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Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

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Page 1: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

Fórum Saúde da Mulher no Século XXI

Secretaria de Vigilância em Saúde

Outubro de 2011

Page 2: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

Mulheres e Aids no Mundo

• Em todo o mundo há 33

milhões de pessoas

vivendo com HIV;

• Deste total, 15,5 milhões

são mulheres e

representam 50% do total

de adultos infectados;

• [1] UNAIDS. Report on the global AIDS epidemic :

executive summary, 2008.

Page 3: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

• Na América Latina, uma crescente proporção de pessoas vivendo com HIV é de mulheres (550 mil);

• Estima-se que 90% das pessoas vivendo com HIV, em todo o mundo, não sabem que estão infectadas, e menos de 10% das mulheres grávidas fizeram teste de HIV[1];

• A maioria das 17,6 milhões de mulheres vivendo com HIV/Aids está em idade reprodutiva[2];

Mulheres e Aids na América Latina

Page 4: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

Mulheres e Aids no Brasil

630 mil pessoas vivam hoje;

Do total de casos notificados até junho de 2010, 65% foram do sexo masculino (385.818 casos) e 35% do feminino (207.080 casos ).

De 1985 até 2009 foram registrados 62.751 óbitos por aids entre mulheres no país, sendo 19.929 dentre aquelas com 40 e mais.

36 mil casos por ano.Média de 13 mil casos em mulheres por ano.

Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Casos notificados no Sinan e registrados no Siscel/Siclom até 30/06/2010 e no SIM de 2000 a 2009. Dados preliminares.

Page 5: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

Faixa etária e Razão de Sexo

Tanto em homens, quanto em mulheres, as maiores taxas de incidência se encontram na faixa etária de 25 a 49 anos e observa-se uma tendência de crescimento nos últimos dez anos, em indivíduos de ambos os sexos, a partir de 40 anos de idade.

Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

Casos notificados no Sinan e registrados no Siscel/Siclom até 30/06/2010 e no SIM de 2000 a 2009. Dados preliminares.

En 1983 15 homens para cada 1 mulher 2003 EstabilizaçãoPara cada 15 casos em homens, 10 casos em mulheresInverção entre jovens de 13 a 19 anos.

Page 6: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

Proporção de casos notificados de aids em mulheres com 13 anos e mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1983 a 2008*

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

ano de diagnóstico

%

Hetero UDI Outras Invest

FONTE: SINAN - VE-PEDST/AIDS-SES-SP (dados até

Page 7: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

Posição da Aids entre os óbitos gerais, segundo Lista Condensada de Morte, por faixa etária (anos) e sexo no Estado de São Paulo, 1996 e 2007

Fonte:Fundação Seade

1996 2007 1996 2007 1996 2007< 13 11º 17º 10º 20º 11º 19º

13 a 24 4º 8º 3º 10º 4º 7º25 a 34 2º 3º 1º 1º 2º 3º35 a 44 2º 4º 2º 2º 1º 1º45 a 54 7º 6º 10º 10º 8º 6º55 e + 33º 35º 43º 40º 43º 46º

Total 6º 15º 9º 17º 8º 16ºFonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - Seade.

faixa etária (anos)

Homens Mulheres Total

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Relações de Gênero

“...Saber a respeito das diferenças sexuais - histórica, social e culturalmente construída. Portanto relativa, contextual, contestável e mutável. É um saber que atravessa todas as relações que se constituem na sociedade, organizando as relações de poder a partir do significados que cada sociedade atribui à diferença sexual” (Scott 1996). É mais do que a maneira que as pessoas se relacionam é o jeito de olhar e compreender a realidade (Unbehaum 2005).

Page 9: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

• A idéia de “peste gay” (“câncer gay”), reproduzida na imprensa;

• Conceito de “grupos de risco” carregado pela imagem dos potenciais transmissores de vírus que deveriam ser evitados a qualquer custo / grupos sociais marcados pelo estigma, recodificando-se o termo a partir de valores sociais (Ayres,1997).

Page 10: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

Mulheres vivendo com HIV/Aids :

Categoria “aidético”: como sinônimo promiscuidade, vetor da morte, perigoso e sem direitos; identidade estigmatizada que agregava pessoas com diversas trajetórias e experiências sociais, culturais e subjetivas a uma trajetória moralmente condenada (PAIVA)

Page 11: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

O preconceito impõe às pessoas soropositivas uma verdadeira segregação social provocada pela negação dos direitos fundamentais, a “morte civil”, advinda de causas não apenas biológicas, mas também fatores culturais, sociais, econômicos e jurídicos (MIRANDA)

Page 12: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

Mulheres e Aids dimensões de Gênero

• Culpa X Tabus da Sexualidade Feminina;

• Violência X Aids;• Desrespeito a saúde integral e

aos direitos sexuais e reprodutivos;

• Dificuldade de falar sobre o exercício da sexualidade;

• Desejo de ter filhos• Direito a reprodução assistida.

Page 13: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

Tabela 3- Comportamento sexual e reprodutivo† de MNVHA (n=2045) e MVHA (n=1777) do Brasil, 2003-

2004. Características

MNVHA (n=2045) MVHA (n=1777)

Atualmente Na época da infecção

Nª %b Nª %b

Idade na primeira relação sexual*

Menos de 16 anos 477 23.4 653 34.8

16-17 anos 522 26.3 431 25.4

18+ anos 939 50.3 590 39.8

Mediana (IRQ) 17 (16-19) 16 (15-18)

Número de parceiros sexuais na vida*

1 parceiro 762 39.9 490 32.3

2-3 parceiros 606 32.3 528 35.6

4 ou mais parceiros/não sabe 499 27.8 504 32.1

Mediana (IRQ) 2 (1-3) 2 (1-4)

Cohabitação*

Não 506 25.0 584 33.9

Sim 1443 75.0 1074 66.1

Tem/tinha parceiro fixo

Não 260 13.1 254 14.3

Sim 1624 86.9 1444 85.7

Page 14: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

Tabela 3- Comportamento sexual e reprodutivo† de MNVHA (n=2045) e MVHA (n=1777) do Brasil, 2003-

2004.

CaracterísticasMNVHA (n=2045) MVHA (n=1777)

Atualmente Na época da infecção

Tem/teve parceiros eventuais

Não 1451 77.5 1269 77.0

Sim 416 22.5 394 23.0

Número de filhos vivos§

Nenhum 431 19.8 430 21.2

1 filho 497 25.3 446 23.9

2 filhos 501 27.3 401 24.7

3+ filhos 518 27.6 424 30.2

Uso de preservativo*‡

Nunca 579 32.0 945 62.2

Sempre 404 21.9 99 5.5

Ás vezes 852 46.1 550 32.3

Prática de uso de drogasc

Não 1375 95.3 1576 94.7

Sim 72 4.7 118 5.3

Page 15: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

Tabela 3- Comportamento sexual e reprodutivo† de MNVHA

(n=2045) e MVHA (n=1777) do Brasil, 2003-2004. Características

MNVHA (n=2045) MVHA (n=1777)

Atualmente Na época da infecção

Prática de sexo em troca de dinheiro ou drogasc*

Não 1412 97.6 1536 92.8

Sim 35 2.4 142 7.2

Ocorrência de DST (auto-referida)*

Não 1572 80.1 1197 72.7

Sim 326 16.6 376 21.0

Não lembra 62 3.3 112 6.3

Violência sexual na vida*

Não 1715 86.8 1301 77.9

Sim 249 13.2 397 22.1

† Excluída da análise 8 mulheres que nunca tiveram relação sexual (7 MNVHA e 1 MVHA);‡ Esta variável se refere ao uso atual para as MNVHA e na época da infecção para MVHA; MNVHA sem atividade sexual nos últimos 6 meses prévios à pesquisa foram excluídas da análise (n=90 casos)§ Para as MVHA, número de filhos na época da infecção se refere, na verdade, ao número de filhos quando fizeram o teste de HIV e o número de filhos atualmente se refere aos filhos tidos após o diagnóstico de HIVª Números diferem para cada variável devido a “missing values”; IRQ= Intervalo interquartilb As proporções foram padronizadas por idade c Esta variável se refere ao uso atual ou anterior para MNVHA e uso na época da infecção para MVHA; 29% de MNVHA e 5% de MVHA não responderam a esta questão, % calculada somente para os respondentes* Diferenças entre os grupos estatisticamente significantes (p<0.0001)

Page 16: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

Plano Integrado de Enfrentamento a Feminização das Aids e outras DST

Secretaria de Vigilância em Saúde

Page 17: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

OBJETIVO GERAL DO PLANO

• Enfrentar a feminização da epidemia de Aids e outras DST por meio de ações integradas, envolvendo instituições governamentais, não governamentais, movimentos sociais, nas esferas federal, estadual e municipal.

• Agendas Afirmativas: Mulheres vivendo com HIV/Aids,

Mulheres transexuais

Prostitutas

Mulheres lésbicas, Bissexuais e Mulheres que fazem sexo

com Mulheres.

Page 18: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

PLANO INTEGRADO DE ENFRENTAMENTO DA FEMINIZAÇÃO DA EPIDEMIA DE DST/AIDS ESTADO DE SÃO PAULO

Todas as mulheres com relações sexuais desprotegidas e/ou com baixa percepção do risco para as infecções pelas DST/HIV/AIDS

OBJETIVOS• Diminuir a incidência do HIV entre as mulheres• Aumentar o acesso das mulheres as ações de prevenção,

diagnóstico e tratamento às DST/HIV/AIDS e à saúde sexual e reprodutiva contemplando, situações específicas de vulnerabilidade.

Page 19: Fórum Saúde da Mulher no Século XXI Secretaria de Vigilância em Saúde Outubro de 2011

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AIDS E MULHERES

O objetivo verdadeiramente revolucionário não é erradicar as diferenças (...) mas antes evitar que elas sejam transformadas em pedras fundamentais da opressão, da desigualdade de oportunidades ou da estratificação social.

Abdias do Nascimento e Elisa Larkin Nascimento -

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Obrigada pela atenção

Secretaria da SaudeSecretaria da SaudeCRT- DST/AidsCRT- DST/Aids

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