fontes e usos demonstrativo de fontes e … · como é que o ativo circulante aumentou a despeito...

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Curso para Formação Consultore(a)s / Controllers Contábil -Financeiros Auditoria de Gestão 44 FONTES E USOS DEMONSTRATIVO DE FONTES E APLICAÇÕES DE FUNDOS (QUADRO DE FONTES E USOS). 1. IMPORTÂNCIA Alguns consultores têm afirmado que o QUADRO DE FONTES E USOS (como é mais comumente chamado) é um dos três demonstrativos - sendo os demais, o Balanço Geral e o Demonstrativo de Resultados - indispensáveis para um completo registro da situação de uma empresa. Este QUADRO deveria ser anexado ao conjunto de dados submetidos à alta cúpula da organização e também fornecido para instituições financeiras como parte das exigências destas para concessão de empréstimos. 2. SIGNIFICADO A utilidade do Balanço Geral no Planejamento é limitada porque representa a fotografia da situação da empresa num dado momento (Uma forte posição financeira pode esconder tendências adversas que predizem dificuldades futuras, ou apertos circunstanciais podem ocultar forças latentes que sugerem uma visão promissora da situação). O Executivo Financeiro - e principalmente o Contabilista-consultor deve ficar ciente dessas situações para reduzir áreas de debilitado desenvolvimento e para explorar oportunidades mais atrativas. Por esse motivo, deverá conhecer os bastidores das mudanças do Balanço através dos respectivos fluxos. O Quadro ou Demonstrativo de Fontes e Usos atende essas necessidades. Ele mostra a maré vazante e a maré enchente dos fundos de uma empresa. Cobre todos os movimentos que envolvem uma alteração real do ativo. Mais particularmente, uma pesquisa dos Contadores Públicos Certificados dos Estados Unidos salienta que o Demonstrativo de Fontes e Usos contribui materialmente com aspectos financeiros para respostas de perguntas tais como: 1. Que fim levou o lucro? 2. Por que não é mais elevado o montante de dividendos? 3. Como é que foi possível distribuir dividendos em montante superior ao lucro líquido do exercício, ou mesmo com um prejuízo no período? 4. Por que o Ativo Circulante diminuiu enquanto a Receita Líquida aumentou? 5. Como é que o Ativo Circulante aumentou a despeito de haver um Prejuízo Líquido no exercício? 6. Por que se deve pedir recursos emprestados para financiar a compra do novo imóvel e equipamentos, quando a quantia exigida é inferior ao fluxo de caixa (A soma da Receita Líquida e Depreciação)? 7. Como foi financiada a expansão da fábrica e a aquisição dos novos equipa mentos? 8. O que aconteceu com os recursos resultantes da venda do imóvel e equipa- mentos devido à redução do débito? 9. Como foi conseguida a redução do débito? 10. Como repercutiu no ativo o aumento do capital subscrito em dinheiro? 11. Quais os reflexos da receita obtida com a colocação de debêntures? 12. Como foi financiado o aumento do capital de giro? Enquanto um analista Externo poderá não obter suficientes informações de um De- monstrativo de Fontes e Aplicações de Fundos ou de outros dados publicados, para responder todas estas perguntas, um Analista e o próprio contabilista, fazendo estudos para a Diretoria deverá ter disponíveis os dados exigidos. A Direção Financeira não somente se utiliza dos Quadros de Fontes e Usos para responder às perguntas precedentes sobre sua própria empresa, e até certo ponto de competidores, mas também emprega o demonstrativo como forma de "orçamento de caixa projetado".

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Curso para Formação Consultore(a)s / Controllers Contábil -Financeiros – Auditoria de Gestão

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FONTES E USOS

DEMONSTRATIVO DE FONTES E APLICAÇÕES DE FUNDOS (QUADRO DE FONTES E USOS).

1. IMPORTÂNCIA Alguns consultores têm afirmado que o QUADRO DE FONTES E USOS (como é

mais comumente chamado) é um dos três demonstrativos - sendo os demais, o Balanço Geral e o Demonstrativo de Resultados - indispensáveis para um completo registro da situação de uma empresa.

Este QUADRO deveria ser anexado ao conjunto de dados submetidos à alta cúpula da organização e também fornecido para instituições financeiras como parte das exigências destas para concessão de empréstimos.

2. SIGNIFICADO A utilidade do Balanço Geral no Planejamento é limitada porque representa a fotografia

da situação da empresa num dado momento (Uma forte posição financeira pode esconder tendências adversas que predizem dificuldades futuras, ou apertos circunstanciais podem ocultar forças latentes que sugerem uma visão promissora da situação).

O Executivo Financeiro - e principalmente o Contabilista-consultor deve ficar ciente dessas situações para reduzir áreas de debilitado desenvolvimento e para explorar oportunidades mais atrativas. Por esse motivo, deverá conhecer os bastidores das mudanças do Balanço através dos respectivos fluxos.

O Quadro ou Demonstrativo de Fontes e Usos atende essas necessidades. Ele mostra a maré vazante e a maré enchente dos fundos de uma empresa. Cobre todos os movimentos que envolvem uma alteração real do ativo. Mais particularmente, uma pesquisa dos Contadores Públicos Certificados dos Estados Unidos salienta que o Demonstrativo de Fontes e Usos contribui materialmente com aspectos financeiros para respostas de perguntas tais como:

1. Que fim levou o lucro? 2. Por que não é mais elevado o montante de dividendos? 3. Como é que foi possível distribuir dividendos em montante superior ao lucro

líquido do exercício, ou mesmo com um prejuízo no período? 4. Por que o Ativo Circulante diminuiu enquanto a Receita Líquida aumentou? 5. Como é que o Ativo Circulante aumentou a despeito de haver um Prejuízo

Líquido no exercício? 6. Por que se deve pedir recursos emprestados para financiar a compra do novo

imóvel e equipamentos, quando a quantia exigida é inferior ao fluxo de caixa (A soma da Receita Líquida e Depreciação)?

7. Como foi financiada a expansão da fábrica e a aquisição dos novos equipa mentos?

8. O que aconteceu com os recursos resultantes da venda do imóvel e equipa- mentos devido à redução do débito?

9. Como foi conseguida a redução do débito? 10. Como repercutiu no ativo o aumento do capital subscrito em dinheiro? 11. Quais os reflexos da receita obtida com a colocação de debêntures? 12. Como foi financiado o aumento do capital de giro?

Enquanto um analista Externo poderá não obter suficientes informações de um De- monstrativo de Fontes e Aplicações de Fundos ou de outros dados publicados, para responder todas estas perguntas, um Analista e o próprio contabilista, fazendo estudos para a Diretoria deverá ter disponíveis os dados exigidos.

A Direção Financeira não somente se utiliza dos Quadros de Fontes e Usos para responder às perguntas precedentes sobre sua própria empresa, e até certo ponto de competidores, mas também emprega o demonstrativo como forma de "orçamento de caixa projetado".

Professor César Abicalaffe

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3. CONSIDERAÇÕES Uma das básicas e contínuas séries de decisões com que se defrontam o

administrador de empresa em geral e o administrador financeiro de maneira especial é de natureza dualista: onde aplicaremos os fundos atuais para o melhor uso e lucratividade do projeto a que se propõe, ou, como poderemos obter recursos adicionais para aplicá-los às necessidades e oportunidades insatisfeitas do projeto?

Constitui caso incomum a empresa que possua mais recursos do que possa aplicá- los lucrativamente. Geralmente muitos esforços e deliberações são gastos na distribuição dos fundos disponíveis em busca de capitais adicionais para a oportunidade da empresa, alinhando os riscos e objetivos de lucro.

O processo contínuo de decisão pelos melhores usos e melhores fontes de fundos reflete-se em transações como aquisição de maquinaria, constituição e incremento de contas bancárias ou uma acumulação inventarial. Essas aplicações são baseadas em decisões administrativas de colocar em USOS nestas áreas diversos fundos que poderiam ser transferidos da mesma forma para outros usos. Reciprocamente, a venda de ações, lucros operacionais, empréstimos bancários, ou créditos excedentes em fornecedores constituem todos FONTES de fundos aplicáveis no giro ou em acréscimo de bens de capital. Investimentos de um lado e capital levantado para investimentos do outro, não é a única alternativa de decisão sobre fundos.

A ação do administrador resulta, por vezes, em redução de ativo como a venda de imobilizado, redução de inventários, diminuição de contas a receber, tendo, como consequência, a liberação de recursos para outros propósitos. Da mesma forma, a administração poderá decidir usar fundos para reduzir dívidas ou outra qualquer exigibilidade da empresa, ou ainda para pagamento de dividendos a acionistas.

Naturalmente que cada “Aplicação de Fundos”, sendo decisão de investimentos, deverá ter uma compensação através de uma ou mais “Fontes de Fundos”. Entretanto, os fundos para compra de uma nova máquina podem, em parte, serem provenientes de redução do pagamento à vista e em parte com aumento de dívidas.

Da mesma forma, um “Fundo” proven7iente de empréstimos deve ter um “uso” compensatório que poderá ser a amortização de outro empréstimo. “Fundos” levantados por emissão de ações podem ser “aplicados” para pagamento à vista, inventário de máquinas, redução de exigibilidades correntes ou longo prazo. Lucros como “fontes” de fundos acrescem o total de fundos disponíveis de empresa e são aplicados em vários “usos”, enquanto os prejuízos sendo usos decrescem o capital líquido da empresa e devem ser cobertos por “fontes de fundos”, tais como a redução de ativos ou acréscimo de capital.

O efeito líquido das decisões administrativas concernentes a investimentos e "desinvestimentos", aumento e reembolso de fundos, é um contínuo fluxo entre o “uso” de investimentos e as “fontes” geradoras, com o objetivo de alcançar LIQUIDEZ e LUCROS crescentes.

No curso normal dos negócios, o fluxo de fundos se apresenta como movimento circular. Inicia este movimento com uso de fundos para compra de matéria-prima. Os recursos destes fundos podem ser o capital contribuído pelos proprietários, redução de caixa ou créditos dados a empresa pelos fornecedores. Ao mesmo tempo, fundos adicionais são dirigidos para fazerem face aos custos e despesas de produção e operacionais; e assim produtos acabados são produzidos. O passo seguinte é a venda dos bens. Caso a empresa venda à vista, os fundos são dirigidos a caixa. Caso as vendas sejam a crédito, o efeito imediato será a transferência de fundos da conta estoque para Contas a Receber até se iniciar o pagamento por parte dos compradores, quando então os fundos fluirão para a Caixa para serem utilizados em outros usos. Operações lucrativas resultarão em fonte de maiores fundos para os originais entregues para produção e operação, enquanto operações não lucrativas resultarão em fluxo reduzido em relação ao original.

Este círculo normal de fluxo de fundos é aumentado por meio de maiores investimentos ou empréstimos, novas emissões de capital, troca em títulos de crédito, redução de estoques, aquisição de imobilizado, e outras decisões administrativas.

A administração financeira e o analista estão interessados neste fluxo porque lhes ajuda avaliar o impacto e a qualidade da decisão administrativa feita em certo período de

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tempo. O Contabilista-consultor terá pontos importantes para debater com o empresário. Uma análise do fluxo de fundos durante um ano, mês, semana ou outro qualquer

período em que o Administrador resolver aplicar e obter recursos, dará ao analista um instrumental para poder julgar se as decisões tomadas provocaram resultados positivos ou negativos para a empresa.

Há diferentes meios de definir-se fundos e várias maneiras de analisá-los. Alguns definem fundo como caixa, e se preocupam somente com o movimento da Conta de Caixa.

Esta abordagem é útil para o dirigente financeiro que deseja apreciar profundamen- te as entradas e saídas de Caixa em determinados períodos e conseqüentemente a liquidez imediata da empresa. Outros encaram o fundo como valores econômicos ou como investimentos e obrigações.

Fluxos à conta de Caixa são somente parte dos movimentos de fundos que são bem mais amplos, não envolvendo, necessariamente, a conta Caixa, como a compra de mer- cadorias a crédito, ou a venda de imobilizado.

Conseqüentemente, o administrador ou analista que optar pela definição mais am- pla de fundo volta suas atenções para as condições financeiras (balanços, projeções, fluxos etc...) que representam uma fotografia dos investimentos, das exigibilidades, das receitas e despesas da empresa. Um contabilista-consultor a verá com maior nitidez.

Assim, o ATIVO do Balanço resume a liquidez do uso dos fundos, enquanto o PAS- SIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO resume a eficácia das fontes dos fundos.

Dependendo dos objetivos do administrador ou analista, a conceituação de fundo poderá ser ampliada ou limitada, com a análise do fluxo de fundos restrita à conta Caixa ou cobrindo todas as fontes e todos os usos demonstrados nos balanços.

As variações das contas individuais de dois Balanços seguidos representam o fluxo de fundos e as decisões administrativas-financeiras do período.

O administrador ou analista prestando atenção às modificações nas contas inter- pretará o significado. Por exemplo: poderá notar maior uso de fundos com o aumento de conta Estoques. Poderá verificar se a maior fonte de fundos foi o lucro do período. Pode- rá perceber que a administração aplicou fundos gerados de operações lucrativas em local menos necessário para a empresa. Poderá verificar que houve aumento das imobi- lizações técnicas compensado pelo decréscimo das obrigações correntes.

Poderá assim ocorrer uma imobilização mediante transferência de fundos tais como: Caixa, Contas Correntes, Estoque, bem como um diminuição ou aumento de exigibilidades etc. Poderá, no entanto, esta decisão administrativa trazer dificuldades à empresa, pois a um crescimento de imobilizado corresponde um aumento da necessidade de giro, que, no entanto, foi diminuído pela imobilização, gerando conseqüentemente problemas fi- nanceiros.

A inobservância do ditado e mandamento "Não imobilizarás teu capital de giro" tem levado muitos empreendimentos à falência. (Foi a principal causa nas décadas de 60 a 80). Toda imobilização técnica requer um aumento do Investimen- to Operacional em giro. Deve-se portanto somente imobilizar com fundos proveni- entes de lucros, de empréstimos a longo prazo (bem planejado) ou mediante novas emissões de capital.

Quando há um aumento das exigibilidades a curto prazo e as contas a receber se mantiverem estáveis ou crescentes não proporcionalmente, também indicarão tendência negativa - liquidez decrescente. O mesmo acontece com o fluxo de fundos das exigibilidades a longo prazo para curto prazo, ou o fluxo de Realizável a curto prazo para longo prazo.

Balancetes de épocas diferentes poderão nos oferecer mediante análise do fluxo de fundos dados sobre sazonalidade da atividade da empresa.

Uma indústria de óleo de soja terá encaixe mínimo mas estoque elevado no mês de julho logo após a safra, apresentando em fevereiro disponibilidade enorme e estoque reduzido. Terá o financista de prever estas necessidades, estudando as fontes possíveis de fundos e como otimizar a aplicação, reduzindo ao máximo a ociosidade.

Professor César Abicalaffe

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F

U

4. OBJETIVO

O objetivo deste controle, em resumo, é mostrar De Onde foram obtidos e Como foram aplicados os Fundos. Tal Balanço demonstrará, também, se o dinheiro proveio de fontes Próprias ou de Terceiros e se foi utilizado em Aumentos de Ativo ou Redução no Passivo, podendo servir ainda como um orçamento ou previsão para futuras necessida- des de financiamento ou mesmo, simplesmente, como programa financeiro para os perí- odos seguintes.

De um modo geral, o demonstrativo apresentado indica as Fontes de Fundos obti- das a partir de:

A 1) Redução do Ativo; 2) Aumento do Passivo; P 3) Aumento do Patrimônio Líquido; PL

e as Aplicações (Usos) dos Fundos em: A 1) Aumento do Ativo;

2) Redução do Passivo; P 3) Redução do Patrimônio Líquido. PL

5. EXEMPLO (Compara-se o Balanço inicial do exercício com o de seu término): Toma-se o valor do Balanço atual .............. 1) Caixa ... 7.100 (-) Menos o valor do Balanço Anterior ........ Caixa ...... 28.000

............. - 20.900

Houve Redução de Caixa

( A). de A é F, por isso é lançado na

coluna de Fontes.

2) Valores a Receber Atual ........................ 236.800 (-) Vlrs. a Receber Anterior. ...................... 170.100

66.700 =

E assim sucessivamente ...

Houve Aumento! A é U,por isso é lançado na coluna de Usos.

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ITENS

$ 1.000

BALANÇOS “COLUNAS”

ALTERAÇÕES

Ano Anterior

Ano Atual

Fontes Usos

ATIVO

1) Caixa

2) Valores a Receber

Estoques

Edifício e Equipamentos

Previsão para Depreciação

Outros itens do Ativo

28.000

170.100

157.200

67.100

(18.200)

18.500

7.100

236.800

246.100

74.800

(26.100)

23.700

20.900

7.900

–-

66.700

88.900

7.700

5.200

TOTAL 422.700 562.400

PASSIVO

Títulos a Pagar – Fornecedores

Contas a Pagar – Fornecedores

Títulos a Pagar – Bancos

Outras contas do Passivo

Hipotecas

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

61.700

25.000

18.300

16.200

301.500

14.800

125.700

60.000

26.100

9.600

316.200

14.800

64.000

35.000

7.800

24.700

6.600

TOTAL 422.700 562.400 175.100 175.100

Uma vez preenchidas as colunas de Fontes e Usos, os valores lançados em cada uma delas serão transferidos para os respectivos quadros de Fontes ou de Usos, e vai-se lançando "dentro" de cada um, no local apropriado, até que cada grupo vá sendo completado. Então se efetua o "fechamento" (a soma) de cada grupo. Após o fechamen- to dos 3 grandes grupos, estes são somados obtendo-se o TOTAL que é igualado a 100 e cada item a X%, obtendo-se então as respectivas percentagens.

Professor César Abicalaffe

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F

U

DEMONSTRATIVO DE FONTES E USOS

FONTES $ 1.000 %

1. REDUÇÃO DO ATIVO A 28.800 16,45

Caixa 20.900 11,94

Depreciação 7.900 4,51

2. AUMENTO DO PASSIVO P 121.600 69,45

Títulos a Pagar – Fornecedores 14.800 8,45

Contas a Pagar – Fornecedores 64.000 36,55

Títulos a Pagar – Bancos 35.000 19,99

Outras contas do Passivo 7.800 4,46

3. AUMENTO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PL 24.700 14,10

TOTAL 175.100 100

USOS

1. AUMENTO DO ATIVO A 168.500 96,23

Valores a Receber 66.700

Estoques 88.900

Edifício e Equipamentos 7.700

Outros itens do Ativo 5.200

2. REDUÇÃO DO PASSIVO P 6.600 3,77

Hipoteca 6.600

3. REDUÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PL 0

TOTAL 175.100 100

EXERCÍCIO

Preencha os exercícios 1 e 2 da pág. seguinte, relembrando:

.. AUMENTO REDUÇÃO

A

P

PL

A

P

PL

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ATIVIDADES

EXERCÍCIO 1 Fazendo uma análise de Fontes e Usos dos fundos com os dados dos balan-

ços sintéticos apresentados abaixo, indique qual o total de FUNDOS gerados (FONTES de fundos) no período compreendido entre 31.12.X3 e 31.12.X4.

BALANÇOS SINTÉTICOS - $ 1.000

ATIVO 31.12.X3 31.12.X4 F U PASSIVO X3 X4 F U Ativo Circulante 300 200 Passivo Circul. 300 200 Real. L/prazo 50 150 Ex. L/prazo 100 200 A. Permanente 450 550 Capital 400 500 TOTAIS 800 900 TOTAIS 800 900

o a)100 o b) 200 o c) 250 o d) 300 o e) nenhum

FONTES $ % USOS $ % 1. Redução do Ativo 1. Aumento do Ativo 2. Aumento do Passivo 2. Redução do Passivo 3. Aumento do Patr. Líq. 3. Redução do Patr. Líq. TOTAL TOTAL

EXERCÍCIO 2 Fazendo uma análise de "FONTES E USOS" de fundos com os dados dos balanços

sintéticos apresentados abaixo, indique o total de FUNDOS gerados (FONTES de fundos) no período compreendido entre 31.12.X3 e 31.12.X4, em cruzeiros.

BALANÇOS SINTÉTICOS – $ 1.000

ATIVO 12/X3 12/X4 F U PASSIVO 12/X3 12/X4 F U Ativo Circulante 600 300 Pass. Circulant e 600 300 Real. L/prazo 100 300 Ex. L/prazo 200 400 Ativo Perm. 900 1.100 Capital 800 1.000 TOTAIS 1.600 1.700 TOTAIS 1.600 1.700

o a)300 o b)700 o c)1.000 o d) 800 o e) nenhum

FONTES $ % USOS $ % 1. Redução do Ativo 1. Aumento do Ativo 2. Aumento do Passivo 2. Redução do Passivo 3. Aumento do Pat. Líq. 3. Redução do Patr. Líq . TOTAL TOTAL

Preencha os formulários a seguir com base nos

4 balanços que vem sendo analisados.

Professor César Abicalaffe

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ATIVO

ITENS X2 X3 X4

FONTES USOS FONTES USOS FONTES USOS

ATIVO CIRCULANTE 407

Caixa

Bancos

Duplicatas a Receber

Outros

Estoques

REALIZÁVEL – Longo Prazo 102

Diversos a Receber

Outros

ATIVO PERMANENTE

INVESTIMENTOS 67

IMOBILIZADO 485

(–) Depreciação 46

DIFERIDO 36

PASSIVO

PASSIVO CIRCULANTE 85

Fornecedores

Duplicatas Descontadas

Financiamentos

Outros

EXIGÍVEL – Longo Prazo 821

Financiamentos

Outros

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social 300

Reservas 3

Lucros Acumulados

Lucro do Exercício 45

Pgtº. de Lucros/Divid. (*) 197

Correção Monetária

Resultados de Ex. Futuros

TOTAIS 1297 1297

* Ver em Estrutura para Análise – Extras, na pág. 28

RELEMBRANDO:

Uma vez preenchidas as colunas de Fontes e Usos, os valores lançados em cada uma delas deverão ser transferidos para os respectivos quadros de Fontes ou de Usos, e vai-se lançando "dentro" de cada um, no local apropriado, até que cada grupo vá sendo completado. Então, se efetua o "fechamento" (soma) de cada grupo.

Após o fechamento dos 3 grandes grupos, estes serão somados obtendo-se o TOTAL que é igualado a 100 e cada item a X%, obtendo-se então as respectivas percentagens.

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C : AUMENTO DO PATR. LÍQ. = PL 345 27

A : REDUÇÃO DE ATIVO = A 46 3

B : AUMENTO DE PASSIVO = P 906 70

TOTAIS (A + B + C) = 1000% 1.2297 10000

9. CORR. MONET. LUCRO ACUMULADO –

A – AUMENTO DO ATIVO = A 1.097 85

III. AUM. DO DIFERIDO 36 3

B – REDUÇÃO DO PASSIVO = P =

USOS FUNDOS APLICADOS EM:

6. EXIGÍVEL Longo Prazo –

TOTAIS (A + B + C ) = 100% 1.2297 100

C – REDUÇÃO DO PATR. LÍQ. = PL 200 15

FONTES FUNDOS OBTIDOS DE:

2xx2 % 2xx3 % 2xx4 % 2345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

1. DEPRECIAÇÃO 46

2. –

3. – 234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789 222 345678901234567890121234567890123456789012

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

4. PASSIVO CIRCULANTE 85 7

Fornecedores

Duplicatas Descontadas

Financiamentos

Outros

5. EXIGÍVEL – Longo Prazo 821 63

Financiamentos

Outros 1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

6. LUCRO DO EXERCÍCIO 45

7. AUMENTO DO CAPITAL 300

8. AUMENTO DE RESERVAS –

234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

12345678901234567890123456789 121234567890123456789012345678901 123456789 2345678901234567890121234567890123456789012

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

I. AUM. DO CAP. CIRULANTE 509 39

1. Ativo Circulante 407

2. Realizável Longo Prazo 102

II. AUM. DO CAPITAL FIXO 552 43

3. Imobilizado 485

4. Investimentos 67

2345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123

12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123

5. PASSIVO Circulante –

2345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123

12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123

7. Pagamento Lucros/Div. 197

8. Outros/Redução de Reservas 3 1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901 123456789012345678901234567890121234567890123456789012

1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012

Professor César Abicalaffe

53

FONTES E USOS – 2ª VERSÃO SITUAÇÃO

ECONÔMICA / RENTABILIDADE

/ DIAGRAMA DA TRSIT

NORMAIS X S SITUAÇÕES ESPECIAIS

SITUAÇÕES / HIPÓTESES 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª

1. ORIGENS (FONTES) : VAR ELP + VAR PL 100 80 -100 -80 100 80 -100

(-)2. APLICAÇÕES (USOS): VAR RLP + VAR AP 70 150 70 150 -70 -150 -70

= 3. Variação CCL (GIRO): VAR. AC – VAR. PC 30 -70 -170 -230 170 230 -30

FONTES OU USOS - - - - - - > U F F F U U F

O resultado apresentado em Variações do CCL ou do Capital de Giro, quando positivo

significa que sobraram valores de FONTES, os quais foram “USADOS” em GIRO, e que se

trata de uma ÓTIMA indicação FINANCEIRA. Já quando o resultado é negativo ou faltaram

valores de FONTES, indica que o GIRO da empresa foi uma das FONTES “utilizadas” para

aplicações em outros fins e que é indicador de um MAU SINTOMA FINANCEIRO.

Procure, com base nas demonstrações acima, aplicar sobre os 4 balanços até aqui

analisados.

SITUAÇÕES / HIPÓTESES

2xx2

2xx3

2xx4

1. ORIGENS (FONTES) : VAR ELP + VAR PL.

821+345-200 (

966

-48+441+20+

350-168

595

(-) APLICAÇÕES (USOS) VAR RLP + VAR AP 102+67+485

+36-46

644

80+36+401+

87 (-)133

471

= 3. /VARIAÇÃO CCL (GIRO): VAR AC – VAR. PC 407 (-) 85

322

374 (-) 250

124

FONTES OU USOS ----------->

U

U

VAR = Variação (aumento ou redução).

Curso para Formação Consultore(a)s / Controllers Contábil -Financeiros – Auditoria de Gestão

54

SITUAÇÃO ECONÔMICA /

RENTABILIDADE / DIAGRAMA DA TRSIT

A RENTABILIDADE pode ser analisada em relação a vários itens do Balanço, de

acordo com sua importância.

Aqui os mais usados e na forma como são feitos. A comparação com o Patrimônio Líquido gerando a TRSIP (Taxa de Retorno Sobre o Investimento dos Proprietários) pode ser considerada a mais importante de todas, por indicar a rentabilidade obtida pelos donos da empresa.

A verificação do lucro em relação ao Ativo Permanente tem o objetivo de verificar qual o potencial do Permanente em gerar lucros. Também é este o objetivo de comparar o lucro com o Capital Integralizado.

A TRSIT (Taxa de Retorno Sobre o Investimento Total) aponta o percentual anual e é também um dos principais indicativos da "capacidade econômica" empresarial.

RENTABILIDADE

2xx1 2xx2 2xx3 2xx4

A – Lucro Líquido

(:) Patrimônio Líquido

1.1 (=) Percentual Anual (TRSIP)

B – Lucro Líquido

(:) Ativo Permanente

1.2 (=) Percentual Anual(TRSAP)

C – Lucro Líquido

(:) Capital Integralizado

1.3 (=) Percentual Anual (TRSC)

D – Lucro Líquido

(:) Ativo Real

(=) Percentual Anual (TRSIT)

45.000 350.000 977.000

915.000 1.471.000 2.760.000

5% 24% 35%

45.000 350.000 977.000

1.400.000 1.704.000 2.132.000

3% 20% 46%

45.000 350.000 977.000

800.000 1.230.000 1.890.000

6% 28% 52%

45.000 350.000 977.000

3.053.000 3.811.000 6.059.000

1% 9% 16%

DIAGRAMA DA TRIST

O preenchimento do diagrama da TRSIT (pág. 59) complementa a Análise de Balan- ços, pois mostra a engrenagem da rentabilidade da empresa, indicando na parte superior o Demonstrativo de Resultados gerando a MOL = Margem Operacional Líquida (se não con- sideramos os valores Não-Operacionais) ou a MTL = Margem Total Líquida – se forem considerados todos os valores geradores do Resultado.

Na parte inferior, o GIRO do Investimento Total.

Professor César Abicalaffe

55

.

O ESTUDO DA RENTABILIDADE

O cumprimento do 1º grande objetivo: a obtenção do LUCRO implica o conheci-

mento de métodos através dos quais se possa medir o acerto das decisões tomadas, ou a projeção destas.

E dentre os melhores e mais utilizados, encontra-se:

O SISTEMA "DU PONT" DE ANÁLISE DE RENTABILIDADE Histórico Desde 1950, em experiência bem-sucedida, foi adotado nos Estados Unidos um

método de Análise econômica conhecido por "DU PONT" para avaliar o desempenho global de empreendimentos com fins lucrativos.

Quase todos os livros que versam sobre matéria relacionada com administração Financeira ou Finanças das Empresas descrevem o método "DU PONT" e reproduzem um esquema de apuração da Taxa de Retorno de Investimentos ("Return on Operavite Investiment").

No Brasil, empresários que de alguma forma tomaram conhecimento de tal sistema imediatamente passaram a adotá-lo não mais o abandonando, pela praticidade e visão global que dá de suas empresas, de maneira clara e sistematizada.

O aspecto mais relevante do método de análise do RETORNO DE INVESTIMEN- TOS é a maior atenção que o empresário dará à remuneração do capital investido ao invés da margem obtida nas vendas (embora esta tenha fundamental importância na determinação da TRSIT).

1ª Fórmula A TRSIT – Taxa de Retorno Sobre o Investimento Total, em sua fórmula primeira e

mais simples, é o resultado da divisão do LUCRO LÍQUIDO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA (L) pelo valor do INVESTIMENTO TOTAL (I).

Assim, num 1º exemplo, uma empresa que tivesse um LLDIR de 200 e um Investi- mento Total de 1.000 teria obtido uma TRSIT de 0,20 ou 20% (vinte por cento). Se fosse uma análise anual significaria um retorno em 5 (cinco) anos.

TRSIT

0,20 ou 20%

2ª Fórmula

L

200

I

1.000

Objetivando dar uma visão mais completa que a da 1ª fórmula, esta apresenta a TRSIT como sendo o produto da multiplicação do coeficiente do LUCRO sobre VENDAS (M.O.L. = Margem Operacional Líquida) pelo quociente de rotação do capital investido (GIRO = Vendas sobre Investimentos).

(L) LLDIR X

VENDAS LÍQ (V) = (L) LLDIR

(V) VENDAS LÍQ. INVESTIMENTOS (I) (I) INVESTIMENTOS

L X

V = L

V I I

MOL X GIRO = TRSIT

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56

ATIVIDADES

Ao exemplo anterior, acrescente o item vendas = 500. Assim:

TRSIT

0,20 ou 20%

VENDAS

500

. INVESTIMENTO

1.000

GIRO

0,5

MOL

X

0,4

LUCRO

200

. VENDAS

500

ATIVIDADES

1ª. Suponha uma empresa que tenha um Lucro Líquido depois do Imposto de

Renda de $ 6.320.000, e que seu Investimento Total seja de $ 161.420.000.Calcular a TRSIT, preenchendo o 1º Diagrama abaixo:

– $ 1.000 –

TRSIT

L .

I

2ª. A mesma empresa tem de VENDAS LÍQUIDAS $ 316.800.000. Calcular a TRSIT, a MOL e o GIRO, preenchendo o 2º Diagrama adiante:

– $ 1.000 –

TRSIT

VENDAS

. INVESTIMENTO

GIRO MOL

X

LUCRO

. VENDAS

A. = EMPRESA COM "MOL" ALTA e "GIRO" BAIXO B. = EMPRESA COM "MOL" BAIXA e "GIRO"ALTO

Professor César Abicalaffe

57

ATIVIDADES

1ª. Suponha uma empresa que tenha um Lucro Líquido depois do Imposto de Renda de $ 56.320.000, e que seu Investimento Total seja de $ 161.420.000.Calcular a TRSIT, preenchendo o 1º Diagrama abaixo:

– $ 1.000 – TRSIT

L .

I

2ª. A mesma empresa tem de VENDAS LÍQUIDAS $ 316.800.000. Calcular a TRSIT, a MOL e o GIRO, preenchendo o 2º Diagrama adiante:

– $ 1.000 –

TRSIT

VENDAS

. INVESTIMENTO

GIRO MOL

X

LUCRO

. VENDAS

A. = EMPRESA COM "MOL" ALTA e "GIRO" BAIXO B. = EMPRESA COM "MOL" BAIXA e "GIRO"ALTO

PRINCÍPIO DA "GANGORRA" Considerando que o primeiro objetivo de toda empresa é o aumento

da RENTABILIDADE, conseqüentemente da TRSIT, depreende-se que toda a atividade empresarial se destine ao aumento ou da MOL (Margem Operacional Líquida) ou do GIRO. Via de regra, as empresas costumam ser localizadas em duas categorias.

1º) AS QUE TEM GIRO ALTO e MOL BAIXA ou 2º) AS QUE TEM MOL ALTA e GIRO BAIXO. Melhor seria com MOL e GIRO altos.

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58

RETORNO DE INVESTIMENTO

A expressão RETORNO é identificada por coeficiente (Taxa) que indica o percentual

de capitais investidos retornados aos seus detentores, em um dado período. Então, se o coeficiente de RETORNO DO INVESTIMENTO for de 20%, significa

que 1/5 dos capitais investidos foram retornados aos seus detentores sob a forma de lucros distribuídos e/ou reinvestidos na empresa para serem distribuídos futuramente.

Por INVESTIMENTO TOTAL, entende-se o TOTAL de capitais aplicados na ativida- de da empresa. Muito embora alguns autores entendam que se deva considerar apenas os capitais aplicados nas atividades específicas da empresa, nós preferimos considerar TODO o ATIVO da empresa, ou seja, seu ATIVO REAL, à exceção de valores DIFERI- DOS e contas retificadoras do Ativo. Assim temos, conforme balanço a seguir ...

CIRCULANTE

ATIVO

DISPONÍVEL (Numerário em Caixa e Bancos) REALIZÁVEL A CURTO PRAZO

Contas a Receber e Outros Valores

Estoque de Matérias-Primas e Materiais Secundários

Estoque de Produtos em Processo e acabados

+ REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Valores Realizáveis

+ PERMANENTE

INVESTIMENTOS (Cuidado: Não confundir com INVESTIMENTO TOTAL),

Aplicações em Ações etc. (Na “Planilha-Síntese” somar INTANGÍVEIS...)

IMOBILIZADO Bens móveis e imóveis (–) Depreciações

= ATIVO REAL (A.R.) ou INVESTIMENTO TOTAL (I)

Para esse tipo de análise não importa o exame da proveniência dos capitais investi- dos, sejam PRÓPRIOS ou DE TERCEIROS, dado que a finalidade do método é avaliar e comparar a eficiência com que a administração utiliza os recursos alocados no Ativo Real.

Como se percebe, a fórmula do método de RETORNO DO INVESTIMENTO TOTAL

é bastante simples e sua concepção origina-se do equacionamento dos elementos obti- dos de registros contábeis.

Normalmente se utiliza o método de RETORNO DO INVESTIMENTO somente como

medida de avaliação do desempenho OPERACIONAL ou de PROJEÇÃO DE LUCROS em função da ATIVIDADE BÁSICA da empresa. Nesse caso, não são considerados, na equação contábil do RETORNO DO INVESTIMENTO, as receitas e custos extra- operacionais, estranhos ao objetivo principal da atividade. Também não se incluem, pelo mesmo motivo, as IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS resultantes de aplicações em ações de outras empresas para obtenção de rendimento financeiro; incentivos fiscais; imóveis para venda ou locação; títulos de renda fixa para proporcionar ganhos sob a forma de juros e correção monetária.

Dentro da mesma linha de raciocínio, por LUCRO LÍQUIDO D.I.R. (Depois do Im-

posto de Renda), costuma ser considerado o que resulta da diferença positiva entre VENDAS LÍQUIDAS e a soma de CUSTOS DE PRODUTOS VENDIDOS, DESPESAS ADMINISTRATIVAS, DESPESAS DE VENDA e DESPESAS FINANCEIRAS.

E assim poderá ser feito.

NÃO CIRCULANTE

Professor César Abicalaffe

59

R$1.000.000,00

DE

PR

EC

IAÇ

ÃO

10

+

PR

OV

ISÕ

ES

4

+

IMP

DE

RE

ND

A

86

+

DE

S.

O O

P.

10

%

CU

STO

/VE

ND

AS

11

5

+

DE

SP. C

OM

ER

C.

%

23

2

RE

CE

ITA

LÍQ

.

50

0

(-)

%

100

%

LU

CR

O

%

0,8

3

0

20

0

(:)

VE

ND

AS

50

0

6

GA

ST

OS

TO

TA

IS %

M

OL

0,4

3

00

D

ES

P(-

) R

EC

.FIN

. %

%

17,2

2

0 +

DE

SP.A

DM

IN.

25

4

%

%

TR

SIT

2

0%

2

5

X

DIS

PO

NÍV

EL

50

+

ES

TO

QU

ES

15

0

+

%

CIR

CU

LA

NTE

40

0

+

RE

ALIZ

.L.P

RA

ZO

%

5

RE

CE

ITA

LÍQ

.

50

0

(:)

INV

ES

T. T

OTA

L

%

%

%

GIR

O

0,5

15

50

+

5

%

10

00

100

V

ALO

RE

S A

RE

C. %

P

ER

MA

NE

NTE

55

0

%

55

20

0

20

Neste treinamento, porém, consideraremos, para efeito de análise, TODOS OS ITENS QUE ENTRAM NA COMPOSIÇÃO DO ATIVO REAL, conforme anteriormente dissemos e também TODOS OS ELEMENTOS QUE ENTRAM NA COMPOSIÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO depois do Imposto de Renda, inclusive o Resultado Não Operacional.

E temos um objetivo: Ter, numa só ficha, TODA A EMPRESA representada, para que se possam tomar decisões com base em todos os elementos que efetivamente influem em sua rentabilidade. (O que se poderá também fazer é preencher duas fichas: uma sem considerar itens Não-Operacionais, outra com eles, o que ocorre na análise via Internet).

3º Fórmula (Objetivando ter numa só ficha a visão econômica global) DIAGRAMA DA "TRSIT" (PARA FINS DE VISÃO GLOBAL)

Curso para Formação Consultore(a)s / Controllers Contábil -Financeiros – Auditoria de Gestão

60

BALANÇO PATRIMONIAL – $ 1.000

ATIVO

ATIVO CIRCULANTE

Caixa 800

Bancos 3.200 4.000

Dupl. a Receber 96.000

Devedores Diversos 1.200

Dep. a Prazo Fixo 1.000 98.200

Estoque 48.800

Total do Ativo Circulante 151.000

NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Dev. Diversos 1.100

Subtotal 152.100

ATIVO PERMANENTE

INVESTIMENTOS

Ações 65

Ações (Cor. Mon.) 35 100

IMOBILIZADO

Terrenos 1.750

Prédios 1.630

Máquinas 2.920

Veículos 700

Móv. e Utensílios 4.170

Pedreira 6.030

sub-total 17.200

(–) DEPREC. ACUMULADA (5.100) 12.100

PASSIVO E P.L.

PASSIVO CIRCULANTE

Fornecedores 47.000

Dupls. Descontadas 36.700

Tít. Descontados 13.000

Bcos. c/Garantia 8.200

Grat. a Pagar 2.500 107.400

Total Passivo Circulante 107.400

NÃO CIRCULANTE EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Credores Diversos 4.100

PASSIVO REAL 111.500

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CAPITAL SOCIAL 25.000

RESERVAS DE CAPITAL

Cor.Mon.do Cap.Realizado 13.500

RESERVA DE LUCROS 6.191

Reserva Legal 1.789

Lucros Acumulados 6.320 14.300 52.800

ATIVO REAL (INVESTIMENTO) 164.300 TOTAL 164.300

Com base no Balanço abaixo preencher o Diagrama da TRSIT (3ª Fórmula):

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

ATIVIDADES

RECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas de Mercadorias 350.000 (–) Impostos (33.200) = RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 316.800 (–) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 209.090

LUCRO BRUTO 107.710 (–) DESPESAS OPERACIONAIS

Despesas com Vendas 53.408 Despesas (–) Receitas Financeiras 11.200 Despesas Administrativas 20.320 Depreciações 1.650 Provisões 2.880 NÃO OPERACIONAIS 9.224 98.682

= LUCRO TRIBUTÁVEL 9.028

Imposto de Renda (30%) (2.708)

= LUCRO LÍQUIDO 6.320

Balanço com contas anteriores à

convergência

DESP. COMERC. %

DESP. ADMIN. %

ESTOQUES %

REALIZ.L.PRAZO %

Pro

fesso

r Césa

r Ab

ica

laffe

Tre

inando:

Pre

en

ch

er c

om

ba

se

no

B

ala

nço

da p

ág

ina a

nte

rior:

AT

IVID

AD

ES

61

3ª Fórmula: DIAGRAMA DA "TRSIT" (PARA FINS DE VISÃO GLOBAL)

DEPRECIAÇÃO % CUSTO/VENDAS %

+ -

PROVISÕES %

+

R$

RECEITA LÍQ. %

(-))

GASTOS TOTAIS %

LUCRO %

(:)

M T L

MOL

NÃO OPERAC. %

VENDAS %

+ +

IMP. DE RENDA %

DESP (-) REC.FIN %

TRSIT

X

DISPONÍVEL % CIRCULANTE %

RECEITA LÍQ. %

+ +

(:)

INVEST. TOTAL % + +

GIRO

VALORES A REC. % PERMANENTE %