formação pregação

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A atuação do ministerio de pregação na reunião de oração A pregação na reunião de oração. Escrito por: Ministério de pregação RCC Castanhal - Pa Introdução A preparação da reunião de oração é um dos itens de grande importância. É necessário dedicar esforço e carinho na preparação da reunião, dando liberdade para que o Espírito Santo possa mudar tudo, adequando à vontade do Pai. O coordenador, com seu núcleo (vice-coordenador, secretário, tesoureiro) e também as pessoas que irão exercer alguma função direta na reunião de oração põem-se à escuta de Deus, pedem que Ele fale, meditam nas moções, inspirações e profecias trazidas no momento dessa oração e na oração que a equipe de intercessão já deverá ter feito e passam a programar a reunião de oração. Percebe-se o “rhema” (a direção) que Deus traz, a partir dele escolhe-se o tema e passam a preparar a oração: Dinâmicas, objetivos, passos que poderão ser dados na oração. Tudo isso é feito após a oração e após a avaliação da reunião anterior.É claro que o Espírito pode alterar tudo na “hora”, e somente o coordenador da oração terá autoridade para modificar alguma coisa na oração mas, aquilo que estiver ao alcance para tornar tudo agradável e perfeito, para que as finalidades sejam obtidas, deve ser feito. Na preparação é preciso dar uma atenção especial ao tema e à pregação. Cada grupo de oração tem uma realidade e os temas devem visar essa realidade mas, lembremos que as reuniões de oração são querigmáticas e não podemos fugir disso. O conteúdo da pregação A pregação do querigma é o primeiro anúncio da Boa Nova, onde o não cristão ainda está preso ao mundo e suas armadilhas. Esta pregação tem o poder para abalar o inferno e saquear as almas perdidas. A pregação querigmática necessita ser atual, falar do hoje, do Deus que faz a não que fez. Direta à pessoa e não à massa, essa pregação é para você. Os -

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Material para capacitação de pregadores.

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A atuao do ministerio de pregao na reunio de orao

A pregao na reunio de orao.Escrito por: Ministrio de pregao RCC Castanhal - PaIntroduoA preparao da reunio de orao um dos itens de grande importncia. necessrio dedicar esforo e carinho na preparao da reunio, dando liberdade para que o Esprito Santo possa mudar tudo, adequando vontade do Pai.O coordenador, com seu ncleo (vice-coordenador, secretrio, tesoureiro) e tambm as pessoas que iro exercer alguma funo direta na reunio de orao pem-se escuta de Deus, pedem que Ele fale, meditam nas moes, inspiraes e profecias trazidas no momento dessa orao e na orao que a equipe de intercesso j dever ter feito e passam a programar a reunio de orao.Percebe-se o rhema (a direo) que Deus traz, a partir dele escolhe-se o tema e passam a preparar a orao: Dinmicas, objetivos, passos que podero ser dados na orao. Tudo isso feito aps a orao e aps a avaliao da reunio anterior. claro que o Esprito pode alterar tudo na hora, e somente o coordenador da orao ter autoridade para modificar alguma coisa na orao mas, aquilo que estiver ao alcance para tornar tudo agradvel e perfeito, para que as finalidades sejam obtidas, deve ser feito.Na preparao preciso dar uma ateno especial ao tema e pregao.Cada grupo de orao tem uma realidade e os temas devem visar essa realidade mas, lembremos que as reunies de orao so querigmticas e no podemos fugir disso.O contedo da pregaoA pregao do querigma o primeiro anncio da Boa Nova, onde o no cristo ainda est preso ao mundo e suas armadilhas. Esta pregao tem o poder para abalar o inferno e saquear as almas perdidas.A pregao querigmtica necessita ser atual, falar do hoje, do Deus que faz a no que fez. Direta pessoa e no massa, essa pregao para voc. Os -temas precisam ser cuidadosamente em ordem, para maior eficcia.Hoje h uma grande preocupao em transmitir uma doutrina santa e ortodoxa, quando a preocupao de Jesus era nascer de novo.Qual o contedo que deve ter a pregao no grupo de orao?Querigma significa proclamar, gritar e tem como finalidade o anncio da f, o primeiro anncio do evangelho.I) Pregao Querigmtica:A) Pregao querigmtica:Fazer um resumo da histria da salvao: Deus criou por amor, pecamos por orgulho, Jesus nos salva pela sua morte, somos hoje chamados a crer e se converter pelo poder do Esprito Santo que no leva igreja para viver servindo a Deus e aos irmos.

B) Querigma apostlico:A pregao de Pedro em Pentecostes, mostra como o querigma apostlico , precisamente uma profisso de f, vivida no Esprito de santidade e comunho.C) A dinmica do querigma: a situao existencial daquele que anuncia Jesus Cristo e daquele que o acolhe, no dom da f. De um lado, temos o que anuncia que testemunha de Jesus e de outro lado, esta o destinatrio da boa nova da salvao. Por sua vez aquele que recebeu a palavra e teve sua experincia agora passa a ser um arauto de Cristo.

D) Elemento do querigma:O querigma introduz os ouvintes da Palavra de Deus no caminho progressivo da salvao em Cristo. E isto importante, pois no se trata de comunicar uma doutrina, mas testemunhar uma experincia vivida. A Palavra de Deus viva.

E) A novidade do querigma:Consiste, precisamente nisto: ns devemos continuar a misso que o Pai confiou ao Filho.II) Temas do querigma:1) Amor de Deus:A) Objetivo: Deus ama voc: Deus um Pai Amoroso que lhe ama pessoal e incondicionalmente, e quer o melhor para voc. No lhe ama porque voc bom, mas porque Ele bom.B) Motivao: No pede a voc que o ame, mas que deixe Ele te amar.C) Fundamentao Bblica: Jr 31,3; 1 Jo 4,8; Is 54,10; Is 43,1-52) Pecado:A) Objetivo: Voc no pode se salvar: O pecado que consiste em no confiar nem depender de Deus, impede de experimentar o Amor Divino. Voc pecador necessitado de salvao, porque no capaz de vencer a Satans, nem libertar do poder do pecado.B) Motivao: Reconhece teu pecado diante d'Ele.C) Fundamentao Bblica: Rm 3,23; Jo 8,24; Rm 6,233) Jesus SalvaoA) Objetivo: Jesus nica soluo: j lhe salvou: Existe uma Boa Notcia: Jesus j salvou voc e perdoou-lhe, pagando o saldo pendente, ao preo de sangue. Com sua morte e ressurreio deu a voc a vida.B) Motivao: Jesus no me salva. J me salvouC) Fundamentao Bblica: Jo 3,16-17; Jo 10, 10; Rm 4,24-254) F e conversoA) Objetivo: Aceita o dom da salvao: Jesus j ganhou a vida nova para voc. Recebe-a crendo e convertendo-se. Crer na salvao que Jesus renunciar qualquer outro meio de salvao e converter trocar a sua vida pela vida de Jesus.B) Motivao: Abre as portas de teu corao a Jesus que chamaC) Fundamentao Bblica: Ef 2,8; Jo 3,3; At 3, 19; Ap 3,205) Esprito SantoA) Objetivo: A promessa para voc: Jesus se faz presente com sua salvao por meio de seu Esprito. Ele est sedento para dar-lhe a gua viva do Esprito de filiao, que clama: Abba, Pai.B) Motivao: Pede e recebe o dom do esprito Santo.C) Fundamentao Bblica: Ez 36,26; At 1,5; At 2,39; Ap 22,176) Comunidade cristA) Objetivo: Jesus est no irmo: No basta nascer, voc ter que crescer na vida nova. Para isso necessrio manter-se unido videira (Jesus), vivendo como parte do Corpo de Cristo, em unio com todos os outros membros.B) Motivao: Perseverar com Jesus na comunidade.C) Fundamentao Bblica: Rm 12, 5; Cl 2,19; 1 Pd 2,9-10III) Meta do querigma:1) 0 que devo fazer?Levar a pessoa a fazer a grande pergunta de sua vida: o que fazer? Agora que sei do amor grande de um Deus grande? A pergunta nos leva a uma resposta.2) Tomada de deciso: No se trata, portanto, de convencer, de seduzir e muito menos de enganar ou chantagear. apenas questo de que, diante da pessoa de Cristo, diga-se um sim total, ou um no. Que a deciso seja tomada: com Cristo ou contra Cristo.4) Cuidados na interpretao dos textos bblicos.A) O fator espiritual:A Bblia , acima de tudo, um livro espiritual e tem de ser entendida espiritualmente. No adianta querer interpret-la luz da filosofia ou da cincia, ou mesmo de mero raciocnio intelectual.B) A unidade da Bblia:A Bblia ensina uma nica teologia, no uma variedade de teologias, o que significa que todas as partes guardam harmonia entre si.

C) Deve-se considerar o significado original das palavras:O intrprete precisa fazer uma ponte entre o significado original e a compreenso atual.

D) Deve-se considerar o contexto histrico e literrio:O intrprete deve respeitar a unidade literria em que o texto se encontra. A correta interpretao exige saber quem o autor, as circunstncias em que ele escreveu, o tempo e o lugar da fedao do texto e as razes por que o escreveu.II) Como escolher um texto bblico:1) Escolha um texto que encha o corao:O primeiro critrio para escolher o texto da pregao entusiasmar-se com ele. Alguns textos enchem os olhos e o corao primeira vista e deixam o pregador motivado para o preparo da pregao. Afinal, se o pregador no vibrar com o texto, os ouvintes tambm no vibrar.2) Procure um texto que atinja uma necessidade do grupo:Se, por exemplo, quando acolher a revelao para pregao, Deus revelar que os ouvintes precisam de uma palavra sobre o amor ao prximo, voc pode escolher o texto do bom samaritano.3) Prefira textos de sentido claro e relevante:Alguns textos falam mais diretamente sobre temas que so mais relevantes e de interesse imediato para o ouvinte.4) Prefira textos com enfoque positivo:Isso no regra absoluta, mas o enfoque positivo geralmente mais atraente para ouvir. Mas bom no esquecer que o enfoque negativo tambm didtico e tem o seu valor.5) Prefira textos que apelam imaginao:Uma lei da comunicao que os ouvintes preferem ver a ter de pensar. Portanto, pinte um quadro na mente deles e d-lhes algo para ver, sentir e fazer.6) Prefira textos curtos:O texto menor concentra melhores as idias, do que os maiores, e, isso ajuda a prender a ateno do ouvinte. Alm disso, a multiplicidade de idias dificulta a unidade, e a pregao corre o risco de derivar para mais de um assunto.7) Concentre-se num s texto:O risco de ferir a unidade e a concentrao das idias maior quando se utiliza mais de um texto na pregao.8) Explore a variedade dos textos bblicos:No pregue s sobre parbolas ou apenas Sobre milagres, por exemplo.LEMBRETE: Quem deve escolher o texto bblico da pregao exclusivamente o pregador. Se d o tema a Ele, passam-se as profecias e palavras inspiradas da reunio da intercesso e da reunio do ncleo e ele escolhe a Palavra bblica dentre os textos apresentados ou no.A Escolha do TemaAps estas reflexes resta-nos refletir um pouco sobre a maneira de escutar de Deus o tema da reunio que, conseqentemente, ser o tema da pregao. Esse tema deve ser escolhido a partir do Rhema.A reunio de orao bastante livre e indita. O Esprito pode conduzi-la de modo a fazer sua vontade de forma imprevista pelos dirigentes. Porm, freqentemente o ncleo de servio, em sua reunio, recebe de Deus uma moo em forma derhema, como um princpio norteador da orao. Assim, colocando-se dceis s inspiraes do Esprito Santo, o dirigente e sua equipe vo para a conduo sabendo de antemo qual o caminho a seguir, embora usualmente sem saber em detalhes que passos devem ser dados.Por exemplo: Se na reunio Deus recordou palavras bblicas sobre arrependimento, ento podemos preparar cantos, dinmicas, mensagens que ajudem a todos a arrepender-se dos seus pecados. O pregador daquela reunio ser orientado sobre o rhema e preparar a sua pregao de acordo com ele. Enfim, todo o conjunto da reunio estar em torno de um ncleo central. Isso facilitar muito a compreenso e posterior vivncia da mensagem da parte dos que vierem reunio.Lembremos contudo que, o Esprito sopra onde, quando e como quer. Se Ele no traz nenhuma palavra rhema ento, no podemos dizer que temos rhema. Nesse caso, prepara-se o tema com base nas profecias e na realidade do grupo (querigmticamente) e pede a Deus que, no decorrer da orao v clareando as coisas, v mostrando a direo. Prepara-se a pregao, a orao e as msicas com base no tema, sem uma direo superior.Quando se tem o rhema a gente prepara tudo com base no tema mas, sabendo que, aquele tema escolhido quer nos levar direo que o rhema prope. Exemplo: O rhema lembra que preciso abrir-se cura interior e o tema ser Jesus Salvador ento, a pregao, a orao, as mensagens, as msicas, enfim, tudo deve nos levar a assumir a Salvao de Jesus e assim, nos abrirmos cura interior.Acontece, muitas vezes, do pregador ou do condutor ou mesmo, de ambos receberem o mesmo rhema durante a conduo da orao.Porm, mesmo sabendo de tudo isso, importante, na orao e meditao estar aberto para encontrar as palavras ditas rhemas, assim como para explorar as entrelinhas da Sagrada Escritura. O pregador, principalmente,deve orar para receber o rhema para poder preparar a sua pregao com uma direo definida.Rhema, aqui, no foi tomada no sentido etimolgico. Por Palavra rhema, neste captulo, queremos dizer daquele texto bblico - um ou alguns vocbulos, um versculo, um captulo, um livro - que faz o corao do pregador arder quando o l. tambm aquele trecho que parece saltar aos olhos, que parece querer sair do texto escrito para pular para dentro do corao do leitor. A palavra rhema, na prtica, adquire vida para o pregador. Passa a ter sentido. -lhe inteligvel. Ao l-la, o Esprito Santo desvenda os olhos do pregador para que possa compreend-la. s vezes a impresso que fica na alma do pregador que Deus desvendou-lhe um mistrio. Um bom precedente bblico da palavra rhema, a passagem em que Jesus, aps a ressurreio, abriu o entendimento dos discpulos, segundo Lucas 24, 45.Como receber a palavra rhema? Normalmente o pregador no sabe que vai receb-la. O que ele deve ter na lembrana que Deus, por ser amor, est ansioso por se revelar aos filhos que Ele ama. Por isso, cabe ao pregador, durante a orao com a Sagrada Escritura, bem como na meditao e contemplao da mesma, estar aberto para a vontade de Deus acerca de rhemas.Para entender as entrelinhas da Sagrada Escritura, lembremos, por primeiro, que a revelao de Deus passa, conforme a vontade dEle, por canais humanos: os escritores do Texto Sagrado. Em segundo lugar, que os atributos de Deus no se limitam por nossas capacidades. Assim, razovel acreditar que Deus tem prolas preciosssimas guardadas nas entrelinhas da Sagrada Escritura, espera do zeloso garimpeiro que se dispor a, mediante orao e meditao, encontr-las, para, no final, do-las a quem escutar sua pregao.Para melhor entender o que seja entrelinhas da Sagrada Escritura, digamos que aquilo que no foi expressamente anunciado, a mensagem que no est escrita. No est escrita, mas foi implicitamente inserida no contexto bblico.No tocante s entrelinhas, oportuno dizer que de muito ajuda o pregador fazer uma contextualizao do que l. Para contextualizar, quanto maior o nmero de informaes que se obter da poca em que foi escrito o texto, melhor. Tais como: cultura, situao poltica, situao religiosa.Tanto na palavra rhema, quanto nas entrelinhas, os dons de revelao - cincia, sabedoria, discernimento - so fundamentais, a par dos dons naturais do pregador.Por ltimo, o que foi dito aqui sobre Sagrada Escritura, aplica-se tambm aos documentos da Igreja. Experimente! uma riqueza... e muito confortador tambm.No que respeita s entrelinhas, existe uma obra excelente para nos ajudar a compreender a sua dinmica. livro doJos H. Prado Flores, intitulado ESPRITO E VIDA. Neste livro o autor, valendo-se das entrelinhas, desvenda interessantes situaes bblicas.LEMBRETE:No se deve colocar um trecho bblico como tema ou como rhema. O tema sempre querigmtico. Nunca um trecho bblico. O rhema, muito mais do que ser escrito, deve ser explicado pois, ele se refere uma direo e no uma palavra. Geralmente, o rhema um conjunto de profecias, palavras, inspiraes, moes...Pensem nisso e teremos um Novo Pentecostes em nosso grupos de orao.BIBLIOGRAFIA:- Formao de Pregadores Secretaria Pedro- Curso Arautos da Salvao Ministrio de Pregao Nacional- Grupos de Orao Apostila 3 da EPA.

Fonte: www.rccpa.org.br RCC da Diocese de Paulo Afonso Bahia)