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Agradecimentos

-Aos autores Arytyanne Maia, Fábio Nunes, Estefferson "Darkchet" Torres e Hatalíbio Almeida que contribuíram com todas as informações até termos a versão do Fortaleza de Luz e Trevas 2.0. -A Marcelo Del Debbio, por criar o universo de TREVAS.

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Introdu÷‘o Capital do Ceará e uma das cinco maiores

metrópoles do país, Fortaleza desponta como o destino turístico mais procurado pelos brasileiros hoje em dia. Assim, o Aeroporto Internacional Pinto Martins e o novo Porto do Pecém, apenas a 55km de distância, colocam a “Terra da Luz” na rota do comércio internacional.

Levando em conta sua localização privilegiada e seus atrativos naturais, Fortaleza tem tudo para crescer ainda mais, mostrando seu valor na economia e na cultura brasileira. Área: 313,80 km² Altitude: 16m Clima: 30°C (Máxima) e 24°C (Mínima)

Hist‡ria ò Real e Sobrenatural

Coloniza÷‘o Atlante Nos diz a história que as expedições dos

espanhóis Vicente Pinzón e Diogo Lepe teriam desembarcado no Ceará antes da viagem de Cabral ao Brasil. A expedição de Pinzón teria desembarcado num cabo identificado como o da Ponta Grossa, no município de Icapuí, e Diogo Lepe na Barra do Ceará.

Mas existe uma parte interessante da história de Fortaleza que remonta a tempos mais longínquos, no século X a.C., durante a colonização fenícia no Brasil. Devido às jazidas de cobre e salitre descobertas na serra da Ibiapaba, um engenheiro de minas egípcio resolveu se estabelecer no Ceará, supostamente a fim de procurar mais jazidas de metais. Na verdade o engenheiro Alemefis era um feiticeiro atlante, que acompanhado de alguns discípulos, procurava o node descoberto por ele em outra encarnação. As buscas por metais não prosperaram, mas o atlante conseguiu instalar uma pequena base sobre o node com a ajuda do chefe e feiticeiro tabajara Aracati, e os dois se tornam amigos.

Alguns anos se passam e Alemephis consegue encontrar cristais e outros artefatos da época de Atlântida que vieram parar no Ceará. A base começava a prosperar, e teria evoluído mais, não fosse o ataque dos índios Tucurujús, inimigos dos Tabajaras. Eles atacam a base atlante, resultando na morte de algumas dezenas de tabajaras. Alemefis e Aracati conseguem fugir para a serra da Ibiapaba, onde os tabajaras haviam instalado uma aldeia. Os tucurujús continuam a perseguí-los até lá, onde travam batalha contra Alemefis e seus aliados. No caminho, seguindo uma rota que passava pelo

Maciço de Baturité, os atlantes abandonam diversos objetos que haviam encontrado em suas pesquisas. Ao chegar à Ibiapaba, mesmo em desvantagem numérica, os tabajaras se beneficiavam por conhecerem muito bem a serra. Vencem os tucurujús, mas não sem perder muitas vidas, inclusive a de Alemephis e seus discípulos. Não havia entre os sobreviventes nenhum que possuísse conhecimentos para continuar com as explorações atlantes, e assim, depois destes acontecimentos o Ceará seria pouco explorado por fenícios e outros povos que viriam depois deles.

Per¤odo Colonial Primitivamente, habitavam na região da futura

cidade de Fortaleza diversos grupos de índios, com destaque para os Porangabas e Paupinas, do tronco Tupi.

Com o descobrimento da América no século XV, membros de algumas Ordens Secretas se juntaram às expedições para investigar as novas terras. Entre as ordens que vieram para o Brasil, destacaram-se a Irmandade de Tenebras e os Magos Atlantes. Os Atlantes, em sua busca pela Nova Atlântida, e a Irmandade de Tenebras em busca de poder e condições de conjurar seus demônios. Entre os membros dos Atlantes, destacava-se um líder, um espírito da antiga Atlântida, que reencarna através das eras para guiar seu povo. Sob sua influência, um grupo de Atlantes segue da pátria lusa para o Nordeste do Brasil, onde durante as primeiras décadas foram acompanhando o avanço pelo litoral até se estabelecerem em Fortaleza, na região próxima a um poderoso Node encontrado por eles, próximo ao rio Pajeú. Naquela época ainda não havia sinais de colonização portuguesa na região, sendo expedicionários franceses vindos do Maranhão e corsários os únicos europeus a explorar o Ceará, sem no entanto estabelecerem colônias. Esses dois grupos buscavam apenas extrair metais preciosos, âmbar, pau-violéte, entre outros produtos nativos, contando para isso com a ajuda indígena, forçada ou não. Nesse cenário chegam os Atlantes, que ao contrário dos outros expedicionários, ganharam a confiança dos nativos, talvez pelos remotos laços de sangue que os uniam aos índios, se aliando à tribo dos Tabajaras. Estabeleceram uma base sobre o node e com a colaboração dos índios os magos começaram suas pesquisas no litoral do Ceará, sem no entanto modificar a ordem social, política e religiosa destas terras. Infelizmente, no final do século XVI, devido a uma terrível seca e conflitos de seus aliados com tribos inimigas, os atlantes perecem, restando alguns aprendizes entre os índios. A base foi destruída e os nativos retornaram a sua vida normal, de forma que

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dos acontecimentos ocorridos com os atlantes não foram guardados registros entre os índios.

Oficialmente, portanto, a colonização do Ceará só começa em 1603, quando o nobre açoriano Pero Coelho de Sousa recebe uma carta do rei de Portugal autorizando a exploração do Ceará. Pero ergue um fortim próximo ao rio Ceará, alguns quilômetros distante do node encontrado pelos atlantes anos antes. Na verdade o colonizador tinha intenções de ir ao Maranhão para expulsar os franceses e lá se fixar para explorar as riquezas daquela região. O plano de Pero foi frustrado em 1605 devido a outra seca, que o força a emigrar em direção a Natal, sendo interceptado por um bando de índios flecheiros antes de chegar a seu destino, morrendo a sua família neste massacre. Tenta retornar mais uma vez, mas novamente os nativos o expulsam da terra. Desta vez definitivamente.

Os atlantes retomam suas atividades no Node em 1607, quando dois deles, infiltrados na Companhia de Jesus, vêm de Pernambuco para o Ceará. Eram estes Francisco Pinto, o líder reencarnado, e Luís Figueira, outro atlante. Aqui chegando, antes de se instalarem no node, tomam a direção da Serra da Ibiapaba, onde Francisco Pinto é chamado pelos tabajaras de “Amanaiara”, ou “aquele que trás a chuva”, sendo assim considerado pelos índios como um milagreiro das chuvas, de que o Ceará tanto precisava. Infelizmente os planos de Francisco são interrompidos por índios tucurujus, que invadem a aldeia e assassinam o mago. Com o auxílio do chefe Cobra Azul, Luís Figueira consegue fugir para o litoral, seguindo para o node, onde funda um povoado e instala uma nova base.

Os anos passam, Figueira morre, e a colonização estagna uma vez mais, até que em 1612 retorna ao Ceará o açoriano Martim Soares Moreno – considerado o verdadeiro fundador de Fortaleza –, recebendo do rei de Portugal o título de Capitão-Mor da Capitania do Ceará. Martim dá incremento a colonização, reedificando a fortaleza instalada por Figueira e defendendo junto com os indígenas os invasores não-lusitanos que tentavam desembarcar em Fortaleza. Chega a ser chamado pelos nativos de “Guerreiro Branco”, tamanha era a intimidade que tinha com os costumes indígenas. A partir dessa época, atlantes de Recife começam a vir para Fortaleza, a fim de ajudar os poucos membros que haviam ficado no Ceará. Com o tempo, a cabala atlante de Fortaleza cresceria em número e influência, superando os atlantes recifenses e tornando-se a sede da ordem no Brasil. Um tímido povoado começa e se desenvolver ao redor do forte, mas em 1631 Soares Moreno parte para Pernambuco a fim de combater os holandeses, não mais retornando ao Forte, o que resultará em novo abandono da colônia.

Os holandeses aproveitam o estado de abandono do povoado e em 1637 uma expedição

parte de Pernambuco, comandada por Gedion Morris de Jonge e chega ao Ceará para tomar conta do forte e colonizar a terra. Entre os membros da expedição estavam magos da Ordem das Sombras, que queriam se apossar do node para lutar contra a Irmandade de Tenebras de Recife. Utilizando-se do aparato militar batavo, os necromantes expulsam os atlantes do node e matam vários deles, mas alguns conseguem sobreviver e refugiam-se na serra da Ibiapaba. Os atlantes traçam um plano para retomar o node, e em 1644, auxiliados por índios descontentes com os colonizadores holandeses, lançam um ataque, resultando na morte de quase todos os magos necromantes. Em retaliação, pouco tempo depois, parte Matias Beck de Pernambuco a fim de retomar a colonização holandesa, e com ele vem outro grupo de necromantes. Sem muito esforço Beck dá conta dos indígenas e reconstrói o forte. A partir de então o forte seria usado pela Ordem das Sombras por quase vinte anos, tanto nas batalhas entre Portugal e Holanda, como contra os atlantes. Em 1654 os atlantes elaboraram então novo contra-ataque: com o auxílio de uma tribo guerreira que vivia mais no interior, além de uma ótima estratégia de combate, retomaram a fortificação. Conseguiram ainda o auxílio indireto da coroa portuguesa, que estava em processo de expulsão dos holandeses em todo o Brasil, com o apoio da Inglaterra. Os holandeses foram expulsos, mas uma pequena parte da Ordem das Sombras se manteve escondida na cidade, liderados pelos irmãos Marcelus e James Schilesingert, que fundaram uma cabala da Ir-mandade da Escuridão do Corpo e da Alma, com o objetivo de retomar o node.

Após a expulsão dos holandeses, os portugueses tomaram conta da região e do forte, rebatizando-o de Forte de Nossa Senhora de Assunção e instalando nele uma pequena igreja. Assim, no final do século XVII o Conselho da Cidade de Prata pôde enviar para a região a Principado Arytyanne, para que ficasse responsável pelo povoado, que ainda se desenvolvia lentamente. Com Arytyanne chega também a Companhia de Jesus com seu projeto de evangelização dos nativos. Para tanto a Companhia fundou várias missões, destacando-se em Fortaleza as de Porangaba, Paupina e Soure, que converteram um grande número de índios. Arytyanne organizou diversas expedições angelicais ao interior do estado para combater os seres sobrenaturais brasileiros que encontrassem pela frente. As expedições tomavam as missões jesuíticas como base e em menos de cem anos varreram a quase totalidade destas criaturas do Ceará, consolidando a pureza da religião católica e o poder de Arytyanne no Ceará. Com essas atitudes os anjos começaram a delinear sua influência, que viria a forjar no futuro um catolicismo conservador e politicamente influente.

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Em 1699 é criada por Carta Régia a Vila do Ceará, que por motivos políticos mudaria várias vezes de Aquirás para Fortaleza, até que a 13 de Abril de 1726 é expedido outro decreto real fundando definitivamente a Vila de Fortaleza de Nossa da Assunção, a segunda do Ceará. Os primeiros Iluminados chegam no final do século XVIII, vindos de Pernambuco através dos Atlantes que já estavam infiltrados da Maçonaria de Recife. Apoiados em membros que ocupavam cargos importantes na cidade, a ordem cresceria rapidamente nas décadas seguintes, superando os Atlantes em número antes do final do século XIX.

S◊culo XIX O século XIX seria para Fortaleza uma época

de transformação cultural, econômica e de afirmação conservadora do catolicismo cearense. O processo de transformação começa em 1812, quando é designado para governar o Ceará o português Inácio de Sampaio. Sampaio dá início ao melhoramento urbanístico da cidade, através do plano diretor idealizado por Silva Paulet, não totalmente realizado, no entanto. Até então os governantes da cidade não tinham se preocupado em urbanizar a Vila de Fortaleza. Sampaio também atrairá para junto de si poetas e escritores, que formarão os “Outeiros”, grupo que fará um ensaio da futura época de ouro da literatura cearense. Pouco tempo depois da vinda de Sampaio o ekimmu Diogo Oliveira chega a Fortaleza, atraído pelo movimento dos Outeiros e decide permanecer na cidade a fim de ajudar no progresso cultural da acanhada vila. Em pouco tempo toma como cria o jovem músico Waldemyr Andrade, sendo que os dois terão importância nos círculos literários da segunda metade do século XIX, como a Padaria Espiritual.

Em 1825 chega a Fortaleza o boticário Antônio Ferreira, que se torna administrador da cidade em 1848 e empreende projetos urbanísticos, retomando o plano de Paulet: constrói praças, calça ruas e coloca postes de iluminação, dando à Fortaleza uma condição mais condizente com uma capital de província.

As primeiras décadas do século também foram tempos conturbados, com a eclosão de movimentos republicanos no interior no estado, inspirados na Revolução Pernambucana e arquitetados por membros da ordem dos Iluminados, sediados no Cariri. O primeiro foi a República do Crato, proclamada pelo iluminado José Martiniano de Alencar com o apoio da elite liberal cratense. A república durou poucos dias, sendo sufocada por Inácio de Sampaio, com a prisão dos líderes, trazidos para Fortaleza e submetidos a tratamento desumano, mas depois libertados. Anos mais tarde o Ceará adere a Confederação do Equador. A liderança do

movimento no estado coube ao irmão de Martiniano de Alencar, Tristão Gonçalves, outro iluminado, sendo eleito governador do Estado pela junta revolucionária que se formou no Ceará. Após duros combates contra as tropas imperiais, apoiadas pelo mercenário inglês Lord Cochrane, Tristão é morto e as forças provinciais da Confederação capitulam.

As agitações no Ceará não pararam com a Confederação do Equador: em 1831 eclode outra rebelião, dessa vez de cunho monarquista, ensejando a volta de D. Pedro I ao trono do Brasil. O grupo restaurador concentrava-se na vila do Jardim, liderados pelo iluminado Pinto Madeira, fundador da sociedade secreta “Coluna do Trono e do Altar”. Pinto Madeira fazia parte dos Iluminados, mas diferente de Alencar e Tristão, era monarquista. Após vários combates contra as tropas legalistas, os rebeldes são vencidos e Pinto Madeira é fuzilado. Após este último conflito, Fortaleza passaria por tempos relativamente mais tranqüilos.

É a partir da fundação da Diocese de Ceará em 1859 que o catolicismo cearense delimitaria definitivamente uma forma conservadora. Influenciados pelo Concílio Vaticano I, os bispos cearenses dão início ao processo de “romanização”, com objetivo de formar uma igreja totalmente fiel a Roma. Arytyanne, favorável ao processo romanizador, cuida para que essa política de defesa dos direitos da igreja seja fielmente seguida no Ceará, ordenando que os anjos apóiem o processo. A partir daí começa a se esboçar um quadro ativista da Igreja Católica na cidade, que culminará na ascensão da doutrina legionária de Severino Sombra na década de 1930, com a participação direta e indireta de vários anjos, entre eles Vidael. Ainda no século XIX, Vidael influenciou a elite católica de Fortaleza a fundar o Partido Católico, um instrumento para fortalecer o poder político da Igreja e dos anjos no Ceará e iniciar uma guerra de propaganda contra as sociedades secretas da cidade. O plano de Vidael era direcionar a opinião popular contra grupos como a Maçonaria e os Espíritas, utilizando-se da mídia e dos políticos do partido Católico para atingir seus objetivos. Mesmo com a dissolução do partido alguns anos depois, a Igreja continuaria sua guerra de propaganda.

Em resposta a essa movimentação da Igreja as sociedades secretas de Fortaleza fundam jornais para difundir idéias liberais no seio do povo. Como os Atlantes, Iluminados e Rosacruzes já haviam adquirido sólidas bases, com membros das três ordens infiltrados nas instituições locais e com a inserção de diversos membros da elite cearense nos quadros dos Iluminados, a disputa ideológica entre Igreja e liberais se dá em pé de igualdade. Inicia-se então um intenso jogo político contra os anjos que durará até a década de 1930, quando Vidael lançará sua maior cartada: Severino Sombra.

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O final do século será um período de ouro para Fortaleza, pois nessa época a cidade passa por um nascimento cultural. Enquanto na capital os intelectuais escrevem belas obras literárias e se reúnem em rodas de poesia e literatura, no interior surgem gabinetes de leitura, levando o conhecimento a lugares aonde antes não chegava. Esse movimento era incentivado em grande parte pelas sociedades secretas de Fortaleza, como forma de combater a influência intelectual dos anjos sobre o povo e também para conseguir novos membros dentre os mais destacados, de forma a expandir sua influência. Iluminados, Rosacruzes e a Casa de Chronos são as ordens que mais crescem nesse período, dobrando a quantidade de membros que possuíam.

O restante do século transcorrerá de forma relativamente tranqüila, com anjos e sociedades secretas competindo pela hegemonia do poder no Ceará, utilizando a propaganda política como o principal campo de batalha. No começo do século XX a cidade entrará em novo período de instabilidade, com a deposição da oligarquia dominante em Fortaleza na época: os Accioly.

Oligarquia Accioly A formação das oligarquias fortalezenses

durante o século XIX culminou com a ascensão da família Accioly no comando dos rumos da província do Ceará. O grupo acciolino era formado por ricos proprietários do interior, famílias políticas de Fortaleza e membros da ordem dos Iluminados. Esta oligarquia governou o Ceará por quase vinte anos, de 1896 a 1912, encabeçada por Antônio Pinto Nogueira Accioly, um homem desonesto e astucioso. Durante o período em que estiveram no poder roubaram dinheiro dos cofres públicos, fraudaram eleições a valer, desviaram dinheiro superfaturando obras que não convinham à necessidade da população, mataram, violentaram e expulsaram do Ceará qualquer adversário político ou pessoa que dissesse qualquer coisa contra a oligarquia. Seu poder no Ceará chegou a tal nível que no apogeu os Accioly já não se preocupavam em esconder as suas violências e não davam conta dos documentos das transações públicas. Internamente os Iluminados travavam uma batalha de influência com os Atlantes e Rosacruzes, que eram contra a política dos Accioly. Essas ordens, infiltradas nos Iluminados, mesmo possuindo altos graus, não conseguiram fazer muito contra a oligarquia acciolina no interior do estado, mas apenas em Fortaleza e outros municípios do litoral. O sertão cearense permaneceu muitos anos sob controle dos chefes políticos aliados à oligarquia da capital.

Depois de muitos anos sob o jugo da oligarquia, a população estava cada vez mais revoltada com as injustiças. Os adversários de Accioly, entre estes alguns membros dos Iluminados,

Atlantes e Rosacruzes, resolveram lançar a candidatura do Coronel Franco Rabelo para Presidente do Estado nas eleições de 1912. Os cearenses viam nele uma esperança de libertação, uma libertação mais abrangente que a que ocorrera em 1884, quando o Ceará libertou seus escravos, pois agora se tratava de uma libertação que atingiria a todos. Franco Rabelo era nascido no Ceará, mas estava fora do Estado havia vinte anos; e mesmo assim as reuniões em seu nome foram acontecendo, e os Accioly, tentando intimidar os rabelistas, mandavam que a Cavalaria da Polícia ficasse postada próxima aos locais de reuniões rabelistas. Passeatas foram organizadas em prol da candidatura de Franco Rabelo, e em várias delas houveram tumultos provocados por policiais a paisana e ataques da cavalaria da guarda do governo a mando de Accioly.

A gota d’água se deu com o massacre das crianças que faziam passeata em prol de Rabelo. A polícia matou várias crianças que participavam da passeata. A população não agüentou mais, pois matar crianças indefesas havia sido demais. O povo pegou em armas e iniciou a Revolução. (Os soldados responsáveis por estas atrocidades foram condenados ao Inferno, e tempos depois começaram a serem treinados como Hellspawns, servindo aos planos do Inferno no Ceará.) A revolução havia começado na verdade já antes do massacre, mas aquilo fez com que a população perdesse seu escrúpulo de matar e iniciasse uma revolução de balas. As trocas de tiros entre os soldados do governo estadual e a povo revoltado não cessavam um só momento. Nogueira Accioly, que sempre fora mimado por seus filhos a não saber de nada que acontecia fora de seu palácio, mesmo com a revolução às portas de seu palácio ainda acreditava que poderia vencer “os arruaceiros”, “garotos” e “engraxates”, como ele chamava os revolucionários. Mas o cerco do povo se abatia sobre os soldados de Accioly, e estes, sem ter o que comer e beber, começaram a desertar; cercados que estavam, não podiam buscar munição. Há uma lenda acerca de um padre que estava lutando entre os revoltosos, sem ser ferido uma vez sequer; este padre era na verdade o anjo Agathon, um dominação que lutava ao lado do povo para derrubar os Accioly e enfraquecer o poder de Iluminados. Antes do fim dos combates, quando teve certeza da vitória do povo, Agathon desapareceu para não deixar suspeitas. Na noite de 22 de Janeiro os combates tomaram maiores proporções, até que no dia seguinte Accioly renunciou, passando a presidência do Estado a Carvalho Mota. Dias depois embarcou num vapor para o rio de Janeiro, mas enviou o Coronel Thomaz Cavalcante de lá para agir a seu favor durante as eleições que se realizariam naquele ano de 1912.

O candidato de do partido de Accioly, o P.R.C., era o general Bizerril Fontenele, enquanto o candidato da oposição e do povo como um todo

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continuava sendo o Coronel Franco Rabelo. Como sempre, a fraude grassou livre nas eleições. Thomaz Cavalcante fraudou as eleições, criando votos que não existiram para o General Bizerril e deputados de sua chapa. Se as eleições não tivessem sido fraudadas, os deputados rabelistas seriam maioria absoluta na bancada de deputados do Ceará. Até mesmo a eleição para Presidente do Estado fora fraudada, com Thomaz Cavalcante afirmando ao Presidente da República Marechal Hermes da Fonseca que o general Bizerril havia ganho a eleição e que não sairia de lá até que seu candidato fosse empossado na presidência do Ceará. Depois de inúmeros acordos e conchavos políticos, Franco Rabelo finalmente conseguiu assumir o Ceará, e estava assim desfeita a oligarquia Accioly.

Mas não tardou para que os aliados de Accioly conspirassem contra Franco Rabelo e aqueles que o apoiavam. A conspiração começou quando Thomaz Cavalcante trás o político Floro Bartolomeu para Juazeiro do Norte. Floro torna-se amigo pessoal do Padre Cícero, conseguindo assim influência na região do Cariri. Floro reuniy em Juazeiro uma falsa Assembléia Legislativa e fez com que essa Assembléia o elegesse Presidente do Estado, contestando a assim a legitimidade de Rabelo no cargo. Apoiado nisso, Floro organiza uma horda de jagunços que parte de Juazeiro com o objetivo de depor Franco Rabelo na capital. Os jagunços de Floro saqueiam as cidades por onde passam e enfrentam as tropas do governo estadual, vencendo-as.

Igreja vs. Sociedades Secretas Após esse episódio a situação se acalmaria no

Ceará, destacando-se novamente a competição entre Igreja e Sociedades Secretas. O auge da disputa ocorrerá durante a década de 1930, no governo de Getúlio Vargas. Nessa época surgem movimentos políticos de caráter autoritário, como o integralismo, que se proliferam pelo Brasil. No Ceará surgiram movimentos semelhantes ligados a Igreja Católica, como a Legião Cearense do Trabalho, as Conferências Vicentinas, o Círculo Operário Católico e a Liga Eleitoral Católica. Todos esses movimentos políticos queriam uma “recristianização” da sociedade através de um governo autoritário que guiasse os rumos da nação segundo a moral cristã. Vidael terá nesse período a oportunidade perfeita para vencer a guerra de propaganda contra as sociedades secretas de Fortaleza de uma vez por todas. Para isso o Nimbus utilizou Severino Sombra, um tenente muito ligado ao catolicismo e fundador da LCT e da LEC. Vidael manipulou-o para que ele adquirisse membros para a causa Legionária, e conseguiu, chegando a montar um grupo razoável. Severino estava ligado ao integralismo, mas fundou seu grupo antes mesmo dos integralistas fundarem a Aliança Integralista

Brasileira. Pregava sempre contra a Maçonaria e isso afetou os Iluminados de Fortaleza. Os planos de Vidael deram certo durante um tempo, mas quando Vargas começou a perseguir os integralistas e movimentos relacionados, Severino foi preso, deportado para Portugal e o plano de Vidael fracassou. Depois disso, os anjos começaram a perder influência política, pois cada vez mais os Iluminados tomavam conta do governo e das instituições locais, impedindo os jogos de Vidael.

O Arcanorum No final da década de 1950 os Iluminados

iniciaram com as outras ordens uma série de debates sobre a situação sobrenatural de Fortaleza. Participaram das reuniões membros de todas as ordens, exceto os Magos das Sombras. As ordens verificaram que era hora de fundar um Conselho de Diáconos na cidade, pois os anjos haviam perdido sua influência de outrora, sendo propício o momento para que as ordens locais, que sempre se entenderam bem, se unissem definitivamente para consolidar Fortaleza como uma cidade tranqüila e organizada misticamente. Em 1963 é empossado o conselho do Arkanun Arcanorum em Fortaleza, sendo composto por três diáconos, entre eles Erasmo Nascimento, o pai. Dois anos depois o Conselho se reuniu para decidir sobre a situação das criaturas sobrenaturais na cidade. Ficou decidido que os anjos teriam passe livre, podendo sair e entrar em Fortaleza quando bem entendessem. Quanto aos vampiros, apenas serão tolerados aqueles que acatassem a liderança de Waldemyr Andrade e seguissem uma série de normas de conduta.

Fortaleza Hoje Por décadas, Fortaleza foi uma cidade

relativamente tranqüila. Os Rosacruzes e Iluminados foram responsáveis por obras como o Teatro José de Alencar e a Universidade Federal. Os Atlantes cuidaram do litoral e do habitat, criando recentemente o LABOMAR, um laboratório para pesquisa da vida marinha. E a única pedra no sapato, a Irmandade da Escuridão do Corpo e da Alma, vivia escondida, tramando seus planos de vingança. Tudo sob o olhar da Principado e seu conselho, agora sediados em uma grande catedral no centro da cidade.

Porém, esse quadro mudou. A discrição da Irmandade da Escuridão desviou a atenção de todos para assuntos mais importantes. Um grande erro. Aproveitando a oportunidade perfeita, o atual líder da ordem, David Schilesingert, forjou uma aliança com uma poderosa Succubus: Alexandra. Ela vem, há 13 anos, auxiliando a Ordem das Sombras de Fortaleza, pesquisando todos os pontos fracos da

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estrutura da cidade. Entre seus feitos, ela conseguiu desviar os Atlantes de seu líder reencarnado e transformar a cidade em um ponto de tráfico de drogas, de armas e a prostituição infantil. O resultado: com a sua ajuda, em menos de duas décadas, Fortaleza se tornou a cidade mais violenta do Nordeste. Com suas defesas cada vez mais enfraquecidas, tornou-se um alvo fácil para o contra-ataque da Irmandade da Escuridão, que planeja retomar o Forte e utilizá-lo contra a Irmandade de Tenebras.

A cidade de Fortaleza se destina cada vez mais a ser uma metrópole com realidades distintas. Com a aceleração da vinda de pessoas do interior para a capital, a cidade vem inflando e crescendo para os lados, com cada vez mais favelas espalhando-se pela cidade, onde a população vive em condições degradantes. Sem emprego para todos, a vilência vem a cada dia aumentando e atraindo uma carga forma-pensamento negativa cada vez maior, atraindo cada vez mais demônios, espectros, obssessores e espíritos atorentados. Por outro lado, Fortaleza também cresce sua economia, sendo o setor de construção civil o que mais cresce no país. Esse crescimento econômico beneficia apenas os mais poderosos, entre os quais está a força local mais poderosa, os Iluminados.

Em meio a tudo isso, mais um novo elemento está provocando uma disputa silenciosa no cenário místico de Fortaleza. Há o boato de um diário escrito por Erasmo Nascimento, o pai, que possuiria informações que este coletara durante toda a sua vida. Como o mais influente iluminado de Fortaleza, utilizou-se de seu poder e seus contatos para recolher informações sobrenaturais sobre Fortaleza e todo o Ceará. As ordens, seus membros, seres sobrenaturais,

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fontes místicas e a história pré-colombiana do Ceará. No entanto o diário desapareceu misteriosamente durante o resgate dos corpos do acidente que matou Erasmo na década de oitenta, na serra da Aratanha. A informação sobre o diário vazou quando um agente mundano de Erasmo ouviu uma conversa deste último com Erasmo Filho. Dias depois, o agente desapareceu, mas antes de desaparecer vendeu a informação sobre o diário a um comprador de identidade desconhecida.

A cidade de Fortaleza se destina cada vez mais a ser uma metrópole maior e com realidades distintas. Com a aceleração da vinda de pessoas do interior para a capital, a cidade vem inflando e crescendo para os lados, com cada vez mais favelas espalhando-se pela cidade, onde a população vive em condições degradantes. Sem emprego para todos, a vilência vem a cada dia aumentando e atraindo uma carga forma-pensamento negativa cada vez maior, atraindo cada vez mais demônios, espectros, obssessores e espíritos atorentados. Por outro lado, Fortaleza também cresce sua economia, sendo o setor de construção civil o que mais cresce no país. Esse crescimento econômico beneficia apenas os mais poderosos, entre os quais está a força local mais poderosa, os Iluminados.

Locais de Interesse

Fortaleza de Nossa Senhora da Assun÷‘o

Fundado sobre um poderoso node, serviu de base militar dos Magos das Sombras, até sua expulsão pelos Atlantes aliados aos nativos, juntamente com os portugueses e ingleses. Passou então para o controle dos portugueses, mas dessa vez, administrado pelos Atlantes. O node influencia todos os caminhos, mas em especial Água e Spiritum. Hoje, após um acordo entre as ordens locais, é considerado um node de propriedade da cidade, não pertencendo a nenhuma ordem, mas utilizado por elas em reuniões de grande importância. Sedia a 10ª Região Militar e está aberta à visitação pública diariamente.

Teatro Jos◊ de Alencar Obra que recebeu investimentos do

Rosacruzes, localiza-se na Praça José de Alencar. Tombado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – em 10.08.1964.

Quando se pensou em construí-lo, o Ceará passava por uma fase próspera em sua economia

devido ao cultivo do algodão. Também foi nessa época que surgiu a Padaria Espiritual, criou-se o Instituto do Ceará e fundou-se a Academia Cearense de Letras. Como se vê, o Ceará afogava-se na intelectualidade e foi assim que a idéia de se construir um teatro veio à tona. A construção do teatro foi autorizada em 1904 mas somente em 1908 é que as obras começaram.

O primeiro espetáculo realizou-se no dia 23.09.1910 sob administração da Companhia Dramática Lucíle Perez e a peça apresentada foi “O Dote” de Artur Azevedo, cujo sucesso foi tão grande que a fez permanecer por mais dois meses. Desde então, o TJA firmou o sucesso dos espetáculos teatrais em Fortaleza. Dizem que o Teatro é habitado pelo espírito daquele que inspirou o seu nome, o escritor José de Alencar, mas este boato nunca foi confirmado.

Museu do Cear– Foi montado no Palacete Senador Alencar,

prédio da antiga Assembléia Provincial. Este mesmo prédio já abrigou antes a Faculdade de Direito, a Biblioteca Pública e a Academia Cearense de Letras, sempre servindo como base para os Iluminados de Fortaleza. Seu acervo conta a história dos cearenses e consta de 3000 peças, peças históricas e peças antropológicas. Sua inauguração foi em 1871.

Ponte dos Ingleses Em 1923, na falta de um porto próximo à

Fortaleza, este ancoradouro foi construído para o embarque e desembarque de passageiros e mercadorias até que fosse construído o Porto do Mucuripe (na década de 60). Também é conhecida por Ponte Metálica e foi doada pelos ingleses. Foi um ponto de encontro da boemia e ainda hoje, atrai dezenas de pessoas para assistir daí o mais bonito pôr do sol da cidade e pela manhã pode-se ver golfinhos no mar. Muitos anjos, inclusive Arytyanne, costumam se reunir na Ponte e nas praias vizinhas para rezar no nascer e por do Sol, contemplando os verdes mares da Terra da Luz. Nesse local há uma pequena base de estudos do LABOMAR – laboratório para pesquisas de vida marinha, administrado pelos Atlantes.

Templo Atlante O principal templo atlante de Fortaleza está

situado sob o mar da cidade próximo a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. Lá os membros do terceiro círculo fazem suas reuniões e traçam metas para obter novamente o controle total sobre o node do Forte. O templo é ornamentado com figuras de serpentes e monstros marinhos, com pedras azuis

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incrustadas na parede verde-mar, e os membros sentam-se em bancos de pedra decorados com conchas. Os outros templos são destinados aos membros do primeiro e segundo círculo, respectivamente situando-se um no Departamento de Engenharia de Pesca, na Universidade Federal do Ceará, e o outro no LABOMAR. O primeiro serve como ponto de recrutamento de novos membros, enquanto o segundo atua na pesquisa marinha voltada aos interesses da Ordem.

Templo Rosacruz O principal templo rosacruz de Fortaleza está

situado no bairro da Maraponga, à Rua Rosacruz. Foi construído sobre um pequeno node do Caminho dos Espíritos, descoberto por um rosacruz em 1962, onde três anos mais tarde foi construído o templo. Assim, apesar dos primeiros rosacruzes terem chegado à cidade no fim do século XIX, apenas em 1965, por falta de membros e recursos, pôde ser construído um templo. Na versão astral do templo foi criado um posto de vigília pelos rosacruzes, estudiosos do umbral e vários espíritos de Fortaleza no final do século passado, a fim de utilizá-lo como base para combater a influência de espectros e obcessores na cidade.

Catedral Metropolitana de Fortaleza

Primeiramente em Fortaleza, a Capela localizada dentro da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, era a única igreja da região. Uma Ordem Régia, “influenciada” pela Principado Arytyanne determinou que fosse construída uma igreja na cidade, e esta seria a Igreja Matriz. Porém, somente em 1795 é que a obra seria terminada. Em 1820, foi feita uma vistoria nesta igreja e ela acabou sendo demolida por estar completamente deteriorada. Imediatamente, foi iniciada a construção de uma outra igreja. Esta seria a Igreja de São José, cuja construção terminara em 1854. Quando Dom Luis Antonio dos Santos foi nomeado Bispo do Ceará, em 1861, a Igreja de São José passou a ser a nossa Catedral

Eis que chega em Fortaleza, um baiano que se tornará uma das figuras mais importantes do Estado no âmbito religioso e social: Manoel da Silva Gomes. Foi o terceiro Bispo do Ceará e o primeiro Arcebispo de Fortaleza, e era uma pessoa muito admirada e esti-mada na cidade por causa de seu posicionamento caridoso. Foi responsável por muitas obras de caridade e de aspecto político, como o Circulo Operá-rio Católico, e fundou ainda o jornal “O Nordeste”.

Em 1938, foi feita nova vistoria na Catedral e foi detectado de novo o seu completo

deterioramento. Dom Manoel decidiu que a Igreja deveria ser demolida para que uma outra fosse construída em substituição. Esta decisão causou uma grande polêmica na cidade, pois toda a população estava contra a demolição da Igreja. Dom Manoel alegou que a qualquer momento o teto poderia desabar na hora da missa. Então, ele não teve mais dúvidas, resolveu que a demolição da Igreja seria a única solução segura e correta. Todo material da Igreja fora transferido para a Igreja do Rosário, que foi a nossa Catedral provisória enquanto a construção da outra Igreja não acabava.

Só em 1964, quando foi organizada uma nova Comissão de Construção da Catedral é que os serviços se adiantaram. Quando o Cardeal Dom Aloísio Lorscheider assumiu o Arcebispado de Fortaleza as obras se aceleraram mais ainda. Até que, em 1978, a construção acabou e finalmente a Igreja pôde ser inaugurada. Foram quase quarenta anos. A nova Catedral foi inaugurada no dia 22 de Dezembro de 1978 e ela continua a ser a Catedral de Fortaleza até os dias de Hoje.

Localizada na Praça da Sé, a atual Catedral herdou da antiga o conjunto de sinos que ainda hoje estão badalando no alto de suas torres de 75 metros de altura. A igreja tem capacidade para um total de 5.000 pessoas. O estilo tem influências do românico e do gótico. Com seus 90 metros de comprimento e 45 metros na parte mais larga, na Igreja ainda existem a Capela do Ressuscitado e a do Santíssimo Sacramento, ambas encontram-se na Cripta da Igreja.

Uma das muitas curiosidades deste lugar é que no altar estão enterrados os restos mortais de algumas pessoas, tais como Dom Manoel da Silva Gomes e Dom Antônio de Almeida Lustosa. No teto, vemos uma grande Cruz pendendo sobre o altar que segundo as autoridades religiosas do lugar servem para mostrar ao povo a tamanha grandeza do poder de Deus. A catedral está situada sobre uma meca de poder 3 e também possui um campo de energia benigna que afasta qualquer demônio ou criatura maligna.

A catedral é protegida permanentemente por doze anjos, sendo seis protegendo a sua versão no plano da Terra e outros seis protegendo a sua versão no plano astral. A versão espiritual funciona como um pequeno posto onde os anjos que viajam por Spiritum podem descansar. Também serve como um posto de vigília, de onde os anjos podem controlar e combater os espectros que têm invadido Fortaleza recentemente.

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Centro Drag‘o do Mar de Arte e Cultura

Mais recente obra financiada pelos Rosacruzes, é uma infra-estrutura completa para o exercício do lazer e da arte, que tem como objetivo democratizar o acesso à cultura, gerar novos empregos e movimentar o mercado turístico cearense. São 30 mil metros quadrados de área para vivenciar a arte e a cultura cearenses, em atrações como: Memorial da Cultura Cearense, Museu de Arte Contemporânea, Teatro Dragão do Mar, 2 Salas de cinema do Espaço Unibanco Dragão do Mar, Anfiteatro, Auditório, Oficinas de Arte e o Planetário. Entre seus administradores, destaca-se Waldemyr Andrade, um Ekimmu que vive na cidade a mais de 200 anos.

O Centro Dragão do Mar foi concebido dentro de um padrão de qualidade internacional, com orientação dos melhores profissionais de cada área: arquitetura, museologia, curadoria de arte, astronomia e light design. A administração do edifício é inteligente, com sistemas de segurança e climatização controlados por computador, que reduzem gastos de manutenção. Tudo planejado para transformar Fortaleza num dos mais importantes pólos de difusão e produção cultural do país.

Boate Mystikal A Boate Mystical é uma casa temática cujos

temas principais são os ícones do misticismo, principalmente satanismo. Ela é repleta de pinturas e esculturas de deuses, semi-deuses e divindades de diversos cultos e religiões (sendo, na verdade, um

escárnio à todas elas). É dividida em dois grandes salões: Céu e Inferno. Ela agrega ainda uma interessante variedade de ambientes como o Limbo da Pregações, um corredor escuro, com as paredes cravejadas de buracos. Na parte superior localiza-se o Cinema, onde acontece uma sessão ininterrupta de filmes bizarros, a Galáxia, com duas grandes camas, alguns sofás e os tubos do voyeur, através dos quais podem ser vistos casais, a Capela, um ambiente réplica de um confessionário, a Masmorra é uma câmara medieval de tortura, equipada com alguns instrumentos, o Sarcófago, que possui um caixão de casal, magnificamente decorado em tons de lilás e o Necrotério, com uma mesa de autópsias.

A boate pertence ao Daemon Kavurot, uma criatura profana de uma libido devassa e sem limites. Os servos de Kavurot têm agregado uma crescente quantidade de prostitutas e viciados em sua boate, bem como devassos de toda espécie. Muitas vezes é facilitado o acesso à drogas para os visitantes da boate, de modo que, às vezes, alguns locais, como o Limbo das Pregações, se tornam mais do que simples ambientes decorados, e verdadeiros pedaços do Inferno... Na verdade, o Daemon manipula as sensações, percepções e prazeres – ou horrores – de seus visitantes utilizando-se de seus poderes ou de servos espectrais.

Boate ×rbita Uma das boates mais antigas de Fortaleza, a boate

Órbita toca diversos ritmos e serve como Casa Comunal aos vampiros de Fortaleza. Ela pertence à um dos lacaios de Waldemyr Andrade, um poderoso vampiro ekimmu da cidade. Os amplos fundos da boate geralmente servem como abrigo para vampiros, locais privados para reuniões e festas privês, com direito a ´´drinques especiais´´ para os sanguessugas. Infelizmente a boate já tornou-se de

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conhecimento público para a sociedade sobrenatural, e já ocorreram mais de um tiroteio de caçadores de vampiros atrás destas criaturas.

Academia Cearense de Letras A Academia Cearense de Letras (ACL) é a

entidade literária máxima do estado do Ceará. A ACL é a mais antiga das Academias de Letras existentes no Brasil, fundada em 1894, três anos antes da Academia Brasileira de Letras. Entre seus fundadores estavam membros dos Iluminados, Rosacruzes e Casa de Chronos. Atualmente a Academia é usada em reuniões de menor importância do Conselho local e também serve como uma dos templos da Casa de Chronos na cidade, sendo um dos preferidos da ordem.

Arkanun Arcanorum Diácono Superior: Erasmo Nascimento Filho – Iluminados Diácono do Leste: Leonardo Ferreira – Magos Atlantes Diácono do Sul: atualmente vago. Diácono do Oeste: Davi Lima – Rosacruz. Diácono do Norte: Tasso Jereissati – Iluminados Diácono Inferior: atualmente vago. Amuleto de Salomão: Waldemyr Andrade – Vampiro Ekimmu

Magos Atlantes Uma das principais ordens, presente na cidade

desde sua fundação, hoje está infiltrada nos Rosacruzes e nos Iluminados, aproveitando seus recursos em sua pesquisas: encontrar o antigo lar, proteger o meio ambiente e, mais recentemente encontrar a atual reencarnação do líder da Ordem, que já deve estar com cerca de 20 anos, de acordo com os atlantes mais experientes. A cada geração, os Atlantes do Ceará são guiados pela encarnação de um antigo líder, que sempre se recorda de seu passado e seu dever. Mas, através das maquinações de David e Alexandra, ele está perdido. O líder provisório da Ordem é Leonardo Ferreira, que viajou para o sul do Brasil em busca de pistas, deixando no cargo uma comissão formada pelos membros mais experientes. Contam com cerca de quinze magos.

Iluminados Os primeiros iluminados chegaram no século

XVIII, vindos de Pernambuco, e se infiltraram nas instituições políticas locais. Através da formação de oligarquias familiares e de propaganda pró-maçônica, a ordem cresceu muito em membros, e

hoje a cidade possui uma das maiores populações de Iluminados do Brasil. Participaram de muitos acontecimentos da história fortalezense, de um lado ou de outro, em fatos como a República do Crato, a abolição dos escravos no Ceará, a Padaria Espiritual, a oligarquia Accioly e a criação do Arcanorum. Durante a ditadura militar, quando em outros locais do Brasil anjos e vampiros eram perseguidos pelos templários, os Iluminados realizaram um acordo com estes seres sobrenaturais, permitindo a sua permanência na cidade sem maiores problemas.

Os Iluminados sem sombra de dúvida são a mais poderosa e influente força sobrenatural de Fortaleza, superando de longe os anjos (considerados a segunda força) no campo da política mundana. São, juntamente com os Rosacruzes, responsáveis pelos aspectos culturais e econômicos da cidade, sempre em busca de expandir a imagem da cidade para o Brasil e o mundo. Nesse sentido os líderes das ordens, Davi Lima e Erasmo Nascimento, fazem questão de manter a união pelo bem comum da cidade. A meta atual das ordens é acabar com a situação de crise que se instalou na cidade. E a principal suspeita recai sobre David Schilesingert, líder da Irmandade da Escuridão do Corpo e da Alma. Alguns membros mais radicais acham, no entanto, que a crise se deve também aos próprios iluminados, que se deixaram corromper pelo poder e esqueceram das massas, permitindo que a situação chegasse ao ponto que está. Para completar a ordem está dividida, e as duas principais facções são lideradas por Erasmo Nascimento e Tasso Jereissati.

Rosacruzes A Ordem Rosacruz chegou em Fortaleza em

meados do século XIX, contando inicialmente com três membros. Os três passaram a ajudar no desenvolvimento cultural e econômico, como em eventos filantrópicos e participando de movimentos culturais como a Padaria Espiritual e a Academia Francesa. A ordem cresceu um pouco a partir dessa época e vários de seus membros eram espíritas também, passando a proliferar essa doutrina no Ceará. Assim no começo do século XX Fortaleza já possuía alguns centros espíritas, que foram combatidos pela direita católica nos meios de comunicação da época.

Os Rosacruzes também atuam como patrulheiros do mundo espiritual, impedindo que Espectros e Obcessores penetrem na cidade e façam mal à alma de alguém. Possuem ótima relação com os Atlantes e Iluminados, inclusive possuindo vários membros que também participam destes últimos. Alguns anjos, entre eles o Recipere Malitiel e o Corpore Jeremias são aliados da ordem, pois recebe ajuda indireta com os espíritos malignos e espectros que penetram na cidade.

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Magos das Sombras Esta pequena cabala foi criada pelos irmãos

James e Marcellus Schilesingert, que se esconderam na cidade após a expulsão dos holandeses, no século XVII. Desde então, tem como missão retomar a Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção, que é na realidade, um poderoso node. Com este poder, a ordem seria capaz de lutar contra seu principal inimigo: a Irmandade de Tenebras. Por mais de trezentos anos os irmãos ficaram observando as ações de personalidades e fatos na história do Ceará, através de seus espiões de sombras e disfarçados como legítimos cearenses. Aos poucos foram conseguindo novos membros e passando os conhecimentos necromânticos de geração em geração. Os Magos das Sombras permaneceram isolados até meados do século XX, quando sua existência foi finalmente confirmada pelas outras sociedades secretas cearenses. A idéia de ter Magos das Sombras no Ceará não agradou muito, principalmente aos Atlantes, que possuíam ressentimentos de séculos atrás. A Irmandade dispôs a se “comportar”, e como não tivesse demonstrado hostilidades por mais de 300 anos foi aceita na cidade, mas com um pé atrás. Os membros da Irmandade da Escuridão são especializados em magias de disfarce e ocultamento envolvendo os caminhos Humanos e Trevas. Três séculos escondidos nas brumas de Fortaleza os forçaram desenvolver magias ligadas ao disfarce. No fim dos anos 80 desenvolveram poderosos rituais relacionados aos elementais de Trevas, usando-os em missões de espionagem. Conseguir aprendizes talentosos e capazes tem sido uma das prioridades da ordem, comandada atualmente por David Schilesingert.A Irmandade só começou a mostrar a que veio na década de noventa, quando fizeram um pacto com a succubus Alexandra. Eles afastaram temporariamente o líder atlante que reencarnaria nesta época, e estão aproveitando o tempo para manipular a situação a seu favor, infiltrando alguns membros nos Iluminados e nos Rosacruzes.

Casa de Chronos A ordem se instalou em Fortaleza a partir da

segunda metade do século XIX. Os membros dessa época foram figuras intelectuais notórias como o médico e escritor Pedro Thebérge, o político e historiador Thomaz Pompeu, o Barão de Studart e o historiador Raimundo Girão, entre outras personalidades. Muitos membros dos Atlantes, Rosacruzes e Iluminados se tornaram membros da Casa de Chronos, criando a aliança intelectual que foi responsável pelo surgimento de movimentos como a Academia Francesa e a Padaria Espiritual no fim do

século XIX. Depois que a Padaria Espiritual terminou e os primeiros membros foram morrendo, a ordem estagnou e conseguiu apenas manter três membros efetivos. Esses membros continuaram suas pesquisas através do Instituto do Ceará, onde instalaram sua Academia, e da UFC. Atualmente a Casa de Chronos está envolvida num debate entre os Irmãos mais sábios e antigos de Fortaleza. Eles discutem a possibilidade de Fortaleza ter sido visitada pelos fenícios e egípcios, há mais de três milênios.

A maioria dos irmãos da Casa se dedica ao estudo da história do Ceará, utilizando magia em seus estudos. Apesar de existirem estudiosos em outras áreas, é no estudo da história que a Casa se concentra. Sobre isso os mais antigos mencionam que um Irmão chamado Eduardo Girão, que viveu em Fortaleza durante a década de 60, possuía rituais que permitiam enxergar o passado. Por isso os irmãos têm se esforçado na busca de rituais do lendário caminho do Tempo.

Templ–rios De recente formação, a célula que atua em Fortaleza é composta por quatro membros e alguns cadetes, liderados por Michel Távora. Demoraram a vir para Fortaleza porque não havia muitas criaturas sobrenaturais para combater, especialmente demônios, já que os anjos mantinham estreita vigilância sobre tentativas do Inferno de penetrar na cidade. E como os anjos fossem muito fortes na região, os templários desistiram de montar um grupo na cidade até o século XX. Mas com o recente crescimento da influência infernal na cidade, a casamata de Recife decidiu enviar no ano dois mil dois templários para a cidade, a fim de vigiar e num futuro próximo caçar os demônios da cidade. Aqui chegando, a primeira providência foi procurar por cadetes em potencial, conseguindo-se alguns iniciados em faculdades, ocasionalmente em academias (geralmente caçadores viciados em adrenalina, lutadores de artes marciais, mas que sobrevivem por algum tempo) e mais raramente sobreviventes de ataques, que muitas vezes ajudam nas caçadas, seja como caçador, seja como apoio. Em 2003, outro templário foi enviado de Recife e um dos cadetes foi promovido, totalizando quatro membros efetivos. Michel vem recebendo ajuda de Tasso Jereissati, que se utilizou sua influência para colocar o templário numa posição confortável na Secretária de Segurança, da qual o líder templário é Subsecretário.

Wiccas As Wiccas chegaram à cidade em fins do

século XIX, através das mulheres da família Stanton, que veio da Inglaterra para o Ceará em virtude de negócios. Até o ano dois mil permaneceram fechadas entre as membros da família Stanton, até que nesse ano Regina Stanton iniciou Sara Batista. Após Sara, uma dezena de aprendizes foi iniciada nos mistérios, mas nenhuma delas sabe controlar satisfatoriamente suas habilidades mágicas.

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Seres Sobrenaturais

Anjos Os anjos de Fortaleza são muito engajados na

proteção da cidade, todos sob a supervisão da Principado Arytyanne. São quase todos católicos, apesar do rápido crescimento de igrejas protestantes na cidade. Após a expulsão dos holandeses os índios cearenses foram catequizados em massa, eliminando os sinais do paganismo. Com o tempo a fé católica foi se enraizando cada vez mais na consciência do povo, permitindo a vinda de cada vez mais anjos. Desde sua fundação até o final da década de 1980 Fortaleza tornou-se uma cidade fechada para os demônios, pois era vigiada por muitos anjos. A Principado sempre se preocupou com a pureza de seus irmãos, e por isso, quando a Inquisição Celestial enviou o inquisidor Nasiel a cidade durante a década de trinta, Artytyanne permitiu que o Inquisidor atuasse sem problemas.

Os anjos de Fortaleza são conservadores, fato atestado pelo caráter direitista do catolicismo cearense, mas aos poucos o Movimento Carismático de Fortaleza vem atraindo anjos progressistas, o que não faz muita diferença para a Principado, mas incomoda profundamente a Vidael e a Nasiel. Atualmente estão em estado de alerta, devido às condições de criminalidade e violência na cidade. As primeiras investigações angelicais já trouxeram algumas pistas sobre a Succubus Alexandra e, em breve, poderá haver uma caçada na cidade como jamais houve.

Dem‚nios Por muitos anos, a presença de demônios em

Fortaleza foi quase insignificante, sendo a cidade dominada pelos “Exércitos de Deus”, dada sua identidade cristã marcante. Porém, nos últimos anos, após a aliança feita entre David e Alexandra, alguns demônios – principalmente Inucbi e Succubi – estão ganhando poder e influência no submundo, como parte dos planos de Alexandra, resultando nos altos índices de criminalidade da cidade. Eles são bastante cuidadosos com suas ações pois sabem que são caçados pelas ordens, anjos e vampiros. Como esses três inimigos agem separadamente os infernais tem tido mais facilidade para enfrentá-los. Por isso Alexandra e David tentam impedir uma aliança entre as três frentes, manipulando as coisas de forma a semear a discórdia entre seus inimigos. O feito mais importante de Alexandra, porém, foi o de enfraquecer a Ordem dos Atlantes, desviando o seu líder que reencarnaria nesta geração. Sem a liderança dele, a ordem dá a Alexandra e David a chance

perfeita de tomar a Fortaleza de Nossa Senhora novamente.

Vampiros Os vampiros de Fortaleza, em sua maioria

Ekimmu, são conhecidos por serem boêmios e festivos, ao contrário do estereótipo dos vampiros melancólicos e tristes. Contando com a região metropolitana, Fortaleza possui menos de dez vampiros. De modo direto ou indireto, os Ekimmu sempre auxiliaram no aumento da cultura local, sendo a maioria artistas, como pintores, escultores ou cantores noturnos. O mais velho da cidade é o Ekimmu Waldemyr Andrade, descendente de Diogo Oliveira. Figura conhecida no meio cultural, é respeitado por ser o mais velho como também o líder da comunidade vampírica local. Os vampiros de Fortaleza estão submetidos ao acordo selado entre Waldemyr e o Arkanun Arcanorum na década de sessenta. Segundo esse acordo todos os vampiros que residem em Fortaleza não podem realizar caçadas na cidade em busca de alimento, a não ser em regiões restritas na periferia da cidade, tendo que possuir um ou mais lacaios para prover o sangue que necessitam para viver. Também todos os vampiros que desejem morar na cidade devem conseguir a aprovação do Arcanorum e do líder vampírico local, Waldemyr Andrade e aceitar sua liderança. Aqueles que quebrarem as regras serão caçados e destruídos pelo Arcanorum.

Esp¤ritos Existe todo tipo de espírito em Fortaleza, só

que recentemente a quantidade de espectros e obsessores têm aumentado substancialmente. Por enquanto a ação destes espíritos é limitada pelos Rosacruzes, Estudiosos do Umbral e dos bons espíritos que habitam a cidade, como Irmão Benvindo, que em vida foi um dos mais importantes Rosacruzes de Fortaleza. A maior parte dos espectros obedecem às ordens de Mordekhan, um poderoso senhor trevoso governante de grande parte do Umbral fortalezense. Ele vem reunindo poder para criar uma fortaleza trevosa, através da violência, corrupção e almas desesperadas que habitam Fortaleza.

Outros Existem poucas criaturas sobrenaturais de

outros tipos, pois há pouco espaço para eles em Fortaleza. Alguns lobisomens podem ser encontrados, mas eles não mantêm uma comunidade coesa, estando espalhados em vários pontos da cidade.

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NPCs

Waldemyr Andrade Vampiro Ekimmu, 213 anos (nascimento: 1793 – Dom das Trevas: 1821)

Desde a sua juventude mortal, sempre foi um boêmio. Nascido e criado numa família de músicos (seu pai tocava violão e sua mãe era cantora), adorava festas. Aos 20 anos, tocava junto com seus pais, se apresentando na noite fortalezense. Seu talento logo chamou a atenção de um Ekimmu chamado Diogo Oliveira, que havia saído de Portugal e se instalado em Fortaleza. Perdeus seu mestre durante a Sedição de Juazeiro, ocasião em que dois templários aproveitaram a ocasião para matar Diogo. Em sua atual condição há quase 200 anos, continua engajado no meio cultural da cidade, sendo um dos responsáveis pelo Centro Dragão do Mar e pode ser sempre visto em rodas de poesia e em casas de show, prestigiando as novas bandas que surgem na cidade. Porém algo o preocupa há algum tempo: a antes pacífica Fortaleza tem se tornado extremamente violenta e perigosa nos últimos anos e entre os sussurros ouvidos à noite, Waldemyr procura por um nome: Alexandra.

Jan de Gley Nephalin, 22 anos

Numa noite em que caía uma chuva torrencial sobre Fortaleza, uma pobre mendiga batia desesperadamente à porta da Catedral da Sé. Quando os padres abriram as grandes portas da igreja, encontraram a mulher numa poça de sangue, prestes a dar à luz. Levada ao interior da igreja, os padres cuidaram do parto, sob a supervisão da Principado Arytyanne. Veio ao mundo um menino de pele morena como a da mãe. Mas ela não suportou a dor e pereceu. O garoto, batizado de Jan, recebeu o sobrenome de Paulo de Gley, o padre que o trouxe ao mundo. Por influência da Principado, o garoto foi criado pelos padres, vindo a se tornar um noviço. Há alguns meses, porém, algo espantoso tem tomado conta das noites de Jan. Imagens da praia, do fundo do mar, pescadores. Cada vez mais confuso com os sonhos recentes, vem alterando seu comportamento, antes conformista e obediente, agora mais livre e com questionamentos sobre sua religião. Em vista disso, foi transferido para o sul do país. Mas os sonhos continuam, cada vez mais nítidos e constantes. E sua perguntas não querem calar...

Leonardo Ferreira Mago, 48 anos

Leonardo, filho de um pescador de Jericoacoara, já mostrava desde bem jovem uma afinidade nata com o mar. Quando criança permanecia quase que o tempo todo junto do mar, desde o nascer até o por do Sol. Era como se ele estivesse ligado de alguma forma àquela imensidão azul-esverdeada. Tinha o dom de conversar com as ondas e tornou-se amigo do mar. Numa certa noite, aquele mar que ele tanto amava levou seu pai num acidente com sua jangada, mas Leonardo não se revoltou, pois o mar havia lhe dito que levaria uma coisa dele, mas o destino daria outra em troca. Sem o pai para sustentar a família, mudou-se de Jericoacoara para Fortaleza, onde Leonardo passou a trabalhar como pescador. Os anos passaram e Leonardo tornou-se um hábil pescador, como fora seu pai, e assim como o mar lhe disse ele recebeu algo de volta quando encontrou Bernardo Freicheiras, o líder dos atlantes e Diácono Leste de Fortaleza na época. Bernardo ensinou-lhe os mistérios que cercam o mar, falou-lhe sobre a Atlântida e da busca da Nova Atlântida, não apenas um lugar, mas um estado de consciência. Iniciado entre os Atlantes, Leonardo progrediu tão rapidamente em seus estudos que se tornou um dos magos mais sábios e poderosos da cidade. Com o tempo seu espírito de liderança aflorou e então passou a realizar expedições em mar em terra na busca de cristais mágicos da época da Atlântida, encontrando em poucos anos mais cristais mágicos do que em todos os anos que os Atlantes estiveram no Ceará. Anos mais tarde, após a morte de Bernardo, Leonardo foi indicado para liderar os Atlantes, e em mais alguns anos tornou-se Diácono Leste. Atualmente está a procura do líder reencarnado no sul do Brasil, deixando uma junta para organizar e liderar os Atlantes na cidade.

Diácono Leste de Fortaleza CON 13, FR 13, DEX 12, AGI 14, INT 15, WILL 14, CAR 15, PER 12 Mago Atlante do 9º nível #Ataques[1], IP 1 (rituais), PVs 22+10 Adaga Atlante 1d6+2 Perícias principais: Capoeira 60/60, Ciências (Biologia 45%, Ecologia 30%, Filosofia 30%), Ciências Proibidas (Atlântida 60%, Cristais 70%, Oculto 40%, Rituais 70%, Teoria da Magia 70%), Condução (Barco Pesqueiro 40%), Esportes (Natação 60%, Pesca 50%), Etiqueta 40%, Idiomas (Egípcio 20%, Grego 30%, Isiacum 20%), Manipulação (Empatia 40%, Liderança 60%), Pesquisa 60%. Pontos de Fé: 0. Magia: 11 Pontos de Magia. Entender 3, Controlar 1, Água 4, Terra 3, Luz 3

Davi Lima Mago Rosacruz, 38 anos

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Davi nasceu em Limoeiro do Norte e ao quinze anos veio morar em Fortaleza, para estudar e se tornar um “doutor”, como dizia o pai. Seu pai era um grande comerciante de Limoeiro, e apesar de não ter muita instrução, sonhava para o filho um futuro brilhante. Davi veio então para a capital e foi morar com os tios, que eram rosacruzes. O tempo passou e Davi se gradua em Sociologia e Psicologia ao mesmo tempo, sendo também iniciado na Ordem da Rosa e da Cruz. Ao saber que o filho havia se envolvido com “bruxaria e espiritismo“, o pai de Davi cortou relações com o filho e desde então os dois nunca mais se falaram. Este é um peso que Davi carrega dentro de si e a única lembrança que o deixa triste. No entanto, o rosacruz progrediu rapidamente com seus estudos místicos e tornou-se líder da ordem na cidade. Conseguiu grandes aliados entre as outras ordens, entre eles Erasmo Nascimento e Leonardo Ferreira. Também é membro dos Estudiosos do Umbral e fez com que os dois grupos se unissem para criar postos de vigília no Umbral sobre os templos rosacruzes e centros espíritas de Fortaleza, com a finalidade de usá-los como base de combate à infestação de espectros na cidade. É especializado no caminho dos Espíritos e por liderar muitas das missões de combate aos espectros, desenvolveu poderosas magias de exorcismo. Possui um amuleto de proteção contra o caminho de Spiritum (2D de proteção) e uma adaga mágica.

Diácono Oeste de Fortaleza CON 13, FR 12, DEX 13, AGI 12, INT 14, WILL 17, CAR 14, PER 13 Rosacruz do 8º nível #Ataques[1], IP 3 (amuleto), PVs 20 Adaga 50/50 1d6+2 Perícias principais: Ciência (Filosofia 40%, Herbalismo 35%, Psicologia 50%, Sociologia 50%), Ciências Proibidas (Astrologia 40%, Conhecimento de Espíritos 60%, Oculto 30%, Psionicismo 30%, Rituais 60%, Teoria da Magia 60%, Viagem Astral 60%), Etiqueta 40%, Idiomas (Hebraico 40%, Grego 40%, Latim 40%, Linguagem de Sinais 30%), Manipulação (Empatia 55%, Liderança 60%), Pesquisa 70%. Pontos de Fé: 0. Magia: 10 Pontos de Magia. Entender 2, Controlar 2, Spiritum 4, Metamagia 1, Humanos 2.

Davi Schilesingert Mago, 47 anos

David Schilesingert é um homem de média estatura, olhos castanho-claros e cabelos lisos e curtos, geralmente não usando barba. Traja-se de acordo com a ocasião, sendo um homem de porte sério, mas com certo ar carismático. Filho do médico Formou-se em Medicina na USP com notas altas,

especializando-se nas áreas de Cirurgia Plástica e Dermatologia. Herdou uma clínica do pai e hoje se divide entre a administração desta e a liderança da Irmandade da Escuridão do Corpo e da Alma. O momento é muito favorável a David, pois com o apoio da succubus Alexandra pode usar a influência da demônio no submundo a favor da Irmandade. Às vezes David some sem deixar pistas, podendo ficar até uma semana sem dar notícias, e nem os mais próximos dele saem o que ele faz quando desaparece dessa forma. Nos últimos tempos David tem tido problemas para dormir, pois algo o perturba todas as noites: “Vá embora, eu não fiz nada!! Vá embora!! Não tive culpa, foi o meu pai!! Vá embora daqui!!”.

Tasso ááTassoáá Jereissati Iluminado, 65 anos

Não há ninguém na ordem dos Iluminados mais sedento por poder, isso é o que dizem os opositores de Tasso. Tasso Jereissati é rico e influente tanto no meio mundano quanto místico. É um legítimo manipulador, uma pessoa que usa tudo e todos apenas para obter mais poder e provêm de uma família com tradição dentro dos Iluminados. Apesar de seus antepassados não serem nativos da terra, aqui se instalaram e sua influência cresceu muito, criando muitos membros influentes dentro da ordem, mas nenhum tão eficaz quanto Tasso. Ele reúne todas as qualidades para ser um líder nos iluminados, da inteligência, passando pela sagacidade, até chegar a aura autoritária que emana quando quer. É o principal adversário de Erasmo Nascimento dentro da ordem e ele vêm competindo com ele desde a morte do pai de Erasmo. Tasso é o líder da facção conservadora de um grande partido político e possui aliados e muitos agentes infiltrados em quase todos as instituições públicas da cidade, o que permite a Tasso manipular a situação sempre a

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seu favor. Em termos de influência na sociedade mundana Tasso é mais poderoso que Erasmo Filho.

Diácono Norte de Fortaleza Iluminado do 15º grau CON 14, FR 12, DEX 14, AGI 12, INT 16, WILL 14, CAR 15, PER 14 Humano do 11º nível #Ataques[1], IP 2 (colete), PVs 23+22 Pistola 50/0 1d6+2 Perícias principais: Facas 40/30, Artes (Atuação 25%), Ciências (Direito 50%, Filosofia 40%, Psicologia 30%), Ciências Proibidas (Oculto 50%, Rituais 40%, Seres Sobrenaturais 50%, Teoria da Magia 40%), Etiqueta 50%, Idiomas (Inglês 40%), Manipulação (Empatia 50%, Impressionar 50%, Intimidação 35%, Liderança 70%), Negociação (Burocracia 50%).

Erasmo Nascimento Jr. Iluminado, 46 anos

Membro de uma das famílias mais ricas e influentes de Fortaleza, hoje em dia dá continuidade aos negócios do pai, um visionário que trouxe à Fortaleza tecnologia na área de comunicação e que faleceu há 7 anos. Os negócios da família compreendem uma rede de TV, uma emissora de rádio dois jornais locais, além de outras pequenas empresas filiadas em outras áreas, como educação, esporte e lazer. Como o pai, é um homem de sonhos e planos, tanto para si, como para o bem da cidade. Porém, com o império de sua família, lhe veio também um legado: há várias décadas sua família luta contra a cabala de Magos das Sombras que se instalou aqui, considerando-os satanistas, portanto maléficos à região. Seu grande rival é David Schilesingert, de quem tem grandes suspeitas sobre a morte de seu pai. Erasmo também tem se dedicado à outra missão: há muitos anos procura um diário escrito por seu pai. Ele acredita que o diário contém revelações que o pai lhe faria antes do acidente que lhe tiraria há vida na Serra da Aratanha. Em meio às preocupações Erasmo sempre viu o pai envolto em pesquisas sobre a história antiga da cidade. Durante o resgate do corpo do pai, Erasmo utilizou sua influência para que se o diário fosse encontrado, entregassem a ele. Quando o resgate terminou, alegaram que não haviam encontrado nada nos destroços do acidente.

Diácono Superior de Fortaleza Iluminado do 18º grau CON 15, FR 13, DEX 13, AGI 12, INT 15, WILL 15, CAR 14, PER 14 Humano do 11º nível Não entra em combate físico, PVs 24+22

Perícias principais: Artes (Atuação 30%), Ciências (Direito 60%, Filosofia 60%, História 40%, Psicologia 25%), Ciências Proibidas (Oculto 40%, Rituais 40%, Seres Sobrenaturais 40%, Teoria da Magia 50%), Etiqueta 50%, Idiomas (Grego 25%, Hebraico 20%, Latim 10%, Inglês 50%), Manipulação (Empatia 40%, Impressionar 30%, Intimidação 25%, Liderança 70%), Negociação (Burocracia 60%, Marketing 40%).

Michel T–vora Templário, 45 anos

Descende da tradicional família Távora sendo descendente do mesmo Júlio Távora que liderou o movimento tenentista no Ceará a muitos anos atrás. Foi educado com uma moral conservadora, crescendo numa família católica. Formou-se em direito na cidade do Recife, onde se envolveu com outra cearense, Regina Stanton. Separou-se dela quando soube que era uma wicca, por repudiar sua crença, que considerava bruxaria. Os dois se separaram, e cada um seguiu seu próprio caminho: Michel continuou em Recife, onde se tornou delegado da Polícia Federal e foi iniciado na Ordem de Aviz, tornando-se um templário de sólidas convicções conservadoras. Regina ficou grávida de Michel, mas não disse nada a ele e voltou para Fortaleza, onde abriu uma loja de produtos naturais. Em dois mil Michel retorna a Fortaleza e no ano seguinte foi nomeado subsecretário de segurança do Estado com a ajuda de Tasso Jereissati. Desde então vem treinando novos recrutas para a célula templária que lidera em Fortaleza. Michel continua sendo católico, o que na sua posição de templário o deixa numa ambigüidade entre a religião e a tarefa de caçar criaturas sobrenaturais, inclusive os anjos, que apesar de serem considerados como mensageiros de Deus, são considerados como ervas daninhas entre os humanos. Até agora ele vem adiando a decisão entre ser aliado ou inimigos destes seres, preferindo voltar sua atenção para os demônios que se instalaram na cidade, e já começou a reunir forças com Tasso Jereissati para começar uma caçada o mais rápido possível.

Vidael Anjo Nimbus, 385 anos

Este Nimbus veio de Recife para Fortaleza em 1797 com a missão de supervisionar o Ceará. Vidael aqui se fixou com os objetivos que são próprios de um Nimbus: o jogo celestial. Suas pretensões, no entanto, esbarraram em Arytyanne. Ela sabia que Vidael queria ter o domínio sobre os anjos mais do que a própria Principado da cidade. Então, durante os cinqüenta primeiros anos de sua estada o Nimbus confrontou Arytyanne, que barrava qualquer tentativa de manipulação sobre os anjos locais. Mas

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aos poucos Vidael construiu seu próprio nicho de poder, influenciando diversos membros da elite católica de Fortaleza durante o século XIX. Quando o Partido Católico foi fundado, Vidael permaneceu manipulando seus membros por detrás da cortina. Seu plano era usar a força da religião para atrair o povo para junto do Partido Católico, vencer as facções políticas que apoiavam os Iluminados a as outras sociedades secretas. Anos depois, durante a ditadura de Vargas, Vidael apoiou e influenciou Severino Sombra, o chefe da LCT, obtendo bons resultados na atração das massas para a sua causa. Mas com o declínio do integralismo e regimes afiliados a LCT acabou e os planos de Vidael fracassaram. Com essa derrota Vidael perdeu muito de sua influência, mas continuou com sua ambição de destruir as sociedades secretas de Fortaleza. Desde então vem usando seus poderes para controlar um ou outro político importante, mas atualmente seu objetivo é desmoralizar Arytyanne para que ele assuma seu lugar e governe os anjos de Fortaleza para a total glória de Demiurgo, custe o que custar...

Vidael é de estatura mediana, cabelos curtos, castanhos e ondulados, possui olhos verdes e pele branca. Este anjo não se julga inferior a ninguém. Quando fala com um superior fala sempre com um tom imperioso, para mostrar que está ali e deve ser ouvido. Quando fala com subalternos, é mais imperioso ainda, deixar transparecer o que ele acha que é: um líder nato, criado para representar o poder de Demiurgo entre os anjos.

Arytyanne Anjo Principado, 481 anos

Em 1649, a então jovem Principado Arytyanne recebeu do Conselho uma missão: administrar um povoado recém-formado no litoral brasileiro. Sua base seria uma igreja no interior de um forte, que antes pertencera a uma ordem satanista holandesa. Estas foram as únicas informações que lhe passaram. Por anos, viu o povoado crescer e se tornar uma cidade e nesse período ficou sabendo sobre toda a história de luta entre a Ordem das Sombras e os Atlantes na região. Após a retomada, os Atlantes ficaram utilizando o forte para suas reuniões. Em 1699, iniciou a construção de uma catedral, tendo em vista o crescimento da cidade, para onde se mudou. Até hoje, Arytyanne toma conta da “Terra da Luz” e tem feito bem seu trabalho... até os últimos anos, quando viu a violência tomar conta da cidade. Sempre foi cuidadosa com a pureza espiritual dos e humanos e dos anjos, como também de si mesma. Foi esse cuidado que ajudou a forjar uma Igreja Católica conservadora e politicamente atuante em todo o Ceará. Quando Vidael iniciou suas manipulações no final do século XIX a Principado ficou observando o Nimbus de perto, para saber quais eram suas

pretensões. Ela gostou quando viu a Igreja crescendo sua influência, mas quando Vidael perdeu o poder para as sociedades secretas já era tarde demais para evitar. Atualmente sua principal preocupação é encontrar e destruir Alexandra, tarefa para qual mobilizou um grupo de anjos liderados pelo Recipere Malitiel e supervisionados por ela própria.

Como todo Principado, tem o espírito livre e como característica marcante a sua obstinação: quando coloca uma idéia na cabeça, nem mil falanges de Captares podem retirar e também não gosta de ser questionada acerca de suas decisões. Adora sair pela cidade, aproveitando suas praias – com quem divide o pôr do Sol com os Corpore. Nos últimos anos, em contradição a seus ideais conservadores, Arytyanne tem freqüentado festas, em especial o Fortal, um carnaval fora de época. De grande imaginação e energia, é uma visionária e faz de tudo por sua cidade.

Kavurot Daemon de 200 anos

Kaveira, ou Kravurot, seu nome verdadeiro, é um poderoso Daemon residente em Fortaleza, dono da mais conhecida boate sado-masoquista da cidade. O demônio veio de Ark-a-nun para a Terra por volta da década de 80, surgindo ironicamente em Belém, no Pará. Sua vinda fora por causa de um poderoso ritual que este conseguira pôr as garras em seu Plano que lhe prometia imenso poder. Infelizmente, o ritual necessitava de muitos ingredientes exóticos, entre eles os sacrifícios rituais de virgens de localidades específicas em terrenos profanos, bem como de dois filhos adultos de demônios nascidos na Terra por uma filha de xamã. Kaveira começou rapidamente à arquitetar seus planos. Infiltrou-se em uma família de classe alta, da elite dominante do Pará, e forjou todo um passado, manipulando mentes mortais. Viveu alguns anos em Belém sob o nome mortal de André Luís Portela Dacier Lobato, época na qual fez duas crias meio-demônios chamados André e Igor. Buscou por algum tempo manipular politicamente forças no Pará, mas diversos empecilhos e inimigos fizeram-no desistir e retornar à seu objetivo primário.

Montou, então, o disfarce de uma boate sado-masoquista com humanos controlados e subjugados mentalmente, além de um ou outro incccubi e/ou succubi conjurados e controlados magicamente. Ele esperava que de tempos em tempos que surgisse alguém disposto à perder sua virgindade na boate com uma de suas prostitutas, então este alguém seria reconhecido, capturado e sacrificado na boate, que este conspurcara seu terreno e tornara-o um local profano. Tendo executado parte do ritual já em Belém, Kaveira rumou para Fortaleza, no Ceará, para executar a segunda parte de seu plano, montando aqui também uma filial de sua Boate Mystical. Antes

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disso, seduziu, corrompeu e trouxe consigo a filha de um feiticeiro indígena, Élida, cuja qual incluiu em seus shows como parte da trilha corrompida que desejava para a jovem. Ao chegar em Fortaleza, Kaveira viu, sentiu e regozijou-se com a corrupção e prostituição da cidade e estabeleceu-se. Logo se viu adversário de Alexandra, e esta subverteu-o e acredita tê-lo sob seu comando. Kaveira, no entanto, realiza freqüentemente planos próprios.

Em sua forma mortal aparenta ser um homem de 35 anos, caucasiano, geralmente trajando-se aberrantemente sombrio, cabelos negros e olhos negros. Na maioria do tempo sua forma possui cavanhaque e cortes de cabelo curtos. Porta-se de maneira sombria, olhar alucinado, e palavras sedutoramente malignas. Sua forma demoníaca é de um daemon de 2,34m, pele vermelha com algumas pústulas, longos chifres em sua testa, cabeça calva e um longo cabelo dreadlock castanho, bem como olhos com íris amarelas e um longo par de asas de morcego.

Alexandra Demônio Succubus, idade desconhecida

A Irmandade de Tenebras e a Ordem das Sombras são inimigas há muitas gerações. Alexandra e Sílvia também. Tão ferrenha quanto a disputa das ordens é a destas demônios, outrora aliadas e amantes, hoje inimigas mortais. A razão da disputa se perdeu no tempo para muitos, estando cravada apenas na mente das duas. Quando Sílvia se aliou à Irmandade de Tenebras de Pernambuco, foi a chance perfeita para David, da Ordem das Sombras de Fortaleza, fazer a proposta de uma aliança à Alexan-dra: seus poderes para auxiliar a Ordem, em troca da demônio. Alexandra não hesitou. Há 13 anos, vem auxiliando a Ordem das Sombras de Fortaleza, pesquisando todos os pontos fracos da estrutura da cidade. Entre seus feitos, ela conseguiu desviar os Atlantes de seu líder, criar o Fortal, entre outras coi-sas. O resultado: em menos de duas décadas, Fortaleza se tornou a cidade mais violenta do Nordeste. Alexandra comanda o tráfico de drogas, de armas e a prostituição infantil. Mantêm diversos aliados em Fortaleza e em outras capitais do Nordeste. Com suas defesas cada vez mais enfraquecidas, Fortaleza se tornou um alvo fácil para o contra-ataque da Ordem das Sombras, que planeja retomar o Forte e utilizá-lo contra a Irmandade de Tenebras. Sob vários aspectos, Alexandra tem Fortaleza sob controle, bastando mover as peças certas em seu tabuleiro. E a cada dia, ela está mais próxima do cheque-mate.

Alexandra aparenta ter por volta de 25 anos, possuindo um beleza estonteante, própria de qualquer súcubo. Tem um corpo esguio mas voluptuoso, cabelo escuro que gosta de variar em cor

e tamanho, olhos castanhos e veste-se de diversas maneiras, dependendo da ocasião. Alexandra prefere a companhia de mulheres com menos de 25 anos, sendo que os homens ela seduz apenas quando quer algo deles. Seu modo de agir varia de acordo com quem está falando: se for algum político importante o trata de forma sedutora, se for um humano comum trata como um escravo.

Malitiel Anjo Recipere, 101 anos

Durante sua vida humana, Malitiel fora um comerciante judeu na Argentina durante o século XIX. Era estudioso da cabala e ocultismo em geral e seus estudos o levaram a conhecer a Ordem de Salomão. Quase foi iniciado, mas ao saber que a ordem caçava anjos, aquilo o horrorizou e abandonou a ordem. Teria tudo para que depois de sua morte fosse transformado num anjo judeu, mas antes disso repentinamente converteu-se ao cristianismo, pois viu algo em Christos que o fez mudar sua fé. Entretanto, não adotou nenhuma religião cristã em especial e mesmo depois de converter-se continuou com seus estudos místicos, até que morreu de velhice e foi recrutado pela Cidade de Prata como um anjo da casta Recipere. Já como anjo, recebeu treinamento em magia e se especializou nos caminhos de Spiritum e Metamagia. Graças a seu carisma, Malitiel conseguiu vários contatos e até alguns amigos entre os anjos, entre eles o Corpore Jeremias, a Protetore Principado Arytyanne e até alguns membros dos Hephzibah.

Chegou em Fortaleza há menos de uma década, quando foi designado para auxiliar Arytyanne na proteção da parte espiritual da cidade. Dedica seu tempo ao mundo dos espíritos, onde organiza e lidera missões junto a anjos Corpore nas regiões Umbrais de Fortaleza para caçar espectros,

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obsessores e demônios. Em 2004 resolveu criar um grupo fixo de anjos para permanecer combatendo espíritos hostis na cidade, recebendo apoio irrestrito de Arytyanne nessa tarefa. Logo depois, a Principado chamou Malitiel para ajudá-la a integrar um grupo de anjos que iriam caçar Alexandra, no que ele prontamente aceitou. Além disso, Malitiel é um dos anjos que freqüenta as reuniões do Arcanorum na cidade como representante da Cidade de Prata, segundo o acordo firmado em 1965.

Malitiel possui cabelo loiro escuro e curto, olhos castanhos claros e rosto ligeiramente alongado e cerca de um metro e setenta e cinco. É carismático e está sempre em movimento, seja estudando ocultismo, lutando contra os inimigos do Céu, em busca de mistérios ou nas reuniões do Arcanorum com seu amigo Jeremias, exercendo a funções de diplomata entre os magos da cidade.

Malitiel CON 16, FR 15, DEX 16, AGI 22, INT 22, WILL 17, CAR 19, PER 16 Anjo Recípere de 101 anos #Ataques[1], IP 2, PVs 22+10 Espada Astral 65/65 dano 1d6+3 Perícias principais: Avaliação de Objetos (Antiguidades 20%), Ciências (Arqueologia 20%, Filosofia 40%, História 45%, Teologia 70%), Ciências Proibidas (Demônios 40%, Espíritos 65%, Oculto 50%, Rituais 70%, Teoria da Magia 70%, Viagem Astral 60%), Manipulação (Empatia 50%, Intimidação 35%, Liderança 50%). Pontos de Fé: 7. Poderes: Recípere (1– Absorção de Agilidade, 2–Absorção de Força de Vontade), Asas Astrais 1, Aumento de Atributos (Agilidade 1), Defesas 2, Defesas Especiais (Proteção vs. Trevas 1, 2– Proteção vs. Mal), Disfarces 1. Magia: 12 Pontos de Magia. Entender 2, Criar 2, Controlar 2, Spiritum 4, Metamagia 4, Luz 1

Nasiel Anjo Protetore Virtude, 237 anos

Em vida Nasiel fora um frade dominicano Inquisidor na França do século XVIII. Possuía convicções extremamente moralistas e conservadoras, principalmente quanto ao voto de celibato realizado pelos padres e monges católicos e acreditava que todos aqueles que descumprissem o voto deveriam ser mortos na fogueira. Quando morreu tornou-se um anjo, e quando soube da existência de uma Inquisição Celestial resolveu se alistar. Começou atuar no distrito de Vênus, mas algumas décadas depois foi enviado a Terra, fixando-se em Fortaleza, de onde passou a supervisionar os anjos do Nordeste do Brasil. Nasiel é um Doutrinador

e coordena um tribunal móvel da Inquisição Celestial que atua no Nordeste. Freqüentemente viaja entre as principais cidades do Nordeste investigando denúncias de heresia entre os anjos, mas sua base é Fortaleza. Quando está agindo Nasiel o faz de forma silenciosa e pesquisa todos os aspectos do problema e só quando tem certeza do crime é que toma as precauções necessárias, e não houve um só caso em que ele tenha errado, seja na Terra ou na época quando atuou em Vênus. É extremamente obcecado com a castidade de seus irmãos anjos, não deixando nenhuma infração deste tipo passar impune.

Rumores - Erasmo Nascimento estaria apaixonado por

uma linda jovem, conhecida apenas como Taciana. Esta jovem seria, na verdade, uma vampira Ekimmu, que não teria coragem de revelar sua natureza a Erasmo, estando apaixonada por ele também.

- Alexandra estaria numa aliança, mas não com David Schilesingert, e sim com... Sílvia! Elas estariam planejando tudo, para tomar o controle de Fortaleza e Recife, onde Silvia está. Alexandra estaria, portanto, enganando David e o mataria tão logo alcançasse seu objetivo.

- Arytyanne está pedindo junto ao Conselho da Cidade de Prata a ajuda de um grupo de Captares, para iniciar uma verdadeira caçada na cidade, em busca de Alexandra.

- Nasiel desconfia que Arytyanne esteja se desviando de sua missão e de seus ideais. Ele planeja iniciar uma investigação sobre a Principado o mais rápido possível.

- Membros da Irmandade de Tenebras vindos de Recife estão na cidade, aparentemente à procura de algo no mar. David Schilesingert já começou a agir enviando espiões elementais de sombras para investigar os magos de Tenebras a atacá-los tão logo quanto possível.

- Um vampiro Strigoi de nome Marcos quer tomar o poder de Waldemyr Andrade. Ele suspeita que Waldemyr possa ter conspirado contra Diogo Oliveira, entregando a sua localização aos templários, que o destruíram durante a Sedição de Juazeiro. Com isso, ele espera que os mais antigos condenem Waldemyr à destruição e como Marcos é o segundo mais velho da cidade, ser nomeado senhor de Fortaleza.