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RESGATE NO RIO 105 BOMBEIROS MORTOS DESDE 1980 BARCELINHOS BARCELINHOS QUELUZ Pedro Rodrigues António Ferreira em tempo recorde O SONHO À VISTA ESTÁGIOS NO QUARTEL ATRAEM JOVENS Página 13 Páginas 4 e 5 Página 9 Página 10 Fotos: Marques Valentim A GOSTO DE 2013 EDIÇÃO: 323 ANO: XXXI 1,25€ DIRECTOR: RUI RAMA DA SILVA 105 BOMBEIROS MORTOS DESDE 1980 Ana Rita Pereira

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Page 1: Fotos: Marques Valentim BARCELINHOS RESGATE NO RIO · pre na base de bem sucedidas mudanças ve-rificadas nos bombeiros. Trata-se de uma condição necessária, um primeiro pressupos-to

RESGATE NO RIO

105 BOMBEIROS MORTOS DESDE 1980

BARCELINHOS

BARCELINHOSQUELUZ

Pedro RodriguesAntónio Ferreira

em tempo recorde

O SONHO À VISTAESTÁGIOS NO QUARTELATRAEM JOVENS

Página 13

Páginas 4 e 5

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105 BOMBEIROS MORTOS DESDE 1980Ana Rita Pereira

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2 AGOSTO 2013

Não pode ser a secoVivemos num tempo de mudanças cons-

tantes, em que o desenvolvimento social e tecnológico, muito construtivamente, reco-mendará também, porventura, mudanças nos nossos modelos de organização técnica, ope-racional e administrativa.

É nossa obrigação, enquanto decisores, es-tar atentos e abertos ao debate e à análise em torno dessas mudanças. Sendo certo que nem todas, à partida, se apresentam com o mesmo grau de importância, de valia e de va-lidade temporal.

Por isso, temos que estar despertos, para não aceitar de forma acrítica e apressada as eventuais propostas de mudanças que nos sejam presentes, quaisquer que elas sejam.

Importa não hipotecar nem beliscar princí-pios e valores ancestrais que enformaram as nossas associações e que lhes garantiram a dinâmica e o sentido ao longo de séculos.

Ao contrário do que se possa pensar, não perfilho nem defendo aqui uma visão passa-dista, conservadora ou até reaccionária em torno da nossa organização.

Aponto é para o facto de, qualquer que seja as mudanças e os modelos que se pretendam introduzir na organização dos bombeiros em Portugal, caso não se tenha em conta esses valores dificilmente se terá ganho de causa.

As associações de bombeiros nasceram em contextos próprios, de tempo e modo. Con-textos sólidos e também suficientemente ec-léticos e alicerçados em função das respecti-vas épocas e opções estratégicas tomadas em cada uma delas. Uma conjugação sábia, nem sempre tida em conta, nem sempre fácil de visionar e percepcionar, mas subjacente a tudo o que nos continua a dizer respeito e que, quando tida em conta, tem estado na base do sucesso do processo evolutivo das instituições. Essa cultura, essa matriz, mar-cante desde os primórdios, tem estado sem-pre na base de bem sucedidas mudanças ve-rificadas nos bombeiros. Trata-se de uma condição necessária, um primeiro pressupos-

to de solidez e sucesso da mudança. Quando não se estabelece a convergência entre a vontade de mudança e a história o resultado será sempre duvidoso para não dizer garanti-damente falhado. As mudanças, ora ditadas pela evolução da comunidade, ora pelo de-senvolvimento das tecnologias e práticas do socorro, dependem sempre de um conjunto de factores a observar.

Como sabemos, também, e em muitos ca-sos, as nossas associações não se esgotam no seu corpo de bombeiros, desenvolvendo um conjunto maior ou menor de outras acti-vidades, culturais, sociais e desportivas cuja lógica e sustentabilidade decorrem precisa-mente da dinâmica da própria instituição e da comunidade onde nasceu e onde continua a operar. É a soma das partes que faz o todo associativo, garantindo-lhe coerência e iden-tidade.

A tutela dos corpos de bombeiros, não das associações, sublinhe-se, defende agora a criação de agrupamentos de corpos de bom-beiros “em que a única limitação geográfica passa a ser a da contiguidade das áreas de atuação dos corpo de bombeiros em causa” e “elimina-se o concelho como limite geográfico à criação tanto das forças conjuntas como dos agrupamentos”.

Será possível, de ânimo leve, alterar a ma-triz territorial que deu origem e suporta des-de sempre as associações de bombeiros? E será possível, sem análise e opção antecipa-das, alterar a lógica da sua sustentabilidade económica?

Importa reflectir sobre o assunto. Sem dia-bolizar, à partida, o tema. Mas, também, sem sufragar e anuir às cegas sobre a sua bonda-de, legitimidade e eficácia.

Voltarei ao tema. Para já, fica-me a dúvida sobre a sua exequibilidade a seco, como ago-ra se nos apresenta. Não pode ser a seco, definitivamente.

Artigo escrito de acordocom a antiga ortografia

A poucas horas do fecho desta edi-ção, Portugal servia, uma vez

mais, de pasto às chamas. Cerca de duas dezenas de incêndios lavraram de Norte a Sul e mobilizam centenas de bombeiros, a quem foi vedado até fazer o luto pelos companheiros fale-cidos, dias antes, noutras difíceis ba-talhas.

Portugal continua a perder flores-ta, os portugueses o património arre-cado numa vida de árduo trabalho e os quartéis dos soldados da paz o mais precioso recurso: os seus homens!

Pelos piores motivos, os bombeiros são agora alvo de toda atenção e de todas as atenções. Começam os fogos e ganha força a onda solidariedade que esmore-cerá quando as chamas derem tréguas, votando uma vez mais estes combaten-tes ao (quase) esquecimento.

Por estes dias, correm nas redes so-ciais muitas mensagens de apoio e incen-tivo, fotos elucidativas da dureza de uma

missão que só os bravos podem cumprir. Por estes dias, as populações unem-se na recolha de bens para que nada falte àqueles que, em infernais teatros de ope-rações, de forma abnegada salvam pes-soas e os seus bens.

Em poucos dias, a família dos Bombei-ros de Portugal sofreu perdas irrecuperá-veis, mas mitiga as mágoas no lema “vida por vida”, sem nada esperar em troca, nem tão pouco o reconhecimento pois, todos sabem, que quando este in-

ferno passar, os heróis retornam à condição de anónimos.

É quase sempre nestes “cinco mi-nutos de fama” que todos os solda-dos da paz dispensavam, que surge o reconhecimento por uma missão que, afinal, os bombeiros cumprem todos os dias com igual determina-ção.

Todos os dias, vidas são salvas, mas o cidadão parece muitas vezes ignorar esse facto, como que minimi-

zando o exemplar e valoroso serviço prestado ao País por estes operacionais, na grande maioria voluntários.

Não terá chegado a hora de todos e cada um de nós visitar o quartel da sua área de residência e conhecer a atividade diária dos homens e mulheres que ali ser-vem? As portas estão sempre abertas, até porque o voluntariado tem muitas fa-cetas e não dispensa todo o tipo de apoios! bem precisa de mão de obra

Sofia Ribeiro

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Uma bombeira dos Voluntá-rios de Alcabideche, Ana

Rita Pereira, bombeira de 3ª, faleceu durante o combate a um incêndio na serra do Ca-ramulo, concelho de Tondela. Ana Rita encontrava-se desa-parecida do grupo de bombei-ros do concelho de Cascais cercado pelas chamas duran-te o combate a um incêndio florestal. O grupo de bombei-ros, dos Voluntários de Alca-bideche, Parede e Estoril fo-ram atingidos pelo fogo num golpe de vento, encontrando--se um deles, do Estoril, em estado grave. À hora do fecho desta edição os bombeiros estão a ser assistidos no local aguar-dando-se a evacuação do mais grave, em prin-cípio, para o Hospital de Coimbra.

Três bombeiros ficaram também feridos, um deles com gravidade, no combate a um incên-dio em Trancoso, distrito da Guarda, no passa-do dia 21 de agosto. Os operacionais, dos Bom-beiros Voluntários de Celorico da Beira e Tran-coso, tentavam proteger uma casa quando re-bentou uma botija de gás. Um dos bombeiros teve de ser transferido para o hospital de Coim-bra, dada a gravidade dos ferimentos. Os ou-tros dois feridos, com menor gravidade, foram assistidos no hospital da Guarda. Este acidente ocorreu num dia muito complicado para os bombeiros, com centenas de ocorrências. Prati-camente à mesma hora, uma viatura dos Bom-beiros Voluntários de Oliveira do Hospital ficou

completamente carbonizada na sequência de um violento incêndio naquele concelho. Neste caso não há feridos a registar. Em menos de duas semanas, esta é a quinta viatura de bom-beiros a ser destruída pelas chamas no distrito de Coimbra. Com esta situação, eleva-se a 10 o número de viaturas consumidas pelo fogo este verão.

PC

ÚLTIMA HORA

Bombeira morreu em combate

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toJORNAL@LBP

Os cinco minutos de fama que todos dispensam

A direção da Escola Nacional de Bombeiros (ENB) recebeu o presidente do Serviço Regio-

nal de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), capitão José António Oliveira Dias, com o intuito de analisar as necessidades forma-tivas da região.

O encontro permitiu identificar como áreas prioritárias de desenvolvimento o salvamento náutico, a condução de veículos de emergência, Busca e Salvamento em Estruturas Colapsadas.

ENB

Identificadas necessidades formativasnos Açores

O Regimento de Sa-padores Bombeiros

de Lisboa (RSB) acaba de divulgar o seu “Anuário 2012” no qual, de forma detalhada, dá a conhecer todas as ati-vidades desenvolvidas no ano transato subor-dinadas a “um conjunto de estratégias de inter-venção no plano indivi-dual, local e municipal, com vista a melhorar os mecanismos de preven-ção e resposta à emer-gência quotidiana na ci-dade de Lisboa”.

Segundo refere o co-mandante do RSB, coronel Joaquim Leitão, na nota introdutória do anuário “as medidas que têm vindo a ser implementadas no RSB inserem-se no novo enquadramento das operações de proteção civil e representam uma consolidação de um modelo estratégico iniciado em 2008”.

RSB

DivulgadoAnuário de 2012

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3AGOSTO 2013

Corro assumidamente o risco de poder vir a ser mal interpretado-

pelos paladinos da desgraça, leia-se salvadores da pátria que, a qualquer preço e com base em inverdades ou meias verdades, cuidam de suscitar atrás de si o coro que, noutras cir-cunstâncias, não conseguiriam con-gregar. Denegrindo o trabalho e ten-tando ofender quem luta pelas coi-sas prescindindo de palanques e tri-bunas.

Corro esse risco por que, também assumidamente, tenho desempe-nhado funções como voluntário há mais de meio século, quer como operacional, quer como dirigente, sem quebras na vontade de melho-rar as condições de ação e proteção dos bombeiros mas, também, com a

consciência de que para vencer uma guerra nem sempre é possível ven-cer todas as batalhas, mesmo que o tentemos fazer sem quebras nem ti-tubeias.

Os bombeiros têm uma missão incontornável e indispensável na so-ciedade portuguesa. A tal facto, contudo, como sabemos, nem sem-pre têm correspondido as condi-ções, os meios, as oportunidades para o seu melhor desempenho. Po-derá dizer-se que é anacrónico e até contraditório que tal aconteça. Na-tural era que, à simpatia com que os bombeiros são vistos correspondes-sem as contrapartidas necessárias. Como se de uma parceria se tratas-se, ou seja, os bombeiros dão uma parte e a sociedade a outra. Aconte-

ce que, neste contrato social, a pri-meira quota-parte, a dos bombei-ros, está firme, e a segunda nem sempre. Por isso, além de cuidarem da sua missão própria, os bombei-ros veem-se na necessidade de bus-car também os recursos que outrem deveria, em contrapartida garantir.

Nesse processo os dirigentes têm-se debruçado na busca, não só dos meios financeiros que garantam a sustentabilidade das associações e dos seus corpos de bombeiros, mas também dos apoios que salva-guardem o exercício da missão e dos próprios bombeiros.

Alguns salvadores só levantam a questão na sequência ou a propósi-to de momentos trágicos e dramáti-cos como os que recentemente se

viveram. Fazem-no à boleia dos sentimentos das pessoas, compa-nheiros ou familiares e amigos de bombeiros atingidos ou falecidos no exercício da missão.

Outros, porém, cientes de que o problema existe e não surge só quando há um desfecho trágico, têm lutado por melhores condições de forma continuada. Nem sempre com sucesso, é certo, nem sempre conseguindo atingir o patamar al-mejado, mas contabilizando as vitó-rias possíveis e continuando a tra-balhar para que, com denodo, as metas ainda não alcançadas o pos-sam vir a ser no futuro. E, diga-se também, sem alardes mas com a mesma convicção e vontade de sempre. Mesmo quando, com difi-

culdades acrescidas, possa vir a im-plicar mudanças de leis ou sensibili-zar e motivar a disponibilidade e a decisão dos outros parceiros, seja o Estado, as autarquias e outras enti-dades, incluindo as próprias segura-doras.

Somos os primeiros a considerar e a assumir que nem tudo está bem e a contento de tudo e de todos. Por isso, não desarmamos nem nos da-mos por vencidos. Razão pela qual, prescindimos de algum coro de sal-vadores que, nunca tendo dado pro-vas, limitam-se a pretender atingir a nossa honorabilidade e afinco no tratamento e na defesa das maté-rias que dizem respeito aos bombei-ros. Livrem-nos dos “salvadores da pátria”.

Livrem-nos dos salvadoresda pátria

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4 AGOSTO 2013

MAIS UM ANO TRÁGICO

Presente! Chega o calor e o cenário repete-se. E mais uma vez este ano, repetiu-se da pior maneira possível. O fogo já fez tombar dois bombeiros e continua a não deixar descansar os milhares de homens e mulheres que noite e dia enfrentam cenários de horror a troco de muito pouco. Em nome de todos eles, a Liga dos Bombeiros Portugueses tem lançado alertas desesperados e em tom graves com o objetivo de se “atacar as causas” deste flagelo. O Governo vai enaltecendo o esforço do dispositivo e o CONAC já se dirigiu ao DECIF com palavras de encorajamento. É mais do mesmo. Só muda o ano. Texto: Patrícia Cerdeira

Fotos: Sérgio Santos, Vitor Simões, Bombeiros para Sempre e LUSA.

Os apelos são os mesmos mas ganham outro peso

quando a situação a isso o obriga. Nas últimas sema-nas, Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos bom-beiros Portugueses (LBP) tem tecido duras criticas aos responsáveis do Ministério da Agricultura e da Justiça. Perante a multiplicação de ignições diárias que surgem quase sempre nos mesmos locais” e “durante a noite”. Jaime Marta Soares apelou à revisão do Código Penal no sentido de se proceder a uma maior criminalização para o crime de fogo posto.

“O Código Penal tem de ser analisado de forma que não permita que um incen-diário seja levado a um juiz e depois vá para casa com apresentações periódicas. Estas coisas não podem continuar assim”, sustentou o dirigente. O presidente da Liga de Bombeiros defende, ainda, que nesta altura do ano o incendiário não deve estar detido numa prisão, mas em “colónias de traba-lho”, onde possa estar vigia-do e não possa andar nas zonas de floresta, defendeu

o dirigente lembrando que os dois bombeiros falecidos este ano são “heróis e exemplo dos que dão vida pelos bens da pátria”, que outros insistem em “des-truir”.

Noutro sentido, o presi-dente da LBP defendeu tam-bém que é “urgente” proce-der ao ordenamento da flo-resta portuguesa, que con-sidera estar “maltratada e abandonada”, transforman-do-se por isso no “grande problema dos fogos em Por-tugal”.

Marta Soares não poupou críticas ao Governo, subli-nhando que o Estado é pro-prietário da “floresta mais maltratada do país”, subli-nhando que “com este exemplo, não se pode exigir aos outros que façam dife-rente” Jaime Soares exigiu, por isso, que o Ministério da Agricultura faça “aquilo que sabem fazer”. “Temos bons técnicos da floresta em Por-tugal, mas é crime que não façam o que tem que ser fei-to”», salientou, referindo-se ao ordenamento da floresta.

A prevenção como arma de combate aos incêndios

Liga exige intervenção em várias frentesfoi outra das necessidades apontadas por Jaime Soa-res, que considera que não se podem “entender os fo-gos florestais como uma fa-talidade”.

“Os bombeiros não che-gam para tudo. Prevenção e combate têm de estar em linha de paralelo”, referiu o dirigente repetindo este tipo de apelos em momentos distintos.

Mais militares no terreno

Para garantir uma vigilân-cia permanente na floresta, nomeadamente, nos dias mais críticos, o presidente da Liga pediu ao ministro da Administração Interna que “reforce o dispositivo da GNR” no terreno e que, em última instância, recorra aos “desempregados” para tra-balhos de prevenção.

Na resposta, Miguel Mace-do anunciou, no passado dia 21 de agosto, um reforço de mais de 200 homens nos meios de patrulhamento da floresta portuguesa, devido às suspeitas de fogo posto em vários pontos do país.

“Atendendo a algumas das situações mais graves que têm acontecido e à circuns-tância de, por exemplo, num dos incêndios que ocorreu no distrito de Viseu, ele ter acontecido com oito ignições simultâneas em sítios dife-rentes, nós demos ordem no sentido de reforço do dispo-sitivo de patrulhamento e fiscalização da floresta por-tuguesa”, afirmou o gover-nante. Miguel Macedo acres-centou que “mais de duas centenas de elementos das forças de segurança e forças militares estão a ajudar nes-se patrulhamento e nessa vigilância”, com o “propósito de suster situações que, tudo aponta, constituem atos criminosos”.

Questionado sobre o que se pode fazer para conter a vaga de incêndios no país, Miguel Macedo respondeu que é necessário haver uma maior fiscalização de todas as entidades competentes para os trabalhos que de-vem ser feitos antes da épo-ca de incêndios, como lim-pezas de áreas florestais ou abertura de acessos.

PC

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5AGOSTO 2013

Nos cafés, nas ruas, nos espaços pú-blicos ouvem-se desabafos de quem se afirma “cansado” dos ve-

rões em Portugal. “É sempre a mesma coisa e estes bombeiros que não têm descanso”, estas são palavras sentidas de um popular da vila de Góis, distrito de Coimbra, o concelho que à data de fecho desta edição tinha enfrentado um dos maiores incêndios desta temporada. Mas antes desta ocorrência que terá consumi-do “mil hectares” segundo a presidente de câmara, o fogo já tinha invadido Sá-tão, Miranda do Douro, Covilhã, Sever do Vouga, Figueiró dos Vinhos, e outras de-zenas e dezenas de concelhos, de norte a sul, que diariamente têm feito parango-nas nos jornais pelo simples fato de esta-rem a arder mais uma vez este ano. Mas há incêndios que marcam o país e os bombeiros de forma diferente e irrepará-vel. É o caso do trágico incêndio de Cou-tada, concelho da Covilhã, que vitimou, mais recentemente, um bombeiro de lar-ga experiência. Estes homens e mulheres têm nome, e este chamava-se Pedro Ro-drigues, tinha 41 anos. Antes do Pedro, já o país dos bombeiros tinha chorado outra vítima do fogo. António Ferreira, 45 anos, não resistiu às queimaduras de que foi vítima quando combatia um incêndio florestal no início do mês, em Cicouro,

junto à fronteira com Espanha. Deste trá-gico acidente que marcará para sempre a história dos voluntários de Miranda do Douro, há ainda a registar dois ferido graves. Daniel Falcão, de 25 anos, e Vítor Ribeiro, de 32. Este último teve entretan-to alta hospitalar. Já o bombeiro mais novo, que tem queimaduras de terceiro grau em cerca de 70 por cento do corpo, “mantém uma situação clínica grave, ventilação mecânica e um prognóstico re-servado”.

Este são os casos mais gritantes, mas país fora há dezenas de casos de bombei-ros feridos de forma ligeira, muitos dos quais têm sido obrigados a ir ao hospital por inalação de fumo.

A morte dos dois bombeiros faz en-grossar a lista de vítimas às mãos dos incêndios.

Equipados de forma “irrepreensível”, segundo os responsáveis da ANPC con-tactados pelo nosso jornal”, estes dois homens foram apanhados por uma brus-ca mudança de vento, acidentes que se-gundo informou ao ‘BP a Autoridade es-tão já a “ser alvo de investigação técni-ca”.

Nas associações atingidas por estas mortes, os colegas lamentam que o fogo “nem lhes permite fazer o luto”. Perante a notícia que ninguém quer ouvir, os bom-

beiros são obrigados a guardar as lágri-mas para mais tarde porque a situação assim o obriga.

Às cerimónias fúnebres dos dois bom-beiros, os que não podem estar presen-tes demonstram o pesar e a dor através do cumprimento de minutos de silencia, que por estes dias mais parecem horas. É assim um por todo o país e na era das tecnologias, os bombeiros cumprimenta--se através da redes sociais que fazem multiplicar as cerimónias de homena-gem.

Na dura realidade das estatísticas, fi-cam os números a comprovar o esforço. Desde 1980 já perderam a vida 217 bom-beiros em serviço. Destes, 104 morreram em incêndios florestais. Números a care-cer de atualização dão conta de cerca de 20 mil hectares de área ardida. A Policia Judiciária já deteve, este verão, 29 indiví-duos suspeitos de fogos posto.

Para além do Continente, o fogo voltou igualmente a assustar e a fazer estragos na Madeira. Durante quatro dias, m a zona alta do Funchal não teve descanso. O governo do Continente chegou mesmo a disponibilizar ajuda que não chegou a ser precisa porque entretanto a meteo-rologia ajudou a acalmar a situação. Mesmo assim, foram quatro dias de preocupação e muito esforço para os

bombeiros da região que não tiveram mãos a medir. No rescaldo 20 casas fo-ram atingidas, em 11 a perda é total. Há 21 realojados á espera que o executivo de Alberto João Jardim encontre uma so-lução definitiva.

CONAC destaca empenhamento

José Manuel Moura, Comandante Ope-racional Nacional, dirigiu-se, no passado dia 19 a todo o dispositivo. “Estamos a meio da fase Charlie, mas não estamos a meio do vosso empenhamento, porque ele é total, notável e permanente, pelo que jamais permitirei que quem quer que seja belisque o vosso trabalho”, sublinha o responsável numa nota escrita enviada a todo o DECIF. Referindo-se à morte dos dois bombeiros, José Manuel Moura refe-re que “não existe nenhum hectare nem qualquer árvore que justifique a sua per-da”. “Companheiros, adivinham-se dias ainda difíceis, de árduo trabalho, pelo que vos apelo uma vez mais ao estrito cumprimento das regras de segurança, ao uso do equipamento de proteção indi-vidual, a uma condução defensiva e se-gura, porque seria tudo isto, com toda a certeza o que o António e o Pedro me aju-dariam a escrever para todos vós”, acres-centa o responsável.

PARA OS BOMBEIROS

Presente!

Não há memória de um ano assim. Para além das duas vítimas mortais e dos feridos, um

dos quais ainda se mantém em situação critica, o verão deste ano fica também marcado por mi-lhões de euros em prejuízos materiais.

O acidente mais recente, ocorrido no passado dia 11 de agosto, aconteceu no grande incêndio de Penacova, distrito de Coimbra. As chamas destruíram duas viaturas dos bombeiros volun-tários de Penacova, uma da corporação de Vila Nova de Poiares e outra da corporação de Bras-femes, tendo os bombeiros que seguiam nos carros conseguido fugir das chamas.

Mais dramático foi o acidente ocorrido no pas-sado dia um deste mês, do qual resultou a mor-te do voluntário de Miranda do Douro. Os bom-beiros foram surpreendidos por uma mudança brusca de vento e ficaram encurralados no meio das chamas, entre Cicouro e São Martinho de Angeira, junto à fronteira com Espanha. A viatu-ra dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro ficou completamente carbonizada.

Num acidente similar, ocorrido também neste

dia, um carro de combate a incêndios dos Bom-beiros de Salvação Pública de Chaves ardeu por completo durante o combate a um incêndio flo-restal em Boticas. O carro era o mais antigo da associação.

A perda de viaturas começou em julho, já em plana Fase Charlie. No passado dia 11 de julho, uma viatura dos Bombeiros de Alfândega da Fé sofreu um acidente, de madrugada, na zona de Cabreira. O veículo dos Bombeiros de Alfândega da Fé capotou e acabou por arder, mas os cinco

ocupantes conseguiram sair praticamente ile-sos, quando combatia um incêndio de duas frentes. O carro ficou atascado e os bombeiros tentaram retirá-lo, mas não conseguiram por causa do fogo que era muito grande. Tiveram de fugir e abandonar o veículo, explicou João Mar-tins, comandante dos Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé, salientando que os operacio-nais não tiveram alternativa

Por último, os Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha também lamentam a perda

de uma viatura de fogo. Trata-se de um veículo rural de combate a incêndios, com capacidade para três mil litros. A viatura terá avariado e bloqueado, obrigando os bombeiros a abando-ná-la.

De todos estes acidentes há a registar vários feridos ligeiros que tiveram alta entretanto. Ex-ceção para o bombeiro de Miranda do Douro, 25 anos, que continua internado com prognóstico muito reservado.

PC

Já arderam 8 viaturas

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6 AGOSTO 2013

Exposições virtuais recordam factos históricosPesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista

Fotos: Arquivo LBP/NHPM

Agosto é, em matéria de his-tória cronológica e factual,

sinónimo de várias evocações. Desde logo, aquela que tem a ver com o feito que guindou in-ternacionalmente o bom nome dos bombeiros portugueses: a vitória no Congresso-Concurso Internacional de Bombeiros, realizado em Vincennes, perto de Paris, a 18 de Agosto de 1900, por intermédio da parti-cipação do Corpo de Salvação Pública do Porto (CSPP), actual Batalhão de Sapadores Bom-beiros do Porto, sob o comando do inspector Guilherme Gomes Fernandes.

Mas, não é a tal aconteci-mento que nos referiremos na presente edição do “BP”, uma vez que já tivemos o ensejo de o recordar, no passado mês de Maio, quando nos debruçámos sobre “As manobras/desporto e seus antecedentes”.

Nesta oportunidade, duas datas merecem, pois, a nossa especial atenção. São elas: 18 de Agosto de 1930, que marca a fundação da Liga dos Bom-beiros Portugueses, na sequên-cia do Congresso Nacional de Bombeiros, reunido no Estoril; e 25 de Agosto de 1988, dia em que os corpos de bombeiros da cidade de Lisboa e arredores travaram o mais complexo in-cêndio de que há memória após o terramoto de 1755, no Chiado.

De resto, é aos dois factos que correspondem as imagens iconográficas que aqui repro-

duzimos, retiradas de duas ex-posições virtuais, temporárias, organizadas pelo Núcleo de História e Património Museoló-gico (NHPM), as quais lança-mos simultaneamente com a publicação deste número do “BP”.

“O ano de 1930 é, para os bombeiros portugueses, um marco importante na sua histó-ria e, em especial na sua histó-ria recente. Depois de várias tentativas de reorganização da Federação dos Bombeiros Por-tugueses, as associações e cor-pos de bombeiros, reunidos na-quele ano, em Congresso, no Estoril, decidiram a criação de uma confederação nacional que denominaram Liga dos Bom-

beiros Portugueses. Os estatu-tos só foram aprovados no II Congresso Nacional, reunido na cidade de Setúbal, em 1931, e definiram como grande objecti-vo da novel instituição ‘defen-der e promover quanto importe aos interesses dos serviços de incêndios e socorros em cala-midades públicas’”.

Assim principia a história da Confederação e surge também, agora, em termos de inovação, a exposição dedicada aos 83 anos da sua existência, subor-dinada ao tema “Liga dos Bom-beiros Portugueses, 1930-2013”, onde o visitante poderá apreciar algumas das peças museológicas recentemente re-cuperadas pelo NHPM, visuali-

zar documentos e imagens his-tóricas, bem como ficar a saber quem foram as personalidades que, ao longo dos tempos, pre-sidiram à instituição. Ainda a propósito, são recordadas as 12 capas da antiga revista “Fogo e Técnica”, saída, pela primeira vez, em Fevereiro de 1978.

Disponível no endereço http://lbpmemoria.wix.com/lbp83anos, pode ler-se no res-pectivo texto de apresentação que “esta mostra reúne e dá a conhecer alguns dos momentos mais marcantes da marcha temporal, a passo firme, prota-gonizada pela Liga dos Bombei-ros Portugueses, que, por si só, reflectem a abrangência repre-

sentativa desta e a sua constan-te intervenção na construção do futuro dos bombeiros em Portu-gal”.

Refira-se que, ao nível orga-nizativo e de recuperação docu-mental, o que consubstancia as bases da criação do Núcleo de História e Património Museoló-gico, “a selecção dos conteúdos realizada para o efeito não constituiu tarefa fácil”, em vir-tude da “existência de um com-plexo e importante acervo his-tórico com interesse”. Acresce ainda que “a recolha final, que ultrapassa a centena de peças, vai ao encontro da função di-dáctica em que consiste a divul-gação da História e da pretendi-da dignificação de 83 anos de afirmação colectiva”.

Por seu lado, a segunda ex-posição, acessível através do domínio http://lbpmemoria.wix.com/incendiochiado25a-nos, versa o grande incêndio do

Chiado e decorre da publicação, na edição de Junho do “BP”, de uma parte do trabalho fotográ-fico levado a cabo pelo fotojor-nalista Marques Valentim, há precisos 25 anos, para o “Cor-reio da Manhã”, do qual foi um dos jornalistas fundadores.

Ao todo, são dezenas de foto-grafias históricas que documen-tam os níveis elevadíssimos de destruição e o esforço notável dos muitos bombeiros que acorreram à chamada.

À semelhança do que é dito na apresentação da exposição “Liga dos Bombeiros Portugue-ses, 1930-2013”, “sem mais considerações, estão abertas as portas ao visitante e desafia-mo-lo a deixar-se contagiar pelo poder das imagens”.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

LBP 1930-2013/INCÊNDIO DO CHIADO, 25 ANOS

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7AGOSTO 2013

Um parecer do Conselho Ju-risdicional da Ordem dos

Enfermeiros, elaborado em 2012, diz preto no branco que estes técnicos não podem reali-zar atos de enfermagem en-quanto voluntários, indicando que o regime de voluntariado contraria a autonomia da pro-fissão. Apesar disto, e confron-tada pelo ‘BP’ com as centenas de enfermeiros que são volun-tários nos corpos de bombeiros, a Ordem admite ao nosso jornal “ter de olhar para estes casos com especial atenção”.

A decisão tem um ano e con-tinua a levantar polémica, no-meadamente, no que concerne à colaboração de enfermeiros com os corpos de bombeiros. Segundo Rogério Gonçalves, presidente do Conselho Jurisdi-cional, a Ordem viu-se “obriga-da” a clarificar esta situação porque “existem várias institui-ções que estão a contratar en-fermeiros em regime de volun-tariado e no fim, sem mais nem menos, prescindem das colabo-

rações com a explicação de que os profissionais não têm as competências suficientes”, con-ta o responsável da Ordem que sublinha o papel “regulador” desta estrutura na profissão e na “defesa” dos direitos dos en-fermeiros. Em declarações ao ‘BP’, Rogério Gonçalves refere que o parecer em causa tem por objetivo salvaguardar os profissionais, em casos de atro-pelos à profissão, mas também os cidadãos, já que num cená-rios de más práticas em que seja necessário aplicar uma sanção disciplinar, a Ordem só pode atuar se o enfermeiro agir enquanto técnico de saúde e não como voluntário, já que o voluntariado remete para legis-lação própria. Além disso, refe-re Rogério Gonçalves que, no caso dos corpos de bombeiros, os enfermeiros que estejam in-tegrados na estrutura são obri-gados a responder ao coman-dante situação que coloca em causa a “independência técni-ca” da profissão e que contraria

a legislação dos enfermeiros que não podem ter “dependên-cia hierárquica de outras estru-turaras” que não as ligadas à profissão.

Por tudo isto, diz a Ordem que, no caso dos corpos de bombeiros, um enfermeiro só pode prestar atos de enferma-gem enquanto cidadão voluntá-rio e não enquanto técnico de saúde. Questionado pelo ‘BP’ sobre como será possível a um cidadão comum efetuar atos de enfermagem se não for enfer-meiro, Rogério Gonçalves acrescenta: “É verdade. E tal-vez por isso a Ordem tenha de elaborar outro parecer para este tipo de situação. Quando elaboramos o parecer de 2012 não analisámos a questão dos corpos de bombeiros mas admi-to que tenha de ser abordada de outra forma”, conclui o res-ponsável que promete uma nova clarificação por parte da Ordem dos enfermeiros até ao final do ano.

Patrícia Cerdeira

ENFERMEIROSNÃO PODEM SER VOLUNTÁRIOS

Ordem admite rever

parecer polémico

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A obrigatoriedade está plas-mada na lei mas só desde o

passado dia um de agosto é que o INEM determinou que os pe-didos de socorro feitos junto dos corpos de bombeiros têm de ser triados pelos Centros de Orientação de Doentes Urgen-tes (CODU) do INEM, estruturas que decidem a partir de agora os meios a disponibilizar.

Desde a primeira hora que a Liga dos Bombeiros Portugue-ses está contra esta nova meto-dologia e promete lutar “com

todas as forças” para que este modelo seja suspenso. Jaime Marta Soares, presidente da LBP, defende que esta opção “pode eventualmente criar difi-culdades a quem estiver numa situação crítica”. “Qualquer atraso na chegada de socorro à vítima pode levar a situações ir-reversíveis ou até à perda de vidas humanas”, alerta o diri-gente. De acordo com a LBP, “qualquer responsabilidade na demora da prestação

de socorro dentro deste âm-

bito não pode em circunstância alguma ser imputada aos bom-beiros, mas sim ao INEM.

A triagem das chamadas de emergência médica pelo CODU não é nova, estando prevista na lei desde 1997. Com a decisão do INEM , comunicada a todos os corpos de bombeiros, os operadores são obrigados a re--encaminhar as chamadas de emergência médica para o INEM, sob pena de não recebe-rem o subsídio cada vez que o CODU aciona uma ambulância

LIGA REJEITA RE-ENCAMINHAMENTO DE CHAMADAS

Atrasos são responsabilidade do INEMA polémica está instalada com a Liga dos Bombeiros Portugueses

(LBP) a denunciar que a obrigatoriedade de fazer passar as chamadas de emergência pela linha 112 pode criar dificuldades.

A Confederação vai mais longe e diz mesmo que qualquer atraso e as suas consequências terão de ser imputados ao INEM. O INEM

não recua e admite não pagar serviços que não passem pelas centrais CODU.

Texto: Patrícia Cerdeira

dos bombeiros. Uma das ques-tões que se coloca prende-se com o tipo de equipamento dis-ponível nas associações e cor-pos de bombeiros. Se há casos onde os telefones fazem redire-cionamento automático de cha-madas, outros há em que para fazer a triagem para o CODU o operador terá de utilizar outro telefone ou desligar mesmo a chamada de pedido de socorro inicial, e esta é uma das condi-cionantes denunciadas por vá-rias associações.

A Liga de Bombeiros Portu-gueses diz que mantém total disponibilidade para “pugnar pela qualidade da prestação de

serviço de emergência”, mas conclui reafirmando “não se responsabilizar, em circunstân-cia alguma, pelos atrasos na prestação de socorro por parte dos bombeiros, já que o despa-cho de meios é da total respon-sabilidade do CODU”.

A decisão do INEM foi tam-bém comunicada aos bombei-ros pela Autoridade Nacional de Proteção Civil que, através da Direção Nacional de Bombeiros, alertou as associações para a necessidade de realização da triagem pelo INEM das chama-das recebidas diretamente nas suas centrais telefónicas. A Pro-teção Civil sublinha que não fo-

ram dadas instruções aos bom-beiros para que não respondes-sem aos pedidos de envio de ambulâncias do INEM sem que antes fossem re-encaminhadas para os CODU.

Num esclarecimento publica-do já este mês na imprensa diá-ria, o presidente do INEM, Mi-guel Soares de Oliveira, refere que até um de agosto havia ca-sos em que a situação era transmitida ao INEM “tardia-mente, no final da avaliação à vítima realizada pelos bombei-ros no local”, o que poderia limi-tar “as mais-valias para o cida-dão de acesso precoce ao INEM”, referiu Miguel Soares.

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8 AGOSTO 2013

O Governo Regional da Madeira decidiu conceder apoios de 194 mil euros a cinco corpos de bombeiros do arquipélago, destinados à aquisição de equipamentos de proteção individual

e de combate a incêndios.As associações e corpos de bombeiros contemplados são os Voluntários Madeirenses, Porto

Santo, Ribeira Brava, Santana e São Vicente e Porto Moniz.O apoio, que será disponibilizado após a celebração de contratos-programa, segundo o Go-

verno Regional da Madeira, visa melhorar as operações de socorro na Região e as condições de segurança em que os bombeiros as desenvolvem.

MADEIRA

Governo atribui apoio a bombeiros

A Câmara Municipal de Palmela decidiu recen-temente renovar o protocolo com as três as-

sociações de bombeiros do concelho no âmbito do apoio ao funcionamento dos grupos de bom-beiros permanentes e de comparticipação nos encargos com os seguros das viaturas de emer-gência.

O protocolo, existente desde 1999, prevê mais

de 290 mil euros destinados a comparticipar a permanência de 6 elementos nos Voluntários de Palmela, Bombeiros de Pinhal Novo e Mistos de Águas de Moura, num total de 18 operacionais.

No caso da comparticipação nos seguros das viaturas de emergência, o protocolo abrange 71 veículos e um total de apoio superior a 17 mil euros.

PALMELA

Autarquia renova protocolos

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), a Liga dos Bombeiros Portugueses

(LBP) e 25 comunidades intermunicipais e áreas metropolitanas assinaram no Ministério da Ad-ministração Interna (MAI), no passado dia 29 de julho, vários protocolos para assegurar a execu-ção de projetos de aquisição de equipamentos de proteção individual para corpos de bombei-ros. Miguel Macedo explicou que vai ser feito “um investimento total de 7,5 milhões de euros, com recursos a fundos comunitários, para aqui-sição de forma de descentralizada de equipa-mento individual de proteção para os bombei-ros”. Segundo o ministro, este investimento vai permitir que metade dos efetivos que integram as corporações de bombeiros voluntários rece-bam equipamentos. Este projeto financia 92 por cento do total da despesa, ficando o restante a cargo das câmaras municipais. Miguel Macedo considerou o investimento importante, tendo em conta que todos os bombeiros vão passar a estar mais protegidos nas suas atividades. Tam-bém o presidente da LBP, Jaime Marta Soares, destacou a importância deste investimento, afir-mando que este apoio “é algo que acontece pela primeira vez”. Jaime Marta Soares explicou que com a extinção dos governos civis, os corpos dos bombeiros deixaram de ter apoio para os equipamentos individuais de proteção, tendo o MAI definido a estratégia que agora se consolida com a assinatura deste protocolos. Segundo o presidente da LBP, os 7,5 milhões de euros vão ser distribuídos pelas associações de bombeiros em Portugal através das comunidades intermu-

nicipais e áreas metropolitanas. “É uma nova forma de apoiar os bombeiros, o que permite que as câmaras municipais tenham que disponi-bilizar só sete por cento para concretizar este grande objetivo”, referiu, salientando que o in-vestimento é “prioritário porque garante mais segurança a todos os bombeiros que se encon-trem nos teatros de operações a combater os incêndios florestais”.

PC

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

7,5 milhões para investir

No passado dia 31 de Julho, aos 82 anos de idade, faleceu o Comandante Morga do QH

dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento.O seu corpo esteve em câmara ardente no

quartel, onde inúmeros amigos que foi granjean-do ao longo da sua vida, tanto nos Bombeiros, como no Exército e na vida civil ali marcaram presença. Ali se viram comandantes e antigos co-mandantes de muitos Corpos de Bombeiros da região bem como muitos bombeiros que se que quiseram juntar aos Bombeiros do Entroncamen-to no momento da despedida deste seu amigo. Foi um cidadão digno, respeitado e respeitador, um cidadão exemplar e amigo do seu amigo.

O funeral seguiu no dia seguinte para o cemi-tério da Póvoa de Santa Iria onde o corpo foi cre-mado.

Exerceu as funções de comandante do seu Cor-po de Bombeiros desde 1978 até 1997 quando passou ao Quadro Honorário.

Em 1998, no âmbito do Cinquentenário da sua Associação e do seu Corpo de Bombeiros, concre-tamente em 11.10.98, foi o homem forte da or-ganização do VIII Encontro Nacional dos Bombei-ros do Quadro Honorário que a Liga dos Bombei-ros Portugueses, com a colaboração da Federa-ção dos Bombeiros do Distrito de Santarém, nessa data realizou na cidade do Entroncamento.

O Comandante Morga era um homem mais de obras do que de palavras. E os inúmeros amigos que tinha espalhados pelo país sabem bem que foi sempre assim.

Ainda no tempo em que mal se falava de Pro-teção Civil, já tinha no seu quartel um Gabinete autónomo, equipado com sala de reuniões, gera-dor e equipamento de proteção individual e de comunicações para uma Comissão equivalente à actual Comissão Municipal de Proteção Civil.

Quando passou ao Quadro de Honra, volunta-riamente e em sintonia com a Câmara Municipal do Entroncamento, instalou e equipou o Serviço

Municipal de Proteção Civil. Foi Coordenador da-quele Serviço durante mais de 15 anos e, segun-do consta, desempenhou aquela missão em regi-me de Voluntariado, como sempre fez nos Bom-beiros.

Foi um distinto Oficial do Exército de onde se reformou com o Posto de Capitão.

Da sua folha de serviços, tanto na vida militar como na vida de Bombeiro constavam várias dis-tinções.

Foi condecorado com a Medalha de Ouro da Ci-dade do Entroncamento pelos relevantes serviços prestados à causa dos Bombeiros e da Proteção Civil.

Já em 2013, no dia 12 de Janeiro, na data do 64.º Aniversário dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento, foi condecorado com o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, por proposta da sua Associação.

Carlos Pinheiro

ENTRONCAMENTO

Faleceu Artur Morga

Mais de mil pessoas acompanharam as cerimónias fúnebres, de Licínio

Ribeiro, bombeiro e quarteleiro dos Vo-luntários Barcelinhos, mas que deixou de luto todos os quartés do norte do e centro do país, onde era um considera-do um xemplo de entrega ao causa um arauto do lema “vida por vida”

Todos os elementos dos Bombeiros Barcelinhos se uniram neste último adeus tal como mais duas centenas de outros soldados da paz de muitos quar-téis do país.

O pároco de Barcelinhos que presidiu às cerimónias fúnebres falou de Licínio Ribeiro, como um “homem que ajudava os outros, sem pedir nada em troca e se sentia bem por isso, conhecido em todo o lado e um exemplo para toda a comunidade”.

Também o comandante dos Voluntários de Bar-celinhos, José Beleza, sublinhou que “ninguém esquece um homem assim, tão presente, amigo, profissional e querido por todos“.

Nem a doença toldou a vontade de servir o próximo, já bastante debilitado Licínio Pereira Ri-beiro continuava disponível para efetuar o trans-porte dos doentes para tratamentos para várias unidades de saúde, nomeadamente para o Porto, conforme contou ao jornalistas há uns meses, quando o jornal Bombeiros de Portugal esteve no quartel de Barcelinhos.

Nessa mesma ocasião o homem tímido e sim-ples pouco habituado a entrevistas, contou vários episódios de uma vida cheia de histórias ao servi-ço da associação que serviu durante mais de meio século. Foram muitos atos de bravura e co-ragem em tantos e distintos teatros de operações que Licínio Ribeiro reduzia a uma obrigação de quem escolheu servir os outros.

O “9” era um bombeiro estimado e respeitado pela comunidade. Contam que, para além das

missões de socorro, cumpria muitas outras, sem-pre com o intuito de ajudar e de confortar quem mais necessitava.

Foi, com emoção, que no passado mês de ju-nho, por ocasião do aniversário dos Bombeiros de Barcelinhos, que recebeu o Colar da Ordem de Mérito. Na ocasião já bastante debilitado e muito comovido ouviu José Arlindo Costa, presidente da associação retrata-lo como “um homem com “H” grande”, para todos “o melhor exemplo”.

Entre os muitos títulos que foi arrecadando ao longo da sua vida ativa, o Licínio Ribeiro foi agra-ciado com a Medalha de Prata Cidade de Barcelos e o Crachá da Liga dos Bombeiros Portugueses.

O Bombeiro 9 há já algum tempo que encon-trava no Quadro de Honra dos Bombeiros de Bar-celinhos, mas esteve sempre no ativo.

Licínio Ribeiro, o já lendário quarteleiro dos Vo-luntários de Barcelinhos, partiu aos 71 anos, víti-ma de doença prolongada, deixando mais pobre a família dos Bombeiros de Portugal, que, certa-mente, lhe votará lugar de destaque na galeria dos seus mais ilustres representantes.

BARCELINHOS

“Lendário 9” deixa saudades

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9AGOSTO 2013

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Barcelinhos luta pela constru-ção de um novo quartel para o seu corpo de bombeiros. Se-gundo nos informaram a dire-ção e o comando “o sonho está à vista de se concretizar” em face dos bons resultados dos contactos estabelecidos, quer com a Câmara Municipal de Barcelos, quer com a Autorida-de Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Os responsáveis definem a si-tuação como “um processo so-frido durante muito tempo e que começa a ganhar os contornos necessários para finalmente ga-rantir a sua concretização”.

O terreno cedido pela Autar-quia situa-se numa zona perifé-rica em relação à zona urbana da freguesia de Barcelinhos com acesso privilegiado aos princi-pais eixos rodoviários.

Na memória descritiva é real-çada a sua proximidade às prin-

cipais vias de acesso local, o acesso a concelhos limítrofes e acesso de forma desobstruída à rede viária nacional e a proximi-dade operacional de combate a sinistros nos tecidos urbano e industrial.

O novo quartel, cujas ima-gens temos a oportunidade de mostrar em primeira mão, de-senvolve-se, preferencialmente, por um único piso sendo pro-posto um segundo piso apenas sobre a zona da entrada princi-

pal destinado à direção e co-mando. O edifício desenvolve-se em L implantado numa platafor-ma de nível distinguindo-se dois núcleos funcionais independen-tes.

Segundo o arquiteto Pedro Magalhães, autor do projeto, “ o edifício é marcado por uma pro-curada horizontalidade, de li-nhas e planos que definem as fachadas e a própria volumetria e tal opção reforça a ligação do objeto construído ao terreno e

simultaneamente pretende afir-mar-se como uma forma de re-duzir a escala do edifício”.

O atual quartel remonta ao início da década de oitenta do século passado e situa-se, des-de logo, numa zona de risco de cheias, risco igualmente asso-ciado à rutura de barragens. Por outro lado, a sua localização em pleno centro histórico da ci-dade de Barcelos não possui qualquer área livre disponível para a sua ampliação.

Falta de espaço no parque de viaturas (metade ficam estacio-nadas na via pública), falta de camarata feminina, falta de sala de convívio para os bom-beiros, falta de espaço para for-mação e reunião, e falta de es-paço para uma verdadeira cen-tral de comunicações e área para higienização e manuten-ção de viaturas são algumas das razões de peso para justifi-car a necessidade do novo quartel.

BARCELINHOS

Novo quartel é um sonho à vista

Foi inaugurada, no passado dia 12 de agosto, a nova Base Logística de Apoio (BAL9 à proteção civil e

o aeródromo de Castelo Branco, um investimento de seis milhões de eu-ros, financiado em 85 por cento por fundos comunitários e o restante pela Câmara Municipal de Castelo Branco. “Esta é uma estrutura situada numa encruzilhada de zonas complicadas em termos de Proteção Civil, que per-mite criar excelentes condições aos operacionais que no dia a dia salva-guardam pessoas e bens”, disse aos jornalistas o ministro da Administra-ção Interna, Miguel Macedo, que pre-sidiu à cerimónia de inauguração. Para o presidente da câmara de Cas-telo Branco, Joaquim Morão, “esta é

uma estrutura de grande importância para qualquer região”. Ainda segundo o autarca, o “aeródromo é um grande equipamento de Castelo Branco, no qual deposita enormes esperanças para o futuro da cidade e do conce-lho”. O aeródromo tem uma pista de 1600 metros de comprimento. Já a Base de Apoio Logístico para os bom-beiros e proteção civil tem uma área de construção de dois mil metros qua-drados e integra 12 camaratas, com capacidade para 120 pessoas, nove quartos para pilotos de aviões ou he-licópteros, uma sala de reuniões, uma sala de estar, e um refeitório, além das respetivas zonas de estaciona-mento.

Apesar da inauguração oficial só ter

acontecido em meados deste mês, a nova BAL de Castelo Branco entrou em funcionamento em julho. É ali que estão sedeados alguns elementos da FEB e dois helicópteros de combate a incêndios.

Racionalização sem “stress”

A inauguração destas novas in-fraestruturas decorreu numa sema-na muito dura para os bombeiros, com dezenas e dezenas de ignições que levaram ao terreno milhares e milhares de homens e mulheres. Tal-vez por isso, não tenham “caído” da melhor forma as declarações do mi-nistro da Administração Interna que aproveitou mais este momento para

sublinhar a necessidade de haver um esforço para a “racionalização” de estruturas de bombeiros em Portu-gal. “Há situações em que muito difi-cilmente se pode perceber a duplica-ção ou triplicação de estruturas”, dis-se. Miguel Macedo referiu que há “bons exemplos” concretizados, como aconteceu em Espinho, “que ti-nha duas corporações de bombeiros e que já anunciaram a sua fusão, num ambiente pacífico de vontade mútua”. Para o responsável, a ques-tão da racionalização não se resume apenas aos meios financeiros. “Em muitos casos, do ponto de vista ope-racional, não faz sentido haver essa dispersão de meios. Ou seja temos que trabalhar este dossiê numa lógi-

ca de capacidade de eficiência opera-cional”, afirmou. O ministro conside-rou ainda que este processo deve ser feito sem “stress” e de “forma volun-tária”, afirmando-se defensor da “concertação”.

“As pessoas têm mente aberta para perceber os argumentos da racionali-dade. É péssimo que, quando quere-mos discutir com inteligência e sere-nidade uma qualquer questão, se in-troduzam elementos de irracionalida-de”, disse. Miguel Macedo explicou que este processo se “fará ao longo de bastantes anos, num ambiente de cooperação, sensatez e racionalidade. É um percurso que temos que fazer, pois o país precisa”.

PC

BAL DE CASTELO BRANCO

Capacidade para 120 pessoas

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10 AGOSTO 2013

QUELUZ

Estágios levam jovens ao quartel

Os princípios de rigor que norteiam a Asso-ciação Humanitária

dos Bombeiros Voluntários de Queluz têm permitido o in-vestimento em equipamentos e uma aposta clara na forma-ção que dos operacionais que servem as áreas de Queluz, Monte Abraão e Massamá e garantem o socorro a cerca de 100 mil habitantes.

Determinados a contrariar as adversidades, direção e comando, vão preparando o futuro, chamando para a cau-sa do voluntariado os mais jovens, conforme revelou ao nosso jornal Ramiro Ramos,

presidente dos Voluntários de Queluz, a propósito dos 3.ºs Estágios de Verão que decor-reram, no quartel, de a 1 a 26 de julho.

Também o comandante Joa-quim Santos sublinha a impor-tância desta iniciativa que tem permitido divulgar a atividade dos bombeiros, sensibilizar e aproximar a comunidade e até assegurar reforços para o cor-po de bombeiros. O responsá-vel operacional explica que a “captação” é efetuada nas es-colas da área de intervenção do Voluntários de Queluz, nas redes sociais, mas também pelos participantes em edi-

ções anteriores. O número de candidatos tem vindo a au-mentar de ano para ano, con-forme sublinha o comandante. Refira-se que em 2009, 24 jo-vens frequentaram curso de técnicas de socorrismo e o es-tágio em ambulância, este ano, o número de participan-tes disparou para mais de 60.

“O estágio é composto por 40 horas de formação, oito horas de workshops sobre di-versas temáticas nomeada-mente técnicas de grande ân-gulo e desencarceramento e depois fazem um estágio de 32 horas, saindo como tercei-ro elemento nas nossas am-

bulâncias, apenas como ob-servadores”, explica o coman-dante, especificando que, dia-riamente, dois grupos, de quatro elementos, cumpri-riam o horário das 8 às 16 h. ou das 16 à meia noite”.

Cumprido o horário, muitos eram os que permaneciam no quartel, algo que o responsá-vel assinala com muita satis-fação, até porque esta postu-ra contraria o futuro negro que muitos traçam para o vo-luntariado.

“Alguns ficam”, diz-nos o comandante citando o exem-plo de Beatriz Garcia, uma estudante de medicina que

participou na primeiras edi-ção deste projeto e que de-pois ingressou no corpo de bombeiros, fazendo questão de estar ligada à iniciativa orientando e apoiando os es-tagiários.

“Eu inscrevi-me porque queria perceber se a área da saúde era de fato a mais indi-cada para mim e por isso de-cidi inscrever-me no estágio e acabei por ficar, mesmo de-pois de ter iniciado o curso de medicina que é muito exigen-te”, diz-nos Beatriz Garcia.

“Este ano a expectativa é que, deste grupo, cerca de 30 elementos possam vir a in-

gressar o curso inicial de bombeiro”, revela Joaquim Santos, uma previsão auda-ciosa, porém “realista”, reve-ladora do êxito deste pioneiro projeto que surge como mais uma aposta ganha por este corpo de bombeiros, que terá, certamente, continuidade.

Refira-se que, atualmente, o Voluntários de Queluz con-tam, com 84 elementos no quadro ativo, um grupo “fan-tástico” bem preparado que dá resposta eficaz à popula-ção que serve, muito embora Joaquim Santos sublinhe que os “voluntários nunca são de mais”.

Durante todo o mês de julhoos Voluntários de Queluz promovendo

mais um estágio de Verão, “escancarando”, desta forma, as portas do

quartel aos mais jovens. Nesta terceira edição da iniciativa participaram mais

de seis dezenas de jovens.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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11AGOSTO 2013

O projeto “Prevenir para Prote-ger” do Batalhão Sapadores

Bombeiros do Porto (BSB) cum-priu mais um ano escolar (2012/2013) com 49 sessões de sensibilização realizadas em igual número de escolas básicas da cidade.

Segundo fonte do BSB, o pro-jeto “desenvolve-se no âmbito das responsabilidades acometi-das aos municípios, no que toca à matéria de implementação de planos de segurança e emer-gência e em conformidade com os dispositivos legais vigentes, que regulamentam a segurança contra incêndios aplicável a to-dos os edifícios e recintos esco-lares”.

Neste ação conjunta, o de-partamento municipal de educa-ção (DME) conta com a parceria

do departamento municipal de proteção civil (DMPC), do Bata-lhão Sapadores Bombeiros do Porto (BSB), Polícia de Seguran-ça Pública (PSP) – Escola Segu-ra e Instituto Nacional de Emer-gência Médica (INEM).

Desde o ano letivo 2009/2010, segundo o BSB, “o DME tem vin-do a promover ações em contex-to escolar, nomeadamente, reu-niões de sensibilização e cons-ciencialização junto dos agrupa-mentos de escolas, para além da conceção e entrega do plano de Segurança de cada escola bási-ca, reuniões, exercícios de simu-lacro de incêndio com a partici-pação de todos os parceiros e a comunidade escolar, seguido de uma ação pedagógica junto das crianças por parte dos elemen-tos do BSB e do INEM”.

BSB

“Prevenir para Proteger” em balanço

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A legislação que regula os seguros de acidentes de trabalho obrigatórios para

os bombeiros, e que são pagos pelas autarquias, são nesta al-tura mais abrangentes. Não em matéria de dinheiro, mas antes nos homens e mulheres que a eles têm direito. A moldura le-gislativa revista recentemente alarga aos quadros de reserva, honra, a cadetes e infantes a obrigatoriedade de contratuali-zação de seguros de trabalho. Até aqui apenas os quadros de comando e ativo estavam salva-guardados em caso de acidente em serviço. Apesar deste avan-ço, e depois da polémica em tor-no da conta apresentada à Liga

pelo Hospital Prelada, no Porto, e também devido aos vários aci-dentes em serviço já registados este verão, Jaime Marta Soares, o presidente da Liga dos Bom-beiros Portugueses, referiu ao ‘BP’ que tem mantido contactos com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) para “melhorar os valores legal-mente definidos como mínimos” nos seguros a atribuir aos bom-beiros em caso de acidente. Atualmente, o capital por morte ou invalidez permanente está fi-xado no valor de 225 vezes a Remuneração Mínima Mensal Garantida (RMMG - salário míni-mo) mais elevada. Já por inca-pacidade temporária absoluta e

total estabeleceu-se o montante de 0,11 vezes do salário mínimo nacional mais elevado, por dia. Para despesas de tratamento o valor é de 20 vezes a RMMG ga-rantida mais elevada, devendo os municípios suportar até mais 10 vezes nas situações em que seja necessário. Nos casos em que a incapacidade temporária absoluta e total afete um estu-dante ou um desempregado, o subsídio diário é calculado em função da RMMG. A RMMG para este ano, estabelecida pelo de-creto-lei de Decreto-Lei n.º 5/2010, de 15 de janeiro, é de 475 euros.

Em matéria de tratamentos hospitalares, a Liga considera

LIGA EXIGE AUMENTO DOS SEGUROS PARA BOMBEIROS

Municípios rejeitam mais encargosA vida de um bombeiro vale 109 mil euros. Os tratamentos

hospitalares, incluindo queimaduras graves, valem cerca de 10 mil euros. A partir deste valor os custos são garantidos pelo Fundo de Proteção Social do Bombeiro. Há vários anos que a Confederação vem alertando para a necessidade de aumentar estes capitais e,

mais uma vez este ano, perante a perda de vidas em acidentes em serviço que causaram vários feridos, a Liga volta à carga.

Contactado pelo ‘BP’ o ministério da Administração Interna mostra-se disponível para legislar nesse sentido mas ao que o ‘BP’ apurou a Associação Nacional de Municípios Portugueses não está

disposta a assumir mais encargos.Texto: Patrícia Cerdeira

que o valor dos capitais segura-dos é “ridículo”, Jaime Marta Soares lembra que os encargos nas unidades de queimados são “muitos elevados”, e que os va-

lores cobertos pelos seguros “dão para muito pouco”.

Sensível a esta questão está o ministro da Administração In-terna, Miguel Macedo, que este mês afirmou que a responsabili-dade do pagamento dos seguros dos bombeiros “é, de facto, as-segurado pelas autarquias”, ga-rantindo que está “atento, com a Liga dos Bombeiros Portugue-ses, à situação”.

A negociação de novos valo-res terá de ser negociada com as autarquias, já que são os muni-cípios que pagam os seguros aos bombeiros. Fonte do MAI disse

ao ‘BP’ que o Governo está aber-to ao diálogo mas vai alertando para a posição da ANMP que se mostra “pouco aberta” a supor-tar mais encargos. A fonte por nós contactada diz que mesmo que um dos dirigentes da ANMP terá afirmado que os bombeiros “já têm um custo muito elevado” quando comparados com as for-ças de segurança e os próprios autarcas.

Confrontado com estas posi-ções, Jaime Marta Soares ga-rante que não vai desistir por-que os bombeiros “não têm pre-ço”.

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12 AGOSTO 2013

Os bombeiros têm já pre-sença obrigatória nas praias nacionais, asse-

gurando a segurança dos vera-neantes. Apoiados por vários meios, com abordagens distin-tas, muitas dezenas de opera-cionais, de forma voluntária, preenchem lacunas ou comple-mentam os programas de apoio aos banhistas de outras entida-des.

Neste âmbito, os Bombeiros de Vagos garantem, em perma-nência, piquetes de apoio à Praia da Vagueira, um serviço que é reforçado aos sábados, domingos e feriados, com uma equipa que inclui nadador sal-vador, timoneiro, mergulhador, entre outros elementos apoia-dos por uma embarcação de socorro, uma mota de água, um veículo todo-o-terreno e uma ambulância.

Já em Esmoriz, a “Rescue Bike” - Equipa de Salvamento em Bicicleta - garante “vigilân-cia e prevenção” na cidade, no-meadamente junto às praias.

O projeto, inovador na re-gião, assenta na mobilidade de duas bicicletas todo-o-terreno,

equipadas com material de pri-meiros-socorros e de suporte básico de vida e, ainda, de um extintor sendo que os ciclistas têm contacto permanente com a central dos bombeiros.

Segundo fonte do quartel de Esmoriz, “esta equipa foi pen-sada, especialmente, para per-mitir uma primeira intervenção até à chegada da ambulância, sobretudo em áreas onde se aglomerem muitas pessoas, como é o caso nas zonas bal-neares nesta época do ano”.

Desde 2003, que “com o ob-jetivo de aumentar a segurança da cidade da Figueira da Foz nas áreas adjacentes às praias” os voluntários da cidade dina-mizam um programa de assis-tências às praias, numa missão que conta com a parceria dos Bombeiros de Gouveia.

Asseguram este programa 30 elementos do corpo da Fi-gueira da Foz e 16 operacionais de Gouveia que, abdicando do seu tempo de lazer, prestam mais este importante servi-ço à comunidade figueiren-se e a todos os visitantes da cidade.

Refira-se que, em 2012, só em agosto, estas equipas re-gistaram mais de duas dezenas de ocorrências entre quedas, queimaduras, atropelamentos e doenças súbitas.

O programa consiste no pa-trulhamento de bicicleta de duas equipas de dois bombei-ros, aos fins de semana das 9 às 18 horas. Cada veículo está equipado com material de emergência médica que permi-te prestar cuidados primários de saúde, e equipamento adi-cional para teste de glicemia e monitorização de tensão arte-rial. Complementarmente, as bicicletas estão equipadas com meios portáteis de extinção de incêndio – extintores de espu-ma e de pó químico, que pode-rão debelar pequenos focos de incêndio.

Cada equipa está munida de um rádio de banda alta, para

comunicação com a central dos bombeiros, o que

permitirá a célere ativação de meios

complementares, nomeada-mente ambulâncias, viaturas de desencarceramento ou de incêndio.

Mais a Sul, na praia de Car-cavelos funciona, durante toda a época balnear o posto de so-corro na praia guarnecido com dois socorristas dos bombeiros locais, que ao fim de semana reforçam a sua atuação com o patrulhamento de bicicleta. Dois bombeiros, devidamente equipadas com material de emergência pré-hospitalar, pa-

trulham o paredão que percor-re o extenso areal. Por outro lado, uma embarcação de so-corro, tripulada pelo timoneiro, um nadador salvador e um so-corrista no mar zelam pela se-gurança dos banhistas.

Em declarações ao jornal Bombeiros de Portugal (BP) o comandante Paulo Santos re-gista que, apenas nos meses de junho e julho, os Voluntários de Carcavelos registaram 185 ocorrências na praia, “duas das quais com apoio da viatura mé-dica e 15 com necessidade de transporte às unidades hospi-talares”. Quedas, picadas de

peixe-aranha são situações co-muns, havendo ainda registo de duas situações de pré--afogamento.

Uma equipa do BP es-teve, no passado dia 17, na Praia de Carcavelos,

onde a associação promoveu uma mostra dinâmica do servi-ço prestado à comunidade. Vá-rios veículos estiveram em ex-posição ao mesmo tempo que elementos do corpo de bombei-ros transmitiram aos banhistas conceitos básicos em matéria de suporte básico de vida. Ape-sar do vento ter afastado mui-tos veraneantes da praia ainda foram muitos os adultos e crianças que passaram pela tenda instalada no paredão, cumprindo-se assim o objetivo desta ação de proximidade “de-monstrar às pessoas que os bombeiros dispõem dos meios e da formação necessários para prestar socorro às populações que servem”, conforme subli-nhou o comandante Paulo San-tos, fazendo um balanço positi-vo desta “deslocalização” do quartel que poderá voltar a acontecer noutros pontos da

área de intervenção dos Bombeiros de Carcavelos.

VERÃO

Bombeiros na praiaUm pouco por todo o país, os bombeiros já

têm um papel importante nos areais de Norte a Sul quer na prevenção, com ações

de vigilância e patrulhamento, quer no socorro aos banhistas.

Em terra e no mar, muitas dezenas de operacionais respondem com eficácia e são um fator de segurança que confere

qualidade às praias portuguesas.Texto: Sofia Ribeiro

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13AGOSTO 2013

O bombeiro Fernando Oli-veira tem um currículo repleto de intervenções

bem-sucedidas, ainda assim, não esconde a satisfação de salvar a vida de quem lhe deci-diu por termo, mas que depois se arrependeu. Carla Neto, mais jovem, não se lembra se uma situação tão complicada na, ainda curta, carreira nos Voluntários de Barcelinhos. Ele tinha a certeza que conseguia resgatar a idosa. Ela, confessa que temeu pela vida da mulher e do seu companheiro. Tudo terminou bem e esta dupla tem agora mais uma história para contar.

Bravo, duro Fernando Oli-veira fala com naturalidade do episódio do passado dia 7 ju-lho quando à central de comu-

nicações do quartel chegou o alerta de que uma mulher teria saltado da Ponte Nova, em Barcelos, “de uma altura de 24 metros” para o rio Cávado. O bombeiro percebeu de imedia-to que o sucesso da operação dependia da rapidez de atua-ção e por isso não hesitou em lançar-se ao rio, impedindo que a vítima fosse arrastada para o açude, onde teria pou-cas hipóteses de sobreviver.

Fernando Oliveira conhece bem o rio, de onde já retirou muitas pessoas, tal como os sinuosos caminhos que o per-correm, o que acabou por ser determinante para o salva-mento da sexagenária.

Depois do salto, a mulher tentou boiar conseguindo, as-sim agarrar-se à vida.

BARCELINHOS

Celeridade e experiência salvam idosaDois bombeiros dos Voluntários

de Barcelinhos salvaram uma idosano Rio Cávado, naquela que foi uma

exigente operação. A celeridade e, também, a experiência e a coragem de

Fernando Oliveira, apoiado pela bombeira, Carla Neto, foram providenciais para o

sucesso desta missão que os “heróis do momento” fazem questão de partilhar

com todos os elementos do corpo ativo, direção e comando.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

“A senhora só rezava” conta Fernando Oliveira ao jornal Bombeiros de Portugal, consi-derando que logo que saltou se arrependeu, o que acabou foi facilitar o salvamento, por-que de facto “aquela mulher não queria morrer”, naquele momento “queria só que al-guém a tirasse da água”.

“Quando o Ni saltou para a água eu gritei por ele, fiquei tão aflita que pensei em atirar--me a seguida”, conta Carla Neto, confidenciando que esta

foi a situação mais complicada que viveu ao serviço dos Bom-beiros de Barcelinhos. Mas a determinação de Fernando Oli-veira acabou por acelerar os trabalhos de resgate.

“A vítima estava, aparente-mente bem, sem qualquer le-são” mas ainda assim foi con-duzida ao hospital, onde na passada semana ainda se en-contrava internada a recuperar de outros danos que levaram a ensaiar aquele salto para a morte.

Apesar do risco, Fernando Oliveira garante que “fazia tudo outra vez”, recusando, ainda assim, o estatuto de herói.

“Nesta instituição somos to-dos heróis. Eu atirei-me ao rio, como qualquer um aqui fazia, o sucesso desta intervenção é apenas o resultado de um tra-balho de equipa, que inclui, também, comando e direção”, faz questão de sublinhar o bombeiro.

Já o presidente da direção, José Arlindo Costa, e o coman-

dante, José Beleza, falam com orgulho desta situação em concreto, mas que declaram ser o exemplo da entrega e da coragem que caracterizam to-dos os elementos que servem os Voluntários de Barcelinhos.

Por estes dias, este episódio ainda anima conversas de café, mas Fernando e Carla já viraram mais uma página e, quem sabe, quantas vidas já ajudaram, entretanto a salvar, porque esse é o desígnio do bombeiro.

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14 AGOSTO 2013

O adjunto de comando do corpo de bombeiros da As-

sociação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ma-cedo de Cavaleiros, Armando Augusto Fernandes, foi home-nageado com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP) e com a medalha municipal de valor e altruísmo, grau ouro. A homenagem in-seriu-se nas festividades de S. Pedro, padroeiro da institui-ção.

A imposição do crachá foi feita pelo vogal do conselho executivo da LBP, comandante Sebastião Fernandes.

Após 45 anos de atividade como bombeiro, 10 dos quais como adjunto de comando, Ar-mando Fernandes solicitou a passagem ao quadro de honra (QH), momento em que a au-tarquia e a sua associação en-tenderam prestar-lhe home-nagem e público reconheci-

mento pelo trabalho que de-senvolveu em prol do socorro.

Durante as cerimónias decor-reram promoções a diversas ca-tegorias de elementos do corpo ativo dos Bombeiros Voluntá-rios e a posse dos novos ele-mentos de comando, de segun-do comandante e adjuntos de comando.

Concluída a cerimónia, os presentes dirigiram-se para a igreja de Santa Maria onde se celebrou missa em memória dos bombeiros, dirigentes e as-sociados falecidos.

Mais tarde, procedeu-se à bênção de quatro novas viatu-ras dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros.

MACEDO DE CAVALEIROS

Adjunto recebe cracháO Municipio do Seixal home-

nageia os seus bombeiros há 11 anos com a comemora-ção do Dia Municipal do Bom-beiro.

Este ano a homenagem aos soldados da paz das associa-ções humanitárias de bombei-ros mistos do Seixal e Amora decorreu no dia de S. Pedro, 29 de junho, feriado municipal.

Este ano, as celebrações de-correram na freguesia de Aldeia de Paio Pires, na Avenida Gene-ral Humberto Delgado. Houve desfile de viaturas a partir do Largo João Freitas Branco até à Sociedade Musical 5 de outu-bro, e apresentação das fanfar-ras, corpos de bombeiros e via-turas.

A formatura, com cerca de 180 bombeiros, apresentou-se junto à tribuna, onde decorreu a cerimónia protocolar.

Ali procedeu-se à entrega simbólica de equipamento de segurança e proteção às duas associações de bombeiros do concelho oferecido pela “RACC”. A empresa, sediada no conce-lho, entregou aos bombeiros 400 mantas de refrigeração e aquecimento para utilização em caso de acidente, 400 capas de proteção de chuva e 400 lápis de marcação de piso.

Na oportunidade, após as in-tervenções dos comandos e di-rigentes das duas associações do concelho do Seixal, falou Eduardo Correia, presidente da

Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal e represen-tante da Liga dos Bombeiros Portugueses, para sublinhar que o concelho do Seixal «é uma referência ao nível do dis-trito e do país» pelo apoio que a câmara municipal presta às duas associações e pela quali-dade das corporações de bom-beiros.

No uso da palavra, depois do presidente da junta de fregue-

sia local e do presidente da As-sembleia Municipal, o presiden-te da Câmara, Alfredo Monteiro, considerou que assinalar o Dia Municipal do Bombeiro a 29 de junho “é a melhor forma de ce-lebrar

o nosso feriado municipal, dedicando-o àqueles que todos os dias em trabalho voluntário servem as populações, com ca-pacidade, competência e dispo-nibilidade”.

SEIXAL

Bombeiros em dia municipal

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) atri-buiu ao chefe dos bombeiros voluntários da

Covilhã, José Alberto Coelho, o crachá de ouro. A distinção foi justificada pelos altos serviços efe-tuado por aquele graduado, soldado da paz há 43 anos. Na oportunidade, José Coelho dedicou a distinção ao seu pai. Na mesma ocasião ocorreu também a entrega de medalhas e promoções a 15 elementos do corpo de bombeiros.

COVILHÃ

Chefe agraciado

Por ocasião do centenário da Associação Huma-nitária dos Bombeiros Voluntários de Almada,

a Assembleia Municipal de Almada (AMA), por proposta do seu presidente, José Manuel Maia, decidiu “homenagear todos aqueles que ao longo de um século se entregaram com humildade ao ideal de vida por vida, à fraternidade, à ajuda ao próximo.

A AMA deliberou ainda “agradecer reconhecida aos dirigentes, aos sócios, aos bombeiros a sua acção altruísta, o seu empenho e desempenho em tão nobre e gloriosa instituição”.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Almada foi fundada em 26 de agosto de 1913, sendo seu principal impulsionador Tomé José de Oliveira e a primeira reunião de sócios foi realizada nesse mesmo dia no Salão da Associa-ção dos Operários Tanoeiros de Almada, sita na rua Capitão Leitão, refere a proposta de José Ma-nuel Maia apresentada à AMA.

A Associação teve instalações provisórias na Associação de Tanoeiros no Posto Municipal de Incêndios, depois foram transferidos para a Quin-ta do Serras, junto à Cadeia e mais tarde tiveram

o seu primeiro quartel nas ruas então denomina-das Engenheiro Sá e Melo e Júdice Pargana.

Mas as instalações continuavam a não corres-ponder às exigências sempre crescentes do Con-celho pelo que o sonho e ambição era terem um novo quartel sede da associação facto que se veio a concretizar em 1983 com o apoio municipal e da Administração Central.

Na sua proposta José Manuel Maia lembra ain-da todos os demais soldados da paz, com e sem farda, que construíram a Associação, os cidadãos nossos contemporâneos como o comandante José Brás e Júlio José Ferraz mas também o co-mandante em 1913, Raul Alberto Ferreira Flores e o fundador Tomé José de Oliveira.

ALMADA

“Entrega e humildade” merece reconhecimentoNo passado dia 20 de julho

decorreu, pela primeira vez, a entrega de medalhas da Junta de Freguesia Foz do Douro, no Forte S. João Bap-tista, vulgarmente conhecido por Castelo da Foz. Uma ini-ciativa onde a junta homena-geou pessoas individuais e co-letibas que se distinguiram

pelos seus méritos e feitos cí-vicos. Assim, os Bombeiros Voluntários Portuenses, uma associação que desempenhou um importante papel na Foz, instalada no antigo edifício da Estação de Socorros a Náufra-gos, bem perto do Jardim do Passeio Alegre, foram galar-doados com a medalha de va-

lor e altruísmo – grau de ouro. O galardão foi recebido pelo presidente da direção, Gomes da Rocha e vice-presidente e comandante do Quadro de Honra (QH) Alberto Costa e Silva, ladeada pela guarda de honra daquela associação hu-manitária.

Cláudia Pereira

PORTO

Junta distingue bombeiros

Os Bombeiros Voluntários de Entre-os-Rios co-memoraram o 90.º aniversario, numa cerimó-

nia que ficou marcada especialmente pela passa-gem ao Quadro de Honra (QH) do comandante Ma-nuel Luís Neves. Na mesma cerimónia, foram pro-movidos a bombeiros 4 novos elementos, 7 a bombeiros de 2.ª e 2, de 1.ª a subchefe.

Procedeu-se ainda á entrega de medalhas de as-siduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). Foram ainda atribuídas, a medalha de dedi-cação grau ouro da mesma confederação, pelos exemplares 31 anos de serviço, ao subchefe Antó-nio Almeida e ao comandante Manuel Luís Neves, e a medalha de serviços distintos grau prata da LBP, por 36 anos de serviço, ao chefe Adriano Dinis, e por 28 anos de serviço ao subchefe Fernando Almei-da.

Por proposta da Associação a LBP concedeu tam-bém a medalha de serviços distintos grau ouro aos bombeiros de 1.ª, Bernardino Monteiro e Alberto Rodrigues, e à adjunto de comando Isaura Rocha.

O chefe Vitorino de Sousa foi também agraciado com o crachá de ouro da LBP e o comandante Luís Neves com a medalha de serviços distintos da Fede-ração de Bombeiros do Porto grau ouro.

A cerimónia foi bastante emotiva pois o coman-dante Manuel Luís Neves, conforme sublinharam to-dos os oradores, será sempre uma referência para todos os bombeiros.

ENTRE-OS-RIOS

Comandante passa ao QH

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15AGOSTO 2013

Os novos elementos de comando do corpo de bombeiros dos Voluntários de Alcabideche,

Cascais, tomaram posse numa cerimónia singe-la, de caráter interno, durante a qual se proce-deu ainda à inauguração do veículo plataforma, a promoções de bombeiros e, também, a home-nagear o anterior comandante e atual coman-dante distrital de Lisboa da ANPC, Carlos Mata.

O novo comandante é José Manuel Palha Go-mes, anterior segundo comandante, licenciado

em Gestão de Segurança Proteção Civil, bom-beiro desde 1976, nomeado adjunto de coman-do em 1989 e segundo comandante em 1996.

O segundo comandante, anterior adjunto de comando, é José Manuel Lima da Costa, bom-beiro desde 1989, subchefe do quadro ativo, ad-junto de comando desde 1996.

O novo adjunto de comando, Manuel Fernan-do da Silva Alves, é engenheiro técnico de Ener-gia e Sistemas de Potência, mestre em Segu-

rança e Higiene no Trabalho, formador da Escola Nacional de Bombeiros, ingressou nos bombei-ros, em Lisboa, em 1989, transferiu-se para Al-cabideche como adjunto equiparado em 2004 e ingressou na carreira de oficial bombeiro em 2010.

À categoria de subchefe foram promovidos, António Borges, José Manuel Carvalho, Manuel Tavares e Nuno Oliveira.

A bombeiro de 2.ª, foram promovidos, Ana

Rita Pereira, António Calinas, Jorge Carvalho, André Jerónimo, Luís Toucas Oliveira, Carlos Pe-reira, Maria Julei, Ana Cristina Costa, Tiago Pe-reira, Bruno Neto, Tiago Santos, Diogo Marques e António Reis. E a bombeiro de 3ª, foram pro-movidos, Ana Sendas, André Carmona, Tomás Coimbra, José Borges e Gonçalo Silva.

No final da cerimónia decorreu a homenagem ao ex-comandante Carlos Mata, com um louvor da direção e a entrega de lembranças.

ALCABIDECHE

Equipa de comando renovada

Foi na presença de familiares e ami-gos que tomou posse o novo co-

mandante dos Voluntários de Rebor-dosa, o quarto em 35 anos de história da associação. Licínio Rocha assumiu as funções, dando início a novo ciclo deste do corpo de bombeiros, com mais de 120 elementos no quadro ativo.

Licínio Rocha, de 29 anos de idade era Oficial de Bombeiro desde 2011, com vasta experiência e conhecimen-tos e a determinação “de completar o quadro de comando, quando por mo-tivos de força maior, o comandante Abel Silva pediu a passagem ao qua-dro de honra”.

Na sessão o presidente da direção,

José Moreira dirigindo-se a Licínio Ro-cha, falou de “uma exigente função, que não se compadece de horários, nem estados de espírito frágeis”, su-blinhando que ao comandante, “exi-ge-se que oriente, motive, dinamize, acredite e contribua para um socorro eficaz” considerando, no entanto, que “é necessário que todos parti-

lhem os ideais de bem servir”, pers-petivando ao novo responsável ope-racional “uma difícil mas promissora missão.

O empossado usou da palavra para agradecer os conselhos e apoio de to-dos e assumiu, de forma abnegada e consciente, as responsabilidades da sua nova missão, reconhecendo, no

entanto, que a tarefa “não é fácil” mas que pretende apostar na conti-nuidade dos princípios estruturantes que têm norteado o corpo de bom-beiros, mas “apostando na formação e organização interna”, pedindo a to-dos os presentes o natural apoio para o sucesso nesta missão.

Paulo Pinheiro

REBORDOSA

Continuidade nos principios estruturantes

O corpo de bombeiros de Aguiar da Beira

tem, desde o passado mês de junho, novo co-mando. António Carlos Tenreiro Ferreira, sub-chefe do Quadro Ativo, é o novo responsável ope-racional deste quartel.

AGUIAR DA BEIRA

CB tem novo comandante Daniel Saraiva é o novo

comandante dos Bom-beiros de Manteigas, que tomou posse numa cerimó-nia testemunhada pelo pre-sidente da autarquia man-teiguense, Esmeraldo Car-valhinho, pelo comandante distrital António Fonseca e o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito da Guarda, Álvaro Guerrei-ro entre outras individuali-dades

Nesta ocasião, foram ain-da apresentadas as obras de requalificação do quartel que incluíram intervenções nas camaratas masculinas, balneários, gabinetes de comando, central de comu-nicações, e a instalação de uma sala de comunicações da proteção civil municipal daquela vila.

Sérgio Santos

MANTEIGAS

Novo comandante empossado

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16 AGOSTO 2013

Fundada a 28 de novem-bro de 1880, a Associa-ção Humanitária dos

Bombeiros Voluntários do Peso da Régua, transpira vita-lidade e dinamismo. A sobrie-dade austera do edifico impar que alberga o quartel con-trasta com a postura de um corpo de bombeiros voltado para o futuro.

Dinamismo é a pedra de to-que de uma instituição ali-mentada pelo empenho, en-

trega e entusiasmo e saber--fazer da direção e comando.

José Alfredo Almeida, o pre-sidente da direção e António Fonseca, o comandante, falam a uma só voz de uma instituição que tem conseguido escapar à crise e assim continuar a inves-tir na operacionalidade, na mo-dernização de meios para acor-rer a situações muito diferen-ciadas na vertente do socorro e também no transporte de doen-tes.

As rendas de um bairro social com 50 fogos, os subsídios da autarquia são as principais fon-tes de receita da instituição que conta, também, com o apoio de alguns empresários. Desta for-ma na Régua os bombeiros po-dem falar de “estabilidade fi-nanceira” que permite “pagar aos 15 funcionários e, também, aos fornecedores sempre a tempo e horas”, conforme faz questão de destacar José Alfre-do Almeida.

RÉGUA

Modernização de meiosgarante operacionalidade

Está agendado para o próximo dia 31, no quartel dos Bombeiros da Régua,a cerimónia de inauguração de uma nova ambulância, oferecida pela “Symington Family

Estates”, produtor de vinhos no Douro. Este foi o pretexto para o jornal Bombeiros de Portugal se deslocar á região e dar a conhecer uma instituição

com pergaminhos, mas com os olhos colocados no futuro.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

O presidente da direção, em matéria de investimentos fala, ainda, com particular satisfação das obras do quartel que permi-tiram, preservando o charme de um edifício dos anos 30, da au-toria do arquiteto Oliveira Fer-reira, garantir condições de ex-ceção aos 89 elementos corpo ativo. A área operacional foi ampliada, mas o imóvel não perdeu identidade mantendo um museu e uma biblioteca e um salão nobre que contam mais de século de história, não só a instituição, mas também de toda a região do Douro.

O comandante salienta ainda os investimentos em equipa-mentos de proteção individual, enaltecendo o esforço da dire-ção, em garantir a segurança dos homens e mulheres que servem o quartel.

O futuro determina trabalho redobrado formação dos opera-

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17AGOSTO 2013

Modernização de meiosgarante operacionalidade

cionais o que aliás constitui a ultima grande aposta, ao que parece ganha, conforme nos diz o comandante, ainda antes de uma vista ao renovado quartel, onde durante a semana é im-possível encontrar muito volun-tários, determinados em servir a causa, servindo mais e me-lhor os reguenses.

Produtora de vinho do Porto oferece

a sexta ambulância

Dentro de dias, a Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários da Régua vai ser con-templada com a oferta de uma ambulância, a sexta oferecida pela “Symington Family Esta-tes”, produtor de vinhos no Douro há mais de 125 anos e, há muitos anos, reconhecida pelo apoio a causas de reconhe-

cido mérito social na Região De-marcada do Douro (RDD).

“Esta filosofia de responsabi-lidade social assenta na inte-gração de preocupações sociais em acções que contribuam para o bem-estar das populações, materializando-se no apoio a instituições carenciadas na área da saúde, da terceira idade e da infância numa região onde a empresa tem actividade econó-mica, como é o caso da RDD”, explica, a propósito, uma fonte da empresa.

Nos vários apoios concedi-dos pela empresa “Symington” ao longo dos anos incluem-se a aquisição de equipamentos para o Hospital Maria Pia e para a unidade de Neonatologia do Hospital de Santo António, am-bos no Porto, a oferta de equi-pamento electrónico de cirurgia para o Hospital de Vila Real, equipamento de raio X e de su-

Paul Symington, gestor prin-cipal da actividade da empresa familiar explica que “nós não, a nossa vida é cá, não temos refú-gio em mais país nenhum” e, no seu entender,” essa é a grande diferença dos Symington em re-

lação às outras famílias britâni-cas em Portugal”.

Paul Symington reconhece que assistiu àquelas que podem ter sido as maiores mudanças verificadas no Douro e na pro-dução do vinho do Porto e que protagonizou muitas delas.

A mais determinante, em seu entender, “foi talvez a da renún-

cia da família à tradicional per-manência em Gaia, longe das vi-nhas e se hoje isso parece trivial para os proprietários, há uma geração não era comum ir ao Douro ou acompanhar os lavra-dores”.

Hoje, a “Symington” é proprie-tária de três dezenas de quintas espalhadas por toda a RDD.

porte de vida para o Centro de Saúde de Alijó.

No âmbito dos bombeiros voluntários, a “Symington Fa-mily Estates” tem apoiado com regularidade, nos últimos anos, a aquisição integral de várias ambulâncias de socorro a asso-ciações da RDD: Pinhão (2007), S. João da Pesqueira (2009), Provesende (2010), Carrazeda de Ansiães (2011), Lamego (2012) e, agora, Régua (2013).

A “Symington Family Esta-tes”, diz nos a mesma fonte, “está convicta de que todos es-tes equipamentos criaram um impacto positivo no dia-a-dia das populações e procurará dar continuidade a esta política, norteando as suas acções para o desenvolvimento social da co-munidade da RDD”.

A família Symington está li-gada ao Douro há quatro gera-ções e, neste momento, possui cerca de mil hectares de vinha. Ao longo do tempo, apesar das crises com que o sector se de-bateu nunca deixou de produzir vinho, mesmo quando outras famílias, também, de origem anglo-saxónica abandonaram a região e os negócios que ali mantinham.

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18 AGOSTO 2013

Quatro elementos dos Bombeiros Voluntários da Trofa liderados por um deles, Hugo Correia, a

que se juntaram, mais cinco, com duas viaturas e uma embarcação, protagonizaram o resgate de uma septuagenária do leito do rio Ave.

O alerta recebido no quartel dos Voluntários da Trofa era para o resgate de um cadáver. Mas, che-gados ao local os bombeiros rapidamente se aper-ceberam que, afinal, o corpo que se julgava ser cadáver, ao contrário, estava vivo mas a precisar de cuidados urgentes.

Ao acercarem-se do corpo, em local de difícil acesso nas margens do Ave, os bombeiros verifica-ram que, apesar da lividez e aparente imobilismo, afinal a idosa evidenciava sinais de vida. Hugo Correia lançou-se então ao rio com uma boia para prestar o socorro e, com o apoio dos colegas, res-gataram a septuagenária do rio ainda viva mas em estado de hipotermia a exigir cuidados médicos.

Após o resgate, transportaram a idosa, utente

do Lar da Misericórdia da Trofa, para o hospital de Famalicão de onde, mais tarde, foi re-encaminha-da para outra unidade hospitalar.

No final, segundo nos relatou o 2.º comandante, e comandante em exercício dos Voluntários da Tro-fa, Filipe Coutinho, o bombeiro Hugo Correia mani-festava a enorme satisfação em ter proporcionado o bem sucedido resgate da idosa, com o apoio dos seus colegas.

TROFA

Salvamento no rio

Um grupo de bombeiros dos Voluntários de Lou-res protagonizou recentemente o salvamento

de um gato na sequência de um incêndio num pré-dio em Santo António dos Cavaleiros onde o ani-mal se encontrava.

A informação consta da página dos Bombeiros de Loures no Facebook, tendo o sucedido sido ob-jeto de muitas referências elogiosas por parte dos utilizadores dessa rede social.

De acordo a narrativa ali inserida, o facto acon-teceu ao princípio da tarde durante o combate a um fogo urbano. Encontravam-se dois gatos no andar por cima daquele que ardeu. Tendo consta-tado que um dos animais já estava morto os bom-beiros passaram a dar atenção ao segundo, ainda vivo, mas em estado precário. “Este sobreviveu depois de gastarmos uma garrafa de oxigénio”, re-velaram os bombeiros na rede social, acrescentan-do que “os animais também devem ser salvos”. A informação foi acompanhada da foto que reprodu-zimos.

A imagem arrecadou em pouco mais de dois dias, mais de 600 “gostos” e quase 400 “partilhas”.

Esta é mais uma história de bombeiros empe-nhados em salvar animais, relatada com enorme impacto nas redes sociais.

LOURES

Bombeiros salvam gato

Um alerta recebido, no dia 23 de ju-lho, na central dos Bombeiros Vo-

luntário de Merceana, levou os bom-beiros Telmo Lobo e Sérgio Reis, ao lugar da Aldeia Gavinha com propósito de transportar uma parturiente ao hospital.

A viagem acabou por ser interrom-pida, porque o bebé decidiu nascer an-tes de chegar à unidade de saúde, na ABSC02 dos Voluntários da Merceana. Os bombeiros realizaram o parto com sucesso, tendo depois recebido apoio da equipa médica da VMER de Torres Vedras.

Com emoção e sentimento de dever cumprido, esta missão gratificante para estes soldados da paz terminou no hospital de Vila Franca de Xira.

Sérgio Santos

MERCEANA

Parto na ambulância

Os Bombeiros de Barcelinhos acompanharam os peregri-

nos que subiram ao Santuário de Nossa Senhora da Franquei-ra, naquela que é uma das ma-nifestações marianas mais im-portantes do Arciprestado de Barcelos e do Minho.

A corporação de Barcelinhos prestou como habitualmente apoio – logístico e de socorris-mo – aos milhares de devotos vindos de todo o país, determi-nados no cumprimento das suas promessas ou apenas pela força da tradição.

Segundo o comandante José Beleza, esta foi mais uma mis-

são bem sucedida, sublinhando que “tudo decorreu dentro da normalidade”, Esta operação

envolveu cerca de meia centena de operacionais e também a al-guns dirigentes da instituição.

BARCELINHOS

Peregrinos recebem apoio

No dia 2 de agosto, um incêndio na lo-calidade de Porto Judeus, na fregue-

sia de Santa Eufémia, obrigou os Volun-tários de Penela a enviar para o teatro de operações cinco veículos, numa missão bem-sucedida que contou também com o apoio dos bombeiros de Miranda do Cor-vo e de um helicóptero ligeiro.

As chamas consumiram pinhal e mato junto à estrada nacional 17-1.

Da mesma forma, os Bombeiros de Pe-nela foram acionados para um incêndio agrícola em Chão de Ourique, freguesia de São Miguel, concelho de Penela.

À chegada das equipas, já se encontravam po-pulares locais a combater as chamas que lavra-vam em feno e olival, mas a eficaz intervenção dos bombeiros permitiu rapidamente debelar as chamas.

No local estiveram 10 operacionais apoiados por duas viaturas.

No dia 9 de agosto, este corpo de bombeiros

recebeu um outro alerta para um incêndio na fre-guesia da Cumieira, próximo à localidade da Ven-da dos Moinhos, tendo deslocado para o local qua-tro viaturas. O contingente foi reforçado com veí-culos e operacionais de Miranda-do-Corvo, Con-deixa e Ansião e ainda com um helicóptero ligeiro.

A pronta intervenção permitiu às equipas do-minar o fogo em 18 minutos.

PENELA

Incêndios mobilizam muitos meios

Os Voluntários de Sines registaram no dia pas-sado dia 4 de agosto a milésima ativação

INEM desde o início do ano, confirmando o acrés-cimo de serviços comparativamente a anos ante-riores, sendo previsível que “este ano se batam todos os recordes no Posto de Emergência Médica sediado no Corpo de Bombeiros”, tendo em conta

que “no ano transato foram contabilizadas no to-tal 1600 ativações”.

Os Bombeiros de Sines são Posto de Emergên-cia Médica desde julho de 2009, contando com oito tripulantes de ambulância de socorro (TAS), uma viatura INEM e cinco reservas, todas visto-riadas pelo INEM e certificada pelo IMTT.

SINES

Milésima ativação

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19AGOSTO 2013

CARCAVELOS

Resgate bem-sucedidoDurante uma operação de prevenção à praia, no bote de resgate e socorro “Torpedo”, dos

Bombeiros de Carcavelos, os operacionais Isabel Candeias, Pedro Mesquita e Pedro Santos, avistaram uma embarcação de recreio em dificuldades, tendo de imediato atuado.

Segundo revelam os Voluntários de Carcavelos “a embarcação com três pessoas a bordo es-tava a ser arrastada pela corrente contra as rochas e o motor não trabalhava”.

Os ocupantes encontravam-se bastantes assustados, mas prontamente a ajuda chegou. A equipa dos Bombeiros de Carcavelos rebocou o barco até ao Porto de Recreio de Oeiras e repor-tou a ocorrência à Policia Marítima.

Os Bombeiros Voluntários de Sines resgata-ram, recentemente, um indivíduo de 20 anos

de um penhasco na zona do Cabo de Sines. A vítima encontrava-se consciente e os traba-

lhos foram executados com o auxílio de maca de resgate e contou com o apoio de meios da Admi-nistração do Porto de Sines. No local estiveram também presentes elementos da GNR de Sines, Capitania e VMER da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano.

Após o resgate, o indivíduo foi observado pela equipa da VMER e transportado para a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano.

De salientar o excelente trabalho de equipa e

interoperacionalidade entre as entidades presen-tes, resultantes de comunicação e entendimento, que possibilitou o rápido e eficiente resgate que mobilizou quatro meios e 12 bombeiros.

SINES

Intervenção no cabo

Quatro das associações do concelho de Cas-cais, no âmbito da formação contínua dos

seus corpos de bombeiros, promoveram um exercício no âmbito da gestão de operações de combate a um incêndio florestal.

Tratou-se de uma ação certificada pela Escola Nacional de Bombeiros (ENB), no âmbito do trei-no operacional, envolvendo formadores daquela instituição no domínio do SGO.

O exercício, que decorreu nas localidades de Pisão, Murches, Vale de Cavalos e Malveira da Serra na área de intervenção dos Voluntários de Alcabideche, envolveu 60 elementos e 16 viatu-ras dos Bombeiros de Cascais, Estoril, Parede, Al-cabideche e, ainda, uma brigada apeada de com-bate a incêndios florestais e um veículo tanque dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses.

O exercício desenvolveu-se, desde a fase inicial de reconhecimento e avaliação da situação, até à fase de vigilância, passando pelos níveis estraté-

gico, tático e manobra, englobando todas as ações de emergência de acordo com os respeti-vos planos operacionais.

O exercício envolveu também o Serviço Munici-pal de Proteção Civil de Cascais, através da utili-zação da viatura de comunicações no posto de comando, incluindo o pessoal que habitualmente opera com o veículo.

CASCAIS

Gestão de operações em exercício

Duas equipas de Bombeiros de Bragança efe-tuaram um treino operacional de combate a

incêndios florestais na freguesia de Aveleda, si-mulando, durante todo o dia, práticas de mano-bras comuns no combate aos incêndios flores-tais.

Durante a manha duas equipas trabalharam com ferramentas manuais, abriram uma faixa de contenção e retiraram o combustível vegetal de forma a criar uma barreira à progressão do incêndio sem a utilização de água. Da mesma forma foram ainda treinados procedimentos de segurança envolvendo trabalho com material sa-pador. A organização de grupo e as várias tarefas a desempenhar foram realizadas por todos os elementos. Estas técnicas visam uma boa prepa-ração física, para o bom e eficaz desempenho no combate aos incêndios.

Da parte da tarde, foram demonstradas técni-cas de utilização e segurança no trabalho com

motosserras, e simulado um incêndio florestal, o que permitiu avaliar e ajustar as manobras reali-zadas no decurso de um incêndio. A ação permi-tiu ainda testar a segurança de bens e a proteção pessoal, no caso de a equipa ficar cercada pelo fogo.

Refira-se que no exercício participaram esta-giários, no âmbito do módulo de formação de combate a incêndios florestais.

BRAGANÇA

Bombeiros efetuam treino operacional

O Corpo de Bombeiros Voluntários de Rio Maior, em parceria com a STHIL e o município de Rio

Maior, participou em mais duas ações de forma-ção sobre operações com motosserras.

Nestas ações, ministradas por Sérgio Maçarico, formador da STIHL estiveram presentes três de-zenas de elementos do Corpo de Bombeiros de Rio Maior.

RIO MAIOR

Formação com motosserras

O Piquete de Intervenção dos Bombeiros de Almada, tem

vindo a realizar várias forma-ções diárias com o intuito não só de aperfeiçoar e agilizar o trabalho em missões de socor-ro, mas também de aumentar a capacidade técnico-tática desta equipa, que intervém 24 horas por dia.

Fonte do comando sublinha que “estas formações têm vin-do a demonstrar um grau ele-vado de operacionalidade e co-nhecimentos técnicos”.

Integram esta equipa o ad-junto de comando Ricardo Sil-va, o chefe Carlos Parada, o subchefe Mário Santos, os bom-beiros de 1.ª Bruno Cabral e Eli-seu Rodrigues, os bombeiros de 2.ª Carlos Ribeiro, David Marques, Paulo Crespim, Pedro Azinheira, Mário Azevedo, Elson Rodrigues e o bombeiro de 3.ª António Azevedo.

ALMADA

Piquete aperfeiçoa técnicas

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20 AGOSTO 2013

Os Bombeiros Voluntários de Loures realizaram recentemente um exercício de incêndio numa

aeronave que se encontrava no heliporto do Hos-pital Beatriz Ângelo.

As equipas de prevenção estavam de pronti-dão, quando a aeronave se preparava para levan-tar voo, deu-se um incêndio num dos motores do helicóptero que acabou por propagar o incêndio ao mato existente nas imediações.

Estiveram envolvidos neste exercício 17 opera-cionais e cinco veículos do corpo de bombeiros voluntários de Loures.

Ao abrigo do protocolo entre a associação e a unidade hospitalar, cabe ao quartel de Loures ga-rantir a prevenção naquele heliporto, para tal os bombeiros receberam, na Escola Nacional de Bombeiros, formação certificada pelo INAC.

Sérgio Santos

LOURES

Heliporto testa capacidade de resposta

Os Bombeiros Voluntários do Sul Sueste (Barreiro) reali-

zaram, no âmbito do Plano de Emergência Interno do BNPP--PF, um de simulacro de incên-dio no arquivo geral desta ins-tituição bancária, sito no Par-

que Empresarial do Barreiro (Baía do Tejo).

Com objetivo de “testar a capacidade de intervenção do Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste na resposta a situações reais que possam ocorrer nes-

tas instalações. Este exercício envolveu sete operacionais, comandados pelo subchefe Pe-dro Ferreira, um veículo urba-no de combate a incêndios (VUCI) e uma ambulância de socorro.

BARREIRO

Simulacro no banco

Um choque entre uma viatura ligeira de passa-geiros, um veículo pesado de transporte de

matérias perigosas e um autocarro foi o cenário recriado para um exercício multivítimas realiza-do, recentemente, no Bombarral.

O “acidente” junto da rotunda da Galp numa das principais entradas na vila, envolvendo 40 “vítimas”, juntou centenas de populares que as-sistiram à intervenção “musculada” de 118 ope-racionais apoiados por 40 viaturas.

Neste exercício participaram os corpos de bombeiros de Bombarral, Alcobaça, Benedita, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, São Martinho do Porto e Torres

Vedras e ainda equipas do INEM, Guarda Nacional Republicana, Exército e Serviço Municipal de Pro-teção Civil do Bombarral.

Sérgio Santos

BOMBARRAL

Exercício mobiliza forte dispositivo

No início do DECIF 2013 a Autoridade Nacional de Pro-

teção Civil (ANPC) decidiu rea-lizar diversas ações de forma-ção para elementos dos corpos de bombeiros, sobre procedi-mentos a ter na chegada ao teatro de operações (TO) de um incêndio florestal. Neste domínio, o distrito de Vila Real não foi exceção e, pelo segun-do ano consecutivo, proporcio-nou aos corpos de bombeiros a possibilidade de aumentar as qualificações dos seus opera-cionais naquele que é sem dú-vida o maior risco – o incêndio florestal.

Tendo em conta que um dos fatores importantes nestas ações de formação é a sua re-plicação pela grande maioria

dos operacionais, neste caso, do distrito de Vila Real, o Co-mandante dos Voluntários de Alijó e formador das ações da ANPC, José Rebelo, decidiu efe-tuar uma ação de formação no concelho de Alijó com intuito de uniformizar procedimentos e aumentar as competências dos

bombeiros na área do combate aos incêndios florestais.

De realçar que, segundo co-mandante Rebelo, “apesar das temperaturas baixas para a al-tura e o facto de se realizar à noite não desmotivou os for-mandos que tiveram uma pre-sença e motivação excecional”.

ALIJÓ

Objetivo: Uniformizar procedimentos

Dando continuidade ao plano anual de instruções, os

Bombeiros de Cabanas de Viria-to realizaram mais uma instru-ção, desta vez em Pardieiros, uma localidade da freguesia de Beijos.

Com destaque para as ativi-dades de socorrismo, salva-mento e desencarceramento, incêndios urbanos e florestais os Voluntários de Cabanas de Viriato fizeram, na sede da As-sociação Desportiva Recreativa e Cultural de Pardieiros, para uma assistência de cerca de quatro dezenas de populares.

A sessão iniciou-se com a simulação de uma operação de estabilização de uma vítima de atro-pelamento seguida de resgate de outra encarce-rada no interior da viatura.

Também os procedimentos de combate a in-cêndios foram abordados, tal como a colocação de equipamento de proteção individual bem como do aparelho respiratório isolante de circuito aberto - ARICA - equipamento usado em meios potencialmente tóxicos, com níveis reduzidos de oxigénio. Foram igualmente demonstradas de ex-tinção de fogo, por abafamento, com recurso a espumífero usando agulhetas de baixa e média expansão e extintores. À medida que os traba-lhos iam sendo desenvolvidos era feita uma expli-cação para a população que estava a assistir.

Nesta ocasião, foram ainda apresentados qua-tro reforços para quartel. Ana Figueira e Ricardo

Pessoa, Rui Loureiro e Ricardo Barros concluíram com sucesso a formação inicial de bombeiro e es-tão agora em condições para servirem o lema “vida por vida”.

Filipa Pereira (AHBVCV)

CABANAS DE VIRIATO

Instrução anual em Pardieiros

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Uma equipa do Corpo de Bombeiros de Bragança

deslocou-se, a convite da UME, á região de Lugo, na Galiza, em observação ao exercício real realizado, ao longo de uma se-mana, pelo Batalhão de Inter-venção em Emergências n.º 5 de Leon, da Unidade Militar de Emergências Espanhola.

Este exercício incidiu sobre o combate a incêndios florestais, com deslocação real de meios, atuação real de todas as valências desta unidade, assim como um grande número de outros desa-fios apresentados como se de uma situação mui-to real se tratasse.

No dia da visita dos Bombeiros de Bragança a ação envolvia mais de 150 operacionais no com-bate a um incêndio florestal, com cerca 70 meios terrestres. Nesta simulação, os militares foram ativados para a zona do sinistro tendo montado acampamento num quartel militar a funcionar em

regime de reserva. Montado o Posto de Comando Operacional, varias equipas foram criadas para acorrer aos diferentes cenários simulados. Foi usado fogo real em alguns dias, e também os métodos de combate simulados foram desenvol-vidos com grande realismo

A equipa de observação dos Bombeiros de Bra-gança era constituída por 4 elementos, sendo es-tes o comandante Corpo de Bombeiros de Bra-gança e três elementos da EIP e GIPE.

BRAGANÇA

Operacionais em observação

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21AGOSTO 2013

A especialidade de interven-ção em grande ângulo é jus-

tificada pelas circunstâncias em que muitas vezes os bombeiros precisam de intervir para socor-rer em locais de difícil acesso, seja em edifícios, em arribas ou outras situações em que seja necessário vencer desníveis acentuados.

Os Bombeiros Voluntários de Cascais dispõem de um núme-ro muito significativo de opera-cionais com essa especialida-de. Mas a vontade destes, e

dos novos elementos chegados ao corpo de bombeiros, é de treinar em conjunto e associar a essa ação os novos forman-dos. Pretendem assim, não só alargar numericamente o nú-mero de especialistas naquela área como intensificar e me-lhorar a sua capacidade de in-tervenção.

Recentemente dois dos espe-cialistas em grande ângulo, chefe Mário Chapelas e sub--chefe Ana Cristina Santos, de-senvolveram mais uma ação de

formação que decorreu nas ar-ribas marítimas, primeiro na chamada Pedra do Sul, junto a S. Pedro do Estoril, e na conhe-cida Boca do Inferno, em Cas-cais. Em ambos os locais e ou-tros contíguos os bombeiros tem sido chamados muitas ve-zes a intervir, seja na remoção de cadáveres caídos nas arribas ou no socorro a cidadãos víti-mas de queda nos mesmos lo-cais, e cujas lesões e sequelas sofridas exigem uma ação es-pecial e pluridisciplinar.

CASCAIS

Grande ângulo em treino conjunto

Vários elementos dos Bom-beiros Voluntários de Olivei-

ra do Bairro participaram recen-temente no polo de formação dos Voluntários de Vagos numa ação de formação de técnicas de escoramento e desobstru-ção.

A ação decorreu entre abril e maio últimos ao longo de 50 horas e, no final, os participan-tes consideraram-na importan-te já que, por um lado, permitiu evoluir por áreas de formação ainda incomuns e, por outro, in-vestir na interação entre opera-cionais de corpos de bombeiros diversos.

A formação debruçou-se, em particular, no escoramento de estruturas em pré-colapso, de-sobstrução em estruturas co-lapsadas, progressão em espa-ços confinados, abertura de acessos em estruturas urbanas para a extração e salvamento de vítimas e ainda o escora-mento e resgate em valas ou trincheiras.

OLIVEIRA DO BAIRRO

Escoramento e desobstrução

“Um dia histórico para a as-sociação” foi assim que o

presidente da direção se referiu ao dia 29 de junho, data da inauguração do novo quartel da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Bom-barral.

Há décadas que soldados da paz e populações acalentavam o sonho de dotar o corpo de bombeiros de uma nova casa, o que foi assinalado em festa com iniciativas várias nomeadamen-te, o descerramento uma placa alusiva ao lançamento da pri-meira pedra a bênção do edifí-cio, onde o presidente da dire-ção, José França, entregou sim-bolicamente uma chave do quartel ao comandante Pedro Lourenço.

A placa da inauguração foi descerrada pelo secretário de Estado do Administração Inter-na, Filipe Lobo D’Ávila e pelo presidente da câmara municipal do Bombarral, José Manuel Vieira.

O moderno parque de viatu-ras do quartel albergou os con-vidados e população para a ses-são solene, que incluiu a pro-moção dos soldados da paz na carreira de bombeiro voluntário e ainda a imposição de meda-lhas da Liga dos Bombeiros Por-tugueses por 5, 10, 15, 20 e 25 anos de serviço à causa do vo-luntariado.

José França, frisou que o novo quartel “que quase che-gou a parecer uma miragem é fruto de um percurso difícil que esta e outras direções tiveram de trilhar”, agradecendo dessa forma a todos os que se envol-veram neste projeto que é “de toda a comunidade bombarra-lense”.

Partilhando os agradecimen-tos e esforço de todos os que tem contribuído para a moder-nização e operacionalidade do

corpo de bombeiros, o coman-dante Pedro Lourenço sublinhou o trabalho dos seus operacio-nais, transmitindo-lhes pala-vras de apreço e motivação.

A nova estrutura operacional resulta de um investimento su-perior a 1 milhão de euros, sen-do financiado pelo QREN em 676 mil euros, sendo que a au-tarquia disponibilizou 150 mil euros e a cedência do terreno e garantiu os trabalhos de arran-jos exteriores.

Associaram-se, também, a esta festa o Diretor Nacional de Recursos de Proteção Civil da ANPC, José Santos Teixeira; o vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rodeia Machado; o comandante Mário Cerol, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Leiria; representantes da GNR, do Exército e de associações congéneres.

Sérgio Santos

BOMBARRAL

Sonho concretizado

Os Bombeiros de Penela es-tão a requalificar os espa-

ços exteriores dos edifícios da associação. Para além do em-belezamento esta intervenção visa também a consolidação dos terrenos da fachada norte.

O “Quartel de Penela + Ver-de”, segundo o bombeiro João Palrinhas, técnico superior de Ecoturismo, é um projeto que compreende três focos distin-tos: a beneficiação da fachada sul, da fachada norte e promo-ção junto dos bombeiros do apadrinhamento de árvores de fruto.

Na fachada sul foram plan-tadas sebes, (escallonia ru-bra), com o intuito de criar uma barreira visual para as garagens recém-construídas, já que “têm um aspeto arqui-tetónico industrial o que de-sarmoniza com o restante edi-fício em tijolo nu”.

Na fachada norte, após rea-lização de desaterro, constru-ção de muros e melhoramento da barreira diminuindo o seu

declive, foram colocadas “plantados Juníperos Raste-jantes (amarelos e verdes), Juniperus horizontalis, e Ale-crim, Rosmarinus officinalis, porque têm uma forte e densa propagação horizontal. É boni-to e garante a sustentação de terras”.

Plantar um pomar, com toda a cumplicidade dos padrinhos--bombeiros, é propósito maior deste projeto.

“Espera-se que cada bom-beiro plante e cuide da “sua”

árvore”, diz-nos o 2.º coman-dante dos Bombeiros de Pene-la, António Simões Lima.

Tendo em conta ser este “um plano algo dispendioso e moroso, vai tardar a concluir, talvez alguns poucos anos, mas no final os “frutos” deste trabalho vão estar incluídos na alimentação dos piquetes e vai até ser interessante ver os bombeiros a trocarem produ-tos entre si”, acrescenta o res-ponsável operacional.

Sérgio Rodrigues

PENELA

“Quartel + Verde”

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22 AGOSTO 2013

O quartel dos Voluntários de Mora recebeu, recentemen-

te, obras de ampliação, que permitiram dotar o corpo de bombeiros de uma nova área operacional, a concretização de um sonho antigo há muito adia-da, mercê de um processo bas-tante moroso, mas que final-mente foi desbloqueado.

Esta obra representou um in-vestimento de 378611,68€, tendo a associação recebido uma comparticipação de 85 por cento do QREN/POVT.

A cerimónia iniciou-se com o hastear das bandeiras, seguida da promoção a bombeiros de 3.ª dos estagiários Cristiano Chaveiro, Patrícia Carvalho, Pe-dro Coelho, Tânia Alves e Tiago Coelho do Corpo de Bombeiros Voluntários de Mora, Ana Ca-nha, Cátia Beira, Filipa Nobre, Lara Borralho e Pedro Charrito, do Corpo de Bombeiros de Ar-raiolos e Fábio Batista e Ruben Filipe dos Voluntários de Vendas Novas, que concluíram a forma-ção inicial de bombeiro e respe-tivo estágio. Do Corpo de Bom-beiros de Mora foram ainda pro-movidos, a chefe, Sérgio Ca-lhau, e a bombeiro de 1.ª, Carlos Fernandes.

Na mesma cerimónia, foram ainda condecorados com me-dalhas da Liga de Bombeiros Portugueses o adjunto de co-

mando Vítor Dias. os bombei-ros de 1.ª José Caeiro, Luís Ca-lhau, o bombeiro de 2.ª Rita Casanova e bombeiro de 3.ª José Alvega.

Para além do presidente da Câmara Municipal de Mora, Luís Simão de Matos, marcaram presença nesta cerimónia, en-tre muitas outras individualida-des, o Comandante Operacional Distrital, José Ribeiro; o vice-

-presidente do conselho execu-tivo da Liga de Bombeiros Por-tugueses, Adriano Capote; o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Évora, Inácio Esperança; o presidente do ARS Alentejo, José Robalo; o comandante do Posto Territorial de Mora da Guarda Nacional Re-publicana, Sargento Contador e o cónego padre Mário Tavares de Oliveira, pároco de Mora.

MORA

Área operacional recebe ampliaçãoOs Bombeiros Voluntários de

Cascais fazem um balanço positivo da intervenção da mota do INEM posicionada no seu quartel há mês e meio, fru-to da parceria estabelecida en-tre as duas entidades.

A instituição sublinha que essa situação tem constituído um investimento de massa crí-tica na própria instituição e um reforço da intervenção qualita-tiva no pré-hospitalar “ pela qual temos lutado desde sem-pre”.

A mota com um tripulante está sediada no quartel e é acionada diretamente pelo INEM, em muitas situações conjuntamente com a ambu-lância INEM operada pelos Vo-luntários de Cascais.

“O facto dos tripulantes do INEM aqui presentes serem ou terem sido bombeiros constitui também uma mais valia no de-senvolvimento interno de no-vas competências”, assegura a fonte do comando.

Os Voluntários de Cascais e os de Matosinhos-Leça são, até agora, as únicas associações de

bombeiros a colaborar com o INEM neste domínio.

Entretanto, os Bombeiros de Cascais vão dar continuidade à cooperação que têm mantido com a cidade de Bolama, na Guiné-Bissau, através da Câ-mara Municipal de Cascais e da Associação Pró-Bolama. Em se-tembro, num contentor a en-viar para aquele país segue um gabinete de estomatologia completo bem como outro equipamento médico oferecido pelos Voluntários de Cascais, resultado do encerramento re-cente do seu posto clínico. O equipamento vai ficar instalado num edifício adaptado para o

efeito com o apoio da Câmara de Cascais e onde passará a ser garantido à população de Bola-ma, pela primeira vez, um con-sulta semanal de estomatolo-gia.

Para o vice-presidente da instituição, Vitor Neves, “ esta iniciativa associa-se a outras que temos desenvolvido com o apoio do nosso colega de dire-ção e vereador Alexandre Faria e que tem permitido satisfazer algumas necessidades básicas das populações de Bolama com meios nossos, excedentários mas em funcionamento pleno, e que estão longe de estar ob-soletos”.

CASCAIS

Balanço positivo

Os Bombeiros de Arraiolos, receberam no passado dia 7

de Julho de 2013 um Veiculo Urbano de Combate a Incêndios – VUCI, adquirido através de candidatura da Instituição ao Quadro de Referência Estratégi-ca Nacional (QREN) com o apoio da Câmara Municipal de Arraiolos.

Este veiculo vai permitir uma maior eficácia na resposta aos fogos urbanos e industriais. De fato e devido ás características de que se reveste a malha urba-na do Concelho de Arraiolos, principalmente na sua sede, vai permitir uma mais célere e eficaz intervenção em caso de incêndio, acidente ou ou-tra missão da área de intervenção dos bombeiros.

Trata se de um veículo moderno, bem apetre-chado, dotado de equipamentos e ferramentas

que permitirão obter um melhor desempenho nas missões confiadas aos bombeiros, traduzindo-se na mitigação de danos em pessoas e bens, po-dendo também intervir em acidentes viação dado estar equipado com moderno material de Salva-mento e Desencarceramento .

ARRAIOLOS

VUCI ao serviço da comunidade

Os Bombeiros Voluntários de Marco de Cana-vezes procuram uma ambulância de socorro

usada em bom estado de conservação e “dispo-nível para venda por um valor compatível”.

Os Voluntários do Marco de Canavezes são o único corpo de bombeiros do concelho assegu-rando o socorro a uma população estimada em mais de 53 mil pessoas, a partir do seu quartel - sede e de duas secções destacadas.

A braços com uma gravíssima situação finan-ceira, a associação foi confrontada nos últimos dias com mais uma despesa imprevista, uma avaria grave no motor de uma das suas ambu-lâncias de socorro. A complexidade e o custo da reparação, a par da idade e da muita quilome-tragem da viatura aconselhariam à aquisição de uma nova. Contudo, não havendo condições para isso, solicitaram a colaboração do “BP” na divulgação do seu pedido.

MARCO DE CANAVEZES

Avariadita investimento

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do

Concelho da Batalha adquiriu recentemente mais uma ambu-lância de transporte múltiplo (ABTM). A nova viatura destina--se a reforçar a capacidade de resposta da instituição, nomea-damente, no transporte de doentes de hemodiálise.

Para a presidente da direção, Fátima Lucas, “ com esta nova aquisição, a associação terá ao dispor da população um serviço

mais eficaz procurando sempre o socorro e o bem-estar de to-

dos aqueles que nos procu-ram”.

BATALHA

Serviço de transporte reforçado

A frota dos Voluntários de Ar-ganil foi reforçada com um

posto de comando operacional, que dispõe de sala de comunica-ções, estação meteorológica, rede informática, um sistema de vídeo que permite projetar car-tas militares, arquivos do Goo-gle Earth, previsão meteorológica, telefone e ligação à internet.

Este meio, complementar ao sis-tema de gestão de operações, é um projeto pioneiro do Corpo de Bom-beiros de Arganil, com amplitude de atuação no interior do distrito de Coimbra.

O posto de comando funciona como órgão diretor das operações no local da ocorrência, que permite apoiar o responsável das operações, tendo com funções genéricas a reco-lha e o tratamento operacional das informações, a preparação das

ações a desenvolver, a formulação e a transmissão de ordens, diretrizes e pedidos e ainda o controlo da exe-cução das ordens, a manutenção das capacidades operacionais dos meios empregues e a gestão dos meios de reserva.

O euipamento, adquirido pelos Voluntários de Arganil, poderá ser utilizado nos incêndios florestais e industriais, acidentes rodoviários, ou “em outros cenários, que pela sua duração, complexidade ou di-mensão” exijam este apoio opera-cional.

ARGANIL

Quartel ganha posto de comando

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23AGOSTO 2013

As celebrações do 119.º ani-versário da Associação Hu-

manitária dos Bombeiros Volun-tários do Sul e Sueste (Barrei-ro), tiveram como ponto alto a inauguração de um Veículo Tan-que Tático Florestal (VTTF), com o nome do diretor do Parque Empresarial do Barreiro (Baía do Tejo), Eng. Condinho de Araújo, numa “merecida e sentida ho-menagem a uma das pessoas a quem a associação deve a géne-se do processo conducente à instalação do corpo de bombei-ros no atual quartel”.

Na sessão solene comemora-tiva da efeméride, o comandan-te Acácio Coelho sublinhou a sin-tonia existente entre a direção e o comando, em especial no que concerne à política de investi-

mentos, manutenção e gestão de recursos materiais, humanos e financeiros, com reflexos visí-veis no crescimento e na conso-lidação da capacidade operacio-nal, muitas vezes posta à prova ao serviço do Barreiro e dos bar-reirenses, do distrito de Setúbal e do país.

Na ocasião, o presidente da direção, Eduardo Correia, refe-riu-se “à firme convicção de que a população sente nos seus bombeiros um esteio de segu-rança, o apoio e a capacidade de intervenção que se desmultiplica por 365 dias, 24 horas por dia, sem férias, sem feriados, nem tão-pouco fins de semana, em que o dia é igual à noite “.

Eduardo Correia referiu-se ao comando enaltecendo “a nova

forma de gerir, o empenho, a de-dicação, a visão, a astúcia e o profundo conhecimento da reali-dade “bombeiros” que a equipa evidencia”, deixando ainda elo-gios aos “bombeiros que se or-gulham de envergar a farda “Sul e Sueste” e se esforçam por che-gar mais longe, com mais e me-lhor competência e profissiona-lismo, sendo disso testemunho as mais de 12.000 horas de for-mação realizadas em menos de um ano, com particular desta-que para o investimento levado a cabo pela associação na quali-ficação de Tripulantes de Ambu-lância de Socorro (TAS)”.

Foram ainda entregues Diplo-mas de Reconhecimento – Servi-ço Operacional aos bombeiros com o maior número de horas de

Formação e de Piquete em 2012, tendo o 2.º Comandante Caeta-no Beja e o chefe Fernando Moi-ta recebido louvores do coman-dante e da direção pelo empe-nho e dedicação na fase de tran-sição de comando ocorrida há cerca de um ano.

No decurso da cerimónia, fo-ram ainda condecorados vários bombeiros com as Medalhas de Assiduidade da Associação Hu-manitária dos Bombeiros Volun-tários do Sul e Sueste e da Liga dos Bombeiros Portugueses e promovidos 7 bombeiros de 3ª e 4 de 1.ª.

O dia ficou, no entanto, mar-cado pela inauguração do Veícu-lo Tanque Tático Florestal (VTTF), uma viatura foi comple-tamente carroçada nas oficinas

da Associação, representando uma mais-valia para a operacio-nalidade do Corpo de Bombeiros em matéria de combate a incên-dios em espaços naturais.

As juntas de freguesia de Pa-lhais, Santo André e Santo An-tónio da Charneca presentea-ram a associação com um GPS profissional para instalar num dos Veículos de Comando Ope-racional Tático (VCOT 03), um manequim pediátrico para a for-mação no domínio da saúde e um capacete de combate a in-cêndios urbanos e industriais que será utilizado pelos bombei-ros estagiários durante a fase operacional da sua formação. Por seu turno a junta do Lavra-dio disponibilizou uma verba destinada à comparticipação na

aquisição de um Desfibrilhador Automático Externo (DAE) para instalação numa das ambulân-cias de Socorro do corpo de bombeiros.

A sessão, cuja abertura coube ao presidente da mesa da as-sembleia geral, comandante Aníbal Luís, foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho e contou com a presen-ça, entre outros, da Comandan-te Operacional Distrital de Setú-bal, Patrícia Gaspar, do secretá-rio da Mesa dos Congressos da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, António Marques e do se-cretário técnico da Federação dos Bombeiros do Distrito de Se-túbal, comandante Rui Laranjei-ra.

BARREIRO

Associação assinala 119.º aniversário

A Associação Humanitária de Bom-beiros Voluntários de Serpins inau-

gurou no dia 28 de julho um moderno e operacional quartel, por ocasião do 20.º aniversário da instituição.

“Havia uma necessidade premente de dar condições adequadas aos bom-beiros”, e passados 18 anos terminou o projeto do novo quartel que permite garantir “aos operacionais excelentes condições para melhor servir as popu-lações”, como referiu o presidente da direção Fernando Carvalho.

O dirigente deixou ainda agradeci-mentos a toda a comunidade, à autar-quia da Lousã e demais entidades que contribuíram para a concretização deste sonho.

O novo equipamento foi construído numa área de 14 mil metros quadra-dos, contemplando três áreas: opera-cional, logística e administrativa.

A importância da formação contínua no corpo de bombeiros foi sublinhada na intervenção do comandante Rui Costa, empenhado em reforçar a ges-

tão operacional com o aumento pro-gressivo de jovens no corpo de bom-beiros. O mesmo responsável disse ainda que os meios existentes são os necessários para a atividade desen-volvida e terminou a sua intervenção com enormes elogios ao corpo ativo pela sua disponibilidade e entrega na missão de salvar vidas e a união exis-tente na família dos voluntários de Serpins.

O novo quartel teve um investimen-to de 610 mil euros, sendo compartici-pado em 85 por cento pelo QREN, e o restante foi suportado pela associa-ção, junta de freguesia de Serpins e Câmara Municipal da Lousã.

Durante a cerimónia, o presidente da direção bem como outros elemen-tos dos órgãos sociais foram ainda en-tregues medalhas da Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP) a alguns solda-

dos da paz, sendo ainda alvo de distin-ção honorífica pelo mérito na vida associativa da instituição.

Entre as entidades convidadas, des-taca-se a presença do diretor nacional de bombeiros, Pedro Lopes, do presi-dente da autarquia da Lousã, Luís An-

tunes, o presidente do conselho execu-tivo da LBP, Jaime Marta Soares, o co-mandante distrital Carlos Tavares e o presidente da Federação dos Bombei-ros do Distrito de Coimbra, comandan-te António Simões.

Sérgio Santos

SERPINS

Comemorações em casa nova

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24 AGOSTO 2013

Os Bombeiros da Mealhada assinalaram 86 anos com

um programa repleto de ativi-dades.

Assim, depois da celebração da eucaristia, na solenidade de Sant’Ana, padroeira da Mealha-da e da associação, em memó-ria dos bombeiros, membros dos órgãos sociais e associados falecidos, realizou-se um simu-lacro de desencarceramento com demonstração dos meios operacionais da corporação, seguido da sessão solene ini-ciada com a deposição de uma coroa de flores no monumento ao bombeiro.

“Recordamos assim todos os bombeiros e elementos dos ór-gãos sociais dos Bombeiros da Mealhada que passaram por esta associação”, começou por dizer Nuno Castela Canilho, presidente da direção dos Vo-luntários da Mealhada, antes do minuto de silêncio e a sirene do quartel “chorar” pelos desa-parecidos.

Já no pavilhão Dr. Mário Sa-raiva, no quartel, foi Nuno da Silva Salgado, presidente da mesa da assembleia geral, a

prestar “homenagem à figura do bombeiro que se encontra omnipresente em muitas situa-ções desta vida. Herói, mas muitas vezes esquecido em si-tuações normais, mas que põe em risco a própria vida sem exigir nada em troca”, confor-me declarou o juiz conselheiro jubilado, que de seguida fez um resumo alargado da histó-ria mundial do aparecimento dos bombeiros e em particular dos Bombeiros da Mealhada e suas datas importantes, no-meadamente, a inauguração do novo quartel há duas déca-das.

“Os bombeiros estão entre-gues aos donativos dos cida-dãos”, lembrou, apelando à so-lidariedade.

“Hoje para mim é um grande dia de festa, mas também de tristeza, porque recordo muitos que já partiram”, disse na oca-sião. Henrique Santos Silva, bombeiro do quadro de honra e o mais antigo da associação, que, dirigindo-se ao corpo ati-vo, sublinhou que lema dos bombeiros “é dar a vida pela vida”.

Joaquim Valente de Oliveira, 2.º comandante em regime de substituição, na sua interven-ção, agradeceu “à direção que se preocupa muito com os bombeiros” e a todos os solda-dos da paz que servem o quar-tel.

“Festejamos este aniversário em fraternidade e unidade”, co-meçou por dizer Nuno Castela Canilho, que depois de recordar os nomes fundadores, agrade-ceu às inúmeras entidades e aos 2700 associados que apoiam os Bombeiros da Mea-lhada,

“Poucos meses depois de termos tomado posse, renova-mos o nosso compromisso de serviço. Comprámos um gera-dor que garante a autonomia energética no quartel, uma nova central telefónica, iniciá-mos os trabalhos de beneficia-ção do quartel e prosseguimos com a angariação de fundos para a aquisição de uma ambu-lância de socorro”, disse o diri-gente, em jeito de balanço da atividade desenvolvida pela equipa que preside.

“Temos vontade de combater

os fogos da vida”, disse, acres-centando “Tenho muita pena, mas não tenho razões para dei-xar palavras de pessimismo ou de grande angústia. Bem sei que nem um discurso é discur-so em Portugal se não tiver la-múrias e queixumes, e lamen-tos e choradinhos. Mas nós não somos assim. Temos as nossas preocupações – que são muitas – mas hoje não é dia de as re-ferir. Herdámos uma associa-ção equilibrada financeiramen-te. Temos lutado contra os lobis nacionais de transporte de doentes. Temos combatido a crise económica e o desinvesti-

mento nacional nas associa-ções de Bombeiros. Temos pro-curado combater sensibilidades e defeitos internos, melhoran-do serviços e construindo me-lhores soluções. Procuramos compreender os desafios do novo voluntariado nacional – o que vai superar o actualmente vigente que está esgotado e apodrecido”, concluiu o presi-dente da direção.

José Gomes da Costa, presi-dente da Federação dos Bom-beiros do Distrito de Aveiro, “homenageou todos os que passaram por aqui nos últimos oitenta e seis anos”.

“Oitenta e seis anos são uma bonita idade. Significa sabedo-ria e muito trabalho”, garantiu, por sua vez Carlos Cabral, pre-sidente da Câmara da Mealha-da, declarando que “Portugal sem os bombeiros voluntários não seria o mesmo país”.

“A Câmara da Mealhada, nos últimos anos, teve sempre uma preocupação permanente para com os bombeiros. Espero que o próximo executivo supere o que fizemos até aqui. Se isso acontecer, os bombeiros po-dem ficar descansados”, disse o autarca.

Mónica Sofia Lopes

MEALHADA

“Temos vontade de combater os fogos da vida”

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses

(LBP), comandante Jaime Soa-res, criticou na Guarda a inflexi-bilidade do INEM relativamente à intervenção dos bombeiros no âmbito do pré-hospitalar ao exigir uma triagem que as con-dições nem sempre permitem e que acaba por poder penalizá--los financeiramente.

O comandante Jaime Soares falava na sessão solene come-morativa do 137.º aniversário dos Bombeiros Voluntários Egi-tanienses, momentos antes de proceder à atribuição do crachá de ouro da LBP ao chefe António José Neves Matas, depois de 36 anos de bons serviços à causa.

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, por seu turno, condecorou o estandarte da associação com a medalha de mérito protecção e so-corro, grau ouro e distintivo azul.

A cerimónia seria ainda assinalada com a denúncia, pelo presidente da direção da instituição, Luís Borges, de uma dívida de 155 mil euros da Câmara Municipal da

Guarda para com os bombeiros, precisando que “há dois anos que a Associação não re-cebe nenhuma verba da Câmara da Guar-da”.

O vice-presidente da edilidade, Victor Santos, assumiu a dívida mas lamentou que o presidente da direção tenha levanta-do ali a questão quando, em seu entender,

o assunto já foi debatido entre as duas par-tes.

A cerimónia ficou ainda marcada pela as-sinatura do contrato de fornecimento de uma viatura multifuncional cuja aquisição é apoiada pelo QREN e pelo anúncio da che-gada de duas novas ambulâncias em Se-tembro.

GUARDA

Presidente da LBP critica INEM

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25AGOSTO 2013

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Viseu aproveitou a passagem de mais um aniversário com a promo-

ção de 23 estagiários a bombeiros de 3.ª e a inauguração de três novas viaturas operacionais.

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), por proposta da asso-ciação, atribuiu o crachá de ouro ao presidente e ao vice-presiden-te da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Rua e Américo Nunes.

O presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, procedeu à sua entrega.

Os novos bombeiros receberam capacetes (Gallet F1) oferecidos pelo governo suíço, fruto dos contactos estabelecidos pela direção e comando nesse sentido.

As três viaturas inauguradas são, um veículo de combate a in-cêndios florestais (VFCI), adquirido através do QREN e com o apoio

da Câmara Municipal de Viseu, um chassis “Renault” oferecido pela empresa Auto-Reparadora da Muna, e um veículo de comando (VCOT) adquirido pela associação.

A cerimónia contou com as presenças, além dos homenageados e do presidente da LBP, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu, Rebelo Marinho, edo comandante distrital da ANPC.

VISEU

Quartel recebe reforços

Três novas viaturas opera-cionais foram benzidas no

decurso das comemorações do 128º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vouzela, adqui-ridas com apoio comunitário (QREN).

Tratou-se de um veículo de salvamento e apoio especial (VSAE), um autotanque com capacidade para 12.500 litros; e um veículo de transporte de doentes.

Foram ainda divulgados, um kite de neve composto por uma pá limpa-neves automati-zada e espalhador de sal aco-

plada numa viatura, os equipa-mentos de proteção individual e a contratação de seguros de saúde para todos os bombei-ros.

A aquisição das 3 viaturas, além da comparticipação co-munitária, representou um in-vestimento de cerca de 100 mil euros para a instituição.

O trabalho, a dinâmica e a excelente relação entre direção e comando foram enaltecidos nos discursos durante a sessão solene, quer pelo presidente da Câmara Municipal, Telmo Antu-nes, do vogal do conselho exe-cutivo da Liga dos Bombeiros

Portugueses, comandante José Requeijo, e do presidente da Federação Distrital de Bombei-ros de Viseu, Rebelo Marinho.

Na oportunidade, o presi-

dente da direção dos Voluntá-rios de Vouzela, Carlos Lobo, afirmou que “a Associação vive de objetivos e além de conti-nuar a querer equipar os bom-

beiros temos também o desejo de rapidamente conseguir rea-lizar obras para recuperar e melhorar o quartel sede”.

Durante a cerimónia come-

morativa foi também prestada homenagem ao anterior co-mandante distrital de opera-ções de socorro da ANPC, Cé-sar Fonseca.

VOUZELA

Mais três viaturas operacionais

ALCOENTRE

Instituição recebe distinçãoA passagem do 77.º aniversário

da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Alcoen-tre ficou marcada pela imposição do Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses ao estan-darte da instituição.

Depois dos soldados da paz acolheram as entidades convida-das, o salão nobre acolheu a ses-são solene, na qual o comandante

Jacinto Abreu enalteceu a entrega dos homens e mulheres que ser-vem o lema “Vida por Vida”, la-mentando de seguida as dificulda-des sentidas na captação de jo-vens para esta nobre missão, para reforçar e garantir maior operacionalidade ao quartel.

Por sua vez, o presidente da di-reção Jorge Fernandes saudou os associados, autarquia da Azam-

buja e outras entidades que têm apoiado a instituição. O dirigente abordou ainda a questão do transporte de doentes, cuja re-cente alteração está a a ter reper-cussões nefastas na obtenção de receita e criar desequilíbrios de tesouraria.

A cerimónia contemplou ainda a atribuição de medalhas da LBP e da associação por 15 e 20 anos de serviço aos soldados da paz. Tam-

bém alguns elementos da banda filarmónica foram agraciados.

Marcaram presença na sessão, entre outras individualidades, o vereador da câmara municipal da Azambuja, Silvino Lúcio; o presi-dente da Liga dos Bombeiros Por-tugueses, comandante Jaime Mar-ta Soares; o 2.º comandante dis-trital André Fernandes e o coman-dante municipal Pedro Cardoso.

Sérgio Santos

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26 AGOSTO 2013

Os Bombeiros Voluntários de Fátima comemoraram recentemen-te uma década de vida ao serviço das populações locais já como

associação autónoma.Durante a sessão solene que se seguiu à cerimónia em parada, o

comandante Gaspar dos Reis, foi o primeiro a usar da palavra para enaltecer o trabalho desenvolvido pelos elementos que compõem o corpo de bombeiros, “merecedores de um verdadeiro louvor coleti-vo”. Mas, a par desse elogio, não deixou de dar contas das péssimas condições em que esses homens e mulheres trabalham

Alberto Caveiro, presidente da direção, depois de realçar “a en-

trega e o profissionalismo” dos bombeiros realçou também a neces-sidade de construção de um novo quartel, bem como, a aquisição de uma autoescada que permita responder aos desafios provocados pelos elevados fluxos populacionais de Fátima.

Na cerimónia esteve também presente o novo comandante dis-trital de socorro da ANPC, Mário Silvestre, que dirigiu igualmente palavras de incentivo a todos os bombeiros e responsáveis presen-tes.

O presidente da Câmara Municipal de Ourém e antigo dirigente associativo de bombeiros, Paulo Fonseca, garantiu que “o executivo

municipal está sempre ao lado dos bombeiros” referindo, como pro-va disso, o investimento de 1 milhão e 700 mil euros realizado nos últimos quatro anos pela autarquia no apoio aos bombeiros: “en-quanto nos quatro anos anteriores o investimento foi só metade”.

O programa comemorativo incluiu também a entrega de prémios aos vencedores do concurso de artes sobre o aniversário dos bom-beiros, no qual participaram vários estabelecimentos escolares de Fátima, e também para a apresentação da nova página web da ins-tituição que resulta de uma doação da empresa Sensorial, que co-memora igualmente o seu 10º aniversário.

FÁTIMA

Associação assinala uma década de socorro

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Amares comemorou no passado dia 5 o seu 104.º Aniversário.

Conforme previsto, o progra-ma iniciou-se com a inaugura-ção do monumento de homena-gem ao Bombeiro Voluntário de Amares por parte da Autarquia, “que calou bem fundo junto de toda a estrutura dos Bombeiros Voluntários de Amares” confor-me nos referiu o presidente da direção, José Gonçalves.

O monumento não reproduz o tradicional busto de um bom-beiro, mas sim uma estrutura em ferro forjado dinâmica que quer mostrar nas suas interliga-ções o salvamento feito por um bombeiro.

Após a inauguração do mo-numento, foi deposta uma co-roa de flores pelos presidentes da Câmara, da Assembleia Mu-nicipal e da direção da associa-ção, em homenagem aos bom-beiros e dirigentes já falecidos.

As cerimónias prosseguiram frente ao quartel, com a entre-ga de medalhas de assiduidade.

“Foi uma cerimónia que se tor-na sempre muito bonita e dinâ-mica porque são os familiares ou amigos que colocam as res-petivas medalhas aos bombei-ros agraciados”, comentou-nos o presidente dos Voluntários de Amares.

Seguiu-se a entrega por par-te da Liga de Bombeiros Portu-gueses da Fénix de Honra a as-sinalar o facto da instituição ter perfeito os 100 anos de exis-tência. A atribuição foi feita pelo comandante José Morais, vogal do conselho executivo da Liga. A par desta distinção, a Câmara Municipal de Amares, deliberou atribuir à associação a medalha de ouro do concelho por altura do seu centenário, fazendo nesta data a sua entre-ga.

Segundo, o presidente da di-reção, “foram dois altos galar-dões que a Associação Humani-tária de Bombeiros Voluntários de Amares recebeu e que tor-naram o seu estandarte muito mais rico e valioso”.

Antes da sessão solene, a di-

AMARES

Fénix de honra no 104.º aniversário

reção, através do seu presiden-te, fez um agradecimento públi-co, a Jorge Miranda, emigrado na Suíça, com a entrega de um capacete em vidro, e ao bom-beiro Armindo Fernandes com a entrega de um diploma de reco-nhecimento e de nomeação como sócio honorário e bene-mérito.

Já no decurso decorrer ses-são solene, a Liga dos Bombei-ros Portugueses, por proposta

da direção dos Bombeiros Vo-luntários de Amares, atribuiu o alto o crachá de ouro à Câmara Municipal de Amares, ao Chefe 31, Armandino Dias, e ao Bom-beiro de 1.ª, n.º 19, José Antu-nes.

Também por proposta da di-reção dos BVAmares, a Liga dos Bombeiros Portugueses atribuiu a medalha de serviços distintos – grau ouro – às empresas, Alu-mínios Ibérica SA, Painel 2000

SA, Intermarché, Transportes Rendufenses, Transportes TJM e Brunotir, Mário Adriano Ribeiro Gonçalves. Também foram agraciados com a mesma me-dalha o comendador Manuel Teixeira e a sua esposa, Rosali-na Machado Teixeira. Foram ainda entregues diplomas de agradecimento a várias pessoas e empresas que colaboraram na realização das cerimónias do Centenário.

Seguiu-se a missa solene de homenagem a todos os bom-beiros e dirigentes que já fale-ceram, e que foi celebrada pelo reverendíssimo padre Jorge.

Para finalizar, e como já tem sido habitual realizou-se um desfile de todas a viaturas do Corpo de Bombeiros de Amares com crianças de todo o conce-lho, perante o entusiasmo e participação da população de Amares.

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27AGOSTO 2013

Os Bombeiros de Cacilhas, decidiram criar uma barbearia no quartel, para “ajudar os bombeiros na redução de despesas

mensais do seu orçamento familiar, numa época critica para todos”. Por apenas um euro bombeiros e os seus filhos menores pode-

rem cortar o seu cabelo no quartel.

CACILHAS

Barbeiro no quartel

O piquete de intervenção dos Voluntários de Almada cum-pre, diariamente, das 9 às 10 h., um programa de pre-

paração física, no ginásio “Templo dos Sentidos”, nas insta-lações do próprio quartel.

Os elementos que fazem parte desta equipa, todos os dias fazem musculação e cardiofitness, para assim ”ganharem mais capacidade física e mental para resistirem a todo o es-forço que esta profissão exige em diversos tipos de ocorrên-cias”.

“Esta atividade física está a engrandecer e a melhorar a resistência física desta Equipa de Primeira Intervenção”, su-blinha fonte do comando.

ALMADA

Bombeiros bem preparados

Tomaram posse, recentemente, os novos corpos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sal-

vação Pública e Cruz Branca, para o Triénio 2013/2016.Na cerimónia, antecedida de uma homenagem do corpo ativo

ao seu comandante, Álvaro Ribeiro, que cessou funções, para assumir as de Comandante Operacional Distrital (CODIS) de Vila Real. Marcaram presença na sessão diversas entidades e autoridades locais e regionais, nomeadamente o presidente da Câmara Municipal de Vila Real, o comandante do Regimento de Infantaria nº 13, o presidente da direção e o comandante dos Bombeiros da Cruz Verde, representantes da Polícia de Segu-rança Pública, da Guarda Nacional Republicana e da Federação Distrital dos Bombeiros Voluntários.

O presidente da direção, António Manuel S. Ribeiro Graça, conta na sua equipa com António Augusto Saavedra da Costa, Leonel Costa Sanches, Francisco José Sequeira Moreira, Maria Júlia Madeira Pinto, Maria Hercilia Agarez C. Marques e Vítor Manuel Gonçalves dos Santos

Na assembleia geral, assume a cadeira da presidência Miguel de Matos Esteves coadjuvado por Frederico M.F. Amaral Neves e Domingos Fernando V. Costa

Integram o conselho fiscal o presidente Luís Maximiano Cou-tinho da Silva e ainda Maria Helena Carneiro Borges e José Fortunato Costa Leite.

VILA REAL

Cruz Branca tem novo elenco

Na história da Associação Hu-manitária dos Bombeiros Vo-

luntários de Vila Praia de Âncora, a direção passou a ser presidida pela primeira vez por uma mulher, eleita pela única lista concorrente ao triénio 2013/2016.

Laurinda Corujeira de Araújo, natural de Vila Praia de Âncora, 47 anos, empresária há duas dé-cadas, estabelecida nesta vila há quatro anos, vive os bombeiros de uma forma especial, atenden-

do a que seu pai foi um dos volun-tários ancorenses durante meio século, a par de ter irmãos, cunhados, sobrinhos e uma filha no corpo ativo, o que terá pesado bastante na decisão de se candi-datar ao cargo.

Com a nova presidente assu-mem funções nos órgãos sociais mais duas mulheres, uma na as-sembleia-geral e outra na direção. A denominada pacificação da as-sociação e a resolução do passivo

situado nos 50 mil euros são ob-jectivos fundamentais para a nova presidente.

Os novos órgãos sociais dos Voluntários de Vila Praia de Ânco-ra incluem, na assembleia-geral: Agostinho Simões Gomes (presi-dente) José Manuel Martins Presa (1º secretário) e Sandra Elisabete Dias Fernandes (2.º secretário).

O conselho fiscal é presidido por Rui Manuel Taxa Silva Araújo tendo, como secretário, Ricardo

Nuno Dias Fernandes, e relator, Luís Filipe Silva Matias.

A direção, liderada por Laurin-da Corujeira de Araújo inclui tam-bém, o vice-presidente, Pedro Mi-guel Castro Gonçalves, o

1.º secretário Joana Isabel Araújo Sá, o 2.º secretário, Luís Filipe Marvão Franco Almeida, o tesoureiro, Rui Pedro Gil Ferreira de Amorim, e os vogais, Bernar-dino Martins Santamarta e Antó-nio José Oliveira Peralta.

VILA PRAIA DE ÂNCORA

Laurinda Araújo à frente da associação

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A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do concelho da Moita comemorou a passagem do seu 80.º aniversário ho-

menageando os seus soldados da paz.Uma imponente formatura do corpo ativo acolheu as entidades

convidadas para a imposição de uma coroa de flores junto do mo-numento ao bombeiro, em memória dos dirigentes e camaradas falecidos.

No decorrer da sessão solene, os homens e mulheres que volun-tariamente se entregam à causa dos bombeiros portugueses foram reconhecidos com medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses por vários anos de serviço. Contudo, o ponto alto da celebração foi a imposição do crachá de ouro da confederação ao chefe Tavares, subchefe José Vicente e aos chefes do Q.H. António Palaio e Joa-quim Galó, num claro reconhecimento pelas mais diversas partici-pações ativas na vida da associação.

No momento das alocuções, o presidente da direção e o coman-dante Carlos Picado foram unânimes nos agradecimentos aos bom-beiros, enaltecendo o seu esforço na “construção de um parque de treinos, para formação interna e posteriormente para formação ex-terna para diversas empresas deste concelho”. A cordialidade entre os órgãos sociais e comando foi ainda realçada, como estratégia de sucesso para a associação e o seu corpo de bombeiros, que não esquecendo aqueles que sempre apoiaram a instituição agradece-ram e agraciaram o presidente da Câmara Municipal da Moita, João Lobo.

Nas cerimónias estiveram presentes diversas entidades nomea-damente o vice presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rodeia Machado; o 2.º comandante distrital Rui Costa (ANPC), o presidente da federação dos bombeiros de Setúbal, Eduardo Cor-reia, bem como representantes de associações congéneres do dis-trito e da Guarda Nacional Republicana.

Sérgio Santos

MOITA

Crachás de ouroem aniversário

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28 AGOSTO 2013

ANIVERSÁRIOS1 de setembroBombeiros Voluntários de Carnaxide#1014 de setembroBombeiros Voluntários da Ericeira#825 de setembroBombeiros Voluntários de Póvoa de Lanhoso#1097 de setembroBombeiros Voluntários de Cabanas de Viriato#788 de setembroBombeiros Voluntários de Folgosinho#7610 de setembroBombeiros Voluntários de Alter do Chão#65Bombeiros Voluntários de Castro Verde#3112 de setembroBombeiros Voluntários da Lixa#124

Bombeiros Voluntários de Areosa-Rio Tinto#91Bombeiros Voluntários de Vimioso#8114 de SetembroBombeiros Voluntários de Caldas da Rainha#118Bombeiros Voluntários de Sacavém#116Bombeiros Voluntários de Góis#5715 de setembroBombeiros Voluntários de Gondomar#100Bombeiros Voluntários de Vagos#85Bombeiros Voluntários de Vidago#4616 de setembroBombeiros Voluntários de Tondela#89Bombeiros Voluntários de Vila Franca das Naves#1718 de setembroBombeiros Voluntários de Favaios#98

Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande#6519 de setembroBombeiros Voluntários de Almoçageme#118Bombeiros Voluntários de Figueira de Castelo Rodrigo#76Bombeiros Voluntários de Cabo Ruivo#36Bombeiros Voluntários de Penela#3320 de setembroBombeiros Voluntários de Leça do Balio#8222 de setembroBombeiros Voluntários de Algés#111Bombeiros Voluntários de São João da Pesqueira#10623 de setembroBombeiros Voluntários de Carregal do Sal#74

24 de setembroBombeiros Municipais do Funchal#12525 de setembroBombeiros Voluntários de Ponte de Lima#12626 de setembroBombeiros Voluntários de Cruz de Malta#9527 de setembroBombeiros Voluntários da Nazaré#8630 de setembroBombeiros Voluntários da Malveira#69Bombeiros Voluntários da Trofa#37Bombeiros Voluntários de Santana#28

Fonte: Base de Dados LBP

Decorreu no passado dia 11 de agosto, na fre-guesia de Laúndos da Póvoa de Varzim, a 5.ª

corrida de carros artesanais, subordinada à te-mática dos desenhos animados, na qual partici-param os Voluntários da Póvoa de Varzim com o bólide do “Bombeiro Sam”.

A base do carro é um frigorífico, tendo a cons-trução ficado “a custo zero”, merece do apoio da empresa LNBCar. Do carro destacam-se porme-nores como a escada, os strobs, sirene, o carretel com mangueira de 25, o extintor e a motobomba e o ARICA, em esferovite. A “protótipo” tem assi-

natura do 2.º comandante, Carlos Cadilhe, do bombeiro de 2.ª, José Fonseca e o bombeiro de 3.ª, Ricardo Barros.

Aos comandos do Bombeiro Sam, 2.º coman-dante dos Voluntários da Póvoa de Varzim, Carlos Cadilhe, mostrou-se satisfeito pela participação na iniciativa, afirmando que “estes momentos são importantes para os bombeiros estarem em contacto com a população”.

O carro, que “sobreviveu” às quatro rampas descidas de cerca de 800 metros, encontra-se em exposição no quartel.

PÓVOA DO VARZIM

Corrida de carros artesanais

A Associação Humanitária de Bombeiros Vo-luntários de Estremoz prepara-se para

substituir os cartões dos associados e proce-der à atualização de ficheiros.

Assim, a direção da instituição informa que

os interessados em ter fotografia no respetivo cartão, devem proceder à sua entrega até ao final deste mês.

A primeira via do novo cartão não terá cus-to para os associados.

ESTREMOZ

Novos cartões

A Associação Humanitária de Bombeiros Volun-tários de Cascais prepara-se para reforçar os

laços existentes com os bombeiros norte-ameri-canos. Desta feita, na costa oeste daquele país.

Os Voluntários de Cascais estão a programar um processo de geminação com os seus congé-neres californianos de Sausalito.

Na visita às instalações daqueles bombeiros, o “mayor” de Sausalito, Herb Weiner; manifestou a sua vontade em poder apadrinhar esse processo. Em visita a Cascais a convite da Câmara Munici-pal, à frente de uma delegação da sua cidade, o presidente da câmara norte-americana, manifes-tou a vontade de se deslocar aos bombeiros fruto da sugestão que lhe havia sido dada por um con-terrâneo que ali tinha estado também meses atrás.

A presença de Herb Weiner em Cascais insere--se também no processo de geminação entre as duas autarquias liderado pelo vereador das Rela-ções Internacionais, Alexandre Faria. Nos Volun-tários de Cascais o autarca norte americano foi recebido pelo vice-presidente da direção, Vitor

Neves, e pelo comandante do corpo de bombei-ros, João Loureiro.

Não é a primeira vez que os Bombeiros de Cas-cais estabelecem contacto com os colegas califor-nianos. No passado, e no âmbito da adopção da mota de água como meio de socorro na frente de mar da sua zona de intervenção, nomeadamente no Guincho, visitaram o “Los Angeles Fire Depart-ment” e a estrutura local da “Coast Guard”. Aliás, a margem da deslocação, chegaram também a visitar o local de filmagens da então popular série televisiva “Bay Watch” e a conversar com o seu protagonista, David Hasselhoff, a quem explica-ram o motivo da sua visita e de quem receberam palavras de incentivo.

Ao longo dos últimos 20 anos, os Bombeiros Voluntários de Cascais mantiveram contactos com bombeiros norte-americanos dos Estados do Maine, Massachussets, Texas, Pensilvânia, Nova Iorque e Washington. Esse relacionamento foi até motivo de uma saudação manuscrita pelo presi-dente Bill Clinton, que os Bombeiros de Cascais mantém emoldurada nas suas instalações.

CASCAIS

Bombeiros regressam aos EUA

Os bombeiros voluntários de Moimenta da Bei-ra vão doar uma ambulância ao Hospital Re-

gional Santiago Norte, no concelho de Santa Ca-tarina, Ilha de Santiago, em Cabo Verde. O veícu-lo, usado, mas ainda em bom estado, segue para a semana, por via marítima, do porto de Leixões para aquele arquipélago. A ambulância vai ainda recheada de roupa, livros infantis e livros escola-res, sapatos e bolas de futebol, material doado pela Câmara Municipal de Moimenta da Beira.

A doação nasceu de um pedido feito aos bom-beiros pela Comissão de Projectos e Prestação de Serviços do Rotary Clube Maria Pia, sediado na cidade da Praia, capital de Cabo Verde.

O presidente da autarquia, José Eduardo Fer-reira, e o comandante da corporação de bombei-

ros, José Alberto Requeijo, juntaram-se para um fim “nobre e solidário”.

“A ambulância vai servir uma região de um país onde há carências médicas e de cuidados de saúde”, enfatiza o comandante.

MOIMENTA DA BEIRA

Doação para Cabo Verde

O dia da abertura da época de vigilância bal-near nas praias em Esmoriz, Cortegaça e Ma-

ceda, realizada pelos Bombeiros Voluntários de Esmoriz à largos anos, que passou a ser designa-do por “Open Day”, conheceu este ano a segunda edição da iniciativa em novo formato.

O clima absolutamente propício a praia, um mar calmo até demais para a realização de um simulacro de mar na Praia do Cantinho, milhares de pessoas no areal, foram essenciais para que a exposição de material e equipamentos, as ações de sensibilização, os postos de triagem e a ani-mação em final do mês de junho fossem inesque-cíveis.

Com organização dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz esta iniciativa contou também com os apoios imprescindíveis da Força Aérea Portugue-sa, do INEM, da Policia Marítima, do Instituto de Socorros a Náufragos, dos Bombeiros Voluntários de Ovar, Bombeiros de Vagos, Bombeiros Aveiro--Novos, da GNR e de muitas empresas que cede-ram estruturas, equipamentos, veículos diversifi-

cados que foram apreciados por milhares de pes-soas ao longo de todo o dia 29 de junho.

A parte da tarde destacou-se pela expectativa relativamente ao simulacro de mar, que este ano contou com a valiosa colaboração da Força Aérea Portuguesa com um helicóptero de salvamento e resgate a ser envolvido nas operações de recupe-ração das vitimas hipotéticas deste exercício.

A tarde finalizou também com uma aula de Zumba participada por gente de todas as idades.

O II Open Day ficará na memória pela sua di-mensão e espetacularidade, pela boa articulação entre entidades ligadas à vigilância de praias, busca e socorro e também pela magnífica respos-ta que a população da região e visitantes deram a este evento.

Agora, com as praias do Cantinho, Velha de Es-moriz, Cortegaça Sul e São Pedro de Maceda sob a vigilância dos nadadores salvadores dos Bom-beiros de Esmoriz só resta esperar que o saldo final da época balnear seja muito positivo. Os bombeiros envolvidos vão fazer tudo para isso.

ESMORIZ

II Open Day memorável

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29AGOSTO 2013

O bombeiro de 3.ª dos Voluntários de Praia da Vitória, Terceira, Açores, Fábio Machado decidiu dar o nó com Ana Teresa Costa.

A cerimónia do casamento decorreu em maio último na Igreja Ma-triz da Praia da Vitória, e os seus colegas, através do Alexandre Cunha, fizeram-nos chegar uma foto a testemunhar a saída dos recém-casados do templo, entre alas de bombeiros e bombeiras, com o objetivo de lhes fazer uma surpresa. Fica feita a surpresa, com o desejo de felicidades para o Fábio e a Ana.

PRAIA DA VITÓRIA

Bombeiro deu o nó

Dois voluntários do corpo de bombeiros da Associação de Areo-sa-Rio Tinto, Igor José Cachada Silva da Cunha e Cátia An-

dreia Pires Soares Pinto decidiram dar o nó Ambos são bombeiros de 2.ª, ele admitido em 2002 e ela em 2004 nos Voluntários de Areosa-Rio Tinto. Conheceram-se nesta Associação e ao longo dos anos foram fortalecendo a sua relação pessoal e distinguindo-se também pela qualidade do serviço prestado, com particular inci-dência na área da emergência pré-hospitalar. Ou não fosse ele tripulante de ambulância de socorro e ela enfermeira.

A amizade, simpatia e respeito que têm granjeado entre os seus colegas do corpo de bombeiros ficaram expressas na concorrida cerimónia de casamento. Parabéns aos noivos!

AREOSA – RIO TINTO

Conheceram-senos bombeiros

Repetindo o êxito da primeira edição, a Mega Cabidela dos

Bombeiros Voluntários de Ca-banas de Viriato (BVCV) deste ano contou com sala cheia num ambiente animado e até diverti-do.

No domingo, dia 9 de junho, os Bombeiros Voluntários de Cabanas de Viriato levaram a efeito mais uma edição da sua Mega Cabidela que contou com cerca de duas centenas de ins-crições. A verba arrecadada com esta iniciativa irá permitir aliviar a despesa com a chega-da de duas novas viaturas ope-racionais.

A ementa da festa foi consti-tuída por entradas, caldo verde, anfitriã cabidela e um faustoso buffet de sobremesas prepara-do pelas bombeiras, elementos dos corpos sociais , por familia-res e amigos daquela institui-ção.

Com um ambiente festivo e de confraternização, o almoço superou todas as expectativas da organização, que fez ques-tão, pela voz do seu presidente

da assembleia geral, José Perei-ra Dias, de agradecer e reafir-mar a importância de contar com o apoio de cada um dos presentes para o futuro da As-sociação. Também o presidente da direção, Júlio Sousa, usou da palavra para agradecer o apoio de todos e aproveitou para in-formar os presentes que a re-ceita angariada com esta inicia-tiva iria ser canalizada para a despesa que os BVCV vão ter com a aquisição de duas novas viaturas, um renovado todo ter-reno 4x4 totalmente equipado e

uma viatura nova que foi possí-vel adquirir com recurso ao pro-grama do QREN, candidatura que implica uma comparticipa-ção de 15 por cento da Associa-ção.

O presidente fez questão de referir que estas viaturas virão substituir outras com mais de 50 anos e que são ferramentas fundamentais no melhor servi-ço prestado às populações.

A festa terminou ao som de música popular e com o desejo de que se possa repetir.

Filipa Pereira

CABANAS DE VIRIATO

Mega cabidela a favor dos bombeiros

A Liga dos Amigos da Secção de Bombeiros de Freixianda promove, no dia 5 de outubro, no Salão Cardal, uma noite fados, iniciativa que visa angariar a verba em falta para pagar uma

ambulância recentemente adquirida pelo quartel.

OURÉM

Amigos promovem noite de fados

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Bucelas promoveu, recente-mente, o 3.º desfile de fanfar-ras “Domingos Oliveira Rodri-gues”.

As ruas encontravam-se re-pletas de populares e amigos dos bombeiros para acolher os participantes num desfile que percorreu as artérias daquela vila e terminou com exibições musicais no campo de jogos bu-celense.

Participaram neste encontro as fanfarras dos bombeiros vo-luntários de Algueirão Mem Martins, Ericeira, Caneças, Pon-tinha, Samora Correia e a fan-farra anfitriã.

Sérgio Santos

BUCELAS

Fanfarras em desfile

No âmbito do “Projeto de In-teração e Proximidade com

os Cidadãos”, promovido pelo Departamento de Formação dos Bombeiros de Castanheira do Ribatejo, realizou-se um curso de técnicas de emergên-cia, uma ação aberta à comu-nidade, no qual participaram 16 pessoas com idades com-preendidas entre os 16 e os 70 anos.

Essa formação, com a dura-ção de oito horas, teve como objetivo “preparar o cidadão para atuar numa primeira inter-venção, seja em caso de incên-dio ou em emergência pré-hos-pitalar”.

CASTANHEIRA DO RIBATEJO

De portas abertas à população

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30 AGOSTO 2013

em agosto de 1993

O corpo de Bombeiros de Sines é, por estes

dia, bem mais jovem, tendo em conta o “refor-ço” de cerca de meia cen-tena de jovens que inte-gram a nova Escola de Infantes e Cadetes, a pri-meira em 69 anos de his-tória da instituição.

Este era um desejo há muito adiado, pelo bombeiro de 2ª António Mes-tre, que assume, agora, a coordenação do proje-to. Fonte da associação garante que “Mestre era a escolha óbvia, tendo em conta a sua experiên-cia nesta área, nomeadamente na Associação de Nadadores Salvadores do Litoral Alentejano (RESGATE)”.

Assim, no passado mês de janeiro, com o apoio do comando e direção, António Mestre decide avançar com o apoio do delegado da Juvebom-beiro de Sines, Ricardo Jones, e juntos criaram uma equipa de trabalho, que conta atualmente com oito elementos, unidos pela determinação, sentido de responsabilidade e unidade.

Atualmente, com 52 elementos, dos 6 aos 17 anos, a escola abre portas todos os sábados à tarde, dando ao quartel dos Bombeiros de Sines juventude e perspetivas de futuro.

Importa sublinhar, conforme referem os res-ponsáveis, que a organização é a pedra basilar desta escola que se orgulha do plano pedagógico adotado. Genericamente, as atividades dos jo-

vens formandos assen-tam na Ordem Unida, For-mação Inicial de Bombei-ro (componente teórica e prática), Educação Física e na participação em si-mulacros e observação de exercícios do corpo ativo.

“Dedicação, resiliência, gratidão, camaradagem, resistência, lealdade, res-

peito e confiança, são marcas desta escola” por-que o objetivo maior é “formar homens e mulhe-res com valores e princípios, enriquecidos de ex-periencias, munidos de competências tanto a ní-vel pessoal como profissional”, segundo releva António Mestre, acrescentando que a “Escola de Infantes e Cadetes não tem como principal ban-deira o recrutamento de novos bombeiros, mas sim a formação e educação de homens e mulhe-res, deixando-lhes o “bichinho” que chame à cau-sa”.

O mentor do projeto fala com orgulho da sala de formação da escola instalada no quartel sede, onde se lecionam os conteúdos teóricos.

Numa época de dificuldades para as associações de bombeiros, a direção dos Voluntários de Sines muito incentiva e apoia esta escola assegurando, entre outras despensas, o fardamento e a logísti-ca, patrocinando um grupo de futuro na realização de algo novo e diferente, sempre assente no lema – “Aprender hoje para Salvar Amanhã”.

André Luz

SINES

Aprender hojepara salvar amanhã

Realizou-se nos dias 26, 27 e 28 de julho, na Praia da Vagueira, o acampamento anual

dos infantes e cadetes dos Voluntários de Va-gos. Este encontro incluiu diversas atividades e muitos e bons momentos de partilha e de con-vívio.

A promoção a cadetes de Vitor Diogo Cipria-no Silva, Valter Manuel Grave Santos, Adriana Simões Pinto, Inês Simões Pinto e João André Fresco Vieira, constituiu momento alto desta iniciativa e na qual marcaram presença o presi-

dente da Associação dos Bombeiros Voluntários de Vagos, os elementos do comando, o verea-dor Silvério Regalado em substituição do presi-dente da autarquia, bombeiros, familiares e amigos dos jovens.

No final sobraram palavras de apreço para os formadores e monitores Anabela Capela, Mário Frade, Ana Cardoso, Licínia Pequeno e José Pin-to que ao longo do ano trabalharam de forma exemplar, para garantir o bom funcionamento desta escola.

VAGOS

Infantes e cadetes em acampamento

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31AGOSTO 2013

Decorreu, em Cerva o Encontro Distrital da Ju-vebombeiro, uma organização do núcleo local

que reuniu cerca de meia centena de participan-tes e que teve maior atrativo a subida do Rio Póio, com paragem na cascata Cai D´Alto.

A iniciativa teve como objetivos maiores “fo-mentar o bom relacionamento entre os partici-pantes, promover o espírito de equipa e aventu-ra”.

O desafio foi cumprido em cerca de seis horas, e compreendeu a subida em Cabriz e a chegada a Alvadia, numa aventura marcada pelo cansaço, algumas escoriações mas também pela alegria da superação de muitos obstáculos.

Em jeito de balança sobram palavras de apreço para a organização que trabalhou arduamente para o sucesso do encontro, nomeadamente para os Bombeiros de Cerva que prepararam o almoço que permitiu “recarregar baterias” depois de tão árduo esforço. Agradecimentos, também, à Câ-

mara Municipal de Ribeira de Pena, que disponibi-lizou transporte aos participantes.

Registe-se que se associaram ao evento o 2.º CODIS de Vila Real, o presidente da Comissão Coordenadora Nacional da Juvebombeiro e ainda o presidente da Junta de Freguesia local que as-sume também os comandos da Associação dos Bombeiros de Cerva.

VILA REAL

Encontro distrital

Os Bombeiros Voluntários de Cerva acolhem um núcleo

da Juvebombeiro que integra Tiago Silva (delegado), Adriana Lourenço (subdelegada) e Te-resa Sofia (secretária).

Num encontro muito partici-pado, os trabalhos que levaram à criação deste núcleo foram acompanhados pelo Coordena-dor Distrital da Juvebombeiro

de Vila Real, Rui Dinis e pelo comandante Jorge Campos dos Voluntários de Cerva.

O recém-eleito coordenador da juve salienta o “grande apoio de Rui Dinis e do coman-dante Jorge Campos” que per-mitiram encerrar com chave de ouro os trabalhos que se pro-longaram por mais de três ho-ras.

CERVA

Juve tem novo núcleo

Juvebombeiro do Corpo de Bombeiros de Óbidos revive

o espírito de Brownsea com o Agrupamento de Escuteiros de Óbidos.

A ilha de Brownsea serviu de

inspiração à organização do 1º Acampamento da Juvebombei-ro de Óbidos que juntou bom-beiros e escuteiros unidos pelo espírito de serviço e solidarie-dade.

As atividades desenvolvidas colocaram à prova as capaci-dades dos jovens que sem me-dos e com muita motivação responderam aos desafios pro-postos.

ÓBIDOS

Bombeiros e escuteiros recriam Brownsea

Os jogadores mais novos de ”O Salgueiros” foram jo-

gar a Bragança e ficaram alo-jados na casa do quarteleiro dos bombeiros locais.

Os mais novos tiveram di-reito a uma ceia especial, visi-taram as instalações e depois de apreenderem algumas no-ções de Ordem Unida foram para a cama a marchar

Agradecidos, os jogadores, ofereceram aos bombeiros uma camisola de jogo e deixaram no quadro de serviço “uma simples mas muito carinhosa mensagem de agradecimento”.

Da mesmo forma, também os anfitriões se

mostraram muitos satisfeitos por acolher estes pequenos craques, que serão “sempre bem vindos” ao quartel dos Voluntários de Bragan-ça.

BRAGANÇA

Jogadores do Salgueiros no quartel

Os Voluntários de Barcelinhos promoveram mais uma edição da Prova de BTT Cândido

Figueiredo”, que este ano reuniu 200 bombeiros do distrito de Braga, numa grande inciativa que alia as componentes da atividade física da beleza paisagística e da confraternização.

O presidente da associação de Barcelinhos, José Arlindo Costa, defende a importância deste evento na “aproximação de corpos de bombeiros vizinhos” e também “na integração dos estagiários”,.

Também Duarte Nuno Pinto, presidente da As-sembleia Geral, frisa a “importância da adesão de jovens bombeiros para fomentar o gosto e a par-tilha de valores que regem a comunidade dos ho-mens da paz”.

O comandante dos Voluntários de Barcelinhos faz um balanço muito positivo desta 10.ª edição da prova, sublinhando a colaboração da associa-ção, assegurando que “só assim é possível garan-tir que tudo corre bem”.

BARCELINHOS

Duas centenas a pedalar

Foto

: Mot

o Ga

los

Bombeiros casados e solteiros das três associações do concelho de Barcelos reuniram-se re-centemente numa partida de futebol, designada por Jogo da Amizade, integrado nas come-

morações do 130.º aniversário dos Voluntários de Barcelos. O jogo decorreu no dia 8 de junho último, no Estádio Adelino Ribeiro Novo, em Barcelos.

Para o comando dos aniversariantes, “foi num extraordinário ambiente de convívio, leal e franco, que as direções e comandos dos corpos de bombeiros do concelho de Barcelos (Barce-los, Barcelinhos e Viatodos) se envolveram num jogo de futebol entre casados e solteiros”.

Em jeito de balanço, refere a mesma fonte, “fica reconhecida a importância destas iniciativas e é através deste tipo de ações e outras, que a interação e coordenação entre as diversas enti-dades existe e deve ser mantida e melhorada”.

BARCELOS

Futebol fomenta a amizade

Mogadouro acolheu a II Ma-ratona de futsal, organiza-

da pela Juvebombeiro de Bra-gança, evento que juntou sete equipas do distrito. A formação do Vimioso arrecadou o cobiça-do troféu depois de na final ter

batido o grupo de Macedo de Cavaleiros, num torneio que contou ainda com as de equipas dos bombeiros de Sendim, Tor-re de Dona Chama, Izeda, Mo-gadouro, e Bragança.

A juvebombeiro assinou ain-

da a organização do VI acam-pamento distrital, no parque de campismo do Colado, em Quin-tanilha, numa iniciativa que mobilizou 70 jovens e se pau-tou pelo convívio e boa disposi-ção.

BRAGANÇA

Maratona reúne sete equipas

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32 AGOSTO 2013

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: Elemento Visual – Design e Comunicação, Lda. – Apartado 27, 2685-997 Sacavém – Telef.: 302 049 000 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal

A Crónicado bombeiro Manel

Meus amigos, uma coisa que à pri-meira vista parecia ter o seu

sentido, por que não funciona como deve ser, acaba por dar numa grande trapalhada. Ainda por cima quando eu acho que as pessoas estão em primeiro lugar em tudo isto mas há quem pelos vistos esteja a esquecer--se disso. Trata-se de prestar socorro às pessoas que, acho eu, todos de-vem desejar que se faça bem e de-pressa. E estou a falar da vida delas, não sei se percebem.

Estou a falar daquele regra que o INEM quer que seja cumprida por to-dos os bombeiros de obrigar que tudo passe pela triagem do CODU. E se assim não acontecer o INEM cas-tiga as associações e não lhes dá nú-mero, logo, não vai pagar o serviço.

Em abono da verdade, o problema criado pela teimosia do INEM não está na própria triagem que no fundo todos desejamos que se faça. O pro-blema, amigos, está na dificuldade para lá chegar. Todos nós cá para

cima e noutros sítios do país tam-bém, sabemos como é difícil contac-tar o INEM, com muito tempo à es-pera quando às vezes o acidente é aqui à porta do quartel. Como expli-car às pessoas que a burocracia lá de Lisboa manda que não se toque no sinistrado sem primeiro falar para lá a pedir ordens? Ou então, se formos rápidos no socorro mas sem triagem corremos o risco de trabalhar à bor-la? Como explicar às pessoas que os bombeiros se não for o INEM a dizer como é parece que não sabem como intervir? Como explicar às pessoas que os bombeiros que estão na rua em contacto com a realidade têm que esperar as ordens que vêm dos senhores que estão lá no ar condicio-nado?

Amigos, o problema, a meu ver, não está na triagem mas nas dificul-dades para contactar o INEM. Se-nhores do INEM não levantem mais poeira sem antes cuidarem de estar preparados para responder como

deve ser, ou seja, rápido. Não chu-tem para os bombeiros o problema, não sacudam a água do capote e preparem-se primeiro como deve ser para resolver o problema. Depois de tudo acertado a triagem passará a ser sem dúvida, como deve ser, uma mais valia, e não um problema como hoje acaba por ser.

Aliás, amigos, esta regra da tria-gem já é antiga. Não foi por isso que os bombeiros aí da zona de Lisboa se revoltaram há anos?

Amigos do INEM. Não distraiam as gentes com questões antes de resol-ver os problemas. Mas não prestem rasteiras aos bombeiros para tapar o sol com a peneira. O INEM exige dos bombeiros aquilo que ainda não con-seguiu por a funcionar.

Quando tinha uma loja aqui na terra tive que arranjar empregados para aviar os clientes e havia alturas em que até punha a família a ajudar para que os clientes não esperas-sem. Ora o INEM, mal comparado, é

como a loja e os clientes os bombei-ros. Se têm porta aberta só têm que trabalhar bem e mais nada.

E nesta fase, acho eu, o INEM só tem que ser mais flexível na atribui-ção do número, ser menos manga de alpaca e em primeiro lugar pen-sar mais nas pessoas. No futuro to-dos temos a obrigação de fazer com que a triagem seja cada vez melhor. Até lá, vamos ver se nos entende-mos, mas sem ameaças nem casti-gos.

No passado contaram-me o que se tinha passado nos Bombeiros de Loures na reunião com o INEM que esteve na origem da paralisação de várias ambulâncias INEM que se en-contravam nos bombeiros de Lisboa. E a doutora do INEM que esteve na dita reunião, disseram-me na altura, ouviu escusadamente aquilo que, como se diz para aí, nem o Maomé diz do toucinho.

Já agora, fica aqui a história que me contou um bombeiro algarvio.

Trata-se da história do Kamov a ten-tar resolver o problema dos mosqui-tos em Armação de Pera Dizia-se que a agitação das pás do dito aparelho podia fazer alguma coisa. Não perce-bo nada disso mas também não acreditei muito que fosse resultar. Ora acabou por não resultar mas como as pressões políticas eram muitas e o helicóptero já só teria meia dúzia de horas contratadas a Autoridade lá o mandou ir agitar o ar a Armação. Deu um bom boneco no sítio e nos jornais mas como se pre-via não serviu de nada, contou-me o tal bombeiro.

[email protected]

Acho que as pessoas estão primeiro

LOUVOR/REPREENSÃOAos milhares de bombeiros

que nas últimas semanas, com sacrifícios vários, incluindo a própria vida, têm lutado pela defesa dos bens dos outros.

A todos os que, devendo limpar o terreno em volta das suas casas, não só não o fa-zem como até reclamam nas televisões pelo infortúnio de que são alvos.

Os Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa torna-

ram-se vice-campeões dos campeonatos internacionais de manobras do CTIF reali-zados entre 14 e 21 de julho último em Mulhouse, Fran-ça.

Ao ser distinguida com a medalha de prata desses concursos a equipa B dos Voluntários de Paço de Sousa conseguiu alcançar um feito notável, elogiado pelos diri-gentes da associação, co-mando e autarcas de Pena-fiel. Antes, já havia registado

um resultado importante ao conseguir atingir a craveira internacional após 15 anos de participação nas provas na-cionais.

Portugal fez-se representar

por sete equipas. Na catego-ria em que a equipa de Paços de Sousa participou estive-ram presentes 36 de igual número de países.

Os Voluntários de Paço de Sousa fazem um balanço po-sitivo da participação não obstante tecerem algumas críticas relativamente às con-dições em que se processou o transporte em autocarro ao longo de cerca de dois mil quilómetros e “a falta de apoio por parte de responsá-veis nacionais em toda a des-locação”.

PAÇO DE SOUSA

Trouxeram prata para Portugal

O presidente do conselho executivo da Liga dos Bom-

beiros Portugueses (LBP), co-mandante Jaime Marta Soares, acompanhado do diretor nacio-nal de bombeiros (DNB) da Au-toridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Pedro Lopes, visi-tou o bombeiro de Miranda do Douro, Daniel Falcão, internado no Hospital da Prelada, no Por-to, e o bombeiro voluntário de Celorico de Basto, Tiago Carva-lho, internado no Hospital do Alto Ave, em Guimarães.

Na primeira unidade hospita-lar, o presidente da LBP avis-tou-se, a seu pedido, com o conselho de administração para debater várias questões no-meadamente o processo relati-vo a Lourosa. O comandante Jaime Soares, a par desse pro-cesso conseguiu acordar com o Hospital da Prelada, para o fu-

turo, eventuais procedimentos a cumprir em próximas situa-ções do género.

Entretanto, o bombeiro de Miranda do Douro, Daniel Fal-cão, continua internado na Pre-lada em estado grave, com prognóstico ainda reservado. “O Daniel continua a lutar pela

vida” informou-nos, também, o presidente da direção da asso-ciação, reconhecendo “o esfor-ço e a tenacidade que ele con-tinua a demonstrar neste difícil momento da sua vida”.

Vitor Ribeiro, que também fi-cou ferido na mesma ocasião, segundo nos informou aquele

BOMBEIROS FERIDOS

Presidente da LBP no Porto e em Guimarãesdirigente, “ já teve alta mas vai continuar a recuperação com os tratamentos”.

Os bombeiros Daniel Falcão e Vitor Ribeiro ficaram grave-mente queimados quando, em companhia do colega António Ferreira, entretanto falecido, foram surpreendidos pelo fogo devido a uma brusca de mu-dança de vento. Os bombeiros combatiam um incêndio flores-tal entre Cicouro e S. Martinho de Angeira, junto à fronteira espanhola.

António Ferreira e Daniel Fal-cão foram então evacuados num helicóptero do INEM para o Hospital de S. João e poste-riormente para a unidade de queimados do Hospital da Pre-lada.

A viatura de combate a in-cêndios em que os bombeiros se deslocavam foi totalmente destruída pelas chamas.

Tiago Carvalho, dos Voluntá-rios de Celorico de Basto, foi colhido com gravidade por uma viatura de combate a incêndios

do seu corpo de bombeiros. Não podendo impedir o embate mesmo assim ainda conseguiu gritar a tempo de avisar os co-legas, evitando que também fossem colhidos.

Ao Daniel, Vitor, Tiago e aos outros companheiros acidenta-dos no decurso do combate às chamas ao longo do país, a equipa do “Bombeiros de Por-tugal” endereça um forte abra-ço com o desejo de rápido res-tabelecimento de todos.