eugénie où sont expo-sées les sculptures et compressions,c’est le choc. Fasciné et ému face àl’œuvre de son mentor, il promet deprésenter un jour ses propres piècesdans ce lieu magique.Il lui aura fallu 10 ans pour réaliserson rêve: cet hiver, les cimaises de lacrypte accueilleront 90 œuvres parmilesquelles une nouvelle série de 12monochromes et «Guernica», uneimmense pièce elle aussi spéciale-ment créée pour cette exposition.Tous les jours de 14h00 à 18h30,sauf le mardi. Fermé le dimanche 25décembre et le 1er janvier.

Maurice Durufléno Mosteiro dosJerónimos

Um “Concerto de Coro e Órgão”, comobras de Maurice Duruflé (1902-1986), foi realizado no Mosteiro dosJerónimos, com a meio-soprano He-lena Ressurreição, o barítono JobTomé, António Esteireiro, em órgão, eo Coro Polifónico da Lapa, do Porto,sob direção de Filipe Veríssimo.O Requiem, op. 9, de Duruflé, e“Quatro motetes sobre temas grego-rianos”, op. 10, do compositor fran-cês, compõem o programa doconcerto de entrada livre.Os quatro motetes sobre temas gre-gorianos e o Requiem de Duruflé sãoconstruídos a partir de melodias gre-gorianas da missa de defuntos e dehinos e antífonas litúrgicas.

Concerto de JoãoLuzio em Alcácerdo Sal

A Igreja de Nossa Senhora de Ara-coelli, na Pousada D. Afonso II, nocastelo de Alcácer do Sal, foi palco deum concerto protagonizado pelo mú-sico João Luzio.A acompanhar o músico estiveramRafael Chiotti, na guitarra clássica, eMiguel Menezes, no contrabaixo.João Luzio, nasceu em Paris em1985, é professor de guitarra e já es-teve envolvido em vários projetos paratocar, gravar, ensinar guitarra e efe-tuar transcrições, tendo vários álbunseditados.

Katia Guerreiro, la plénitude et l’émotion

La veille de son concert au Théâtredes Bouffes du Nord, Katia Guerreiroet ses musiciens se retrouvent à7h30 du matin à la Maison de laradio pour régler les balances del’émission qu’ils vont sur le champenregistrer. A 10h00, nous la retrou-vons, tout sourire (elle, et moi aussi),au bistro d’en face. Une Katia Guer-reiro qui confie traverser une des pé-riodes les plus heureuses,affectivement, sentimentalement,professionnellement. Cela se voit.Cela s’entend aussi dans son derniercd, «Até ao fim», autour duquel ellepoursuit une tournée internationale.Des titres qui la montrent sereine, etmême, ce à quoi elle ne nous avaitpas habituée, ironique, comme «Asquatro operações», du grand VascoGraça Moura (qui signe aussi le fadotitre «Até ao fim», très prenant) oùelle signifie arithmétiquement,preuve par neuf à l’appui, que déci-dément, son soupirant, ça ne le fait

pas. Ou bien ce «Mentiras», de lacaustique Rita Ferro, où ce menteurde galant est prié de continuer à latromper «car si les mensonges tuentdes gens, les tiens peuvent me sau-ver».Le bonheur se ressent aussi dans «Eugosto tanto de ti», qu’elle a elle-même écrit pour sa fille: bonheur demère. Mais, dit-elle, ses concerts nereprennent pas que les titres de ce cd(très réussi, très concerté, sans effetsde voix) mais aussi quelques clas-siques d’un répertoire plus «ama-lien». Katia nous dit aussi qu’elle vamaintenant plus souvent qu’avantdans les Maisons de fado, à l’aven-ture: «ne se produire qu’en concertsur des scènes peut nous faire oubliertout le caractère intimiste que doitconserver le fado, et cette intimitéqu’on peut retrouver dans les Maisonsde fado».Pour les trois concerts qu’elle va don-ner en France en novembre (elle re-vient dans notre pays au début de2016), elle est accompagnée par

deux guitares portugaises, tenues parPedro de Castro et David Ribeiro, laviola d’André Ramos (son fidèle JoãoVeiga, pour une fois, n’en sera pas) etla viola baixa de Fernando Judice, unancien de Madredeus. Quatre excel-lents musiciens qui en feront une dé-monstration éclatante tout au long duconcert et notamment lors d’une des-garrada endiablée.Lors du concert, il y eut comme prévules douze thèmes du cd, et une petitedizaine d’autres titres, pour beaucoupempruntés au répertoire d’Amália Ro-drigues, Katia confirmant ainsi sa ré-putation d’«amalienne» mais aussiune version en français «fadisée» du«Lisboa» de Charles Aznavour, et un«fado Alberto» de belle venue en en-trée du concert.Une prestation pleine d’émotions(quelques larmes, rapidement es-suyées, lors d’une manifestation d’en-thousiasme du public) mais aussi desourires. A un moment Katia avoue sapeur avant le concert, en relation avecles récents événements dramatiques

que Paris a connu. Peur des vio-lences, peur aussi que le public nesoit pas au rendez-vous (mais la sallefut quasi comble). Beaucoupd’amour, peut-être un peu trop dit,mais illustré a capella par quelquesvers du répertoire de Barbara adres-sés au public: «ma plus belle histoired’amour, c’est vous». Le souci d’ex-pliquer en un joli français les thèmesdes fados. Le souvenir aussi du cherJosé Renato, son ancien agent enFrance, son mentor ici, dont nousavions dans les dernières années desa vie, pu apprécier les qualités hu-maines et l’extraordinaire attentionqu’il apportait aux autres. Un concertplus flamboyant, moins serein que lecd, avec ces effets de voix dont le pu-blic raffole, même si parfois ils ne se-raient pas nécessaires.Si quiconque en doutait, Katia Guer-reiro a montré à Paris, une fois deplus, qu’elle est une des grandes in-terprètes actuelles du fado, et, enplus, une personne infiniment sym-pathique et disponible.

Concerts à Paris et à Aulnay-sous-Bois

Par Jean-Luc Gonneau

Semaine culturelle capverdienne

Situées à la croisée des routes de bonnombre de navigateurs, les îles duCap-Vert représentent aujourd’huidans le monde africain un cas extrê-mement original: un profond métis-sage, fait d’apports successifseuropéens et africains, qui a produitune culture créole bien spécifique.Ainsi, du 1er au 6 décembre a lieu àParis, la Semaine culturelle capver-dienne, dont l’accent sera mis en par-ticulier sur l’artisanat, avec expositionet vente d’objets (tapisseries, arts dela table, peintures, bois, céramique,etc.).Organisée par Capvertdesign, sociétécréée il y a deux ans à Mindelo (île deSão Vicente), cette Semaine culturellesera l’occasion de découvrir toute lavariété de l’artisanat de l’Archipel,mais aussi d’assister à des confé-rences et des débats sur son histoire,son économie, sa littérature, sa mu-sique ou sa gastronomie. La plupartde ces activités seront ponctuées parde nombreux interludes musicaux.Du mardi 1er décembre au dimanche

6 décembre, entre 11h00 et 14h00auront lieu des projections vidéo surles thèmes indiqués ci-dessus, et àpartir de 15h00 le programme pro-posé aux visiteurs sera le suivant: ex-position de photos de Gabriel daCosta, mornas et coladeiras, deux pi-liers de l’âme capverdienne, avec Jo-vino dos Santos et Teófilo Chantre(mardi); rencontre-débat avec Fran-çoise Ascher, auteur du livre «Les Ra-

belados du Cap-Vert» (L’Harmattan,2010) - l’histoire d’une révolte et dela résistance face au colonisateur - etd’un film sur le même sujet, présen-tation de l’artisanat capverdien, défiléde mode avec la styliste Cindy Mon-teiro (mercredi); tourisme, littérature,avec Filomena Vieira et Luiz AndradeSilva, à propos de son livre «Crónicasda Terra Longe», ainsi que DominiqueStoenesco, sur le rôle de la revue La-

titudes-Cahiers lusophones dans ladiffusion de la culture capverdienneen France (jeudi); rencontre-débatanimée par Philippe Labroue sur lavariété de la musique capverdienne,en présence de la chanteuse MarianaRamos et aussi d’autres musiciens dela Diaspora (vendredi); rencontre-débat avec Philippe Barbry (ancienAmbassadeur de France au Cap-Vert),David Leite (Conseiller culturel, quifera un exposé sur «Les relations sé-culaires entre la France et le Cap-Vert») et Nicolas Quint (chercheur auCNRS, qui parlera de ses livres sur lalangue créole), danse traditionnelle -le batuque, dont les origines sont liéesà l’esclavage et où les femmes jouentdes percussions, – et présentation desIrmãos Kizomba (samedi); projets desassociations capverdiennes, dansestraditionnelles et l’incontournable plattypique - la catchupa (dimanche).

Du 1er au 6 décembre, de 11h00 à 21h00169 rue du Chevaleret75013 Parishttp://capvertdesign.com

Par Dominique Stoenesco

LusoJornal / Dominique Stoenesco

le 02 décembre 2015

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13Cultura

emsíntese

Paris: Journée anniversaire de la naissance de Clarice Lispector

Dans le cadre de «L’Heure de Cla-rice», une journée anniversaire de lanaissance de Clarice Lispector, seraorganisée à l’Espace des femmes -Antoinette Fouque, 35 rue Jacob, àParis 6, le jeudi 17 décembre, à19h00.Une rencontre-performance autourde “La Passion selon G.H.” de ClariceLispector, sera interprétée par la co-médienne brésilienne GabriellaScheer, mise en scène par Cyril Des-clés.Ce texte sera précédé de “La Belle etla Bête ou la trop grande blessure”également de Clarice Lispector, etégalement joué par Gabriella Scheer.“La rencontre inattendue de la milliar-daire Carla de Souza e Santos avecun mendiant, sans nom, devant leCopacabana Palace Hotel fait voler enéclats, chez ‘la belle’, sa bulle de pro-tection”.

Volmir Cordeiro présente “Rue” à la Ménagerie de Verre

Suite aux attentats barbares du ven-dredi 13 novembre au cœur du11ème arrondissement de Paris, laMénagerie de Verre et les artistes af-firment leur volonté de ne pas céderau repli sur soi dans un esprit de ré-sistance et de solidarité.Le chorégraphe brésilien Volmir Cor-deiro présentera sa nouvelle création“Rue” dans le cadre du festival “LesInaccoutumés” à la Ménagerie deVerre les 4 et 5 décembre prochains.L’artiste poursuit ses recherches au-tour des marges et de leurs incarna-tions. “La rue est ouverture vers uneautre. La rue en rien: ils ont tous deuxcette incroyable puissance à sentir leschoses, les êtres, les matières inventedes langues, des types, elle hébergeles misérables et elle prête sa scèneaux artistes qui la prennent commerefuge. Le vagabondage est une excel-lente invention de la rue. La rue a in-venté la classe, la race, l’angoisse, lesang. La rue ne nous échappe pas, onla connaît tous. Elle rassemble leshommes, les manifestations sordides,elle est là pour nous; et nous croyonsjouer le ‘nous’ quand nous nous re-trouvons dans la rue. Mensonge. Larue sélectionne, limite, empêche, di-vise, dicte. La rue n’est pas la route,

la rue ne veut pas le monde. Elle resteen ville. Et dans la ville, plein depoètes. Les poèmes, tous pulvérisés.Les rides. Les rues sont comme lesrides d’un visage: les rues du visage,les rides du sol”.«Si je dis que la rue tricote avec leciel, je n’exagère en rien: ils ont tousdeux cette incroyable puissance àsentir les choses, les êtres, les ma-

tières pauvres. À se mettre à nu. Cetterue, que j’ai envie de proposer, estcelle qui sort à la chasse inlassable durêve que les édifices nous ont volé»,explique Volmir Cordeiro.C’est à partir des poèmes courts, aussides épigrammes de Bertold Brecht,«que j’ai imaginé ‘Rue’. Le procédéest celui d’offrir mon corps au poème,afin de lui offrir une scène. Lorsque le

poème s’incarne, là où la chair s’oc-cupe des mots et de leur sens, lepoème devient poudre, et ainsi dis-persé, il laisse la place à des imagesgénératrices d’autres sens. Le prin-cipe est toujours le même: proposerau corps la forme d’un poème, enétant bref, puissant et thématique».Né au Brésil en 1987, Volmir Cordeiroa d’abord étudié le théâtre pour en-suite collaborer avec les chorégraphesAlejandro Ahmed, Cristina Moura etLia Rodrigues. Il intègre la formation‘Essais’ en 2011 au Centre Nationalde Danse Contemporaine d’Angersavec direction d’Emmanuelle Huynhet écrit actuellement une thèse endanse à l’université Paris-VIII.Volmir Cordeiro a participé au projet“Rétrospective” de Xavier Le Roy, estinterprète dans la pièce “Tôzaï!...”d’Emmanuelle Huynh et de la pro-chaine création de Vera Mantero. Ilsigne deux premiers solos, “Ciel”(2012) et “Inês” (2014) et le duo“Époque” (2015) avec Marcela San-tander Corvalán. Volmir Cordeiro estartiste associé à la Ménagerie de verreen 2015.

Ménagerie de Verre12-14 rue Léchevin75011 ParisInfos: 01.43.38.33.44

Danse

Par Clara Teixeira

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Margot Videcoq

le 02 décembre 2015

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14 Cultura

lusojornal.com

Livre sur Gérald Bloncourt écrit par Daniel BastosLe 4 décembre prochain sera présentéà l’Auditorium de la Bibliothèque Mu-nicipal de Fafe, qui héberge le Muséedes Migrations et des Communautés,le livre bilingue «Le regard engagé avecles fils des Grands Découvreurs (1954-1974)», édité par Editora Converso.«Le regard engagé avec les fils desGrands Découvreurs (1954-1974)»,œuvre conçue et réalisée par l’historienportugais Daniel Bastos, basée surl’œuvre photographique du remarqua-ble Gérald Bloncourt, qui a sauvé cetémigration de l’oubli. La traduction enfrançais est faite par l’enseignant PauloTeixeira et est préfacée par EduardoLourenço, essayiste qui a gagné plu-sieurs prix littéraires, avec un postfacede Maria da Conceição Tina - «la petitefille à la poupée», photographiée parGérard Bloncourt au bidonville de SaintDenis en 1960. L’œuvre sera présentéepar Maria Beatriz Rocha Trindade, so-ciologue spécialisée dans les Migra-tions.Gérald Bloncourt dit de ce livre: «C’estmon témoignage sur ce peuple magni-fique dont j’ai suivi l’histoire durantvingt ans: les grandes vagues de l’Imi-gration, sur les chantiers, dans lesusines, dans les bidonvilles, à traversles Pyrénées, de la dictature de Salazar

à l’explosion de la Révolution des Œil-lets. Leurs enfants que j’ai suivi depuisl’école primaire durant plus de vingtans, la vie des Portugais en France etau Portugal».Le préface du livre, signé par EduardoLourenço, intellectuel portugais degrande réputation internationale, ditqu’en plein drame de notre émigrationd’européens, les Portugais ont eu lachance «d’avoir eu la compagnie, lesourire et l’appareil photo de GéraldBloncourt pour les sauver de l’oubli».Fafe qui aime connaître et divulguer laculture, l’histoire et la tradition, s’ap-pelait en 1840 Montelongo, mais denos jours est composé d’un lieu centralou se trouvent des cafés, boutiques etune place où se déroulent régulière-ment des concerts, des spectacles etdes expositions. Petite ville dynamiqueautour de laquelle logements et projetspoursuivent son expansion. Elle estaussi connue par son monument «Jus-tiça de Fafe» inauguré en 23 août1981.Plusieurs présentations sont en projetdans les Communautés portugaises àl’étranger, avec la présence de GéraldBloncourt.Gérald Bloncourt, photographe, peintreet poète est aussi chevalier de l’Ordrede la Légion Française, la plus hautedistinction civil en France.

«Le regard engagé avec les fils des Grands Découvreurs (1954-1974)»

Par Maria Fernanda Pinto

«Fado, la fête avant les fêtes»Malgré les attentats du 13 novem-bre, les soirées fado aux Affichescontinuent car, «comme l’écrit Télé-rama, sortir, c’est résister»,expliqueJean Luc Gonneau l’organisateur.Cette fois-ci, le 4 décembre, lethème sera: «Fado, la fête avant lesfêtes».La soirée sera présentée par Jean-Luc Gonneau, collaborateur de Luso-Jornal pour le Fado, qui chantera unpeu aussi, avec la fadiste ConceiçãoGuadalupe, accompagnée par Filipede Sousa à la guitare portugaise,Nuno Estevens à la guitare classique,«un jeune créatif qui fait plus quepromettre» et par le piment des per-cussions de Nella Selvagia. «Carcomme toujours, est un subtil mé-lange de fados classiques et nou-

veaux, de fados métissés, de samba,de tango, de jazz, de bolero… Desfados qu’on n’entend pas ailleurs, unprogramme qui évolue chaque fois,avec des sourires, souvent, des émo-tions, beaucoup, et l’amitié, tou-jours» explique Jean-Luc Gonneau.A chaque fois il y a plein d’invités.João Rufino, Daniela, Paulo Manuelet Sousa Santos, sont confirmés.Plus Lizzie Levée, française, bilin-gue, une des révélations de l’annéedans le fado. Ainsi qu’António deFreitas, au fado robuste et festif. «Etpeut-être d’autres, s’ils passent dansle coin» lance Jean Luc Gonneau.Les Affiches est le café ciné bar del’Espace Saint-Michel, 7 place Saint-Michel (M° et RER Saint Michel).Réservations: 06.22.98.60.41.

Soirée fado organisée par Jean-Luc Gonneau

«Étrange étranger -une biographie deFernando Pessoa»,de Robert Bréchon

Il y a 80ans, le 30n o v em -bre 1935,FernandoP e s s o adécédaità Lisboa.Presquetoute sonœuvre esttraverséepar cette

antithèse éclatante où, après l’affir-mation du néant, dans le vers «Jene suis rien», trois vers plus loinsurgit cet aveu: «Je porte en moitous les rêves du monde». Desrêves qui constitueront les jalonsd’un voyage intérieur qu’il réaliseraà travers ses fameux hétéronymes(ses autres).Robert Bréchon (1920-2012), quia joué un rôle important pour faireconnaître la littérature portugaise enFrance, et à qui un hommage étaitrendu le 16 janvier 2013, à la Bi-bliothèque de la Fondation CalousteGulbenkian de Paris, a été un despremiers essayistes français à abor-der la question des hétéronymes dePessoa, notamment à travers un ar-ticle paru en 1968, dans le n° 251de la revue Critique. Agrégé de let-tres classiques, Robert Bréchon aété proviseur du Lycée français deRio de Janeiro, Directeur de l’Insti-tut Français de Lisboa et Conseillerculturel à l’Ambassade de France,dans cette même ville.Dans «Étrange étranger » (ChristianBourgois Éditeur, 1996) RobertBréchon évoque, entre plusieursautres événements, le moment où,à l’âge de 25 ans, «Fernando Pes-soa voit surgir en lui son double an-tithétique, son maître ‘païen’ AlbertoCaeiro, suivi de deux disciples: Ri-cardo Reis et Álvaro de Campos,qui se dit ‘sensasionniste’. Ungratte-papier, Bernardo Soares, quidans une prose somptueuse tient lejournal de son ‘intranquillité’, tandisque Pessoa lui-même exploretoutes sortes d’autres voies, del’érotisme à l’ésotérisme, du lyrismecritique au nationalisme mystique».Signalons aussi l’existence de deuxautres ouvrages publiés en françaiset écrits par des studieux de l’œuvrede Fernando Pessoa, vivant enFrance: Manuel dos Santos Jorge,«Fernando Pessoa, être pluriel - Leshétéronymes» (éd. L’Harmattan,2005) et Aníbal Frias, «FernandoPessoa et le Quint-Empire del’Amour. Quête du Désir et alter-sexualité» (éd. Pétra, 2012).

Um livro por semana

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

Gérald Bloncourt avec Paulo Teixeira et Daniel BastosDR

Jean-Luc Gonneau

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Cultura 15

emsíntese

Exposição dos Delaunay na Gulbenkian emLisboa

A fuga à guerra e as posições anti-be-licistas atravessam a vida de artistasestrangeiros que viveram em Portu-gal, como o casal Delaunay e HeinSemke, cuja obra estará em foco naFundação Gulbenkian, em Lisboa.“O Círculo Delaunay”, que fica pa-tente até 22 de fevereiro, tem curado-ria de Ana Vasconcelos e explora ocontexto criativo, surgido em tornodos artistas Robert e Sonia Delaunay,e do qual fazem parte vários artistasportugueses.O casal francês viveu um curto exílioem Portugal, em Vila do Conde, dejunho de 1915 a janeiro de 1917,juntando em seu redor artistas comoAmadeo de Souza-Cardoso, AlmadaNegreiros, Eduardo Viana, José Pa-checo e o pintor americano SamuelHalper.Sonia e Robert ficaram fascinadospela região minhota, e a sua pinturafoi bastante influenciada pela culturapopular, as cores dos lenços minho-tos e, segundo a curadora, aprofun-daram as pesquisas sobre o‘Simultaneismo’, que cruza determi-nadas cores para provocar efeitos naperceção.

Lusa / João Relvas

A Oloron Ste Marie, le 6 décembre

L’Association France-Portugal d’Olo-ron Ste Marie (64) organise unconcert de musique sacrée et ba-roque d’exceptionnelle qualité ce di-manche 6 décembre, à 15h00, enla Cathédrale Ste Marie.Luís Peças et João Paulo Ferreira, lesdeux contre-ténors, seront accompa-gnés à l’orgue ou au piano, en fonc-tion des morceaux choisis, par JoãoSantos.Des œuvres partielles de CorreaBraga, Carlos Seixas, Louis Verne,Haendel, Giordani, Purcell, du Can-cioneiro Musical de Elvas, Popularda Galiza, Vicente M.y Soler, CésarFranck, Federico Garcia Llorca ravi-ront le public mélomane, ce jour là.Les références de ces 3 artistes sontimpressionnantes.Natif d’Alcobaça, Luís Peças a faitses études musicales dans l’école demusique de sa ville avant d’étudierau Conservatoire National de Lisboa.Il fait partie de l’Orchestre de l’Ar-mée de l’Air en tant que premierhautbois.Il s’est consacré également au chantlyrique. Boursier de la Fondation Ca-louste Gulbenkian, il a poursuivi saformation, par les Masters Classes,donnée par les meilleurs spécialistesdu répertoire baroque. Il multiplieles concerts et récitals, invité par le

Ministère de la Culture et orga-nismes de diffusion culturelle. Il seproduit régulièrement au Monastèred’Alcobaça, en partenariat avec leMinistère portugais de la Culture.Ses interprétations du répertoire ba-roque l’ont amené partout en Eu-rope, aux Etats Unis, et au Brésil. En2013, il s’est produit en la Cathé-drale Saint Louis des Invalides àParis. Et en 2014, il a formé le pro-jet “Encanto” avec le Contre-Ténorbrésilien João Paulo Ferreira.João Paulo Ferreira, dès son en-fance, montre un vif intérêt pour lamusique. A 17 ans il entreprend destravaux de recherche sur la musiqueorthodoxe grecque, baroque et au-

tres chants mystiques. En 2009, ilparticipe à des concerts tels queAida de Verdi, Carmina Burana, CarlOrff et le Messie d’Haendel. En2001, il poursuit avec des récitalssur des musiques de Purcell, Haen-del, Caccini, Caldera, Schubert,Henrique et Braga. En 2012, il réa-lise le spectacle Rudrarka, avec desinfluences de musique baroque, deschants mystiques de l’Egypte an-cienne et des chants indigènes duBrésil. En 2013 et 2014, il débuteune carrière internationale auMexique, Panama et Costa Rica,avec un répertoire éclectique allantdu Baroque aux chants brésiliens,portugais, mexicains, argentins et ju-

daïques. Il se produit avec LuísPeças au sein du projet Encanto.Quant à João Santos, organiste, il esttitulaire d’une licence de MusiqueSacrée de l’Université Catholique dePorto. Il a étudié la composition etla direction de chœurs, la directiond’orchestres, le piano et la liturgie.Organiste titulaire de la Cathédralede Leiria, il est aussi titulaire desorgues au sanctuaire de Notre Damede Fátima depuis 2010.Le prix des places est de 12 euros.Elles sont à retirer auprès de laPrésidente de l’association au06.14.62.62.17 ou au Centre Cul-turel Leclerc d’Oloron Ste Marie au05.59.10.01.61.

A Oloron Ste Marie, le 6 décembre

Par Gracianne Bancon

‘Lisbonne où l’Atlantique rencontre la Méditerranée’

Des photographes de l’associationPhotocontact d’Aix-en-Provence,proposent une balade visuelle à Lis-boa, une rencontre avec la ville tour-née vers la mer, terre de navigateurs,de commerçants et de poètes pourdévoiler, suggérer ce qui fait l’âmede Lisboa.Lisboa est une fenêtre sur le monde,

un territoire d’échanges, où la mer,le fleuve sont des éléments essen-tiels et omniprésents, un lieu de ren-contre entre la Méditerranée etl’Atlantique, un lieu de migrations etde découvertes d’autres cultures.Lisboa, lieu pluriel, terre d’accueil,où les hommes tentent de vivre en-semble dans la mixité et l’altéritépour construire un monde dans lasolidarité et le respect de l’autre.

Ville au patrimoine prestigieux, dontl’architecture majestueuse du Mos-teiro dos Jerónimos, ou du PalácioFoz, s’harmonise avec l’audace ar-chitecturale du Parque das Naçõeset son Estação de Oriente, dont lenom, à lui seul symbolise l’ouver-ture.Un des photographes a dit, «un lieuoù l’on se sent à la fois ‘ailleurs’ et‘chez soi’», une ville baignée par une

lumière singulière, celle des citésmaritimes.Saisir des images de Lisboa, terri-toire qui a su conserver toute sa sa-veur et son ambiance y compris dansses traditions, tout en conjuguant lamodernité, tel est le parti pris decette exposition photographique quiaura lieu à Villa Méditerranée du 1décembre au 3 de janvier, EsplanadeRobert Laffond, à Marseille.

Exposition photographique à Marseille

Par José Manuel Santos

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Luís Peças João Paulo Ferreira João Santos

le 02 décembre 2015

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16 Mundo

lusojornal.com

Joséphine et la famille Bernardino, une mémoire lusodescendante de 90 ans

Le père de Joséphine Bernardino estarrivé en France en 1923, son épouseet ses deux enfants nés au Portugal,l’ont rejoint en 1924. Après un pas-sage par Paris et Dijon, ils se sont éta-blis à Pompey, près de Nancy, où estnée Joséphine, en 1925.Joséphine, à fêté ses 90 ans, entouréed’une partie de sa famille et… de Lu-soJornal.

Vous êtes la première des enfants Ber-nardino à être née en France. Êtes-vous retournée au Portugal depuis?Joséphine Bernardino: A l’âge de 8ans j’ai habité pendant 7 mois auPortugal, dans le village natal demes parents, à Alcaide, près de laville de Fundão. Mon père, avec unami, avait fait une tentative de s’éta-blir à Lisboa en ouvrant un petit ma-gasin d’alimentation. Ça n’a pasfonctionné et nous sommes retour-nés en France. Je n’y suis jamais re-tournée.Albert Bernardino: J’ai été pour lapremière fois au Portugal avec Mar-cel à l’êge de 77 ans. On a connu levillage de nos parents, mais noussommes surtout restés dans la régionde Viseu avec le club de motardsavec lequel nous avons voyagé. Onn’a pas visité les grandes villes, ni lelittoral.Marcel Bernardino: C’était un 15août 2011, j’avais 74 ans, et il yavait des processions partout, on en-tendait des chansons que notre pèrenous chantait, on a pleuré. On sesentait portugais. Nous avons vrai-ment été bien accueillis.

Anne-Marie Bernardino: Je suis laplus jeune, et pendant longtemps,l’éducation très stricte de mon pèrene m’avait pas donné envie d’aller auPortugal. Mais depuis plusieurs an-nées j’y vais tous les ans chez unecousine à Lisboa.

Votre vécu en France a toujours étééloigné du Portugal?Joséphine Bernardino: J’ai toujoursporté le Portugal dans mon cœur. J’aieu le bonheur de bien connaître l’unede mes grand-mères, souvenirs loin-tains mais toujours présents dans mamémoire. Mes parents se déplaçaientbeaucoup, à l’époque les gens allaientoù ils gagnaient le plus d’argent,c’était une façon de fuir la misère.Lors de notre retour en France en1933, nous nous sommes établis à

Banyuls-sur-Mer, près de Perpignan,où sont nés Albert, Marcel et Anne-Marie.Albert Bernardino: Nos parents nousparlaient toujours en portugais à lamaison. Mais entre nous on commu-niquait en français.Marcel Bernardino: Dans les années1950, même nos copains avaienthonte de parler l’occitan, qui était lalangue maternelle de leurs parents.Anne-Marie Bernardino: Moi j’avaishonte de parler portugais. Même sinotre père nous disait toujours qu’ilfallait parler portugais entre nous.

Avez-vous côtoyé d’autres émigrésportugais?Joséphine Bernardino: Non. A Ba-nyuls-sur-Mer on était en pays catalan,c’était une époque très perturbée, la

guerre civile espagnole était sous-ja-cente et une famille portugaise qui ar-rivait passait inaperçue. Papa étaittravailleur rural et en 1944 nousavons déménagé en Midi-Pyrénées.C’est à cette époque, dans la régionde Saint-Girons, que nous avons étépour la première fois en contact avecd’autres émigrés portugais. Ce n’estque plus tard, quand nous sommesarrivés à Toulouse, qu’on voyait unpeu plus de portugais. Mais nousn’avons jamais fréquenté la Commu-nauté portugaise.Albert Bernardino: Notre père nous atoujours dit: c’est ce pays qui nous aaccueillis, il faut toujours travailler etvivre comme les français.Marcel Bernardino: Notre père seconsidérait comme français, il voulaitmême s’engager lors de la deuxièmeGuerre mondiale, mais avec 6 enfantsà nourrir, c’était difficile.Anne-Marie Bernardino: On a quand-même le cœur français. Mes frères ontfait la Guerre d’Algérie, nous avonstous épousé des français et vécucomme tel.

Avez-vous fait des études?Joséphine Bernardino: J’ai fait la sco-larisation obligatoire, tout en étant lanounou de mes trois petits frères etsœur. Je me suis mariée à l’age de 20ans et je n’ai jamais travaillé. J’ai deuxfilles, et quatre petits enfants. Une demes filles habite aux Etats-Unis etune autre à Léguevin, près de Tou-louse. J’ai eu, et j’ai une vie très heu-reuse, ça ne m’a jamais pesé d’êtrerestée à la maison.Albert Bernardino: Nos parents n’avaientpas les moyens pour qu’on fasse des

études. Après le Certificat, noussommes rentrés en apprentissage.Marcel Bernardino: Nous avons com-mencé à travailler très tôt, mais nousnous sommes tous accomplis dansnos professions respectives.Anne-Marie Bernardino: Je suis la pe-tite dernière, la seule à avoir fait desétudes, dans une école supérieure decommerce.

Aujourd’hui quelle est votre vision devos origines?Joséphine Bernardino: Les histoiresque notre père nous racontait, la mi-sère, le poids de la religion, ensuite lerégime de Salazar, ne nous ont jamaisséduit pour aller découvrir le pays denos parents plus tôt. Nous avons tou-jours été fiers de nos parents, donc denos origines, mais notre vie s’est bâtiedans le pays où nous sommes nés.Même mes enfants et mes petits en-fants sont fiers de leurs origines por-tugaises.Albert Bernardino:Quelque part, dansla famille, contrairement à beaucoupde portugais, nous n’avons pas le goûtdu voyage. Mais nous avons gardé lagénétique, même ma fille dit qu’elleest portugaise.Marcel Bernardino: J’ai toujours as-sumé mes origines, mais je me suistoujours considéré français. Je suisheureux d’avoir connu le pays de mesparents et je suis aussi très heureuxdans le mien.Anne-Marie Bernardino: Je ne me se-rais jamais mariée avec un portu-gais… mon père était trop sévère.Aujourd’hui je vis mes origines avecune certaine nostalgie, sans doute liéeà l’absence de mes parents.

Quatre frères et sœurs lusodescendants

Par Manuel André

De França a Timor-Leste é um pulinho….que custa mais nas subidas

A dúvida existencial perseguia Brunodos Santos, filho de emigrantes por-tugueses em França, desde que eramiúdo: se em França lhe chamavam‘o português’ e em Portugal lhe cha-mavam ‘o francês’, de onde é que eraafinal?É da vontade de descobrir e de encon-trar as suas raízes, que nasceu a ideiade correr mundo, ou melhor, de peda-lar mundo.Isso e promover a linguagem gestual,sensibilizando para a integração dossurdos e dos mudos no mercado detrabalho e para a integração de outrosdeficientes: viajam numa bicicletaalemã, com 21 anos, que pode serusada por quem tenha mobilidade re-duzida.Partiu com a namorada, Ludivine Ar-nodin (pai mauriciano, mãe francesa)de casa a 27 de setembro do ano pas-sado. O LusoJornal estava lá. E depoisde 11.128 quilómetros de bicicleta(alguns em avião porque o Paquistãoe o Irão são complicados em duasrodas) está em Timor-Leste. “Já fize-mos 10 países. O mais difícil tem sidoem alguns locais a humidade ou o

calor. Isso e, como na Indonésia, assubidas. Isto aqui nesta zona temmuitas subidas”, diz à Lusa LudivineArnodin, 21 anos. “As subidas sãomuito íngremes, com uma inclinaçãomuito pronunciada. No outro dia tive-mos que empurrar uma bicicleta numvulcão quase 30 quilómetros. Aqui hámuitos vulcões”, acrescenta Brunodos Santos.Ainda só houve três ou quatro furos, oprimeiro na Índia, onde o casal passoutrês meses, e o objetivo é continuar aviajar “até lá para 2017 ou 2018”,dependendo do rumo que a vida docasal tome.A ideia, na verdade, até começouquando estava a andar de carro, numaviagem, quando tinha oito anos, a pri-meira que fez entre Houilles, a nortede Paris - Bruno nasceu em França -,e Portugal - o pai é de Mirandela e amãe de Sabugal.“Comecei a pensar que seria espeta-cular fazer a viagem de bicicleta. Noinício a minha mãe ria-se mas eununca deixei de pensar naquilo”, ex-plica o ciclista de 32 anos, que ga-rante não querer, no fim da viagem,voltar a França.E de tal forma manteve a ideia que

aos 17 abriu conta no banco e come-çou a trabalhar para juntar as poupan-ças com que está a viajar: o mais carosão as viagens de avião que pontual-

mente são necessárias (para evitar oPaquistão e o Irão, por exemplo).Fez a primeira grande viagem de bici-cleta em 2006, entre França e Portu-

gal - o LusoJornal também lhe deunota desta viagem -, mas não foi sufi-ciente. E por isso começou a planearoutra, com calendário flexível mas“organizada”.Teve que antecipar ligeiramente a pre-visão para ir a Timor-Leste para estarno país por ocasião dos 500 anos dachegada dos Portugueses à ilha.“Aprendes tanto, encontras tantaspessoas que nem sei o que vou fazerdepois disto”, confessa.A surpresa, o inesperado de cada diana estrada são o maior desafio e amaior atração da viagem: o cansaçorapidamente esquecido com “o cora-ção aberto” de uma família que lhesoferece dormida ou uma refeição.“Em pouco tempo, parece que os co-nhecemos há muito tempo. É a forçada viagem. A viagem que nos mostraque somos todos iguais em todo olado. Queremos ter família, ter traba-lho, encontrar pessoas boas ao nossolado”, afirma.“Diariamente sentimos o coraçãocheio”, diz.De Timor-Leste o casal viaja para Sin-gapura e daí para Maurícias. “Vai sera primeira vez que a Ludivine vai aopaís conhecer a sua família”, explica.

Por António Sampaio, Lusa

Ludivine Arnodin e Bruno dos SantosLusa / António Sampaio

Joséphine Bernardino, entourée de ses frères et sœurLusoJornal / Manuel André

le 02 décembre 2015

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17Eventos

Lusopress comemorou 10° aniversárioe lançou livro com 10 histórias de emigração

“10 Nomes 10 Histórias” é o títulodo primeiro livro editado pela Lu-sopress apresentado no sábado ànoite, na prestigiosa sala Toffoli emParis, no âmbito dos seus 10 anosde existência. Mais de 200 ami-gos, familiares e clientes juntaram-se para jantar ao som do grupo dejazz “Rive Droite Rive Gauche” edo cantor português Jorge Palma.Prefaciado por Marcelo Rebelo deSousa, convidado de honra, o livroapresentado por José Gomes de Sáe Lídia Sales dá a conhecer 10 his-tórias de vida de emigrantes portu-gueses de França, exemplares desuperação de dificuldades e degrande sucesso.Gomes de Sá começou por agrade-cer os seus patrocinadores e clien-tes ali presentes juntamente com aesposa e os filhos explicando aideia do projeto. “De uma conversacom o professor Marcelo Rebelo deSousa, nasceu esta obra, como euconhecia tantos Portugueses nadiáspora ele propôs-me que con-tasse a história de 10 casos de su-cesso”. O candidato à Presidênciada República Portuguesa confes-sou por sua vez que não acreditavamuito que o projeto fosse exequí-vel, já que implicava selecionar umsetor e 10 pessoas sem melindraros outros. “Até porque o Gomes deSá é uma pessoa com grande cora-ção mas também a mais dispersa ecaótica que eu conheço”, diz a sor-rir. “Entretanto comecei a receber

os capítulos e vi que afinal ele iaconseguir. E valeu a pena fazereste livro, há mais gente para con-tar histórias, e a história de Portu-gal faz-se não só para contar a dosque lá estão dentro mas também ados que estão espalhados pelomundo. Há aqui um grande mérito,foi o trabalho realizado até aqui poresta família e este livro é um bomexemplo”, concluiu.Nesta edição com mais de 150 pá-ginas, os protagonistas contam asua história, a viagem a salto, asaudade, os bidonvilles, etc. MaprilBaptista, Armindo Gameiro deAbreu, José Costa, DiamantinoMarto, Miguel Pires, Mário deSousa, José de Oliveira, ManuelCosta de Oliveira, Valdemar Fran-cisco e António Fernandes são os10 nomes aqui ilustrados.Foi no palco que José de Oliveira

começou por dizer que quem contauma história faz história. “Pensoque estas 10 histórias não sãomais nem menos que uma repre-sentação diminuta do que podemser as histórias de 10 milhões dePortugueses espalhados pelo mun-do. Estes também são filhos dePortugal”. O empresário ValdemarFrancisco aceitou testemunharneste livro declarando que “nuncatinha pensado ir assim tão longe”.Por seu lado Manuel Costa de Oli-veira felicitou a ideia do livro e a“coragem de muitos Portuguesesque obtiveram sucesso graças amuito sacrifício”. Também MaprilBaptista terminou com uma men-sagem positiva e de esperança.“Cheguei cá muito novo e foi commuito trabalho e responsabilidadesque consegui chegar onde estou.Os jovens podem conseguir, se

consegui eles também podem”.O Comendador Armando Lopes quetalvez contará a sua história numapróxima edição dirigiu-se à salaapontando para os numerosos em-presários ali presentes, “não háPortugueses de primeira nem desegunda, mas sim Portugueses quetrabalham que investem no país eque mandam as economias paraPortugal e se a torneira fechassedurante alguns meses ia ser muitomais complicado para o país”.A poucas semanas da próxima elei-ção do Presidente da RepúblicaPortuguesa, quase todos manifes-taram vontade e esperança na elei-ção de Marcelo Rebelo de Sousaque apressado em ouvir JorgePalma respondeu “na diagonal” aalgumas perguntas dos convidadossobre o seu possível futuro man-dato.Também ali presentes, o DeputadoCarlos Gonçalves sublinhou a im-portância da diáspora. “Estes 10casos de gente da diáspora, entremuitos outros, devem orgulhar Por-tugal”. Finalmente o novo CônsulGeral de Portugal em Paris, Antó-nio Moniz, fez uma breve apresen-tação e relembrou que estava aodispor dos Portugueses e que iriatentar reproduzir o mesmo trabalhofeito pelo seu antecessor junto daComunidade Portuguesa.

Vêm aí novas ideiasA Diretora da Lusopress, LídiaSales começou por recordar o per-curso nem sempre fácil. “A Luso-

press começou em Londres ondearranjámos muitos amigos, mas ti-vemos algumas dificuldades e re-solvemos vir para Paris em 2005onde tinha o meu filho a estudar.Também foi complicado no início,não nos conheciam, mas rapida-mente fomos aumentando os nos-sos contactos e amigos, e hojetodos os nossos clientes são nossosamigos” disse ao LusoJornal!A Lusopress começou por editarum jornal durante alguns anos,“mas o número de páginas aumen-tou muito rapidamente, decidimosoptar por um magazine e 2 anosdepois criámos a Lusopress TVcom reportagens em quase todo omundo”. Outro projeto iniciado, o“Portugueses de Valor” reconheceo contributo dos Portugueses e lu-sodescendentes no mundo. “Agorativemos a iniciativa deste livro epenso que não vamos ficar poraqui, apesar da idade e do can-saço, temos sempre novas ideias”,diz convicta. Inicialmente a Luso-press apenas contava com 2 ele-mentos, agora a equipa conta comalguns colaboradores. “Somos pou-cos mas polivalentes”, acrescenta.O livro foi escrito por Joana InêsMoreira, que entrevistou e trans-creveu aqui as histórias dos 10protagonistas. “São 10 as históriasde vida neste livro, poderiam ser100, 1000 ou muitas mais, todosnós que saímos de Portugal temosuma história para contar. Masassim não será difícil projetarmo-nos para a 2ª edição”, adiantou.

Marcelo Rebelo de Sousa foi o convidado de honra

Por Clara Teixeira

Tony Gama parrain du Téléthon 94

Comme chaque année le Téléthonrassemble plusieurs millions de per-sonnes en France afin de venir en aideaux malades. Du côté du Val de Marne

(94), Amália Ferreira dirige uneéquipe de coordination de 28 villes ets’intéresse tout particulièrement auxprochains événements du 4 et 5 dé-cembre qui vont avoir lieu partout enFrance.

«Notre équipe de coordination gèreles manifestations en faveur du Télé-thon dans le Val de Marne Nord etnotre parrain depuis environ 17 ans,est le chanteur Tony Gama», expliquela responsable bénévole. Depuis 20

ans Amália Ferreira Rafrafi dédie sontemps disponible à cette organisation,après avoir perdu un neveu atteint demyopathie il y a 27 ans.«Nous sommes 15 bénévoles maisnous ne sommes pas forcémentconcernés par les maladies rares. Onne fait pas tous la même chose. Cer-tains sont plus disponibles que d’au-tres, moi actuellement je suis plusdisponible car je suis à la recherched’un emploi». Bien qu’on parle essen-tiellement du Téléthon en fin d’année,c’est un travail continu.«Depuis de nombreuses années, par-tout en France, la Communauté por-tugaise est très présente, très géné-reuse, pour organiser des manifesta-tions en faveur du Téléthon. Plusieursassociations chaque année mettenten place différentes manifestations,notamment des fêtes et des repas afinde récolter différentes sommes», dit-elle fièrement.Le Téléthon, c’est un élan populaireunique au monde par son ampleur. Ildonne à l’association AFM-Téléthonles moyens de mener son combatcontre la maladie. Chaque premierweek-end de décembre, il rassemble5 millions de Français, 200.000 debénévoles et 70 partenaires nationauxmobilisant plus de 300.000 salariés

dans toute la France, y compris enoutre-mer.Depuis sa création en 1987, le Télé-thon est le plus bel exemple de com-bat citoyen. C’est la possibilité pourchacun d’aider, de faire bouger leschoses, de devenir acteur de la re-cherche, de s’unir autour des maladeset de leurs familles et de leur témoi-gner solidarité et soutien.«Le 9 octobre dernier, notre associa-tion a confirmé son entrée dans lemonde du médicament et créée lepremier maillon d’une filière indus-trielle des biothérapies innovantes,ces dernières démontrent leur effica-cité pour des premières maladiesrares, et moins rares. C’est pourquoi,plus que jamais, les malades et leurfamille ont besoin de nous tous», dé-clare-t-elle au LusoJornal.

Amália Ferreira est la Coordinatrice des actions du Téléthon pour le Val de Marne

Par Clara Teixeira

lusojornal.com

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LusoJornal / Clara Teixeira

le 02 décembre 2015

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18 Desporto

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emsíntese

Portugal vai apresentar 18atletas no Europeude Corta-Mato

Portugal estará representado por 18atletas no Campeonato da Europade Corta-Mato, a realizar em Hyè-res, em França, a 13 de dezem-bro, anunciou a FederaçãoPortuguesa de Atletismo.Com critérios de seleção total-mente objetivos e baseados no nú-mero de atletas apoiados peloPlano de Apoio ao Alto Rendi-mento (PAR), a Seleção não con-tará com vários dos melhoresatletas nacionais, nomeadamenteos Campeões nacionais Rui Pintoe Dulce Félix, cuja preparaçãovisou outros objetivos. Tiago Costafoi o único sénior selecionado, en-quanto no setor feminino SaloméRocha, que ganhou a prova de se-leção com larga vantagem, e Cata-rina Ribeiro são as principaisfiguras.No entanto, as aspirações portu-guesas neste Europeu são bas-tante limitadas, longe dofavoritismo de anos anteriores.Portugal sagrou-se Campeão trêsvezes no setor masculino e seis nofeminino, entre a edição inaugural,em 1994, e 2010.Dos 18 atletas selecionados, oitosão do Benfica, quatro do Sportinge seis pertencem a outros tantosclubes. Está a decorrer atualmenteum estágio de preparação, entre30 de novembro e 6 de dezembro,em Mira.A seleção, que será liderada peloantigo atleta olímpico José Regalo,Diretor federativo, tendo como res-ponsável técnico António Graça,viajará para França no dia 11, an-tevéspera da prova.- Seniores (masculinos): TiagoCosta (Benfica).- Sub23 (masculinos): Samuel Ba-rata (Benfica), Miguel Marques(Benfica), André Pereira (Benfica),João Valente (Sporting), FernandoSerrão (Sporting).- Juniores (masculinos): Jorge Mo-reira (Benfica), Oswald Freitas (CNRio Maior), João Pereira (Benfica).- Seniores (femininos): SaloméRocha (Benfica), Catarina Ribeiro(Benfica), Doroteia Peixoto (A.Montanha) e Vera Fernandes (AABelavista).- Sub23 (femininos): Diana Al-meida (Sporting), Catarina Gonçal-ves (Sporting), Joana Soares (J.Serra) e Sónia Ferreira (UD Vár-zea).- Juniores femininos: Lília Martins(NS Lourinhã).

Team Andrade no 3° lugar nas 24H de Portugal

A equipa Team Andrade alcançou oterceiro lugar nas 24H de Portugaltodo-o-terreno que decorreu na vila deFronteira. Ao volante de um automó-vel com um motor Nissan, AlexandreAndrade, filho de Mário Andrade quenão participou na prova, teve a com-panhia de Cédric Duplé, Yann Morizee Miguel Campos, mas ficou a umavolta dos primeiros.No entanto de referir que o Team An-drade estava na liderança quando teveum acidente com o carro a capotar. Aequipa conseguiu recuperar o auto-móvel e terminar a corrida, mas nãoconseguiram subir além do terceirolugar. O Team Andrade foi a equipamais rápida e aliás realizou o melhortempo numa volta, 9’49’’71. Sem oproblema que teve, a vitória estava aoalcance da equipa luso-francesa.“Esta foi uma experiência muito inte-ressante. Já tinha estado em Fronteiracom um Toyota Land Cruiser. Nessaaltura foi uma participação com ami-gos e divertimo-nos bastante. Masdesta vez sabia que tinha condiçõespara lutar pela vitória e a ambiçãoera maior. Mostrámos que fomos aequipa mais rápida e eu, apesar denunca ter andado no carro, adaptei-me rapidamente. Consegui chegardepressa aos melhores registos e

tive imenso prazer. Infelizmente nãoconseguimos ganhar. Devido a umtoque, originado por uma distraçãodo concorrente nº 6, o carro capotoue perdemos muitas voltas para o re-parar. Depois desse triste aconteci-mento, só nos restou dar o máximocom danos no carro e pouca luz.Agradeço à equipa toda a amabili-dade e simpatia que teve comigo,bem como aos meus colegas que fi-zeram um ótimo trabalho. Espero

voltar numa próxima oportunidade”,afirmou o piloto Miguel Campos emdeclarações à imprensa.A vitória foi para a equipa francesa,Sadev Oryx, constituída por FrancisLauilhe, Pierre Marie Lauilhe, LouisLauilhe e Philippe Berruer. A equipaassumiu a liderança, em definitivo,a partir da 15ª hora e completou112 voltas para vencer a prova.“Foi uma vitória extraordinária. So-frida mas fantástica. Correu tudo

bem, sem problemas de maior.Fomos sempre regulares e consis-tentes. Quero felicitar toda a minhaequipa, desde os pilotos, aos mecâ-nicos e ao construtor do carro. Estaé uma estrutura amadora que estáaqui pelo prazer. A prova foi exce-lente. A organização está de para-béns. A pista é de um grande nívele a linha das boxes é muito funcio-nal com todas as condições, comoágua e luz”, disse o piloto e proprie-tário da equipa, Francis Lauilhe emdeclarações à imprensa.Igor Skoks, Rudolph Skoks e ArvisPikis, pilotos que nos últimos anosvieram da Letónia para participar naprova, conseguiram a proeza deatingir o segundo lugar ao volante deum Mitsubishi Pajero, a uma voltada equipa vencedora.De referir que esta 18ª edição das24 Horas TT de Fronteira contoucom mais de 350 pilotos na prova,incluindo a participação de duas for-mações exclusivamente femininas.De notar, por fim, que um acidenteque envolveu o BMC Emmepi daequipa de Paolo Bacchella provocoutrês feridos e obrigou à interrupçãodas 24 Horas TT durante cerca de1h30. A organização acionou deimediato os meios de socorro paraestabilizar as vítimas, uma ligeira eduas que inspiraram mais cuidados.

Todo-o-terreno

Por Marco Martins

Assembleia Geral da Rádio Arc en CielTeve lugar no passado domingo, dia29 de novembro, nas instalações daRádio Arc en Ciel em Fleury-les-Au-brais (45), na periferia de Orléans, aAssembleia geral desta associaçãocom a apresentação e aprovação decontas do exercício anual, proposta deorçamento para o próximo ano e elei-ção dos membros do Conselho de Ad-ministração.A sessão foi conduzida pela Presi-dente cessante da rádio, CristinaAlves, que se recandidatou e deu iní-cio aos trabalhos com o pedido de umminuto de silêncio em homenagem àsvítimas dos recentes atentados emParis, a que associou igualmente amemória de uma colaboradora bené-vola da rádio recentemente falecida.A Presidente agradeceu solenementeos apoios de todos os parceiros, porum lado os institucionais tradicionaise recentes, os anunciantes e as em-presas fiéis que apoiam a rádio atra-

vés de anúncios ou sponsoring, bemcomo a Mairie de Fleury-les Aubrais;por outro lado, teve palavras de grandeapreço para as dezenas de colabora-dores voluntários, louvando, aomesmo tempo, todos os associados

que, através das suas quotas, partici-pam fortemente na perenidade e de-senvolvimento da rádio. Os agrade-cimentos foram ainda extensivos àsassociações da aglomeração orleanesaque participam ativamente nas ativi-

dades radiofónicas e festivas ao longodo ano.“A vida da nossa associação asseme-lha-se à de todas as outras associa-ções que devem perdurar e sãodependentes da disponibilidade ex-clusiva dos seus benévolos, tanto maisque a rádio dispõe apenas de um sóassalariado, o Álvaro José, que coor-dena o seu bom funcionamento afron-tado numerosas prerrogativas, por seencontrar só. E temos também umoutro desafio à nossa frente, o da ne-cessidade de aumentar o número desócios”, acentuou Cristina Alves.Um outro membro do Conselho deAdministração pronunciou-se quantoà necessidade recorrente de obter oconcurso de novos colaboradores e ta-lentos dispostos a trabalhar benevola-mente, em tempos de antena,acentuando que não tem sido fácilobter o concurso de pessoas dispostase disponíveis.

Orléans

Assembleia Geral da AGRAFrNo próximo domingo, dia 6 de de-zembro, às 11h00, vai ter lugar noLusofolie’s (57 avenue Daumesnil,em Paris 12, perto da Gare de Lyon),a Assembleia geral 2015 dos mem-bros da AGRAFr, Associação dos Gra-duados Portugueses em França.“Este evento é um momento impor-tante para as atividades e desenvolvi-mento da AGRAFr como associação,e nesse sentido a vossa participação

é indispensável” escreve a Presidenteda Mesa da Assembleia, Carina San-tos.A ordem de trabalhos abrange a elei-ção do Conselho de Administração ea Mesa da Assembleia geral daAGRAFr e apresentação do Relatóriode contas de 2015.As listas concorrentes à eleição deve-rão ser comunicadas antes do dia 3de dezembro.

Membros do Conselho de Administração da rádioDR

le 02 décembre 2015

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20 Desporto

lusojornal.com

Pedro Mendes, um Português em Rennes

No passado fim de semana, o Rennesempatou a duas bolas na sua desloca-ção ao terreno do Reims. Um empateque deixa o clube de Bretagne numlugar pouco confortável, oitavo nofecho desta edição, visto que nas duaspróximas jornadas o Rennes vai jogarfrente ao Marseille e ao Saint-Étienne.O LusoJornal falou com o central por-tuguês, Pedro Mendes, que já acumu-lou 9 jogos como titular em quinzejornadas.

O empate frente ao Reims tem umsabor amargo visto que a equipa es-teve a vencer?Sabor amargo porque nós entramossempre para ganhar e sabíamos que,com uma vitória, podíamos subir maisalguns lugares na tabela classificativa.Agora é continuar a trabalhar porque oCampeonato é longo.

Após um bom início de temporada,

agora a situação está mais complicadapara o Rennes?Baixámos um pouco o ritmo, talvez in-conscientemente porque todas asequipas tentam manter o nível ele-vado. Temos de continuar a trabalhare no próximo jogo tentar novamentearrancar os três pontos.

Que balanço podemos fazer por en-quanto da temporada do Pedro Men-des?Até ao momento o balanço individualé positivo, tenho feito a maioria dosjogos a titular e a jogar os 90 minutos.[ndr: Facto de não jogar frente ao

Reims] Acusei alguma fadiga antes dadata FIFA porque houve três jogosnuma semana e fiz os três. Foi a partirdai que comecei a acusar alguma fa-diga. O Treinador tem mantido aaposta em mim, e também é verdadeque na defesa tem tido alguma rota-ção. Tenho de respeitar as decisõesporque todos nós merecemos oportu-nidades. Quando voltar a surgir maisuma oportunidade, vou tentar agarrá-la e desfrutar ao máximo.

Qual é a sua opinião sobre a Ligue 1?Este Campeonato agrada-me muitoporque é muito competitivo. Aliás aténo seio da equipa há muita competiti-vidade. Não se pode dar ‘brechas’como se costuma dizer. Quero conti-nuar a desfrutar e agarrar novamenteo meu lugar para não estar na situaçãona qual estou agora, com dois jogos nobanco.

Neste momento o frio em França não‘atrapalha’?

Consigo adaptar-me bem, acho queem Parma fazia mais frio. Em Rennesnão cai neve e em Parma cai muita.Então podemos dizer que estou habi-tuado a estas condições. O clima doRennes é algo parecido com o climado Porto.

Qual é a sua opinião sobre o início deCampeonato do Sporting Club de Por-tugal?Tenho seguido o Sporting. Está à vistade todos que Jorge Jesus é um bomTreinador. Todos os jogadores falambem dele. Os resultados estão à vistae há que dar mérito porque está a fazerum bom trabalho. O Sporting está noslugares que há muito tempo não con-seguia estar e foi isso que Jorge Jesusdisse, que ia levar o Sporting aos lu-gares que merecia estar.

Esta quinta-feira, dia 3 de dezembro,o Rennes recebe o Marseille num jogoa contar para a décima sexta jornadada Ligue1.

Ligue 1

Por Marco Martins

Un déplacement victorieux pour le Sporting Club de Paris

Le Sporting Club de Paris gardera untrès bon souvenir de son ultime dé-placement en province de l’année2015. Les Sportingmen ont ramenéune précieuse victoire (3-1) de leurdéplacement à Nantes et celle-ciaura sans aucun doute des valeursfondatrices pour le groupe de Ro-dolphe Lopes.Diminué par les suspensions deChaulet et Hamdoud, fatigué par laprésence de Ngala, Teixeira, Gasmiet Haroun ayant joué deux matchavec l’équipe de France cette se-maine, le groupe a répondu présent

aux attentes de Rodolphe Lopes et àla stratégie mise en place pour faireface à cette équipe de Nantes ErdreFutsal. Les hommes de RodolpheLopes ont joué intelligemment, ontfait les gestes justes pour contrer auxmoments idoines l’équipe nantaise.La première période voit deuxéquipes bien en place et un jeu trèséquilibré. Les rares opportunités sontparisiennes, mais trop maladroites etc’est tout naturellement que les deuxéquipes, toutes deux prétendantesaux play-off, rejoignent les vestiairessur un score vierge.Le deuxième acte est plus vif etalerte. Les occasions se multiplient,les frappes parisiennes font brillerl’éternel gardien nantais Daveau outrouvent les montants de ce dernier.Néanmoins Ngala ouvre la marquepour les Verts et Blancs. Ngala,grand espoir du futsal français, qui

aura vécu une semaine inoubliableavec sa première réalisation en Bleu.Teixeira double rapidement la miseet assomme les espoirs nantais.Néanmoins les Jaunes et Bleus li-vrent leurs dernières forces dans labataille mais se montrent maladroitsou trouvent les mains de Djamel Ha-roun ou leur tentative est repousséesur la ligne. La marque est cepen-dant réduite mais Gasmi clôt les dé-bats à quelques secondes du termeet permet au Sporting Club de Parisde remporter sa deuxième victoiresuccessive à l’extérieur (3-1).L’adage dit «Jamais deux sanstrois». C’est ce que nous souhaitonsla semaine prochaine aux Lions pa-risiens qui se déplaceront chez l’ac-tuel Champion de France, KBUnited, qui se présentera, avec soneffectif pléthorique, en leader in-vaincu.

Futsal

Par Julien Milhavet

Paulo Gonçalves espera um Rali Dakar “muito difícil” O ‘motard’ português Paulo Gonçal-ves (Honda) disse na semana pas-sada que espera uma edição do RaliDakar de 2016 “muito difícil”, nasequência da apresentação da provarainha de todo o terreno, realizadaem Paris.“Sabemos que será um Dakar muitodifícil. Já estávamos à espera disso.Será uma vez mais uma prova muitointensa, com mais dias de pilotagemem altitude e com etapas maratonabastante complicadas”, disse PauloGonçalves em comunicado.O piloto português tem uma opiniãomuito parecida com a do Diretor daprova, Etienne Lavigne, que admitiuque “este Dakar será talvez maisduro do que o que estava inicial-mente previsto”, apesar de ter ape-nas passagem pela Argentina e aBolívia. “Temos de estar muito bempreparados. Estou certo que o traba-

lho que temos feito até aqui vai-nospermitir estar num bom nível, sufi-ciente para sermos capazes de supe-

rar todas as adversidades”, observouo ‘motard’ português.Paulo Gonçalves é considerado um

dos fortes candidatos a suceder aoespanhol Marc Coma, vencedor dasduas últimas edições, que terminoua carreira desportiva, em conjuntocom o espanhol Joan Barreda, o aus-traliano Toby Price e o francês OlivierPain.Hélder Rodrigues, outro dos portu-gueses que vai disputar o Dakar de2016, assinalou que os resultadostêm sido “encorajadores” e que“todo o projeto desportivo é ideali-zado com vista à prova sul-ameri-cana”.A oitava edição da prova em solo sul-americano parte de Buenos Aires, a2 de janeiro, percorrendo um totalde 9.300 quilómetros - dos quais4.700 a 4.800 cronometrados -, atéà chegada, a Rosário, no dia 16, massem passagem por alguns locais em-blemáticos, no Chile e no Peru.O Chile foi o primeiro a abdicar da

prova, em consequência das inunda-ções que provocaram grandes danosno norte do país, mas o Peru, quevoltaria a receber o Dakar após doisanos de ausência, desistiu pouco de-pois, para se concentrar na gestão dorisco motivado pelo fenómeno clima-térico El Niño.O Dakar de 2016 visitará pela ter-ceira vez a Bolívia, onde a caravanaterá de passar pelo salar de Uyuni, omaior deserto de sal do mundo, amais de 3.500 metros de altitude,na mais extensa etapa da competi-ção, com perto de 550 quilómetros.A Argentina, o único país que mar-cou presença em todas as oito edi-ções, será ainda ‘dominadora’ em2016, recebendo o prólogo, o dia dedescanso, a 10 de janeiro, em Salta,e falhando apenas uma etapa na suatotalidade, a sexta, precisamente, nosalar de Uyuni.

Nantes Erdre Futsal 1-3 Sporting Club de Paris

Buteurs parisiens: Ngala, Teixeira etGasmi

le 02 décembre 2015

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lusojornal.com

21Desporto

PUBpas manqué d’apprécier à sa juste va-leur. “C’est une victoire qui nous fuyaitdepuis trop longtemps. Surtout lors denos derniers déplacements. C’est unsuccès mérité au regard de notre per-formance. On a su prendre la mesurede la rencontre. On a bien contrôlénotre adversaire même s’il était normalde le voir réagir en fin de match. Il fautféliciter les joueurs pour ce qu’ils ontréalisé. Cela confirme aussi que l’onréussit beaucoup plus à l’extérieur. Ilfaudra tenter de confirmer cette ten-dance à la maison, devant notre pu-blic”.Au classement général, les Lusitanosréalisent la bonne affaire de la 10èmejournée et se relancent. Aujourd’hui3ème avec 27 points, Saint-Maur pro-fite des déconvenues du LOSC B (0-0face à Ailly) et de Noisy (1-0 à Saint-Quentin) pour revenir à 3 points de laréserve lilloise et 1 point de l’US Ivry.Avec, dans deux semaines, la récep-tion du leader au Plessis-Trévise. Unrendez-vous à ne pas manquer.

emsíntese

Caixa Geral de Depósitos partenaire du clubde basket JSFNanterre Pro A

Caixa Geral de Depósitos est parte-naire club de basket JSF NanterrePro A. “Caixa Geral de Depósitos asouhaité s’associer au modèlesportif et social que représente laJSF Nanterre auprès des jeunes, àtravers les valeurs et principes quele club véhicule depuis des an-nées” dit une note de presse de labanque portugaise.Avec pas moins de 4 équipes évo-luant au niveau National et uncentre de Formation agréé, la JSFNanterre compte aujourd’huiparmi les meilleurs clubs forma-teurs en France. “En développantle club sur une philosophie saineet positive, la JSF Nanterre permetà ses joueurs (des plus jeunes auxprofessionnels) de s’épanouir dansun environnement convivial et am-bitieux. Grâce à cet état d’esprit, laJSFN concilie parfaitement loisir ethaut-niveau. Rigoureusementgérée par ses dirigeants, la JSFN asu conserver ses valeurs humaineset son identité au fil du temps, cequi offre une stabilité certaine auclub”.Selon la note de presse de CGD,les objectifs du club “sont clairs”et ont pu être définis pour “élabo-rer un projet humain avant tout:être un vecteur de notoriété posi-tive pour la ville de Nanterre; êtreun modèle sportif de par ses va-leurs et sa formation; tenir un rôlesocial et éducatif en accompa-gnant des jeunes et adultes en dif-ficulté”.Depuis une vingtaine d’annéesNanterre enchaîne avec honneurles saisons, avant tout grâce ausoutien d’un public infailliblejouant son rôle de 6ème homme àla perfection. Les supporters Nan-terriens font partie des plus fer-vents et des plus chaleureux duChampionnat “tout en restantdans le respect de l’adversaire etla courtoisie. Des valeurs et desprincipes véhiculés par le club de-puis ses premières heures”.

Red Star, cada vez melhor com Rui Almeida

A terceira equipa da Região Parisiensea atuar na Ligue 2, o Red Star, tem tidoum percurso de baixo para cima sob ocomando técnico do Treinador portu-guês Rui Almeida. À quinta jornada, oRed Star acumulava quatro derrotas eapenas um empate, um início de tem-porada caótico mas a partir da sexta jor-nada, aconteceu a reviravolta, as vitóriasapareceram e o Red Star começou asubir na tabela classificativa. Neste mo-mento o clube parisiense está nos luga-res cimeiros mas Rui Almeida prefereser realista e pensar no dia a dia.O LusoJornal falou com o Treinador por-tuguês que treina pela primeira vez emFrança.

O início de temporada não foi nadafácil?

Tivemos um início complicado porcausa, por exemplo, da adaptação doclube à Ligue 2 ou ainda da preparaçãoda chegada dos novos jogadores. Penso

que estamos próximos neste momentodaquilo que é o nosso objetivo. É pre-ciso, no entanto, lembrar que é umCampeonato muito competitivo e não

podemos perder a oportunidade de acu-mular o máximo de pontos possíveis.

É particular jogar em Beauvais para oRed Star?É uma situação atípica. Neste mo-mento os jogadores estão adaptados ecompreendem. O nosso futuro passapor aqui, temos de compreender ejogar porque a nossa casa é em Beau-vais. Temos de procurar sempre ostrês pontos. Nem sempre consegui-mos utilizar Beauvais como fator casa,por diferentes razões, mas penso quetemos feito bons resultados. É interes-sante.

O próximo jogo para o Campeonatoserá no dia 11 de dezembro, frente aoBourg-en-Bresse 01. Uma oportuni-dade para o Red Star angariar pontosfora de casa.

Ligue 2

Por Marco Martins

Une victoire pleine de promesses

La 10ème journée du Groupe G deCFA 2 voyait les Lusitanos effectuer uncourt déplacement jusqu’à Ivry. Victo-rieux 2 buts à 1 dans ce Derby du 94face au 2ème du Championnat, Saint-Maur se relance dans la course à lamontée.Cela faisait plus d’un mois que la vic-toire fuyait les Lusitanos. DepuisMarck (1-0), les joueurs de Carlos Se-cretário collectionnaient les matchsnuls sans pour autant ménager leursefforts sur la pelouse. Pour leur 2èmedéplacement consécutif, une semaineaprès celui d’Ailly-sur-Somme (0-0),Saint-Maur avait rendez-vous au Stadede Clerville, à Ivry. L’un des voyages lesplus courts de la saison avec Noisy-le-Sec. Mais il était important de renouerenfin avec le succès pour pouvoir en-core espérer jouer un rôle dans ceChampionnat. Pour cela, l’entraîneursaint-maurien pouvait compter sur leretour de plusieurs joueurs (Torres,Saki, Fonseca,…). Mais l’US Ivry, dau-phin du leader lillois, voulait aussifrapper un grand coup en écartant un

adversaire direct pour la montée.Dès les premières minutes, leséquipes placent leurs pions et jaugentles forces en présence. Néanmoins, cesont les Lusitanos qui frappent les pre-miers par Diogo Torres et Joël Sakisans pour autant se montrer précisdans la finition. La première périodesera surtout marquée par la sortie surblessure de Filipe Sarmento dès la18ème minute - remplacé par JohanCaurant. Un coup dur pour Saint-

Maur.Le premier acte de la rencontre serafinalement dicté par la farouche ba-taille que se livre les deux équipes aumilieu de terrain. Mais au fil des mi-nutes, c'est bel et bien le trio composéde Pedro Nova, Joël Saki et le capi-taine, Ayrton Nascimento, qui sembleprendre la mesure des Locaux.Il ne faudra pas attendre bien long-temps pour s’en rendre compte. Dèsle retour des vestiaires, Pedro Nova va

se charger de confirmer cette ten-dance. Bien servi à l’entrée de la sur-face ivryenne, le milieu portugais tentesa chance et inaugure la marque d’unefrappe imparable en pleine lucarnegauche de Gassama, impuissant (0-1,52 min). Une première pour l’ancienSalgueiros sous les couleurs saint-mauriennes. Derrière, Ivry accuse lecoup et Saint-Maur en profite. Sur unebelle action collective, Hugo Silva dé-cale parfaitement Kévin Diaz, le meil-leur buteur club, qui sert parfaitementSitou Ayi qui accentue l’avance desLusitanos (0-2, 58 min). Les fidèlessupporters lusitaniens exultent dansles tribunes de Clerville. Derrière,Saint-Maur n’aura eu qu’à gérer mêmela sortie sur blessure - encore - deSitou Ayi (64 min) qui viendra plom-ber la fin de match.Revelino Anastase devra alors sortir legrand jeu à plusieurs reprises dans lesdernières minutes mais ne pourra queconstater les dégâts sur le but de Gna-horé (1-2, 84 min). Un but trop tardifpour contester la victoire finale aux Lu-sitanos.Un succès que Carlos Secretário n’a

Lusitanos de Saint Maur

Par Eric Mendes

O Treinador português, Rui Almeida, no centro com a bolahttp://redstar.fr

Lusitanos de Saint Maur / EM

JSF Nanterre / Claire Macel

le 02 décembre 2015

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22 Desporto

Quando, onde equem

Lucas, o autor do Evangelho que nosacompanhará durante este novo anolitúrgico, era um homem de ciência,médico de profissão. A sua versão da“Boa Notícia”, da história de Jesus,é uma narração obviamente ilumi-nada pela fé na Ressurreição, masque pretende renunciar a todos oselementos lendários que, geral-mente, rodeiam as biografias dasgrandes personagens da antigui-dade. No Evangelho do próximo do-mingo, dia 6, encontramos váriosexemplos deste seu rigor: ««NNoo ddéé--cciimmoo qquuiinnttoo aannoo ddoo rreeiinnaaddoo ddoo iimmppee--rraaddoorr TTiibbéérriioo,, qquuaannddoo PPôônncciioo PPiillaattoosseerraa ggoovveerrnnaaddoorr ddaa JJuuddeeiiaa,, HHeerrooddeesstteettrraarrccaa ddaa GGaalliilleeiiaa,, sseeuu iirrmmããoo FFiilliippeetteettrraarrccaa ddaa rreeggiiããoo ddaa IIttuurreeiiaa ee TTrraaccoo--nnííttiiddee ee LLiissâânniiaass tteettrraarrccaa ddee AAbbiilleennee,,nnoo ppoonnttiiffiiccaaddoo ddee AAnnááss ee CCaaiiffááss,, ffooiiddiirriiggiiddaa aa ppaallaavvrraa ddee DDeeuuss aa JJooããoo,,ffiillhhoo ddee ZZaaccaarriiaass,, nnoo ddeesseerrttoo»».Lucas delimita o momento históricoem que João Baptista iniciou a suaatividade profética, nomeando setecontemporâneos célebres (desde oimperador Tibério César, até ao sumosacerdote Caifás). Com estes dados,o evangelista introduz a história deJesus e recorda-nos que Ele não éuma lenda, mas sim, uma pessoareal, ligada a um determinado con-texto histórico e a uma geografia bemdefinida.Em Jesus Cristo, Deus irrompeu naHistória dos homens, dividiu-a parasempre em duas metades e tornou-se o “Emanuel”, que significa “Deusconnosco”. Mas o Senhor do Tempo,não quer apenas entrar generica-mente no curso dos acontecimentosda humanidade. Ele é Cristo,“ontem, hoje e sempre” e deseja en-trar na vida de cada um de nós, nas-cer na nossa história pessoal eoferecer o Seu dom de salvação atodos os homens e mulheres domundo.

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boanotícia

lusojornal.com

Claude Gonçalves, uma semana particular

A equipa do AC Ajaccio tem tido mui-tas dificuldades neste início de tem-porada na segunda divisão francesa.O clube raramente esteve acima dalinha de água no que diz respeito àsdescidas ao terceiro escalão.O LusoJornal seguiu o lusodescen-dente Claude Gonçalves, médio do ACAjaccio, que teve uma semana parti-cular.No passado dia 21 de novembro,Claude Gonçalves foi titular na vitóriado clube da Córsega frente ao Bré-tigny por 2-1. A seguir no dia 24 denovembro, o médio lusodescendentefoi suplente utilizado frente ao RedStar num jogo que terminou com umempate, 1-1. Finalmente na passadasexta-feira 27 de novembro, o jovemmédio de 21 anos foi titular mas foiexpulso no encontro entre o Ajaccio eo Lens que também terminou comum empate a uma bola.O LusoJornal falou com Claude Gon-çalves durante a sua estadia pela Re-gião Parisiense.

Que resumo podemos fazer dos en-contros frente ao Brétigny e ao RedStar?Frente ao Brétigny, sabíamos que iaser um jogo complicado porque elesjogavam em casa e tinham o públicocom eles. Quando se joga frente auma equipa que atua numa divisãoinferior, talvez eles tenham mais von-tade de ganhar que nós. Conseguimoso essencial frente ao Brétigny, a vitória

e o apuramento. No jogo do Campeo-nato frente ao Red Star, o empate teveum sabor amargo. Estivemos a ganharmas depois recuámos porque há umafalta de confiança por causa dos mausresultados obtidos anteriormente. So-fremos um golo, que deu o empate,mas acho que podíamos ter levado ostrês pontos para a Córsega.

Tem entrado cada vez mais no onze ti-tular do Ajaccio?Luto e trabalho todos os dias paraisso. Frente ao Brétigny fui titular efrente ao Red Star fui suplente utili-zado. Tenho de continuar a trabalhartodos os dias para mostrar ao Treina-dor que estou presente e que não épor ser titular que vou deixar de tra-balhar. Tenho de lutar todas as sema-

nas para mostrar ao Treinador que me-reço um lugar no onze titular.

A equipa está numa situação compli-cada por enquanto?Na segunda divisão nunca há jogosfáceis e temos de ser sólidos emtodos os encontros. O certo é que ofacto de não perder traz alguma con-fiança à equipa. Vamos ter de anga-riar pontos e em casa temos é devencer ou tentar vencer todos osjogos. Para alcançar a manutenção,vamos ter de arrecadar o máximo depontos possíveis em casa porque senão conseguimos, não vamos conse-guir ficar na Ligue 2.

Tinha algum receio quando viu osatentados que ocorreram em Paris eque o Ajaccio tinha dois jogos na Re-gião Parisiense?Quando chegámos ao aeroporto emParis e vimos os militares, ficámossem medo. Temos de combater essetipo de acontecimentos. Foi bomouvir a «Marseillaise».

Na sexta-feira 11 de dezembro, oAjaccio recebe o Créteil/Lusitanosnum jogo a contar para a décima oi-tava jornada da Ligue 2. Uma se-mana antes, no dia 5 de dezembro,o Ajaccio vai receber o Excelsior,clube da Réunion, que atua no Cam-peonato específico da Réunion, numjogo a contar para a Taça de França.De referir que os territórios ultrama-rinos da República Francesa podemparticipar na Taça de França.

Ligue 2

Por Marco Martins

Battue, l’US Créteil/Lusitanos retrouve descouleurs à Auxerre

Vendredi soir, face à Auxerre, l’US Cré-teil/Lusitanos s’est inclinée sur unscore sévère qui ne reflète pas la phy-sionomie de la rencontre. Car si lesCiel et Bleu ont un peu pêché dansl’efficacité, ils ont tout de même affi-ché une envie et une qualité de jeu quiauraient pu faire basculer le matchdans leur camp et qui resteront donccomme des motifs de satisfaction et

d’espoir pour enrayer la mauvaise sérieen cours. Après 16 journées de Ligue2, Créteil occupe la 14ème place etcompte 6 points d’avance sur le pre-mier relégable qui n’est autre que sonfutur adversaire: le Paris FC!Le derby francilien face au Paris FCs’annonce donc plein d’enjeux!Menés à l’entrée du premier quartd’heure de jeu après le but inscrit parGaëtan Courtet (1-0, 15 min), les Cris-toliens ne se sont pas laissés impres-sionner par des Auxerrois qui étaientallés s’imposer à Metz la semaine der-nière.Quinze minutes après l’ouverture du

score, le Créteil/Lusitanos est revenuau score grâce à une très belle actioncollective ponctuée par Florent Mollet(1-1, 30 min) et n’est pas passée loinde prendre les commandes du match.Malheureusement, le gardien de l’AJAne s’est pas fait prendre en défaut surle tir de Rafael Dias (40 min) et a bienété suppléé par son défenseur sur ledeuxième ballon tiré par Boris Mahonde Monaghan (40 min). Le dernierrempart icaunais jouera encore parfai-tement son rôle en détournant le coupfranc de Rafael Dias sur sa barre trans-versale (42 min).Au retour des vestiaires, la partie est

montée en régime. Les Bourguignonsont tenu à montrer qu’ils ne laisse-raient pas les Béliers prendre les com-mandes du match. Samed Kilic (48min) et Alexandre Vincent (53 min)ont mis à l’épreuve les réflexes deYann Kerboriou mais les hommes deThierry Froger ne s’en sont pas laissécompter. Rafael Dias a tenté une re-prise acrobatique de (50 min), FanevaAndriatsima a fait ce qu’il fallait pours’échapper mais son face-à-face man-qué (54 min) n’a pas donné mieuxqu’un corner sur lequel Marvin Esor araté une occasion en or de doubler lamise pour l’US Créteil/Lusitanos (54min).Et cette occasion, c’est Auxerre qui afini par la saisir… Sur un corner,Sohny Sefil a envoyé de la tête le cuirau fond des filets (2-1, 70 min) etdonné l’avantage à son équipe avantqu’Adama Ba ne vienne conclure lapartie en inscrivant un troisième butavec l’aide de la barre transversale (3-1, 90+1 min).Désormais 14ème, les Béliers comp-tent toujours 6 points d’avance sur lazone rouge mais leur prochain matchsera très important puisqu’ils accueil-lent mardi à 21h00 (après bouclagede cette édition de LusoJornal) le pre-mier relégable qui n’est autre que leParis FC. Autant dire que le derbyfrancilien s’annonce plein d’enjeux !

Créteil/Lusitanos

Par Joel Gomes

Auxerre 3-1 US Créteil/LusitanosStade: l’Abbé-DeschampsSpectateurs: 3.994Arbitre: Thomas LéonardAuxerre: Boucher; Hountondji Puy-grenier Sefil; Aguilar Konaté SeckVincent Kilic (Ba 62 min); Courtet(Lefebvre 86min) Diarra. Entraîneur:Jean-Luc Vanucchi.Créteil/Lusitanos: Kerboriou; Esor, Hé-relle, Diedhiou, Ilunga (Cap.); Lafon;Mahon (Lesage, 82 min), Mollet (Bour-geois, 82 min), Dias (Benaniba, 76 min),Montaroup-Andriatsima. Entraîneur: Thierry Froger.Buts: Auxerre: Courtet (14 min),Seuil (73 min), Ba (90+1 min). USCréteil/Lusitanos Mollet (29 min).Avertissements: Créteil/Lusitanos:Montaroup (61 min)

Claude Gonçalves também é um internacional portuguêsDR

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23Tempo livre

Jusqu’au 13 décembre «Au sud d’aujourd’hui. Art contempo-rain portugais [sans le Portugal]» œu-vres de Sónia Almeida, Daniel Barroca,Carlos Bunga, André Cepeda, MauroCerqueira, Carla Filipe, João Maria Gus-mão et Pedro Paiva, Ana Santos, Ar-lindo Silva et Von Calhau. Délégationen France de la Fondation CalousteGulbenkian, 39 boulevard de la TourMaubourg, à Paris 7. Infos: 01.53.85.93.93

Jusqu’au 3 janvier Exposition photographique «Lisbonneoù l’Atlantique rencontre la Méditerra-née», avec la collaboration du ConsulatGénéral du Portugal à Marseille. VillaMéditerranée, esplanade Robert Laf-font, à Marseille (13). Du mardi au vendredi, de 12h00 à18h00 et les samedi et dimanche, de10h00 à 18h00.

Du 12 décembre au 24 janvier Exposition “Costa - 10 ans aprèsCésar” avec les œuvres de FernandoCosta. Crypte Sainte-Eugénie, à Biarritz(64). Tous les jours de 14h00 à 18h30sauf le mardi. Fermé le dimanche 25décembre et le 1er janvier. Entrée libre.

Le vendredi 4 décembre, 9h30 Journée d’études «Frontière luso-espa-gnole et les oppositions antisalazaristeset antifranquistes: résistances, réseauxet solidarités (1926-1950)». En partenariat avec les universités deParis Lumières, Paris 8 - Vincennes -Saint-Denis et Paris Ouest Nanterre LaDéfense. Fondation Calouste Gulben-kian, 39 boulevard de la Tour Mau-bourg, à Paris 7.

Le mardi 15 décembre, 18h00 Présentation du livre «Crónicas da terralonge» de Luiz Andrade Silva, une an-thologie de chroniques et d’essais surlʼémigration et la culture capver-diennes, en présence de l’auteur avecMaria-Benedita Basto (Université Paris-Sorbonne) et Agnès Levécot (UniversitéSorbonne Nouvelle). Fondation Ca-louste Gulbenkian, 39 boulevard de laTour Maubourg, à Paris 7.

Le jeudi 17 décembre, 19h00 Rencontre-performance autour de “LaPassion selon G.H.” de Clarice Lispec-tor, interprété par Gabriella Scheer,avec une mise en scène de Cyril Des-clés, précédé de “La Belle et la Bête oula trop grande blessure” de Clarice Lis-pector, par Gabriella Scheer, dans le cadrede «L’Heure de Clarice», journée anniver-saire de la naissance de Clarice Lispector.L’Espace des femmes - AntoinetteFouque, 35 rue Jacob, à Paris 6.

Le vendredi 18 décembre, 20h30 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoristeJosé Cruz (version française). Salle desFêtes, 1 rue d’Enghien, à Eaubonne (95).Infos: 06.81.21.44.13.

Jusqu’au 31 décembre «Bonjour l’ivresse», une comédie deFranck Le Hen, avec, entre autres, KévinMiranda, au Théâtre du Marais, 37 rueVolta, à Paris 3. Infos: 01.71.73.97.83.

Le jeudi 3 décembre, 20h30 Concert de Cristina Branco. Théâtre del’Archipel, à Perpignan (66).

Le vendredi 4 décembre, 21h00 Soirée «Fados, la fête avant les fêtes...»présentée par Jean-Luc Gonneau, avecConceição Guadalupe, accompagnée parFilipe de Sousa (guitarra), Nuno Este-vens(viola) et Nella Selvagia (percus-sions). Plus artistes invités: João Rufino,Daniela, Lizzie Levée, Paulo Manuel,Sousa Santos, António de Freitas et d’au-tres à venir.... Restauration légère possibleà partir de 19h00. Uniquement sur réser-vation. Les Affiches/ Le Club, 7 placeSaint Michel, à Paris 5. Infos: 06.22.98.60.41.

Le vendredi 4 décembre, 20h45 Concert de Cristina Branco à l’Atrium deChaville (92). Infos: 01.41.14.32.34.

Le samedi 5 décembre, 21h00 Concert de Cristina Branco. Cité desCongrès, à Nantes (44).

Le samedi 5 décembre Dîner fado avec Conceição Guadalupe,accompagnée par Manuel Corgas (gui-tarra) et Flaviano Ramos (viola). Restau-

rant Vilanova, 53 rue Maurice Sarraut, àTourcoing (59). Infos: 03.20.25.02.80.

Le dimanche 6 décembre, 17h00 Concert de Custódio Castelo (guitarra)avec Carlos Leitão (voix et viola) et Car-los Menezes (viola baixa). En premièrepartie: Dan Inger dos Santos et LizzieLevée, accompagnés par Filipe deSousa (guitarra) et Nuno Estevens(viola). Eglise Saint-Gervais-Saint-Pro-tais, 1 rue du Four, à Bry-sur-Marne(94). Infos: 06.64.13.48.94.

Le dimanche 6 décembre, 15h00 Concert de musique sacrée et baroque,avec les contre-ténors Luís Peças etJoão Paulo Ferreira, accompagnés parl’organiste João Santos, organisé parl’Association France-Portugal à la Ca-thédrale de Sainte Marie, à OloronSainte Marie (64). Infos: 05.59.10.01.61.

Le dimanche 13 décembre, 12h30 Fête de Noël avec déjeuner suivi d’uneambiance musicale, du Père Noël etdes activités pour les enfants, organiséepar l’Association Culturelle Portugaisede Strasbourg. Salle du Bon Pasteur,12 boulevard Sébastien Bach, à Stras-bourg (67). Infos: 03.88.36.34.52.

Le dimanche 6 décembre, 14h00 Festival de folklore avec les groupesCasa dos Arcos de Paris, Os Lusitanosde Saint Cyr l’Ecole, Flor do Lima deVersailles, Romarias do Minho deDrancy, Estrelas Douradas de Versailles,AFP d’Argenteuil, Paix et Vivre Ensem-ble d’Argenteuil et Les Tamouls d’Ar-genteuil. Rencontre de concertinas, Cantares aoDesafio avec Chico, Tubarão et Cele-rico, animation musicale avec CindyLyz et Alexandre, organisé par les asso-ciations Agora et Tel Est Argenteuil.Salle Jean Vilar, 9 boulevard Héloïse, àArgenteuil (95). Tous les bénéfices se-ront reversés au profit du Téléthon.

Le dimanche 6 décembre, 14h00 Festival de folklore au profit d’un or-phelinat au Portugal, organisé par l’as-sociation Des ailes pour le Portugal.Danses folkloriques bretonnes et portu-gaises. Diverses animations pour enfants etadultes. Complexe sportif du Vigneau,à Saint Herblain (44).

Le jeudi 31 décembre, 20h00 Réveillon de la Saint Sylvestre avec unspectacle exotique Kafrine Color, legroupe Banda Latina et Dj Anibal, or-ganisé par le Comité de Fêtes et les As-sociations Portugaises d’Argenteuil.Salle Jean Vilar, 9 boulevard Héloïse, àArgenteuil (95). Infos: 01.39.81.28.70.

Le jeudi 31 décembre, 19h30 Réveillon de la Saint Sylvestre avec legroupe Kapa Negra, organisé par l’As-sociation Culturelle Portugaise de LesUlis-Orsay, au Gymnase Blandin, ave-nue Guy Moquet, à Orsay (91). Infos: 06.09.81.25.19.

Le jeudi 31 décembre, 21h00 Réveillon de la Saint Sylvestre avecElena Correia. Bal avec Novo Som, or-ganisé par l’Association des Portugaisde Dammarie-les-Lys, au Gymnase JeanZay, 106 rue des Charbonniers, àDammarie-les-Lys (77). Infos: 06.79.84.40.06.

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le 02 décembre 2015

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