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LUSOPRESS magazine | n.º 20 | Setembro/Outubro 2010 1

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FICHE TECHNIQUE

Une publication de

SIÈGE SOCIAL RÉDACTION ET DÉPARTEMENT COMMERCIALE1. av. Vasco de Gama94460 VALENTONTél: 01.56.32.92.78

DIRECTION Directeur de la publication Lídia [email protected]

DIRECTEUR-ADJOINT Guilherme José

REDACTIONCristina GomesDiana Bernardo

REPORTAGEReporter / Journaliste Gomes de Sá

REALISATION João [email protected]

COMMERCIALDirection du marketing José Gomes

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IMPRESSIONPeres-SocTip, SAEstrada Nacional n.º 10, Km 108,3Porto Alto - 2135-114 Samora CorreiaTel: +351 263 009 900Fax: +351 263 009 999

ISSN: 1968-6366

I.N.P.INº NATIONAL - 08/3550245

Luso Press Magazine est gratuit et ne peut être [email protected]

Caso Casa Pia

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Em Setembro de 2002 um escândalo rebenta em Portugal, o mediático Caso Casa Pia que desde então muita tinta tem feito correr; a vida das crianças abusadas, hoje já homens, nunca mais será a mesma e a dos homens acusados também não; só ao fim de 8 longos anos se vê um pouco de luz ao fundo do túnel, o jul-gamento do Tribunal de 1ª Instância chega ao fim, com todos os

réus acusados. Não ponho em dúvida que as crianças foram abusadas, mas os acusados foram julgados em primeiro lugar na praça pública e nos orgãos de comunicação social e só mais tarde no local competente, o Tribunal; acompa-nhei sempre que pude o caso e mantenho a mesma opinião desde o primeiro dia, alguns dos acusados são culpados mas entre eles há inocentes, não há provas circunstanciais dignas desse nome, incongruências são muitas e a falta de rigor também; assusta-me uma justiça assim no meu país quando, à altura em que escrevo esta crónica passada uma semana da sentença, os acusados não têm ainda conhecimento dos fundamentos para a sua acusação; vão re-correr e espero que a alguns estarem inocentes, houve um só que se deu como culpado, seja provada a inocência, casos mal julgados por incompetência são muitos e até um leigo como eu sabe que na falta de provas não se pode acusar ninguém. Não protejo de modo nenhum os pedófilos, acho que é um crime hediondo, mas que se faça justiça.

Quando em Julho de 2008 o Presidente da República promulgou o acordo ortográfico ratificado a 16 de Maio do mesmo ano no Parlamento, não me suscitou qualquer dúvida, desde 1943 Portugal e Brasil tinham o objectivo de uniformizar o vocabulário que com sotaque ou sem ele é a língua dos dois países, nesse ano não aconteceu; décadas mais tarde, em 1986 nova tentativa sem os dois países chegarem a consenso. Em 1990 a Academia Brasileira de Letras e a Academia das Ciências de Lisboa, depois de um trabalho exaustivo, reúnem-se com os representantes oficiais dos países lusófonos (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Princípe) para finalmente assinarem o Acordo Ortográfico, Timor-Leste adere depois da inde-pendência em 2004. Em Portugal foi posto em vigor a Janeiro de 2009, havendo um período de transição até 2015 que para mim já é amanhã, tal a dificuldade que estou a ter para alterar a minha ortografia.As publicações de imprensa portuguesa adoptaram desde Junho do corrente ano o acordo ortográfico e leitora de vários jornais e revistas nacionais é com alguma estranheza que leio os artigos onde aparecem palavras que me apete-ce corrigir, mas não, sou eu que estou errada e preocupada se cinco anos serão suficientes para aceitar naturalmente as alterações.No ano lectivo de 2010/2011 em Portugal o acordo não será ainda aplicado, a decisão não foi tomada de ânimo leve, as escolas têm que se adaptar às no-vas regras; para as crianças que agora iniciam a aprendizagem vai ser fácil, o problema são os manuais que irão acarretar mais despesa ao país e aos encar-regados de educação. E falando em jovens são eles que nos governarão amanhã, assusta-me pensar que num futuro próximo seja obrigada a adoptar o modo de escrita que eles aplicam no envio de mensagens nas várias formas de comunicação, aí sim a língua portuguesa ficará completamente desvirtuada.

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232 entrevistaDavid Monteiro,Presidente da Academia do Bacalhau de Paris

40 Ana Nave, responsável pelo serviço cultural no Consulado Geral de Portugal em Paris

48Portugueses de Valor

50 entrevistaCarlos Ferreira

56 restaurantesIlha Tropicalnovo restaurante em Saint Maur

60 produtosA Aveleda

70 passatempos72 horóscopo

01 crónica da direcçãoCaso Casa Pia

04 entrevistaRui Azinhais Nabeiro

12 entrevistaElisabeth dos Reisa família é o meu pilar

18 entrevistaPaulo Gonçalves

26 empresaAntónio José Agostinhotenho três pátrias

sumário

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Rui Azinhais Nabeiro, empreendedor e altruísta, duas caracteristicas que o acompanham com reconhecimento que já ultrapassou fronteiras.

Quem não o fizer hoje

amanhã é tarde

“Desde os 10, 11 anos já andava a cheirar

o café, posso dizer que sou um viciado no

café, tal como o proprietário duma ade-

ga que é obrigado a provar o vinho tam-

bém um produtor de café o tem de fazer

e como se trata de um produto natural

é preciso conhecermos as origens e daí

nascerem as nossas ideias e o gosto por

aquilo que se faz; como produto natural

que é tem de ser acarinhado e isso faz-se

provando-o, é o que tenho feito toda a

minha vida; comecei muito cedo, a in-

fância e adolescência passou-me quase

ao lado mas valeu a pena; comecei com

um tio, um homem audaz que foi quem

deu aqui o início da emigração, o interior

não tinha nada, tivemos a sorte de viver

na raia, aqui vivia-se da audácia dos

homens que partiam do interior para,

neste caso, Espanha; Badajoz aqui mes-

mo ao lado era uma grande cidade que

nos dava vida e atitude, trabalhei com

Espanha durante muito tempo, só mais

tarde entrei no mercado interno” disse-

nos Rui Nabeiro e acrescentou “estamos

no café porque havia um tio que era um

audicioso, foi e ainda é o meu inspirador,

ele sonhava todos os dias, eu também

ainda sonho todos os dias acordado. A

pessoa que gosta da vida, que gosta de

viver e sentir, tem espaço na noite para

tudo e esses momentos são especiais

para criar.

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Enveredou pela comercialização do vinho também a partir dum sonho?

O que me levou a enveredar pela produ-ção do vinho, foi um termo muito usado pelos portugueses “Saudade”.Campo Maior tem uma caracteristica que terra nenhuma do país tem, foi há um ou dois séculos atrás que o povo teve o pri-vilégio de receber de alguém um talhão, (0,75 hectares de terra), todas as famílias com carência recebiam esse quinhão, dois talhões eram destinados para semear o pão (trigo ou cevada) e outro para semear oliveiras e vinhas, toda a gente tinha um bocadinho de terra, todos tinham direito assim ao azeite, pão e vinho. Gostava de reavivar também as talhas de barro que

eram criadas por artistas de Campo Maior, teria grande prazer se conseguisse encon-trar um artista para fazer estes potes onde antigamente se guardava a produção de azeite e vinho da região.Há uns anos, numa visita a uma feira no estrangeiro, fiquei feliz de ver no stand de Portugal uma dessas talhas.

O que acha fundamental para o suces-so empresarial?

Tudo faz falta na vida e a área social é a par-te mais importante que um cidadão possa e deva ter, o poder de preparar-se para isso e antes desse poder há a dádiva e provi-dência de Deus de nos lançar ao mundo na perspectiva duma cultura e duma edu-

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cação própria e natural, é essa atitude que eu tenho semeado pelos meus familiares e por todas as pessoas que me rodeiam que são os nossos colaboradores e por isso o êxito da nossa casa, o de pensarmos nos outros, o nosso grupo não é grande mas é bom, é sólido onde se tem o gosto pelo trabalho, eu digo sempre que a razão nº 1 é a parte social, é saber distribuir e também seguir sempre o meu lema “fazer hoje para que amanhã não seja tarde”, porque quem o fizer hoje já o deveria ter feito ontem.

É o inspirador do sucesso Delta, como nasceu o nome?

Não foi nada de transcendente, foi sim-ples, trabalha connosco uma agência de patentes e marcas que já vai na 3ª geração, eu conhecia-a na 2ª, fizemos muito boa amizade, criámos muito confiança com essas pessoas que tratavam dos nossos produtos em Espanha, e eu ao querer en-trar no mercado nacional, dirigi-me a eles, propuseram três nomes para a marca e a DELTA foi a 2ª proposta, logo me inspirou pela acústica, pela expressão natural ao pronunciar, diz-se em qualquer idioma. A marca Camelo é anterior, foi a continua-ção do meu tio que teve a audácia de a criar e fazer, eu dei-lhe a criação, a educa-ção, pus a empresa a caminhar com segu-rança, as pessoas trabalhavam no duro e violentamente, eu pu-los a trabalhar sua-vemente a fazer mais e melhor com menos esforço, aí foi a confiança que o meu tio e o meu pai depositaram em mim.

A marca Delta está a conquistar não só o mercado da saudade mas todos os outros, qual o maior concorrente?

É a Nestlé que com o mercado da Nespres-so foi à frente, nessa altura já andávamos a navegar, a estudar o mercado das cápsu-las, a Nespresso tem um esquema muito bem montado, mas em Portugal a Delta não receia a Nespresso, ninguém lhe tira hoje a vantagem.

A sua familia trabalha toda consigo? Quando a minha família era jovem já tinha a familia dos colaboradores; conforme fo-ram crescendo vieram trabalhar comigo, filhos e netos, se não tivesse a felicidade

de assim ser teria de decidir ou fazia socie-dade com colaboradores ou teria que ven-der, mas felizmente o grupo vai continuar na família.

As decisões cabem a quem?Temos reuniões e as decisões são tomadas em conjunto. Sou homem que respeito e que gosto de ser respeitado tanto em casa como fora, por isso os familiares reconhe-cem que estão perante um carácter forte e sabem doseá-lo.

Em lazer ou trabalho qual o país que mais o marcou?

Tenho corrido quase todo o mundo e cada país tem a sua maravilha, mas talvez Timor, aquela terra que ainda não era país quando a visitei pela primeira vez ficou-me sempre na memória, não esqueço a sensação de entrar naquele sitio, uma beleza natural impar, ver aquele povo carente, ver tudo a deitar fumo por todo o lado, um quadro tão pobre e miserável, fiquei sensibilizado e a pensar o que se poderia fazer para al-terar aquela rumo, agi e verifico que tem evoluído bastante.Depois viajo pela Europa, cada país tem a sua beleza, mas gosto muito da Alema-nha, em França, Paris para mim é um so-nho, uma vida encantadora que faz mexer, Nova York também é fantástica.

...”Temos reuniões e as decisões são

tomadas em conjunto. Sou homem que respeito

e que gosto de ser respeitado tanto em casa

como fora...”

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O que tem a dizer da acção levada a cabo por Bill Gates. Em Portugal ha-veria viabilidade para donativos de parte das grandes fortunas?

Propor aos milionários americanos darem 50% da fortuna para os mais desfavoreci-dos, contribuirem assim para alimentos, educação e saúde é notável.Bill Gates fez um marketing popular de gran-de alcance, hoje, o mundo informático onde ele se meteu toda a gente o compra, o café também toda a gente o compra mas a ren-tabilidade é completamente diferente e não tem nada a ver um oriundo dos Estados Uni-dos e um oriundo de Portugal, os mercados são diferentes. Admiro-o bastante, desde que criou a Fundação tem ajudado muita gente. À minha dimensão tenho duas opções: ou re-alizo a minha própria fortuna pessoal e ela é minha ou então faço uma riqueza duns meios que são uma fábrica e uma empresa que crescem no seu património onde diariamen-te há um investimento diário, nas máquinas, nos carros, no fundo é um bolo se cortarmos esse bolo ao meio ficamos sem força, faço a minha distribuição diária e permanente, não há dia nenhum que não o faça, gostava de fa-zer mais e uso esta minha teoria “quem não o fizer hoje amanhã é tarde”.

Que opinião tem acerca das directrizes governamentais.

Desde que nasci que sou da área socialis-ta, sou um homem ligado ao PS, o meu pai era talvez um homem mais virado à esquerda.Para governar é preciso ouvir bem e ter bons elementos e acho que o Governo tem bons elementos, mas é preciso que não se tenha o azar como este governo tem tido, tudo tem sido negativo, a crise mundial, os incêndios; depois há outra coisa, não dividimos as tarefas, não divi-dimos os meios, não aproveitamos o que temos, todos temos de trabalhar mais, in-dependentemente do Governo, qualquer cidadão tem de fazer mais.

Aceitaria um cargo político?Não, já fui autarca durante muitos anos e hoje se quero ser útil é onde estou e onde está a minha capacidade o que eu hoje faço é o lado prático e não o lado político.

Acha bem os autarcas só se poderem candidatar três vezes?

Completamente de acordo, não se deve cair na rotina, não é aconselhável.

Como analisa as pessoas que traba-lham consigo, com quem faz negó-cios, com quem se relaciona?

Avalio as pessoas pela parte humana, olhos nos olhos.

Para terminar, que mensagem quer deixar aos nossos leitores?

Agradeço a oportunidade de me levar até essa família de portugueses que residem lá fora e que ao lerem estas palavras saibam acarinhar e tirar a ila-ção necessária. Sempre que venham a Portugal viagem com calma e tranqui-lidade para chegar em paz às famílias que sempre os aguardam com ansie-dade.Quero também transmitir-lhes que Portugal precisa do trabalho de todos, dos que estão lá fora e também dos que aqui estão e os portugueses têm muito que fazer e trazer para Portugal, da mesma forma os portugueses que aqui estão devem ter o mesmo sen-timento pelos que trabalham lá fora; habituei-me antes de 1974 a visitar os países onde estavam os emigrantes e eu sou no fim de contas, um emigran-te por natureza.

...”Portugal precisa do trabalho de todos, dos

que estão lá fora e tam-bém dos que aqui estão e

os portugueses têm muito que fazer e trazer para

Portugal...”

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Elisabeth dos Reisa família é o meu pilar

Dedica muito do seu tempo à activida-de profissional, e a vida pessoal?

É verdade a vida pessoal fica prejudicada, mas é preciso muita presença e devoção ao trabalho, muito sacrifício, chegamos de manhã e quando damos por nós já é noite, o tempo voa. Hoje consigo organizar melhor o meu tempo mas tive dois, três anos envolvida noutros projectos, os meus filhos foram muito compreensivos, tenho um marido extraordinário que esteve ao pé de mim e que se ocupou dos nossos filhos, tive e tenho também a presença da minha mãe a quem agradeço, que sempre que eu pre-ciso está lá, é a vantagem de trabalhar em

Elisabeth dos Reis nasceu já em França, a cultura,

a língua e os costumes portugueses foram-lhe

transmitidos por seus pais, Odete e Armando Lopes.

Desempenha nas empresas familiares os cargos de

Directora Geral e Directora Administrativa onde gere a parte jurídica,

gestão e contabilidade. Faz as previsões, estuda as

perspectivas da empresa e sempre que é oportuno tenta

implementar novas técnicas e novos métodos de trabalho

para a empresa evoluir.

“Ser filha do pai nunca é fácil, os pais são mais exigentes e

tenho de duplicar o meu esforço para provar que o

meu trabalho é tão bom como o dos outros, porque

o que ele pede a um fun-cionário a mim pede o dobro;

comecei a trabalhar nas em-presas há dezasseis anos mas não ocupei logo o cargo que

tenho, comecei por baixo”, disse Elisabeth dos Reis.

família, nesse aspecto tenho sorte, porque se não fosse este apoio não tinha hipótese de concluir os meus projectos. A familia é o meu pilar, tenho muita sorte na vida, uma pessoa não se constrói sozinha, há sempre uma equipa à volta, quando não se está bem com a família não se pode ser feliz; há o entendimento, a partilha e nos momen-tos dificeis há sempre um apoio, não se tem sucesso sozinha, às vezes as pessoas que estão por trás podem não fazer mais, mas fazem muito para essa pessoa conse-guir aquilo a que se propõe.

Quer-nos falar desses projectos?Um deles é a School Time que nasceu por

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acaso, na idade da pré-escola inscrevi os meus filhos numa escola inglesa porque acho que é importante falar esse idioma, eles falam francês e português uma tercei-ra língua é uma mais-valia; eu penso que dar às crianças a possibilidade de conhe-cerem várias linguas é dar-lhes uma aber-tura de espirito muito grande.

mas só o levaria para a frente se eu entras-se com ela, foi assim que me vi envolvida e que nasceu a School Time.

Há quanto tempo abriu e onde se en-contra a escola?

A escola está situada em Saint-Maur, va-mos começar agora o terceiro ano lectivo,

Nessa escola havia muitas coisas boas e outras menos boas; entretanto criei amiza-de com a professora da minha filha e que mais tarde foi também do meu filho; eu perguntava-lhe porque não se aventurava ela a criar a própria escola mas mostrou-se sempre receosa, mais tarde foi ela que veio ter comigo dizendo que tinha um projecto

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o primeiro ano não foi fácil, no segundo os pais já conheciam e correu melhor, no iní-cio do terceiro já temos lista de espera e in-crições para o próximo ano, é uma vitória.

A partir de que idade a escola admite crianças?

Aceitamos crianças a partir dos 18 meses até aos 6 anos, da 2ª a 6ª feira, sem inter-rupção, a 4ª feira é opcional mas é uma mais-valia, eu própria que sempre trabalhei tive o problema das 4ªs feiras com os meus filhos; a vida dos pais também é facilitada, não preci-sam andar a correr dum lado para outro para levar os filhos às diferentes actividades, te-mos vertentes um pouco diferentes, além do inglês também temos chinês, yoga, xadrez, dança e música.No fim do ano fazemos uma festa com a actuação dos meninos, numa sala cedida pela Mairie de Saint-Maur.A escola tem ido de encontro às necessida-des dos pais que nos têm solicitado fazer-mos também a primária, neste momento só nos falta o espaço.

Dirige a escola e as empresas, fale-nos do outro projecto em mãos.

As coisas aparecem pouco a pouco, foi ao longo dos anos que comecei a apreciar a decoração e arquitectura dos vários sítios por onde passava, tenho a sorte de viajar pelos diferentes países e inspirar-me no

que vou vendo; o ramo de imobiliária e decoração começou pela aquisição de um apartamento na neve que decorei e logo tratei do aluguer, ao ver a rentabilidade propus ao meu pai investirmos na imobi-liária; a construção, a venda e o aluguer levou-me a optar também pela decoração; a MGI é a empresa que gere o aluguer de apartamentos mobilados que me tomou alguns anos; a programação, a negocia-ção, fazer conceitos diferentes, porque fa-zer igual não é difícil, foi um trabalho que demorou dois anos, dia e noite.As pessoas que visitam os apartamentos gostam da decoração, comentam o bom gosto e qualidade.

A Elisabeth gosta de arriscar?Sou segura nos investimentos, herdei um bocado do meu pai o espirito para o ne-gócio, é inato, não se aprende nas univer-sidades, a melhor escola é a da vida, ver as pessoas à nossa volta felizes faz-nos sentir bem. Sinto que alcancei êxito quando veri-fico que a empresa está bem gerida, que o meu pai tem tudo debaixo de si, mas que nós ajudamos.

Os seus filhos estão na fase da ado-lescência a fase dos conflitos, é difícil ultrapassar?

Sou muito exigente com eles, mas tem os seus frutos, eles estão a passar as crises de

adolescência mas desde o momento que há regras definidas, eles sabem que não as podem ultrapassar e se as ultrapassam sabem que têm as consequências; a com-preensão é fundamental e para compensar a minha ausência sempre que posso tiro férias e aí desfruto de todo o tempo com eles.

Quando tem esse tempo como gosta de o gerir?

Gosto de música, oiço Paulo Gonzo, Rui Veloso, Dulce Pontes e outros; adoro cozi-nhar e viajar.

Uma palavra para as mulheres portu-guesas.

As mulheres portuguesas em geral não de-vem ter medo, devem arriscar, tenho mui-to orgulho do povo português, em França ou no resto do mundo, os portugueses sabem fazer tudo. A imagem trasmitida de França para Portugal não é a melhor, os portugueses em Portugal ainda têm a imagem dos primeiros emigrantes dos anos 50 e 60 que se sujeitavam a trabalhos que outros não queriam fazer, mesmo es-ses devem ser respeitados e recordados como heróis, arriscaram, deixaram família à procura de melhor vida, foram corajosos, essa imagem está distorcida, actualmente temos médicos, cientistas, escritores, ar-tistas plásticos, directores de empresas, a opinião tem de mudar.

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Nova Delta - Crescimento sustentado em França

Pensar global e agir localPaulo Gonçalves é natural

de Campo Maior, formado em Economia com um mestrado

em gestão de empresas, veio há dois anos e meio para França

imbuído no projecto da Nova Delta do Grupo Nabeiro.

Com que espírito aceitou este de-safio?

Este projecto em França tem sido um de-safio interessantissimo. O “capital” de milhão e meio de portu-gueses em França é uma excelente base para trabalharmos. Quando nos instalá-mos em França, solicitámos números à Embaixada de Portugal que nos cedeu as

estatisticas actualizadas em 2007; grosso modo 800.000 portugueses recenseados; na realidade há que contar também os portugueses que não estão recenseados e os lusodescentes sem nacionalidade por-tuguesa.

O AICEP ajudou de alguma forma à di-naminação e instalação da Nova Del-ta em França?

Não tivemos apoio mas também não o procurámos; de qualquer forma chegará o momento em que o faremos. Estrate-gicamente, queremos implantar a Marca DELTA no mercado francês, sustentando inicialmente o crescimento na comunida-de portuguesa que nos conhece e onde existe uma notoriedade de Marca forte. Paralelamente, estamos a entrar no merca-do da restauração francês.

Neste momento já tem a percentagem das vendas relativamente ao mercado conquistado?

Quando chegámos o café era vendido exclusivamente ao mercado comunitário português, actualmente 30% das nossas vendas dirigem-se ao mercado francês e a outras comunidades emigrantes, grandes consumidoras de café.

Qual a expectativa a curto prazo?Em termos de objectivos queremos atin-gir em 2011 as 300 tonelados vendidas no mercado da restauração aqui em França, apoiados por parceiros e directamente. Te-mos um plano para nos próximos 3 anos chegarmos às 500 toneladas e nessa altu-ra atingir uma quota de clientes de 50%

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do mercado comunitário português e os outros 50% no restante mercado. Temos também objectivos em termos de distri-buição geográfica; estamos a criar uma rede de distribuição a nivel nacional, em França através de parceiros; Na região Parisiense e ao nivel da Restauração ac-tuamos com estrutura directa e com bons parceiros. Em caso de boa oportunidade, perspectivamos a aquisição de uma outra empresa para sustentar o crescimento da marca; para o segmento mais forte que representa 65% da fatia do mercado de café em França - grandes e médias super-ficies – entraremos mais tarde pois implica que tenhamos uma estrutura adaptada a isso, temos de ter capacidade de respos-ta. Hoje trabalhamos o pequeno retalho da comunidade portuguesa. Finalmente,

falar-vos no segmento sobre o qual temos tido sucesso em Portugal que é o das cáp-sulas para o lar e Empresas, o qual já tem um colaborador especificamente afecto e para o qual estamos a envidar os esforços necessários.

E em França como está a correr esse mercado?

Aqui ainda estamos limitados, estamos a vender aos associados da CCIFP e fizemos agora uma parceria com uma empresa de consultoria na restauração e que tem um

site de e-procurement; o seu networking é bom e baseia-se essencialmente em boas empresas francesas.

Quantas toneladas de café comerciali-zam neste momento?

Em França directamente vamos terminar o ano com 200 toneladas; Para o ano vamos ficar com a distribuição da Côte d´Azur e a estrutura logistica que aqui vamos ter vai servir de suporte aos distribuidores que temos no centro da Europa, as entregas logisticamente poderão serão feitas di-rectamente mas essencialmente o acom-

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panhamento/transferência de know-how será gerido a partir de Paris.

Os objectivos foram superados?Somos determinados e nesta casa apren-demos a lutar pelos nossos objectivos, não estou surpreendido com o que fize-mos mas sabemos que é pouco; estamos sedentos de conseguir mais e sabemos que ainda há muito a fazer. Quando che-guei aqui havia dois vendedores, um de-les só trabalhava a meio tempo, vamos terminar o ano com 15 colaboradores, entre vendedores, administrativos e téc-nicos.

A Nova Delta dá assistência técnica aos seus clientes?

A nível da restauração a maior parte dos clientes solicita-nos assistência em termos do equipamento, a onerosidade depende do investimento e dos consumos. Geral-mente, damos assistência gratuita aos dis-tribuidores que por sua vez têm de a dar aos seus clientes, daí termos uma equipa de dois técnicos que faz os nossos clientes directos e indirectos, para haver uma uni-formização do serviço.

Que opinião tem de Portugal e do rumo que está a levar?

Sou um optimista em relação em Por-tugal e em relação aos portugueses, muitas vezes somos pessimistas, te-mos a ideia, provavelmente por uma questão cultural recente, que os poli-ticos é que têm de resolver tudo; não é assim, aprendi através do meu percur-so ( educacional, académico e profis-sional), que nós é que temos que pen-sar o que devemos fazer pela nossa familia, região e pelo nosso pais; não nos podemos concentrar apenas no que está mal mas sim também no que

está bem; nisso a comunicação social tem ajudado a progredir esse aspecto.

Falando em coisas positivas, que opi-nião tem do Sr. Rui Nabeiro?

Sou suspeito. Tenho a melhor, dá um apoio total, está sempre disponivel para responder, ouvir ao telefone, para deslocar-se se assim for necessário a uma determinada filial; é um homem com uma qualidade humana e uma capacidade de trabalho notáveis, normal-mente é o primeiro a entrar na Empresa e o último sair. As suas qualidades filantrópicas são conhecidas por todos e fá-las diariamen-te, é uma personalidade admirável.

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Construiu a pulso um Grupo Empresarial de 22 Empresas e com cerca de 40 Departa-mentos Comerciais em Portugal, Espanha e França. A Marca DELTA está presente em 25 paises nos 5 Continentes. Que mais dizer?

Que outros produtos são comerciali-zados pela Delta?

Começámos a comercializar vinhos e azei-tes, duas produções que são duas paixões do Sr. Nabeiro; os clientes estão a aceitar bem pois são de extrema qualidade, cultivados na região do Alentejo e transformados/ em-balados através de processos tecnológicos e meios modernos; por natureza a nossa es-trutura na base está adaptada a trabalhar o mono produto, somos especialistas no café; estes produtos são um complemento.

O nosso vinho da marca ADEGA MAYOR (referências Branco, Tinto, Rosé, Reserva e Garrafeira) está direccionado para o clien-te que dá mais importância à qualidade e é menos sensivel ao preço; para este último lançámos agora o Caiado com uma exce-lente relação qualidade/preço.

As Azeitonas de vários tipos - Marca AGRO-DELTA – são uma excelente companhia para a mesa a qualquer refeição.

A Nova Delta tem instalações próprias em Gonesse, qual a área instalada?

Temos 650 m2 de armazém e mais 300 m2

de escritórios, até ao fim do ano esta área é suficiente no entanto já foi tomada uma decisão estratégica — vamos aumentar em breve a capacidade do armazém em mais 700 m2, numa área adjacente às nos-sas instalações, o que nos vai permitir an-tecipar oportunidades futuras.

O que foi para si mais difícil de superar em França?

Em termos profissionais, foi ter encontra-do muitas vezes nos restaurantes/clientes/ comerciantes uma grande sensibilidade ao preço em detrimento da qualidade do pro-duto — essa é a parte negativa, esquecen-do-se muitas vezes que o barato sai caro.

Pessoalmente, é um meio totalmente novo para mim, longe da familia e ami-gos. A criação de amizades e porque não

o alargamento da familia em França são também desafios interessantissimos.

Quais são os maiores concorrentes?Os cafés Richard e Lavazza são as duas em-presas principais concorrentes e depois temos alguns portugueses, de qualidade, respeitamos todos e não subestimamos ninguém.

Umas palavras para os leitores.Ainda sou jovem para estar a transmitir mensagens de esforço e crença mas gos-tava de dizer a todas as pessoas que têm os seus negócios que há sempre soluções para dar a volta por cima e com trabalho chegamos sempre lá – “querer é poder” é uma máxima que faz todo o sentido. É o nosso perfil psicológico e o ambiente ex-terno que nos definem — a vivência, as origens familiares, a educação e a forma-ção revelam-nos; conheçam-se e sejam persistentes.

Reconheço-me na máxima “Pensar global e Agir local” pois tentarmos compreender o Mundo global e agirmos diariamente a uma microescala naquilo que depende de nós, é de facto, uma forma sã de viver a vida em sociedade.

Durante o mês de Setembro a Nova Delta fará o lançamento dos Cabazes de Natal com produtos oriundos do Alentejo.

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António José Agostinhotenho três pátrias

Como é que se reflectiu a crise na Inter Service Pom-pes?

Sofreu o que todas as empre-sas sofreram, fizemos o que foi preciso para nos adaptar-mos e ultrapassarmos a situ-ação, actualmente já estamos com muito trabalho, desde Março deste ano, voltámos à normalidade.Os empresários têm de estar preparados para essas even-tualidades, não entrámos em pânico porque as raízes do grupo são sólidas e tínhamos capacidade para ultrapassar a crise. Uma pessoa na vida nunca pode baixar os braços tem de se combater, quanto mais complicado é o problema mais realizado me sinto quando o resol-vo, é o sonho que nos faz continuar a ir para a frente.

O trabalho é também desempenhado em Portugal com o mesmo envolvimen-to e embora acredite no país onde nas-

ceu e querendo continuar aí a investir, António Agostinho reconhece: “Portugal está a passar uma crise mais complicada que em França, já se arrasta há muitos anos e está um bocado assustador, está numa situação debilitada, mas continuo a acreditar, temos obras importantes em Portugal, estamos agora a fazer a cons-trução do metro que vai da Estação do Oriente até ao aeroporto, estamos tam-bém na maior obra do Algarve que é uma extensão da Quinta Vale do Lobo, temos lá trabalho para alguns anos, são

Começava o ano de 1959 quando na freguesia de

Delgada concelho de Bombarral nascia

António José Agostinho; foram os pais a trazê-lo para França em Agosto

de 1965 onde fez toda a escolaridade.

Profissionalmente é o PDG da Inter Service Pompes

e nos tempos livres pratica o desporto automóvel.

A actividade da empresa que hoje dirige foi iniciada

por seu pai que com espirito aberto, não

limitou a trabalhar só em França, Portugal e Itália

foram os países para o iní-cio da internacionalização.

O Grupo cresceu e está já instalado na Suíça, Luxemburgo e

Bélgica. É na Itália, concretamente na cidade

de Bolonha que está instalada a fábrica onde os camiões são transfor-

mados, para a função final que é a bombagem de

betão. O grupo é constituído por 24

empresas onde trabalham cerca de 930 pessoas, 100

das quais na região de Paris.

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moradias e apartamentos de luxo. Con-corremos e ganhámos toda a prestação de serviços de bombagem de betão.”

Em França quais são os seus poten-ciais clientes?

Trabalhamos mais com grupos impor-tantes de construção. Estamos bem equipados, acompanhamos a evolução, adquirimos toda a tecnologia que nos ajude a trabalhar mais e melhor. Na Eu-ropa somos os primeiros a ser certifica-dos a nível de formação e segurança de trabalho. A partir do momento que so-mos lideres do mercado temos de estar à frente de tudo, em todos os níveis e por isso nos escolhem.

África, China e América do Sul, nome-adamente o Brasil, são mercados a conquistar?

Não estamos muito interessados, estive há pouco em Angola e concluí que não é um país onde possamos ter um trabalho duradouro, não é estável o suficiente para mim; a instabilidade do país não nos per-mite ir para lá com máquinas do valor das nossas. Uma máquina pode ir de 400.000 euros até um milhão de euros, estarmos a fazer um trabalho num país sem seguran-ça, para onde teriamos 20 ou 30 máquinas é um risco muito grande, enviar material

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velho não faz parte da nossa filosofia, to-dos os trabalhos que desenvolvemos foi sempre com material novo.

De todos os países que conhece onde se sente em casa?

Nesse sentido considero-me um homem muito feliz, tenho três pátrias onde me sinto mesmo bem: a Portugal vou todos os meses, nasci lá e é onde tenho as mi-nhas raízes, em França porque foi cá que fiz a minha vida e onde tenho muitos amigos e sinto-me bem na Itália porque é um país que eu adoro, gosto muito da mentalidade. Até gastronomicamente os três países me preenchem, em Por-tugal delicio-me com os vários pratos de bacalhau, em Itália a nossa empresa está instalada em Bolonha a capital da

massa, assim tenho o privilégio de co-mer excelentes massas onde há cozinha tradicional e em França a fama da gas-tronomia francesa fala só por si.

Viajando para os vários países como concilia a vida familiar com a profis-sional?

Tenho a sorte de ter uma esposa muito compreensiva e a de ter os meus dois filhos a trabalharem comigo. Sinto-me feliz por eles darem continuidade ao tra-balho, estamos juntos também no lazer, sempre que podemos corremos juntos. Aguardo que eles me ultrapassem nas duas situações, porque quer dizer que sou bom professor, quando o aluno ul-trapassa o professor é porque o profes-sor é bom.

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Portugalidade, solidariedade

e amizade

Sabe qual a origem da escolha do nome “Academia do Bacalhau”?

A Academia como congrega um grupo de fiéis amigos nada melhor que lhe dar o nome de BACALHAU, conhecido por fiel amigo, porque estava presente na mesa dos pobres e nos liga de certo modo a Portugal. O bacalhau é uma palavra-chave para que haja uma interligação entre os portugueses, no mundo inteiro.

Pode esclarecer o que são realmente as Academias do Bacalhau?

Desde o início da fundação da nossa Academia do Ba-calhau de Paris, há 12 anos, pen-so que é primor-

dial dar a

David Monteiro, é o jovem Presidente da Academia do Bacalhau de Paris eleito a 14 de Janeiro de 2010. Com esta posse herdou

da Direcção anterior a organização do Congresso Mundial anual.O tempo afigurou-se-lhe escasso para o trabalho que tinha pela fr-

ente, apenas seis meses, mas rodeado de elementos da Direcção o evento que terá lugar a 8, 9 e 10 de Outubro vai realizar-se

como previsto e como descrito no sitio internet seguinte: www.bacalhau.fr

Das 52 Academias que existem pelo mundo, uma delas organiza cada ano o Congresso Internacional sempre num continente diferente.

Este ano, é a vez de Paris, para o ano será no Brasil e no ano seguinte em Moçambique.

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conhecer o que são as nossas instituições e o papel que têm desempenhado.É pois necessário conhecer a origem des-te movimento mundial, fundado há qua-tro décadas (1968) em Joanesburgo na Africa do Sul, e que hoje conta com mais de 50 Academias espalhadas pelos cinco Continentes. É nomeadamente necessário conhecer as razões do seu aparecimento, os seus símbolos e as suas normas, como e porquê se difundiu por todo o Mundo e por que razão o próprio Governo Por-tuguês lhe atribui grande importância na Comunidade Portuguesa e, por último, por que razões se realiza anualmente um Con-gresso Mundial.

Quais as expectativas para o Congres-so 2010?

As expectativas são as melhores. Devido à frequência anual dos Congressos Interna-cionais e ao número importante de Aca-demias, a oportunidade para a Academia de Paris organizar de novo o evento, será só daqui a 10 ou 15 anos, por esse motivo temos que aproveitar bem esta oportuni-dade e fazer o nosso melhor. Tive a oportunidade o ano passado, de assistir ao Congresso organizado na África do Sul, e temos visitado outras Academias nomeadamente as de Lisboa, Estoril, Porto e Luxemburgo. Brevemente, está previsto alguns Compadres irem à de Nova York, e de Porto Santo na Madeira, a expensas próprias, no âmbito de promover o Con-gresso 2010.

Pelo contacto que tive com os compadres, compreendi que normalmente é preciso um mínimo de um ano e meio, para tratar de toda a logística; nós tratámo-la em seis meses, o que é muito pouco. A direcção anterior, da qual eu já fazia parte, demi-tiu-se por razões profissionais. O anterior Presidente, Luís Malta, atingiu a altura da reforma e do regresso a Portugal, deixan-do por isso de ter disponibilidade para

permanecer em França. Para substituir a Direcção da Academia, estavam previstas várias listas de candidatos, mas finalmen-te, só a que eu encabeçava se apresentou. Decidimos então alargar ao máximo o seu número de elementos de direcção e fomos eleitos por unanimidade. Apesar de tão pouco tempo, podemos organizar o Con-gresso.

Devia ser a antiga direcção a organizar o Congresso e só depois se demitir?

Como disse, a demissão foi devida a pro-blemas particulares; eu apoiava o Luís Malta a ir até ao fim, já tínhamos traba-lhado juntos e era mais confortável, mas aconteceu o contrário e eu só quero que o Congresso se realize. Depois, vamos expor ideias; eu sou pela integração e pelo trabalho de grupo, não digo que faço melhor que os outros, não estamos aqui para fazer uma revolução, consulta-rei os sócios fundadores. Se a modifica-

ção for mal interpretada, estamos pron-tos para desmistificar.

Tem sido fácil com o seu espírito jovem incutir nos compadres mais velhos as suas directrizes?

A Academia, como outras organizações do género, tem que ter em conta a experiên-cia de alguns, neste caso os fundadores da Academia de Paris.É muito importante contabilizar os co-nhecimentos dessas pessoas, a dinâmica, as experiências, o trabalho colectivo, cuja partilha é de grande importância e positi-va se a conjugarmos com a da juventude.A maioria dos meus amigos é composta de gente com mais idade do que eu.

Tem tido apoio a esta nova responsa-bilidade?

A minha família apoia-me moralmente, os amigos também e os elementos da nova Direcção implicaram-se e ajudam-me se-gundo as suas disponibilidades profissio-nais. Mas o que é importante é o objectivo final, e esse é atingido com o esforço do colectivo.

Qual é a programação?O Congresso decorre em 3 dias, o que não impede algumas Academias terem um programa mais alargado, como é o caso da Academia da Venezuela representada por 150 pessoas com um circuito organizado por eles; visitarão o sul de França, Bordéus, os Castelos da Loire, a região de Champagne, vêm a Paris e depois terminam em Portugal.

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O programa do Congresso começa da se-guinte forma:- Está prevista na sexta feira dia 8, uma re-cepção e um passeio de 2h30, no maior barco que cruza o rio Sena, onde será ser-vido um jantar, com ambiente musical;- Sábado 9, alugámos a Sala Wagram, sala histórica e prestigiosa muito bem situada (perto dos Campos Elíseos), onde se pode receber até 700 pessoas, o que é o ide-al para os trabalhos da Assembleia Geral Anual, que deverá ter início no segundo dia; seguir-se-á um almoço, onde estarão presentes os compadres e comadres (o local do almoço será divulgado nos pró-ximos dias. A tarde do dia 9, ficará livre se não houver necessidade de prolongar os trabalhos; estávamos a prever de início, que este dia fosse passado na Câmara de Paris, mas como é um local muito adminis-trativo e burocrático, a resposta demoraria e o tempo aqui é importante. Os compa-dres podem regressar ao hotel, onde mais tarde os iremos buscar para o jantar de Gala, que terá lugar na Sala Wagram, onde haverá uma animação musical, com músi-ca portuguesa, francesa e talvez estrangei-ra. Prevemos leilões, tômbola e uma expo-sição de obras de artistas portugueses. Neste jantar, gostaríamos de contar com a presença do Presidente da República Por-tuguesa, do Primeiro-Ministro Português, do Presidente da Comissão Europeia, do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, do Sr. Embaixador de Portu-gal em França, do Sr. Cônsul de Portugal em Paris e de alguns deputados da Assem-

bleia da República e da Nato (OTAN).- Domingo 10 de Outubro, está prevista uma recepção na Embaixada de Portugal (com o apoio do Sr. Embaixador de Portugal e do Dr. Victor Gil), onde será recordada a come-moração do Centenário da Implantação da República, no 5 de Outubro de 1910. Na segunda-feira dia 11, para os compa-dres que ainda estiverem em Paris e que quiserem, estamos a pensar prolongar o passeio até Bruxelas onde se prepara uma nova Academia, cuja Direcção está a ser estruturada; aguardamos somente algu-mas respostas. Se até lá, a boa organização se mantiver, faremos na quarta feira 13 de Outubro à noite, o jantar de Oficialização da Academia do Bacalhau de Bruxelas.

Qual é a participação monetária de cada um dos compadres?

Não esquecendo à crise que atingiu todos os países e o facto de certos compadres que vêm de países longínquos, já estão sobrecarregados com o preço da viagem, tentamos reduzir os custos sem pôr a ABP em dificuldades; foi decidido então que a participação individual é de 350 € (para o casal, de 600 €) para os três dias em Paris. Para este evento temos alguns parceiros oficiais, a quem foi preciso explicar o que é a Academia, a que se propõe e o retorno que poderão ter.

Depois do Congresso quais são as ini-ciativas no imediato?

Queremos organizar eventos culturais, turísticos e lúdicos que sejam agradáveis para angariar fundos para beneficência;

pensamos organizar passeios em França ou fora, como fizemos recentemente no Douro e que correu muito bem. A Acade-mia do Bacalhau de Paris tem tido uma li-nha de conduta que iremos manter, com um número de Compadres humanistas de qualidade sempre aumentando.Para fazer parte da Academia tem que se assistir a três jantares seguidos, ou cinco alternados, depois de em consenso ser sido aceite como compadre, e pagar uma quota anual de € 50. Estamos a pensar também, ao exemplo do que se faz noutras Academias, termos comadres de pleno direito que também pagam a sua quota e têm direito a voto e a estarem presentes nos jantares mensais.A Academia do Bacalhau quer criar e forta-lecer os laços existentes.

Há três palavras-chave na Academia: Portugalidade, Solidariedade e Ami-zade.

O que pretendemos é que todos os ele-mentos da Academia transmitam duma certa forma filantrópica essa amizade e através da angariação de fundos para a solidariedade social, ponham em relevo os valores de Portugal e das suas Comunida-des Portuguesas.Uma forma de “estar na vida”, que é sobre-tudo uma forma de “ser”.

O que é que o realizaria mais enquan-to Presidente?

Queremos ter acções concretas na Diáspo-ra Portuguesa da Região Parisiense, impli-cando Franceses. Gostaria pessoalmente de ver um dia uma Casa de Portugal em Paris. Penso eu, que seria interessante ver associações com uma certa representação, juntarem-se com o objectivo de conseguir manter o antigo Consulado de Nogent-sur-Marne, como Património da Comuni-dade Portuguesa em França, para evitar que seja vendido a entidades alheias. Seria benéfico para a comunidade portuguesa residente em França.

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12º aniversário da Academia do Bacalhau de Paris

O último jantar da ABP antes do Congresso coincidiu

com a comemoração do 12º aniversário da Academia.

O casal Moreira do Restaurante A Ponte recebeu os Compadres que desta vez se fizeram acom-

panhar pelas esposas.

Ao Compadre João Heitor, solicitámos que nos definis-se o nome da associação e o que espera do Congresso que se aproxima:Academia do Bacalhau a definição é simples, o bacalhau é o fiel amigo e aqui somos todos amigos e também de quem pre-cisa do nosso contributo, nas várias Academias do Bacalhau enaltecemos a solidariedade, a amizade e fraternidade, a finalidade destes jantares para além do convívio é sabermos que os fundos conseguidos são direccionados para uma causa nobre, pode ser a oferta duma ambulância a uma al-deia no interior de Portugal, uma bolsa de estudo a um estudante que não poderá prosseguir os estudos ou outro destino.Quanto ao Congresso, virem pessoas de vários horizontes, de vá-rias culturas, todos com uma coisa em comum que é o trabalho, tudo o que vier que venha por bem; a reunião nesta linda cidade da luz é óptima ideia, o que desejo é que seja a luz para toda a comunidade e todo o Portugal , a particularidade das Academias é levar Portugal aos cinco continentes.

O Compadre Luis Gonçalves fez um pequeno depoimento:Este vai ser um bom jantar, está muita gente e estou feliz pelo aniversário que hoje se comemora. Quanto ao Congresso o meu maior desejo é que nas outras Academias se venha a falar pela positiva da organização.Eu sou um compadre tranquilo da Academia, a renovação fui eu que a lancei há uns anos estando portanto de acor-

João Heitor Luis Gonçalves e mulher do, custa-me é ver às vezes certas atitudes. Esta direcção é jovem, a an-terior não tinha as estrutu-ras que esta tem, um Presi-dente é de todos e o espiríto da Academia é o de traba-lharmos em conjunto para a mesma causa. Não fui convi-dado para esta Direcção mas estou sempre disposto para ajudar, mesmo com alguns desentendimentos sinto-me integrado, tenho boas rela-

ções com os Compadres, o que eu gosto sobretudo é viver e conviver.

Manuel Moreira e David Monteiro

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Cultura e mecenato de mãos dadas“Tudo o que acontece sob jurisdição do Con-sulado passa por mim, aos eventos culturais seja qual for a natureza, o Consulado abre as portas, exposições, representações de teatro, fotografia, vários tipos de artes plásticas, tentamos que seja um encontro da comuni-dade, o que queremos é que as pessoas que passam aqui, em média são 700 utentes por dia, possam ver exposições, trabalhos feitos por artistas da comunidade ou por artistas residentes em Portugal ou por artistas fran-ceses, por exemplo no próximo semestre temos um olhar francês sobre a realidade portuguesa, é um fotógrafo francês que se dedicou a fotografar Portugal de norte a sul, a exposição vai ter fundamentalmente fotografias do norte já que a comunidade portuguesa é maioritariamente do norte” esclareceu Ana Nave.

Como comunicam ao grande público o que vai acontecendo?

Como referi são em média 700 pessoas que frequentam o Consulado e que ao assisti-

rem às mostras que fazemos transmitem a amigos e familiares, os media que cir-culam na comunidade também são um dos meios importantes de informação e assim vêm explicitamente para ver a exposição ou assistir ao espectáculo o que queremos é aproveitar a vinda das pessoas ao Consulado para poderem ver o que se vai fazendo na comunidade., o Consulado é um local de comunicação e de abertura., fazemos uma divulgação alargada a favor da comunidade e para comunidade.

Ao escolher os temas baseia-se nas preferências do grande público?

Há temas que são mais apelativos e que interessam mais que outros, tentamos alargar, não quer dizer que não façamos conhecer temas que aparentemente são menos receptivos mas que ao se depara-rem até gostam.

Ana Nave é a responsável pelo serviço cultural no Consulado Geral de Portugal em Paris, função que desempenha há cerca de um ano e meio.

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Sobre o Fado fizemos uma exposição e aproveitando o tema organizamos uma noite de Fado; o ano passado em Dezem-bro e depois repetimos em Janeiro, fize-mos uma pequena intervenção: as pesso-as estavam na sala de espera e de repente começava a acontecer uma peça de teatro bilingue, a peça tinha a duração de 5/10 minutos em que a pessoa é surpreendida e tem contacto com um momento cultural.

A receptividade tem sido positiva?Sim, os utentes gostam, tenho a preocu-pação de os questionar, o que tentamos é por o Consulado ao serviço da comunida-de na perspectiva cultural, fazemos uma programação cultural de modo a fidelizar o público, as pessoas já sabem que aqui no Consulado acontecem exposições, que há teatro.

Como são decididas as várias mos-tras?

Recebo as propostas, fazemos uma reu-nião com o Cônsul-Geral, analisamos o projecto e decidimos. No dia da música tivemos um cantor brasileiro alargamos as iniciativas à lusofonia, para o ano gostáva-mos de comemorar o dia com uma sema-na lusófona.

CONCURSO DE FOTOGRAFIA DO CONSULADO GERAL DE PORTUGAL EM PARIS “Dupla Pertença” é o tema da primeira edição do concurso de fotografia organizado pelo Consulado Geral de Portugal em Paris e destinado a fotógrafos amadores. Serão premiados os três melhores traba-lhos, escolhidos por um júri especialmente cons-tituído para o efeito. Esta iniciativa, realizada com o apoio do Banco Espírito Santo, procura salientar através da fotografia, essa relação entre Portugal e a França, amplamente vivida pelos portugueses residentes no estrangeiro.As candidaturas estão abertas até às 20h00 de 15 de Outubro de 2010. Os trabalhos devem ser enviados para o endereço electrónico [email protected]. Cada concorrente poderá enviar um máximo de 3 fotografias a cores ou a preto e branco. O regulamento do concurso está disponível na página de internet do Consulado www.consuladoportugalparis.com Serão seleccionadas vinte e cinco fotografias para uma exposição nas instalações do Con-sulado. Os vencedores serão anunciados durante a cerimónia que irá marcar a abertura da mostra fotográfica.

Que outras manifestações o Consula-do tem levado até à comunidade?

A programação tem de ser equilibrada, houve teatro, fotografia, escultura, cerâmi-ca, mesas redondas, pintura. Organizamos um calendário cultural para todo o ano, temos no entanto de deixar alguns espa-ços para o que aparece expontâneamente,

como mesas redondas, o lançamento do livro tudo tem de ser encaixado, temos uma programação anual mas não somos inflexíveis, no primeiro semestre deste ano tivemos uma exposição cujos lucros foram a favor das vítimas das cheias da Madeira, surgiu sem estar programada e quisemos encaixá-la.

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Fizemos um recital de poesia no semestre passado com a presença do poeta Nuno Júdice que foi evocativo do centenário da República e agora durante a semana de 4 a 8 de Outubro vamos ter uma exposição que feita de propósito para comemorar o 5 de Outubro, organizada pelo Instituto Ca-mões e pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas que convidaram 10 ilustradores portugueses a trabalhar 10 temas a partir de textos de autores contemporâneos.

O que gostava de realizar e que ainda não foi possivel fazer?

Gostavamos de fazer aqui exposições passíveis de itinerância, ainda não con-seguimos reunir condições, têm que ter caracteristicas especificas, temos que ter a certeza que podem circular pelas asso-ciações, estamos a trabalhar nesse sen-tido. Tivemos agora um contacto com o Instituto Camões, recebemos seis exposi-ções de Lisboa que eventualmente serão expostas também nalgumas associações que têm valor e que são muito importan-

Concurso de fotografia do Consulado Geral em Paris com o apoio do Banco Espírito Santo (BES)Edição de 2010

Regulamento1. ObjectivoO presente concurso de fotografia é uma iniciativa regular do Consulado Geral de Portugal em Paris, realizada com o apoio do BES no âmbito da sua política de mecenatoe apoio à fotografia, e que visa promover, através da expressão fotográfica, a criatividade e a reflexão social em torno da comunidade portuguesa em França.

2. TemaO concurso de 2010 será subordinado ao tema “Dupla pertença/Double appartenance”, ou seja, a pertença simultânea a dois territórios geográficos, sociais, culturais e afectivos distintos que são o país de origem (Portugal) e o país de acolhimen-to (França). Pretende-se que os trabalhos fotográficos apresentados a concurso reflictam, de forma clara e expressiva, essa dualidade vivencial que marca, tanto em território francês como português, o espaço físico e a geografia sentimental da comunidade portuguesa e lusodescendente em França.

3. Condições de participação3.1. O concurso é aberto a fotógrafos amadores.3.2. Os concorrentes poderão candidatar-se individualmente ou em grupo.3.3. É vedada a participação aos membros do júri e aos funcionários do Consulado Geral em Paris.

4. Envio das fotografias4.1. O prazo para apresentação de candidaturas termina às 20h00 do dia 15 de Outubro de 2010 (sexta-feira).4.2. Cada concorrente (individual ou colectivo) poderá enviar por email, para oendereço de correio electrónico do Consula-do Geral ( [email protected] ), até ummáximo de 3 fotografias (a cores e/ou a preto e branco). Cada imagem que servirá apenas para visualização e avaliação não poderá exceder os 300 Kb, podendo o Consulado Geral solicitar posteriormente, a todo o momento, o envio das imagens em alta qualidade. O concorrente poderá atribuir um título às fotografias.4.3. No corpo do email enviado deverá constar o nome, a morada e o contacto telefónico do concorrente.4.4. Não poderão ser submetidas a concurso fotografias cujos direitos de autor não pertençam integralmente e sem excep-ção ao participante ou se encontrem consignados, mesmo que temporariamente, a terceiros. Ao participar no presente concurso, cada concorrente cede gentilmente o direito de reprodução das suas obras para publicação ereprodução nos materiais de comunicação e outros suportes de promoção, produzidos e difundidos pela organização e/ou respectivos parceiros.4.5. Não serão aceites fotografias que tenham sido premiadas noutros concursos.

5. Júri5.1. Na presente edição, o Júri é constituído, por designação do Consulado geral e do BES, pelos três seguintes elementos:a) Luís Ribeiro Soares, fotógrafo profissional;b) Paulo Dentinho, correspondente da RTP em Paris;c) Artur Silva, jornalista da Rádio Alfa de Paris.5.2. O Júri verificará a conformidade formal dos trabalhos, apreciará a qualidade técnica, artística e documental das fotogra-fias e atribuirá os prémios estabelecidos.5.3. Das decisões do Júri, tomadas por unanimidade ou maioria, não caberá recurso.

6. Prémios6.1. O Consulado Geral e o BES atribuem os seguintes prémios, em material fotográfico, às três melhores fotografias:1º prémio - Scanner profissional Epson Perfection V700 Photo;2º prémio - Máquina fotográfica Canon G11;3º prémio - Trépied Manfrotto 190X (com rótula).6.2. O Júri poderá atribuir uma Menção Honrosa (sem correspondência pecuniária) a trabalhos que, por unanimidade, sejam considerados merecedores dessa distinção.6.3. O Júri reserva-se ainda o direito de não atribuir algum dos prémios previstos neste regulamento, por razões relacionadas com os critérios de apreciação e selecção dos trabalhos a concurso.6.4. Os prémios serão entregues em cerimónia a realizar no dia 5 de Novembro no Consulado Geral em Paris.

7. Divulgação dos resultados7.1. Os resultados serão divulgados através dos competentes órgãos de comunicação social e da página oficial do Consula-do Geral ( www.consuladoportugalparis.pcom ).7.2. Apenas os autores das três fotografias premiadas serão obrigatoriamente notificadosdos resultados.

8. ExposiçãoDe entre as fotografias apresentadas a concurso, o júri seleccionará as 25 que serãoobjecto de exposição a realizar nas instalações do Consulado Geral em Paris, de 5 a 19de Novembro de 2010.

9. Disposições finais9.1. A participação dos concorrentes implica a aceitação sem reservas de todas as disposições deste regulamento, cujo não cumprimento conduzirá à nulidade do acto de participação.9.2. Os casos omissos no presente regulamento serão resolvidos pelo Júri.

...”Tivemos agora um contacto com o Instituto Camões, recebemos seis exposições de Lisboa que eventualmente serão ex-postas também nalgumas associações que têm valor e que são muito importantes para a comunidade.”

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tes para a comunidade. As associações não têm intuito de produzir o cultural mas exis-te uma preocupação nesse sentido, a co-munidade portuguesa residente aqui pode desenvolver um trabalho muito interessan-te, fazer com que as pessoas se encontrem já é um grande trabalho.

Tem algum desafio para os membros da comunidade?

Isto é uma estrada com dois sentidos para além de as pessoas virem cá também gos-távamos que participassem, pretendemos ser uma montra também para os artistas da comunidade, convido-os a virem expor, cantar, representar ou franceses que de algum modo tenham obras com ligação a Portugal. No semestre passado lançámos um concurso de fotografia com o título Du-pla Pertença e pretendemos que os portu-gueses aqui em França nos mostrem sinais da nossa portugalidade, as associações, o folclore são sinais de Portugal e dos portu-gueses, tragam-nos fotografias que podem ser de emigrantes em Portugal, as pessoas da comunidade pertencem cá e lá; o envio dos trabalhos termina a 15 de Outubro, foi constituído um júri para apreciar os traba-lhos; em Novembro vai haver uma cerimó-nia, vão ser seleccionadas as 25 melhores fotos, serão anunciados os vencedores, os três primeiros têm direito a um prémio, ma-terial fotográfico de qualidade, para ama-

dores. Esta ideia nasceu para que as pesso-as se sintam mais próximas do Consulado.

Essa iniciativa tem o apoio de alguma entidade?

O Banco Espirito Santo é o mecenas da fotografia e contamos com o apoio des-sa instituição bancária neste concurso. A banca é um mecenas da cultura, gostáva-mos de alargar o mecenato às empresas que terão os seus benefícios em função da lei que protege os mecenas.

Que mensagem quer deixar aos leito-res da Lusopress Magazine?

Venham ao Consulado, acompanhem o esforço cultural, participem no concurso fotográfico, sentimos que se assim for, vale a pena.

Muito importante é haver mecenas, às vezes uma quantia irrisória é o suficien-te para apoiar um pintor, um escultor ou outro artista que sem esse apoio não será possivel participar.

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AMILCAR SANCHES ....................... CRITICO MUSICAL ................................. FRANGELO DA SILVA .......................... ALFYMA .................................................. FRANTÓNIA GONÇALVES .................. CANELAS ................................................ FRANTÓNIO BAPTISTA ...................... PROFESSOR ............................................USANTÓNIO FERNANDES .................. ARGONET................................................ FRANTÓNIO SEABRA ......................... GRUPO SEABRA .....................................USARMANDO FONTOURA ................. SHERIFF ...................................................USARMANDO LOPES .......................... RÁDIO ALFA ........................................... FRARMANDO RIO ............................... RIO CREDITS ........................................... FRAUGUSTO AMADOR ...................... VEREADOR .............................................USCARLOS DOMINGOS ...................... TCDC ........................................................ FRCARLOS FERREIRA ......................... CFM .......................................................... FRCARLOS VINHAS ............................. CCIFP ....................................................... FRDIAMANTINO MARTO ................... MARTO .................................................... FRELISABETH DOS REIS ..................... SCHOOL TIME ........................................ FREMANUEL LOPES ............................ MERVEILLES ........................................... FRFERNANDO AFONSO ..................... KSM .......................................................... FRFERNANDO COSTA ........................ EURELEC ................................................ FRFERNANDO CRESPO ...................... SOC. FERNAND POSE............................ FRFERNANDO LOPES ......................... SFB ........................................................... FRJOÃO BRAZ...................................... CBO .......................................................... FRJOÃO HEITOR .................................. EDITOR .................................................... FRJOAQUIM BAPTISTA ...................... PEDRA ALTA ........................................... FRJOAQUIM CASIMIRO...................... POWER CONCRETE ...............................USJOAQUIM MACHADO .................... ELMO ....................................................... FRJORGE PINHO ................................. APRM ....................................................... FRJORGE TEIXEIRA ............................. LE PORTUGAL SAVEURS ...................... FR

AS PRIMEIRAS PERSONALIDADES DAS 100 A NOMEAR PARA A OBRA

“PORTUGUESES DE VALOR”JOSÉ AGOSTINHO ......................... ISP ............................................................ FRJOSÉ CORREIA ................................ J´OCEANE ............................................... FR JOSÉ LOPES ..................................... SCP ........................................................... FRJOSÉ MAFRA ................................... DELTA ...................................................... FRJOSÉ OLIVEIRA ............................... SPAP ........................................................ FRJOSÉ STUART .................................. STUART DIFFUSION ............................. FRLUÍS PIRES ....................................... ESCRITOR ................................................USMADALENA SÁ DA BANDEIRA ..... BES ........................................................... FRMANUEL CASTRO........................... ATLANTICO ............................................. FRMANUEL FARIA ............................... CALYPSO ................................................. FRMANUEL DA SILVA ......................... SBNI ......................................................... FRMANUEL SILVA REIS ....................... RCV .......................................................... PTMARCO OLIVEIRA........................... LUSITANOS ST MAUR............................ FRMARIA DO CÉU GONÇALVES ....... AGRIBÉRIA .............................................. FRMÁRIO CASTILHO ......................... APCS ........................................................ FR MICHAEL MARTINS ........................ ILHA TROPICAL ...................................... FRMOISÉS MACHADO ....................... MÉDICO ................................................... FRPAULO MATOS ................................ PM CONSTRUCTION .............................USPAULO MARQUES........................... CIVICA ..................................................... FRPAULO DENTINHO ......................... JORNALISTA ........................................... FRRAMIRO FERNANDES .................... MENILMONTANT ......................... FRROGÉRIO VIEIRA ............................. NAPOLEON ................................... FRRUI NABEIRO ................................... DELTA ............................................ PTULRICH AMADO ............................. DESPORTISTA .............................. FRVICTOR GIL ..................................... CONSELHEIRO ASS. SOCIAIS ............... FRVICTOR MARIANO .......................... ETS MARIANO ............................... FR

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Positivando a vida

Carlos Fernando da Silva Ferreira natural de Leiria, nasceu no ano

de 1965.

Em Fevereiro de 1970 veio para França onde fez toda a escolaridade; Carlos Ferreira pensava prosseguir os estudos para ser piloto profissio-nal mas a candidatura a uma bolsa foi recusada pelo Estado francês, a aviação perdeu um piloto mas França ganhou um empresário na área dos materiais de construção, que mantém ainda o sonho.

“Penso ainda conseguir realizar o meu sonho e tirar o brevet, não para já, neste momento estou ocupa-do com os meus clientes, privilegio-os , tenho uma preocupação constante, sou rigoroso e gosto de os receber como gostaria de ser recebido, a ordem e a higiene são fundamentais, se queremos receber as pessoas, para se sentirem bem temos de criar condições; aqui a empresa tem de estar impecável quer no interior quer no exterior, a imagem vale muito” afirmou Carlos Ferreira.

Os materiais que comercializa compra-os onde?

Os materiais básicos é complicado comprar fora, nomeadamente em Portugal porque é material pesado e o transporte encarece, estou a iniciar uma nova actividade com uma empresa criada antes das férias para a comercialização de pro-dutos com requinte, só materiais importados de Portugal, com linhas modernas (pedras, madeira,

inox), porque por vezes aqui pensam que só se encontram materiais de construção de qualidade em Espanha ou Itália, e eu estou a fazer conhecer que em Portugal também existem.

Veio com 5 anos mas a portugalidade está bem patente.Em Portugal sinto-me bem, aqui tenho o bem-estar, os amigos e a família, estou re-partido entre os dois países , ou seja a minha vida activa tem de ser cá mas a minha vida recreativa e de descanso é lá, a portugalidade e os valores foram-me trans-mitidos pelos meus pais e hoje tento fazer o mesmo com os meus filhos; em casa falamos português com eles, é uma riqueza podermos comunicar em duas línguas, o ideal e devido à globalização é falar pelo menos três idiomas. A portugalidade também é transmitida através das nossas acções, na educação, nos exemplos que lhes damos, dos amigos que nos rodeamos que nos dizem que os nossos filhos são b o n s cidadãos portugueses.

...”por vezes aqui pensam que só se encontram materiais de construção de qualidade em Espanha ou Itália, e eu estou a fazer conhecer que em Portugal também existem”.

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entrevistaRicky e os Guitar Express

No seu círculo de amizade tam-bém estão incluídos franceses.Relaciono-me do mesmo modo com franceses e portugueses, dois povos e duas culturas dife-rentes mas quando se criam la-ços de amizade as fronteiras não existem.

Como encarou e resolveu as contrariedades que lhe apa-receram ao longo da vida?

Todos os problemas têm solu-ção, temos de positivar, os per-calços que me foram aconte-cendo serviram para aprender e não repetir os mesmos erros, em primeiro lugar para mim está a família e se eu errar é ela que é prejudicada hipótese que não posso colocar porque é da minha família que ao longo da vida tenho recebido o apoio e a força para continuar a lutar e sem ela não seria o homem que sou, é a minha base , o meu apoio, a famí-lia é fundamental .

Quando visita Portugal como encontra o estado de espírito das pessoas?

Há no entanto uma insatisfação generalizada mas nunca se viveu tão bem como agora, as pessoas estão sempre a reclamar, faz par-te da qualidade humana, quanto mais temos mais queremos.

Tem um horário intenso de trabalho, dedica-se à família, sobra-lhe tempo para despor-to ou outro hobby?O tempo realmente é curto, mas pratico golfe e gosto muito de viajar. O golfe é um desporto que nos põe modestos, quanto mais jogamos mais tomamos consciência que temos muito a aprender, e também é óptimo para aliviar o stress, esquece-mo-nos de tudo; as viagens abrem-nos os horizontes.Com uma boa organização do meu tempo ainda me dedico à Academia do Bacalhau de Paris, sou um compadre recente, só há dois anos é que comecei a ser levado por amigos, no prin-

cipio ia lá para partilhar tempo com os amigos agora estou-me a aperceber que temos uma missão para desenvolver .

Para levar a cabo a missão o que há a fazer no imediato?Há certos valores que para os manter temos de dar meios à asso-ciação , o que estamos a desenvolver é um trabalho forte , criar uns bons alicerces para quem vier depois de nós dar continuida-de. Sermos da mesma comunidade o que faz é comunicarmos mais depressa mas não torna as coisas mais simples quando nos deparamos com contrariedades.

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A primeira grande acção desta direcção é a organização do Congresso, como é que está a correr?

Um dos elementos da direcção perguntava-me: se as coisas corre-rem mal qual é o plano B? respondi que é igual ao plano A, vai correr tudo bem. A equipa é unida, trabalha com um envolvimento tão im-portante que pode tirar a objectividade mas estamos tão envolvidos que os problemas que possam aparecer serão resolvidos, a direcção eleita há pouco tempo, está embuída no espirito positivo.Estamos a trabalhar no curto prazo por causa do Congresso, mas a longo prazo, depois do Congresso gostava de partilhar momen-tos com os compadres mais antigos, muitas coisas terão de ser alteradas e melhoradas, tive a oportunidade de visitar várias Aca-demias, deixaram-me orgulho pela organização. Em França somos a maior comunidade portuguesa fora de Portu-gal e a Academia deve estar ao nível da grandiosidade da nossa comunidade, a seguir ao Congresso temos de nos por ao nível das maiores Academias, os compadres antigos devem estar connosco para continuarmos a ser unidos em prole duma causa: a benefi-ciência. A organização deste Congresso tem toda a Direcção em-penhada e também muitos compadres que mesmo não fazendo parte da Direcção têm contribuído com trabalho para que o mes-mo seja um sucesso.

Por que motivo é que as mulheres não podem fazer parte da Academia?

Esse é um dos pontos que eu quero propor numa próxima reu-nião, mudar o painel para compadres e comadres, temos mulhe-res na região de Paris que fazem falta à Academia e não estou a falar só de mulheres de compadres, há mulheres cujos maridos não são compadres e que deviam integrar a Academia.

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novo restaurante em Saint MaurO ambiente tropical do novo restaurante de Michael Martins leva-nos a um qualquer recanto do Brasil, uma esplanada com 80 lugares sentados, mais um salão onde se poderão sentar 120 pessoas e um local completamente independente preparado para 160 pessoas com condições de aluguer do espaço.

Atarefado para dar atenção aos muitos amigos que marcaram presença na inauguração, Michael explicou sucintamente o que pretende do novo espaço: “Eu e a minha esposa somos uma fusão, queremos demonstrar o que gostamos, eu um bocadinho de Portu-gal e ela um bocadinho do Brasil. Durante a semana o menú é quase exclusivamente português mas ao sábado haverá Rodizio à Brasilei-ra com cortadores profissionais e música brasileira. Esta casa era um

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restaurantes

bar e eu aproveitei o espaço que ela tem e os bons utensilios de tra-balho para a transformar na Ilha Tropical, o meu objectivo é sempre agradar ao cliente e prestar o bom serviço”.

Jessy Martins, profissional da restauração exemplar, disse:“O ambiente tropical foi sempre opção do Michael, eu argumentava que misturar as duas coisas podia não correr bem, até aqui tinha-mos falta de espaço e era dificil coordenar os dois ambientes, agora como o temos vamos aproveitar, acho que vai funcionar. Estamos abertos a críticas para melhorar, na nossa casa todos dão opinião e nós aproveitamos as boas. Queremos evoluir, quem sabe abrir um outro local mais tarde, uma casa tem de funcionar sem os patrões, nós tivemos uma boa formação.”

Bia e Joaquim Martins são os pais do jovem dinâmico e empre-endedor Michael Martins que com a sua esposa Jessy abriu um novo. O jovem casal conta com o apoio incondicional dos pais de Michael que orgulhosos do filho afirmaram à nossa reportagem:

Salão dos eventos

Michael e Jessy

O grupo musical que animou

Joaquim e Bia Martins,pais de Michael

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“Sinto-o muito motivado, é um desafio, o negócio que estava aqui instalado estava parado, é um desafio ainda maior. Eles estão prepa-rados para o trabalho que têm pela frente; o Michael teve formação para outra profissão mas é da restauração que ele gosta, os estudos são uma coisa e a vida real é outra, ele adaptou-se e é feliz” disse Joaquim Martins.

Bia Martins era a mãe, Michael ter realizado o sonho é para ela mais uma etapa ganha.“Conheço o Rio de Janeiro e poder aqui em França ter o mesmo am-biente agrada-me. Eles fizeram bem em apostar e investirem no Ilha Tropical.”

Jessy e a filha

Eliseu Fernandes comemorava o aniversário com a esposa Gaby e amigos

O famoso rodízio à brasileirarestaurantes

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RESTAURANTE NO LE BOURGET

MOTIVO RETIRADA

A FUNCIONAR EM PLENO

COM HABITAÇÃO

MAIS INFORMAÇÕES LIGUE 06 75 12 68 46

Foi neste cenário que foi encontrado e ma-terializado o conceito das Follies, gama de vinhos lançada pela empresa em 2006.

A gama Follies, composta por três vinhos brancos e dois tintos, integra conhecidas castas Portuguesas (por exemplo Alvari-

nho e Touriga Nacional) e Francesas (Char-donnay e Cabernet Sauvignon) que estão na origem de blends muito interessantes

Velhos documentos do século XVII fornecem a chave da sua história... A Aveleda é uma em-presa familiar que, há mais de três séculos, é dirigida por gerações da mesma família, cujo talento foi desde sempre devotado a produzir vinhos cuja qualidade tem sido amplamente reconhecida em Portugal e a nível internacional. Preservando até hoje o seu cariz familiar, a Aveleda evoluiu ao longo dos tempos combinando dedicação, tradição e inovação. Basta um breve passeio pela Quinta da Aveleda para perceber que aqui a qualidade e perfeição são algo de natural... algo que está presente nos mais pequenos detalhes da história da família Guedes que procura aplicá-las em tudo o que faz há mais de 300 anos.

produtos

VENDE-SE

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como é o caso do vinho Aveleda Follies Maria-Gomes/Chardonnay e do vinho Aveleda Follies Touriga Nacional/Caber-net Sauvignon.

Após várias vindimas de experimentação, a equipa de viticultura da Aveleda identi-ficou na Quinta da Aguieira (propriedade que a Aveleda detém na região da Bairra-da) uma parcela de vinha da casta Touriga Nacional com uvas de enorme concentra-ção e em excepcionais condições de ma-turação. A colheita desta parcela foi sepa-rada tendo sido efectuada uma vinificação independente.

Nasceu assim o Grande Follies tinto. A elegante complexidade de aromas deste vinho é caracterizada por intensas notas de cassis, chocolate e compota, inte-gradas com as de madeira e folha de tabaco.

Paralelamente ao lançamen-to do Grande Follies tinto, a Aveleda lançou também o Grande Follies branco, vi-nho que acaba de receber a Grande Medalha de Ouro no Concurso «Os Melhores

Vinhos da Bairrada» e de ser galardoado com 93 Pontos pela prestigiada revista americana Wine Enthusiast que o descre-veu como um «impressive wine».

Além da gama Follies, e dos restantes vinhos do seu portfolio (Casal Garcia branco e rosé, Aveleda Fonte, Quinta da Aveleda e o Charamba Douro, um dos vinhos mais premiados da Aveleda),a Aveleda produz também a aguardente Adega Velha.

Adega Velha Produzir uma grande aguardente como

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a Adega Velha, requer tempo, mas não só. É necessário muito mais. Para começar, as uvas de elevada qualidade são cuidadosa-mente seleccionadas nas vinhas da Quinta da Aveleda. O resultado é um vinho leve, equilibrado na acidez e na graduação alco-ólica. O vinho é posteriormente submetido a lentas e cuidadas destilações em alambi-que Charentais. A magnífica cor âmbar e a riqueza do bouquet, resultam de um longo repouso de 10 anos em cascos de carvalho da região de Limousin. A Adega Velha, que apresenta um bouquet complexo e har-monioso, é por muitos considerada uma das melhores Aguardentes de Portugal. A sua origem em uvas aromáticas e frescas com baixo grau alcoólico confere-lhe a suavidade, o aveludado e o complexo de aromas tão apreciado.

Apesar de ser a vinha e o vinho o ex-libris da empresa, a Aveleda produz, desde 1987, de forma tradicional dois tipos de queijo: Queijo Quinta da Aveleda amanteigado e Queijo Quinta da Aveleda curado.

Estes queijos são produzidos a partir do leite obtido na vacaria existente na Quinta desde o século XIX. A sua produção é limi-

tada e com amplo recurso a mão-de-obra de modo a garantir a obtenção de um pro-duto com uma elevada qualidade, com o mesmo sabor e textura que o produzido pelos nossos antepassados.Pelas suas características, os queijos Quin-ta da Aveleda podem ser apreciados em qualquer ocasião como no início de uma refeição, como aperitivo, ou no final da mesma, como sobremesa.

Os produtos da Aveleda são distribuídos em França pela empresa: Le Portugal des Saveurs Tel: [email protected]

Para mais informações, consulte o site www.aveleda.pt.

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Nelson Ritchie lança “Amanhã”

Biografia

Nelson Ritchie nasceu a 16 de Março de 1987 em Dourdan, uma pequena ci-dade a 50km de Paris (França), e desde muito cedo esteve próximo do meio musical, muito devido ao pai o produtor musical, José Antunes, e ao tio Tony Carreira.

Enquanto jovem, Nelson Ritchie descobre a sua paixão pela música ao tocar a viola baixo do seu pai, dos tempos em que este fazia parte de numa banda em Paris. Depois de 2 anos numa escola de música, onde aperfeiçoou as técnicas

de viola baixo, Nelson Ritchie começa a gravar as primeiras maquetas musicais no seu próprio computador.

Aos 18 anos, Nelson Ritchie muda-se para Portugal e começa a reali-zar o seu sonho ao gravar o primeiro trabalho discográfico, intitulado “Primeiro Sinal”, um álbum composto integralmente por temas origi-nais, com influências românticas, latinas e pop rock.

A repercussão nos media e público foi tão receptivel que Nelson Ri-tchie ganhou o primeiro prémio na categoria de “Artista Revelação 2008” da Rádio Romântica FM, entregue em Março de 2009.

Nelson Ritchie continua a escrever a sua história…

Contactos:Cristina SantosDyam Produções musicais [email protected] Tel. 927 510 099 / 212 977 885

“AMANHÔ é o nome do novo álbum de Nelson Ritchie,

que recentemente chegou ao mercado. Do alinhamento deste

novo trabalho fazem parte os temas ‘Amar é o segredo’

e ‘Amanhã sei que vais partir’, que chega agora às Rádios

Nacionais.Este trabalho de Nelson Ritchie

contou com a participação de novos compositores e

produtores reconhecidos no nosso panorama musical, como Tony Carreira, Ricardo Landum,

Ménito Ramos, Paulo Martins, M.Fredriksson e Niclas Lundin.

Seguindo a linha do primeiro álbum (“Primeiro Sinal”, editado

em 2008), Nelson Ritchie apresenta temas originais sendo

fiel à sua inspiração pop romântica com uma sonoridade

muito actual.

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passatempos

Sopa de Letras Descubra neste quadro e em todas as direcções (horizontal, vertical e diagonal) nome de vegetais.

AGRIÃOAIPOALFACEALHOBATATABERINGELABETERRABACEBOLACENOURACOENTRO

COGUMELOCOURGETECOUVEOREGÃOPEPINOPIMENTOPOEJORABANETESALSATOMATE

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CARNEIRO ( 21/3 a 20/4 )A não ser pelos relacionamen-tos, a energia fica menos densa neste período. As mudanças dão um tempo e você consegue definir mais concretamente alguns passos neces-sários. Estruturas começam a ser construídas. TOURO ( 21/4 a 20/5 )O amor continua sendo o foco de seus pensamentos e energias e isso não acontece à toa: há um movimento em direção à novas con-quistas e novos romances chegando até você. Trabalho intenso e exigente.

GÊMEOS (21/5 a 20/6 )Nesta fase você pode começar a sentir algumas dificuldades com seu amor. Procure entender que a sua forma de amar e mude o que for necessário. Seus sentimentos de rejeição estão muito aflorados. Não faça tempestade em copo d’água.

CARANGUEJO ( 21/6 a 20/7 )As dificuldades em sua vida familiar e doméstica ficam mais afloradas neste momento. Evite confrontos e brigas, pois não levarão a nada. Olhe mais para as suas necessi-dades emocionais, pois o amor bate novamente à sua porta.

LEÃO ( 21/7 a 22/8 )O mês está óptimo para exercer sua criatividade. O amor está mais forte dentro de você e al-

fluir e coloque um ponto final no que já não serve mais.

CAPRICÓRNIO( 22/12 a 20/1 )Carreira e vida pro-fissional exigem mais de você neste momento. Procure não se envolver em disputas e discussões, pois isso só prejudica-rá a sua imagem diante de superiores. Man-tenha-se focado.

AQUÁRIO ( 21/1 a 19/2 )Marte se aproxima de venus em escor-pião e se você for do primeiro decanato já começa a perce-ber os movimentos que se desenham em sua carreira e vida profissional. Tenha paciência e neste momento apenas observe.

PEIXES (20/2 a 20/3 )Nesta fase o passado volta a incomodar e brigar com seus pla-nos futuros. Amor e relacionamentos voltam a fazer parte de suas preocupações. Deixe a energia rolar solta, pois o Universo começa a desenhar um novo futuro para você.

SetembroOutubro 2010

gumas necessidades emocionais mais aflora-das. Vida familiar e doméstica em óptima fase.

VIRGEM (23/8 a 22/9 )A vida volta a funcionar de forma mais tranqüila, mas suas finanças devem ser olhadas com muito cuidado. Não se envolva em nenhum investi-mento de risco. nesta fase o melhor que você tem a fazer é não gastar além do necessário.

BALANÇA( 23/9 a 22/10 )Saturno volta a cobrar pos-turas e coloca você nova-mente em situações difíceis. Passado e futuro voltam a lutar por supremacia, mas em breve tudo ficará claro e você poderá tomar as decisões acertadas. Agora não faça nada.

ESCORPIÃO( 23/10 a 21/11 )Marte se aproxima de venus que transita por seu signo e se você for do primeiro decanato já começa a sentir essa ener-gia. Prepare seu coração, pois uma nova paixão se aproxima. Finanças em ótima fase.

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12 )Esta é uma fase de maior introspecção e você deve respeitar isso. Um amor do passado pode voltar a fazer parte de sua vida ou pensamentos. Deixe a energia

horóscopo

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73LUSOPRESS magazine | n.º 20 | Setembro/Outubro 2010

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