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FÓRUMVET Avaliação da redução dos urólitos em gatos adultos utilizando EQUILÍBRIO VETERINARY URINARY ® alimento específico para o tratamento da urolitíase por estruvita

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FÓRUMVETAvaliação da redução dos

urólitos em gatos adultos

utilizando EQUILÍBRIO VETERINARY URINARY®

alimento específi co para o

tratamento da urolitíase

por estruvita

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ARTIGO TÉCNICO

Avaliação da redução dos urólitos em gatos adultos utilizando

EQUILÍBRIO VETERINARY URINARY® alimento específico para o tratamento

da urolitíase por estruvita

São Paulo, 2017

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1. Introdução

Os gatos, em razão de sua origem desértica, naturalmente tendem a concentrar urina, tornando-a mais saturada (Aldrich, 2008; Horwitz et al., 2008). Esse fator, associado às mudanças no pH urinário, favorecem a formação de cristais que, quando acumulados, precipitam-se produzindo os urólitos e, consequentemente, podem desencadear as urolítiases (Ogoshi et al, 2014). Os urólitos merecem grande atenção, pois são os maiores responsáveis pela doença do trato urinário inferior dos felinos (DTUIF), uma enfermidade de importância na clínica veterinária, que compreende de 4 a 10% dos atendimentos a gatos domésticos. De acordo com estudos epidemiológicos, a DTUIF atinge entre 0,34 a 0,64% dos gatos, com vários distúrbios associados (Osborne et al, 1984 citados por Saad et al, 2013). A urolitiase não pode ser considerada como uma doença isolada com uma única causa específica, já que o aparecimento e a formação dos cálculos na bexiga são imprevisíveis, com causas multifatoriais como estados fisiológicos do organismo, presença de uma enfermidade ou mesmo comportamento alimentar nos animais. Essa interação complexa da composição da dieta, o ambiente e a fisiologia do animal, entre outras causas, fazem com que exista uma necessidade na investigação clínica e opções dietéticas para o tratamento e a prevenção dessa doença (Granados, 2015). As doenças do trato urinário inferior dos felinos envolvem condições que afetam a bexiga e uretra dos gatos, com sinais típicos de disúria, polaquiúria, hematuria, obstrução uretral, periúria e, em alguns casos, mudanças comportamentais (Kruger; Allen, 2000). Mesmo assim, diversas pesquisas têm demonstrado que a urolitíase em gatos pode ser induzida por fatores dietéticos, já que os ingredientes da dieta, sua digestibilidade, composição química e padrões alimentares afetam o volume, pH e a gravidade específica da urina (Markwell et al., 1998). E com a manipulação dietética é possível prevenir ou até mesmo reverter determinadas urolitíases, principalmente aquelas a exemplo da estruvita, que são altamente associadas a um determinado tipo de dieta. A maior incidência de urólitos de estruvita

observada em animais brasileiros pode ser justificada pela produção de urina alcalina, induzida pela ingestão de alimentos caseiros e/ou alimentos industrializados com menor teor de proteína de origem animal e maiores teores de cálcio, fósforo e magnésio, favorecendo a formação de cálculos de estruvita (Carciofi et al., 2006, citados por Pires, 2013). A redução do pH urinário é considerada uma prática eficaz na diminuição da incidência de formação de cristais de estuvita. No entanto, dietas com acidificantes induzem o pH urinário a valores inferiores a 6,29 e apresentam pouco magnésio, podendo aumentar o risco de formação de cristais de oxalato de cálcio (Markwell et al., 1998). Para prevenir a formação de urólitos de estruvita em felinos, recomenda-se que os alimentos conduzam à formação de urina com pH entre 6,2 e 6,4, enquanto que para dissolução este pH deve estar entre 5,9 e 6,1. Nos casos de urolitíase por oxalato de cálcio não há dissolução na bexiga, mas para a prevenção, as dietas devem manter um pH urinário entre 6,6 e 6,8 (Kruger & Allen, 2000). O alvo deste estudo é a avaliação de uma ração comercial desenvolvida especificamente para a dissolução de cálculos de estruvita em gatos. A partir de observação de parâmetros como o pH urinário, densidade da urina, urianálises e ultrassom abdominal, pretende-se pontuar a eficácia da ração quanto ao objetivo proposto.

2. Referencial teórico

Os urólitos geralmente são nomeados de acordo com seu conteúdo mineral, podendo ser compostos por diferentes substâncias, combinadas ou não. Dentre as análises de urólitos caninos em estudos americanos, constatou-se que 95% eram compostos por mais de 70% de uma única substância e somente 5% eram formados pela combinação de duas ou mais delas. Por outro lado, diversos estudos apontam a estruvita (fosfato amônio magnesiano) como o urólito de maior ocorrência tanto na população canina quanto felina (Saad et al, 2005).

Existem dois tipos de urólitos mais comuns e frequentes em felinos: os urólitos de estruvita e oxalato de cálcio. Os menos encontrados são os de amônio, xantina, cistina e fosfato de cálcio e sílica (Aldrich, 2008).

De acordo com Houston et al (2005), os urólitos de estruvita, em geral, estão associados a um pH urinário maior que 6,8 e a uma urina supersaturada com íons de magnésio, amônio e fosfato; já em pH urinário mais ácido são observados os urólitos de oxalato de cálcio (Navarro, 2005). Também se sabe que, em gatos mais

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URURINARY

GATOS

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jovens e adultos, de um a sete anos, é mais comum a observação de urólitos de estruvita, enquanto que, em gatos idosos de sete a nove anos, é mais comum a formação de oxalato de cálcio (Kruger; Allen,2000).

Os gatos domésticos acometidos pela DTUIF são divididos basicamente em duas categorias sendo a primeira composta por pacientes nos quais o processo é resultante da presença de cristalúria, o que pode ocasionar obstrução uretral com tampões mucosos. A segunda categoria ocorre em ausência da estruvita, provoca inflamação do trato urinário sem formação de cristais ou urólitos (Osborne et al, 1984, citados por Saad et al., 2013). Sabe-se que a maioria dos felinos acometidos pela DTUIF enquadra-se na primeira categoria, onde determinadas condições favorecem a supersaturação urinária pela presença de cristais, denominado de urolitiase. A urolitíase pode ser definida como a formação de precipitados em forma de pedras em qualquer local das vias urinárias.

A formação de cristais de estruvita no trato urinário requer várias condições. Deve existir uma concentração urinária suficiente de amônio, magnésio e fosfato. Além disso, essas substâncias devem permanecer no trato urinário durante um período de tempo suficiente para permitir a cristalização. Por último, e mais importante, deve existir dentro do trato urinário um pH que favoreça a precipitação de cristais. A estruvita é solúvel num pH inferior a 6,60, entretanto forma cristais num pH de 7,00 ou superior (Case et al., 1998).

Os fatores nutricionais têm sido considerados entre as principais causas da urolitíase por estruvita. Esses fatores incluem: nível de magnésio na dieta, propriedades acidificantes dos alimentos, intervalo de alimentação do animal e balanço de fluidos (afetado pela digestibilidade e densidade calórica da dieta) .

A urina dos carnívoros contém grandes quantidades de amônio devido à alta necessidade de ingestão proteica. A urina é uma das principais vias de eliminação de substâncias nocivas ao organismo, bem como minerais (cálcio, fósforo, magnésio), água, produtos do metabolismo proteico (ureia, amônia e creatinina) e eletrólitos (sódio, potássio) (Dibartola, 1992). O conteúdo urinário de fosfato também supõe-se ser suficientemente alto para permitir a formação de estruvita, com independência da ingestão de fosfato. A concentração de magnésio na urina, por outro lado, é bastante baixa em condições normais e pode ser diretamente afetada pela dieta.

Diversos estudos demonstraram a relação entre um conteúdo alto de magnésio na dieta e a frequência de formação de cálculos. No entanto, colocou-se em dúvida o significado de tais dados devido a diversos fatores causadores de confusão nesses estudos. As quantidades de magnésio empregadas nos experimentos para induzir a formação de estruvita são muito superiores àquelas encontradas nos alimentos. Além disso, a forma do

magnésio (por exemplo, óxido de magnésio ou cloreto de magnésio) incluída na dieta altera significativamente o pH urinário e consequentemente a formação dos cristais de estruvita (Case et al., 1998)

O tipo de dieta e a frequência com que o animal a recebe podem interferir diretamente no pH urinário, favorecendo ou não a precipitação dos cristais de estruvita. A proteína de origem animal é rica em aminoácidos sulfurados como cisteína e metionina, e a oxidação dessas substâncias leva a produção de urina ácida. Em contrapartida, os cereais e vegetais de um modo geral promovem a formação de urina alcalina devido a grande quantidade de potássio e ânions inorgânicos. Assim, quando os animais são alimentados com produtos cárneos ou ração úmida enlatada, composta por derivados de origem animal, tendem a produzir urina ácida, enquanto que as dietas secas, formuladas com cereais, tendem a resultar na formação de urina alcalina (Pitarello, 2002 citado por Saad et al., 2013).

Outro fator considerado de importância fundamental na produção de urina alcalina, mesmo que temporária, é a onda alcalina pós-prandial, que resulta da secreção de ácido gástrico em resposta à ingestão de alimento. A perda de ácido clorídrico é compensada pelos rins, que passam a conservar ácidos e excretar bases, o que determina a formação de urina alcalina. A alcalinização máxima da urina ocorre aproximadamente quatro horas após a ingestão do alimento e está na dependência do volume ingerido; portanto, a alimentação ad libidum, assim como a ingestão de produtos de origem animal, pode gerar uma onda alcalina pós-prandial de magnitude moderada, resultando em pH urinário menor ou próximo a 7,0 (Pitarello, 2002a). A manipulação do pH urinário através da nutrição para prevenir a formação de urólitos em gatos está sendo estudada extensivamente, considerando o comportamento alimentar bem como a composição da dieta. (Markwell et al. 1998).

Os princípios gerais do tratamento e controle da urolitíase incluem: (1) o alívio de qualquer obstrução do fluxo urinário e descompressão da bexiga se necessário, (2) a eliminação dos urólitos existentes através de cirurgia ou dissolução, (3) a erradicação das infecções do trato urinário e (4) a prevenção de recidivas (Saad et al, 2005).

As recomendações quanto ao manejo dietético para a dissolução clínica dos urólitos de estruvita são:

• Aumentar a solubilidade dos cristalóides na urina, o que se pode conseguir mantendo o pH urinário abaixo de 6,1. A manutenção do pH da urina na faixa ideal (6,2 - 6,4) é de grande importância para a promoção da saúde do trato urinário inferior de felinos, entretanto, para a dissolução de cristais de estruvita já formados, é necessário um pH urinário ainda mais ácido, entre 5,8 a 6,1

• Diminuir a concentração de cristalóides na urina mediante a estimulação da sede, aumentando o volume

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de urina. A suplementação da dieta com cloreto de sódio pode ser utilizada para esse fim, muito embora este conceito seja controverso, devido à alta carga do anion sódio, que favorece um pH alcalino, indo de encontro ao pH ácido que se pretende alcançar com dietas calculolíticas •Diminuir a concentração urinária de minerais associados aos urólitos de estruvita – cálcio, potássio, sódio e magnésio – através da restrição dietética desses minerais. (Saad 2013).

Dietas calculolíticas para estruvita têm sido formuladas com base nessas recomendações. O tempo médio para a dissolução dos urólitos de estruvita é de aproximadamente 12 semanas, com variação de duas semanas a sete meses, sendo a dissolução dos urólitos de estruvita estéreis geralmente mais rápida do que aquelas associadas às ITU cuja variação é de um a três meses. A dieta calculolítica deve ser fornecida por um mínimo de 30 dias após o cálculo não ser visível radiograficamente (Grauer, 2001).

As dietas calculolíticas não podem ser fornecidas rotineiramente como dietas de manutenção e não devem ser usadas durante períodos de gestação, lactação, crescimento ou após cirurgias. Saad et al. (2013) em revisão sobre o assunto, citam que a dieta calculolítica reduz a concentração sérica de uréia e albumina e aumenta a concentração sérica de fosfatase alcalina hepática. A ocorrência concomitante de degeneração hidrópica de hepatócitos indica que essa mudança bioquímica e fisiológica está associada com a restrição dietética de proteína. Além disso, em virtude do seu alto conteúdo de sal, também não devem ser fornecidas aos cães com insuficiência cardíaca, hipertensão ou síndrome nefrótica.

Sempre que se tentar a dissolução clínica dos urólitos, o paciente deverá ser reavaliado, no mínimo, mensalmente. Devem ser feitas urinálise completa e radiografias abdominais para verificar o tamanho do urólito. As medidas para evitar a recidiva dos urólitos de estruvita incluem a prevenção e o controle das infecções do trato urinário, a manutenção do pH urinário ácido e a redução da ingestão dietética de sais calculogênicos (Grauer, 2001b).

2.1. Balanço Cátion Aniônico da Dieta (BCAD) e sua influência no pH urinário de felinos

A influência da dieta sobre o pH urinário e o equilíbrio ácido-base tem sido avaliada em diversas espécies, sendo correlacionada à composição química e mineral do alimento como o cálcio (Ca), sódio (Na), potássio (K), magnésio (Mg), que são componentes alcalinos e o fósforo (P), cloro (Cl) e enxofre (S), que são

componentes ácidos, assim como outros aminoácidos empregados como a metionina e cistina, sobre o pH urinário. Esta correlação é denominada como Excesso de Base (EB) ou Balanço Cátion Aniônico da Dieta (BCAD) (Granados, 2015).

O balanço catiônico-aniônico da dieta (BCAD), também denominado excesso de base (EB), é definido como a diferença entre os cátions e ânions fixos totais presentes na dieta, podendo ser calculado em miliequivalente (mEq) por quilograma de matéria seca (MS). A principal ação fisiológica do BCAD se relaciona à regulação do equilíbrio ácido-base do organismo. Dentre os minerais utilizados nos cálculos do BCAD estão o cálcio (Ca), fósforo (P), enxofre (S), cloro (Cl), potássio (K), sódio (Na) e magnésio (Mg), mas também podem ser empregados os aminoácidos metionina e cistina em vez do mineral enxofre (Pires, 2011b).

Esses eletrólitos da dieta, que são classificados como aníons (carga negativa) e cátions (carga positiva), exercem um efeito forte iônico no equilíbrio ácido-básico e na manutenção da pressão osmótica dos líquidos extracelular e intracelular, sendo o caso principalmente dos íons sódio (Na), cloro (Cl), potássio (K) e o fósforo (P). Por outra parte, o cálcio (Ca) e o magnésio (Mg) são importantes componentes alcalinizantes com grande capacidade de modificar o pH dos líquidos corporais. Já o enxofre (S) tem propriedades acidificantes nos líquidos onde está presente (Granados, 2015, Saad 2014)

Segundo Pires (2011), um método prático para determinar o BCAD foi proposto por Kienzle et al. (1991). A equação proposta associa os cátions (cálcio, magnésio, sódio e potássio) e ânions (fósforo, enxofre e cloro), em gramas por quilograma de matéria seca:

BCAD considerando enxofre:BCADs (mEq/Kg MS) = (49,9 x Ca) + (82,3 x Mg) +

(43,5 x Na) + (25,6 x K) – (64,6 x P) – (62,4 x S) – (28,2 x Cl)

Uma equação alternativa emprega concentrações dos aminoácidos sulfurados (metionina e cistina) em gramas por quilograma de matéria seca. Essa metodologia apresenta algumas desvantagens, quando comparada com a que utiliza o enxofre, como o maior custo das análises laboratoriais para determinação desses elementos e a não quantificação de outras fontes de enxofre presentes no alimento que podem interferir no pH urinário (Pires, 2011a).

BCAD sem enxofre e considerando aminoácidos sulfurados:

BCADaa (mEq/Kg MS) = (49,9 x Ca) + (82,3 x Mg) + (43,5 x Na) + (25,6 x K) – (64,6 x P) – (13,4 x metionina) – (16,6 x cistina) – ( 28,2 x Cl)

A estimativa do pH da urina pelo BCAD do

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alimento permite que seja identifi cada a possível faixa de pH urinário que tal alimento favorece, podendo assim prevenir o desenvolvimento de urólitos de estruvita ou oxalato de cálcio; compreender o efeito do alimento no equilíbrio ácido-básico, bem como identifi car os desbalanços entre os macroelementos. Depois de calculado o excesso de base do alimento e determinado o pH urinário, é feita uma correlação entre esses dados, gerando assim uma equação de regressão para estimação do pH da urina dos gatos em função do BCAD (Pires, 2013).

Segundo Pires, 2011, algumas fórmulas de estimativa do pH da urina de gatos a partir da composição

mineral da dieta foram propostas por autores (Kienzle et al., 1991; Kienzle & Wilms-Eiilers, 1994; Yamka et al., 2006). Entretanto, as equações publicadas por Kienzle et al. (1991) e Kienzle & Wilms-Eiilers (1994), apresentaram boa constante de associação (r=0,90 e r=0,99) entre pH estimado e verifi cado. Em um estudo com gatos conduzido por Jeremias (2009) utilizando a equação para cálculo de BCAD com emprego de enxofre (BCADs) e BCAD com emprego de aminoácidos sulfurados, gerou equações para estimativa do pH da urina de gatos apresentando constante de associação r=0,95 e r=0,86 respectivamente, indicando a grande associação entre a composição da dieta e o pH urinário .

Equações utilizadas r Autores

pH = 6,72 + 0,0021 x EBaa1 0,90 Kienzle (1991)

pH = 7,1 + 0,0019 x EBS1 + (9,7x10-7) x EBS12 0,99 Kienzle (1994)

pH = 6,42 + EBaa1 Markwell (1998)

pH = 6,25 + 0,0023 x EBaa2 0,74 Wagner (2006)

pH = 7,03 + EBS2 0,71 Yamka (2006)

pH = 6,472 + 0,00361 x EBS1 + 10-6 x EBS12 0,95 Jeremias (2009)

pH = 6,033 + 0,003069 x EBaa2 + 0,000003 x EBaa22 0,86 Jeremias (2009)

Pires, 2010

EBaa1(mEq/Kg MS) = (2Ca) + (2Mg) + K + Na – (2P) – (2Met) – Cl

EBS1 (mEq/Kg MS) = (49,9Ca) + (82,3 Mg) + (43,5Na) + (25,6K) – (64,6P) – (62,4S) – (28,2Cl)

EBaa1 (g/100g MS) = (0,572Ca) + (0,727Na) + (0,674K) – (0,731P) – (0,546Met) – (0,183Cl)

EBaa2 (mEq/Kg MS) = (49,9Ca) + (82,3Mg) + (43,5Na) + (25,6K) – (64,6P) – (13,4Met) – (16,6cis) – ( 28,2Cl)

EBS2 (mEq/Kg MS) = Na + K + (0,89Ca) + (1,58Mg) – (0,93Cl) – (1,61S) – (1,04P)

TABELA 1 Equações propostas para estimar pH urinário em função do excesso de base (EB) da dieta

Os resultados encontrados até então demonstram que a manipulação do equilíbrio de minerais dietéticos baseado nos cálculos do balanço cátion-aniônico da dieta é efetivo na modulação do pH urinário de gatos.

3. Objetivo

Estudar a efi cácia de uma ração comercial desenvolvida especifi camente para a dissolução de cálculos de estruvita em felinos (Equilíbrio Terapêutica Urinary®), da empresa Total Alimentos) a partir da monitoração da regressão e diluição dos urólitos em gatos adultos diagnosticados com urolitiase recebendo a referida dieta, utilizando como parâmetros avaliativos o pH urinário, densidade na urina e volume urinário, uranálises e ultrassons mensais, assim como consumo de água e ração.

4. Material e métodos

O estudo experimental foi realizado no Centro de Estudos em Nutrição de Animais de Companhia (CENAC), Departamento de Zootecnia na Universidade Federal de Lavras, no período de 30 de abril a 30 de julho de 2015, em um total de 90 dias. Os gatos foram alojados em gaiolas de convivência, com dimensão de 60x70x50 cm (altura x profundidade x largura). Foram utilizadas bandejas coletoras de urina adaptadas para evitar a contaminação com fezes e o fornecimento de água e ração foi feito por vasilhas acopladas nas gaiolas com um suporte.

Foram utilizados sete gatos, pertencentes ao plantel permanente do CENAC, machos e fêmeas, sem raça defi nida, com peso de 3,82±0,78 Kg e com idade média de 3,5 anos, previamente diagnosticados com

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URINARY GATOS

Para avaliar a redução dos urólitos foi utilizada uma ração específi ca para o tratamento da urolitíase (Equilíbrio Urinary® da empresa Total Rações) durante um período de 90 dias, com coletas de urina a cada 30 dias para realização da uranálise e para determinação de pH, densidade e volume urinário. Também foram feitas avaliações por meio de exames de ultrassom a cada 30 dias.

Como o experimento foi conduzido durante cerca de três meses e as condições climáticas da região onde o teste é desenvolvido podem afetar parâmetros como ingestão de água e volume urinário, foram anotadas as variações de temperatura (mínima e máxima) e precipitação pluviométrica ocorridas na região de Lavras durante o período experimental, descritas na tabela.

ANIMAL PRESENÇA OU NÃO DE URÓLITOS

1 Numerosos cristais de fosfato triplo

2 Alguns cristais de fosfato triplo

3 Numerosos cristais de fosfato triplo

4 Numerosos cristais de urato amorfo

5 Numerosos cristais de fosfato triplo

6 Numerosos cristais de fosfato triplo

7 Presença maciça de cristais Fosfato Triplo

TABELA 2. Presença de urólitos nos gatos escolhidos para receberem a ração Equilíbrio Urinary®, da empresa Total Alimentos, durante o período experimental.

Lavras, 2015

Abril Maio Junho Julho

Precipitação (mm) 64 35 21 12oC (média) 19,2 17,2 16,9 17,9

TABELA 3. Variações de temperatura (médias) em graus centígrados, e precipitação pluviométrica (mm) ocorridas na região de Lavras de abril a novembro de 2015, período no qual o estudo avaliativo da ração Equilíbrio Urinary®, da Total Alimentos, para gatos, foi conduzido.

urólitos, distribuídos em um experimento inteiramente casualizado com medidas tomadas em uma sequência de tempos, em uma mesma unidade experimental. Os animais passaram por avaliação médica-veterinária

antes e durante o teste, sendo feitas coletas de sangue no início e no fi nal do período do teste e foram escolhidos conforme a presença de urólitos presentes na urina (tabela 2)

O fornecimento de água e ração foi realizado uma vez por dia, fi cando à disposição para os animais por 24 horas e, a cada troca da água e ração, as sobras foram mensuradas. Foram fornecidos 150 gramas de ração por dia para cada animal, correspondentes a 570 kcal diários, disponíveis por 24 horas, e as sobras foram pesadas e anotadas. A quantidade de alimento fornecido aos animais foi em razão da superestimação da necessidade energética diária para cada animal, que se situa em 100 Kcal x PV0,67 (NRC 2006) ou cerca de 231 kcal diárias para um gato com peso médio de 3,5 kg, com o intuito fazer uma de aceitabilidade do alimento e avaliação do consumo voluntário dos animais.

A água foi fornecida em vasilhas acopladas em suportes nas gaiolas, com a quantidade de 400 ml.

Após fi car disponível por 24 horas, o volume restante foi mensurado e anotado.

Para a coleta de urina para leitura do pH foram utilizadas bandejas coletoras adaptadas para evitar a contaminação com fezes, utilizando-se reagente timol, pertencente ao grupo dos terpenos, como conservante segundo o protocolo estabelecido pela Anfalpet (2009).

As determinações de pH, densidade e volume urinário foram feitos a cada 30 dias, com coleta total de urina por três dias. O pH urinário foi mensurado pelo peagâmetro digital de bancada da marca Digimed, modelo DM-22. A densidade urinária foi determinada pelo refratômetro portátil da marca Instrutherm, modelo RTP – 20 ATC. Para medir o volume urinário foi utilizada uma proveta de vidro graduada com capacidade para um litro e graduações de 0,5 ml.

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URINARY GATOS

O volume de urina dos animais sofreu uma diminuição linear o longo do período experimental (Tabela 5), resultado direto da menor ingestão de água por parte dos animais (Tabela5) . Este resultado não era esperado, visto que dietas comerciais para diluição de urólitos têm, como um dos principais objetivos, a elevação do consumo de água pelos animais, normalmente por elevação do conteúdo de sódio. De fato, a dieta avaliada tem um conteúdo alto de sódio (9,02 g/kg – tabela 5), o que, teoricamente, levaria a um aumento da ingestão hídrica.

Por outro lado sabe-se que outros fatores além da dieta podem ocasionar uma diminuição do volume de urina e frequências da micção podem estar incluídas, como: a diminuição da atividade física, tempo frio, castração, obesidade etc. De todos esses fatores, é possível conjeturar que à redução no consumo de água pelos gatos não foi devido a dieta e sim às variações climáticas ocorridas durante o ensaio.

Com relação à densidade urinária também foram encontradas diferenças signifi cativas (tabela 5), com uma concentração urinária ao longo do experimento. Obviamente essa redução na densidade tem relação direta com a redução do volume urinário, que, por sua vez, foi infl uenciado pela redução na ingestão de água. KERR et al. (2003) que sugerem que os valores normais para densidade urinária em gatos podem variar de 1035 a 1060, sendo diretamente associada a ingestão hídrica.

A dieta pode interferir tanto benefi camente quanto negativamente nas urolitíases de cães e gatos. Sua atuação na prevenção e no tratamento da afecção do trato urinário é de fundamental importância para os animais, minimizando as chances de formação de cálculos. Isso ocorre porque os ingredientes dos alimentos e o tipo de alimentação infl uenciam o volume, o pH e a concentração de solutos da urina (MARKWELL et al., 1998).

Como citado anteriormente, a ingestão de água depende de vários fatores como as condições do animal, ambiental e da dieta. O consumo total de água no presente trabalho variou de 114 a 132 mL/dia (tabela 5). Sendo que, Houston (2006) cita valores de ingestão de água para gatos saudáveis de 20 e 40 mL/kg/dia quando gatos consomem alimentos secos, logo, o presente estudo apresenta-se dentro dos padrões de normalidade para ingestão de água em gatos.

O pH urinário é o principal parâmetro fi siológico, além, obviamente, das ultrassonografi as, que indicam a efi cácia da dieta testada. Esse pH deveria se situar entre 5,8 a 6,1 para que ocorresse a diluição dos cálculos, entretanto isso não ocorreu e o pH dos animais experimentais não apresentou diferença signifi cativa durante o período de teste, entretanto, independente do pH urinário, ocorreu uma dissolução de urolitos em todos os gatos, ao fi nal dos 90 dias experimentais (Tabela 6).

Densidade Urinária 1030.8a 1021.5b 1020.3b 1021.2b 0.0027**

pH 6.66a 6.84a 6.84a 6.74a 0.2101NS

Consumo de água - 132.32a 117.3b 114.03b 0.0076**

Consumo de ração - 68.07 70.55 67.24 0.300**

**Signifi cativo à 1% no teste F.*Signifi cativo à 5% no teste F.Médias seguidas por letras iguais não diferem pelo teste de Tukey.

5. Resultados e discussão

Com relação ao consumo, a ração Equilíbrio Urinary® foi bem aceita por todos os animais durante todo o período experimental, suprindo as necessidades energéticas dos mesmos, calculada considerando o peso individual de cada gato e a fórmula: 100 kcal x PV0,67 (NRC 2006) como necessidade energética diária de manutenção. Assim, o consumo de ração apresentou-

se satisfatório, uma vez que os animais ingeriram, no mínimo, 75% a 100% das necessidades energéticas diárias, como recomendado pela ANFALPET (2008).

Por outro lado, ocorreram diferenças signifi cativas para os parâmetros de volume urinário, densidade urinária e consumo de água e consumo de ração durante o período experimental, conforme tabela 5.

Variável Dados iniciais Mês1 Mês 2 Mês 3 Valor de P

Volume urinário 61.7a 49.5a 54.16a 37.74b 0.0194*

TABLE 4. Volume urinário, densidade urinária, consumo de água e consumo de ração de gatos recebendo a ração Equilíbrio Urinary® durante o período experimental de 97 dias, sendo 7 dias de adaptação e 90 dias de coletas de dados.

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A - Conteúdo anecogênico homogêneo, sem presença de pontos ecogênicos. (+) - Raros ou discretos pontos ecogênicos em suspensão. (+++) Conteúdo anecogênico heterogêneo pela presença de acentuada quantidade de pontos ecogênicos não formadores de sombra acústica em suspensão (+++++) Conteúdo anecogênico heterogêneo pela presença de acentuada quantidade de pontos ecogênicos e áreas amorfas ecogênicas sem vascularização ao modo doppler colorido.

TABELA 6. Resultados da ultrassonografi a na bexiga dos gatos recebendo a ração Equilíbrio Urinary®, durante o período experimental de 90 dias.

Animal Inicial Mês 1 Mês 2 Mês 3

1 +++ +++ +++ +

2 +++ +++ +++ +++++

3 +++ +++ +++ +++

4 +++ A A A

5 +++ +++ +++ +

6 +++ + + A

7 +++ + + +

Ao fi nal do primeiro mês de avaliação, todos os animais, com exceção a um deles, apresentaram regressão e dissolução dos urólitos e, aos 90 dias experimentais (mês 3) todos eles apresentaram total diluição dos cálculos urinários, mostrando uma efi cácia da dieta, durante o período testado.

Por outro lado, os resultados das uranálises foram confl itantes com os resultados da ultrassonografi a da bexiga dos animais experimentais. Pela uranálise todos os animais apresentaram regressão signifi cativa nos cristais, enquanto que na ultrassonografi a (tabela 7) somente dois animais (4 e 6), dos sete avaliados, apresentaram regressão completa dos cálculos, enquanto que três deles (animais 1, 5 e7) apresentaram uma regressão parcial. Já o animal 3 permaneceu estável, com apresentação de inúmeros pontos ecogênicos e o animal 2 apresentou um agravamento dos achados. Isso corrobora com a suspeição de que a dieta seja efetiva em promover a diluição dos cristais até 90 dias de utilização, muito embora a resposta seja diferente e relacionada a aspectos individuais dos animais.

Fosfato Triplo (FT), Urato Amorfo (UA)Ausentes: 0 em campo visual (A)Raros: Até 3 cristais por campo visual (+)Alguns: De 4 até 10 cristais por campo visual (++)Numerosos: Acima de 10 cristais por campo visual (+++)Presença maciça: Quando o campo visual esta com muito cristal e impossibilita a leitura (+++++)NA: Não avaliado

TABELA 5. Urólitos de fosfato ou urato na urina a partir da uranálise dos gatos recebendo a ração Equilíbrio Urinary®, durante o período experimental de 90 dias.

Animal Inicial Mês 1 Mês 2 Mês 3

1 FT+++ A A A

2 FT++ A A A

3 FT+++ A A A

4 UA+++ A A A

5 FT+++ FT+++ FT+++ A

6 FT+++ A A A

7 FT+++++ A A A

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Não ocorreu diferença (P>0,05) durante o período de teste para os valores de ureia e creatinina plasmatica (Tabela 8). Alguns autores (HERMES, 2005; KANEKO;HARVEY; BRUSS, 1997; TILLEY; SMITH JUNIOR, 2008; VIANA, 2003) citam as referências plasmáticas para gatos no intervalo de 10-30 mg/dl para ureia e 0,8-2,6 mg/dL para creatinina. Sendo assim, os valores encontrados para creatinina no presente trabalho encontram-se dentro da normalidade fi siológica sugerindo que o período de consumo da dieta Urinary® e condições utilizadas não afetaram a função renal de animais saudáveis. Já os valores encontrados para a ureia foram maiores que aqueles de referência, entretanto a concentração sanguínea de ureia pode aumentar em gatos normais devido a uma alimentação rica em proteínas ou na presença de catabolismo proteico (BUSH, 1991). Como os animais não perderam peso durante o período experimental, conclui-se que os valores de ureia deveram-se à alimentação dos animais.Já os exames hematológicos realizados durante todo o período experimental não apresentaram quaisquer alterações comparados aos resultados pré-experimentais.

*Os dados do animal sete não foram considerados, uma vez que o mesmo foi retirado do experimento.

ANIMAL UREIA DIA 0 UREIA DIA 90 CREATININA DIA 0 CREATININA DIA 901 46mg/dL 42mg/dL 1,2mg/dL 0,9mg/dL2 40mg/dL 49mg/dL 0,8mg/dL 0,8mg/dL3 40mg/dL 43mg/dL 0,9mg/dL 0,9mg/dL4 44mg/dL 34mg/dL 1,0mg/dL 1,0mg/dL5 35mg/dL 41mg/dL 0,9mg/dL 0,5mg/dL6 44mg/dL 47mg/dL 0,9mg/dL 0,9mg/dl

TABLE 7. Resultados inicial e fi nal de ureia e creatinina plasmaticas dos animais recebendo a ração Equilíbrio Urinary®.

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6. Conclusões

A dieta terapêutica Urinary® mostrou-se efi caz na dissolução de urólitos de fosfato triplo e, fosfato amorfo e urato amorfo, quando oferecida durante um período de 90 dias.

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FIGURA 1. Ultrassonografi a na bexiga dos gatos recebendo a ração Equilíbrio Urinary®, - apresentando conteúdo anecogênico heterogêneo pela presença de acentuada quantidade de pontos ecogênicos não formadores de sombra acústica em suspensão (Gato 5 – período inicial)

FIGURA 4. Ultrassonografi a na bexiga dos gatos recebendo a ração Equilíbrio Urinary®, com presença discreta de pontos ecogênicos não formadores de sombra acústica em suspensão (gato 5, mês 3)

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Karen Guttenkunst LisenkoGraduada em Zootecnia pela Universidade Federal de Santa Maria, mestre em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal de Lavras. Atualmente é doutoranda em Zootecnia - Nutrição e Produção de Não-Ruminantes com ênfase em animais de companhia na Universidade Federal de Lavras.

Maiara RodriguesGraduada em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras. Atualmente é mestranda em Zootecnia - Nutrição e Produção de Não-Ruminantes com ênfase em animais de companhia na Universidade Federal de Lavras.

Mateus Rezende DamascenoTécnico em Zootecnia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - Campus Rio Pomba. Atualmente é graduando em Zootecnia na Universidade Federal de Lavras.

Profa. Dra. Flávia BorgesGraduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais, mestre em Zootecnia pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutora em Ciência Animal pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é professora associada da Universidade Federal de Lavras, com ênfase em nutrição de animais de companhia.

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