formação do estado republicano revolução de 30 e primeira guerra mundial

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A palavra República tem origem no latim res publica, cujo significado é "coisa pública“.

No final da década de 1880, a monarquia brasileira estava numa situação de crise, pois representava uma forma de governo que não correspondia mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova forma de governo, que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.

O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.

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A crise do sistema monárquico brasileiro pode ser explicada através de algumas questões:

Interferência de Dom Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica;

Críticas feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;

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- A classe média (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império;

- Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico;

Diante das pressões citadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo, encontravam-se enfraquecidos e frágeis. Doente, D.Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões políticas do país. Enquanto isso, o movimento republicano ganhava força no Brasil.

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No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.

Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de então, o pais seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições. Foi um grande avanço rumo a consolidação da democracia no Brasil.

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Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca, tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente Floriano Peixoto. 

O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia.

"Impossível governar com este Congresso. É mister que ele desapareça para a felicidade do Brasil."

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Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891, garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.

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O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.

Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.Surgiu neste período o tenentismo, que foi um movimento de caráter político-militar, liderado por tenentes, que faziam oposição ao governo oligárquico. Defendiam a moralidade política e mudanças no sistema eleitoral (implantação do voto secreto) e transformações no ensino público do país. A Coluna Prestes e a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foram dois exemplos do movimento tenentista.

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A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café com leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.

Se por um lado a política do café com leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.

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Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo.

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A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava.

Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.

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Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.

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Revolução de 1930 é o nome do movimento (erroneamente identificado como revolução, tendo características mais semelhantes às de um golpe de estado) que pôs fim à Primeira República Brasileira, conhecida popularmente como “República Velha” ou “República do Café com Leite“.

O movimento de 30 insere-se num contexto social e econômico de grande apreensão, não só dentro das fronteiras brasileiras, mas no mundo todo. Com a quebra da Bolsa de Nova Iorque ocorrida em outubro de 1929, inicia-se uma crise econômica de escala mundial, esmagando todas as economias com alguma participação nos mercados internacionais, caso do Brasil e suas exportações de café. É nesse momento que chega a um triste fim a irracional ligação do Brasil com a cultura cafeeira. Além de não ser um gênero de primeira necessidade na dieta de qualquer indivíduo (na verdade, consumido como uma sobremesa nos EUA e Europa), o café ocupava a esmagadora maioria das terras cultiváveis do país, impedindo uma diversidade das suas exportações.

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Havia uma óbvia teimosia por parte das elites em redirecionar e modernizar a política econômica brasileira. Além disso, o regime mostrava sinais de desgaste devido às várias revoltas militares ocorridas durante o governo Artur Bernardes (1922-1926). Eleito com a ajuda das oligarquias, ele era claramente impopular perante à opinião pública.

Para as eleições de março de 1930, houve um racha entre as elites políticas de São Paulo e Minas Gerais, que dominavam os rumos do país quase que desde a instituição da República. E, de acordo com a política do café com leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café com leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas. 

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Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais.

A situação econômica insustentável, porém, ia se unir ao estranho assassinato do candidato à vice presidência da Aliança Liberal, João Pessoa, envolvido num caso de lutas políticas regionais misturado a um crime passional. Seu assassinato passa a ser visto e alardeado como manobra do governo para calar qualquer opositor.

Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da Era Vargas.

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1- Proclamada a República inicia-se um novo

período na História política do Brasil: “A República Velha ou Primeira República”.  A respeito dos primórdios da República é correto afirmar. A fase e o primeiro presidente da República foram respectivamente

a)República Oligárquica e  Hermes da Fonseca   b)República da Espada e Deodoro da Fonseca c)República da Espada e Floriano Peixoto d)República Oligárquica e  Prudente de Morais e)República da Espada e Campos Sales.

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2- A chamada “Política dos Governadores”, instituída a partir do governo de Campos Salles, caracterizava-se por:

a) permitir que a escolha do Presidente da República fosse resultado de um consenso entre os governadores e desta forma manter o grupo político no poder.

b) tornar os governadores um mero instrumento do poder do Presidente da República e impedir a formação de novas lideranças contrárias ao governo federal;

c) acordo político que consistia na troca de favores entre os governos federal, estadual e municipal para manter os grupos políticos no poder. 

d) tornar os governadores representantes de um federalismo liberal e democrático com objetivo de renovar as lideranças políticas;

e) promover, através dos governadores, a desarticulação das oligarquias locais e promover a renovação dos grupos políticos e lideranças locais.

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3-O coronelismo foi uma peça importante da perversa engrenagem que impedia a representatividade política da maioria da população, principalmente a parcela da sociedade mais carente. Podemos definir o coronelismo como:

a)Sistema de poder cujo grupo político que alternava-se no poder federal como forma de garantir a manutenção dos privilégios aos seus respectivos Estados.b)Sistema de poder que consistia na troca de favores entre o poder estadual e municipal a fim de garantir seus interesses políticos utilizando práticas fraudulentas para vencer as eleições.c)Sistema de poder no qual o coronel era uma peça secundária e sua participação era ofuscada pela Comissão de Verificação, pois na prática era esta quem declarava os candidatos eleitos.d)Sistema de poder baseado no coronel o líder político local, grande proprietário de terras que usava jagunços para formar os currais eleitorais, através de práticas de intimidação ao eleitor.e)Sistema de poder político que arregimentava grande número de seguidores a partir de suas pregações religiosas que convenciam os mais pobres a se submeterem ao seu controle.

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4- A Primeira República ou República Velha foi um período da História política do Brasil que se caracterizou pelo afastamento do ideal da República. O que deveria ser um governo para todos na prática era um governo de poucos. Sobre os fatos com os quais podemos caracterizar a Primeira República estão: I- Com o “voto de cabresto” os coronéis dominavam as clientelas rurais e manipulavam as eleições; II- A política dos governadores consagrava a troca de apoio entre o governo federal e as oligarquias estaduais mantendo o mesmo grupo político no poder.III- A política do café com leite foi o domínio da sucessão presidencial pelos cafeicultores de São Paulo e de Minas Gerais que alternavam-se na presidência da República.IV- O Movimento dos Tenentes - o Tenentismo - que possuía caráter militar contribuiu para consolidar os governos da Primeira República.V- As fraudes eleitorais eram exceção e não regra neste período, devido ao rigoroso trabalho de fiscalização do processo eleitorado efetuado pela Comissão de Verificação.

Assinale a alternativa verdadeira:a) Apenas a alternativa I, está correta.b) As alternativas I,II,III estão corretas.c) As alternativas I,II,IV e V estão corretas.d) As alternativas II,III e IV estão corretas.e) Apenas a alternativa V está incorreta.  

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Exercício 5: (UDESC 2008) A Revolução de 1930 marcou a história republicana brasileira, que passou a

ser dividida, a partir de então, entre República Velha e República Nova. Sobre esse episódio, leia e analise as afirmativas abaixo.

I – Denomina-se Revolução de 1930 o movimento armado que depôs o então presidente da República Washington Luiz Pereira de Souza, pouco antes do término do seu mandato.

II – Getúlio Vargas não tomou parte nesse movimento, assumindo uma postura legalista e democrática, que marcaria sua história política.

III – O objetivo principal desse movimento era impedir a posse de Júlio Prestes, que havia derrotado a chapa de Getúlio Vargas e João Pessoa, nas eleições presidenciais de março de 1930.

IV – Os protagonistas desse episódio esforçaram-se por ampliar o significado da Revolução, investindo na idéia de República Nova como ruptura em relação à República Velha, e associando o regime instalado em 1930 à idéia de Brasil moderno.

V – A Revolução de 1930 marcou a história republicana brasileira, ao romper com o controle oligárquico do poder político e inaugurar uma longa fase de governo democrático, somente rompida com o Golpe de 1964.

Assinale a alternativa correta, em relação às afirmativas. A) Somente as afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras. B) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. C) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras. D) Somente as afirmativas II, III e V são verdadeiras. E) Todas as afirmativas são verdadeiras.

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Exercício 6: (ADVISE 2009) Leia atentamente o texto abaixo: A troca de favores governava todas as relações. Sem patrono, político não

fazia carreira, magistrado não permanecia no cargo, funcionário público não conseguia emprego, escritor não ficava famoso, empresário não conseguia criar empresa, banco não obtinha permissão para funcionar. Essa situação ficou bem caracterizada no ditado popular: “Quem não tem padrinho morre pagão”. (COSTA. Emília Viotti da. O legado do império: Governo oligárquico e aspirações democráticas. In: Nossa história: a construção do Brasil. Rio de Janeiro, 2006, p. 163).

O Brasil adentra no hall das nações republicanas em 1889. Sobre este momento é INCORRETO afirmar:

A) Quem fez a República no Brasil foi uma parcela da elite que estava descontente com os rumos tomados pelo império.

B) A principal característica do Império foi a descentralização do poder político, já a Primeira República é marcada pela ultracentralização do poder na esfera federal. Com esta mudança, o presidente tornou-se um ditador eleito.

C) A situação social no país não muda muito com o advento da República. D) As questões sociais são tratadas como caso de polícia, basta ver os

exemplos de Canudos e da Guerra do Contestado. E) A política do “café com leite” é uma expressão simplista e enganadora, já

que Minas Gerais também era um importante produtor de café. Nesse sentido, a expressão mais correta seria: “café com café”.

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1-b,2-c, 3-d,4-b 5-b 6-b

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Foi um conflito bélico mundial ocorrido entre 28 de Julho de 1914 e 11 de Novembro de 1918.

A guerra ocorreu entre a Tríplice Entente (liderada pelo Império Britânico, França, Império Russo (até 1917) e Estados Unidos (a partir de1917) que derrotou a coligação formada pelas Potências Centrais (liderada pelo Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano)[1], e causou o colapso de quatro impérios e mudou de forma radical o mapa geo-político da Europa e do Médio Oriente.

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Vários problemas atingiam as principais nações europeias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.

Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.

Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.

O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.

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 O Assassinato do Príncipe Francisco Ferdinando (28/06/1914) – herdeiro do trono austríaco. Foi assassinado por um fanático estudante bosníano, Gravilo Princip, na cidade de Serajevo. A Áustria -Hungria exigiu uma satisfação da Sérvia, onde o crime fora tramado, por meio de um ultimato. A Rússia, decidida a não admitir uma humilhação à Sérvia, rejeitou as propostas conciliatórias da Alemanha e decretou a mobilização geral. A Alemanha, aliada da Áustria, declarou guerra à Rússia no dia 1.o de agosto e, dois dias depois, à França. Tinha inicio a Primeira Guerra Mundial.

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A partilha das terras da África e Ásia, na segunda metade do século XIX, gerou muitos desentendimentos entre as nações europeias. Enquanto Inglaterra e França ficaram com grandes territórios com muitos recursos para explorar, Alemanha e Itália tiveram que se contentar com poucos territórios de baixo valor. Este descontentamento ítalo-germânico permaneceu até o começo do século XX e foi um dos motivos da guerra, pois estas duas nações queriam mais territórios para explorar e aumentar seus recursos.

No final do século do século XIX e começo do XX, as nações europeias passaram a investir fortemente na fabricação de armamentos. O aumento das tensões gerava insegurança, fazendo assim que os investimentos militares aumentassem diante de uma possibilidade de conflito armado na região;

A concorrência econômica entre os países europeus acirrou a disputa por mercados consumidores e matérias-primas. Muitas vezes, ações economicamente desleais eram tomadas por determinados países ou empresas (com apoio do governo);

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A questão dos nacionalismos também esteve presente na Europa pré-guerra. Além das rivalidades (exemplo: Alemanha e Inglaterra), havia o pan-germanismo e o pan-eslavismo. No primeiro caso era o ideal alemão de formar um grande império, unindo os países de origem germânica. Já o pan-eslavismo era um sentimento forte existente na Rússia e que envolvia também outros países de origem eslava.

Disputas imperialistas entre a Inglaterra e a Alemanha.

Revanchismo francês – A França desejava recuperar os territórios Alsácia-Lorena, perdidos em 1871, na Guerra Franco-prussiana.

Os Incidentes nos Bálcãs – A Áustria anexou as províncias turcas da Bósnia e da Herzegovina, provocando reação da Rússia e da Sérvia.

Os Incidentes no Marrocos – O Marrocos, país semibárbaro governado por um sultão, era cobiçado pela França que já conquistara a Argélia. Assinou acordo com a Inglaterra, dona de Gibraltar, e com a Espanha, que dominava algumas praças ao Norte de Marrocos. O kaiser Guilherme II impediu a penetração francesa, proclamando a liberdade do Marrocos. A Alemanha acabou reconhecendo o direito dos franceses de estabelecer seu protetorado ao Marrocos. Franceses e alemães estavam descontentes com a situação.

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A maioria dos principais países envolvidas na Primeira Guerra era do continente europeu. 

Quando a Primeira Guerra começou, quem detinha maior influência mundial era a Europa (especialmente a Inglaterra) e não os Estados Unidos, como acontece nos dias de hoje. Vale lembrar que, desde o início da guerra, a Inglaterra recebeu o apoio de outros países de língua inglesa localizados fora da Europa (com exceção dos Estados Unidos que entrou mais tarde), como o Canadá, na América do Norte, a Austrália e a Nova Zelândia, esses últimos localizados na Oceania.

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Uma das grandes diferenças em relação às guerras anteriores foi ouso de novas armas que aumentaram em muito em capacidade de destruição: metralhadoras, gases venenosos, aviões e submarinos. Um único soldado armado com uma metralhadora podia matar a distância mais homens do que vários soldados armados com baionetas.

Os alemães foram os primeiros a utilizar armas químicas, entre as quais, estava o gás mostarda que asfixiava as vítimas e tinha grande poder de corrosão. Para se proteger dos ataques dessas armas químicas, os soldados ingleses foram os primeiros a usar máscaras de proteção. No início, os aviões eram usados apenas para observação e espionagem, mas logo passaram a ser usados também para ataques aéreos.

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Os submarinos foram bastante utilizados pela marinha alemã para afundar tanto navios inimigos quanto navios mercantes de nações neutras que comerciavam com os países inimigos da Alemanha. Com essas novas armas, a cavalaria que era o orgulho dos exércitos, tornou-se praticamente obsoleta.

O número de baixas (mortos e feridos) na Primeira Guerra Mundial foi muito superior ao de guerras anteriores. Enquanto a Guerra franco-Prussiana (1870-1871) teve uma média estimada de quase novecentas baixas por dia, a Primeira Guerra Mundial teve uma média de pouco mais de cinco mil e quinhentas baixas por dia. Tudo isso contribuiu para acabar com a imagem romântica e heroica que muita gente tinha da guerra.

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Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.

O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.

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- Durante a Primeira Guerra Mundial morreram, aproximadamente, 9 milhões de pessoas (entre civis e militares). O número de feridos, entre civis e militares, ficou em cerca de 30 milhões.

- Desenvolvimento de vários armamentos de guerra como, por exemplo, tanques de guerra e aviões.

- Desintegração dos impérios Otomano e Austro-Húngaro.

- Fortalecimento dos Estados Unidos no cenário político e militar mundial.

- Criação da Liga das Nações, com o objetivo de garantir a paz mundial.

- Assinatura do Tratado de Versalhes que impôs uma série de penalidades a derrotada Alemanha.

- Geração de crise econômica na Europa, em função da devastação causada pela Grande Guerra e também dos elevadíssimos gastos militares.

- Fortalecimento e desenvolvimento da industrialização brasileira.

- Surgimento do sentimento de revanchismo na Alemanha, em função das duras penalidades impostas pelo Tratado de Versalhes.

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A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) envolveu a participação de muitos países e o Brasil não ficou de fora deste contexto. 

Nos três primeiros anos da guerra, o Brasil permaneceu neutro. Porém, em 5 de abril de 1917, um submarino alemão atacou um navio brasileiro (vapor Paraná da Marinha Mercante) carregado de café. Neste ataque, próximo ao litoral francês, três brasileiros foram mortos. Em 20 de maio, outro navio brasileiro, agora o Tijuca, navegando em águas francesas, foi torpedeado por um submarino alemão. Estes fatos foram o estopim para a entrada do Brasil no conflito.

O Brasil declarou guerra aos países da Tríplice Aliança (Alemanha e Império Austro-Húngaro) em 1 de junho de1917. Porém, o Brasil não enviou soldados para os campos de batalha na Europa. Desta forma, nenhum militar brasileiro foi morto durante o conflito armado mundial.

O Brasil participou enviando medicamentos e equipes de assistência médica para ajudar os feridos da Tríplice Entente (Reino Unido, França, Rússia e Estados Unidos)..Também participou realizando missões de patrulhamento no Oceano Atlântico, utilizando embarcações militares. 

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Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914 1918), o Brasil, cuja Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914 1918), o Brasil, cuja economia estava voltada para o mercado externo, sofreu imediatamente economia estava voltada para o mercado externo, sofreu imediatamente suas consequências. Não só porque, a partir de 1917, participou suas consequências. Não só porque, a partir de 1917, participou diretamente do conflito, mas sobretudo porque a guerra desorganizou o diretamente do conflito, mas sobretudo porque a guerra desorganizou o mercado internacional, trazendo novas dificuldades para a exportação do mercado internacional, trazendo novas dificuldades para a exportação do café, que outra vez teve o seu preço em declínio.café, que outra vez teve o seu preço em declínio.

Essa nova situação determinou a segunda valorização do café, entre Essa nova situação determinou a segunda valorização do café, entre 1917 e 1920, embora menor do que a primeira, decidida no Convênio de 1917 e 1920, embora menor do que a primeira, decidida no Convênio de Taubaté (1906).A crise cafeeira foi resolvida em 1918, com a geada e o Taubaté (1906).A crise cafeeira foi resolvida em 1918, com a geada e o fim da guerra, quando então a economia internacional retomou o seu fim da guerra, quando então a economia internacional retomou o seu ritmo.ritmo.

A principal consequência da Primeira Guerra foi, entretanto, a alteração A principal consequência da Primeira Guerra foi, entretanto, a alteração nas condições do comércio cafeeiro, em virtude da formação de grandes nas condições do comércio cafeeiro, em virtude da formação de grandes organizações financeiras que passa ram a atuar, cada qual em seu setor, organizações financeiras que passa ram a atuar, cada qual em seu setor, pratica mente sem concorrência. O grupo Lazard Brothers Co. Ltd., de pratica mente sem concorrência. O grupo Lazard Brothers Co. Ltd., de Londres, que apoiou a segunda valorização, estabeleceu um domínio Londres, que apoiou a segunda valorização, estabeleceu um domínio financeiro quase completo sobre a economia cafeeira do Brasil.financeiro quase completo sobre a economia cafeeira do Brasil.

Em resposta à nova situação, criou-se em São Paulo o Instituto do Café, Em resposta à nova situação, criou-se em São Paulo o Instituto do Café, destinado a controlar o comércio exportador do produto, regulando as destinado a controlar o comércio exportador do produto, regulando as entregas ao mercado e mantendo o equilíbrio entre a oferta e a procura.entregas ao mercado e mantendo o equilíbrio entre a oferta e a procura.

Como o Brasil era responsável pelo fornecimento de cerca de 60% do Como o Brasil era responsável pelo fornecimento de cerca de 60% do consumo mundial, o Instituto do Café tinha em mãos todos os recursos de consumo mundial, o Instituto do Café tinha em mãos todos os recursos de que necessitava, não só para manter o preço, como também para forçar que necessitava, não só para manter o preço, como também para forçar altas artificiais. O instituto, que tinha como altas artificiais. O instituto, que tinha como objetivo regular o escoamento do café, trans formou-se num estocador cada vez maior do produto.

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 O processo de industrialização, que vinha, desde o final do século XIX, crescendo de acordo com a expansão das exportações, ganhou uma nova direção a partir da Primeira Guerra.

O primeiro efeito da guerra foi a drástica redução dos investimentos industriais. A produção, todavia, se expandiu em 1915-1916 com a utilização plena da capacidade instalada, mas começou a declinar em 1917 e o seu crescimento tornou-se negativo no ano seguinte, pela falta de matérias-primas, máquinas e equipamentos importados.

O principal efeito da guerra sobre a indústria foi a mudança da atitude do governo. Até então, não existia o que poderíamos chamar de política industrial. A guerra, entretanto, evidenciou os limites e as inconveniências de um país destituído de um parque industrial compatível. Por esse motivo, o governo começou a adotar consciente e deliberadamente um incentivo para o desenvolvimento industrial, a fim de promover a sua diversificação. E essa atitude do governo manteve-se ao longo dos anos 20.

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No final dos anos 20, a economia capitalista internacional deparou com uma profunda crise de depressão: a crise de 29. Conforme veremos mais adiante, essa crise eclodiu nos Estados Unidos e teve importantes repercussões internacionais, atingindo, inclusive, o Brasil, quando então a economia cafeeira se desorganizou.

Nos anos que se seguiram à crise, com o apoio governamental, a industrialização se intensificou e obedeceu ao objetivo de substituir as importações. Porém, o processo de industrialização só se completaria na década de 1950, com a implantação da indústria pesada - o importante setor em que se concentram máquinas que fabricam máquinas para outras indústrias.

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A partir da abolição da escravatura em 1888, o desenvolvimento do Brasil segue um padrão marcadamente capitalista, tanto no segmento agrícola (café) quanto no urbano (industrialização). No plano internacional, o período que vai da Segunda Revolução Industrial (final do século XIX) à crise de 29 representa a fase final de uma era dominada pelo capitalismo liberal, caracterizado pela não-intervenção estatal na economia e, portanto, na crença da auto-regulação da economia através do livre jogo do mercado. Na década de vinte, esse capitalismo (liberal) entra em crise.

Sintomas agudos dessa crise que anunciam as mudanças futuras serão representados, no Brasil, pela Semana de Arte Moderna e pelo Tenentismo.

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Quando a guerra acabou, Inglaterra, França e seus aliados foram aparentemente os grandes vencedores. Mas se considerarmos as condições em que a guerra terminou e o fato de que os tratados de paz firmados após o final do conflito não evitaram uma nova guerra (a Segunda Guerra Mundial), podemos afirmar que a médio e longo prazo todos acabaram perdendo.

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O Tratado de Versalhes, firmado em 1919, impôs duras condições à Alemanha, que foi obrigada a pagar altas indenizações à França. A própria escolha do local onde foi assinado o tratado era um indício do desejo de vingança dos franceses em relação aos alemães: a Sala dos Espelhos do Palácio de Versalhes, em Paris, o mesmo em que Bismarck, o responsável pela unificação da Alemanha, havia proclamado em 1871 o Segundo Reich (Segundo Império) alemão, após a derrota francesa na Guerra Franco-Prussiana. Entre os vencedores, a França foi a principal responsável pelo Tratado de Versalhes. A própria Inglaterra chegou mesmo a defender a revisão do tratado, para aliviar as condições impostas à Alemanha. Os Estados Unidos não ratificaram o tratado.

Vários militares alemães jamais reconheceram a derrota alemã e sentiram-se traídos pelas condições impostas no Tratado de Versalhes. Na visão desses militares alemães, como a guerra havia acabado com um armistício, isto é uma trégua, era impossível reconhecer a derrota. Os italianos também sentiram-se traídos, porque apesar de terem lutado do lado dos vencedores, a Itália não recebeu os novos territórios prometidos. Esses ressentimentos iriam favorecer o surgimento de duas ditaduras: na Itália, o fascismo de Benito Mussolini, na Alemanha, o nazismo de Hitler. Uma nova guerra estava a caminho...

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1. (Puccamp) Planos, metas e Brasília O "planejamento econômico" estava no ar desde os anos 30, influenciado

principalmente pelo sucesso da política do New Deal, aplicada por Franklin Delano Roosevelt à Depressão norte-americana. Como governador de Minas (1945-51), JK adotara o binômio energia/transportes como metas de desenvolvimento. O Plano de Metas foi a primeira medida de planejamento econômico 'stricto sensu', no Brasil.

Constava de 31 metas, agrupadas em cinco setores básicos, para os quais deveriam ser encaminhados todos os investimentos públicos e privados do país: energia, transportes, indústrias de base, alimentação e educação (...). A meta 31, denominada meta síntese, era a construção de Brasília, que foi inaugurada em 21 de abril de 1960.

Entre 1956 e 1961, a economia brasileira cresceu, em média, 8,1% ao ano (...). A fabricação de automóveis e de material elétrico ultrapassou 25% ao ano. Vários outros setores, como siderurgia, álcalis, celulose e papel, construção e pavimentação de rodovias, ultrapassaram as metas estabelecidas.

                (Revista "Problemas Brasileiros". n. 352. julho/ago/2002. p. 22) O texto identifica dois momentos da história contemporânea associados,

respectivamente, à a) Revolução Francesa, que pôs em prática os ideais de liberdade e fraternidade e à

Revolução Socialista, que se inspirou no princípio de igualdade social. b) Primeira Guerra Mundial, que acabou por ressaltar as contradições do capitalismo e à

Segunda Grande Guerra, que dividiu o mundo em dois blocos antagônicos. c) Guerra do Oriente Médio, que provocou a crise econômica do mundo capitalista e à

Primeira Grande Guerra, que enfraqueceu os países com regimes democráticos. d) Primeira Guerra Mundial, que criou condições para o desenvolvimento do capitalismo

moderno e à Revolução Russa, que desmantelou a ordem capitalista e burguesa. e) Segunda Guerra Mundial, que combateu os regimes políticos totalitários na Europa e

à Revolução Russa, que promoveu o desenvolvimento econômico dos países pobres.

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2. (Puccamp)   Uma ameaça que não se cumpriu Em 1937, em Genebra, no plenário da Sociedade das Nações, o embaixador japonês

barão Shudo levantou a tese de que as regiões inexploradas de vários países deveriam ser cedidas a nações ricas e populosas, como o Japão, naturalmente. Nesse caso o Brasil Central desértico era uma preocupação crescente. (...) Os estrategistas brasileiros concluíram que a Amazônia se autodefendia do colonizador branco com suas doenças, suas selvas e seu calor. Não havia porquê recear ali uma investida do Eixo. A mortandade provocada nos estrangeiros pela construção da ferrovia Madeira-Mamoré, na atual Rondônia, também corroborava essa tese.

Muito diferente, no entanto, era a situação da pré-Amazônia mato-grossense e goiana, com suas extensas faixas de campos e cerrados habitáveis, colonizáveis sem maiores esforços. Era o caso típico da região do Araguaia-Xingu, que continha a Serra do Roncador e seus prodígios, além dos garimpos de diamantes do alto Araguaia, em parte contrabandeados para a Alemanha.

                (Adaptado da Revista "Especial Temática". O Brasil que Getúlio sonhou. n.4. São Paulo: Duetto, 2004. p.71)

  A Sociedade das Nações mencionada no texto, também conhecida como Liga das

Nações, foi criada em 1919 com o objetivo de a) promover a paz armada, após o Tratado de Versalhes, através da liderança do governo dos

Estados Unidos, que presidiu essa organização. b) unir as nações democráticas e economicamente mais poderosas, para impedir a volta do nazi-

fascismo, cuja expansão causara a Primeira Guerra Mundial. c) executar as determinações previstas pelo documento conhecido como "14 pontos de Wilson" e

que favoreciam os países da Tríplice Aliança. d) promover o neocolonialismo na África, Ásia e Oceania, condição fundamental para a expansão

mundial do capitalismo monopolista. e) intermediar conflitos internacionais a fim de preservar a paz mundial, fiscalizando o

cumprimento dos tratados pós-guerra.

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3. (Fatec) Segundo as teorias desenvolvimentistas, a guerra era concebida como:

a) uma necessidade de ampliar o mercado interno substituindo as importações. b) uma política econômica tendendo a desvalorizar a produção agrícola. c) uma forma de criar condições para a importação de tecnologia estrangeira. d) um recurso complementar e necessário à importação de produtos primários. e) uma política econômica que necessitava do apoio de todas as classes sociais

para ser implementada.

4. (Cesgranrio) O clima de tensão oriundo da expansão imperialista na Ásia e determinador do 1Ž Conflito Mundial pode ser avaliado pelas:

a) rivalidades entre franceses e ingleses na Indochina, entre ingleses e russos na Ásia Central e entre russos e japoneses na Mandchúria e Coréia.

b) políticas de alianças entre russos e japoneses para bloquear as pretensões inglesas e francesas no sudeste asiático.

c) tensões entre o Império Inglês e o Império Chinês em torno da Coréia e da Mandchúria com o apoio da França à Inglaterra.

d) rivalidades entre ingleses e franceses no sudeste asiático, entre belgas e alemães em Port-Arthur e entre russos e poloneses na Ásia Européia.

e) tensões entre o Império Austro-Húngaro e a Grécia na região do sudeste asiático com o apoio da Inglaterra aos gregos.

 

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5. (Fuvest) Os Tratados de Paz assinados ao fim da Primeira Guerra Mundial "aglutinaram vários povos num só Estado, outorgaram a alguns o status de 'povos estatais' e lhes confiaram o governo, supuseram silenciosamente que os outros povos nacionalmente compactos (como os eslovacos na Tchecoslováquia ou os croatas e eslovenos na Iugoslávia) chegassem a ser parceiros no governo, o que naturalmente não aconteceu e, com igual arbitrariedade, criaram com os povos que sobraram um terceiro grupo de nacionalidades chamadas minorias, acrescentando assim aos muitos encargos dos novos Estados o problema de observar regulamentos especiais, impostos de fora, para uma parte de sua população. (... ) Os Estados recém-criados, por sua vez, que haviam recebido a independência com a promessa de plena soberania nacional, acatada em igualdade de condições com as nações ocidentais, olhavam os Tratados das Minorias como óbvia quebra de promessa e como prova de discriminação."

                               (Hannah Arendt, AS ORIGENS DO TOTALITARISMO)   A alternativa mais condizente com o texto é: a) após a Primeira Guerra, os Tratados de Paz estabelecidos solaparam a soberania e estabeleceram

condicionamentos aos novos Estados do Leste europeu através dos Tratados das Minorias, o que criou condições de conflitos entre diferentes povos reunidos em um mesmo Estado.

b) o surgimento de novos Estados-nações se fez respeitando as tradições e instituições dos povos antes reunidos nos impérios que desapareceram com a Primeira Guerra Mundial.

c) os Tratados de Paz e os Tratados das Minorias restabeleceram, no mundo contemporâneo, o sistema de dominação característico da Idade Média.

d) apesar dos Tratados de Paz estabelecidos depois da Primeira Guerra terem tido algumas características arbitrárias em relação aos novos Estados-nações do Leste europeu, o desenvolvimento histórico destas regiões demonstra que foi possível uma convivência harmoniosa e gradativamente ocorreu a integração entre as minorias e as maiorias nacionais.

e) os Tratados de Paz depois da Primeira Guerra conseguiram satisfazer os vários povos do Leste europeu.  O que perturbou a convivência harmoniosa foi o movimento de refugiados das revoluções comunistas.

 

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6. (G1) "Foi em 1994 que acabou o século XIX (...) De 1815 a 1914, a Europa (...) desfrutara um século de paz (...) Nesse século, a burguesia pôde consolidar o seu poder (...) E o imperialismo colonialista ia bem, obrigado, na África e Ásia. A guerra de 1914 caiu como uma bomba NESTE (PARAÍSO)."

A 1 Guerra Mundial descortinou uma  série de conflitos camuflados neste "paraíso" tais como:

a) a luta pelas terras conquistadas na América e a manutenção do tráfico de escravos. b) a disputa de mercados mundiais pelas nações européias imperialistas como a

Inglaterra, Alemanha e França e a opressão aos movimentos nacionalistas na África e na Ásia.

c) a difusão do movimento socialista em países como a Inglaterra e França com o advento da Revolução Russa.

d) a disputa dos mercados consumidores europeus pelas nações independentes da África e da Ásia.

e) a luta dos americanos e brasileiros pelo controle dos mercados fornecedores de matérias-primas japoneses e africanos.

7. (G1) Sarajevo é atualmente palco de guerra. Nos tempos passados também foi o estopim de um conflito conhecido por:

a) Revolução Russa. b) I Guerra Mundial. c) Revolução Francesa. d) Guerra entre os Aliados e o Eixo. e) Guerra civil do Império Austro-Húngaro.

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8. (G1) Os Estados Unidos emergiram como grande potência econômica mundial após a Primeira Guerra Mundial porque:

a) apoiou a Alemanha, com o objetivo de enfraquecer a Inglaterra. b) liderou a criação da ONU (Organização das Nações Unidas). c) fortaleceu sua economia ao fornecer equipamentos e suprimentos à Entente,

enquanto as potências européias tiveram suas economias arrasadas após o conflito.

d) apresentou as propostas do Tratado de Versalhes, para enfraquecer a Alemanha, a grande potência industrial do início do século.

e) se manteve afastado do conflito direto com as potências européias, concentrando seus esforços no desenvolvimento interno.

9. (Mackenzie) A respeito do envolvimento dos E.U.A. na Primeira Grande Guerra é INCORRETO afirmar que:

a) foi influenciado pela intenção germânica de atrair o México, prometendo-lhe ajuda na reconquista de territórios perdidos para os E.U.A.

b) os E.U.A. financiaram diretamente a indústria bélica franco-inglesa e enviaram um grande contingente de soldados ao fronte.

c) uma possível derrota da França e Inglaterra colocaria em risco os investimentos norte-americanos na Europa.

d) contrariando o Congresso, o presidente dos E.U.A. rompeu a neutralidade, declarando guerra às forças do Eixo.

e) a adesão dos E.U.A. desequilibrou as forças em luta, dando um novo alento à Entente.

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10. (Mackenzie) Ao término da Primeira Grande Guerra, as potências vencedoras responsabilizaram a Alemanha pela guerra e foi-lhe imposto um tratado punitivo, o Tratado de Versailles, que teve como conseqüências:

a) degradação dos ideais liberais e democráticos, agitações políticas de esquerda - como o movimento espartaquista - crise econômica e desemprego.

b) enfraquecimento dos sentimentos nacionais, militarização do Estado Alemão, recuperação econômica e incorporação de Gdansk.

c) anexação das colônias de Togo e Camarões, a afirmação dos ideais liberais e democráticos e a valorização do marco alemão.

d) prosperidade econômica, rearmamento alemão, desmembramento da Alemanha e fortalecimento dos partidos liberais.

e) surgimento da República Democrática Alemã e da República Federal Alemã, fortalecimento do nazismo, militarismo e diminuição do desemprego.

11. (Mackenzie) Dentre as causas da Primeira Grande Guerra, destaca-se a questão balcânica, que pode ser associada:

a) à formação de novas nacionalidades, como a Iugoslava sob a tutela da Alemanha. b) às disputas coloniais na Ásia e na África entre a França e a Inglaterra. c) ao interesse russo em abrir os estreitos de Bósforo e Dardanelos, o nacionalismo

eslavo e ao temor austríaco quanto à formação da Grande Sérvia. d) às desavenças entre o Império Austro-Húngaro e a Inglaterra ligadas à anexação da

Bósnia-Herzegovina. e) ao assassinato do Príncipe Herdeiro, Francisco Ferdinando, e as questões pendentes

relacionadas ao Tratado de Brest-Litowsky e o desmembramento da Áustria-Hungria.

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12. (Puccamp) A Primeira Guerra Mundial, que enfraqueceu a Europa em população e importância econômica,

a) acarretou a criação da Liga Pan-Germânica encarregada de efetivar o "Anschluss".

b) contribuiu para a concretização do Pacto Germânico-Soviético de não agressão, firmado entre Guilherme II e Nicolau II.

c) contribuiu para a formação, dentro da Sérvia de sociedades secretas, tais como a Mão Negra fundada em 1921.

d) contribuiu para a criação de um clima favorável para a aceitação dos princípios do socialismo utópico.

e) acarretou a difusão das ideias que apontavam as contradições do liberalismo.

  13. (Pucrs) Dentre os desdobramentos político-econômicos imediatos

na ordem internacional produzidos pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), é correto apontar

a) o fim dos privilégios aduaneiros da França no comércio com a Alemanha. b) o surgimento da Organização das Nações Unidas, por meio do Tratado de

Sevres. c) a criação da Iugoslávia, como decorrência das questões políticas dos

Balcãs. d) a anexação da Palestina, da Síria e do Iraque ao Império Otomano. e) a incorporação da Hungria e da Tchecoslováquia aos domínios austríacos

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14. (Pucrs) Dentre as características e tendências da ordem internacional conformada após o fim da Primeira Guerra (1914-1918), NÃO é correto apontar

a) o fortalecimento progressivo da Liga das Nações, a organização supranacional criada pelo Tratado de Versalhes.

b) a intensificação dos antagonismos entre as potências capitalistas, devido às duras condições impostas aos vencidos.

c) a reformulação política radical da região balcânica mediante a aplicação do princípio de reconhecimento das nacionalidades.

d) o declínio da hegemonia européia sobre o mundo, com o crescimento do poderio dos Estados Unidos e do Japão.

e) a internacionalização crescente da questão operária devido à repercussão mundial da revolução socialista na Rússia.

15. (Uff) Muitos historiadores consideram a Primeira Guerra Mundial como fator de peso na crise das sociedades liberais contemporâneas. Assinale a opção que contém argumentos todos corretos a favor de tal opinião.

a) A economia de guerra levou a um intervencionismo de Estado sem precedentes; a "união sagrada" foi invocada em favor de sérias restrições às liberdades civis e políticas e, em função da guerra recém-terminada, eclodiram em 1920 graves dificuldades econômicas que abalaram os países liberais sobretudo através da inflação.

b) Em todos os países, a economia de guerra forçou a abolir os sindicatos operários, a confiscar as fortunas privadas e a fechar os Parlamentos, pondo assim em cheque os pilares básicos da sociedade liberal.

c) Durante a guerra foi preciso instaurar regimes autoritários e ditatoriais em países antes liberais como a França e a Inglaterra, num prenúncio do fascismo ainda por vir.

d) A guerra transformou Estados antes liberais em gestores de uma economia militarizada que utilizou de novo o trabalho servil para a confecção de armas e munições, em flagrante desrespeito às liberdades individuais.

e) Derrotadas na Primeira Guerra Mundial, as grandes potências liberais foram, por tal razão, impotentes para conter, a seguir, o desafio comunista e o fascismo.

 

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republica/exercicios/