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Página4 Sindicato dos Trabalhadores em Saude, Trabalho e Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro 8/agosto/2006 Página 3 Trabalhadores da seguridade em estado de greve! Página 2 Como os demais estados, os servidores federais da seguridade no Rio de Janeiro (Saúde Federal, INSS, MPS, Funasa e DRTs) estão em Estado de Greve para pressionar o governo a atender suas reivindicações, que incluem PCCS, valorização profis- sional, melhores condições de trabalho, fim das filas e saúde pública de qualidade. Aprovada na última plenária da federação nacio- nal, a paralisação dos dias 8 e 9 de agosto foi suspensa porque apenas o Rio de Janeiro havia acatado o indicativo aos estados. O Estado de Greve será acompanhado de assem- bléias e mobilizações nos locais de trabalho Sindsprev debate apoio à frente classista Saúde e educação de São Gonçalo fazem ato dia 17 Página 3 TCU confirma denúncias do Sindicato sobre HSE Página 7 Página 8 Aprovação da PEC 479 é vitória dos reintegrados Piora situação dos hospitais estaduais FOTO: ?? FOTO: NIKO

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Página4

Sindicato dos Trabalhadoresem Saude, Trabalho ePrevidência Social noEstado do Rio de Janeiro8/agosto/2006

Página 3

Trabalhadores da seguridadeem estado de greve!

Página 2

Como os demais estados, os servidores federais da seguridade no Rio de Janeiro

(Saúde Federal, INSS, MPS, Funasa e DRTs) estão em Estado de Greve para

pressionar o governo a atender suas reivindicações, que

incluem PCCS, valorização profis-

sional, melhores condições de

trabalho, fim das filas e saúde

pública de qualidade. Aprovada na

última plenária da federação nacio-

nal, a paralisação dos dias 8 e 9 de

agosto foi suspensa porque apenas o

Rio de Janeiro havia acatado o

indicativo aos estados. O Estado de

Greve será acompanhado de assem-

bléias e mobilizações nos locais de

trabalho

Sindsprevdebateapoio àfrenteclassista

Saúde e educaçãode São Gonçalofazem ato dia 17

Página 3TCU confirma denúncias do Sindicato sobre HSE

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Aprovação da PEC 479 é vitória dos reintegrados

Piorasituaçãodoshospitaisestaduais

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2� 8 AGOSTO 2006

Informativo do Sindicato dos Trabalhadoresem Saúde, Trabalho e Previdência Social noEstado do Rio de Janeiro

Edição: André Pelliccione (Mtb 19301) | Redação: Helcio Duarte Filho (Mtb16379), Vânia Gomes (Mtb 18880) e Olyntho Contente (Mtb 14173) |Diagramação: Virginia Aôr (Mtb 18580RJ) | Fotografia: Fernando deFrança | Tiragem: 45 mil exemplares | Impressão: Folha Dirigida |Secretaria de Imprensa e Divulgação Tel.: (21) 3478-8220 |Fax (21) 3478-8223 | website: http://www.sindsprevrj.org.br |e-mail: [email protected]

Rua Joaquim Silva,98-A - Centro - Riode Janeiro� (21) 3478-8200 |fax: (21) 3478-8233

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revista para ocorrer nos dias8 e 9 de agosto, a paralisa-ção de 48h de toda a se-

guridade social (Saúde Federal,INSS, MPS, Funasa e DRTs) do Riode Janeiro foi suspensa durante o se-minário de carreira realizado nosdias 5 e 6 deste mês.

A suspensão foi decidida porque,dos estados brasileiros, o Rio foi oúnico que de fato acatou o indicativode paralisação aprovado na plenárianacional extraordinária da Fenaspsdo dia 30 de julho, em São Paulo.Fato confirmado pelo dirigente daFenasps Hélio de Jesus.

“Devido à situação colocada, fa-zer a paralisação apenas no Rio deJaneiro poderia expor os servidoresdo Estado a um enorme desgaste e amedidas repressivas, o que não con-tribuiria para o movimento”, avaliaa diretora licenciada do SindsprevJanira Rocha.

Como os demais estados, o Riode Janeiro está em Estado de Grevecomo parte da luta por saúde públi-ca, valorização profissional, melho-res condições de trabalho, fim dasfilas e implementação do PCCS(plano de carreira, cargos e salári-os). A perspectiva é realizar assem-bléias de base e atos públicos parapressionar o governo federal a aten-der as reivindicações.

“Após meses de enrolação, Lulanão atendeu a proposta de planos decarreira da Fenasps, como acorda-do na última greve. Lula se preocu-pa em pagar antecipadamente osjuros da dívida externa, dando di-nheiro aos banqueiros e latifundiá-rios, mas não se importa com a va-lorização dos servidores para queestes possam atender com dignida-de à população. Mas nós não abai-xaremos a cabeça. Vamos à lutapelos nossos direitos”, declaraJanira Rocha.

Saúde federal, INSS, MPS, Funasae DRTs em Estado de Greve

Para INSS, governo quer somar gratificaçõese sujeitá-las à avaliação de desempenho

om implementação previs-ta em duas etapas (marçoe dezembro de 2007), aproposta do governo para a

carreira do seguro social não atendeos servidores do INSS. Pela propos-ta, não haverá nenhum novo valorincorporado, o que só aconteceria emdezembro de 2007, por conta de di-ferenças em relação à correção dosvalores do anuênio e insalubridade,decorrentes de futura incorporaçãoda GAE, também em dezembro de2007.

Na tabela de sua proposta com aGDASS (variável) e GESS (fixa), ogoverno soma os valores das duasgratificações, transformando tudo emvalores sujeitos à avaliação de de-sempenho, que seria aplicada na pro-porção de 80% (coletiva einstitucional) e 20% (individual). No

documento apresentado pelo gover-no, contudo, não há garantia de pon-tuação fixa. Assim, mesmo os valo-res recebidos atualmente estariamsujeitos à avaliação de desempenhode 0 a 100.

A introdução da avaliação de de-sempenho e seus critérios produtivis-tas abre caminho para a perseguiçãopolítica e até demissão de servidores,que ficarão reféns de chefias egestores.

Para os aposentados, o governopropõe reduzir ainda mais os valoresfixos recebidos atualmente, com apossível diferença sendo paga comoVantagem Pessoal (VP). Atualmenteos aposentados recebem R$ 150,00(GDASS) e R$ 238,00 (GESS). Pelaproposta do governo, só teriam a ga-rantia de R$ 269,24, com o restantena forma de VP.

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Rio de Janeiro vem nos últimos meses construindo mobilizações pela basecom atos de rua, com o da saúde federal, dia 6 de julho, na Candelária

Pela carreira da seguridade, condições dignas de trabalho fim das filas e valorização profissional

Governo mantémdistorções e não

atende trabalhadoresda seguridade

conteúdo das Medidas Pro-visórias (MPs) 301 e 304vem sendo questionado porservidores de todo o país,

que reivindicam a reestruturação dacarreira. Além de manterem a absur-da separação entre servidores doINSS e do Ministério da PrevidênciaSocial (MPS), as MPs, por exemplo,criam (ao invés de reestruturarem)a carreira da seguridade, modifican-do a nomenclatura da atual tabelapara aplicação dos 47,11% parcela-dos, segundo o previsto no acordo degreve de 2005. Outro problema é que, pelos tex-tos das MPs, o servidor também teráque ficar 10 anos na carreira e 5 nocargo para levar a integralidade à apo-sentadoria.

Mais uma questão refere-se à jor-nada de trabalho dos servidores. Emseu artigo 143, inciso 1º, por exem-plo, a MP 301 estabelece jornada de40 h semanais e afirma que ‘os inte-grantes dos cargos dos planos decargos e das carreiras a que se refe-re a MP que cumprem jornada inferi-or a 40 horas perceberão o seu ven-cimento básico proporcional à suajornada de trabalho”. Ou seja: sãocontrariados acordos e resoluçõesque prevêem as 30h para toda aseguridade.

Mais um questionamento refere-se ao Termo de Opção, que, por afir-mar a “criação” da carreira, ao invésde “reestruturação”, poderá prejudi-car os servidores na contagem detempo de serviço. Por esses e outrosquestionamentos é que o Termo deOpção não deve ser assinado até no-vas orientações em contrário.

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�38 AGOSTO 2006

assembléia aprovou uma cotaextra para o Sindsprev, no va-lor de 1% do salário bruto de

todos os sindicalizados, dividido emquatro parcelas de 0,25% a serem des-contadas nos meses de julho, agosto,setembro e outubro próximos. Exem-plo: um associado que já descontemensalmente R$ 24,00 reais para oSindsprev, correspondente a 1% deseu salário-bruto. Neste caso, cadaparcela será de R$ 6,00, incidindo aprimeira no pagamento de julho.

Único sindicato do país a cons-truir, unificar e apoiar materialmenteas lutas de onze categorias daseguridade ao mesmo tempo, oSindsprev necessita da cota extrapara manter e ampliar essas mesmaslutas, como vem fazendo no financi-amento de inúmeras caravanas aBrasília, atos públicos, seminários econgressos dos servidores. São ostrabalhadores, em suma, que devemreconhecer o Sindsprev como ferra-menta de suas lutas cotidianas.

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Desconto será de 1% sobre salário bruto, dividido em 4 parcelas de 0,25%

Cota extra reforçará apoiomaterial às lutas da seguridade

Debate eleitoral foi também feito nas assembléias específicas da seguridade

or sua tradição de lutas contrao neoliberalismo, contra aprivatização, em defesa do ser-

viço público e a favor das causas popu-lares, o Sindsprev sempre realizou, comos trabalhadores da seguridade, o neces-sário debate sobre as alternativas e aimportância das eleições, resultando numposicionamento político da entidade faceàs candidaturas existentes. Este ano nãofoi diferente. A assembléia estadual daseguridade (Saúde, Previdência e Traba-lho) do dia 20 de julho — que aprovou oapoio político do Sindsprev aos candi-datos da frente classista e de esquerda(PSOL, PSTU, PCB e PCR) — foi tam-bém precedida de intenso debate com acategoria, a partir da compreensão de quenão serão eleições comuns, mas cenáriopara todo um processo de reorganizaçãodos trabalhadores e da esquerda socia-lista no país. Também esteve no centrodo debate o fato de que as eleições po-dem ser uma excelente oportunidadepara o avanço de consciência e organi-zação da classe trabalhadora.

Servidores da seguridade ampliamdebate sobre a importância das

eleições gerais deste ano

Servidora do INSS e militante his-tórica da seguridade social, Janira Ro-cha, 42 anos, foi fundadora doSindsprev /RJ e atualmente é direto-ra licenciada da entidade, onde sedestaca como liderança política naci-onal na defesa dos servidores e dasaúde pública.

Desde 1978, Janira tem participa-do das lutas por mudanças em nossopaís: contra a ditadura militar e nasdiretas já, período em que atuou naJuventude Operária Católica (JOC).Nos anos 80, participou ativamentedas lutas por moradia na Baixada

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Candidatura de Janira Rocha é a expressãodas lutas sociais dentro e fora da seguridade

Fluminense e na Casa do Estudante(CEU).

Em 2003, Janira esteve à frenteda histórica greve nacional dos servi-dores públicos contra a reforma daprevidência implementada pelo gover-no Lula. Também liderou e organizoua vitoriosa luta dos servidores do INSSque conquistou os 47,11% do PCCS.Nas saúdes federal, estadual e muni-cipal, tem denunciado o sucateamentode hospitais e contribuído para a lutados servidores por reposição salarial,implementação de planos de carreirae em defesa do serviço público gratui-

to, universal e de qualidade para a po-pulação.

Fundadora do PSOL (Partido So-cialismo e Liberdade), sua candidatu-ra a deputada estadual é a expressãoobjetiva dessas lutas sociais. Janiraserá a representante do Sindsprev edos servidores, dentro e fora daseguridade social.

Assembléia define apoio doSindsprev às candidaturas da

frente classista

Definido na assembléia estadual daseguridade do dia 20 de julho, o apoiopolítico do Sindsprev às candidaturasda frente classista e de esquerda indi-cou o voto nos nomes de Heloísa Hele-na (PSOL) para presidente; Milton Te-mer (PSOL) para governador; DayseOliveira (PSTU) para o senado; Octa-ciano Ramos Neto (Piano - PSOL),Babá (PSOL) e Cyro Garcia (PSTU)para deputados federais; e JaniraRocha(PSOL) para deputada estadual.Esses nomes foram indicados pela as-sembléia por sua reconhecida coerên-cia e trajetória de luta em defesa dostrabalhadores, do serviço público e dascausas populares. Heloísa Helena, porexemplo, foi a senadora que, além devotar contra a reforma da previdência edenunciar as traições do governo Lula,solidarizou-se com os servidores doINSS durante a histórica greve de 2003,enfrentando a repressão policial ao ladodos trabalhadores, na desocupação dasede do Instituto, em Brasília. Babá eJanira, por sua vez, sempre mantiveramsua coerência política e compromissocom as causas populares, combatendotodas as tentativas do atual governo deretirar direitos dos trabalhadores e par-ticipando ativamente das mobilizaçõesem defesa do serviço público e por re-forma agrária, entre outras lutas sociais.

Além dessa respeitável trajetória delutas, o apoio do Sindsprev a esses com-panheiros foi também aprovado consi-derando-se as conseqüências negativasde uma possível eleição de Lula,Alckmin ou qualquer das outras candi-daturas burguesas, comprometidas commais cortes no orçamento dos serviçospúblicos, privatizações e uma nova re-forma da previdência para retirar aindamais direitos dos trabalhadores.

Heloísa, Milton e Janira: frente classistacontra patrões e governos neoliberais

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4� 8 AGOSTO 2006

s duas últimas semanas fo-ram marcadas pelo agrava-mento da crise na saúde es-tadual. Houve ameaça de pa-

ralisação dos profissionais cooperati-vados do Hospital Rocha Faria, emCampo Grande, e uma greve de doisdias do pessoal da limpeza do HospitalAlbert Schweitzer, em Realengo. Emambos os casos, foram apresentadassoluções paliativas que evidenciam odescaso do governo Rosinha-Garotinhocom a saúde pública do Estado.

Em sinal de protesto pelo agrava-mento da crise, servidores de toda a redese unificaram e estão programando di-versas manifestações de repúdio. Nosdias 15, 16 e 17 de agosto, o funciona-lismo da saúde vai trabalhar de preto,e, no dia 18, dará um abraço simbólicono prédio do Hospital Getúlio Vargas,na Penha. O protesto marca o início deuma campanha pelo cumprimento da leido plano de carreira, cargos e salários(PCCS) e em defesa de um atendimen-to digno à população.

SAÚDE ESTADUAL

Crise nos hospitaisse aprofunda

ACooperativados do

Rocha Faria descartam greve

No Rocha Faria, os cooperativadosdecidiram manter os serviços - e des-cartaram a possibilidade de paralisação- porque a direção da unidade prome-teu pagar a diferença descontadaindevidamente dos salários com recur-sos do REDEFES - verba repassada pelaSecretaria de Saúde para uso emer-gencial. No entanto, ela voltou atrás edisse que os recursos seriam doados porfornecedores do hospital para que, en-tão, as cooperativas efetuassem o pa-gamento. Segundo a diretora doSindsprev Clara Fonseca, o corte nossalários foi de até 50% e atingiu 995profissionais.

Já no Albert Schweitzer, os funcio-nários da Dinâmica Empresa de Servi-ços Gerais, responsável pela limpeza,ficaram três meses sem salário. Segun-do a diretora do Sindsprev Silene Sou-za, a empresa pagou, agora, apenas osalário de maio, mas a suspensão da pa-ralisação se deu em razão das ameaçasda direção do hospital de suspender aalimentação e demitir os grevistas. Osvigilantes foram demitidos. Alguns es-tão recebendo apenas uma ajuda de cus-to da direção da unidade.

No Pedro II, em Santa Cruz, o aten-dimento está prejudicado devido ao dé-ficit de pessoal e a falta de equipamen-tos – o tomógrafo não funciona há doisanos e muitos aparelhos estão quebra-dos ou obsoletos. Segundo o diretor doSindsprev Gilberto Mesquita, há leitosociosos no CTI porque faltam equipa-mentos, como respiradores. O númerode exames laboratoriais caiu porque oaparelho que faz o processamento estácom defeito.

Servidores protestam, no Albert, contra o desmonte do Hospital

Em sinal deprotesto,servidores vãotrabalhar de pretoe dar um abraçosimbólico noHospital GetúlioVargas, no dia 18

PAM MÉIER

pressão do Sindsprev edos servidores do PAMMéier contra o fecha-mento do serviço de

pediatria da unidade provocou umareação imediata do secretáriomunicipal de saúde, JacobKligerman. Horas após a manifesta-ção, em entrevista à imprensa,Kligerman descartou a possibilida-de de transferência dos pediatraspara o Hospital Municipal SalgadoFilho.

A mobilização dos servidoresiniciou-se assim que souberam daintenção da CAP (Coordenação deÁrea Programática) de transferir ospediatras. No dia seguinte, funcio-nários e mães com crianças de colose concentraram desde cedo, emfrente à unidade, exigindo a perma-nência dos médicos.

Pressão doSindsprev impede

fechamento dapediatria

Para dirigente do Sindsprev, medida foi uma novatentativa da Prefeitura para fechar o posto

A- Esse setor não pode fechar

de jeito nenhum. O que vai ser dasmães e das crianças – indagouRosa Alexandre, com a filhaVitória no colo. No Salgado Filhoficamos mais de duas horas nafila, mesmo se a criança estiverpassando mal. Aqui somos bematendidas e dá até para ir trabalhardepois.

Para a diretora do SindsprevMaria Celina de Oliveira, a trans-ferência dos pediatras - e a conse-qüente extinção do serviço - émais uma tentativa do prefeitoCésar Maia de fechar o posto. ‘Elejá tentou fazer isso no ano passa-do, mas nos mobilizamos e impe-dimos que isso acontecesse’.Segundo ela, os pediatras atendemuma média de 200 crianças pordia.

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28,86%Ainda dá tempoO Sindsprev firmou contrato com aReCred (Recuperadora de Créditos),empresa de telemarketing especializadaem atualização de cadastros. Ela fará alocalização de servidores do Ministérioda Saúde, sindicalizados ou não, quesejam beneficiários da ação dos 28%,informando-lhes os valores a que têmdireito e orientando-os quanto à formade aderir à execução. Os servidoresem questão são os que não fizeramacordo com o governo quanto aos28%, mas que ainda não assinaram aautorização para execução da açãomovida pelo Sindsprev.

Servidor,lute por seudireito aos28,86%.

Ligue agora

para a

Central deAtendimentodo Sindsprevno telefone

3171-2141

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�58 AGOSTO 2006

pós três anos, o Tribunal deContas da União (TCU)comprovou a existência deirregularidades no Hospital

dos Servidores do Estado (HSE) du-rante a gestão Ana Lipke, a partir de2003, e em outras quatro unidadesfederais do Rio de Janeiro. Funda-ções, que deveriam angariar recursospara estes hospitais, ao contrário,eram pagas de maneira irregular poreles, com recursos do Sistema Únicode Saúde (SUS) para intermediaçãode mão-de-obra sem concurso públi-co.

A existência desta e de outras ir-regularidades no HSE vinha sendodenunciada, à época, pelos dirigen-tes do Sindsprev/RJ Conceição Mar-ques Santos e Luiz Henrique dosSantos. Como conseqüência, passa-ram a ser pressionados pela gestora,que em 30 de junho de 2004 os afas-tou do trabalho. Ela saiu do cargo noano seguinte.

“Denunciamos estes fatos, e ou-tros também graves, inclusive ao pre-sidente Lula, pessoalmente, quandoesteve no Rio de Janeiro, e tambémao Ministro da Saúde Humberto Cos-ta, à Controladoria da União e ao Mi-nistério Público do Trabalho”, lem-

TCU confirma denúncias do Sindsprevsobre irregularidades no HSE e

outras unidades federais

Lula sabia e nada

fez. Dirigentes do

Sindicato que

denunciaram o

caso foram

perseguidos, em

2004, pela gestora

do HSEPor Olyntho Contente

brou Luiz Henrique. Conceição acres-centou que o governo sabia de tudo,foi conivente e nada fez, possivelmen-te porque a gestora pertencia aos qua-dros do Partido dos Trabalhadores(PT). Para ambos, a decisão do TCUfoi louvável, apesar de tardia.

Há mais denúncias

Conceição lembra outras irregu-laridades. Uma delas, ligada a estecaso. “Como não há fiscalização, asfundações, segundo denúncias, podemestar fazendo compras superfaturadasde equipamentos”. As demais, nosanos de 2003 e 2004, no HSE, são:contratação de empresas sem licita-ção, prorrogação de contratos deterceirizadas contrariando edital,privatização de setores estratégicos doHSE e falta de limpeza em diversossetores.

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Em 2005, Luiz Henrique dos Santos e Conceição Santos retornaram ao HSE por decisão judicial, na foto acima

Segundo matéria do jornal OGlobo, de 26 de julho último, o TCUdeu prazo de 180 dias para os hos-pitais organizarem seus quadros depessoal e um ano para substituíremos funcionários contratados indire-tamente por concursados. Tambémdeterminou que o Ministério da Saú-de suspenda em 60 dias o pagamen-to de recursos do SUS às fundaçõesde apoio.

As unidades que passaram pelaauditoria, no segundo semestre de2005, foram, além do HSE, o Hospi-tal Geral de Bonsucesso (HGB), oInstituto Nacional de Traumato-Or-topedia (Into), o Instituto Nacionaldo Câncer (Inca) e o Instituto Nacio-nal de Cardiologia de Laranjeiras(INCL). Somente no primeiro, 327profissionais da área médica foram

Rescisão imediatacontratados indiretamente por meiode convênio com a Fundacor em de-zembro de 2003. Além disso, algunsdos contratados já constavam do qua-dro de pessoal da unidade, o que éproibido por lei.

A mesma Fundacor é responsávelpor manter cerca de 300 profissionaisà disposição do INCL, em outraterceirização considerada irregularpelo TCU. O HGB também contra-tou indiretamente 26 profissionais desaúde por meio de um contrato coma Fundacor em março de 2002, se-gundo o TCU. Os médicos e enfer-meiros, nesse caso, não mantinhamsequer vínculo empregatício com afundação, estando ligados à coope-rativa Cardiocoop — Cooperativados Profissionais de Saúde e GestãoHospitalar Ltda.

ervidores das principaisunidades federais efederalizadas do Estado do

Rio farão, no próximo dia 21 de agos-to, ato público de protesto contra asprecárias condições das unidades sob

Saúde federal faz ato dia 21 no RioCentroresponsabilidade do governo federal.A manifestação será realizada duran-te o Congresso Internacional da As-sociação Brasileira de Saúde Coleti-va (Abrasco), no RioCentro. Os ser-vidores protestarão também contra a

Medida Provisória 301, que criouuma carreira que não atende suas rei-vindicações e mantém as distorçõesexistentes.

A decisão de fazer o ato do dia21 foi tomada durante grande assem-

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bléia realizada dia 7 de agosto, no Hos-pital da Lagoa. A proposta dos servi-dores é realizarem assembléiasunificadas todas as segundas-feiras, na-quela unidade, criando um fórum dostrabalhadores da saúde federal.

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6� 8 AGOSTO 2006

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ORIENTE MÉDIO

Brasileiros e árabes radicadosno Brasil saíram às ruas noRio e em São Paulo para de-fender o fim do massacre das

forças armadas israelenses sobre o povodo Líbano e da Palestina, no OrienteMédio. Também criticaram a posição dogoverno Lula, que não condenou incon-dicionalmente a ação de Israel. Os bom-bardeios israelenses mataram sete bra-sileiros em Beirute, inclusive crianças.

O governo de Israel dificulta o res-gate de brasileiros que se encontram noLíbano – comboios foram obrigados apercorrer em 14 horas viajem que pode-ria levar hora e meia. “A postura inter-nacional do Brasil no conflito é vergo-nhosa”, diz Stela Santos, do Comitê deSolidariedade ao Povo Palestino.

“Quem está morrendo no Líbanosão pessoas como eu e você”, disse, docarro-de-som, um manifestante na ca-minhada da comunidade árabe que saiudo Saara, no Centro do Rio, até a As-sembléia Legislativa, na quarta-feira 26.“Parem o Massacre contra o Líbano”,dizia a faixa que abria o ato.

Para o libanês Philippe Maluf, 79anos, 54 deles vividos no Brasil, o queestá por trás das ações de Israel, comapoio dos Estados Unidos, são interes-ses econômicos em uma região estraté-gica. “São um povo que está sendo trata-do pelo imperialismo como seitas religio-

Protestos no Brasil denunciammassacre de Israel no Líbano

Por Hélcio Duarte Filho

Acima, área residencial destruídapelos ataques israelenses; no altoà direita e ao lado, manifestantesdurante caminhada no Rio contra omassacre do povo libanês

sas. Tudo que se fala é superficial, o fun-do do assunto não foi tocado”, afirma.

Israel já invadiu o país antes

Como objetivo declarado de atacargrupos palestinos que se encontravamno Líbano, Israel invadiu o país em ju-nho de 1982. Após 18 anos, as tropasisraelenses deixaram o Líbano, mas uma

região ao sul continua ocupada. Israeltambém mantém 400 prisioneiros liba-neses, cuja liberdade está sendo exigidapelo grupo Hizbollah em troca de doissoldados israelenses por eles captura-dos.

No Brasil, vivem cerca de sete mi-lhões de libaneses e descendentes, odobro da população do Líbano. Estaproximidade entre brasileiros e a cultu-

O comerciante libanês Salim Ghazi,há 30 anos no Brasil, fala diariamente,por telefone, com a mãe no norte doLíbano. Ele tem ainda sobrinhos emBeirute, na zona de conflito. Na sema-na passada, ele falou ao jornalistaHélcio Duarte Filho, durante ato no Rioda comunidade libanesa.O que sua família tem relatado?

A situação está muito dramática.Destruíram Beirute todo. Não tem maisponte que liga o Líbano à Síria. Alimen-to zero. O mais importante é o remé-dio. Todo o Mar Mediterrâneo está blo-queado pelo exército israelense. Esta-mos cercados. E a aviação bombarde-ando. Se a guerra é no sul com oHizbollah, por que bombardear Beiru-te? Por que bombardear perto de minhacasa, no norte? Eu não sou do Hizbollah.

O que temoscom isso

Líbano está sendo massacra-do. Homens, mulheres,crianças civis mortas pelos

bombardeios das forças armadas deIsrael, com o aval do governo dosEstados Unidos e a omissão da ONU(Organização das Nações Unidas).

Sete brasileiros, inclusive crian-ças, foram mortos. Na semana pas-sada, foram 37 crianças só em umataque. Os assassinos têm nome: ogoverno fascista de Israel. As armase bombas usadas vêm dos EUA e aju-daram a enriquecer alguns capitalis-tas.

O presidente Lula se cala. Nósnão podemos nos omitir. Fingir quese trata de um conflito histórico esem culpados. Morrem inocentes dosdois lados, não há dúvida e lamenta-mos por isso. Vítimas de governosimperialistas que alimentam umafalsa rivalidade histórica para escon-der seus interesses econômicos.

Alguns podem dizer que não te-mos nada a ver com isso. Achamosque temos. As injustiças e atrocida-des têm que ser denunciadas e com-batidas, aqui ou no Oriente.

ra árabe foi lembrada em outro ato, esterealizado na Cinelândia. Foram denun-ciados, além dos ataques ao Líbano, aagressão israelense na Palestina. “Te-mos que mostrar nossa solidariedade edar continuidade a esta luta”, disse, aofinal do protesto, o sindicalista RonaldoMoreno.

Para o palestino radicado no RioHassan El Gamal, é preciso pôr fim aomassacre de inocentes: “Vamos pararessa guerra. Israel, como país mais for-te e armado, tem que tomar a iniciati-va”.

ENTREVISTA

“A situação está dramática”, diz libanês que vive no BrasilIsrael quer desarmar Hizbollah, por quenão desarma Israel?A mídia costuma chamar o Hizbollahde grupo terrorista...

Israel é um estado terrorista. O Hiz-bollah expulsou os judeus do sul do Lí-bano [na década de 1980], ele está lá parase defender. Nós temos 400 prisioneirosem Israel, alguns deles crianças, mulhe-res. Hizbollah simplesmente seqüestroupara fazer a troca de prisioneiros, nãofoi para matar. Nosso povo é de paz, nãoé de guerra. Nunca avançamos em cimade país nenhum do mundo. Nós somosum povo de alfabeto, de numerologia.Como você viu a morte de sete brasi-leiros e as dificuldades impostas porIsrael para o resgate dos brasileiros?

Isso não é novidade para mim. Euque sai do Líbano em 1976, assisti vá-

rias guerras, vários bombardeios. Quan-do eu tinha 18 anos, ajudei a salvarcrianças numa escola, onde 60 criançasforam mortas, foi bombardeada pelaaviação israelense. Cheguei ao Brasilem 76 também como refugiado, nãocomo imigrante atrás de trabalho.Como você vê a solidariedade de bra-sileiros neste ato?

O Brasil foi descoberto pelosfenícios em 1889 antes de cristo. O nomeBrasil é árabe, aramaico. Cada palavraque termina com il é um nome sagrado,il quer dizer deus. A nossa ligação como Brasil não é nova. Temos 7,5 milhõesde libaneses e filhos de libaneses que vi-vem no Brasil, que foram bem recebi-dos. Tem 200 mil brasileiros lá no Líba-no, também bem recebidos. Sou brasi-leiro, não me sinto imigrante.

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Sete brasileiros também foram mortos pelobombardeio de Israel; no Brasil, vivem 7

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�78 AGOSTO 2006

Por absoluta falta de provas, oCorregedor Regional de BeloHorizonte do INSS, Moacyr da

Silva Lyrio, determinou o arquivamentodo processo administrativo movido em2002 pela chefe da APS de Cordeiro(RJ), Márcia Menezes de AlmeidaDaflon, contra o diretor do Sindsprev/RJ, Rolando Medeiros. Em sua decisão,Lyrio rejeitou, de maneira enfática e de-finitiva, uma a uma, as acusações. Entre

Arquivado processo contra dirigente do Sindsprevelas, falta de produtividade e desrespei-to às ordens superiores.

Para o diretor do Sindicato Fabia-no Villardo, o arquivamento comprovaque o inquérito foi movido com a claraintenção de pressionar o dirigente sin-dical. “O inquérito ficou parado por umano e, exatamente no início da greve de2003, voltou a tramitar, ficando óbviaa sua utilização política contra o diri-gente, de modo a impedir o seu traba-

lho sindical”, argumentou. MárciaAdriana, diretora da Regional Serranado Sindsprev e servidora da saúde deTeresópolis, lembrou que casos comoeste repetem-se constantemente noINSS e em outros setores, como na saú-de, e têm que ser rejeitados pela cate-goria e por toda a sociedade. “A liber-dade de organização sindical não podeser boicotada por expedientes comoeste”, acrescentou.

SÃO GONÇALO

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epois de muita pressão dos trabalhadores do Pro-grama de Saúde da Família (PSF), a prefeita deSão Gonçalo, Aparecida Panisset (PFL), pagou osalário de junho, no dia 27 de julho. Como parte

das mobilizações, foram realizadas manifestações e a ocu-pação da secretaria de Saúde, no dia 24, que forçou a pre-feitura a se comprometer a efetuar o pagamento dois diasdepois, o que, no entanto, só se concretizou no dia 27.

Outra exigência do movimento, com a qual a prefeituratambém se comprometeu, foi a rescisão do contrato com aCap-Tar Coop Cooperativa a qual estão subordinados osmais de 2 mil trabalhadores do PSF de São Gonçalo. Asituação é ilegal e inconstitucional porque as verbas do SUSnão podem ser utilizadas por grupos privados e porque amão-de-obra não é concursada. “O Sindicato defende aregulamentação destes trabalhadores, pela emenda 51 epela medida provisória 297”, explicou a diretora da Regio-nal São Gonçalo do Sindsprev/RJ. (O.C)

ervidores da educação e saú-de (PSF, Funasa, Saúde Fe-deral e Estadual) de SãoGonçalo farão, no próximo

dia 17, ato unificado para pressionara prefeitura a atender suas reivindi-cações, que incluem um piso salarialde R$ 350,00, melhores condições detrabalho e regularização funcional.Organizada pelo Sindsprev, Associa-ção dos Servidores Efetivos da SaúdeMunicipal (ASSESASG) e SindicatoEstadual dos Profissionais em Educa-ção (Sepe), a manifestação terá con-centração às 13h, na Praça Zé Garo-to. De lá os servidores seguirão até aPrefeitura, na tentativa de conseguir

Ocupação faz Panisset pagar salário de junho

Saúde e educação querem novo piso salariale melhores condições de trabalho

Categorias realizam ato unificado dia 17, na Praça Zé Garoto

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Ato de 19 de julho, quando servidores denunciaram precariedade no município

ai acontecer nos dias19 e 20 de agosto, naColônia de Férias doSinttel, em Miguel Pe-

reira, o Seminário Conjunto dosTrabalhadores do Programa deSaúde da Família (PSF), Agen-tes Comunitários de Saúde(ACS) e Agentes de Combate aEndemias (ACE). O objetivo éorganizar a luta dos três seg-mentos, uma delas, pela regu-lamentação funcional.

“São mais de 8 mil trabalha-dores. Muitos celetistas, outroscontratados irregularmente porcooperativas e outros atravésde contratos temporários. Que-remos rspeito à emenda 51 e aMP 297”, afirmou o diretor doSindsprev/RJ Ricardo Oliveira.Outros problemas sérios decor-rentes deste são o assédio mo-ral e o desvio de função.

uma audiência com AparecidaPanisset (PFL).

A primeira tentativa de mobili-zação unificada foi realizada em 19de julho, quando servidores das duascategorias (saúde e educação) cami-nharam da Praça Zé Garoto até a pre-feitura, realizando em seguida umaassembléia na sede da Regional SãoGonçalo do Sindsprev, que deliberoupelo ato do próximo dia 17.

Além do reajuste no vencimentobásico e melhores condições de tra-balho, os servidores de São Gonçaloquerem a regularização funcionalonde isto seja necessário, como noPSF.

PSF, ACS eACE têmseminário

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Departamento de Saúdedo Sindsprev/RJ

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m Junho, o deputado federal Babá(PSOL), na foto à esquerda,candidato à reeleição, fez

pronunciamento na Câmara, em Brasília,em defesa dos trabalhadores do PSF noEstado do Rio de Janeiro. Babá criticou ofato de as prefeituras negarem-se aregularizar a si tuação funcional dostrabalhadores, utilizando até a demissão.O parlamentar participou, este ano, deaudiência com o prefeito de São João de

Meriti, quando questionou a demissão de 49agentes comunitários de saúde. Babálembrou também, em seu pronunciamento,o caráter essencial das atividades realizadaspelos ACS e ACEs para a saúde dapopulação. Por posturas como esta é que aassembléia aprovou o apoio aocompanheiro Babá - veja matéria na página3. Além de votar contra a reforma daprevidência, ele tem mantido sua coerênciapolítica em defesa dos trabalhadores.

Deputado faz pronunciamento em defesa do PSF

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8� 8 AGOSTO 2006

FUNASA

Por Hélcio Duarte Filho

Valor equivalente a três sema-nas de pagamento de juros dadívida pública pela União é acausa do veto do presidente

Luis Inácio Lula da Silva à extensão doreajuste de 16,67% do salário mínimopara todas as aposentadorias do INSS.O veto prejudicará 7,7 milhões de pes-soas que recebem benefícios acima deum salário mínimo.

As despesas com o aumento esta-vam estimadas em R$ 7 bilhões, valorsimilar ao que o governo gasta em vin-te dias com juros das dívidas públicas,segundo dados do Orçamento da União.

SEGURADOS DO INSS

Por “3 semanas de juros”, Lulaveta aumento dos aposentados

A alta taxa de juros mantida peloBanco Central é apontada por econo-mistas como o principal fator respon-sável pelos sucessivos recordes delucros dos bancos no país. Até 30 dejunho de 2006, só pela União haviamsido gastos R$ 70,751 bilhões em ju-ros e encargos, informa o economistaWashington Lima. “Esses gastos re-presentam mais de dez vezes o que foipago para a educação, mais de 11 ve-zes com trabalho, mais de quatro ve-zes os gastos com a saúde”, critica,em recente artigo.

O texto do economista traz outrodado relevante: pela primeira vez nos

últimos anos as des-pesas com juros ul-trapassaram os gas-tos com os servido-res federais, que até 30 de junho esta-vam em R$ 52,8 bilhões. “Dois mi-lhões de servidores públicos federais,ativos, inativos e pensionistas, custambem menos que os juros pagos paraum pequeno punhado de banqueirose especuladores”, aponta.

Não existe acordo entre o gover-no e o PFL/PSDB para votar o textode uma nova medida provisória quetrata do reajuste de aposentados e pen-sionistas do INSS (MP 291/06). “Tem

dinheiro para pagar osaposentados, o proble-ma do PFL é o perío-do eleitoral e o do go-verno Lula é o superá-vit fiscal”, analisa osindicalista DémersonDias, que vem acom-

panhando a tramitação da MP emBrasília.

“É o que Lula gasta com juros quefaz com que ele não dê o aumento dosaposentados”, acusa. “É dinheiro queo governo joga fora, ele paga para ocara vir especular aqui e esse dinhei-ro não tem retorno nenhum para opaís”, diz o sindicalista.

De janeiro de 2001 a junho de2006, a União usou R$ 404,2 bilhõescom juros das dúvidas públicas.

“É dinheiroque o governojoga fora”

Pela primeira vez nos últimos anos, a União gastou mais comjuros do que com o pagamento de dois milhões de servidores

ma vitória significativa eum passo importante paragarantir a efetivação dosreintegrados da Fundação

Nacional de Saúde (Funasa) comoservidores estáveis foi conquistadadia 1º: por unanimidade, os deputa-dos da Comissão Especial da Câma-ra dos Deputados aprovaram osubstitutivo da Proposta de EmendaConstitucional 479 (PEC 479). Oprojeto foi encaminhado peloSindsprev/RJ ao Congresso Nacio-nal, em novembro do ano passado,como forma de garantir direitos quenão estavam incluídos na emenda 51(ex-PEC 007). Na avaliação do dire-tor do Sindicato Isaac Gomes, a PEC479 será aprovada também no plená-rio da Câmara, já que existe consen-so entre todos os partidos, em rela-ção à matéria. A votação em plená-rio deverá acontecer no início de se-tembro. “Agora falta pouco para aefetivação definitiva. Conseguiraprovar na Comissão Especial, como apoio de todos os partidos, era omais importante. Isto nos permiteavaliar que será também aprovada noplenário e, depois, no Senado”, afir-mou o sindicalista. A votação na Co-

Vitória: PEC 479 é aprovadana Comissão Especial

Por Olyntho Contente

missão foi uma importante vitória dacategoria e do Sindsprev/RJ, con-quistada através da pressão das mo-bilizações e das negociações.

“Grupo da baixada”foi contra

A conquista está sendo garantida,apesar de o ‘grupo da baixada’ ter lu-tado contra a tramitação da PEC.Membros desse grupo chegaram a in-

vadir e impedir a realização da pri-meira sessão da Comissão Especialda Câmara dos Deputados. “Essaspessoas do Grupo da baixada nuncativeram compromisso de manter aunidade da categoria, sobretudo nosmomentos mais difíceis. Tentaram di-vidir os reintegrados e não apostaramna efetivação”, criticou OctacianoRamos Neto (o Piano), reintegrado daFunasa e candidato a deputado fede-

ral pelo PSOL nas eleições deste ano.

Como foi a votaçãoA votação da Comissão Especial

estava anteriormente prevista para 2de agosto. Mas foi antecipada para odia 1º, a pedido do Sindsprev/RJ, pois,em função da campanha eleitoral,existia o risco de não haver quorum(17 votos) na data marcada inicial-mente. A antecipação foi negociadacom o presidente da comissão, depu-tado Sandro Mattos. Com problemasde agenda, o relator do substitutivo daPEC 479, deputado Luiz Sérgio, nãopôde participar da apresentação damatéria, feita pelo deputado DevanirRibeiro. Mas chegou a tempo de vo-tar. Todos os 20 deputados presentes(a comissão tem 32 componentes)defenderam oralmente a matéria e aaprovaram por volta das 16 horas.

Pressão tem que continuar

A presença da caravana de rein-tegrados teve o efeito de sensibilizaros deputados a aprovar a PEC 479.Agora, é preciso manter e ampliar asmobilizações para garantir a aprova-ção em plenário nas sessões da Câ-mara dos Deputados, previstas paraos dias 4, 5 e 6 de setembro, e depoisgarantir a aprovação com votação noSenado.

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Acima, sessão da Comissão Especial, em Brasília. Na fotoao lado, o companheiro Piano, também reintegrado.

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