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PETI˙ˆO COM MAIS DE 30O P`GINAS DEMONSTRAM QUE CASAL DE ADVOGADOS MAQUIARAM AS DELA˙ES DA PECLIO E NIPOTI Foz do Iguau, 28 de Novembro a 4 de Dezembro de 2017 | Ediªo 222 | Ano V | R$ 3,00 Uma petiªo feita pelos advogados Rodrigo Duarte e Kaio Veloso pode provocar uma reviravolta no Processo da Operaªo Pecœlio. Os advogados entraram com pedido de nulidade de atos, incluindo cinco delaıes e o trancamentos do processo por suposto conluio de um casal de advogados que atuou em defesas antagnicas, o que Ø ilegal, segundo entendimento do STF, STJ e do TRF-4. PÆgina 16 Fozhabita gastou R$ 2,5 milhıes e nªo entregou nenhuma casa Delaıes "forjadas" atingiram ex-veradora Anice Gazzaoui PÆginas 9 e 10 PÆginas 3 a 10 SEGREDO DE JUSTI˙A

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Page 1: Fozhabita gastou R$ 2,5 milhıes e nªo entregou nenhuma casa · selo, criado pelo governo do Estado em 2014, só Ø en-tregue para quem cumpre uma sØrie de exigŒncias no ... bre

PETIÇÃO COM MAIS DE 30OPÁGINAS DEMONSTRAM QUE CASAL

DE ADVOGADOS MAQUIARAM ASDELAÇÕES DA PECÚLIO E NIPOTI

Foz do Iguaçu, 28 de Novembro a 4 de Dezembro de 2017 | Edição 222 | Ano V | R$ 3,00

Uma petição feita pelos advogados RodrigoDuarte e Kaio Veloso pode provocar umareviravolta no Processo da Operação Pecúlio.

Os advogados entraram com pedido denulidade de atos, incluindo cinco delações e otrancamentos do processo por supostoconluio de um casal de advogados que atuouem defesas antagônicas, o que é ilegal,segundo entendimento do STF, STJ e do TRF-4.

Página 16

Fozhabita gastou R$ 2,5 milhõese não entregou nenhuma casa

Delações "forjadas" atingiramex-veradora Anice Gazzaoui

Páginas 9 e 10

Páginas 3 a 10

SEGREDO DE JUSTIÇA

Page 2: Fozhabita gastou R$ 2,5 milhıes e nªo entregou nenhuma casa · selo, criado pelo governo do Estado em 2014, só Ø en-tregue para quem cumpre uma sØrie de exigŒncias no ... bre

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Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seusautores e não representam a opinião do jornal

É uma publicação da Editora A Fronteira do Oeste Ltda.CNPJ 04.640.198/0001-29 | Insc. Municipal 30125

Telefone (45) 3029-4999 - Foz do Iguaçu / [email protected]

Jornalismo sem censura

REDAÇÃO

Diretor: Enrique Alliana

Claudete Desbezel

Jornalista Responsável:Eduardo Alliana - MTb: 10700/Pr

COMERCIAL

Impressão: Grafinorte Gráfica

PRETO NO BRANCO

A área de Saúde de Foz do Iguaçu, realmente, vai demal a pior. É o que vai ser constatado no próximo dia 1ºde dezembro, quando o secretário estadual de Saúde,Michele Caputo Neto, estiver em Foz para entregar oselo de certificação de qualidade de atendimento aospostos de saúde dos municípios da 9ª Regional de Saú-de, considerados os melhores nessa área em 2017.

Pra se ter uma idéia da situação, basta dizer que oselo, criado pelo governo do Estado em 2014, só é en-tregue para quem cumpre uma série de exigências noâmbito da Atenção Primária de Saúde, mas a grandemaioria dos 27 postos de saúde de Foz do Iguaçu nãoteria atendido nem metade do que é necessário - os nú-meros são confidenciais.

A Secretaria de Saúde do Estado, ao criar esse selo,que pode ser de bronze, prata e ouro, de acordo com odesempenho de cada município, levou em consideraçãonão só a infra-estrutura dos postos, mas, principalmente,a qualidade dos serviços prestados pelos profissionaisdessas unidades básicas de saúde.

Vejam o que diz o secretário Caputo: "Obras e equi-pamentos são importantes, mas o que realmente faz adiferença é a equipe de saúde, que se dedica incansavel-mente para o bem estar das pessoas".

Mais ainda: segundo Caputo, estima-se que 70% dosproblemas de saúde da população possam ser resolvi-dos na atenção primária, ou melhor, nos postos de saú-de.

Deve ser esse o problema da Saúde de Foz? Se nãofor, é um dos principais.

Foz nunca ganhou um desses selos. No ano passado,dos municípios que formam a 9ª Regional de Saúde, Itai-pulândia ganhou dois, Missal, um; Serranópolis, dois; eMatelândia, cinco.

(Willian - Fecut nas redes sociais)

Postos de saúde de Foznão conseguem selo de

qualidade de atendimento16º vereadorBem que Vitorassi di-

zia que a Câmara de Ve-readores de Foz pode-ria ter mais que 15. Pelojeito o presidente da casajá aumentou por conta,pois nas sessões esta-mos vendo o 16º verea-dor sentado na cadeira.Marcelinho Moura teriasido promovido de as-sessor para vereador...

Uma postagem nas re-des sociais deixou os igua-çuenses curiosos. Docu-mentos sendo incineradosno pátio da Prefeitura Mu-nicipal de Foz do Iguaçu.Na postagem citaram a se-guinte frase: "E vc vem emuma licitação em Foz doIguaçu, a comissão desco-bre um erro no edital e ter-mina com as campanhasapócrifas assim." No mí-nimo o fato é curioso?

Documentos são queimados noestacionamento da prefeitura

Em uma audiência naJustiça Federal na sema-na passada, uma testemu-

Budel de cabelos em pé

Ano após anos, pais dormem ao relento paragarantir vagas para seus filhos em escolas públi-cas... Prefeito não esta na hora de assumir o quedisse na campanha eleitoral "Eu sei fazer e vou fa-zer". Quando mesmo o senhor vai começar a colo-car em prática o que disse?

nha relatou que todos naprefeitura e na câmara devereadores sabiam que

Budel mantinha umaamante com dinheiropúblico. Com este de-poimento, Budel teria fi-cado com os cabelos empé. Parece que encontra-ram depósitos na contada amante. Aiaiaia...

Na fila paragarantir as vagas

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POLÍTICA

Enrique AllianaFotos: Arquivo

Motivo do pedido de nulidade é decorrente de defesas antagônicas patrocinadas por advogados em comum, o que é ilegalMotivo do pedido de nulidade é decorrente de defesas antagônicas patrocinadas por advogados em comum, o que é ilegalMotivo do pedido de nulidade é decorrente de defesas antagônicas patrocinadas por advogados em comum, o que é ilegalMotivo do pedido de nulidade é decorrente de defesas antagônicas patrocinadas por advogados em comum, o que é ilegalMotivo do pedido de nulidade é decorrente de defesas antagônicas patrocinadas por advogados em comum, o que é ilegal

Defesa pede nulidade em processoda Pecúlio por suposto conluio

Uma petição feita pelosadvogados Rodrigo Duarte eKaio Veloso pode provocaruma reviravolta no Processoda Operação Pecúlio. Atuan-do na defesa dos réus Fer-nando Duso, Juarez dos San-tos e Ricardo Andrade, elesentraram com pedido de nu-lidade de atos, incluindo cin-co delações e trancamentosdo processo por suposto con-luio de um casal de advoga-dos e outros que atuaram emdefesas antagônicas, o que éilegal, segundo entendimentodo STF, STJ e do TRF-4.

Nesse sentido uma mes-ma banca de advogados estásendo denunciada porque

estaria agindo na defesa dedelatores e de delatados, ca-racterizando a "colidência dedefesas". Essa afronta à leiprocessual enseja "nulidades

absolutas". Duarte e Velosodestacam no pedido váriasjurisprudências sobre defe-sas antagônicas patrocinadaspor advogado em comum.

"O tema em apreço é damáxima relevância, pois, umavez detectado o comporta-

Advogados Rodrigo Duarte e Kaio Veloso entraram comAdvogados Rodrigo Duarte e Kaio Veloso entraram comAdvogados Rodrigo Duarte e Kaio Veloso entraram comAdvogados Rodrigo Duarte e Kaio Veloso entraram comAdvogados Rodrigo Duarte e Kaio Veloso entraram compedido de nulidade absoluta do processopedido de nulidade absoluta do processopedido de nulidade absoluta do processopedido de nulidade absoluta do processopedido de nulidade absoluta do processo

Petição foi impetrada na 3ª Vara Federal em Foz do IguaçuPetição foi impetrada na 3ª Vara Federal em Foz do IguaçuPetição foi impetrada na 3ª Vara Federal em Foz do IguaçuPetição foi impetrada na 3ª Vara Federal em Foz do IguaçuPetição foi impetrada na 3ª Vara Federal em Foz do Iguaçu

O assunto tem jurispru-dência no enunciado 523 doSupremo Tribunal Federal. OSTF publicou uma súmula re-ferente ao cerceamento dedefesa ou que essa não sejarealizada da melhor formapossível. "No processo penal,a falta da defesa constitui nu-lidade absoluta, mas a suadeficiência só o anulará sehouver prova de prejuízo parao réu," consta na súmula 523.

Segundo os advogadosRodrigo Duarte e Kaio Velo-so, "diversos são os preceden-tes da egrégia Suprema Cortea embasar tal enunciado, fixan-do ser intolerável a coexistên-cia de defesas antagônicas de-senvolvidas sob o mesmo pa-trocínio, gerando, nessa medi-da, efetivo prejuízo a corréu".

Na sequencia eles relaciona-ram no processo várias decisõesdo STF sobre situações idênti-cas. Em uma delas consta que"se os acusados apresentamversões antagônicas quanto àexistência do delito e possuemadvogado comum, está carac-terizada a colidência de defesas,uma vez que os interesses de umagente contraria a do outro".

A petição pela nulidade doprocesso foi feita ao juiz da 3ªVara Federal em Foz do Igua-çu, Pedro Aguirre Filho. Nomesmo ato os advogadosapontam possíveis crimes co-metidos pela banca denuncia-da. Da mesma forma, indicamque teria havido suposto con-luio entre agentes do Ministé-rio Público Federal e advoga-dos que agiram em conflito deinteresse na defesa de réus,conforme o Tribuna Populardetalha nas páginas seguintes.

STF já sepronunciou

Pelo ordenamento jurídico, "um único advogado nãopode defender dois ou mais réus, com defesas conflitan-tes, sob pena de nulidade. Se as defesas (versões) apre-sentadas pelos réus são conflitantes, eles não podem teradvogado comum, visto que, nesse caso, o prejuízo (paraum deles) está mais do que evidenciado. A garantia daampla defesa não pode ser maculada em virtude da pre-sença de um único advogado para todos os réus (comdefesas conflitantes). O caso é de nulidade do processo,em virtude da ausência de defesa técnica (que é obriga-tória)," ensina Luiz Flávio Gomes, citado pelos advoga-dos.

Foram apontados pelos advogados fatos extremamenterelevantes e comprometedores, uma vez que pode serobservado na ação penal diversos pontos onde réus fo-ram denunciados pelo Ministério Público Federal com baseúnica e exclusiva nas declarações prestadas por colabora-dores, sendo que eles teriam os mesmos advogados.

mento preferencialista porparte do advogado comum avários réus, resultando emefetivo prejuízo para um oualguns dos quais, ter-se-á,como consequência infalívela anulação de todo o proces-so", afirmam.

Defesas conflitantes

SEGREDO DE JUST IÇA

O TO TO TO TO Tribuna Popular teribuna Popular teribuna Popular teribuna Popular teribuna Popular tevvvvve acesso a um documento sigiloso em trâmite na 3ª Ve acesso a um documento sigiloso em trâmite na 3ª Ve acesso a um documento sigiloso em trâmite na 3ª Ve acesso a um documento sigiloso em trâmite na 3ª Ve acesso a um documento sigiloso em trâmite na 3ª Vara Criminal Fara Criminal Fara Criminal Fara Criminal Fara Criminal Federalederalederalederalederalde Foz do Iguaçu e consta nos autos sob Segredo de Justiça no bojo da Operação Pecúliode Foz do Iguaçu e consta nos autos sob Segredo de Justiça no bojo da Operação Pecúliode Foz do Iguaçu e consta nos autos sob Segredo de Justiça no bojo da Operação Pecúliode Foz do Iguaçu e consta nos autos sob Segredo de Justiça no bojo da Operação Pecúliode Foz do Iguaçu e consta nos autos sob Segredo de Justiça no bojo da Operação Pecúlio

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POLÍTICA

Enrique AllianaFoto: Divulgação

Ação de banca de advogados, em conflito de interesse, teria prejudicado acusadosAção de banca de advogados, em conflito de interesse, teria prejudicado acusadosAção de banca de advogados, em conflito de interesse, teria prejudicado acusadosAção de banca de advogados, em conflito de interesse, teria prejudicado acusadosAção de banca de advogados, em conflito de interesse, teria prejudicado acusados

"Sob complacências do MPF corréussofreram verdadeiras aberrações"

Casal Defassiestá sendoacusado depatrocínioinfiel pelosadvogadosConforme consta na ação, osadvogados que supostamenteincorreram em crimes de patrocínioinfiel e violação do segredoprofissional seriam do grupo Defassi."Em que pese haver maliciosamenteomitido seu patronímico de casada -Defassi - nas nos termos dedeclarações das colaboraçõespremiadas firmadas pelos réus-colaboradores Melquizedeque da SilvaFerreira Corrêa Souza e CharlesBortolo, é de conhecimento geral quea advogada Ariane Dias TeixeiraDefassi vem a ser a esposa -convivendo como tal - do advogadoMaurício Defassi", expõem.Segundo a acusação, "tal advogado,por sua vez, exerce a defesa ostensivados réus-colaboradores Euclides deMoraes Barros Júnior, Reginaldo daSilveira Sobrinho e Rodrigo Becker.Também aceitou procuração de LuizAndré Penzin".E prosseguem: "A douta ArianeDefassi, no provável intuito deludibriar Vossa Excelência (juiz PedroAguirre) ao se apresentar comoadvogada de réus-delatores no âmbitodas operações Pecúlio e Nipoti,adotou a tática de escamotear oapelido de casada (visível nos anexosdos termos de declarações). Afirmadovínculo conjugal se comprova pelainclusa Cer tidão de Casamento".

No pedido de nulidade doprocesso da Operação Pecú-lio, os advogados RodrigoDuarte e Kaio Veloso apon-tam que uma banca de advo-gados agiu em prejuízo acorréus. "Foram alvo de ver-dadeiras aberrações urdidaspor um mesmo e coeso gru-po de advogados. Verdadei-ramente incorrendo no cri-me de patrocínio infiel - ta-manha a vilania com que sedesincumbiram das falsasdefesas desenvolvidas, taisdefensores (sic) acarreta-ram a seus clientes lastimá-veis prejuízos pessoais eprocessuais", afirmam.

Na sequencia, Duarte eVeloso denunciam: "Infeliz-mente, tudo se deu - e vemse dando - sob a aparentecomplacência do MinistérioPúblico Federal". E pedem aexclusão de todos os atosfirmados, inclusive acordosde delação premiada. "Tama-nho é o grau de cinismo e

descompasso para com osdeveres inerentes à Advoca-cia que será necessário quese expurgue dos autos tudo

No pedido de nulidade sãocitadas as revelações feitas re-centemente por Cristiano Furede França ouvido em juízo naqualidade de informante noprocesso em separado contrao ex-prefeito Reni Pereira.Ele confirmou que as delaçõesteriam sido combinadas entrepresos enquanto permaneciamno setor de custódia da Polí-cia Federal.

Outro envolvido, Evori Pat-zlaff, declarou que esteve pre-so por oito meses ficando ini-cialmente na carceragem da PFpor mais de um mês onde pas-saram, dentre outros presos,Gilbert Trindade, Charles Bor-

o que foi firmado, produzido,requerido e juntado pelos adi-ante nominados patronos!",destacam.

Bomba: Cristiano Fure deFrança confirmou que as

delações foram combinadastolo, Carlos Budel, Girnei deAzevedo, Luiz Carlos "Cal",Euclides de Moraes BarrosJunior, Rodrigo Becker eMelquizedeque de Souza.

Segundo ele, na carcera-gem houve entendimentospara que houvesse as dela-ções. No total, 12 acusadosfecharam acordo de colabo-ração com a justiça e deixa-ram a prisão. "Tais declara-ções, absolutamente estarre-cedoras do ponto de vista éti-co-profissional, constituem-se em fato novo, e encon-tram-se registradas por mei-os audiovisuais", escreveramRodrigo e Caio no pedido.

SEGREDO DE JUST IÇA

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POLÍTICAPOLÍTICA

Enrique AllianaFoto: Divulgação

Na sequencia da funda-mentação do pedido de anu-lação de atos no processo daOperação Pecúlio, os pontosde violação dos princípiosprofissionais e éticos são de-talhados. "Fato é que, em ter-mos práticos e reais, o doutorMaurício Defassi compartilhae age pelo êxito de sua espo-sa, a doutora Ariane Defassi,formalmente à frente das de-fesas dos réus-colaboradoresMelquizedeque Corrêa e

Charles Bortolo"."O inverso também é ver-

dadeiro: Ariane Defassi com-partilha e, igualmente, age peloêxito das estratégias defensi-vas elaboradas por seu mari-do, o doutor Maurício Defas-si, em proveito dos réus-cola-boradores Euclides de Mora-es Barros Júnior, Reginaldo daSilveira Sobrinho e RodrigoBecker".

Conforme fundamentam ossolicitantes, "assim, sem qual-quer leviandade, pode-se afir-mar que os doutos MaurícioDefassi e Ariane Defassi com-

partilham entre si, de maneiraprática e efetiva, as estratégi-as proveitosas aos seus cincoréus-colaboradores".

Revelaçõesdesencontradas

causava um teatroprocessual

Na peça, os solicitantesacrescentam: "Tudo faz partedo mesmo teatro processual,pois que se trata de questãomeramente formal, visando, naverdade, ocultar o real propó-sito - algumas vezes não tãooculto assim - o de privilegiar

tal quinteto em prejuízo dosdemais réus não-colaborado-res, embora todos tenhamconfiado sua defesa ao casalde advogados".

Estratégia do grupo(acusados e delatores)tinha um único objetivo:Liberdade e impunidade

Consta que "o aludido ca-sal de advogados, de formaprévia e ajustada, pactuaramestratégia por meio da qual oquinteto de clientes-colabora-dores restaria salvaguardado ebeneficiado, pois que lhes in-

Segundo a acusação, a postura viola princípios profissionais e éticosSegundo a acusação, a postura viola princípios profissionais e éticosSegundo a acusação, a postura viola princípios profissionais e éticosSegundo a acusação, a postura viola princípios profissionais e éticosSegundo a acusação, a postura viola princípios profissionais e éticos

A farsa das delações começou aemergir onde casal de advogadosagiria um no interesse do outro

POLÍTICA

cumbiria, como restou apura-do, acusar e delatar em juízoos referidos clientes não-co-laboradores, os quais, por suavez, restaram efetivamente tra-ídos e prejudicados pelos ad-vogados comuns a todos".

Por conta dos fatos, o ca-sal Defassi poderá tambémsofrer denúncia na Ordem dosAdvogados do Brasil. Há for-tes indícios de crime de "viola-ção de sigilo profissional" (CP,art. 154) afigurando-se, na hi-pótese crime-meio para a rea-lização do crime-fim, isto é,"patrocínio infiel" (CP, art. 355).

SEGREDO DE JUST IÇA

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POLÍTICA

Na lisNa lisNa lisNa lisNa listtttta dos prejudicados esa dos prejudicados esa dos prejudicados esa dos prejudicados esa dos prejudicados estão Cristão Cristão Cristão Cristão Cristiano de Ftiano de Ftiano de Ftiano de Ftiano de França, Luiz André Penzin,rança, Luiz André Penzin,rança, Luiz André Penzin,rança, Luiz André Penzin,rança, Luiz André Penzin,Paulo TPaulo TPaulo TPaulo TPaulo Trento Gorrento Gorrento Gorrento Gorrento Gorski, Paulo Gusski, Paulo Gusski, Paulo Gusski, Paulo Gusski, Paulo Gustttttaaaaavvvvvo Goro Goro Goro Goro Gorski; e Anderski; e Anderski; e Anderski; e Anderski; e Anderson de Andradeson de Andradeson de Andradeson de Andradeson de Andrade

Orquestração confrontadelatores e delatados onde aomenos cinco réus teriam sidoprejudicados na PecúlioEnrique AllianaFoto: Arquivo

6 28 de Novembro a 4 de Dezembro de 201728 de Novembro a 4 de Dezembro de 201728 de Novembro a 4 de Dezembro de 201728 de Novembro a 4 de Dezembro de 201728 de Novembro a 4 de Dezembro de 2017

A atuação, supostamenteorquestrada, do casal Defassiteria resultado em prejuízo adeterminados réus da Pecúlioque foram delatados (sem pro-vas), como forma de ajudaralguns e detrimento de outros.Na lista dos prejudicados, ci-tados no pedido de anulaçãodos atos, estão Cristiano Furede França, Luiz André Penzin,Paulo Trento Gorski, PauloGustavo Gorski; e Andersonde Andrade.

No caso de André Penzin,por exemplo, "em razão dasdelações procedidas por Me-lquizedeque de Souza (pes-

soalmente assessorado peladoutora Ariane Defassi, queesconde seu sobrenome decasada nas declarações), Eu-

clides de Morais e Reginal-do da Silveira Sobrinho (to-dos defendidos por Mauriciodefassi) o MPF veio a pedirsua condenação em sede dealegações finais".

Os desfechos vieram emdecorrência das delações"combinadas" de Euclides deMoraes Barros Júnior, Regi-naldo da Silveira Sobrinho,Rodrigo Becker, Melquize-deque da Silva Ferreira Cor-rea de Souza e Charlles Bor-tolo. Com as supostas or-questrações do casal Defassihouve acordos de delaçãoprejudicando os demais.

Ainda, em razão das de-lações de Rodrigo Becker eMelquizedeque, CristianoFure de França foi denuncia-do na operação "Nipoti", de-lações feitas quando ainda eradefendido por Mauricio De-fassi.

Com isso, a conclusão doMPF foi que os delatados "as-sociaram-se e integraram, emépoca e períodos distintos nar-rados na denúncia, organizaçãocriminosa estruturalmente orde-nada e caracterizada pela divi-são de tarefas com objetivo deobter, direta ou indiretamente,vantagem de qualquer nature-za, mediante a prática de infra-ções penais de peculato, cor-rupção ativa, corrupção passi-va, dispensa indevidas de lici-tação, fraudes de licitações,usurpação de função pública,supressão de documento públi-co, falsidades ideológicas, alémde outros crimes".

A exemplo de outros, nocaso de Penzin, os advogadosRodrigo Duarte e Kaio Velo-so, afirmam no pedido de nuli-dade do processo que "em

suma, sobressai nítido o anta-gonismo criminoso, resolvidode modo favorável a Melqui-zedeque, porém altamente des-favorável a Luiz André Penzin".

Dentre os réus, Cristiano disse que MaurícioDentre os réus, Cristiano disse que MaurícioDentre os réus, Cristiano disse que MaurícioDentre os réus, Cristiano disse que MaurícioDentre os réus, Cristiano disse que MaurícioDefassi extraiu dele inúmeras informações capitaisDefassi extraiu dele inúmeras informações capitaisDefassi extraiu dele inúmeras informações capitaisDefassi extraiu dele inúmeras informações capitaisDefassi extraiu dele inúmeras informações capitaispara sua defesa, porém extremamente valiosaspara sua defesa, porém extremamente valiosaspara sua defesa, porém extremamente valiosaspara sua defesa, porém extremamente valiosaspara sua defesa, porém extremamente valiosaspara o Ministério Público Federalpara o Ministério Público Federalpara o Ministério Público Federalpara o Ministério Público Federalpara o Ministério Público Federal

Ação da defesa teria sido orquestrada de forma a prejudicarAção da defesa teria sido orquestrada de forma a prejudicarAção da defesa teria sido orquestrada de forma a prejudicarAção da defesa teria sido orquestrada de forma a prejudicarAção da defesa teria sido orquestrada de forma a prejudicardeterminados réus em favorecimento de outrosdeterminados réus em favorecimento de outrosdeterminados réus em favorecimento de outrosdeterminados réus em favorecimento de outrosdeterminados réus em favorecimento de outros

Pedidos decondenação

Em relação a CristianoFure de França, "na trama oradesnudada, o casal de advo-gados, imbuídos do propósi-to espúrio de beneficiar Mel-quizedeque e Rodrigo a qual-quer custo, resolveram sacri-ficar Cristiano. Fazendo-ocrer que estivesse sendo le-gítima e lealmente defendido,Maurício e Ariane Defassi,primeiramente, pelo que indi-cam os autos, sequer tenta-ram firmar acordo de colabo-ração premiada, permane-cendo, portanto, como réunão-colaborador".

Destacam que "o próprioCristiano narra que seu advo-gado, Maurício Defassi, pas-sou a extrair dele inúmeras in-formações capitais para suadefesa, porém extremamentevaliosas para o Ministério Pú-blico Federal, as quais foramdistorcidas, recebendo cono-tação criminosa que, original-mente, não possuíam".

Cristiano Fure de França,também relatou durante suadeclaração que seu advogadoteria afirmado que RodrigoBecker e Melquizedeque esta-riam fazendo uma delação con-junta, Rodrigo sendo defendi-do por seu defensor e Melqui-zedeque por sua esposa.

Tramadesnudada

SEGREDO DE JUST IÇA

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POLÍTICA

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Enrique AllianaFotos: Arquivo

Para reclamantes, procedimentos foram orquestrados por casal de advogadosPara reclamantes, procedimentos foram orquestrados por casal de advogadosPara reclamantes, procedimentos foram orquestrados por casal de advogadosPara reclamantes, procedimentos foram orquestrados por casal de advogadosPara reclamantes, procedimentos foram orquestrados por casal de advogados

Mais réus foram prejudicadosPOLÍTICA

Delações combinadas de Becker, MelquezedequeDelações combinadas de Becker, MelquezedequeDelações combinadas de Becker, MelquezedequeDelações combinadas de Becker, MelquezedequeDelações combinadas de Becker, Melquezedequee outros estão sendo questionadase outros estão sendo questionadase outros estão sendo questionadase outros estão sendo questionadase outros estão sendo questionadas

O casoAnderson Andrade

Paulo Gorski e filho

SEGREDO DE JUST IÇA

O vereador Luiz Queiroga também sofreuas consequências das delações supostamentecombinadas com o objetivo de favorecer unse prejudicar outros. No período citado por de-latores da ocorrência de pagamento de men-salinho, Queiroga havia rompido politicamen-te com o grupo de Reni Pereira.

Outra incoerência na acusação é que a su-posta vantagem financeira seria para que Quei-roga votasse em favor dos interesses da orga-nização criminosa chefiada por Reni. Entre-tanto, como se pode comprovar pelas atas,filmagens e registros das sessões, Queirogavotou contra os interesses do grupo. Nas acu-sações citaram "projetos que aprovei, mas quenunca existiram", desabafou o vereador quetambém teve o mandato cassado em julgamen-to meramente político na Câmara e busca najustiça recuperar o que lhe é de direito.

Invalidade de provasNa fundamentação do pedido de nulidade das

delações e seus efeitos, consta que "como já ditomuitas vezes, no ordenamento brasileiro há nor-ma constitucional expressa vedando a utilizaçãode qualquer prova obtida por meios ilícitos".

Por fim, os advogados requerentes postu-lam ao juiz: "a invalidação de toda e qualqueratuação profissional dos referidos advogadosnos presentes autos, eis que tudo, absoluta-mente tudo o que consignaram até aqui en-contra-se conspurcado pela violação do sigiloprofissional, da traição, e do cinismo crimino-so, além da total deslealdade para com seusconstituintes, e, ainda, pelo mais absoluto me-noscabo ao texto constitucional".

Queiroga também foiinjustamente acusado

Envolveram nome de Queiroga emEnvolveram nome de Queiroga emEnvolveram nome de Queiroga emEnvolveram nome de Queiroga emEnvolveram nome de Queiroga emprojetos que ele teria aprovado, masprojetos que ele teria aprovado, masprojetos que ele teria aprovado, masprojetos que ele teria aprovado, masprojetos que ele teria aprovado, masesses projetos nem existemesses projetos nem existemesses projetos nem existemesses projetos nem existemesses projetos nem existem

A mesma delação de Melqui-zedeque de Souza e Euclides deMorais também resultou, segun-do a reclamação, em prejuízo aoutros réus como RosângelaSchuster, sócia-proprietária daRose's Lavanderia. O advogadoMaurício Defassi assistiu a em-presa Rose´s, em Ação de Exe-cução de Título Extrajudicial, aqual tramitou perante a 2ª Varada Fazenda Pública. A esposaAriane Defassi "assistiu pessoal-mente o réu-colaborador Melqui-zedeque quando este incriminouRosângela Schuster. Tal materialincriminatório é, pois, a base dadenúncia deflagrada pelo MPF".

Também Euclides de BarrosJúnior, "este pessoalmente assis-tido pelo douto Maurício Defas-si, promoveu colaborações pre-miadas em prejuízo da outra cli-ente deste advogado, ou seja, amesma Rosângela Schuster. Por-tanto, enquanto Rosângela se ima-ginava bem defendida por Mau-rício Defassi, este, na verdade tra-ficava as informações obtidas jun-to àquela, repassando-as a Mel-quizedeque e a Euclides. Estessaíram favorecidos e ela altamenteprejudicada".

Para os reclamantes, "em ra-zão das delações procedidas porMelquizedeque e Euclides, Ro-

sângela Schuster veio a ser de-nunciada na Ação Penal, restan-do acusada pelos crimes de cor-rupção ativa".

Na peça com 311 páginas dopedido de anulação do proces-so, consta que "o réu Melquize-deque da Silva Ferreira CorreaSouza ao confessar a solicitaçãode concreto para a pista de ska-te, também incriminou o outro cli-ente de Maurício Defassi - o ex-secretário de Esportes, Andersonde Andrade. Portanto, enquantoo (atualmente vereador) Ander-

son de Andrade presumia estarsendo honestamente defendidopor Maurício Defassi e sua equi-pe de advogados, Ariane Defas-si obrava para que este fosse de-nunciado criminalmente perante oJuízo Federal".

E prossegue: "Trata-se, pois,de mais uma hipótese onde oconflito de interesses restou ma-nejado de modo favorável a Me-lquizedeque, porém altamentedesfavorável a Anderson de An-drade. Em razão das delaçõesprocedidas por Melquizedeque,o MPF, requereu a Anderson deAndrade no bojo da OperaçãoPecúlio, restando acusado pelocrime de Corrupção Passiva".

Na fundamentação do pedido de nulidade doprocesso da Pecúlio, os advogados citam várioscasos da suposta trama da banca dos Defassi.O empresário Paulo Trento Gorski e seu filhoPaulo Gustavo Gorski também teriam sido víti-mas das colaborações combinadas e ar ticuladaspelos advogados que em tese deveriam agir nadefesa dos dois.Com a delação de Rodrigo Becker, "o conflito deinteresses - descambando para a traição aodever de lealdade - volta-se, aqui, em desfavordos Gorski (Paulo Trento, e seu filho, PauloGustavo). Maurício Defassi e os seus, foramformalmente contratados para desempenhar adefesa do réu-colaborador Rodrigo Becker".

"Sob a orientação direta e pessoal de MaurícioDefassi, Becker firmou acordo de colaboraçãopremiada, vindo a delatar diversas pessoas, dentreas quais Paulo Trento Gorski e seu filho PauloGustavo Gorski".Quando pai e filho foram presos, os mesmos foramassistidos em suas audiências de custodia porMauricio Defassi. No entanto, eles não deveriamsaber que só haviam sido presos em razão dasdeclarações dos clientes de Mauricio Defassi.Consta ainda que "somente após cer tificar-se deque ambos, pai e filho, seriam - como, de fato,foram - transformados em réus em decorrência dasdelações de Rodrigo Becker, Maurício Defassi veioa, despudoradamente, se retirar de suas defesas".

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Enrique AllianaFoto: Arquivo

O pedido de anulação deatos considerados comopeças-chave na OperaçãoPecúlio está minuciosa-mente fundamentado paraque o juiz Pedro Aguirreanalise e decida. Nele es-tão narrados prejuízos queas delações, supostamente"forjadas", atingiram váriaspessoas, dentre elas a ve-readora Anice Gazzaoui,que sempre foi oposiçãodeclarada ao ex-prefeitoReni Pereira.

Eleita como a segunda Advogados afirmam que Anice foi injustamente envolvida em delações forjadasAdvogados afirmam que Anice foi injustamente envolvida em delações forjadasAdvogados afirmam que Anice foi injustamente envolvida em delações forjadasAdvogados afirmam que Anice foi injustamente envolvida em delações forjadasAdvogados afirmam que Anice foi injustamente envolvida em delações forjadas

mais votada, a vereadoraperdeu o cargo, pois pormeio das delações, teriaobtido vantagens para aju-dar o grupo de Reni, o queno dia a dia da atuação delana Câmara, mostrava exa-tamente o contrário. Semapresentação de provas, oato dos delatores levou aAnice a prisão preventiva,o que resultou em proces-so de falta de decoro e per-da do mandato em julga-mento puramente políticona Câmara. A vereadoraluta na justiça para reavero seu mandato.

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POLÍTICA

DefDefDefDefDefesa paresa paresa paresa paresa parte para o atte para o atte para o atte para o atte para o ataque contra as delações que teriam sidoaque contra as delações que teriam sidoaque contra as delações que teriam sidoaque contra as delações que teriam sidoaque contra as delações que teriam sidoorquestradas por advogadosorquestradas por advogadosorquestradas por advogadosorquestradas por advogadosorquestradas por advogados

Delações "forjadas"atingiram Anice Gazzaoui

O ex-secretário de Obras,Cristiano Fure de França, afir-mou que em juízo que em umadas oportunidades, o delatorRodrigo Becker o procuroupara pedir ajuda na tentativade obter provas para susten-tar o que havia dito na dela-ção. Relatou que "tinha dela-tado a vereadora Anice Ga-zzaoui, que ela indicava pes-soas para trabalhar numa em-presa como barganha. Mepediu ajuda porque para pro-var isso precisava dos nomesdas pessoas indicadas por ela.Eu me recusei porque comoeu vou saber se era indicaçãoou não? Se ele falou ele temque provar".

Becker procurou ex-secretário porquementiu em delação contra a vereadora

SEGREDO DE JUST IÇA

Cristiano esteve preso tem-porariamente na primeira faseda Operação Pecúlio, em abrildo ano passado, quando nãoera mais secretário de Obras.Disse que no setor de custódiada Polícia Federal esteve juntocom secretários municipais daépoca como Rodrigo Beckere Melquizedeque de Souza eos empresários Euclides deMoraes Barros Junior, VilsonSperfeld e Edson Queiroz.

Conversascom Becker

"O nosso advogado era omesmo e por isso tinha conta-to. Primeiro recebi telefonedele do celular da esposa por-

que desejava falar comigo. Ti-nha uma novena na casa delee falamos muitas coisas sobreprocesso. Dias depois ele meligou de novo para a genteconversar e foi quando ele fa-lou do assunto das delações.Pediu ajuda porque falou e nãotinha como provar. Uma delasera a questão dessa vereado-ra. Pediu nomes para dar sus-tentação à delação dele, masfalei que eu não tinha comofazer", declarou a testemunha.

A partir desses detalhes,Cristiano disse que passou aentender que há coisas nasdelações que não condizemcom a realidade. "Vi que elementiu. Por isso, conversava

lá dentro (na prisão) com oMelqui que também precisa-va de subsídios para delatar.Também disse que sofreupressão muito grande que pre-ocupa a família. Disse que umavez foi levado pela Polícia Fe-

deral e deixado numa sala es-cura o dia inteiro e falavam queprenderiam a esposa dele tam-bém. O Rodrigo falou: Comoassim, se ela não deve nada, eos policiais disseram que elespoderiam sim", testemunhou.

Muitos assuntos apontados por delatores nãoMuitos assuntos apontados por delatores nãoMuitos assuntos apontados por delatores nãoMuitos assuntos apontados por delatores nãoMuitos assuntos apontados por delatores nãoestariam sustentados por provasestariam sustentados por provasestariam sustentados por provasestariam sustentados por provasestariam sustentados por provas

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POLÍTICA

Ex-secretários de Obras confirmaram informações durante depoimento em juízoEx-secretários de Obras confirmaram informações durante depoimento em juízoEx-secretários de Obras confirmaram informações durante depoimento em juízoEx-secretários de Obras confirmaram informações durante depoimento em juízoEx-secretários de Obras confirmaram informações durante depoimento em juízo

Depoimentos de corréus reforçamdelações para prejudicar vereadoraEnrique AllianaFoto: Arquivo

Depoimentos de corréusdesmontaram no processo daPecúlio uma articulação pormeio de delações para tirarréus da prisão e envolver no-mes de políticos para que ascolaborações premiadas fos-sem homologadas. A orien-tação teria sido feita por ad-vogados, alguns nesse mo-mento identificados e que es-tão sendo desmascarados emjuízo. No fim, são delaçõessem prova, porém que resul-taram em enorme prejuízo adeterminadas lideranças, in-clusive da oposição que nadatinham a ver com o grupo daprefeitura como a vereadoraAnice Gazzaoui.

Durante depoimento emjuízo o ex-secretário deObras, Evori Patzlaf, corréuno processo da OperaçãoPecúlio, confirmou que dela-ções teriam sido combinadasentre presos enquanto per-maneciam no setor de custó-dia da Polícia Federal. Evorideclarou que esteve presopor oito meses ficando inici-almente na carceragem daPF por mais de um mês ondepassaram, dentre outros pre-sos, Gilbert Trindade, Char-les Bortolo, Carlos Budel,Girnei de Azevedo, Luiz Car-los "Cal", Euclides de Mora-es Barros Junior, RodrigoBecker e Melquizedeque deSouza.

"Presencie asconversas entre eles

(delatores)"Segundo Evori, na carce-

ragem houve entendimentospara que houvesse as dela-ções. No total, 12 acusadosfecharam acordo de colabo-

ração com a justiça e deixa-ram a prisão. "Presencie nacarceragem da Polícia Fede-ral as conversas entre eles(delatores). O Rodrigo, porexemplo, ficava conversan-do com outros antes e de-pois de saírem da sala dedepoimento. O Budel queriasaber comigo sobre algunsassuntos que não tinha co-nhecimento. Girnei tambémperguntou", disse Evori.

Conforme declarou, osréus que pretendiam fazercolaboração com o Ministé-rio Público para sair logo daprisão buscavam informa-ções com os outros. "Budelqueria em um momento sa-ber também sobre item da

POLÍTICA

área de canoagem da Itaipuporque ele não tinha infor-mações sobre isso. Isso por-que tinha que apresentar tó-picos que fossem de interes-se do Ministério Público", in-formou.

Becker pressionavaos outros

Em relação a RodrigoBecker, o ex-secretário deObras comentou que o dela-tor buscava informações comoutros presos como Luiz Car-los "Cal". Afirmou que Beckerchegou a pressionar Cal di-zendo que ele sabia de muitacoisa (por ser do setor de pa-gamentos da prefeitura) e po-deria ajudar na delação que

estava fazendo. "Conversavacom ele para pegar informa-ções, querendo pressionarCal para confirmar coisas queele iria delatar", expôs.

Lembrou de uma vezquando Rodrigo ficou maisde duas horas depondo eeram por volta das 22h.

"Não aguento maisficar aqui"

Evori também revelou quealguns presos entraram emdesespero e queriam fazerqualquer coisa para deixar aprisão. "O Charles disse te-nho que sair daqui. Nãoaguento mais. Vou falar aíque roubei uns R$ 100 mil,depois dou um jeito de de-

SEGREDO DE JUST IÇA

volver (pagar) isso e vou tera liberdade, fazer minha de-lação e sair daqui", informou.

Para Evori, "quem estavapreso queria sair e MPF es-tava aceitando denúncias.Charles pensava em dizersobre Costa Cavalcante ecomo seria pago uma contalá. Até o Luiz Carlos disseassim: Charles, como vocêvai assumir coisas que vocênão fez?.

Também teve o Gilbertentando fechar acordo naépoca, mas não evoluiu. Co-locaram um monte de coisaque não aconteceu. Falavamem delatar e depois lá fora iri-am tentar reunir provas. Cadaum iria se proteger".

Delatores teriam combinado acusações mesmo sem provasDelatores teriam combinado acusações mesmo sem provasDelatores teriam combinado acusações mesmo sem provasDelatores teriam combinado acusações mesmo sem provasDelatores teriam combinado acusações mesmo sem provas

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SEGREDO DE JUST IÇA

FFFFFundamentundamentundamentundamentundamentação citação citação citação citação cita garantias ao dea garantias ao dea garantias ao dea garantias ao dea garantias ao devido prvido prvido prvido prvido processo legal, amplitude de defocesso legal, amplitude de defocesso legal, amplitude de defocesso legal, amplitude de defocesso legal, amplitude de defesa,esa,esa,esa,esa,vedação às provas ilícitas e indispensabilidade da defesa técnica criminalvedação às provas ilícitas e indispensabilidade da defesa técnica criminalvedação às provas ilícitas e indispensabilidade da defesa técnica criminalvedação às provas ilícitas e indispensabilidade da defesa técnica criminalvedação às provas ilícitas e indispensabilidade da defesa técnica criminal

Defesa pede a anulação decinco delações e seus efeitosEnrique AllianaFoto: Arquivo

Nas conclusões da peti-ção, os advogados RodrigoDuarte e Caio Veloso pedemno processo da OperaçãoPecúlio, dentre outras garan-tias, o "desentranhamento"(retirada) de todos termos decolaboração patrocinadospelos advogados (MaurícioDefassi, Ariane Teixeira De-fassi, Talita Soares Vasselai eJohnny Pasin), posto tratar-se de "prova ilícita". As dela-ções firmadas sob assistên-cia dos citados são de Mel-quizedeque Souza, CharlesBortolo, Rodrigo Becker,Euclides de Moraes BarrosJunior e Reginaldo da Silvei-ra Sobrinho.

A solicitação está funda-mentada, segundo os reque-rentes, "ao estrito acatamen-to dos cânones legais e cons-titucionais aplicáveis ao casovertente, corolários das ga-rantias pétreas referentes aodevido processo legal, à am-plitude de defesa, à vedaçãoàs provas ilícitas e à indispen-sabilidade da defesa técnicacriminal.

Pedem a retirada de to-das as manifestações feitaspelos advogados, "nisto in-cluindo-se suas petições edocumentos, arrazoados, ter-mos de declarações etc, pos-to serem igualmente inadmis-síveis no processo, eis quecontaminadas de ilicitude porderivação; de todas as pro-vas ilícitas por derivação; quesejam preclusas as decisões;anulação do ato de recebi-mento da denúncia, com aconsequente desconstituiçãoda instância penal".

Solicitam ainda "o reco-nhecimento da carência deação por parte do MinistérioPúblico Federal - ausência dointeresse de agir -, com o con-sequente trancamento da açãopenal, por falta de justa causapara o seu prosseguimento".

Para os requerentes sãonecessárias diligências queconsideram imprescindíveisao exercício da ampla defe-sa. Dentre elas, pedem ao juizda 3ª Vara Federal, "o com-partilhamento (para os pre-sentes autos) das declaraçõesfirmadas pelos réus não-cola-boradores, arrolados comoinformantes pela defesa do ex-prefeito Reni Pereira, a saber:Cristiano Fure de França;André Penzin; Paulo TrentoGorski; Paulo Gustavo Gor-

ski; e Rosângela Schuster.A expedição de ofícios

para comprovação de ende-reço dos advogados dos de-latores; expedição de ofíciosrequisitórios ao Delegado-Geral da Delegacia da Polí-cia Federal de Foz do Igua-çu, bem como da Diretoria-Geral da PEFI 1, visando ofornecimento de relação no-minal dos advogados que,entre os meses de maio a no-vembro de 2016, efetivamen-te atenderam os delatoresmencionados.

Citam finalmente, que hou-ve "aviltante infringência aoscomandos constitucionais elegais e por isso sejam ado-tadas as soluções previstaspela legislação processual erecomendadas pela Doutrina

e pela Jurisprudência". Tam-bém atentam que "a elimina-ção do manancial de provasilícitas e suas derivações, im-portará na carência de açãopor parte do Ministério Pú-blico Federal, eis que as pro-vas ilícitas ora desnudadaslocalizam-se - como dantesafirmado - na raiz probatóriadas teses acusatórias".

Os requerentes entendemque não houve má fé ou qual-quer participação dolosa porparte dos membros do Minis-tério Público Federal e simuma articulação dos advoga-dos citados no sentido de lu-dibriar no processo. "Assim,ainda vislumbrando haveremsido os doutos procuradoresda República, apenas, enga-nados por advogados ávidos

em encobrir as grosseiríssi-mas colidências de defesas,subjacentes aos acordos decolaboração premiada, dei-xam os subscreventes pelomomento, de requerer a re-messa de peças ao ConselhoSuperior do Ministério Públi-co Federal," citam.

Entretanto, sustentam que"à luz do que dispõem os arts.258 e 252, inciso IV, partefinal, ambos do CPP, não seafigura juridicamente viávelque, os mesmos Procurado-res da República que, atéaqui, atuaram como parte acu-satória, possam, em questõestão sensíveis aos seus própri-os exercícios funcionais, semanifestarem." Para tanto,solicitam que o pedido sejasubmetido à opinião de mem-bros do MPF que, todavia,jamais tenha atuado em pro-cessos das operações Pecú-lio e Nipoti.

Com anulação de delações, processo da Operação Pecúlio sofreria trancamento e perda do objetoCom anulação de delações, processo da Operação Pecúlio sofreria trancamento e perda do objetoCom anulação de delações, processo da Operação Pecúlio sofreria trancamento e perda do objetoCom anulação de delações, processo da Operação Pecúlio sofreria trancamento e perda do objetoCom anulação de delações, processo da Operação Pecúlio sofreria trancamento e perda do objeto

Pedido dediligências

Anulação deprovas ilícitas

Substituição demembros do MPF

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POLÍTICA

Da RedaçãoFotos: Divulgação

Os vereadores já apre-sentaram emendas e a Co-missão Mista realizou au-diência pública para o pro-jeto de orçamento para2018 apresentado peloprefeito Chico Brasileiro.Após os pareceres e vota-ção das emendas, a versãofinal do projeto será sub-metido ao plenário, o quedeve ocorrer na primeiraquinzena de dezembro. Ovalor global de R$ 1,09 bi-lhão não será alterado por-que o Legislativo não temprerrogativas para isso.

Além de elevar o orça-mento em 27,6%, o prefei-to Chico Brasileiro querliberdade para remanejar20% do valor sem autori-zação da Câmara. Isso re-presenta um cheque embranco ao prefeito no va-lor de R$ 200 milhões. Háuma emenda do vereadorDr Brito reduzindo para 3%e a Comissão Mista apre-sentou proposta de 5%. Abancada do prefeito nãoconcorda com nenhuma

Orçamento de R$ 1 bilhão deve ser votado na Câmara na primeira quinzena de dezembroOrçamento de R$ 1 bilhão deve ser votado na Câmara na primeira quinzena de dezembroOrçamento de R$ 1 bilhão deve ser votado na Câmara na primeira quinzena de dezembroOrçamento de R$ 1 bilhão deve ser votado na Câmara na primeira quinzena de dezembroOrçamento de R$ 1 bilhão deve ser votado na Câmara na primeira quinzena de dezembro

Prefeito elevou orçamento doMunicípio em 27% para 2018

delas e a tendência é quehaja consenso sobre o per-centual.

R$ 236 milhõesa mais

Considerando que o or-çamento desse ano é de R$856,7 milhões, a elevaçãode 27,6% para o ano quevem representa em núme-ros totais R$ 236,4 mi-lhões a mais para Chico

POLÍTICA

Brasileiro administrar em2018. O prefeito tambémpede no projeto autoriza-ção para realizar operaçõesde crédito, por antecipaçãoda receita, para atender àinsuficiência de caixa, emqualquer mês do exercício,até o limite de 7% do totalda receita estimada no or-çamento-programa, con-forme previsto na legisla-ção em vigor.

Valores orçamentáriosSaúde e educação ficam

com maior volume de re-cursos. Para a saúde estãosendo destinados R$ 261,5milhões, valor que será ain-da maior porque obrigato-riamente 50% dos valoresdas emendas dos vereado-res devem ser destinadaspara o setor. Na educaçãosão R$ 217,1 milhões. Aseguridade social dos ser-

vidores públicos, o FozPrevidência tem previsãoorçamentária de R$ 154milhões.

Secretaria de Obras fi-cou no montante de R$94,6 milhões; Fazenda comR$ 66 milhões; Secretariade Administração com R$54,6 milhões; SegurançaPública com R$ 46,9 mi-lhões; e Meio Ambientecom R$ 35,7 milhões.

O Executivo resolveudobrar o orçamento da Se-cretaria Municipal de Tu-rismo, indústria, Comércioe Projetos Estratégicos,resultante da fusão de doissetores. No atual orçamen-to o valor somado dos doissetores é de aproximada-mente R$ 9 milhões. Para2018 a previsão é de R$18,5 milhões. Outro desta-que é a Fundação Culturalque está saindo de um or-çamento de R$ 5,7 mi-lhões para R$ 9,3 milhões.

Menores orçamentosDentre os menores orça-

mentos estão a Controlado-ria Geral do Município comR$ 976 mil; Secretaria doTrabalho, Juventude e Capa-citação com R$ 1 milhão; eAssessoria de ComunicaçãoSocial com R$ 2,5 milhões;Gabinete do prefeito comR$ 4,5 milhões; e Secreta-ria de Agricultura com R$4,7 milhões.

Orçamento da CâmaraPara o ano que vem o

valor do orçamento da Câ-mara é de R$ 27,6 mi-lhões. O valor é 14% mai-or que o orçamento do Le-gislativo desse ano, fixadoem R$ 24,2 milhões.

Vereadores apresentaram emendas e devem votar orçamento no início de dezembroVereadores apresentaram emendas e devem votar orçamento no início de dezembroVereadores apresentaram emendas e devem votar orçamento no início de dezembroVereadores apresentaram emendas e devem votar orçamento no início de dezembroVereadores apresentaram emendas e devem votar orçamento no início de dezembro

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POLÍTICA

Da RedaçãoFoto: Arquivo

Os contribuintes podemter novas decepções com aadministração do prefeitoChico Brasileiro. Ele deter-minou estudos para aumen-to do IPTU e taxa de coletade lixo para o ano que vem.A informação consta namensagem do prefeito envi-ada à Câmara para fins deaprovação do orçamentomunicipal para 2018.

Veja na sequencia dotexto o que consta no pro-jeto sobre os seis itens rela-cionados com atenção espe-cial na parte de IPTU e ta-xas. Está claro que em rela-ção ao IPTU será realizada"atualização cadastral e atu-alização da planta de imóveisdo município". Sobre as ta-xas, consta que "está em an-damento um estudo sobre aTaxa de Coleta de Lixo paraampliar sua arrecadação".

1) Imposto Predial eTerritorial Urbano -IPTU: "O desempenho des-ta receita foi muito positivono exercício de 2017 e con-tinuará a crescer em razãode um trabalho de atualiza-ção cadastral e atualizaçãoda Planta de Imóveis domunicípio que será realiza-do ainda neste exercício".

2) Imposto Sobre Ser-viços de Qualquer Natu-reza - ISSQN: Da mesmaforma que o IPTU a receitaresultante do ISSQN temevoluído em razão da ex-pansão nas atividades deprestação de serviços, a in-tensificação da fiscalização,o fortalecimento econômicodeste segmento e principal-mente em decorrência dasrecentes atualização do Có-digo Tributário Municipal;

3) Fundo de Participa-ção dos Municípios -FPM: o desempenho dessa

receita vem se mantendodentro das expectativas, emfunção das estimativas decrescimento econômicoapresentadas pelo BACEN;

4) Imposto Sobre Cir-culação de Mercadorias ePrestação de Serviços -ICMS: A receita foi previs-

InfInfInfInfInformação consormação consormação consormação consormação consttttta na mensagem do prefa na mensagem do prefa na mensagem do prefa na mensagem do prefa na mensagem do prefeito eneito eneito eneito eneito enviada à Câmara para aprviada à Câmara para aprviada à Câmara para aprviada à Câmara para aprviada à Câmara para aprooooovvvvvação do orçamento de 20ação do orçamento de 20ação do orçamento de 20ação do orçamento de 20ação do orçamento de 201111188888

Chico Brasileiro estuda aumentopara IPTU e taxa de coleta de lixo

ta considerando a média dosúltimos anos com algumasvariações para cima ou parabaixo de acordo com cadareceita, acrescidas da infla-ção e considerando projeçãodo crescimento da econo-mia, bem como o incremen-to da Cota-Parte do ICMS,

em função da mudança doÍndice Total do Município,de 0,0221 para 0,0239, con-forme Composição do Índi-ce calculado em 28/06/2017, para o ano de 2018;

5) Taxas: A receita comtaxas foram estimadas con-siderando o valor de arre-

cadação dos últimos 12(doze) meses, considerandoo índice de inflação e sobreas projeções do desempe-nho da economia. Além dis-so, está em andamento umestudo sobre a Taxa de Co-leta de Lixo para ampliar suaarrecadação, visto que a atu-al está bem abaixo do valordo serviço, fazendo com queesta despesa historicamenteseja custeada com Royalties.A ideia é que a arrecadaçãodesta receita cubra a despe-sa, liberando desta formauma fatia significativa dosroyalties para investimentos,tão necessários ao desenvol-vimento da cidade.

6) Operações de Cré-dito: Foram consideradosaqueles projetos já efetiva-mente formalizados, bemcomo os valores previstospara a Conclusão das Obrasdo PAC, que serão retoma-das assim que se concluíremas fases de análise e perícia.

Para chegar ao orçamento de R$ 1 bilhão, prefeito poderá aumentarPara chegar ao orçamento de R$ 1 bilhão, prefeito poderá aumentarPara chegar ao orçamento de R$ 1 bilhão, prefeito poderá aumentarPara chegar ao orçamento de R$ 1 bilhão, prefeito poderá aumentarPara chegar ao orçamento de R$ 1 bilhão, prefeito poderá aumentarcarga tributária em cima do povocarga tributária em cima do povocarga tributária em cima do povocarga tributária em cima do povocarga tributária em cima do povo

Page 13: Fozhabita gastou R$ 2,5 milhıes e nªo entregou nenhuma casa · selo, criado pelo governo do Estado em 2014, só Ø en-tregue para quem cumpre uma sØrie de exigŒncias no ... bre

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POLÍTICA

Da RedaçãoFonto: Divulgação

Para fins de tramitação do projeto orçamentário, Município foi obrigado a declarar valor da dívidaPara fins de tramitação do projeto orçamentário, Município foi obrigado a declarar valor da dívidaPara fins de tramitação do projeto orçamentário, Município foi obrigado a declarar valor da dívidaPara fins de tramitação do projeto orçamentário, Município foi obrigado a declarar valor da dívidaPara fins de tramitação do projeto orçamentário, Município foi obrigado a declarar valor da dívida

Dívida consolidada da prefeiturajá ultrapassa os R$ 170 milhões

Governo não conseguiu reduzir os custos da máquina em níveis inicialmente projetadosGoverno não conseguiu reduzir os custos da máquina em níveis inicialmente projetadosGoverno não conseguiu reduzir os custos da máquina em níveis inicialmente projetadosGoverno não conseguiu reduzir os custos da máquina em níveis inicialmente projetadosGoverno não conseguiu reduzir os custos da máquina em níveis inicialmente projetados

A Lei Federal 4.320/64obriga as prefeituras a apre-sentarem junto com o proje-to do orçamento municipalos demonstrativos das dívi-das. A de Foz do Iguaçu de-clarou uma dívida consolida-da de R$ 136 milhões. Alémdisso, ainda existem mais R$37 milhões de "passivos re-conhecidos", conforme pu-blicações no Diário Oficial.A soma dos dois itens chegaa R$ 173 milhões.

Dos R$ 136 milhões, R$111,6 milhões são de dívidacontratual. O restante (R$24,3 milhões) é de precató-rios a vencer até 31 de de-zembro de 2018. Vale lem-brar que a dívida consolida-da é referente aos compro-missos superiores a 12 me-ses, contraídos para atendera desequilíbrio orçamentárioou a financiamento de obrase serviços.

A dívida flutuante é a decurto prazo (inferior a umano), formada por restos apagar (normalmente compro-missos não pagos que ficamde um exercício para o ou-tro). Compreende os restosa pagar, parcelas de amorti-zação e de juros da dívidafundada, depósitos, ARO -débitos de tesouraria.

Os números apresenta-dos pela prefeitura foramapurados até a data de 31 deagosto de 2017, ou seja, atendência é aumentar aindamais até o fim do ano.

Capacidade deendividamento

O valor da dívida parecenão causar preocupação no

POLÍTICA

Palácio Cataratas. A Secre-taria da Fazenda divulgou naimprensa que o montanteapurado representa apenas12% do permitido, sendo,portanto, tolerável e longedos limites estabelecidos emlei.

Para fins de endividamen-to, uma resolução do Sena-do Federal estabelece o li-mite de 120% da ReceitaCorrente Líquida, o que nocaso de Foz do Iguaçu re-presentaria um total de R$920 milhões.

Receitas própriasPara o ano que vem só em

receita própria a prefeituraincluiu no orçamento umaprevisão de R$ 282,9 mi-

lhões. A previsão inicial des-se ano era de R$ 199,4 mi-lhões, mas deve ser supera-da. O governo relacionou noprojeto do orçamento osprincipais itens da receita ecomo vem sendo o desem-penho. A arrecadação doImposto Predial e TerritorialUrbano (IPTU), por exem-plo, tem sido positiva noexercício de 2017 e pela es-timativa continuará a crescerem razão de um trabalho deatualização cadastral e atua-lização da planta de imóveisdo município.

Segundo a administração,o Imposto Sobre Serviços deQualquer Natureza (ISSQN)"também vem evoluindo emrazão da expansão nas ativi-

dades de prestação de ser-viços, a intensificação da fis-calização, o fortalecimentoeconômico deste segmento eprincipalmente em decorrên-cia das recentes atualizaçõesdo Código Tributário Muni-cipal".

Previsão investimentosEm que pese a dívida e a

folha de pagamento com li-mite estourada nesse ano, ogoverno Chico Brasileiroprevê para 2018 aumento de140% em investimentos emcomparação com 2017.. Es-tão previstos R$ 117 milhões,sendo R$ 52 milhões oriun-dos de operações de créditoe R$ 65 milhões em recur-sos próprios.

Dos R$ 65 milhões emrecursos próprios previstospara investimentos no próxi-mo ano, R$ 42 milhões se-rão provenientes dos royal-ties de Itaipu. Uma das fon-tes para o aumento da capa-cidade de investimentos é aredução de 30% do encargodas dívidas em relação a2017.

"Dívidas históricas decor-rentes da liquidação da Fo-ztur, Cohafoz e Codefi dei-xam de existir. Também aca-bam alguns parcelamentoscom a Fozprevidência, de-correntes de repetidos atra-sos nos repasses das admi-nistrações anteriores", cons-ta em nota explicativa doprojeto de orçamento.

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14 28 de Novembro a 4 de Dezembro de 201728 de Novembro a 4 de Dezembro de 201728 de Novembro a 4 de Dezembro de 201728 de Novembro a 4 de Dezembro de 201728 de Novembro a 4 de Dezembro de 2017

POLÍTICA

Da RedaçãoFoto: Divulgação

Com quase onze meses degoverno - quatro da InêsWeizemann e sete de ChicoBrasileiro - comprova-seque o grupo político atual-mente no poder do Executi-vo Municipal não tem a míni-ma habilidade para controlede despesas. A gastança con-tinua desenfreada. Em marçoa prefeitura de Foz do Iguaçujá figurava na lista negra doTribunal de Contas quandoatingiu o limite prudencial degastos com a folha de paga-mento que é de 51,3%.

Surpreendentemente a coi-sa piorou de lá para cá. A pre-feitura entrou novembro com56,45% da Receita CorrenteLíquida do Município comgastos na folha de pagamentodos servidores. O limite cons-titucional é de 54%, o quetambém está previsto na Lei deResponsabilidade Fiscal. Al-guns juristas entendem queesse fato pode resultar na res-ponsabilização judicial de Chi-co Brasileiro.

Com tanta gastança e osserviços públicos estagnados

Descontrole com despesas na folha de pagamento ultrapassou l imite constitucionalDescontrole com despesas na folha de pagamento ultrapassou l imite constitucionalDescontrole com despesas na folha de pagamento ultrapassou l imite constitucionalDescontrole com despesas na folha de pagamento ultrapassou l imite constitucionalDescontrole com despesas na folha de pagamento ultrapassou l imite constitucional

Prefeitura de Foz segue na listado TCE por excesso de gastos

na mesma situação do gover-no anterior e alguns até agra-varam-se ainda mais, Foz doIguaçu amarga a vergonha deaparecer na lista dos pioresmunicípios do Paraná em con-trole de despesa. O levanta-mento sobre os gastos é daCoordenadoria de Fiscaliza-ção Municipal (Cofim) conclu-ído no dia 1º de novembro.

As medidas anunciadaspelo prefeito como o não pa-gamento de horas extras e cor-

Unidade técnica do TCE-PR apurou que prefeitura de Foz gasta 56,45% daUnidade técnica do TCE-PR apurou que prefeitura de Foz gasta 56,45% daUnidade técnica do TCE-PR apurou que prefeitura de Foz gasta 56,45% daUnidade técnica do TCE-PR apurou que prefeitura de Foz gasta 56,45% daUnidade técnica do TCE-PR apurou que prefeitura de Foz gasta 56,45% daReceita Corrente Líquida do Município com folha de pagamentoReceita Corrente Líquida do Município com folha de pagamentoReceita Corrente Líquida do Município com folha de pagamentoReceita Corrente Líquida do Município com folha de pagamentoReceita Corrente Líquida do Município com folha de pagamento

te em novas gratificações enomeações são consequênci-as do descontrole. A prefeitu-ra também alega que solicitouuma revisão destes cálculos, oque deve ser concluída até ofim do mês. O Município gas-ta R$ 28 milhões mensais coma folha de pagamento.

Lei de ResponsabilidadeFiscal

Ao revelar a nova lista emque Foz continua aparecendo,

TCE/PR lembrou que a Lei deResponsabilidade Fiscal esta-belece o teto de 54% da re-ceita corrente líquida (RCL)para os gastos com pessoalnos municípios. A mesma leidetermina que o Tribunal deContas emita alerta quando omunicípio ultrapassa o teto.Antes disso já ocorre o aler-ta quando chega a 90% e95% do limite.

"Desde junho, os alertas doTCE-PR são enviados eletro-nicamente aos poderes Execu-tivo e Legislativo municipais,via e-mail, ao responsável le-gal e ao controlador interno.O objetivo da iniciativa, quesubstituiu os processos queeram julgados pelas Câmarasdo Tribunal, é possibilitar aadoção de medidas corretivascom maior rapidez", informouem nota o Tribunal.

Limitaçõese penalidades

Para os municípios que ul-trapassaram o limite de 54%da RCL, a Constituição im-põe a redução do gasto com

pessoal. Determina ainda,conforme observou o TCE,"que o Poder Executivo de-verá reduzir em, pelo menos,20% os gastos com comissi-onados e funções de confian-ça". Até o momento, ChicoBrasileiro não falou em exo-nerar CC´s o que pode en-sejar ação por improbidadeadministrativa.

Outras vedações tambémestão previstas na Constitui-ção Federal e na Lei de Res-ponsabilidade Fiscal. Dentreelas estão a proibição de con-cessão de vantagens, aumen-tos, reajuste ou adequaçõesde remuneração a qualquertítulo; criação de cargo, em-prego ou função; alteração deestrutura de carreira que im-plique aumento de despesa;provimento de cargo público,admissão ou contratação depessoal, ressalvada reposiçãode aposentadoria ou faleci-mento de servidores nas áre-as de educação, saúde e se-gurança; e contratação de horaextra, ressalvadas as exceçõesconstitucionais.

Desde junho, os alertas do TCE-PR são enviados eletronicamente aos poderesDesde junho, os alertas do TCE-PR são enviados eletronicamente aos poderesDesde junho, os alertas do TCE-PR são enviados eletronicamente aos poderesDesde junho, os alertas do TCE-PR são enviados eletronicamente aos poderesDesde junho, os alertas do TCE-PR são enviados eletronicamente aos poderesExecutivo e Legislativo municipais, via e-mailExecutivo e Legislativo municipais, via e-mailExecutivo e Legislativo municipais, via e-mailExecutivo e Legislativo municipais, via e-mailExecutivo e Legislativo municipais, via e-mail

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SÉRIE D

Da Redação

Fonte: G1 - RPC/TV (Globo Esporte)

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Três Lagoas vence o Vila Borgese é bicampeão do AmadorzãoO time teve uma das campanhas mais regularesO time teve uma das campanhas mais regularesO time teve uma das campanhas mais regularesO time teve uma das campanhas mais regularesO time teve uma das campanhas mais regularesda competição; partida terminou em 5 a 1da competição; partida terminou em 5 a 1da competição; partida terminou em 5 a 1da competição; partida terminou em 5 a 1da competição; partida terminou em 5 a 1

O TO TO TO TO Três Lagoas três Lagoas três Lagoas três Lagoas três Lagoas teeeeevvvvve uma das campanhas mais regulares da compee uma das campanhas mais regulares da compee uma das campanhas mais regulares da compee uma das campanhas mais regulares da compee uma das campanhas mais regulares da competição. Ftição. Ftição. Ftição. Ftição. Foram 11oram 11oram 11oram 11oram 11vitórias, dois empates e nenhuma derrota.vitórias, dois empates e nenhuma derrota.vitórias, dois empates e nenhuma derrota.vitórias, dois empates e nenhuma derrota.vitórias, dois empates e nenhuma derrota.

ESPORTE

Três Lagoas venceu o VilaBorges e garantiu o título de bi-campeão do Campeonato deFutebol Amador de Foz do Igua-çu. A partida disputada no Está-dio Pedro Basso no domingo ter-minou com o placar de 5 a 1.

O time teve uma das campa-

nhas mais regulares da compe-tição. Foram 11 vitórias, doisempates e nenhuma derrota. Ototal de gols também chama aatenção: 27 a favor e apenasnove contra.

No jogo decisivo, Bahia mar-cou dois e Alexandre Cratera,Branquinho e Mirinho fizeramum cada. Gambá fez o gol dehonra para o Vila Borges.

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POLÍTICA

Da RedaçãoFoto: Arquivo

Neste ano o instituto Fo-zhabita custou aos cofrespúblicos praticamente R$ 2,5milhões e não conseguiu en-tregar sequer uma única casaconstruída pela atual admi-nistração. O que tem sãoprojetos antigos com recur-sos ainda da época do ex-prefeito Paulo e que sofre-ram atrasos e mais atrasos nagestão de Reni Pereira. Nogoverno Chico Brasileiro,nenhum projeto saiu do pa-pel.

Na prática, o cidadãoiguaçuense está gastando mi-lhões, provenientes dos im-postos, sem ver nenhum re-sultado prático para a popu-lação na área habitacional.Como se não bastasse, parao ano que vem o prefeito in-cluiu no projeto de orçamen-to valores de R$ 9,4 milhõespara o Fozhabita.

Em um ano nenhuma das famílias da lista de espera recebeu casas construídas pela atual administraçãoEm um ano nenhuma das famílias da lista de espera recebeu casas construídas pela atual administraçãoEm um ano nenhuma das famílias da lista de espera recebeu casas construídas pela atual administraçãoEm um ano nenhuma das famílias da lista de espera recebeu casas construídas pela atual administraçãoEm um ano nenhuma das famílias da lista de espera recebeu casas construídas pela atual administração

Fozhabita gastou R$ 2,5 milhõese não entregou nenhuma casa

Cabide de empregoAlém dos gastos sem ne-

nhum resultado, o atual go-verno vem tentando transfor-

mar o Fozhabita em cabidede emprego. Tanto que oprefeito Chico Brasileiro en-viou para a Câmara um pro-jeto criando 14 cargos co-missionados.

A proposta sofreu entra-ves com reações de verea-dores inclusive do própriopartido que controla o Fo-zhabita - o PTB.

O relator do projeto naCâmara, Protetor Jorge, pe-diu explicações sobre o pro-jeto que junto com a implan-tação do quadro próprio doinstituto vinha criando 14 car-gos CCs.

Na comissão de Legisla-ção, Justiça e Redação, to-dos os membros de posicio-naram contra. Com tantapressão, Chico Brasileiro seviu obrigado a retirar da pau-ta da Câmara o projeto delei que criaria o quadro pró-prio dos servidores do Fo-zhabita, incluindo os CCs.

Sem margemO problema alegado é que

não há margem financeirapara suportar o impacto nafolha de pagamento. O Tri-bunal de Contas divulgounova lista onde a prefeiturade Foz permanece com índi-ces acima dos limites permi-tidos pela lei. Entretanto, ascomissões já tinham conclu-ído que o número de CC´sera maior que a tolerância erecomendação do Tribunalde Contas.

Pelo texto original seriamde livre nomeação (CC´s) osintegrantes da diretoria exe-cutiva: diretor-superinten-dente que tem o mesmo sta-tus de secretário municipal eo diretor administrativo finan-ceiro. Além disso, seriam maisdoze cargos comissionados,sendo dois deles de técnicosespeciais com nível salarial dediretores (segundo escalão).Haveria ainda um cargo com

Em reunião definiu-se pela redução de cargos, mas mesmo assim proposta foi retiradaEm reunião definiu-se pela redução de cargos, mas mesmo assim proposta foi retiradaEm reunião definiu-se pela redução de cargos, mas mesmo assim proposta foi retiradaEm reunião definiu-se pela redução de cargos, mas mesmo assim proposta foi retiradaEm reunião definiu-se pela redução de cargos, mas mesmo assim proposta foi retirada

Função de Confiança (FC) aser preenchido por servidorde carreira.

No quadro de pessoalefetivo (servidores concursa-dos) constam duas vagaspara agente fiscal; quatropara assistente administrati-vo; duas para assistente so-cial; e uma para cada funçãode arquiteto júnior, contador,engenheiro ambiental, enge-nheiro civil e procurador.Completa o quadro umavaga para motorista.

Reunião e ajustamentoNa tentativa de salvar o

projeto ocorreu uma reuniãona Câmara entre os vereado-res da comissão e o diretor-superintendente do instituto,Eduardo Teixeira. Houveconsenso e ajustamento doprojeto. Decidiu-se pelaquantidade de 14 cargos decarreira e sete em comissão(dois de direção e cinco deassessoramento).

Normas de pessoalO projeto retirado esta-

beleceria as funções, cargahorária, quadro de funcioná-rios estáveis e comissiona-dos, bem como níveis salari-ais, normas de enquadra-mento e ascensões. A dire-toria executiva será formadapelo diretor-superintendente(com status de secretáriomunicipal) e pelo diretor ad-ministrativo-financeiro, no-meados pelo prefeito. A es-trutura prevê cinco cargos deassessoramento.

Diante das dificuldades deo Município se adequar aoslimites legais para despesascom a folha de pagamento, oprojeto ainda poderá ser re-apresentado no próximo ano.Veja quanto o Fozhabita custa para os iguaçuensesVeja quanto o Fozhabita custa para os iguaçuensesVeja quanto o Fozhabita custa para os iguaçuensesVeja quanto o Fozhabita custa para os iguaçuensesVeja quanto o Fozhabita custa para os iguaçuenses