fortaleza - ceará, domingo, 20 de junho de 2021

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O WHATSAPP impôs uma nova forma de comunicação entre as pessoas e este formato demanda uma atualização dos códigos entre os interlocutores virtuais. Símbolos que remetem à ansiedade, à emergência, ao constante estado de alerta às mensagens inspiraram a designer Letícia Bernardo (O POVO) na construção da capa deste domingo. O convite é a uma etiqueta para o aplicativo que dominou a comunicação no Brasil. Páginas 2 e 3 Fortaleza - Ceará, DOmingO, 20 de junho de 2021 edIÇÃo: cLóViS HOLAnDA [email protected] comunicar

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Page 1: Fortaleza - Ceará, DOmingO, 20 de junho de 2021

O WHATSAPP impôs uma nova forma de comunicação entre as pessoas e este formato demanda uma atualização dos códigos entre os interlocutores virtuais. Símbolos que remetem à ansiedade, à emergência, ao constante estado de alerta às mensagens inspiraram a designer Letícia Bernardo (O POVO) na construção da capa deste domingo. O convite é a uma etiqueta para o aplicativo que dominou a comunicação no Brasil. Páginas 2 e 3

Fortaleza - Ceará, DOmingO, 20 de junho de 2021

edIÇÃo: cLóViS HOLAnDA

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Num ritmo cada vez mais acelerado, a conectividade rede-

fine o cotidiano, as relações afetivas e o trabalho. O aplicativo gratuito de mensagens Whatsapp — “app” mais popular do Brasil — pode ser símbolo disso. A ferramenta possibilita o envio e o recebimento de tex-

tos, áudios, fotos, vídeos, figurinhas animadas, documentos, localização, chamadas de voz e vídeo, além da criação de grupos diversos. A mais re-

cente atualização inclui, ainda, pagamentos entre usuários e aceleração da velocidade de áudios. Após o fechamento desta reportagem, talvez, um novo serviço já tenha sido implementado. Em meio a tantas funções, costumes são desenvolvidos nesse espaço virtual, especialmente num momento em que os encontros físicos não devem acontecer (devido à pandemia da Covid-19). Aliás, há como dissociar o que é “real” e “vir-

tual” no agora? Especialistas discutem as possibilidades comunicativas do aplicativo e indicam como utilizá-lo de forma saudável. Pronto para compartilhar nos grupos?

A ETIQUETA DO

WHATSAPP

Confira as reComendações para utilizar o apliCativo de mensagens mais popular do Brasil, segundo espeCialistas

luiza ester

[email protected]

Panorama

Disponível em

Ainda na década de 1960, o filósofo canadense marshall mcLuhan disse que o mundo seria uma “aldeia global”. meio século depois, os programadores norte-americanos Brian Acton e jan Koum criaram o Whatsapp. O aplicativo tem a premissa de possibilitar a comunicação sem barreiras, em qualquer canto do planeta, por meio da internet. Desde 2014, o Whatsapp pertence ao Facebook, empresa do programador mark Zuckerberg.

AndroidiPhoneMac ou Windows

Para evitarReligião, política e futebol são alguns dos temas para evitar em grupos que não são para discutir esse tipo de assunto.

dos celulares smartphones do País têm o Whatsapp instalado, segundo pesquisa de 2021 da Opinion Box, realizada com 1.992 pessoas.

98%

no ranking de aplicativos mais utilizados no Brasil, de acordo com estudo de 2018 do site mobile Time em parceria com a Opinion Box.

bihões de pessoas utilizam o Whatsapp, em mais de 180 países

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Se está on-line, está disponível?

“Não é bem assim”, opina Alison Marques, jornalista e professor de marketing Digital. Segundo o especialista em gestão de mídias Sociais, existe essa “falsa crença” nas relações cotidianas, mas é necessário romper com essa sensação. no trabalho, principalmente, isso acaba gerando “mais estresse e ansiedade”, diz.

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Postura e formas de se comunicar

A escrita

Imediatismos

Alerta “textão”!

“Educação e bom senso são a base de tudo”, avalia misia Rocha. nos grupos e nas conversas privadas, deve-se ter atenção à postura durante as conversas e às formas de comunicar. no trabalho, seja com chefe ou com os demais colegas, no grupo ou no espaço virtual privado, é preciso ter uma certa “distância política e muito cuidado para não confundir as mensagens”, diz.

Para Claudia matarazzo, não é interessante checar as mensagens do “app” o tempo inteiro enquanto se está em conversas “olho no olho”. Seja no âmbito profissional ou pessoal. A especialista em etiqueta alerta que isso demonstra desrespeito e desinteresse.

misia Rocha lembra o bom uso do português nas relações de trabalho. De acordo com a consultora, os usuários devem evitar abreviações em alguns momentos. Além disso, ele deve atentar-se para o uso das vírgulas. “uma vírgula faz toda diferença, pode mudar todo sentido da frase”, conta. Caixa alta e baixa também fazem a diferença. “Quando você usa caixa alta, parece que está gritando”.

Segundo misia Rocha, consultora e sócia da gomes de matos, as mensagens não precisam necessariamente ser respondidas de imediato. A dica é escolher as conversas certas para responder de prontidão. Para Claudia matarazzo, consultora de comportamento e moda, deve-se mencionar quando algo é urgente. Cobrar respostas não é uma boa postura. De acordo com a especialista em

etiqueta, existe quem demora muito para responder e quem responde absolutamente tudo.Caso o usuário demore mais do que o imaginado, talvez seja o caso ligar diretamente. muitas vezes, isso depende de como cada pessoa se comunica. já para os “que vivem colados” ao dispositivo e começam a estender o assunto, é preciso deixar evidente a disponibilidade e ser mais objetivo.

Textos muito longos não são uma boa ideia, segundo misia. De acordo com a consultora, se há uma história longa para contar, o usuário deve “picotar” para facilitar a leitura. Se for o caso, uma dica é abrir um documento, escrever e, em seguida, ir enviando em blocos o que pretende dizer.

PARA ACOMPANHAR

CLAUDIA MATARAZZO

Mais info: www.claudiamatarazzoensina.com.br

ALISON MARQUES

Mais info: www.linktr.ee/alisonvmarques

MISIA ROCHA

Mais info: www.gomesdematos.com.br

Atenção aos conteúdos falsos

E os áudios, hein?Quando se fala em Whatsapp, um dos temas mais controversos são os áudios. Com o recurso de aceleração habilitado recentemente, a velocidade progressiva da vida tem sido discutida. Para Alison Marques, isso reflete o próprio cotidiano. “As pessoas não se escutam mais já há bastante tempo. Atender uma ligação parece coisa de décadas atrás. É comum a gente ouvir outras pessoas comentarem que não suportam falar no celular. áudio? Só se não passar de um minuto. E, para muitos, um minuto é muito tempo”, analisa.Tanto Claudia matarazzo quanto misia Rocha advertem sobre os áudios longos ou com muitos ruídos ao fundo. Segundo Claudia, as mensagens de voz precisam ser breves e destinadas para um momento que seja mais descomplicado falar do que escrever. Além disso, alerta sobre como o recurso da voz requer intimidade, privacidade e tempo. O assunto é longo? Ligue! Quando possível, o texto é preferível.no âmbito do trabalho, a relação com o áudio fica ainda mais complicada. Para misia, depende muito de como cada grupo ou pessoa funciona. muitas vezes, a percepção sobre a “emergência” é diferente. A dica é usar o áudio para assuntos mais delicados, para que o ouvinte saiba qual a entonação da voz. muitas vezes, o texto pode passar um tom diferente, mais ríspido do que o desejado.

De acordo com levantamento de 2019 da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, 79% dos brasileiros se informam pelo WhatsApp.Quem lembra é Alison marques. Para o professor, esse dado é “alarmante”. “Quando conversamos com algum familiar ou amigo, percebemos como isso está enraizado e como as pessoas têm facilidade de acreditar em tudo que recebem. Além do volume alto de fake news (termo em inglês para notícias falsas), acontecem vários casos de golpes e precisamos nos policiar, nos educar”. Alison acrescenta: “Precisamos ter atenção com o conteúdo que estamos consumindo e compartilhando,

como links estranhos de sites não confiáveis, mensagens de golpistas pedindo dados e códigos enviados”.O aplicativo tem restringido os compartilhamentos e informado quando uma mensagem foi “encaminhada com frequência” — o que pode alertar sobre as informações, links e imagens repassadas rapidamente e para muitas pessoas de uma vez. Segundo o professor, uma política de checagem de fatos se faz necessária, “talvez por meio de inteligência artificial”. Enquanto não é possível, mesmo com a pressa, o usuário deve verificar a procedência do conteúdo em jornais e agências de notícias especializadas.

O POVO MAIS

mAiS.OPOvO.COm.bR

Descubra mais dicas, indicação de livro e os tipos de personalidades no Whatsapp

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Por MARCOS SAMPAIO

EDITOR DO VIDA&ARTE E CRÍTICO DE MÚSICA

blogs.opovo.com.br/discografia

TER MOTIVOS PRA CANTAR

SÃO ANTIGAS AS BRIGAS envolvendo artistas do rock nacional dos anos 1980. Para citar as mais recentes, teve Paula Toller processando Leoni por ter cedi-do uma parceria para uma campanha do Partido dos Trabalhadores; Paulo Ricardo impedido de cantar as músicas do RPM; e a briga de Giulliano Manfredini, filho adotivo de Renato Russo, contra Dado Vil-la-Lobos e Marcelo Bonfá pelas cifras da Legião Urbana. Se for atrás, o cardápio oferece ainda tretas entre Capital Inicial e seu ex-guitarrista Loro Jones; Roger Mo-reira (Ultraje a Rigor) e a artista plástica Adriana Varejão; Lobão e todo mundo.

Caminhando ao largo, um certo trio ca-rioca segue fiel aos próprios princípios. Os Paralamas do Sucesso são um caso raríssi-mo no meio musical: perto dos 40 anos, eles mantém a mesma formação de quando es-trearam. E não me refiro só a Herbert Vian-na, Bi Ribeiro e João Barone. Quem chega perto desses caras parece encontrar bons motivos para não se afastar. Por exemplo, o tecladista João Fera foi convidado para to-car com a banda em 1987 e permanece até hoje. Maurício Valladares fez as fotos do dis-co de estreia – “Cinema Mudo” (1983) – e do mais recente – “Sinais do Sim” (2017). Tem ainda os músicos Monteiro Junior, Bidu Cor-deiro, Eduardo Lyra, e um tal de Zé.

“Esse disco não seria possível sem o amor do Zé”, está nos agradecimentos do disco “Bora Bora” (1988). Zé é o empresário José Fortes, que aprendeu este ofício tra-balhando com a banda desde o início. Essa relação de amizade é retratada no filme “Os Quatro Paralamas”, disponível na Net-flix. A direção é de Pachoal Samora e Ro-berto Berliner, que também acompanha a banda desde o início. A proposta é simples: Zé, Herbert, Bi e João reunidos numa sala, conversando e relembrando histórias. Co-

lorindo tudo, imagens preciosas de grava-ções, turnês e momentos de lazer.

E claro que não falta no filme o discurso de Herbert Vianna no primeiro Rock in Rio, criticando quem jogou pedras em Eduardo Dusek por achar que ele não rock o sufi-ciente. “Em vez de vir jogar pedra, fica em casa aprendendo a tocar guitarra. Quem sabe no próximo você está aqui no palco”, mandou o guitarrista, à época um estrean-te em eventos daquele porte. O acidente sofrido por Herbert, a morte de sua esposa Lucy, a recuperação e o retorno da banda é retratado como mais um evento no meio dessa história. Sem sentimentalismos, mas com algumas lágrimas.

Do power trio de baixo, bateria e gui-tarra à big band, o filme vai captando as transformações sonoras que fizeram deles um dos grupos mais influentes da Améri-ca Latina. De um início mais radiofônico, passando por uma aproximação com sons da Jamaica e da África, até uma linguagem pop universal e tropical ao mesmo tempo, eles trazem na discografia, pelo menos um clássico (“Selvagem?”, de 1986) e duas ex-periências intrigantes (“Os Grãos”, de 1991, e “Severino”, de 1994) que, se não foram su-cessos de vendas, certamente abriram ca-minhos sonoros e poéticos.

Pra nossa sorte, os Paralamas do Su-cesso não são unanimidade. Há quem goste e quem não veja nada demais. Só não dá mais pra dizer que eles são uma cópia do The Police. Essa época já pas-sou, a banda assume isso sem proble-mas e até já exorcizou esse fantasma quando tocou “Don’t Stand so Close to Me” e “Every Breath you Take” na turnê de 30 anos. De lá pra cá, muita água ro-lou, muitas influências chegaram e muita coisa mudou. Só não mudaram as razões pelas quais eles fazem música.

Num período em que o rock nacional precisa de uma terapia de grupo, os

Paralamas do Sucesso celebram o longo caminho que os trouxe até aqui. E o

segredo para essa união feliz foi focar nos seus dois

principais patrimônios: a música e a amizade

A LISTA DE PEDRO FOSTER

João Pedro Foster, colecionador de discos, considera “ O Passo do Lui”, segundo disco da carreira dos Paralamas do Sucesso (1984), o melhor disco de rock nacional dos anos 1980. A pedido da Coluna, ele que é vendedor na 78 Rotações (@78rotacoesdiscoseaudio), loja de LPs no Cantinho do Frango, seleciona - com muito esforço - os cinco melhores discos daquela geração. Vamos a eles.

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João Barone, Herbert Vianna e Bi Ribeiro, os Paralamas do Sucesso

O PASSO DO LUI (1984)

Imagine ser uma banda com três anos de vida, emplacar pelo menos seis hits no mesmo álbum, fazer um show lendário naquele que se tornaria o maior festival de música da América Latina e não ficar com fama de “banda de um disco só”.

FAUSTO FAWCETT E OS ROBÔS EFÊMEROS (1987)

Futurista, irreverente, malicioso e fantástico; o debute de Fausto Fawcett apresenta uma zona sul carioca misturada com uma fantasia cyberpunk à la Blade Runner. Todas as faixas do disco apresentam histórias diferentes sobre o ambiente imaginado por

Fawcett. “O Rap d’Anne Stark” e “A Chinesa Videomaker” são exemplos da genialidade do compositor.

AS QUATRO ESTAÇÕES (1989)

O pico criativo do Legião na década de 1980 está nesse disco. Músicas como “Há Tempos”, “Feedback Song for a Dying Friend” e “Se fiquei esperando meu amor passar” mostram o claro amadurecimento da banda em relação aos discos anteriores e já criam o caminho que seria seguido no fantástico álbum “V”.

VIOLETA DE OUTONO (1987)

Partindo pro meio alternativo, o disco

de estreia do Violeta de Outono foca no rock psicodélico das décadas de 1960 e 1970, misturado com o post-punk oitentista, diferenciando-se das bandas da época e ganhando o status de cult. Essa fusão pode ser percebida logo na primeira faixa, “Outono”.

CARNAVAL (1988)

O disco definitivo do Barão Vermelho sem Cazuza, aqui, Frejat está no auge como vocalista e compositor, o hard rock é o motor principal no álbum, apresentando uma trinca estrondosa logo de início, com a pesada “Lente”, o hit “Pense e Dance” e a divertida “Não Me Acabo” (dos titãs Arnaldo Antunes e Paulo Miklos).

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CLÓVISHOLANDA

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CHARME FUNCIONAL:

O DESIGN DE CAMILA FIUZA

PRIMEIRO LOCKDOWN em Fortaleza, pausa nas demandas dos clientes, escritório fechado. Com 20 anos de ofício, a arquiteta Camila Fiuza se viu “parada” e refl etindo sobre as novas demandas dos lares, sua expertise.

Brincando de pintar com o fi lho, rabiscou um móvel para resolver seu problema: guardar os calçados no hall de entrada de casa, de forma prática, mas sem quebrar a beleza e a harmonia do ambiente. Foi daí que surgiu o “Mobi”, quase todo em madeira de lei, portas com acabamento charmoso da palhinha e a exclusividade do design autoral. 

A peça, inicialmente piloto de um projeto ainda em elaboração na cabeça da expert, ganhou o gosto de colegas da área, que começaram a encomendar para seus clientes. Daí que Camila foi planejando como aumentar sua produção ao mesmo tempo em que mergulhava, naturalmente, nas memórias e bagagem cultural acumulada no campo da arte, design e arquitetura.

Nos devaneios entre as propostas de criação de novas peças, uma presença muito forte sempre na mente: a avó Ignez Fiuza (em memória), galerista de referência no Ceará, que por décadas movimentou a cena das artes na Capital. Na prancheta, depois do “Mobi”, surgiu um buffet, um banco e, por último, um mancebo. Tudo assinado e numerado. 

Próximos passos: chegar ao mercado do Sudeste, onde designers cearenses têm trabalhos reconhecidos e bastante procurados na seara da ambientação. Dos apreciadores locais da beleza de um mobiliário exclusivo, funcional e de qualidade, ela já recebeu o reconhecimento para ampliar sua trajetória no novo ramo. Sucesso!

BRINDE

Noite do Dia dos Namorados, Maryana e Idézio Rolim reuniram os pais dela e a mãe dele para jantar em seu endereço, com menu assinado pelo chef Élcio Nagano. Casal aproveitou a ocasião para renovar os votos da união de seis anos.

EXPOSIÇÃO

Presidente da Fundação Edson Queiroz, Lenise Rocha celebra o Jubileu de Ouro da instituição com a exposição “50 Duetos”, reunindo mais de cem obras do acervo próprio com curadoria de Denise Mattar. Mostra abriu as portas ao público presencial no dia 15, após o último decreto. Também em cartaz, na Unifor, “Águas de Março”, com 50 obras do artista cearense Sérgio Helle e com curadoria de Izabel Gurgel. O Espaço Cultural Unifor funciona de terça a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados e domingos, das 10h às 18h. Informações: (85) 3477.3319. Vale a visita!

Móvel “Mobi”, o primeiro criado por Camila Fiuza, de onde ela desenvolveu outras peças

Móvel “Mobi”, o primeiro criado por Camila Fiuza, de onde ela desenvolveu outras peças

Arquiteta sentada no banco que criou em madeira e acabamento com palha trançada

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Arquiteta sentada no banco que criou em madeira e acabamento com palha trançada

Camila Fiuza Arquitetura

Email: camilafi [email protected]: @camilafi uzaa

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QUADRÃOPOR DANIEL BRANDÃO

HORÓSCOPO PERSONAREwww.personare.com.br [email protected]

PEIXES20 DE FEVEREIRO A 20 DE MARÇO

AQUÁRIO21 DE JANEIRO A 19 DE FEVEREIRO

CAPRICÓRNIO22 DE DEZEMBRO A 20 DE JANEIRO

SAGITÁRIO22 DE NOVEMBRO A 21 DE DEZEMBRO

ESCORPIÃO23 DE OUTUBRO A 21 DE NOVEMBRO

LIBRA23 DE SETEMBRO A 22 DE OUTUBRO

VIRGEM23 DE AGOSTO A 22 DE SETEMBRO

LEÃO23 DE JULHO A 22 DE AGOSTO

CÂNCER21 DE JUNHO A 22 DE JULHO

GÊMEOS21 DE MAIO A 20 DE JUNHO

TOURO21 DE ABRIL A 20 DE MAIO

ÁRIES21 DE MARÇO A 20 DE ABRIL

Busque evitar tomar decisões antes de avaliar os riscos, como alerta a tensão lunar com Marte, Saturno e Urano. O pensamento tende a se expandir e contribuir com o entendimento dos desafi os, ajudando-lhe a identifi car melhores possibilidades, considerando o trígono Lua-Júpiter no circuito de crise.

Procure evitar que suas ações invadam o espaço alheio, pois a tensão lunar com Marte, Saturno e Urano sugere atritos. As atenções tendem a se voltar para a vida familiar. Com isso, você busca elevar a qualidade do dia a dia, dada a harmonia Lua-Júpiter no circuito da vida privada.

Procure se recolher, pois a harmonia Lua-Júpiter sugere fortalecimento na vivência íntima. A Lua tensionada a Marte, Saturno e Urano alerta para a necessidade de conter seus instintos na extroversão das ideias, evitando se manifestar sobre o que está lhe incomodando.

Este não é o momento de se expor demasiadamente, pois a tensão lunar com Marte, Saturno e Urano indica imprudências e prejuízos. O pensamento tende a se expandir e lhe faz dar valor à situações que deem frescor às ideias, dada a harmonia Lua-Júpiter no segmento amizades-comunicação.

A tensão lunar com Marte, Saturno e Urano pede cautela sobre vínculos abusivos que minam suas energias. Tente manter a seletividade. Lua e Júpiter se harmonizam no eixo relacionamentos-amizades, fazendo com que você fi que mais acessível às pessoas queridas, mesmo que seja apenas de forma virtual.

Como alerta a tensão lunar com Marte, Saturno e Urano, atenção para que o excesso de confi ança não seja visto como arrogância. Tente moderar o tom em situações de confl ito. Lua e Júpiter se harmonizam no eixo comunicação-relacionamentos, trazendo-lhe expansividade no trato interpessoal.

Tente observar certos limites para não que não acabe afetando suas fi nanças ou sua saúde, como alerta a tensão lunar com Marte, Saturno e Urano. Uma postura jovial tende a afl orar com o trígono Lua-Júpiter, o que lhe faz buscar atividades prazerosas e a socializar nas redes virtuais.

Busque se divertir de modo responsável, defi nindo seu raio de ação para evitar riscos, pois a tensão lunar com Marte, Saturno e Urano aponta imprudências. A tendência é que você procure novos estímulos, lançando-se ao usufruto dos prazeres, conforme sugere a harmonia Lua-Júpiter.

Tente não deixar que o entusiasmo prejudique o senso crítico, dada a tensão lunar com Marte, Saturno e Urano. Lua e Júpiter se aspectam de modo harmonioso entre o setor espiritual e seu signo, deixando-lhe com a mente aberta e disposta a viver experiências que ampliem seus interesses.

Cuidado nos gastos fi nanceiros, pois a empolgação pode afetar o senso crítico e levar a excessos, como alerta a tensão lunar com Marte, Saturno e Urano. O olhar próspero lhe faz investir na vida cotidiana, otimizando recursos e dando originalidade a suas ações, dada a harmonia Lua-Júpiter.

Como alerta a tensão lunar com Marte, Saturno e Urano, procure não ter pressa em ver resultados, pois a impaciência pode afetar os seus planos. Seu senso de oportunidade pode se expandir com o trígono Lua-Júpiter, favorecendo a gestão dos recursos e processos relacionados ao trabalho e ao dia a dia.

É necessário organizar os afazeres para não se desgastar, pois a tensão lunar com Marte, Saturno e Urano aponta estresse. Por isso, procure descansar pois é fundamental. Você pode sentir mais disposição para o trabalho, considerando Lua e Júpiter harmonizados.

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A santa humanidade de Jesus foi o divino objeto da sua constante contemplação e nela reviveu os vários mistérios no exercício da virtude, no holocausto ininterrupto dela mesma, no

sofrimento interno e externo, todo aceito e ofertado com Jesus, para Jesus e em Jesus. Margarida Ebner morreu em 20 de junho de 1351, no Mosteiro de Medingen, onde foi sepultada.

O ANJO

Ajuda a descobrir os enigmas das religiões e auxilia a conversão dos povos ao cristianismo. Domina religião, moral, teologia e ajuda a

encontrar a vocação certa. Quem tem a proteção deste anjo, desenvolve desde cedo uma personalidade muito forte, é um autêntico combatente.

Santa Margarida Ebner

Pahaliah

SudOkuCruzAdiNhA

BRINCAR

O que é e como jogar1. O jogo é constituído de 81 quadrados numa grade de 9 x 9 quadrados, subdivivida em nove grades menores de 3 x 3 quadrados.2. Cada fileira (vertical e horizontal) deverá conter números de 1 a 9. 3. Cada grade menor, de 3 x 3 quadrados, deverá conter números de 1 a 9.4. nas fileiras horizontais e verticais da grade maior, cada número deverá aparecer uma só vez.

O SANTO

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CRÔNICASPor IZABEL GURGEL

JORNALISTA

Coluna publicada quinzenalmente. Na próxima semana, Tércia Montenegro

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EM NOSSAS MÃOS, ACENDER O FOGO

ANDRÉ LUIS AIRES PINTO identificou 41 frutas no territó-rio Tremembé da Barra-do-Mundaú, sem contar as de quintal, como acerola e mamão. “Na nossa terra tem murici e batipu-tá: o conhecimento etnobotânico dos Tremembé sobre as frutas nativas” é sua dissertação de Mestrado em Sociobidiversidade e Tecnologias Sustentáveis na UniLab. Com usos na alimentação das gentes e dos bichos, na confecção de artefatos, nas práti-cas de cura e rituais, a lista completa inclui ameixa, angélica, araticum, azeitona, batiputá, caju, canapum, canela de veado, cardeiro, carnaúba, chichá, croatá, geniparana, goiaba, goiti, guabiraba, guajiru, gulari, grão de galo, jaraca-tiá, jatobá, jatobá negro, jenipapo, juazeiro, mara-cá chumbim, maracujazinho, melancia-da-praia, monguba, murici, murici pitanga, mutamba, oi-ticica, panã, pitomba, puçá, seriguela, trapiá, tatajuba, ubaia amarela, ubaia de porco. Olha como não sabemos.

Na dissertação, ele se refere a cinco sítios arqueológicos identifi cados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Ar-tístico Nacional – Iphan no território in-dígena em Itapipoca como de alto valor simbólico para os Tremembé. Reconheci-dos como “morada dos antigos”, também representadas em olhos d´água e cas-cudos, dizem da “(...) associação entre cosmologia e território”: a liderança Adriana Tremembé sabe da presença dos encantados nos olhos d´água e no mangue, e da importância da defesa do território para mantê-los vivos. André Cita Jeová Meireles, professor da UFC, sobre as cinco unidades de paisagem na região: tabuleiro litorâneo, man-guezal, lagoas, campo de dunas e faixa de praia.

Antes da pandemia em curso, estive lá a trabalho. Com o Festival Alberto Nepomuceno, na escola Brolhos da Terra, uma primeira mostra do que fazem as mu-lheres Tremembé. E de como fazem. Depois, através da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco. Do primeiro sono, acordei com um som seco não identifi cado. Na cozinha, vi que era facão partindo côco. Nem seis horas, Adriana fazia café no fogão a lenha e, côco ralado, temperava a goma feita na farinhada em mutirão, meses antes. Tapiocas ta-manho fome zero, feitas para divisão. A cozinha estava, ela própria, sendo feita em mutirão. Uma encruzilhada, dia todo a passar gente, fogo aceso, panela grande. O acampamento-base, espaço de festa e celebração, onde dormem visitantes, é marco da luta Tremembé no dia-a-dia em defesa da terra comum. Logo seria inau-gurada, nas áreas, a Casa de Cura.

Tomara você tenha lido até aqui meu desejo necessidade precisão de afirmar a vida, força movente da Terra, nossa casa comum. Desesperar jamais, diz a canção. Escrevo quarta, três dias antes de ontem, 19 de junho, dia de ir à rua torcendo pelo modo facão abrindo côco, modo acordar e acender o fogo em nome da vida em comum. Pra não morrer do vírus genocida, que gera matança de verdade por meio de um mundo de mentiras.

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