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-foriKy|iO PE IkMliyo.Hdfe"-#481 CCrUTK ANNO16 $000 SemestreDtooo Trimestre5 $000 A correspondência a reclamações devem ser dirigidas à R»* 01 ÕQNÇAIVES PlAI, |? 50,SQíSBãB@ PROVÍRCJAS Anno20Sooo Semestre11 Sooo AvulsoI $00 o FC A n 'ele A o Político -D. Cüetecjlpt I} de. papo pmret o ar, estuda, um riovo proitcto Jobrc o elemento jtrvil. S de komtots as sw*s 'mcbhirencitis e conheidiccoej, aue d'll\t st. poAt dirtr avie. -mudei de ideeis corroo o CotmtlldO -ynudct de CÔr .

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-foriK y|iO PE IkMliyo.Hdfe"- #481

CCrUTKANNO 16 $000Semestre DtoooTrimestre 5 $000

A correspondência a reclamações devem ser dirigidasà R»* 01 ÕQNÇAIVES PlAI, |? 50,SQíSBãB@

PROVÍRCJASAnno 20SoooSemestre 11 SoooAvulso I $00 o

C A n 'ele A o Político-D. Cüetecjlpt I} de. papo pmret o ar, estuda, um riovo proitcto Jobrc o elemento jtrvil.S de komtots as sw*s 'mcbhirencitis e conheidiccoej, aue d'll\t st. poAt dirtr avie. -mudei deideeis corroo o CotmtlldO -ynudct de CÔr .

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REVISTA ILLUSTRADA

WilÍlWi~1 "'<>> •''''' Janeiro de 1888.

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CARNAVAL POLITICO

Muito atrapalhada, esta semana 1'Conselho de estado pleno, projecto do

governo depreciando 33 "/„ o valor do escra-visado, doença do Sr. Cotegipe, restabele-cimento instantâneo do mesmo senhor (emum bondde S. Christovão, (indo em visitamatutina ao Asylo da Candelária), boatossobre o cholera, rumores desagradáveissobre a saúde do imperador, o diabo, emfim!

Reconhecendo, todos, a antipathia que ogoverno tem pela publicidade, e o gosti-nho. a ineffavel delicia de fazer as cou-sas pela calada, encontramo-nos, todos, emsérias dificuldades, para distinguir o queé simples boato, do que é noticia real e ver-dadeira.

Como, porém, não ha fumo sem fogo,trez desses factos nos apparecem com ocaracter de evidencia : o projecto do go-verno, a doença do presidente do conselhoe o seu restabelecimento.

Quanto ao projecto... não ha, mais, du-vidar.

O governo está preparado para fazer aabolição em 3 annos, 3 mezes, 3 dias, 3horas', 3 minutos e 3 segundos.

Vendo o barulho que a sua resistênciacausava e as derrotas a que ia dando lugar,o Sr. de Cotegipe resolveu-se e disse :

Se a questão é de projecto, ninguémé capaz de arranjar um, melhor do queeu 1 E' essa a duvida ? Pois bem, lá vaiobra.

E zás, mandou o Sr. Rodrigo Silva, aS. Paulo, conferenciar com o. Sr. Pradosobre o negocio dos 3 annos.

Quando, porém, o Sr. Paulino soubedisso, ficou como uma bicha.

Pois até o Cotegipe nos atraiçòa epassa-se para os abolicionistas ? Oh ! des-graça.

E dirige-se ao presidente do conselho, a

Acha-se em distribuição a l"fasculo dasAventuras do Zé Caipóra, coutendo os li pri-meiros capitulos d'essa interessante e di-vertida historia.

Orna o presente volume uma bonita capa ;illustrada, aonde se acham esboçadas nsprincipaes aventuras do heroe cft romance,assim como variados iiimuncios, dos pri-meiros estabelecimentos da Corte-

Como temos dito, cada um d'esses álbuns :custa 1$000 rs. para os nossos assignan- jtes, e 2^000 rs. para os que não o forem.

Tendo de ser remett.ido pelo correio,accresce ao preço, mais 500 rs. do porte, jEstá, pois o Álbum do Zé Caipóra ásordens dos nossos assignantes edo publico.

tomar uma satisfação e a declarar-lhe qued'esse dia em diante, estava ás suas ordens,— nas fileiras opposicionistas.

*Então, o Sr. Cotegipe fallou-lhe assim :

Homem, você parece criança 1 Poistomou a sério o projecto dos 3 annos 1Deixe de caçoadas. Você não vê, que apre-sentada a bicha, passa-se todo o anuo nadiscussão, e fecham-se as câmaras semprena esperança de ser ella approvada. tia-uha-se um anuo. No seguinte approva-se onegocio e ganha-se outro. Depois leva-se18 mezes a fazer o regulamento, conta-se oprazo dessa data e ahi temos nós 8 annose meio. Então ?

O Sr. Páulino sorri e sai dizendo, com-sigo:

Este Cotegipe é um alho. Mas, 6 au-nos e meio, é muito pouco. Emfim vamosvêr...

*Quanto aos iucommodos do Sr. Cotegipe,

todos notam a facilidade com que S. Ex.,adoece, á vontade, e, como que escolhendoas occasiões.

Havendo complicação séria.pela politica,póde-se coutar com o presidente do couse-lho, —de cama.

O anuo passado, S. Ex. adoeceu com amoção do senado e com o manifesto dosmilitares.

Parece, mesmo, que do programma deS. Ex. fez parte a seguinte-phrase :

Ah 1 as coisas complicam-se 1 Poismetto-me na cama, que é lugar quente.

Agora, também, na véspera do conselhode estado pleno, S. Ex. adoece.

O que será ? o que não será ? O homemestá mal.

Espalhou-se, mesmo, que S. Ex. estavagravemente doente.

Felizmente, logo no outro dia, pela ma-nhã, S. Ex. era visto em um bond especialde S. Christovão, indo visitar o asylo daCandelária.

A doença tinha passado, como por en-canto.

Estava marcada para a terça-feira e naquarta já não tinha mais razão de ser. Porisso S. Ex. restabelecia-se, quasi resusci-tava.

Doenças de algibeira 1 exclama o pu-blico.

Antes assim !Pois, apezar de tudo, ninguém deseja

que a doença venha collaborar com a oppo-sição, a sério, tia faina de apear o governodo poder.Não! Antes essas doenças de mentira,facto muito vulgar, entre os estadistas.

E não seremos nós quem censure isso !E até dizemos :

Que lhe atire a primeira pedra,quem,em creança, com medo do collegio, nãousou de expedientes iguaes.

O mais que se poderá dizer é que o Sr.Cotegipe está — numa segunda infância.

i¦¦:¦.';:,dok dantas

Completa, hoje, mais um anuo de exis-teticia, o iusignè chefe, que, cheio de pa-triotismo e com rara energia, inscreveu aabolição do captiveiro no programma dasua vida politica, n'um tempo em que, talacto correspondia, estrictamente, a ati-rar-se ás feras.

Subindo ao poder, no memorável dia0 de Junho de 1884, elle entendeu levarpara os conselhos da coroa, essa aspiração,ardente e vivida, do povo brazileiro, bateu-do-se pela grande causa, em lucta formi-davel, qual a que já motivara a lei RioBranco.

Appareiitemeute, seus nobres esforçosnão foram coroados de êxito, pois cahiuante a colligação das forças negreiras.dosdois partidos coustitucionaes.

A Historia, porém, dirá quanto a abo-lição lhe deve 1

Praza aos céus conservar, por dilatadosanuos,essa preciosa existência, para a qual,cada vez com mais insistência, se voltamas vistas.anciosas,de todo o Brazil.

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Quarta-feira ultima, completando oo Dr. Heitor Cordeiro um anno, como se-_gundo delegado de policia, os empre"gados da sua repartição, avisaram-n'o deque iam fazer-lhe a surpresa, de enfeitarcom flores a sua sala de trabalho.

O manifestado, ao entrar, mostrou-semuito surprehendido e até commovido.

Houve felicitações, de parte a parte.A raeza de trabalho do jovem delegado,

estava cheia de bouquets e o chão cobertode flores desfolhadas.

Ora, essas manifestações de subalternospara superiores, são um pouco suspeitas.Mas, emfim passemos.

O que não podemos tolerar é que seconsinta, encher-se o pavimento deuma repartição publica de flores desfo-lhadas. Quantas quedas podia isso occa-sionar? Quantas manchas não haviam deficar no soalho ?

Pisar sobre flores, é uma cousa muitobonita, em rlietorica, mas, que, na prac-tica se torna excessivamente incora-moda.

Ora, imagine-se que o próprio Sr. de-legado escorregava e cabia, que difficul-dades para tornar a pòr-se em pé, e querisco de ir rolando, como uma bolla, pelaescada a baixo, até á rua I

Não I essas manifestações sâo inconve-nientes e tolas.

Antes um bom chronometro, com arespectiva corrente de ouro.

Estamos, quasi, apostando, que o Dr.Cordeiro é da nossa opinião.

* #Annunciam os jornaes uma epidemia,

em miniatura, lá pelo Rio Grande do Sul.50 ou 00 praças baixaram á enfer-

maria, atacadas de cholerina ou de irri-tacões gástricas.*Pensou-8e

que fosse o cholera,mas qual I

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REVSISTA ILLUTRADA

Os telegrammas successivos annunoiamque tudo vae muito bem e que só mor-reram,—apenas, unicamente,--6 praças.

E' muito tranquilisador 1

A *

Agora, que os proprietários agrícolas; estão rivalisándo de iiberalidade, conce-

dendo libertações em massa, apparece-nosum tal senhor Cândido Antônio Mala-guias, em Minas, passando a presentecarta de liberdade :

« Declaro que, n'esta data (7 de janeiro) libertocom ônus de serviço por iO annos,a minha escravado nome Francisca. O ônus dó serviço será prestadoa mim ou a meus herdeiros ou a quom eu deter-minar ou elles. »

Felizmente, o povo da localidade im-primiu nma porção d'essas cartas e, emquanto burro lazarento e vagabundoencontrou, pregou-lh'as na testa ou nolugar onde as costas mudam de nome.

Foi uma manifestação bem merecida.

Um facto curioso, de celeridade jorna-listica, uma verdadeira gloria pura a im-prensa norte-americana !

A eleição do Sr. Sadi-Caruot, effec-tuada em Versalhes, no dia 3 do passado,ás 5 horas da tarde, foi noticiada, comtodos os pormenores, em Nova-York, ás3 horas do mesmo dia, isto é, 2 horasantes de effetuar-se.

E' o cumulo da reportagem, ter conhe-cimento da realisação de um facto... duashoras antes d'elle acontecer I

Pois foi o que se deu. Mas, só os Es-tados-Unidos se podem gabar de um írucd'essa ordem.

A questão é que pela posição geogra-phica de Paris e de Nova-York, o solmarca, nesta ultima 5 horas menos doque na primeira, por outra : quando são5 horas da tarde em Paris, Nova-Yorkestá em pleno meio dia,

Por isso elles madrugam tanto.*

O Paiz está fazendo, semanalmente, aconta dos gastos do Thesouro com os bes-tialogicos governistas, nas publicações apedido.

0 negocio orça por um conto de réis porsemana, só em despesas de publicidade.

Com outro tanto de vencimentos,aos au-ctores d'esses dytirambos governistaB, oscontribuintes hão de concordar que as cou-sas vão bem.

*Partiu para o Rio da Prata o Dr. Rodri-

gues Peixoto, deputado pelo 6o distrietodo Rio de Janeiro.

Representante de uma provincia, queprecisa tomar grande iniciativa, na quês-tão de immigração, para uão suecumbir,dirigiu-se S. Ex. ao logar aoude esses ser-vicos parecem organisados com maior su-perioridade de vistas, dando resultadospasmosos.

Neste ponto, a Republica Argentina éuma escola, aonde muito podemos apren-der, e, que, com certeza, não nos fecharáas suas portas. *•» *

D'AGOT E D-ACOLA'

Então, como vai a doente 1Doutor, minha sogra passou uma

noite detestável.

Sim?Agitada, atrabiliária...

Que mais ?Até receiamos que tivesse um ataque

epiléptico...—• Bom, bom. Tudo isso é natural.

* *Scena de hypnotismo, no demi-mtnde :

Vem cá, minha flor, senta-te nestacadeira e fica quieta. Vou ver se te ma-gnetiso, sim 1 Olha, que não perderás otempo...

Ella, descrente :Dá-me vinte mil réis e te magnetiso

Então, ha um vigário envolvido noabolicionismo e processado

'?E' verdade IMas, qual o seu crime ?

O crime de reduzir pessoa escrava álibertação.

E' boa...*

Homem pobre sem inveja,Marujo amigo da igreja,Estudante penitente,Ollicial q.ie nào mente,Moça rica sem vaidade,

E' raridade !*

Um sujeito, requer um passaporte :Como se chama a pessoa ?Jovita.Idade ?22 annos.Estado ?Como, estado ?Sim, se ésolteira, casada ou viuva ?

E* difficil responder. ..Mas, precisamos pôr alguma cousa,

nesta rubrica.Bom,ponha Ia ; estado—interessante.**

Authentico.Um homem de lettras, lendo um jornal,

depara com o seguinte annuncio :« Cavallo andaluz, vende-se. »Pára um instante, como que reflectindo,

e exclama :Isto, é algum fidalgo hespanhol, que

se quer desfazer de si próprio...* *

Pergunta ingênua de uma creança, aover um numero do nosso jornal :

Oh, mamãe, então este Cotegipe éirmão do imperador ?

Domino'

CONTOS TRANSPARENTES

Um dia, lendo o Velbo Testamento,Viu um certo devoto, cabeçudo,A um peccador ser dado, por tormento,Tornar se a presa da um demônio mudo.

E pensando na trágica aventuraSentiu logo erriçarem-se os cabellos.Pois era, na verdade, pena duraEssa, applicada à língua o—aos cotovellos:

Mas, lombrado da esposa, in conlinsnli:— Deus do céu, nüo renoves tal castigoSem por minha mulher logo na frento,Pois, sò assim, viverá bem commigo...

O. P.

BABYLOHÍA(Continuação)

Ejuntando.com a parte inferior da mão,vários pedacinhos de folhas, murmurava :

Ora, não me faltava, mais nada IAgora, que as laranjeiras estão prestes adar fructo,vêm estes raios e escangalham-me o negocio 1...

E reeolhendo-se pare casa, mostrava atodos, indignado, os recortes de folhas,colhidos sob as laranjeiras.

Mas, patrão, disse um dos trabalha-dores, isso ainda não é nada I As formigasvêm primeiro reconhecer o logar e depoisé que são ellas.

Raios as partam !N'uma noite carregam com todas as

folhas das arvores sem deixar uma só. E'preciso prevenir.Mas, como '?

Prepararmos fachos e estar á esprei-ta, para queimal-a's.

Pois, então, arranjem isso 1Effectivamente, n'esse mesmo dia, as

pessoas da casa colheram todas as folhasseccas de bananeira, que puderam encon-trar e com ellas fizeram uma boa porçãode fachos, destinados á destruição dos ter-riveis insectos.

Emquanto isto se passava, cá fora, den-tro do formigueiro o contentamento era

geral.Submettidososspecimens á opinião dos

competentes, que ali representavam o pa-pel de médicos, em vez de abrirem umalonga e calorosa discussão, toda cheia de

palavras latinas,cada um dos especialistastomou um pedacinho da folha e poz-se aroel-a.

Com assussantennas,submdo e desceu-do, imitavam gestos de assentimento, quetinham o caracter de unanimidade.

Não houve uma só divergência, nem omais leve sigoal de descompostura, terre-reno, esse,em que,geralmente,entre os ho-mens, cabem as discussões do mesmo ca-r&ctsr. • •

Decididamente.as formigasltinham maissenso commum do que os reis da creaçao,ao menos, nesse ponto particular.

Findo o exame, digeridos os trechosapresentados á seu veredictum, a commis-são foi unanime em reconhecer a magm-fica qualidade desses viveres, não se pro-nunciando, por falta de elementos, sobrepoderem ou não serem conduetores de mi-crobios, como em geral fazem os homens,com uma leviandade que as formigas estãolonge de invejar.

Conhecido o resultado das observaçõesresolveu-se a sahida do exercito, em con-

quista dos viveres que deviam garantir asubsistência publica, durante o inverno.

Os preparativos levariam alguns dias etodas as ordens foram dadas para isso. Asahida foi marcada para uma noite deter-minada e tudo se preparou na melhor or-dem para o seu bom êxito.

Ali, sim, parecia haver partido daordem ,.

Sabida a deliberação, algumas diver-

gencias se manifestaram.entre os partidos.Muito natural.

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c »>rtleLeLiLro S.StUstLÔo! cJoolos estes vampiros * sem ciai suc^s vivtrtx oi

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REVISTA ILLUSTRADA

Uns, achavam a sahida precipitadae queriam, que antes d'ella, uma com-missão fosse reconhecer, de novo, se nãohaveria trabalhos de resistência, por partedo inimigo.

O partido catholico achava, também, asortida fora de tempo. Não podiam,mais fazer preces e dirigir obleções aoceu, pelo bom êxito da empresa.

Os ministeriaes respondiam, que tudoestava preparado, e que a demora nãopodia ser muita, afim de não serem an-tecedidos por outro povo, nem daremtempo a tomarem-se precauções.

O êxito d'estas empresas está, justa-mente, na surpresa, diziam.Pois, Deus queira que, esta, não seja

para nós—respondiam as formigas apposi-cionistas, com um ar ameaçador.

A impiedade faz desdenhar os au-xilios do ceu 1 continuavam as beatas.Ide,sem vos purificar das vossas máculas, semsacrificar aos Deuses e oxalá, que algumatremenda desgraça, não nos venha en-luctar para sempre 1

Mas, esses avisos eram tidos na contade recursos opposicionistas, e em nada em-baraçavam os preparativos para a grandeempresa de realisar o sonho de Pharso...na sua segunda parte.

Todas as ordens continuavam a ser da-das, com regularidade.

A expedição compor-se-hia de um mi-lhão de formigas carregadeiras, divididasem pelotões de vinte mil, cada um, ao'comniando de um hábil general. Antece-del-a-hia um grupo de alguns milhares desapadòres, que eram osque deviam subirás arvores e desligar as folhas, destinadasa serem carregadas pelo grande exercito.

A marcha far-se-hia sem interrupçãoseguindo os pelotões, uns após outros, semnenhuma solução de continuidade.

E tudo estava tão bem determinado,que, em tão elevado numero de indivíduos,cada um sabia, com antecedência, qual olugar que devia occupar, e qual o tra-balho que tinha a fazer.

Em todas as ruas, artérias, avenidas ebeccos de formigueiro, o movimento eragrande, e tão extraordinário, que quemcollasse o ouvido ao chão, ouviria ummurmúrio confuso, como o que produzemas grandes multidões.

Todos os celeiros estavam preparados,limpos, promptos a receberem as suasprovisões. ,->

Todas as ruas e boulevards, que lá [iamdar, perfeitamente varridos e limpos. ;

Pela tarde do dia marcado para" a Igrande expedição, quando o sol já des-cambava no horisonte, todas as avenidas ie largos estavam pretos de formigas. E,ao lusco fusco, começando a marcha, todosos monticulos jorravam para fora, umamultidão inumerável de insectos, quemarchavam unidos, cobrindo o solo, asse-melhando-se a uma innundação de tintade escrever.

BBLLAS-ARTBS

¦B£§aB

(Continua.)

m sincero agradecimentoao distincto pintor Sr. Ro-dolpho Amoedo pela of-ferta de uma lindíssimaphotographia, copia doseu esplendido quadro quefigurou no Salão, em Pa-

__ris, njaphm e Cloé.Brevemente, o publico terá oceasião de

observar esse bello trabalho, que serviráde consagração ao nome já festejadod'este notável artista.

Depois que chegou— de perfeita saúdee cheio de animação,— pelo que o felici-tamos, Amoedo não tem estado inactivo,applicando-se aos trabalhos de preparoda sua tela, uma das mais preciosas quevae contar a Academia das Bellas Artes.

Tendo permanecido oito annos na Eu-ropa, no estudo da sua arte e no cultivodos principaes pintores, como pensionistada Academia, volta-nos o brilhante artistacom o produeto dos seus trabalhos e osmelhores desejos de ver a sua arte prós-pera e respeitada, aqui, aonde a teemfeito soffrer tantos supplicios.

Felicitando o talentoso pintor, reserva-mo-nos para escrever com mais vagarsobre o seu quadro, quando fòr aberta aexposição.

As commissões dos monumentos aOsório e Caxias, contractaram a execuçãod'essas estatuas cc-m o distincto esculptorRodolpho Bernardelli, um dos primeirosesculptores, não dizemos que o Brazilpossue, mas que o mundo possue.

^ Rodolpho Bernardelli é condecorado, naEuropa, por mérito artístico, e bastaria asua esculptura da Adultera para lhe darum dos primeiros lugares entre os escul-ptores modernos.

As commissões são dignas de um votode louvor, pela deliberação que tomarame na qual só e unicamente preponderouo mérito do eminente artista

Folgamos com esse acto de justiça.

Acha-se publicado o relatório da aula jde pintura da Academia, no ultimo anno.E' da lavra do distincto professor Sr. JoãoZeferino da Costa, a cujos esforços sedevem os progressos reaes que os alumnosda dita aula estão revelando.

O trabalho do Sr. Zeferino da Costa édigno da attenção dos especialistas ehonra sobremaneira o seu talento e a suaseriedade.

Por todo este mez, inaugura o sym-pathico pintor A. Parreiras, uma expo-sição de quadros e trabalhos seus.

Comparecem a Princeza imperial e seuaugusto esposo.

A exposição do Parreiras consta de uns20 quadros, quasi todos executados emCabo Frio, ha pouco tempo.

ÇsfoiâiiL

V' ^IZlrVtcrcÀ.

Os nossos theatros mostram uma grandetendência, para se affastarem do drama ecahirem no grande e franco domínio 'dacomedia.

O dramalhão, cheio de mortes, duellos,raptos, loucuras instantâneas e outrasscenas trágicas ainda, uma vez ou outrafaz pequena e cauçada carreira.

O drama moderno, esse, raras vezesapparece agora, e a empresa que o puzerem scena não pôde contar com grandecoisa.

A comedia, porém, a opereta, as revistasde anuo, estão-se asseuhoreando. total-mente, da scena.

Quem observar as coisas pela superfície| dirá que a banalidade do publico é queaffugeiita os gêneros sérios e sublimes| para só dar voga ao que provoca aestri-I dente gargalhada.

O auetor d'estas linhas conversando,uniaj vez, com Camillo Castello Branco notou

uma observação d'este eminente escriptorsobre o Brazil,que não deixou de causar-lhecerta impressão. Dizia esse grande mestredo estvlo, que no Brazil, como em todosos paizes novos, o humorismo havia de sermuito apreciado.

De facto : se lia uma coisa de que o pu-blico se mostre ávido, é da graça e do es-pirito. Um bom dito, corre, aqui, electri-camente, as principaes rodas, do mesmomodo quo em Paris ou em Vieuue.

Não quer isto, porém, dizer, que o pu-blico não aprecie o que é serio. Não ! E adecadência do drama, só se explica pelafalta de interpretes á altura das situações.Prova: as principaes companhias estrsui-

geiras, que aqui teem estado, com um re-pertono de tragédias e dramas modernose cujas platéias estiveram, sempre, a trans-bordar.

Sem ir mais louge.lembraremos as com-panhias de Sarah Bernhardt, as italianasde Emmauuel e Duse e a do theatro de DMaria, de Lisboa.

Oque é certo, porém, e que. por isto oupor aquillo, a comedia tomou couta dospalcos e ahi reina governa e administracomo senhora absoluta.

Dando couta das recitas novas, somosinpressionados pela constante exibição daspeças ligeiras e humuristicas, notandoquasi totalmente, a ausência do drama

Não reputamos isto um mal. Antes bemna comedia do que é péssimo lio drama. '

Confirmando estas nossas observaçõesao correr da penna, temos hoje a dar coutade mais uma comedia, no palco do RecreioDramático, o Macario, mulher e filhos.Como dizem os nossos apreciados colle-gas do TJiario de Noticias, quera foramante das grandes peripécias dramáticaspóde-se dar como roubado. Mas quemquilzer apreciar o que é graça, fiuura, situa-çces dedesenlace hilariante, não perca ummomento, vá vero Macario.

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REVISTA ILLUSTRADA.

0 desempenho pôde ser classificado, semo menor exagero, de primoroso.Guilherme da Silveira, Balbina, Castro,Mesquita Nunes, Mathilde Nunes e Deloi-me deram aos seus respectivos papeis todoo colorido e toda a graça que, de certo, oauctor da comedia imaginou ao escrevel-a.

O publico mostrou-se contente, applau-dindo sein «servas.

li nós — com elle.

A Grande Avenida continua, também,nas boas graças do publico,tendo agradadomuito os novos números de musica, sobre-tudo a Segurança publica, cantada pelaactriz Beliegraudi.

A revista,o Homem vai em maré de rasasem décima sexta representação, cousas es-sas, que são synonimas ou quasi.Artlmr Azevedo e Moreira .Sampaio, nãoha que ver, tôtn boa estrella nos palcos flu-mineiises.

Avante !

Reina grande auciedade em Buenos-Ayres, á espera das recitas em que seráouvida Adeliua Patti.

Por aqui também, já se começa a fallarn'isso, apesar de estar ainda longe o diafeliz em que aos dilettantes será dado apre-ciar a sublime diva.

Emquanto ella não chega, vatno-nos re-vestindo de paciência.

Binóculo.

Jogos GDiyersõBSRecebemos muitas soluções certas do

problema que nos foi enviado pelo Sr.Lopes Cardozo, ganhando o prêmio Spada,auctor das duas quadras seguintes :

Meu amigo Thomé Júnior,Estou hoje de pancada,E vou vêr se ganho o prêmioLá da Revista Illustrada.Anna, pr'a traz e pr'a frente,Eis o nome que encontrei ;Agora, se ganho o prêmio,Francamente, isso, não sei.

A única duvida que ha, a tal res-peito, éser o Sr. Spada nosso assignante.

No caso affirmativo, pôde gabar-se delevar uma rica pasta de. seda, com desenhoa cores, em setim,

Um pouco fatigado, com a leitura detantas e tantas cartas que nos chegamsobre os problemas, fazemos synalepháneste numero.

Para o próximo, um bonito prêmio, queha.de causar surpreza.

•em*, f. -j-^*"

Livro da portaA Esr,ravidão,o Clero e o Abolicionismo,

tal é o titulo do importante livro com queacaba o De. Luiz Anselmo da Fonseca deenriquecer as letras brazileiras.

Seu trabalho, escripto em estylo terso,com grande independência, com grandeverdade, offerece interessantíssima leitura.

A historia da escravidão, n'elle eucon-tra-se traçada com mão de mestre.

A franqueza com que diz o autor,em seuprefacio : « se não tendes o espirito eman-cipado, se vos não habituastes a amar averdade e a justiça, se alimeutaes qualquerpreconceito - seja de partido, seita, escola,classe, gerarchia ou , de outra espécie,—vos aconselhamos que não leiaes este li-vro »; o modo enérgico porque condenina osque se tem mostrado apologistas do capti-veiro;a maneira enthusiasticaporque exalçaos sectários da santa causa, e a chave deouro com qne fecha a sua notável obra, di-zeudoque a pátria espera para sua gloria— liberdade para os captivos, — nobrezapara o trabalho,—-instrucção para o povo,tudo isto traduz, claramente, a Índole dequem tão grande serviço veio prestar a estepaiz.

Quizeramos dizer d'esse trabalho oquanto elle merece. Sentimos, porém, serpequeno,!! espaço de que dispgmos.

Limitamo-nos.por isso, a comprimentar oDr. Anselmo da Fonseca, dispeustuido-lhetodas as homenagens a que têm direito oseu elevado caracter e seu másculo talento.

A arte brasileira (pintura e esculptura),estudos críticos por L. Gonzaga Duque Es-trada.Um elegante volume,contendo as im-pressões do auctor, sobre os nossos artistase amadores.

Divergimos, fundamentalmente, dasopi-niOes do Sr. Duque Estrada, em muitospontos, mas isso não quer dizer que nãofaçamos ao seu livro, todo o bom acolhi-mento que merece um esforço tal,como o deser critico de arte,eni um paiz como o nosso.

Vamos lèr o volume.

Mez do sagrado coração de Jesus. O Sr.Garuier offereceu-nos um volume destaobrasinha religiosa, com uma dedicatória,que, á primeira vista nos pareceu ser a se-guinte: .1' Reverendissima Redacção daRevista. Como, nós ha certo tempo, estamosum pouco beatos... Mas, não, a dedicatóriaera — como as outras.

Manoel de Mello, estudo biographico,pelo abalisado escriptor Sr. GuilhermeBellegardrt.

O folheto, que temos presente, propor-cionou-nos leitura duplamente grata, pelaamenidade do estylo e pelo relevo que dá?â sympathica figura de Manoel de Mello.

A impressão.graciosamente feita na casado Srs. Moreira, Maxiiniuo A-, C1, é excel-lente.

Ao nuctor, agradecemos a geutilesa dobrinde.

Notas d Margem, por Valentim Maga-lhães n. 3. Como os anteriores, sustentaos bons créditos litterarios do auctor.

Conferências Espiriticas pelo Dr.liamosNogueira.

Apesar de, já um dia, em conversa, umsectário do espiritismo ter-nos dito, que,tanto nós como o nosso collega das paginasillustradas éramos Mediums inconscientes,declarauio-nos absolutamente leigos no

assumpto e portanto sem elementos paraqualquer apreciação. Franqueza, fran-queza I

A Phalena, gracioso órgão do CongressoBrazileiro. De veras attractivo. D'ellatranscrevemos o soneto Ciúme, do nossoultimo numero.

Os Antros de Paris, fase. 10.

Relatório, dos trabalhos da aula de pin-tura, pelo professor Sr. João Zeferiuo daCosta.

_ These do Dr Bernardo Xavier RebelloFilho, sobre o curativo das feridas acciden-taese cyrurgicas.

Um assumpto de toda a actualidade, noRio de Janeiro, com o sem ..úmero de de-sastres, que os jornaes referem, quotidiana-mente.

These do Dr, Antônio Ferreira Paulino,sobre a medicação láctea.

Muito boa.

BRINDESOs Srs. Lombaerts & C. offereceram-nos

2 lindas folhinhas, uma em formato grandee outra menor, em chromo ; ambas bonitase úteis.

Da casa de modas de Mme. Dreyfus, Fi-lho& O, á rua do Ouvidor 101, estabele-cimento bem conhecido do hygh-lifeda Cortee Petropolis,recebemos uma linda folhinha,com os mais graciosos desenhos de ando-rinhas. Tout à fait chie I

Os nossos bons amigos Srs. AlmeidaMarques & C, com estabelecimento de ly-thographia e typographia, á rua Nova doOuvidor 33, enviaram-nos 6 folhinhas, emchromo, feitas em seu estabelecimento eque muito abonam os créditos da casa.

Sinceros agradecimentos.

Andaluza I Imperial fabrica de choco-late, de Franklin & C, á rua dos Audra-das 21. Trata-se de uma folhinha, tam-bem ; mas,que mimo ! Uma galante anda-Iuzh. corresponde á manifestação que lhefazem lindas creanças, em costumes hespa-nhóes, distribuindo-lhes pastilhas de cho-colate. O desenho é um mimo de correccãoe de colorido. Digna de menção honrosa,entre as folhinhas deste anuo 1

Ao distiucto calligrapho, Sr. HenriqueSantos, agradecemos o mimoso cartão defelicitação que nos dirigiu.

CONVITESA's amáveis e beneméritas Directorias do

Congresso Brazileiro, Tenentes do Diabo,Fenianos, Democráticos, Congresso dos Fe-niauos e Congresso dos Socialistas.felicita-mos pelas brilhantes diversões que têmproporcionado, ultimamente, aos seus so-cios e convidados. Retribuímos a gentilezade seus convites desejando-lhes sempre no-vos e iininarcessiveis louros. Avante !

&i.jMOtrrVe-tl'itra.

Typ. de J. BARBOSA, Si 0. r. daAjuda 31

Page 8: -foriK y|iO IkMliyo.Hdfe- PE #481 - BNmemoria.bn.br/pdf/332747/per332747_1888_00481.pdf · 2012-05-08 · tes, e 2^000 rs. para os que não o forem. Tendo de ser remett.ido pelo correio,

/[. Itvrista continua no cloxo doe.Chapado Costume, tapetar da tremendai imitirei qae ihe assedia o espirito

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JJebatde procuramos assumpto^.-nas coltA-mricts Uct 'itiihye^sot cjae-

possnnt alterar os íiojjoj ass',qtias,tes.

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Tcímoi.n/iidi {*rri«->rs políticos,íCTipCoi pelo' TiO!iio*fs pagos pel»o/ov-m-i, cjue põem «jfs na!

(w compensação o Y«íe,-*'f CHV«r.l.ir* Ho /ÍWJ J.ft rfc po/,>,'<_. U « fyfo/lim. Po*,/-,-*- ci*"ÇnteM^ trçjucu a ylstWn cnjoatíyo, oivee nossa vontade .ricn unam eitocada, Cfui foi fm Dccts nos por o Coteaipe de Conserva-e\ dai--t^cuda. lhe

feriado por cttqum tempo

— M-iAito obriaadoljYalò ha de