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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

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InformaçõesTécnicas paraOperação deVeículosMercedes-Benz

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 1

Índice

Módulo I - O Veículo e a Operação

Identificação dos veículos ................................................................... 9

Modelos, Tipos e Versões ................................................................................ 9

Caminhões e chassis para ônibus..................................................... 10

Grupo alfabético (tipo) ................................................................................... 10

Grupo numérico (modelo) ............................................................................... 11Distância entre eixos (versão) ........................................................................ 11

Exemplos Práticos: ........................................................................................ 12Chassis com cabina semi-avançada .................................................................. 12

Chassis com cabina avançada........................................................................... 13

Chassis para ônibus .......................................................................................... 14

Plataformas para ônibus ................................................................... 15

Grupo numérico (modelo) .............................................................................. 15Exemplos práticos: ........................................................................................ 15

Painel de instrumentos ..................................................................... 16Apresentação ................................................................................................ 16Simbologia empregada nos painéis .............................................................. 16

Lâmpadas piloto ............................................................................................... 16

Simbologia e funcionamento do computador de bordo (fss) .......... 20

1. Operação do computador de bordo ........................................................... 20

2. Botões de Comando do Computador de Bordo ......................................... 21Botão SYSTEM ................................................................................................... 21

Botão INFO ......................................................................................................... 21

Botão RESET (reposição) e QUIT (confirmação) ................................................ 21

3. Sistema de diagnóstico ............................................................................. 22

4. Solicitar Informações de Serviço .............................................................. 22Indicação de temperatura ambiente externa .................................................... 22

Horas de funcionamento do motor ................................................................... 22

Pressão de óleo do motor ................................................................................. 23

5. Indicações Automáticas de Informações de Serviço ................................. 23Nível do líquido do lavador de pára-brisas ........................................................ 23

Nível de líquido de arrefecimento ...................................................................... 23

Proteção do Motor ............................................................................................ 23

6. Indicações de Advertência ........................................................................ 24

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Treinamento Pós-Venda.2

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

7. Indicação de Falhas ................................................................................... 25Grupos de falhas ................................................................................................ 25

8. Sistema de Manutenção............................................................................ 26Indicação automática de manutenção............................................................... 26

Inspeção Imediata .............................................................................................. 26

Funções do painel de instrumentos .................................................................. 28

Diagrama de navegação ..................................................................................... 28

Instrumentos dos painéis ................................................................. 31

Temperatura de trabalho do motor ................................................................ 32

Pressão de óleo ............................................................................................. 34

Pare o motor imediatamente! ........................................................................ 34

Amperimetro - ônibus .................................................................................... 35Nível de combustível ..................................................................................... 35

Pressão de ar ................................................................................................. 36

Check-List .......................................................................................... 37

Checagem do painel ...................................................................................... 37

Inspeção diária .............................................................................................. 38

Condução do veículo ........................................................................ 42

Parada do motor ............................................................................................ 42Partida do motor ............................................................................................ 42

Operação da embreagem ................................................................. 43

Operação da caixa de mudanças ...................................................... 47

Operação de caixas intermediárias e de transferência .................... 48

Operação do eixo traseiro ................................................................. 49

Bloqueio dos diferenciais .................................................................. 50

Mudanças de redução........................................................................ 51

Eixos traseiros com duas velocidades ............................................... 51

Freios................................................................................................. 53

Freio de serviço ............................................................................................. 53

Freio motor / Top Brake ................................................................................ 54

Freio manual do reboque ou semi-reboque ................................................... 56Freio de estacionamento ou freio de emergência ......................................... 57

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Treinamento Pós-Venda. 3

Sistemas ABS-ASR ............................................................................ 58

Sistema antibloqueio ABS ............................................................................. 58

Regulagem anti-deslizante ASR .................................................................... 58

Retardadores ..................................................................................... 59

Direção .............................................................................................. 62

Operação da direção hidráulica ..................................................................... 62

Folga da direção ............................................................................................ 62

Pneus................................................................................................. 63

Cuidados com pneus e rodas ........................................................................ 63

Pressão dos pneus......................................................................................... 63

Pressurização de pneus com nitrogênio ........................................................ 63Corpos estranhos .......................................................................................... 64

Impactos ........................................................................................................ 64

Desgastes dos pneus .................................................................................... 65

Instalação ...................................................................................................... 65

Informações sobre o sistema elétrico .............................................. 66

Chave geral do sistema elétrico ................................................................... 66

Chave geral unipolar ..................................................................................... 66Chave geral eletromagnética ........................................................................ 66

Substituição de fusíveis ................................................................................ 67

Cuidados com a bateria ................................................................................ 67

Utilização de baterias auxiliares para partida ............................................... 68Cuidados com o alternador ........................................................................... 68

Cuidados com o motor de partida ................................................................. 68

Substituição de lâmpadas ............................................................................. 68

Considerações gerais .................................................................................... 69

Procedimentos em caso de reboque em emergência ...................... 70

Desaplicação mecânica do freio de estacionamento .................................... 70

Reboque de veículo com estado avariado ..................................................... 71

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Treinamento Pós-Venda.4

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Módulo II - Condução Econômica

Conceitos básicos ............................................................................. 75

O que é torque ............................................................................................... 75

O que é potência ........................................................................................... 75O que é trem de força .................................................................................... 76

O que é inércia ............................................................................................... 77

O que é velocidade média .............................................................................. 77

Resistências ao deslocamento do veículo ......................................... 78

Resistência ao rolamento do veículo .............................................................. 78

Mantenha os pneus calibrados! ..................................................................... 79

Resistência exercida pelo ar .......................................................................... 79

Resistência exercida pela gravidade .............................................................. 80

Regras fundamentais da condução econômica ................................. 81

1. Guiar com previsão .................................................................................... 82

2. Operar na faixa ideal de operação ............................................................. 833. Sempre que possível pular marchas .......................................................... 84

4. Não acelerar durante a troca de marchas ................................................. 85

5. Aproveitar a inércia do veículo ................................................................... 85

6. Utilizar corretamente os freios ................................................................... 867. Trafegar somente com o veículo engrenado ............................................... 86

8. Manter os pneus calibrados ....................................................................... 86

9. Acompanhar o desempenho do veículo ..................................................... 86

10.O período de amaciamento e a durabilidade do veículo ............................ 87

Lei da balança ................................................................................... 87

Modelo de ficha de controle de consumo de combustível ................ 88

Curva de desempenho do motor OM 364LA (100 kw/136 cv) ........ 89

Curva de desempenho do motor OM 366LA (150 kw/204 cv) ........ 90

Curva de desempenho do motor OM 366LA (170 kw/231cv) ......... 91

Curva de desempenho do motor OM 449LA (235 kw/319 cv) ........ 92

Curva de desempenho do motor OM 457LA (280kw/380cv) .......... 93

Curva de desempenho do motor OM 457LA (265kw/360cv) .......... 94

Curva de desempenho do motor OM 904 LA (100kw/136cv) ......... 95

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Treinamento Pós-Venda. 5

Curva de desempenho do motor OM 906 LA (170kw/231cv) ......... 96

Curva de desempenho do motor OM 904 LA (125kw/170cv) ......... 97

Curva de desempenho do motor OM 924 LA (160kw/218cv) .......... 98

Curva de desempenho do motor OM 926 LA (240kw/326cv) ......... 99

Curva de desempenho do motor OM 611 LA (95kw/129cv) ...........100

Curva de desempenho do motor OM 612 LA (115kw/156cv).......... 101

Curva de desempenho do motor OM 457 LA (320kw/435cv) ........102

Page 7: Formação de monitores

Treinamento Pós-Venda.6

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

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Treinamento Pós-Venda. 7

Apresentação

Todas as influências que se pode exercer sobre uma maneira correta e econômica de dirigir somenteserão materializadas por intermédio do Motorista, ou seja, só ele pode convertê-las em realidade.

O Motorista deve extrair todas as possibilidades que o veículo oferece, assim como das demaiscondições que influem sobre a rentabilidade e a durabilidade do veículo.

Dirigir economicamente, de forma segura e protegendo o meio ambiente faz parte de uma novafilosofia de trabalho que o Motorista começa a por em prática, antes mesmo de sentar-se aovolante.

A preparação do Motorista para assimilar e colocar em prática os conceitos e as informaçõescontidas neste manual é de fundamental importância, pois ele deve estar consciente de quesempre é possível melhorar ainda mais aquilo que faz.

Os veículos evoluem, os motores tornam-se mais potentes e econômicos, a eletrônica facilitadesde a transmissão até os freios. Esta evolução é um convite à adaptação do Motorista,abandonando antigos conceitos e comportamentos.

A Mercedes-Benz dedica este material a você que está junto nesta viagem, evoluindo a cada dia,comprometido com o progresso e com a preservação dos recursos naturais.

Para facilitar a utilização deste manual, as informações estão dispostas em dois módulosdenominados:

I O Veículo e a Operação

II Condução Econômica

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Treinamento Pós-Venda.8

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Módulo I - O Veículo e a OperaçãoInformações Técnicas para Operação de Veículos

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Treinamento Pós-Venda. 9

Identificação dos veículos

A Mercedes-Benz fabrica seus produtos com uma grande variedade de modelos, tipos e versões,identificados por diferentes siglas e números.

Objetivando a criação de uma linguagem comum entre fabricante, concessionários e clientes,estas codificações são aplicadas nas plaquetas de identificação dos veículos e agregados, emseus certificados de registro e nas literaturas técnicas e promocionais.

Modelos, Tipos e Versões

Chamamos de modelo uma série de veículos que têm o mesmo peso bruto total. Por exemplo, omodelo 1418 alinha os seguintes veículos, todos com 14.000 kg de peso bruto total: L 1418/51,L 1418/51, LA 1418/51 e LAK 1418/42.

Um mesmo modelo pode apresentar mais de um tipo de veículo, segundo a finalidade a que sedestina. Assim, no modelo 1418 temos os tipos L, LA e LAK.

Cada tipo oferece uma ou mais versões de distância entre eixos. Por exemplo, no modelo 1414, otipo L engloba as versões 4200 e 5170 mm de distância entre eixos.

Os diferentes modelos de produtos Mercedes-Benz são identificados por um número, cujacomposição obedece a dois processos diferentes:

1º processo:Até outubro de 1964, os diversos modelos eram identificados por um número em que entravao 3 inicial, convencionado para indicar produtos diesel Mercedes-Benz, seguidos de maisduas unidades que constituíam um número de ordem da fábrica.

Após outubro de 1964, até hoje, esse processo continua sendo usado nos números que identificam ônibus integrais (monoblocos), plataformas de ônibus integrais e motores.

2º processo:Nos casos de chassis de caminhões e chassis para ônibus, após outubro de 1964, os númerosque identificam os modelos indicam o peso bruto total do respectivo veículo e a potênciade seu motor (geralmente a potência em cv DIN).

O 500 RS

O 400 RSD

LK 1218 EL 1938 S

L 1622 1728O 400 UPA

915 C 2423K

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Treinamento Pós-Venda.10

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Caminhões e chassis para ônibus

As siglas compreendem alguns grupos distintos:

Grupo alfabético (tipo)Este grupo define o tipo do veículo e suas letras são derivadas do vocabulário alemão.

Page 12: Formação de monitores

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 11

Distância entre eixos (versão)

Nos chassis de caminhões e de ônibus, este número que vem no fim da sigla e é separado dogrupo numérico por uma barra, indica aproximadamente a distância entre eixos.

Grupo numérico (modelo)

Neste grupo, composto por quatro ou três algarismos, temos duas divisões conforme segue:

• Os dois primeiros algarismos indicam o peso bruto total admissível do veículo,em toneladas.

• Os dois últimos algarismos indicam aproximadamente a potência efetiva do motor queequipa este veículo, em CV DIN (acrescentar, sempre, zero no final).

NOTAS:1) Admissível legalmente = 23 t2) Admissível legalmente = 16 t

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Treinamento Pós-Venda.12

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Em alguns casos, após o número referente à distância entre eixos, é indicado o tipo de traçãodo veículo.

Exemplos:L 1620/51 6x2 = Veículo com 6 rodas, das quais 2 são motrizesL 2638/54 6x4 = Veículo com 6 rodas, das quais 4 são motrizesLA 1418/51 4x4 = Veículo com 4 rodas, das quais 4 são motrizes

Exemplos Práticos:

Chassis com cabina semi-avançada

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Treinamento Pós-Venda. 13

Chassis com cabina avançada

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Chassis para ônibus

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Treinamento Pós-Venda. 15

Exemplos práticos:

Plataformas para ônibus

Diferente dos caminhões, o grupo numérico que identifica o modelo, não representa característicastécnicas.

Sua composição obedece ao 1º processo de identificação apresentando-se da seguinte forma:

Grupo numérico (modelo)

Neste grupo, composto por três algarismos, temos duas divisões conforme segue:

PlataformaO 400

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Treinamento Pós-Venda.16

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Controle Carga das bateriasAcende em caso de falhas no sistema de geração de energia e/ou rompimento dacorreia do alternador

Atenção! Não fucionar o motor sem o correia de acionamento do alternador.

Em motores com acionamento conjunto do alternador e bombad’água, a bomba d’água também ficaria inoperante e isto poderiasuperaquecer e danificar seriamente o motor

Baixa pressão pneumáticaAcende quando a pressao pneumática nos circuitos de freio de serviço ou de estacionamentoé inferior à 5,5 bar. Não movimentar o veiculo enquanto esta lampada-piloto permanecer acesa

Freio de estacionamentoAcende quando o freio de estacionamento está acionado ou em caso de pressão pneumáticainsuficiente no circuito do freio de estacionamento

Desgaste das pastilhas de freioAcende quando as pastilhas de freio das rodas dianteiras atingem o limite de desgaste.

Painel de instrumentos

Apresentação

O Painel de Instrumentos constitui-se de um conjunto de equipamentos que tem por finalidadepossibilitar a Comunicação da Máquina com o Motorista.

A correta interpretação e a observação sistemática do Painel pelo Motorista durante a operação,constitui-se em um importante passo rumo a melhoria da qualidade da operação.

Simbologia empregada nos painéis

LÂMPADAS PILOTO

RetardadorAcende quando o retardador está atuando

Pressão de Óleo do MotorAcende quando a pressão de óleo esté excesssivamente baixa. Parar imediatamente o motor!

Temperatura do motorAcende em caso de superaquecimento do motor.Manter o motor à meia aceleração, sem carga, por um ou dois minutos e desligá-lo em seguida,caso a temperatura não diminua

Temperatura da transmissão automáticaAcende quando ocorre superaquecimento da transmissão automática

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 17

Tomada de força

Nível do fluido de freioAcende quando o nível de fluido no reservatório dos circuitos de freio dianteiro e/ou traseiroesteja excessivamente baixo

Indicador de manutenção do filtro de arAcende quando o elemento filtrante esta saturado.Providencie a substituição do elemento filtrante

Sistema de partida a frio por chamaAcende ao ligar a chave de contato, devendo apagar em seguida. Não acionar a partida enquantoesta lâmpada permanecer acesa

Piloto de partida a frio

Eixo auxiliar elevado

Correia do ventiladorAcende em caso de ruptura da correia de acionamento d’o ventilador. Parar imediatamenteo motor!

Controle ABS semi-reboquePermanece acesa quando se traciona um semi-reboque sem ABS ou quando o conector ABSentre o caminhão-trator e o semi-reboque está desconectado .

Grupo de velocidade “lento”(Caixa de mudanças ZF 16S)

Grupo de velocidade “rápido”(Caixa de mudanças ZF 16S)

Operação ASRAcende quando o sistema de regulagem antideslizante (ASR) esta atuando.

Controle ABSAcende ao ligar a chave de contato para indicar a ativação do sistema ABS, devendo apaga aoiniciar a marcha do veículo, quando atingir aproximadamente 7 km/h. Se permanecer acesaserá indicação de irregularidade no funcionamento do sistema ABS.

Controle ABS semi-reboqueDeve apagar ao iniciar a marcha do veículo, após atingir cerca de 7km/h. Se permaneceracesa ou aceder durante a marcha, será indicação de falhas no sistema ABS do semi-reboque.Se o semi-reboque não for equipado com sistema ABS, esta lâmpada-piloto permanecerásempre apagada

Page 19: Formação de monitores

Treinamento Pós-Venda.18

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Lâmpada piloto STOPAcende quando a pressão pneumática do sistema de freio esta baixa, parar o veículo assimque as condições de trânsito permitirem.

Bloqueio transversal do diferencial(Veículos 4x2)

Bloqueio transversal do diferencial - 1º eixo traseiro(Veículo 6x4)

Bloqueio transversal do diferencial - 2º eixo traseiro(Veículos 6x4)

Bloqueio longitudinal do conjunto compensador do 1º e 2º eixo traseiro(veículo 6x4)

Desembaçador térmico dos espelhos

Nível do líquido do arrefecimento

Controle de desgaste das pastilhas do freio dianterio

Controle de desgaste das pastilhas do freio Traseiro

Controle PLDAcende quando o sistema de gerenciamento eletrônico do motor detecta alguma falha

Suspensão fora do nível

Falha no sistema

Kneeling acionado

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 19

Trava da cabina

Compartimento de bagagens

Controle do sistema de aceleração eletrônicaDisponível para plataformas com sistema eletrônico.

Controle do sistema de articulaçãoAcende quando o ângulo de articulação atingir o limite máximo de segurança.

Seletor de marchas (transmissão automática Voith)

Page 21: Formação de monitores

Treinamento Pós-Venda.20

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Simbologia e funcionamento do computador de bordo (FSS)

1. Operação do computador de bordo

O visor é formado por dois campos indicadores, um campo laranja (1) e um campo verde (2) e éativado ao girar a chave de contato para a posição de marcha.

No campo indicador verde (2) são indicadosautomaticamente: a temperatura ambiente externa;informações de serviço, como nível do líquido dearrefecimento; informações de manutenção.As informações de controle, como pressão do óleodo motor, devem ser solicitadas.

No campo laranja (1) são indicadosautomaticamente, as indicações de advertência eas indicações de falhas, as quais são exibidasautomaticamente.

As falhas do sistema eletrônico, representadas no campo indicador laranja do visor por meiode símbolos do módulo eletrônico e o respectivo código de falha, são armazenados no móduloeletrônico.Ao girarmos a chave de contato para a posição de marcha, os campos indicadores laranja e verdeacendem-se por cerca de 2 segundos e, simultaneamente soa o alarme sonoro de advertência.Em seguida os símbolos ABS são mostrados no campo indicador laranja por cerca de 3 segundos.Por último é exibida a temperatura ambiente externa.

As informações de serviços e as indicações de advertência ou de falhas também podem ser exibidassimultaneamente nos campos indicadores laranja e verde. Cada indicação pode durar cercade 5 segundos.

Page 22: Formação de monitores

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 21

2. Botões de Comando do Computador de Bordo

Botão SYSTEM

O botão SYSTEM nos possibilita o acesso asfunções de indicação de temperatura externa,informações de serviço, de manutenção ede diagnóstico:

Pulsar o botão 1 vez Informações de serviço

Pulsar o botão 2 vezes Serviços de manutenção

Pulsar o botão 3 vezes Diagnósticos dos sistemas eletrônicos

Continuar pulsando o botão Diagnóstico para os demais sistemas eletrônicos

Botão INFO

Com o botão INFO podemos solicitar outrasinformações no sistema eletrônico selecionado, porexemplo: outras informações de serviço,de manutenção ou de diagnóstico e a localizaçãoda falha.

Botão RESET (reposição) e QUIT (confirmação)

Por meio do botão de confirmação QUIT podemosapagar as indicações de falhas do grupo “0”,algumas indicações do campo indicador verde dovisor, finalizar a função de diagnóstico e exibir aindicação de temperatura ambiente externa.

Page 23: Formação de monitores

Treinamento Pós-Venda.22

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

3. Sistema de diagnóstico

O sistema de diagnóstico exibe as informações de serviço, advertências e falhas dos sistemaseletrônicos, que são:

FR Regulagem eletrônica veículo-motor (ADM)MR Sistema de injeção (PLD)ABS Sistema antibloqueio dos freiosWS Sistema de manutençãoINS Instrumentos de controleFFB Controle remoto do travamento das portasZV Travamento das portas

As falhas do sistema eletrônico são exibidas no visor pormeio de abreviatura do sistema e o respectivo código defalhas. Podem ser indicadas consecutivamente várias falhasdos sistemas eletrônicos.

Se um sistema apresentar várias falhas, o indicador apresentará somente a falha com o códigomais alto. No caso de falhas num sistema eletrônico (ou no caso de deficiência na comunicaçãodos sistemas eletrônicos), no campo indicador laranja do visor será exibida somente a abreviaturado sistema.

4. Solicitar Informações de Serviço

Indicação de temperatura ambiente externa

Através do controle de funcionamento do visor, atemperatura ambiente externa é exibida automaticamenteno campo do indicador verde do visor. Para suprimir aindicação basta pressionar o botão QUIT, para exibirnovamente pressionar o botão SYSTEM.

Horas de funcionamento do motor

Solicitar as horas de funcionamento do motor pressionando uma vez o botão SYSTEM e duasvezes o botão INFO.

O visor exibirá a indicação “Operat. hrs.” e a quantidadede horas atual de funcionamento do motor, no exemplo86:00 horas.Para suprimir a informação pressionar o botão QUIT.

Page 24: Formação de monitores

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 23

Pressão de óleo do motor

Para solicitar a pressão de óleo do motor, pressionar umavez o botão SYSTEM, aparecerá no visor a indicação“_ _ _ _L”.

Pressionando uma vez o botão INFO, será exibido no visor a indicação da pressão de óleodo motor, em bar. A indicação será suprimida pressionando-se o botão QUIT.

5. Indicações Automáticas de Informações de Serviço

Nível do líquido do lavador de pára-brisas

A informação de serviço “Lavador de pára-brisas” é exibidaquando o nível do líquido no reservatório do sistema estácerca de 1 litro abaixo do abastecimento máximo. Nestacondição deverá ser abastecido o reservatório do sistema.

Nível de líquido de arrefecimento

A informação de serviço “Nível de líquido de arrefecimento”é exibida quando o nível no reservatório de compensaçãoestá cerca de 1 litro abaixo do volume de abastecimentonormal. Reabastecer imediatamente o nível correto delíquido de arrefecimento.

Proteção do Motor

A informação de Serviço “Proteção do motor” é exibida se,durante a condução do veículo a temperatura do líquido dearrefecimento atingir cerca de 100° C. A potência do motorse reduz automaticamente.

Se a temperatura do líquido de arrefecimento exceder a temperatura acima de 105° C, o alarmesonoro de advertência soa. Determinar e corrigir o quanto antes a causa de superaquecimentodo líquido de arrefecimento.

Page 25: Formação de monitores

Treinamento Pós-Venda.24

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

6. Indicações de Advertência

As advertências são exibidas automaticamente no campo indicador laranja e não podemser apagadas. A advertência será exibida com a chave de contato ligada, enquanto a causada falha não for eliminada. Se houver várias advertências, serão exibidas todas em seqüência,em intervalos de 5 segundos.

Corrente de carga

Pressão do sistema de freio

Inspeção imediata

ABS – Reboque/semi-reboque

Nível de óleo da direção hidráulica

Pressão do óleo do motor

Suprimento de corrente – sobretensão

Nível do líquido de arrefecimento

Desgaste dos freios / Inspeção imediata

ABS – Veículo trator

ABS – Veículo trator e reboque semi-reboque

Pressão dos sistemas deconsumidores secundários

Suprimento de corrente – subtensão

Falha dos indicadores

Page 26: Formação de monitores

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 25

7. Indicação de Falhas

As falhas são exibidas automaticamente no campo indicador laranja do visor, geralmente, emforma de código de falhas, o qual é formado pela abreviatura do sistema defeituoso, o grupo defalhas e o número de código da falha.As indicações de falha dos grupos 1 e 2 não podem ser apagadas.

Indicação:

ABS Unidade de controle onde seencontra a falha (SistemaAntibloqueio)

0 Grupo da falhas

41 Localização da falha

47 Classe de falhas

LocalizaçãoFalha no veículo-trator

Grupos de falhas

Quando houver a indicação de falhas no indicador laranja do visor, devemos estar atentos aogrupo de falhas, classificado em 3 grupos:

Grupo de falha 0 (zero) (as indicações podem ser apagadas)Providenciar os reparos necessários no próximo serviço de manutenção do veículo.

Grupo de falha 1 ( as indicações não podem ser apagadas )Encaminhar o veículo o mais breve possível a um concessionário ou posto de serviço autorizado para efetuaros reparos das falhas do grupo 1.O comportamento de marcha e de frenagem do veículo poderá ser comprometido.

Grupo de falhas 2Encaminhar imediatamente o veículo a um Concessionário ou posto de serviço autorizado para efetuaros reparos.O comportamento de marcha e de frenagem do veículo está comprometido. Conduzir o veículocom precaução.

Page 27: Formação de monitores

Treinamento Pós-Venda.26

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

8. Sistema de Manutenção

O sistema de manutenção (Sistema de Manutenção Flexível – FSS) calcula, em função da cargado veículo, as datas de execução dos serviços de manutenção dos componentes ou agregadossujeitos à manutenção preventiva.

Por ocasião da entrega do veículo, ajusta-se a primeira indicação automática de manutenção paraos serviços a 14 dias antes das datas prevista para o próximo trabalho de manutenção. Caso sejanecessário indicar a próxima data de manutenção com um prazo prévio diferente (de 0 a 30 dias),em função das condições de utilização do veículo, a respectiva programação poderá ser feita noConcessionário utilizando o STAR DIAGNOSIS.

Indicação automática de manutenção

Quando dentro do prazo no campo verde do visor será indicado:

500 representa a quilometragem restante até a próxima data para execução dos serviçosde manutenção.

Inspeção Imediata

Indicação exibida no caso de ter ultrapassado consideralvelmente a data prevista para a execuçãodos serviços de manutenção. A indicação de advertência “Serviço imediato” é exibida no campoindicador laranja. A execução dos serviços deve ser imediata, pois se o veículo continuar emoperação, poderão ocorrer danos no veículo ou em seus agregados.

Após vencido o prazo de 7 dias depois de exibida a informação de Serviço imediato, será exibidaa informação de Serviço vencido.

Serviçoimediato

Serviçovencido

Serviçoxxx Km

Serviço500Km

Page 28: Formação de monitores

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 27

Alarme sonoroO alarme sonoro deve tocar nas seguintes condições:

1.0 Falha geral no barramento CAN por 10 segundos.2.0 Porta aberta e luzes ligadas continuamente.3.0 Cabine destravada e ignição ligada por um minuto.4.0 Cabine destravada e veículo posto em movimento por um minuto.5.0 Cinto de segurança destravado por 30 segundos.6.0 Após ligar a ignição por 30 segundos como um diagnóstico.7.0 Quando houver falha no circuito de freio de forma intermitente.

Lâmpada stopA lâmpada STOP deve acender quando:

1.0 Pressão nos circuitos de freio 21 e 22 estiverem menor que 6,5 ber.2.0 Falhas de gravidade 2 detectadas por unidades de controle ligadas na linha K.3.0 Falhas de gravidade 2 detectadas por unidades de controle ligadas na linha CAN.

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Treinamento Pós-Venda.28

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Diagrama de navegação

Funções das teclas:

Teclas para ajustes diversose luminosidade do painelSystem

(sistema)Informações Quit (sair)

Funções do painel de instrumentos

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Treinamento Pós-Venda. 29

Diagrama de navegação

Page 31: Formação de monitores

Treinamento Pós-Venda.30

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Diagrama de navegação

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Treinamento Pós-Venda. 31

Instrumentos dos painéis

1-) * 1 chave - Serviço de Lubrificação

* 2 chaves - Serviço de Manutenção

* 500 Km - Distância restante para realização dos serviços

* Sinal de menos (-) significa serviço vencido

2-) Manutenção a 1300 Km

3-) Lubrificação a 18 dias

4-) Manutenção a 18 dias

5-) Nível do óleo acima do normal

6-) Nível do óleo acima do admissível

1

2

5

678

• Verificar o intervalo de manutenção elubrificação

2 X KM

• Resetar o intervalo de manutenção

1 - Ligar a ignição

2 - 2 X KM

3 - 1 X KM ,desliga e liga a chave aguardando 15 segundos

• Nível de óleo1 - Ligar a ignição e aguardar 10 segundos

2 X KM

15000

?

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Treinamento Pós-Venda.32

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

O sistema de arrefecimento é o responsável pela manutençãoda temperatura de trabalho do motor.Denominamos Temperatura de Trabalho a faixa de temperaturaideal para o bom funcionamento do motor.

Temperatura de trabalho do motor

Apresentamos a seguir os principais instrumentos, suas funções e as atitudes recomendadasfrente a cada situação.

Indicador de temperatura dolíquido de arrefecimento

Temperatura elevada1 Motor Frio2 Temperatura de Trabalho3 Temperatura elevada

Esta faixa se situa normalmente acima dos 80 graus Celsius e abaixo de 95, e é nessa faixa queo motor apresenta o melhor rendimento, com menor consumo de combustível e menor desgastedos componentes.

Para manter a temperatura ideal de trabalho, além do sistema de arrefecimento estar em perfeitoestado de funcionamento, cabe ao Motorista tomar alguns cuidados:

• Quando operar os veículos em dias quentes, em altitudes elevadas ou com muita carga,haverá uma tendência de Elevação da temperatura do motor além do normal.

Neste caso o Motorista deverá selecionar uma marcha mais reduzida, fazendo com que omotor trabalhe com rotações mais elevadas.

• Em caso de Superaquecimento do motor o Motorista será alertado pelo sinal correspondenteque se acenderá no painel e pelo alarme sonoro (cigarra).

Uma vez alertado, o Motorista deverá parar imediatamente o veículo tomando os devidoscuidados que uma parada de emergência requer, como por exemplo, parar fora da pistae providenciar sinalização.

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 33

Manter o motor funcionando a uma rotação ligeiramente acima da marcha lenta e procurarpela origem do problema, que poderá ser:

• Quebra da correia que aciona a bomba d'água ou ventilador.

• Radiador obstruído

• Válvula termostática defeituosa

• Falta de líquido de arrefecimento

• Mangueiras rompidas

Se o problema for: Válvula termostática defeituosa, sua detecção é simples e rápida. Casonão haja diferença de temperatura entre as partes superior e inferior doradiador, pode-se concluir que a válvula termostática tem problemas.No caso de motores equipados com 2 válvulas termostáticas, haverá umapequena diferença de temperatura provocada pelo mal funcionamentode uma delas.

O que fazer: Deve-se providenciar a substituição da válvula termostática defeituosa.Se isso não for possível deve-se, emergencialmente, retirar a válvuladefeituosa, travá-la na posição “aberta”, recolocá-la e seguir viagemcautelosamente até uma oficina para proceder a substituição da mesma.

CUIDADO! O motor não pode funcionar sem a válvula termostática, pois ela éresponsável pelo controle do fluxo de líquido de arrefecimento através doradiador. Estatísticas comprovam que a ausência da válvula termostáticaprovoca desgaste acelerado ou engripamento do motor.

Se o problema for: Falta de líquido de arrefecimento, o nível deverá ser restabelecido aindacom o motor em funcionamento. O líquido frio deverá ser adicionado aospoucos para que haja uma redução gradual da temperatura.

CUIDADO! A queda brusca da temperatura danifica o motor.ATENÇÃO! Para remover a tampa do sistema de arrefecimento com o motor acima

de 50 graus Celsius, deve-se tomar alguns cuidados para evitar gravesqueimaduras. Cubra a tampa com um pano grosso e gire-a lentamenteaté o 1º estágio. Deixe escapar o vapor. Gire até o 2º estágio e retire-a.

Outros ítens podem ser responsáveis pelo superaquecimento do motor, tais como: tampado sistema de arrefecimento defeituosa ou não original, incrustações no bloco, obstruções,óleo lubrificante inadequado, sistema de injeção defeituoso, filtro de ar obstruído, etc.

Em qualquer um dos casos, procure um concessionário ou P.S.A. para diagnóstico e reparação.

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Treinamento Pós-Venda.34

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

A pressão de óleo deve ser verificada tanto em Marcha Lenta quanto na Rotação Máximado motor.

Portanto temos indicados os seguintes valores:

• Pressão Mínima em Marcha Lenta = 0,5 bar• Pressão Mínima em Rotação Máxima = 2,5 bar

É considerado normal que a pressão de óleo indicada quando o motor está aquecido, sejaligeiramente menor que a indicada quando o motor está frio.

Porém em nenhuma das situações a pressão poderá ficar abaixo dos valores prescritos.

Em caso da pressão de óleo ser insuficiente, o Motorista será avisado pelo sinal correspondenteque se acenderá no painel e pelo alarme sonoro (cigarra).

NOTA: Em veículos equipados com computador de bordo, a informação sobre pressãode óleo do motor aparecerá automaticamente no visor do computador de bordo, casoa pressão esteja muito baixa.

PARE O MOTOR IMEDIATAMENTE!

Em seguida verifique o nível do óleo lubrificante, que deverá estar entre o máximo e mínimoda vareta.Se a baixa pressão não for decorrente do nível insuficiente, providencie socorro mecânico.

Pressão de óleo

1. Baixa pressão

2. Pressão

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Treinamento Pós-Venda. 35

A quantidade de combustível disponível no reservatório deve ser checada diariamente, antes deiniciar e durante o trabalho, para evitar surpresas desagradáveis que sempre causam transtornose prejuízos.Ao abastecer o veículo, os seguintes pontos devem ser observados:

• Utilize somente combustível filtrado de qualidade comprovada e livre de contaminantes.Não utilize combustível armazenado em recipientes abertos ou galvanizados.

• Abasteça somente em postos nos quais a qualidade do combustível seja conhecida.

• Sempre que o veículo ficar parado por uma noite ou mais, deixe os reservatórios decombustível abastecidos. Este procedimento diminui a possibilidade de condensação de águanos reservatórios.

• Não abasteça demasiadamente os reservatórios, pois este procedimento além de provocardesperdício de combustível, também contamina e danifica o pavimento das estradascomprometendo até mesmo a segurança do trânsito.

• Periodicamente faça a drenagem dos reservatórios de combustível e limpe o filtrodo pescador. Em veículos equipados com separador de água, drene-o.

• Não se deve colocar no combustível nenhum tipo de aditivo, a não ser em caso de temperaturaambiente muito baixa em que se recomenda a adição de querosene na porcentagem indicadapelo Manual de Operação do veículo.

Nível de combustívelAmperimetro - ônibus

1. Luz Vermelha Intermitente:Sobrecarga das baterias

Luz Vermelha Contínua:Baterias descarregadas

2. Luz Amarela: Cargainsuficiente

3. Luz Verde: Carga normal

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Treinamento Pós-Venda.36

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

A pressão de ar disponível nos reservatórios é indicada pelo manômetro duplo.

A pressão, dependendo de cada veículo será 8,3 bar e 10 bar.

Observe que são dois ponteiros sendo, um indicando a pressão disponível no circuito de freiode serviço do eixo dianteiro e outro do eixo traseiro.

A pressão mínima é 5,5 bar.

CUIDADO! Estando a pressão em um dos dois circuitos abaixo do mínimo e, se o veículoestiver em movimento, pare-o imediatamente, tomando as devidas precauçõesquanto ao trânsito..

ATENÇÃO! Em caso de queda súbita de pressão em um dos circuitos o veículo aindadispõe de freio de serviço em um dos eixos. Se necessário, utilize o Freiode Emergência que sempre estará disponível através do Freiode Estacionamento. O Freio de Emergência permite o acionamento até mesmono caso de perda total da pressão de ar nos reservatórios, pois a frenagem serealizará por ação das molas dos cilindros combinados Tristop instalados no EixoTraseiro. Se necessário for a utilização do Freio de Emergência, esta deve serfeita de modo suave e gradativa, evitando com isto o imediato travamento dasrodas e a conseqüente dificuldade ou perda da dirigibilidade do veículo.

Pressão de ar

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Treinamento Pós-Venda. 37

Quando funcionar o motor, as lâmpadas de advertência deverão apagar-se e o alarme sonoroda pressão de óleo/temperatura do motor deve soar imediatamente, até que a pressão normalde óleo seja estabelecida.

ATENÇÃO! Se algum destes sinais não acender nesse teste, as condições dos indicadorese do veículo deverão ser verificadas.

Indicador de Saturação do Filtro de Ar

Correia do Ventilador

Sistema ABS-ASR

Desgaste das Pastilhas de Freio

Nivel do Fluido de Freio

Controle PLD - Veiculo com motorização eletrônica

Temperatura/Nível do sistema de Arrefecimento

Pressão do ar do Sistema Pneumático

Funcionamento do Alternador - Controle deCarga da Bateria

Check-List

Checagem do painel

Ao girar a chave de partida até o primeiro estágio, o painel de instrumentos deverá fornecer oresultado de um teste nos principais sinais de comunicação.Deverão acender as lâmpadas dos seguintes sinais:

Nível do sistema de Arrefecimento

Trava da cabina

Grupo de velocidades “reduzida”

Lâmpada piloto Stop

Pressão de óleo

Nível de óleo do motorNível do óleo da embreagem

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Treinamento Pós-Venda.38

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Inspeção diária

Diariamente o veículo requer uma verificação que na maioria das vezes é feita pelo próprioMotorista.Esta verificação é muito importante porque ela pode evitar ocorrências indesejáveis ou até mesmograndes prejuízos.Apresentamos a seguir um roteiro para os procedimentos:

• Verifique o nível do óleo lubrificante do motor

O nível de óleo deve ser verificado com o veículo estacionado em local plano antes de funcionaro motor ou pelo menos 5 minutos após tê-lo desligado.Retirar a vareta medidora do nível do óleo.Limpá-la com um pano limpo, sem fiapos, e recolocá-la em seu alojamento encaixando-acompletamente.Retirar a vareta novamente e observar o nível do óleo.

• O óleo não deverá exceder o nível máximo. Escoar o excesso.

• Se o nível do óleo estiver dentro da faixa de operação, não adicionar mais óleo ao cárter

• Se o óleo estiver no nível mínimo ou abaixo, adicionar óleo ao cárter, da mesmamarca e tipo do óleo já existente, até atingir as proximidades do nível máximo.

• Verifique o nível do líquido de arrefecimento

O nível do líquido de arrefecimento com o motor frio (máx. 50º C) corresponde a borda inferiordo bocal de abastecimento, ou indicação conforme visor externo (quando disponível).A adição do líquido de arrefecimento, quando necessária, deve ser feita de preferência como motor frio (máx. 50º C).

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 39

ATENÇÃO! Para abastecer o sistema de arrefecimento, utilizar somente líquidode arrefecimento, o qual deve ser previamente preparado com a misturade água potável e o produto anticongelante/anticorrosivo recomendado (vertabela de lubrificante disponível nos concessionários MBBras). Em veículosequipados com motores de camisas úmidas, verifique a concentração doanticongelante/anticorrosivo periodicamente.

• Verifique o nível do fluido da direção hidráulica

O nível deve ser observado com o motor em marcha lenta.1. Retirar a vareta medidora, limpá-la com um pano sem fiapos e recolocá-la em seu alojamento

encaixando-a completamente.Retirar novamente a vareta e observar o nível de fluido que deverá estar entre as indicaçõesde nível máximo e mínimo.

2. Observar o nível do fluido através das referências A = Frio, B = Quente.

Se o nível de fluido estiver na altura da indicação de nível mínimo ou abaixo, limpar a tampado reservatório e suas imediações, removê-la e adicionar fluido aos poucos até atingir o nível máximo.

CUIDADO! Durante a adição de fluido, tomar o máximo cuidado para evitar a penetraçãode impurezas no sistema.

ATENÇÃO! Ao desligar o motor, o nível de fluido se eleva de 1 a 2 cm acima da indicaçãode nível máximo. Se o nível de fluido se elevar mais que 2 cm, será indicação daexistência de ar no sistema, sendo necessário providenciar a sangria do mesmo.

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Treinamento Pós-Venda.40

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

• Acione o ejetor de partículas do filtro de ar

Pressionar com a mão, a válvula de descarga de pó para descompactar a poeira eventualmentepresa em sua parte interna, mantendo-a desobstruída.

ATENÇÃO! Substituir a válvula se foram notados danos ou deformações na região dos lábios.Verifique a limpeza das colmeias dos radiadores.

Mantenha limpa a parte externa do radiador aplicando jatos de ar comprimidopara remover quaisquer sujeiras que possam obstruir a passagem de ar.

Nos veículos com pós-resfriador do ar de admissão (intercooler), mantenha as aletas do resfriadorde ar sempre desobstruídas.

A limpeza deve ser feita com jatos de ar ou água e em caso de incrustações, vapor, aplicadoinicialmente pelo lado do ventilador e depois pela face oposta.

Para evitar danos as aletas do resfriador de ar e do radiador do sistema de arrefecimento, aplicarjatos de ar, água ou vapor, perpendicularmente as faces destes componentes.

Se for observada muita sujeira entre o radiador de água e o resfriador de ar, o veículo deve serencaminhado a um concessionário ou P.S.A. para remover esses conjuntos e providenciar a limpeza.

ATENÇÃO! Em regiões com elevada incidência de insetos, poeira ou palha, a desobstruçãoda colmeia dos radiadores deve ser executada com maior freqüência. A nãoexecução deste procedimento resultará no arrefecimento deficiente do motore queda no rendimento em veículos equipados com pós-resfriador.

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 41

Controlar periodicamente, pelo menos uma vez por semana:

• A tensão e o estado das correias;• O estado das mangueiras;• O nível do fluido de acionamento da embreagem e do freio;• Drenar os reservatórios de ar;• Vazamentos em geral (água, ar, lubrificantes, combustível, etc);• Estado geral e inflação dos pneus, inclusive da roda sobressalente (estepe);• O estado e fixação dos cintos de segurança;• O estado e funcionamento do limpador de pára-brisa.

ATENÇÃO! O computador de bordo, para veículos dotado deste sistema, controla o graude saturação do filtro de ar, o nível de óleo do motor, o nível do líquido dosistema de arrefecimento, o nível de fluido da direção hidraúlica, etc. Caso sejaexibida uma informação de serviço no visor do sistema, providenciar a execuçãodo serviço solicitado.

Verifique diariamente, antes de funcionar o motor:

• Pré-filtro com separador de água do combustível (drenar água acumulada);• Abastecimento do reservatório (tanque) de combustível;• Acoplamento do reboque ou semi-reboque;• O nível de água dos limpadores do pára-brisa;• O aspecto geral do veículo, observando a limpeza, fixações, travas, etc;• Verifique o funcionamento dos faróis e luzes de sinalização.

Verifique diariamente, após funcionar o motor:

• Pressão do óleo lubrificante;• Pressão pneumática;• Folga da direção.

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Treinamento Pós-Venda.42

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Parada do motor

Para parar o motor, deixá-lo funcionar pelo menos 30 segundos em regime de marcha lenta antesde girar a chave de contato para a posição desligada.

ATENÇÃO! Não pare o motor imediatamente após uma acelerada. Se a temperatura domotor estiver acima de 90º C, deixe-o funcionar a uma rotação um pouco acimada marcha-lenta por um ou dois minutos antes de acionar a parada do motor.

Aquecimento/movimentação do veículo

ATENÇÃO! Evite manter o motor em funcionamento em marcha-lenta por muito tempo.Nessa condição a combustão é deficiente e favorece a formação de depósitosnas câmaras de combustão, nas válvulas de escapamento e ao redor dos anéisdos êmbolos. Se eventualmente, devido a natureza do serviço, for absolutamentenecessário manter o motor funcionando com o veículo parado, ajustar a rotaçãopara 1000/min.

O veículo deve ser aquecido como um todo e não somente o motor. Portanto, assim que forestabelecida a pressão de óleo do motor e a pressão correta de ar, o veículo deve ser colocadoem movimento.

CUIDADO! Não libere o Freio de Estacionamento nem coloque o veículo em movimentose a pressão de ar em um dos circuitos for inferiors de 5,5 bar.

A movimentação deve iniciar com a primeira marcha e, até que o motor atinja 80° C, não forceo veículo.

Condução do veículo

Partida do motor

Para colocar o motor em funcionamento, deve-se seguir os seguintes procedimentos:

• Acione o freio de estacionamento• Posicione a caixa de mudanças em ponto neutro• Se o veículo for equipado com sistema de calefação, posicione o comando do sistema

na posição "frio"• Gire a chave de contato até o primeiro estágio, fazendo o check-list das lâmpadas-piloto

de advertência e do alarme sonoro (cigarra).

ATENÇÃO! Motores turboalimentados requerem especial atenção quanto ao procedimentoda partida. Não acelere enquanto não for estabelecida a pressão de óleono motor. Este procedimento evita que o turboalimentador trabalhe emaltíssimas rotações sem a lubrificação necessária.

• Não acione a partida por mais de 10 segundos consecutivos. Caso seja necessária novatentativa, aguarde pelo menos 30 segundos antes de acioná-lo novamente.

Page 44: Formação de monitores

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 43

Operação da embreagem

Ao utilizar a embreagem o Motorista pode demonstrar sua habilidade na operação do veículo.

Portanto, devem ser observados os seguintes procedimentos:

• Solte o pedal de embreagem sempre de maneira suave, tanto em arrancadas quantoem troca de marchas. O "tranco" decorrente de um acionamento brusco, prejudica todosos componentes do trem de força.

Page 45: Formação de monitores

Treinamento Pós-Venda.44

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

• Acione a embreagem somente durante o tempo estritamente necessário para engatar umamarcha e arrancar ou trocar de marchas. O acionamento prolongado da embreagem provocadesgastes no sistema de acionamento e no motor.

• Não dirija com o pé apoiado sobre o pedal de embreagem. Mesmo um pequeno esforçosobre o pedal da embreagem já é suficiente para provocar desgaste prematuronos componentes de acionamento.

Page 46: Formação de monitores

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Treinamento Pós-Venda. 45

• Através de alavancas

• Acionamento hidráulico

• Acionamento hidro-servo-pneumático

Page 47: Formação de monitores

Treinamento Pós-Venda.46

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

• Não usar dupla debreagem nas mudanças de marchas. Nos câmbios sincronizados a dupladebreagem não tem efeito prático algum, portanto é desnecessária.

• Jamais "segure" o veículo em uma rampa, controlando acelerador e embreagem. O calorgerado no conjunto "queima" o disco e provoca rachaduras no volante do motor e na placade pressão do platô.

• Nos veículos equipados com caixas de mudanças de 16 marchas, a aplicação do "split"deve ser seguida de um acionamento do pedal da embreagem até o final do curso.Isto garante a troca de marcha.

EASY SHIFT - SISTEMA ELETRO-PNEUMÁTICO DE MUDANÇAS DE MARCHAS

Easy shift é um sistema de marchas onde não existe mais ligação mecânica entre a alavanca demudanças e o trambulador. Neste sistema existe uma alavanca de mudanças elétrica onde seisinterruptores comandam válvulas que, pelo acionamento pneumático de dois pistões, realizam amudança de marchas.

Quais são as funções que o sistema tem?

1-) Engate de marchas.

2-) Bloqueio do engate da 1a. e 2a.marcha com o veículo acimade 35 Km/h.

3-) Bloqueio do engate da 3a. e 4a.marcha com o veículo acimade 60 Km/h.

4-) Liberação do curso total daalvanca apenas quando a marchaé engatada.

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 47

Operação da caixa de mudanças

Representação do fluxo do torque em uma caixa de cinco marchas à frente e uma à ré

Para facilitar a operação, todos os veículos modernos são equipados com Caixa de Mudançassincronizadas.

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Treinamento Pós-Venda.48

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

A Caixa de Mudanças sincronizadas proporciona maior economia de combustível, maior segurançae conforto através de engates simples e rápidos.

As mudanças de marchas devem ser feitas normalmente, acionando-se totalmente o pedal deembreagem, sem efetuar dupla debreagem, sem acelerar quando em ponto morto e movendo aalavanca de mudanças para a posição escolhida com suavidade e firmeza, evitando tentativas deengate através de golpes alternados.

CUIDADO! Na seleção de marchas, principalmente em reduções, o Motorista deve cuidarda rotação do motor. A escolha de uma marcha inadequada pode provocarexcesso de rotação no motor e, conseqüentes danos, como o "atropelamentode válvulas".

As mudanças de marchas devem ser feitas com rapidez e precisão, para evitar perda da inércia, oque significa desperdício de energia.

Pule marchas sempre que possível. Selecione a marcha mais alta possível, levando em conta ascircunstâncias da operação e a rotação do motor.

Engrenar a marcha-à-ré somente com o motor em marcha-lenta e o veículo totalmente parado.

Operação de caixas intermediárias e de transferência

• Veículos com reduzida• Veículos com tração dianteira• Veículos com reduzida e tração

dianteira

O acionamento da Caixa Intermediáriaou de redução é feito através de uminterruptor localizado no painel deinstrumentos.

A Reduzida deve ser utilizada emcondições de operação que exijam maisforça de tração, como por exemplo emsubidas íngremes com o veículocarregado.

A Tração Total é indicada paraoperações fora-de-estrada, onde hánecessidade de mais rodas tracionando.

ATENÇÃO! A aplicação ou desaplicação deverá ser efetuada Somente com o Veículo parado.Não é aconselhável mudar a marcha da Caixa de Redução devido a alteraçõespassageiras das condições operacionais.

As Caixas Intermediárias e as Caixas de Transferência são aplicadas em veículos com as seguintescaracterísticas:

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Treinamento Pós-Venda. 49

Operação do eixo traseiro

Os eixos de tração possuem um mecanismo chamado diferencial. O diferencial faz com que asrodas de um mesmo eixo possam ter rotações diferentes sem prejuízo da distribuição do torque.Isto se dá em trajetos em curva ou com irregularidades no terreno.

Para que o diferencial funcione com eficiência e durabilidade, o Motorista deve tomar os seguintescuidados:

• Na operação em terrenos escorregadios, o Motorista deve evitar que as rodas patinem.

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Treinamento Pós-Venda.50

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

• Nunca levante as rodas traseiras, fazendo-as girar através do motor afim de ouvir ruídos,"assentar" as lonas, etc.

• Os pneus montados nas rodas de tração, devem ser da mesma marca e modelo, alémde estarem no mesmo nível de desgaste.

Estes cuidados visam evitar que o diferencial seja submetido a um regime de compensação acimade sua capacidade, o que danifica os componentes da caixa de satélites.

Bloqueio dos diferenciais

Veículos que normalmente operam em terrenos escorregadios, devem ser equipados com umdispositivo chamado Bloqueio do Diferencial.

O bloqueio pode ser Transversal ou Longitudinal e é acionado pelo Motorista quando fornecessário.

O bloqueio transversal imobiliza o diferencial entre as rodas de um mesmo eixo, fazendo com queas rodas tenham a mesma rotação.

O bloqueio longitudinal só é empregado em veículos 6x4 ou 6x6 e, quando acionado, bloqueia ocompensador entre os eixos de tração.

Luva de engate

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 51

Mudanças de redução

A mudança de redução do eixo traseiro é comandada por um interruptor montado na alavanca dacaixa de mudanças e, poderá ser efetuada em qualquer velocidade desde que a rotação do motorseja compatível com a velocidade do veículo.

ATENÇÃO! Em declives acentuados, selecionar a marcha normal ou reduzida do eixo traseiroantes de iniciar a descida. Não estacionar o veículo com a marcha reduzidado eixo traseiro• engatada. Com o veículo ainda em movimento, acionar ointerruptor (marcha normal) e pisar no pedal da embreagem.

CUIDADO! Não trafegar em estradas pavimentadas ou em terra firme com o bloqueiotransversal ou longitudinal aplicado. Nessas condições, além de desnecessário,o bloqueio causa sérios danos aos componentes do eixo traseiro.

Para desaplicar o bloqueio não é necessário parar ou diminuir a velocidade do veículo.

Se ao desaplicar o bloqueio, a lâmpada-piloto permanecer acesa, efetuar pequenos desvios natrajetória do veículo para aliviar tensões e permitir o desacoplamento.

Eixos traseiros com duas velocidades

A opção de uma segunda redução no eixo traseiro, em combinação com as marchas da caixa demudanças, proporciona velocidades intermediárias que permitem melhor aproveitamento darotação/torque do motor e, consequentemente, uma condução mais econômica.

Considerando os conceitos de condução econômica, não existe um padrão definitivo estabelecidopara a combinação das reduções do eixo traseiro com as marchas da caixa de mudanças.

As combinações são definidas pelo Motorista, em função das condições de operação.

Sua aplicação é recomendada quando oveículo for trafegar sobre pisosescorregadios como lama e palhada e,nesta situação pode fazer curvasnormalmente.

ATENÇÃO! Acionar o bloqueiosomente quando oveículo estiver parado.

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Treinamento Pós-Venda.52

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Mudanças de marchas, na ordem crescente

A) Somente eixo traseiroCom o acelerador acionado, puxar o botão para cima (N). A seguir, tirar o pé do acelerador episar simultaneamente, até o fim, o pedal da embreagem. Após uma pausa para completar amudança, soltar o pedal da embreagem e pisar o pedal do acelerador novamente.

B) Caixa de mudanças e eixo traseiroCom o acelerador acionado, empurar o botão para baixo (R) e efetuar normalmente a mudançapara a marcha superior da ciaxa de mudanças.

Mudanças de marchas, na ordem decrescente

A) Somente eixo traseiroCom o acelerador acionado, empurrar o botão para baixo (R). Pisar e soltar rapidamente opedal da embreagem, mantendo o acelerador acionado ou simplesmente, tirar moderadamenteo pé do acelarador, voltando a pisá-lo logo a seguir.

B) Caixa de mudanças e eixo traseiroCom o acelerador acionado, puxar o botão para cima (N) e efetuar normalmente a mudançapara a marcha inferior da ciaxa de mudanças.

Interruptor de comando da mudança de reduçãodo eixo traseiroN - marcha normalR - marcha reduzida

Diagrama I

Combinação das reduções do eixo traseiro com amarchas da caixa de mudanças (exemplos)N - normalR - reduzida

Diagrama II

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 53

Freios

Freio de serviço

Denomina-se Freio de Serviço o sistema de freio acionado pelo pedal localizado ao lado do acelerador.O acionamento pode ser hidro-pneumático ou pneumático, porém sempre dividido em dois circuitosindependentes, sendo um para o eixo dianteiro e outro para o(s) eixo(s) traseiro(s).

A utilização correta do Freio de Serviço é um fator importante para a Condução Econômica,porém é muito mais importante para a segurança.

O freio de Serviço deve ser empregado o mínimo indispensável, como em parada total do veículo,correções de velocidade em declives acentuados ou em situações de emergência.

Outras maneiras de frear o veículo devem ser exploradas ao máximo pelo Motorista, tais comoreduções de marchas, freio motor, Top Brake e retardador quando disponível.

A duração da aplicação de Freio de Serviço deve ser a mínima possível.

Page 55: Formação de monitores

Treinamento Pós-Venda.54

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

ATENÇÃO! A aplicação prolongada do Freio de Serviço provoca o superaquecimento daslonas e pastilhas de freio. Uma vez superaquecido, o Freio de Serviço perde aeficiência, podendo o veículo ficar totalmente sem freios. O superaquecimentoaltera e danifica as lonas, pastilhas, discos e tambores de freio.

CUIDADO! Em descidas longas, em serras por exemplo, não acione continuamente o Freiode serviço, controlando a velocidade através de dosagem de aplicação (casquinha).

Fique atento às situações do trânsito e às condições de via para que não seja necessário o empregoexclusivo do Freio de Serviço na desaceleração do veículo.

Cabe ao Motorista a responsabilidade pela observação do desempenho dos freios. Sua atençãotem de ser redobrada ao dirigir nas seguintes situações:

• Após a troca de lonas ou reparos no sistema de freios. Durante o período de assentamentoentre as lonas e o tambor ou pastilhas e disco, a eficiência dos freios fica reduzida.

• Após a troca de veículo. Cada veículo tem um comportamento característico, ao qual oMotorista tem que se adaptar.

• Após a lavagem do veículo ou ao trafegar em pistas molhadas. A frenagem feita com aslonas ou pastilhas molhadas é deficiente e as vezes desequilibrada (puxa para um lado).

Freio motor / Top Brake

Os melhoramentos introduzidos nos motores resultam apenas em um ligeiro aumento da potênciade frenagem.O sistema freio motor é do tipo borboleta de pressão dinâmica, montado no sistemade escapamento.Quando a borboleta do freio motor se fecha, gera uma contrapressão no sistema de escapamentocontra a qual, os êmbolos tem que efetuar o trabalho de exaustão no 4o tempo do motor(escapamento), resultando na frenagem do motor.

O Freio Motor é um sistema de freio auxiliar que deve ser empregado tanto em frenagensprolongadas em longos declives como para desacelerações em tráfego normal.

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Treinamento Pós-Venda. 55

Quando aplicado o Freio Motor, o motor poderá atingir até a rotação máxima permitida sem queisto implique em algum dano ao motor.

ATENÇÃO! Não acione o Freio Motor em pistas escorregadias ou ao manobrar o veículo.A eficiência do Freio Motor é sensivelmente aumentada, e os benefíciosdecorrentes de um sistema auxiliar de freios mais eficiente também, atravésdo exclusivo sistema Top Brake Mercedes-Benz.

Quanto mais reduzida for a marcha engrenada na caixa de mudanças, maior será a eficiênciado Freio Motor. A correta utilização do Freio Motor não causa danos ao motor e permite prolongara vida útil das guarnições e tambores de freio. Em longos declives, a utilização do Freio Motorpoupa o freio de serviço, assegurando sua total eficiência em caso de eventuais emergências.

O freio motor com estragulandores contantes (Top Brake) consiste, basicamente, na otimizaçãodo sistema de freio motor convencional, com a incorporação de uma válvula de estrangulamentoconstante no cabeçote (uma para cada cilindro), as quais, quando abertas permitem a comunicaçãodos cilindros do motor com o coletor de escapamento, através de um canal no cabeçote.

Além da potência de frenagem proporcionada pela contrapressão gerada no sistema deescapamento durante o 4o tempo (escapamento) quando a borboleta do freio motor está fechada,o freio motor com estranguladores constantes proporciona uma potência de frenagem adicionalresultante do aproveitamento de parte da compressão no 2o tempo do motor, por meio dosestranguladores constantes (Top Brake).

Com a potência de frenagem elevada é possível obter, com segurança, velocidades médias emdeclives consideradamente mais altas resultante em tempo de viagem mais reduzido. Além disso,reduz-se também a solicitação do freio de serviço diminuindo o desgaste do freio das rodas,assegurando sua total eficiência em situações de emergência.

O Top Brake é um sistema instalado opcionalmente nos motores da série 400, em conjunto com ofreio motor.

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• Em Declives Acentuados

Nestas condições, o reboque ou semi-reboque tem a tendência de "empurrar" o veículotrator. Utilizando-se moderadamente o Freio Manual este inconveniente poderá ser eliminado.

CUIDADO! Não faça uso do Freio Manual por um tempo demasiadamente prolongado, comopor exemplo, controlar a velocidade do veículo em declives. Este procedimentoprovoca um superaquecimento e a conseqüente redução na eficiênciados freios. Em condições normais de desaceleração ou controle da velocidadedo veículo, utilize os sistemas auxiliares de freio (redução de marchas,freio motor, retardador) e o freio de serviço.

Em condições normais de desaceleração ou controle da velocidade do veículo, utilize os sistemasauxiliares de freio (redução de machas, freio motor, retardador) e o freio de serviço

Freio manual do reboque ou semi-reboque

O Freio Manual do Reboque ou Semi-Reboque permite o acionamento do freio deste, em situaçõesque seja necessário, como por exemplo, nas seguintes circunstâncias:

• Em pistas molhadas ou escorregadias

Acione primeiramente o freio-manual o suficiente para iniciar a frenagem do reboque ousemi- reboque. Somente após iniciar a frenagem do reboque ou do semi-reboque, acione ofreio de serviço do veículo.

a - Freio desaplicado

b - Início de aplicação do freio

c - Freio totalmente aplicado

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Treinamento Pós-Venda. 57

Freio de estacionamento ou freio de emergência

O Freio de Estacionamento atua nas rodas traseiras do veículo e tem seu acionamento feitomecanicamente com a força de aplicação manual ou de molas acumuladoras.

A desaplicação do Freio de Estacionamento requer as seguintes precauções:• Se a pressão pneumática for insuficiente (os manômetros indicam pressão abaixo de 5,5 bar)

não desaplique o Freio de Estacionamento. Mantenha-o aplicado aguardando a total pressurizaçãodo sistema pneumático.

• Se devido a avarias no sistema pneumático, não existir pressão suficiente para a desaplicaçãodo Freio de Estacionamento, o mesmo poderá ser desaplicado mecanicamente para possibilitaro deslocamento do veículo em casos de emergência. Veja procedimento indicado no item"Procedimentos em caso de reboque em emergência".

Por ser totalmente independente do freio de serviço, o Freio de Estacionamento pode ser utilizadocomo Freio de Emergência.

ATENÇÃO! Em emergências, numa eventual falha do freio de serviço, acione gradualmentea alavanca, proporcionando uma ação de frenagem progressiva sem causaro travamento brusco das rodas.

1 - Freio aplicado

2 - Destravar

3 - Freio desaplicado

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Sistemas ABS-ASR

Sistema antibloqueio ABS

O ABS impede o bloqueio das rodas ao frear o veículo, independente das condições da estrada,desde que ultrapassada a velocidade de 7 km/h.

As lâmpadas-piloto "controle ABS" e "controle ABS semi-reboque", no painel de instrumentos,devem acender ao girar a chave de contato para a posição ligada e apagar ao ultrapassar os 7km/h.

Se a(s) lâmpada(s)-piloto não apagar(em) conforme indicado acima ou acender(em) durante amarcha, será a indicação de irregularidades no funcionamento do ABS.

A ocorrência de irregularidades no ABS não prejudica a eficiência do freio de serviço, entretantoa instalação do ABS deverá ser checada e reparada tão logo seja possível.

ATENÇÃO! O ABS não dispensa a maneira de conduzir o veículo adequada às condiçõesda estrada. Por exemplo, o ABS não tem condições de evitar as conseqüênciasde não se ter mantido a uma distância segura para frenagem ou haver conduzidoo veículo a velocidades elevadas em uma curva.

O Motorista nota quando o ABS começa a atuar durante uma frenagem, pois as válvula moduladorasemitem um ruído característico de drenagem de ar comprimido.

Em frenagens de emergência o pedal de freio deverá ser acionado de um só golpe para garantir aregulagem em todas as rodas e obter uma desaceleração eficiente e segura do veículo.

Quando o ABS começa a atuar, o freio-motor é desconectado automaticamente.

Regulagem anti-deslizante ASR

A regulagem anti-deslizante impede que as rodas motrizes patinem ao iniciar a marcha ou aceleraro veículo, independente das condições da estrada.

O sistema ASR se conecta automaticamente quando uma das rodas motrizes ou ambas tendema patinar. A lâmpada piloto "Operação ASR" acende, indicando a atuação do sistema ASR, devendoo motorista adaptar sua maneira de conduzir o veículo às condições de estrada.

CUIDADO! Se o veículo estiver suspenso pelo macaco, com uma das rodas de traçãosuspensa, não acione o motor com alguma marcha engatada. O ASR atuará,deslocando o veículo, o que poderá resultar em graves acidentes pessoaise danos materiais.

O ASR atua da seguinte forma:• Se uma das rodas patina, esta será freada e o torque transferido para a outra.• Se ambas as rodas de tração patinam, a rotação do motor se reduz, buscando automaticamente

um torque compatível com a aderência das rodas

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Retardadores

O Retardador é um sistema auxiliar de freio que pode ser montado opcionalmente nos veículos.A utilização correta do retardador poupa o freio de serviço, diminuindo consideravelmente odesgaste das guarnições e tambores de freio, bem como permite um aumento da velocidademédia em declives, com mais segurança.O retardador deve ser utilizado como freio adicional sempre que se desejar desacelerar o veículo,principalmente em longos declives.A aplicação proporciona uma frenagem suave ao veículo, sem desacelerações bruscas.

Os retardadores empregados nos veículos Mercedes-Benz podem ter 4 execuções:

ExecuçãoII

Execução I

Retardador de freio Voith (transmissão automática)

A atuação do retardador de freio integrante da transmissão automática ocorre independentementeda vontade do motorista em velocidades à partir de 20 km/h, conforme indicado a seguir:

• O primeiro estágio de frenagem é acionado ao soltar o pedal do acelerador.

• O segundo e o terceiro estágios de frenagem são comandados através do pedal do freio deserviço e a atuação do retardador ocorre com um pequeno curso do pedal, 3 a 5 segundosapós o seu acionamento.

Execução I

a - atuação doretardador

b - atuaçãoconjugada doretardador efreio de serviço

0 retardadordesaplicado

1 frenagemmínima

2 e 3 frenagemmédia

4 frenagemmáxima

Execução III

0 - velocidade constante +frenagem escalonada doretardador + freio-motorI - velocidade constante+ 25% de frenagem(1º estágio, no pedal de freioII - desligado

Execução IV - TELMA

0 retardadordesaplicado

1 frenagemmínima

2 e 3 frenagemmédia

4 frenagemmáxima

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Treinamento Pós-Venda.60

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Execução II

Retardador de freio Voith (com alavanca na coluna)

A alavanca de comando do retardador deve ser acionada escalonadamente até a posição defrenagem desejada (o acionamento da alavanca de comando do retardador, de uma só vez para aposição desejada, sem escalonamento, é admissível somente em situações de emergência).

Após efetuar uma frenagem com o retardador, retornar a alavanca de comando completamente àposição 0.

Operação normal em pistas secas

A alavanca de comando do retardador pode ser acionada para qualquer posição de frenagem,porém, com o veículo em altas velocidades recomendamos o acionamento do retardador de formaescalonada.

Operação em pistas escorregadias

O retardador deve ser acionado somente de forma escalonada. Em condições extremamenteadversas, o retardador não deve ser utilizado.

Execução III

Retardador de freio Voith (Digiprop)

Velocidade constante:

Quando iniciar um declive, a função de velocidade constante será ativada ao soltar o pedal doacelerador. Neste momento, a velocidade do veículo é memorizada e a atuação do retardador écomandada para aumentar ou diminuir o momento de frenagem para manter essa velocidadeconstante. Acionando-se o pedal do freio ou do acelerador, apaga-se a velocidade memorizada e,assim que o pedal do freio ou do acelerador for solto novamente, o sistema será ajustado para umnovo valor de velocidade constante.Durante a atuação da função de velocidade constante, se a capacidade de frenagem do retardadorfor insuficiente para manter a velocidade do veículo constante, o módulo de controle do retardadoremite um sinal de saída para conectar o freio-motor.Quando a velocidade do veículo atingir a velocidade constante memorizada, o sistema desliga ofreio-motor novamente. O freio-motor é conectado pelo sistema quando a velocidade do veículoultrapassar a velocidade memorizada em cerca de 4km/h e, desliga quando a velocidade doveículo estiver cerca de 2km/h acima da velocidade memorizada.

Frenagem escalonada:

A frenagem escalonada do retardador é comandada através do pedal de freio. O 1º estágiode frenagem é comandado ao acionar ligeiramente o pedal de freio (curso livre), antes do freio deserviço exercer ação. Pressionando-se mais o pedal do freio entram em ação o 2º e 3º estágiosde frenagem. A atuação do retardador é indicada através da lâmpada-piloto disposta no painelde instrumentos.Durante a frenagem, a atuação do retardador será desativada automaticamente quando avelocidade do veículo cair abaixo de 3km/h.

Desligado:

Com o interruptor de função desligado, o retardador permanece inoperante.

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Execução IV

Retardador de freio Telma

O retardador Telma é comandado por uma alavanca manual disposta na coluna de direção. Com aalavanca de comando nas posições de frenagem, a lâmpada-piloto do retardador deve acenderindicando sua aplicação.

Para retomar a velocidade normal de cruzeiro do veículo, retornar a alavanca de comando doretardador à posição “0”.

A lâmpada-piloto do retardador deverá apagar-se.

ATENÇÃO! Quando o retardador estiver aplicado principalmente em longos declives, cuidepara que a rotação do motor não fique abaixo de 1200/min. Este procedimentoassegura uma melhor capacidade de arrefecimento do sistema e evita adesativação do retardador.O retardador não produz momento de frenagem quando o veículo esta parado,portanto não pode ser utilizado com freio de estacionamento.

Observações:• Pode-se efetuar mudanças de marchas enquanto o retardador está aplicado.• Dependendo do modelo, o veículo pode ter ou não o acelerador bloqueado ao aplicar o

retardador. Nos veículos onde ao pisar no acelerador o retardador é automaticamentedesaplicado, deve-se tomar cuidado para não esquecer o retardador aplicado.

• Quando houver interruptor geral no painel, deve-se acioná-lo no início da jornada de trabalhoe desligar ao final.

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Direção

Operação da direção hidráulica

A direção hidráulica confere mais conforto e mais segurança ao Motorista.Porém, alguns cuidados devem ser tomados para garantir total eficiência e segurançade funcionamento.

• Cuidar para que todos os serviços de manutenção no sistema de direção sejam executadosnos intervalos recomendados no Manual de Manutenção.

• Se notar qualquer anomalia no funcionamento da direção, providenciar imediatamente osreparos necessários.

ATENÇÃO! As práticas de forçar demasiadamente a direção contra os batentes ou as rodascontra obstáculos, como guias, por exemplo, são prejudiciais ao sistema.

Em emergências, no caso de avarias no sistema hidráulico, a direção poderá ser utilizada sem oauxílio hidráulico. Nessas condições, será notada maior folga no volante da direção e a direçãoficará bastante pesada. Conduzir o veículo cuidadosamente e encvaminhá-lo a um concessionáriopara estabelecer o correto funcionamento da direção.

CUIDADO! Nos casos de avarias na bomba hidráulica ou perda total do fluido, recomendamosnão conduzir o veículo além de 50 km, a fim de evitar maiores danos no sistemade direção.

Folga da direção

A folga da direção (movimento livre do volante) é medida na periferia do volante e deve ser,no máximo, de 30 mm. A medição deve ser efetuada com o motor funcionando em marcha-lenta.

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Treinamento Pós-Venda. 63

Pneus

Cuidados com pneus e rodas

A segurança e desempenho do veículo depende consideravelmente do estado dos pneus, razãopela qual os mesmos devem ser inspecionados diariamente.Os pneus sem câmara oferecem vantagens adicionais em relação aos pneus com câmara taiscomo: redução de peso, maior segurança, maior facilidade de balanceamento das rodas, melhorcentragem do aro e melhor estabilidade do veículo.Em contrapartida, em vias de péssimas condições, conduzir o veículo cuidadosamente, visto queeventuais impactos podem danificar o aro de roda, ocasionando imediata perda de ar do pneu.

Pressão dos pneus

Manter os pneus sempre corretamente calibrados. A pressão de inflação deve ser comprovadacom os pneus frios pelo menos uma vez por semana. Após conduzir o veículo por algum tempo ospneus se aquecem e, em conseqüência do calor, a pressão de inflação se eleva. Em hipótesealguma esvaziar os pneus aquecidos para restabelecer a pressão de inflação recomendada.A diferença de pressão entre pneus do mesmo eixo não deve ser superior a 0,1 bar.

Pressurização de pneus com nitrogênio

A pressurização dos pneus com nitrogênio oferece as seguintes vantagens:• A temperatura e a pressão dos pneus permanecem mais estáveis, evitando deformações

na banda de rodagem. Isto confere maior estabilidade do veículo e, consequentementemais segurança.

• Evita a oxidação da borracha, proporcionando maior vida útil.

Informações importantes:• A pressão de calibragem com nitrogênio é a mesma utilizada com ar comprimido.• O nitrogênio compõe grande parte do ar que respiramos, portanto não é prejudicial à saúde

ou ao meio ambiente. Também não é inflamável.• Pneus com ou sem câmara podem ser calibrados com nitrogênio.• Num mesmo veículo podem ser montados pneus calibrados com nitrogênio e com

ar comprimido.• Pneus pressurizados com nitrogênio que apresentem pressões abaixo do especificado onde

não se dispõe de nitrogênio, podem ser calibrados com ar comprimido. Se forem novamentepressurizados com nitrogênio, voltarão a ter as vantagens descritas anteriormente.

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Treinamento Pós-Venda.64

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Nos eixos traseiros (rodagem dupla), verificar a pressão de ar dos pneus internos e externos.Se as pressões nos pneus não forem iguais, a distribuição da carga será desigual sobre cadapneu. Isso resultaria no desgaste acelerado do pneu. O excesso de carga e a má distribuiçãoda mesma sobre o veículo, além de comprometerem a segurança do veículo, são fatores quereduzem consideravelmente a vida útil dos aros e pneus.

Corpos estranhos

Eliminar corpos estranhos incrustados na banda de rodagem ou presos entre rodas duplas que,além de desbalancear as rodas, podem causar danos irreparáveis aos pneus.

Impactos

Ao passar por obstáculos e desníveis abruptos no solo, ou se necessitar subir em guias de calçadas,faça-o lenta e perpendicularmente, pois impactos violentos com obstáculos dessa natureza podemcausar danos imperceptíveis aos pneus, capazes de provocar acidentes futuros.

CUIDADO! Não utilize pneus recauchutados nas rodas dianteiras. A utilização de aros oucomponentes quebrados, trincados, desgastados ou enferrujados pode resultarem falha do conjunto e criar uma condição operacional de risco. A utilização dearos de roda recuperados não é recomendada em hipótese alguma. Aros danificadosdevem ser imediatamente substituídos, pois qualquer tentativa de recuperaçãopode alterar totalmente suas características originais, afetando seriamente asegurança do veículo e de seus ocupantes.

CUIDADO! Não operar o veículo com os pneus abaixo da pressão. Um pneu inflado abaixoda pressão recomendada para a carga a ser transportada gera aumentoconsumo de combustível, desgaste rápido e irregular, além do aquecimentoexcessivo. O aquecimento excessivo provoca deterioração do corpo do pneu,podendo resultar na destruição repentina do pneu. Não operar o veículo comos pneus acima da pressão. A operação com os pneus acima da pressãorecomendada provoca desgaste rápido e irregular e enfraquece o encordoadodo pneu reduzindo sua capacidade de absorção de choques da estrada.Aumenta também o perigo de cortes, protuberâncias e furos, e pode sobresforçaros anéis provocando sua falha.

A - Pressão corretaB - Pressão insuficienteC - Pressão excessiva

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 65

Desgastes dos pneus

Substituir os pneus quando o desgaste atingir os indicadores de desgaste existentes no fundo dosulco da banda de rodagem (posição TWI).Alguns fatores devem ser observador para assegurar longa vida útil aos pneus:

• Geometria de direção• Balanceamento das rodas• Distribuição da carga sobre o veículo• Limite de carga• Modo de conduzir o veículo

Instalação

• Antes de instalar a roda, observar que as superfícies de apoio no aro e no tambor de freio,bem como a rosca das porcas e parafusos estejam limpas e isentas de rebarbas e oxidação.

• Untar a rosca dos parafusos com uma fina camada de graxa grafitada.• Após enroscar todas as porcas, apertá-las alternadamente em cruz observando o momento

de força recomendado.• Se não dispuser de um torquímetro, apertar as porcas utilizando apenas as ferramentas

do veículo, sem alavancas adicionais.• Com a alavanca da chave de roda de um metro de comprimento, fornecida com o veículo,

aplicando-se o peso do motorista na extremidade da alavanca, obtém-se aproximadamenteo aperto prescrito.

CUIDADO! Não se esqueça de efetuar o reaperto das porcas de fixação depois de rodadosentre 50 e 100 km após a montagem. O não cumprimento dessa recomendaçãopode provocar a soltura da roda, resultando em acidente.

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Treinamento Pós-Venda.66

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Informações sobre o sistema elétrico

Chave geral do sistema elétrico

A chave geral do sistema elétrico tem três finalidades básicas:• Evitar a descarga acidental das baterias quando o veículo estiver inativo.• Proteger o sistema elétrico quando se efetua reparos no mesmo.• Isolar o sistema elétrico em casos de acidentes, tais como colisões, incêndios,

curtos-circuitos, etc.

ATENÇÃO! Para maior segurança, quando for efetuar reparos na instalação elétrica ou soldaselétricas no veículo, desligar o cabo negativo da bateria desconectando-o daestrutura do veículo. Desligue também o cabo negativo do alternador(cor marrom), a fim de evitar danos aos seus componentes.

Chave geral unipolar

Em veículos equipados com chave geral unipolar, localizada junto ao suporte da bateria, é possíveldesligar e ligar com facilidade o sistema elétrico.

Para desligar (posição 0)Girar a haste da chave geral no sentido anti-horário e removê-la do receptáculo.

Para ligar (posição 1)Introduzir a haste da chave geral no receptáculo e girá-la no sentido horário até travá-la.

NOTA: Com a chave geral desconectada o tacógrafo e o relógio digital permanecem em operação.

Chave geral eletromagnética

A chave geral eletromagnética empregada em plataformas está disposta no compartimento dasbaterias e é comandada pela chave de contato e partida. Com a chave geral desligada, funcionamsomente os circuitos diretamente conectados às baterias, através do barramento KL.30.Ao ligar a chave de contato todos os circuitos elétricos serão energizados.

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Treinamento Pós-Venda. 67

Substituição de fusíveis

Os fusíveis tem por finalidade, proteger contra sobrecarga os equipamentos instalados no veículo.A substituição de um fusível queimado deve ser feita por outro de igual capacidade (A - Ampere).Se após a substituição o fusível torna a queimar, imediatamente ou não, verifique a causa antesde instalar um novo fusível.Nunca substitua fusíveis por outros de capacidade diferente, nem faça ligações diretas utilizandopedaços de fios elétricos, peças de metal, etc. Esses procedimentos poderão causar sérios danosao equipamento.Desligue o interruptor correspondente a linha do fusível a ser substituído.

Cuidados com a bateria

• Nível do eletrólitoO nível correto, de 10 a 15 mm acima das placas, deve ser verificado periodicamente.Caso necessário, para restabelecer o nível, adicione apenas água destilada aos poucosutilizando funil e recipiente plástico.Cuidado para não exceder o nível correto.Durante o verão se faz necessário verificar o nível com mais freqüência.

• Fixação Mantenha os suportes da bateria, bem como os terminais de seus cabos sempreadequadamente apertados. Para reduzir a sulfatação dos bornes da bateria, apósapertar os terminais dos cabos, aplicar uma leve camada de graxa neutra sobreos mesmos (não passar graxa comum nos terminais).

• LimpezaMantenha a bateria sempre limpa externamente e o orifício de respiro das tampasdos elementos desobstruídos.Evite a penetração de impurezas no interior da bateria.Evite o contato da bateria com produtos derivados de petróleo.

• CargaEvite que a bateria permaneça com carga inferior a 75% da carga total.Para recarregar a bateria utilize de preferência carga lenta.Não submeta a bateria a sobrecargas ou descargas excessivas.

• ManuseioEvite faiscas elétricas ou chamas expostas próximo a bateria.

CUIDADO! Das baterias emanam gases altamente tóxicos e explosivos. O compartimentodas baterias deve ser naturalmente ventilado.

Para remover a bateria do veículo, desligue primeiro o cabo negativo e ao instalar, ligue primeiroo cabo positivo para prevenir eventuais curtos circuitos.

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Treinamento Pós-Venda.68

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

ATENÇÃO! A solução da bateria é ácida, altamente corrosiva. Evite o contato da soluçãocom a pele ou estrutura do veículo. Se a solução atingir os olhos, lave-osimediatamente com água abundante e procure socorro médico.

Utilização de baterias auxiliares para partida

Em emergências, se a carga das baterias for insuficiente para acionar a partida, poderão serutilizadas baterias auxiliares ligadas em paralelo (positivo com positivo, negativo com negativo).Se for utilizar as baterias de outro veículo, desligue-as do circuito elétrico do segundo veículo.

ATENÇÃO! Nunca utilize equipamento de carga rápida para auxiliar a partida.O alternador poderá ser rapidamente danificado.

Cuidados com o alternador

Nunca desligue os cabos da bateria ou as conexões do alternador com o motor funcionando.Não polarize o alternador. Os diodos queimam-se instantaneamente.Para carregar a bateria instalada no veículo, desligue-a do sistema elétrico.Não coloque os terminais positivos do alternador em contato com a massa.Se for utilizar solda elétrica na estrutura do veículo, desligue os terminais do alternador, alémda bateria e os componentes eletrônicos existentes no veículo.Quando instalar a bateria no veículo, cuidado para não inverter a polaridade. O polo negativodeve ser ligado à massa.

Cuidados com o motor de partida

Não acione a partida por mais de 10 segundos ininterruptamente. Para proteger a bateria e omotor de partida, aguarde no mínimo 30 segundos antes de fazer nova tentativa, caso necessário.Se após algumas tentativas o motor não funcionar, detectar e eliminar eventuais falhas.Não acionar a partida com marcha engrenada.Ao acionar a partida, solte a chave de contato assim que o motor começar a funcionar.Não acione a partida com o motor em funcionamento.

Substituição de lâmpadas

Caso seja necessário trocar uma lâmpada, verifique as especificações nos dados técnicos doveículo no Manual de Operação.As mãos deverão estar bem limpas. Se possível, manusear as lâmpadas novas envoltas em papelde seda ou flanela.Não toque e nem tente limpar os refletores dos faróis.Se houver queima de lâmpadas com muita freqüência, mande revisar o sistema elétrico.

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Treinamento Pós-Venda. 69

Considerações gerais

Para testar os circuitos elétricos é necessário utilizar somente instrumentos adequados, tais comovoltímetro e amperímetro.Não se deve provocar curto-circuito para comprovar a continuidade dos circuitos. Este procedimentopode causar danos irreparáveis aos componentes elétricos e eletrônicos.A instalação elétrica original não deve ser modificada.Em caso de reparos a bitola dos fios não deve ser alterada.As ligações diretas com a eliminação de relês colocam em risco o sistema elétrico eo próprio veículo.Todos os relês utilizados na instalação elétrica do veículo são dimensionados para atender ascargas elétricas de seus componentes originais, portanto equipamentos adicionais não devemser instalados aleatoriamente.Para instalar equipamentos de 12 volts em um veículo de tensão nominal de 24 volts é necessárioutilizar um conversor de 24/12 volts. Não instale equipamentos de 12 volts em uma só bateriapara evitar desbalanceamento de carga.Revise a instalação elétrica periodicamente, verificando se os cabos elétricos não se atritamcontra cantos vivos da estrutura metálica do veículo prevenindo eventuais curtos-circuitos.

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Treinamento Pós-Venda.70

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Desaplicação mecânica do freio de estacionamento

Se não houver condições de manter o motor em funcionamento para suprir o sistema pneumáticodo freio, desaplicar mecanicamente o freio de estacionamento.

ATENÇÃO! Antes de efetuar a desaplicação mecânica do freio de estacionamento, calce asrodas do veículo para evitar seu deslocamento acidental.

Para desaplicar o freio, soltar o parafuso de alívio nos cilindros de freio combinado, girando-os nosentido anti-horário até o batente.

CUIDADO! Uma vez desaplicados mecanicamente os cilindros combinados, o veículo estarátotalmente sem freios, dependendo portanto do freio do veículo queo está rebocando.

Procedimentos em caso de reboque em emergência

Ao rebocar o veículo, coloque a alavanca da caixa mudanças em ponto morto e sempre que possível,mantenha o motor funcionando para assegurar o correto funcionamento do sistema de freiose direção hidráulica.

CUIDADO! Não ultrapasse a velocidade de 40 km/h quando o veículo estiver sendo rebocado.

Caso o veículo esteja apenas encalhado, com as rodas de tração em solo sem consistênciaou lamacento, reboque-o com o máximo cuidado, principalmente se o veículo estiver carregado.Não puxe o veículo em trancos obliquamente ou lateralmente, pois este procedimento causadanos ao chassi.Não puxe o veículo com reboque ou semi-reboque acoplado.

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Treinamento Pós-Venda. 71

Reboque de veículo com estado avariado

A fim de proteger a transmissão do veículo, caixa de mudanças e eixo traseiro, duranteo rebocamento, tomar os seguintes cuidados:

• Veículos com caixa de mudanças mecânica:Distâncias até 100 km, o veículo poderá ser rebocado sem restrições.Distâncias acima de 100 km, remover a árvore de transmissão.

• Veículo com a caixa de mudanças ou caixa de redução avariadaRemova a árvore de transmissão (cardã) conectada ao eixo motriz.

• Veículo com o eixo de tração avariadoRemova as semi-árvores (pontas de eixo). Se o veículo estiver equipado com bloqueio transversal,acople o bloqueio antes de remover as semi-árvores.Em veículos com dois eixos traseiros de tração, remova as semi-árvores dos dois eixos.

ATENÇÃO! Veículos com o motor inoperante apresentarão uma considerável folga da direçãoao serem rebocados, o que é normal nessas condições. Observe também quea direção não receberá auxílio hidráulico, sendo necessário maiores esforçospara girá-la, portanto, trafegue com o máximo cuidado.

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Treinamento Pós-Venda.72

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Módulo II - Condução EconômicaInformações Técnicas para Operação de Veículos

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Treinamento Pós-Venda. 73

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Treinamento Pós-Venda.74

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Apresentação

Condução Econômica ou Operação Racional, são títulos que denominam um conjuntode conhecimentos e práticas que visam um melhor aproveitamento dos recursos naturais,de equipamentos e de mão-de-obra.Como conseqüência desse melhor aproveitamento também podemos destacar a proteçãoao Meio Ambiente, item que abordaremos no próximo capítulo.Quando se fala em Condução Econômica logo se pensa na economia de combustível, item que jáinfluenciou demasiadamente nos custos de operação. Porém, gostaríamos de apresentar aCondução Econômica como um conceito muito mais amplo, abrangendo, além da economia decombustível, a maior durabilidade de componentes sujeitos a desgastes, tais como o motor,embreagem, freio, pneus, etc.A Condução Econômica também apresenta seus resultados positivos na diminuição da necessidadede intervenções corretivas.Os conceitos apresentados neste capítulo já são aplicados em vários países sob as mais diferentescondições e seus resultados sempre são muito positivos.Estudá-los e colocá-los em prática, constitui-se a primeira de muitas etapas no sentido dese obter resultados efetivos de economia.Pouco adianta, em termos práticos, a aplicação apenas da primeira etapa. Se não houver umacompanhamento contínuo dos resultados, a reciclagem do aprendizado e a disseminação dosconhecimentos entre os operadores, o esforço inicial se perde por completo e com ele acredibilidade na possibilidade de melhoria nos resultados.Ao aplicar os conceitos da Condução Econômica, o motorista pode:

• Reduzir o desgaste físico provocado por horas de trabalho• Reduzir o consumo de combustível• Reduzir desgastes de componentes mecânicos• Evitar falhas de operação• Aumentar a segurança no trânsito• Aumentar a velocidade média com segurança• Reduzir os custos com manutenção• Contribuir para manter o valor do veículo• Reduzir a contaminação do meio ambiente.

ATENÇÃO! A aplicação das técnicas apresentadas nesta apostila, a título de treinamento,deve ser acompanhada de um instrutor ou monitor qualificado.

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Conceitos básicos

O que é torque

Também conhecido como Momento de Força, Momento de Torção ou Força de Alavanca,corresponde à força de giro exercida em determinado braço de alavanca e é expressoem Newton-metro (Nm).Aplicado ao motor de combustão interna temos uma força P que é a pressão média exercida sobreo êmbolo. Essa força atua através da biela, sobre o braço R do virabrequim.

Simplificando, o motor produz uma Força de torção (Torque). Essa força de torção é transmitidapelos componentes da transmissão, onde ela é adequada entre Velocidade e Força, até as rodasde tração.O torque máximo de um motor diesel se manifesta num regime médio de rotações. Nos chamadosMotores Elásticos, os mais elevados valores de torque se manifestam num regime de rotaçõesrelativamente baixo e se conservam praticamente inalterados em uma extensa gama de rotações,proporcionando assim maior sustentação de velocidades e exigindo menos troca de marchas.É na Faixa de Torque do motor que se apresenta o melhor rendimento, com mais força e menorconsumo de combustível.Nos motores turboalimentados é, justamente nesta faixa de rotações que a alimentação de ar(Pressão do Turbo) é mais eficiente.

O que é potência

Potência é a medida do Trabalho realizado numa unidade de Tempo.Como Trabalho é o resultado de uma Força que desloca seu ponto de Aplicação, temosque Potência é:

POTÊNCIA =TRABALHO (FORÇA x DISTÂNCIA)

TEMPO

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Embora a unidade mais comum para expressar a potência de uma máquina seja o Cavalo Vapor (CV),a unidade adotada pelo Sistema Internacional de Unidades é o Watt (W) ou, melhor, o quilowatt (kW).

ATENÇÃO! Na operação de veículos comerciais (caminhões e ônibus), é mais importanteconhecer a faixa de torção do motor em que se dá o torque máximo do que apotência máxima do mesmo. Isto porque o motorista deverá adequar a operaçãoem função do torque do motor e não da potência máxima que, de qualquerforma, se alcança nos limites de rotação do motor.

O que é trem de força

Denomina-se Trem de Força o conjunto responsável pela tração do veículo, desde o motor,passando pela embreagem, caixa de mudanças, árvore de transmissão (cardã) e eixo traseiro.Na transmissão, a caixa de mudanças tem por finalidade adequar o torque do motor à velocidadedo veículo em função da situação de operação.

Nos veículos pesados e extra-pesados a disponibilidade de diferentes relações de redução (númerode marchas) é maior, justamente para facilitar a adequação, permitindo explorar melhor a faixade torque do motor.Alguns modelos possuem, além das reduções proporcionadas pela caixa de mudanças, outraspossibilidades de redução, tais como, caixa intermediária ou de transferência e eixo traseiro comduas velocidades.

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A Relação de Redução final de um veículo é determinada, levando-se em consideração as relaçõesde redução disponíveis desde a caixa de mudanças até as rodas de tração.Por exemplo:Em um veículo 1938 S onde a relação de redução da 1ª marcha baixa ou reduzida é de 15,39:1,o motor terá que dar 15,39 voltas para cada uma da árvore de transmissão (cardã), quandoengrenada esta marcha.Se o eixo traseiro montado neste veículo tiver um conjunto coroa e pinhão 26:24, acrescentandoa redução dos cubos, teremos uma relação de redução total no eixo de 3,430:1.A relação de redução final deste veículo em primeira marcha reduzida será de 52,788:1, ou seja,cada rotação corresponde a 52,788 rotações do motor.

O que é inércia

Inércia é, por definição, a resistência que todos os corpos materiais opõem a modificação do seuestado de movimento.Aplicando-se na operação de um veículo temos:

• Para colocar um veículo em movimento, tem-se que vencer a inércia de sua massa emrepouso. Considerando-se este procedimento em um terreno plano, podemos acrescentarque a energia empregada em um dado momento para manter este veículo em movimento émenor que a energia necessária para colocá-lo em movimento.

• Quanto maior a massa e a velocidade de um veículo, maior será sua inércia. Isto explicaporque um veículo com 45 ton. exige maiores distâncias, tanto para atingir determinadavelocidade quanto para frear, que um carro de passeio.

Pela importante influência que a inércia exerce sobre a operação ela deve ser considerada nosprocedimentos, ou seja:

• Aproveitar a inércia quando está a nosso favor (aproveitar o embalo nas situações propícias).• Dominá-la com habilidade quando se mostra contrária a nossa intenção (na frenagens

ou acelerações).

O que é velocidade média

A Velocidade Média de um veículo que percorre um determinado trajeto é determinada através doseguinte cálculo:

A obtenção de velocidades médias mais altas é um dos principais objetivos da ConduçãoEconômica, pois reduz o tempo gasto nas viagens. Quanto maior o percurso, mais significativapode ser a redução no tempo. Esta redução de tempo pode ser traduzida como maior rentabilidadedo veículo.O aumento da velocidade média tem sua importância evidenciada se considerarmos fatoreslimitadores de velocidade que são imutáveis, tais como, velocidade máxima estipulada por leiou pelas condições de segurança na operação.A única forma possível de se obter a elevação da velocidade média é melhorar o desempenho nostrechos onde as velocidade mínimas e médias são passíveis de serem aumentadas atravésdo emprego das técnicas de Condução Econômica, como por exemplo em aclives.

Velocidade Média =Distância Percorrida

Tempo Gasto

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Resistências ao deslocamento do veículo

Sobre um veículo em marcha, existem forças que tendem a freá-lo naturalmente.Estas forças chamadas Resistência ao Deslocamento devem ser superadas da melhor formapossível pela propulsão do motor.Neste ponto, a aplicação de técnicas especiais apontadas nesta apostila é de fundamental importânciapara um melhor aproveitamento do combustível e dos procedimentos que visam poupar o veículo.As resistências ao deslocamento se classificam da seguinte forma:

• Resistência ao rolamento do veículo• Resistência exercida pelo ar• Resistência exercida pela gravidade

Resistência ao rolamento do veículo

A resistência ao rolamento do veículo provém do trabalho de deformação exercido sobre os pneuse sobre o piso. Esta resistência é basicamente determinada ou influenciada pelos seguintes fatores:

• Tipo de pneusOs pneus radiais possuem um índice de resistência ao rolamento mais baixouma vez que a banda de rodagem se deforma menos que a de pneus diagonais.

• Tamanho dos pneusO índice de resistência ao rolamento é menor a medida que se aumenta diâmetrodos pneus, pois a banda de rodagem se deforma menos.

• Estado das estradasO tipo de pavimento, o estado de conservação e outras condições como porexemplo, pistas molhadas, influenciam na resistência ao rolamento através doesforço adicional para o deslocamento.

• Carga sobre as rodasO aumento de carga sobre as rodas também aumenta a resistência ao rolamentouma vez que a superfície de apoio dos pneus (achatamento) é maior emconseqüência da energia de flexão.

• Pressão de inflação dos pneusA pressão baixa aumenta a superfície de apoio dos pneus e com isto a resistênciaao rolamento.Também o desgaste dos pneus é acelerado.A pressão excessiva reduz a resistência ao rolamento, porém diminui adurabilidade dos pneus e da suspensão, bem como afeta o conforto.

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Mantenha os pneus calibrados!

Os pneus devem ser calibrados quando frios.Após algum tempo com o veículo em movimento, é normal que os pneus se aqueçam e,consequentemente que a pressão dos mesmos se eleve.Este fenômeno já é considerado quando o fabricante estipula a pressão de calibragem dos pneus.Portanto não faça a recalibragem (sangria) com os pneus aquecidos.

Resistência exercida pelo ar

A resistência exercida pelo ar varia em função dos seguintes ítens:

• Forma e superfície frontal do veículo• Velocidade do veículo• Velocidade e direção do vento

Em velocidades baixas a resistência oferecida pelo ar é desprezível.A resistência exercida pelo ar só deve ser considerada em velocidades acima de 55 km/h.A determinação do tipo de carroceria, a disposição da carga em carrocerias abertas e a instalaçãode aerofólios quando necessário, são ações possíveis no sentido de diminuir a resistência do arao deslocamento do veículo.Por parte do fabricante, cabe o desenvolvimento de veículos com baixo coeficiente de penetraçãoaerodinâmica, ou seja, veículos cujo formato ofereça o mínimo possível de resistência aerodinâmica.

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Resistência exercida pela gravidade

A ação da gravidade sobre o veículo impõe a mais influente das resistências ao deslocamentoa ser considerada.A influência da gravidade se torna mais evidente e exige a aplicação de técnicas especiaisde operação em aclives (subidas), onde se pode exercer grande influência sobre o consumode combustível.Ao subir um aclive de 5% a 40 km/h um caminhão de 38 ton. necessita de pelo menos 4 vezesmais combustível que para trafegar a 80 km/h sobre uma estrada plana.

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Regras fundamentais da condução econômica

1 Guiar com previsão• Não frear nem acelerar desnecessariamente

2 Operar na faixa ideal de rotação• Utilizar a marcha mais alta possível• Economizar rotações

3 Sempre que possível pular marchas• Menor tempo sem tração• Poupar o sistema de embreagem, anéis sincronizadores, etc.

4 Não acelerar durante a troca de marchas• Procedimento inútil em câmbios sincronizados

5 Aproveitar a inércia do veículo• Manter a uniformidade do rolamento do veículo• Acelerar suave e constantemente

6 Utilizar corretamente os freios• Fazer uso dos sistemas auxiliares disponíveis• Usar o freio de serviço somente o necessário

7 Trafegar somente com o veículo engrenado

8 Manter os pneus calibrados

9 Acompanhar o desempenho do veículo

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1. Guiar com previsão

• Não frear nem acelerar desnecessariamente.A aplicação desta regra exige do motorista uma atenção constante quanto às situaçõesque influenciarão na operação do veículo e nas atitudes a serem tomadas perante as mesmas.A isto se denomina Previsão, ou seja, uma visão antecipada do que deverá acontecer.A previsão permite que se tome providências que economizam combustível, poupam os freios,embreagem e, principalmente tornam a operação muito mais segura.

Apresentamos a seguir alguns exemplos de situações onde se deve aplicar esta regra:

• Paradas obrigatórias e semáforosNeste caso o motorista deve estar atento a situações que exigem a desaceleração do veículo,tais como um sinal vermelho ou amarelo, trânsito lento ou parado adiante, cruzamentoou entrada em vias preferenciais.Os procedimentos corretos para desacelerar o veículo incluem atos como: tirar o pé doacelerador, aplicar freio motor, reduzir marchas e só utilizar o freio de serviço na finalizaçãodo procedimento de desaceleração.Note que em aclives há uma tendência natural à desaceleração, a qual deve ser aproveitada omáximo possível. Portanto, dentro dos princípios de uma operação com previsão, o uso dofreio de serviço nos procedimento de desaceleração em aclives se restringe a finalizaçõesem situações de emergência.

• Entrada em vias preferenciaisSempre que possível ver com antecedência o fluxo de veículos na via que se vai entrarou cruzar. O motorista deve se preparar para fazê-lo com a menor desaceleração possível semcomprometer a segurança ou infringir regras de trânsito.Este procedimento visa, além de evitar frenagens e arrancadas desnecessárias, permitir aentrada em vias preferenciais com velocidades compatíveis com o fluxo do tráfego.

• Preparação para início de declivesAplicar o freio motor ou freio de serviço imediatamente após retirar o pé do acelerador,é um procedimento que só se justifica em situações imprevistas, pois dessa forma os gastosde combustível e de freios são maiores.Ao se aproximar de um declive, o motorista pode retirar antecipadamente o pé do aceleradore deixar o veículo rolar até o início da descida, aproveitando assim a inércia do veículoe a pequena desaceleração que pode ocorrer. Poupa-se combustível até começar a descidae freios durante a descida, uma vez que o veículo demorará um pouco mais para ganharvelocidade.

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2. Operar na faixa ideal de operação

O motor tem mais força e consome menos combustível quando trabalha em rotações médias. É achamada Faixa de Torque do motor que, no caso de veículos equipados com tacômetro (contagiros)é indicada pela faixa verde.

• Faixa operacional torque (verde) - 1000 à 1500 RPM.• Faixa operacional econômica - 1300 à 1600 RPM.• Faixa de atuação do freio-motor/Top Brake (amarela).• Faixa de perigo de sobre-rotação do motor - faixa de maior efeciência do freio-motor

(vermelhor reticulado)• Faixa de perigo de sobre-rotação do motor (vermelho)

- Utilizar a marcha mais alta possível- Economizar rotações

A aplicação desta regra visa possibilitar o trabalho do motor dentro do regime ideal pelo máximotempo possível, economizando assim rotações do motor e combustível.A economia de combustível tem um efeito direto e de fácil visualização, enquanto que a economiade rotações do motor exige cálculos para se tornar evidente.Tomemos como exemplo a rotação média dos motores de dois veículos iguais operados de formadiferente em um determinado trajeto.Se o motor de veículo "A" apresentar ao final do trajeto uma média de rotações de 1.600/min.,frente a uma média de 1.800/min. do motor do veículo "B", teremos uma diferença de 200/mina cada minuto de operação.

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Embora essa diferença de 200/min. pareça pequena a primeira vista, ela se torna significativase a projetarmos adiante.Ela significa que o motor do veículo "B" girou a cada minuto 200 vezes mais que o motordo veículo "A".Persistindo a diferença na forma de operação, a cada hora (60 min.) a diferença de rotações é de12.000. Isto significa que o virabrequim do motor do veículo "B" deu 12.000 voltas a mais, que osanéis dos êmbolos se atritaram contra os cilindros subindo e descendo 12.000 vezes a maisa cada hora de operação.Podemos ainda projetar esta hora em um dia, um mês ou um ano de trabalho. Ao final teremosuma boa referência para quantificar o que uma diferença de 200 rotações por minuto pode significarem termos de energia desperdiçada (o motor consome energia para girar) e da aceleração dodesgaste no componentes móveis do motor.

ATENÇÃO! Em determinadas condições de operação, nas quais há uma tendência de elevardemasiadamente a temperatura do motor, tais como, veículo muito carregado,aclives prolongados, temperatura ambiente elevada ou grandes altitudes,devemos deixar de aplicar esta regra e trabalhar com rotações mais elevadas.Este procedimento visa manter a temperatura do motor no âmbito daTemperatura de Trabalho, evitando os danos decorrentes de um ventualsuperaquecimento. Recomendamos também cuidado na aplicação destaregra, evitando simplificações do tipo "opere somente dentro da faixa verde".As simplificações podem não só comprometer os resultados mas também causardanos ao veículo.

3. Sempre que possível pular marchas

• Menor tempo sem tração• Poupar o sistema de embreagem, anéis sincronizadores, etc.

O objetivo de "pular marchas" é reduzir o número de mudanças de marchas durante a operação.A redução do número de mudanças de marcha poupa os componentes do sistema de embreageme também componentes da caixa de mudanças, tais como, anéis sincronizadores, garfos, luvas ecorpos de engate.Além do prolongamento da vida útil dos componentes mecânicos da transmissão, a reduçãodo número de mudanças de marchas permite o aumento da velocidade média e a redução noconsumo de combustível.Principalmente no caso dos veículos pesados e extra-pesados, onde se dispõe de um grandenúmero de opções de marchas, a aplicação desta regra tem sua importância evidenciada. A escolhadas marchas exige atenção por parte do motorista, pois a mesma deve sempre ser precedida poruma análise da situação no momento da troca.Para comprovar as vantagens decorrentes da aplicação desta regra, basta lembrar que a cadaacionamento da embreagem ocorre um desligamento entre o motor e a transmissão e portanto,o veículo permanece sem tração durante este tempo.Pode parecer pouco, pois, o tempo que a embreagem permanece acionada durante a troca demarchas é de aproximadamente 3 segundos. Porém se tomarmos como exemplo um pequenotrajeto onde se efetue 9 mudanças de marchas, teremos aí um total de 27 segundos sem tração.Este tempo de quase meio minuto, em um trecho em aclive é suficiente para exercer consideráveldesaceleração do veículo, traduzindo-se em perda de velocidade e aumento do consumode combustível. A redução deste tempo só é possível através de uma criteriosa seleção de marchas.

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Treinamento Pós-Venda. 85

Por exemplo, ao primeiro sinal de diminuição da velocidade ao iniciar uma subida o motorista temo impulso de imediatamente reduzir uma marcha "para não perder embalo". Este procedimentoprecipitado faz com que o motor trabalhe com rotações acima da faixa de torque, portanto compouca força para sustentar a velocidade, o que exigirá rapidamente outras trocas de marchas eassim sucessivamente.O procedimento recomendado nessa situação é deixar cair a rotação, entrando na faixa de torquee permanecer o maior tempo possível, aproveitando assim o melhor rendimento do motor.A redução de marcha só deverá ser feita quando a rotação do motor estiver próxima do limiteinferior da faixa de torque.Ai então se reduz duas ou mais marchas de uma só vez.Para diminuir o tempo que o veículo fica sem tração em uma subida, além de pular marchas,recomendamos que as mudanças sejam feitas o mais rápido possível.Os veículos equipados com caixas de mudança com botão de acionamento ECO-SPLIT na alavanca,possuem uma grande vantagem sobre os demais, pois permitem trocas de marchas muito rápidas.Ao propiciar trocas de marchas praticamente sem perda de inércia, esse mecanismo torna o veículomais eficiente para vencer aclives de forma mais rápida.

4. Não acelerar durante a troca de marchas

• Procedimento inútil em câmbios sincronizados

A aceleração intermediária e a dupla debreagem na troca de marchas são procedimentosnecessários na operação de veículos equipados com caixas de mudanças "secas"(não sincronizadas).Como "costume ou enfeite" a aplicação destes procedimentos em veículos equipados com caixasde mudanças sincronizadas não é recomendada devido aos gastos desnecessários que os mesmosacarretam. Reduz-se praticamente pela metade a vida útil dos componentes da embreagem e dacaixa de câmbio, aumenta o consumo de combustível e o desgaste físico do motorista.

5. Aproveitar a inércia do veículo

• Manter a uniformidade do delocamento do veículo

Se compararmos as reações de um carro de passeio com as de um ônibus ou caminhão carregado,veremos que existe uma diferença muito grande. Tanto a aceleração quanto a desaceleração deum veículo comercial acontece de forma mais lenta devido às grandes massas envolvidas, ouseja, normalmente a inércia exerce uma considerável influência.

Na aplicação dos conceitos da Condução Econômica a aceleração (aumento de velocidade) deveser feita de forma lenta e gradual, pois a tentativa de alcançar velocidades maiores em poucotempo implica em um aumento considerável de consumo de combustível sem o proporcionalaumento na velocidade média.

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Treinamento Pós-Venda.86

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6. Utilizar corretamente os freios

• Fazer uso dos sistemas auxiliares disponíveis• Usar o Freio de Serviço somente o necessário

A utilização racional dos sistemas de freios disponíveis em um veículo (freio motor, retardador,freio de serviço) é um procedimento que influencia bastante na determinação da vida útildos tambores, lonas, válvulas de freio, suspensão e pneus.Mais importante que a economia possível, é a manutenção dos níveis de segurança através dacorreta utilização dos freios.Especial atenção quanto a esta regra deve ser observada na operação em longos trechos emdeclive. Nesta situação para manter velocidades compatíveis com a segurança deve-se utilizar aomáximo as reduções de marchas, freio motor ou retardador.O sistema de freio de serviço deve ser poupado, sendo utilizado apenas para correções de velocidadee de rotações do motor. Deve ser utilizado em aplicações firmes e rápidas.

ATENÇÃO! A aplicação prolongada do freio de serviço provoca superaquecimento das lonase pastilhas de freio. Uma vez superaquecido, o freio de serviço perde suaeficiência, podendo o veículo ficar totalmente sem freios. O superaquecimentoaltera e danifica as lonas, pastilhas e tambores de freio.

CUIDADO! Em descidas longas, em serras por exemplo, não acione continuamente o freiode serviço, controlando a velocidade através da dosagem da aplicação (casquinha).

7. Trafegar somente com o veículo engrenado

Em hipótese alguma o veículo deverá trafegar desengrenado, principalmente nos trechos emdeclive.Primeiro por razões óbvias de segurança e de ordem legal.Segundo porque nas condições de operação em declives, sendo o motor impulsionado pelatransmissão e o acelerador não acionado, o consumo de combustível é nulo.A aplicação das regras de Condução Econômica e de segurança ao percorrer um trajeto em declive,só é possível estando o veículo engrenado.

8. Manter os pneus calibrados

O detalhamento pertinente a esta regra está contido no item "Resistência ao rolamento".

9. Acompanhar o desempenho do veículo

Através de acompanhamento do consumo de combustível pode-se avaliar com precisãoo desempenho do veículo, bem como da operação do mesmo.Este acompanhamento deve ser complementado com o da manutenção do veículo, onde sejapossível determinar a vida útil do motor, da embreagem, anéis sincronizadores, lonas, pastilhas etambores de freio.A título de sugestão, apresentamos na página seguinte um modelo de ficha de controle do consumode combustível.

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 87

O período de amaciamento e a durabilidade do veículo

A operação de amaciamento sem submeter o motor a potência máxima durante este período,tem importância decisiva na durabilidade do veículo.Isto se explica pelo seguinte fato:Quando novo, o motor possui entre as partes móveis as folgas determinadas pela usinagem dasmesmas. Segue a montagem do motor, um procedimento de testes e pré-amaciamento feitos emdinamômetro, antes de sua montagem no veículo.O perfeito assentamento entre as partes móveis do motor, ocorrerá após aproximadamente 60horas de funcionamento, o que corresponde a aproximadamente 3.000 km rodados.Durante este período não force o motor, evitando submetê-lo a potência máxima.Siga corretamente as instruções quanto as revisões recomendadas e, principalmente, dispenseespecial atenção quanto a troca do óleo lubrificante e filtros.

Lei da balança

Limites legais de peso por eixo ou conjunto deeixosA legislaçao brasileira estabelece limitesmáximos para valores do peso bruto por eixo deveículos de carga.Devido à dificuldade na aferição das balanças queefetuam a pesagem dos veículos, estabeleceu-se uma tolerância de até 5% de peso acima dovalor máximo determinado por lei.

Limites legais de pesoLimites legais de peso por eixo ou conjuntode eixos

• Peso Bruto (PBT)• Peso Bruto Total Combinado (PBTC)• Capacidade Máxima de Tração (CMT)• Composições com CMT acima de 45 t• Limites máximos de dimensões para

veículos de carga• Balanço traseiro

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Treinamento Pós-Venda.88

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Modelo de ficha de controle de consumo de combustível

DataLeitura doodômetro

DistânciaPercorrida

Litros deCombustível

Consumo Km/l

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Treinamento Pós-Venda. 89

Curva de desempenho do motor OM 364LA (100 kw/136 cv)

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Treinamento Pós-Venda.90

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Curva de desempenho do motor OM 366LA (150 kw/204 cv)

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 91

Curva de desempenho do motor OM 366LA (170 kw/231cv)

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Treinamento Pós-Venda.92

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Curva de desempenho do motor OM 449LA (235 kw/319 cv)

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 93

Curva de desempenho do motor OM 457LA (280kw/380cv)

Page 95: Formação de monitores

Treinamento Pós-Venda.94

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Curva de desempenho do motor OM 457LA (265kw/360cv)

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 95

Curva de desempenho do motor OM 904 LA (100kw/136cv)

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Treinamento Pós-Venda.96

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Curva de desempenho do motor OM 906 LA (170kw/231cv)

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 97

Curva de desempenho do motor OM 904 LA (125kw/170cv)

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Treinamento Pós-Venda.98

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Curva de desempenho do motor OM 924 LA (160kw/218cv)

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Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 99

Curva de desempenho do motor OM 926 LA (240kw/326cv)

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Treinamento Pós-Venda.100

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Curva de desempenho do motor OM 611 LA (95kw/129cv)

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Page 102: Formação de monitores

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Treinamento Pós-Venda. 101

Curva de desempenho do motor OM 612 LA (115kw/156cv)

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275

300

600 1000 1400 1800 2200 2600 3000 3400 3800 4200/min

(kW

)(g

/kW

h)

(Nm

)

Page 103: Formação de monitores

Treinamento Pós-Venda.102

Informações Técnicas para Operação de Veículos Mercedes-Benz

Curva de desempenho do motor OM 457 LA (320kw/435cv)

140

160

180

200

220

240

260

280

300

320

340

1500

1600

1700

1800

1900

2000

2100

2200

180

190

200

210

220

700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000 /min

(kW

)(g

/kW

h)

(Nm

)

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