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Fonte: iStock Projeto de alfabetização 2 - Brincando com as rimas Apresentação da proposta Neste projeto, os estudantes terão a oportunidade de conviver com situações de leitura e escrita com poesias, quadrinhas, parlendas e histórias, para que possam prestar atenção nos sons das palavras (rimas), a fim de ampliar o letramento e facilitar o processo da alfabetização. A linguagem rítmica facilita a memorização dos textos e contribui para a compreensão de que a fala não tem apenas significado e mensagem, mas também uma forma física de se apresentar. Para brincar com as palavras, as crianças precisam se divertir com as imagens, encantar- se com as rimas, deslumbrar-se com as histórias e, depois de tudo isso, sentirem-se motivadas a conversar sobre o que leram ou ouviram para depois escreverem suas próprias rimas e desenhar painéis que demonstrem suas sensações e versões. O educador deverá conhecer o nível conceitual de leitura de mundo e as dificuldades dos estudantes, encorajando-os a falarem e escreverem as suas ideias (desejos, tristezas, alegrias, etc.) para fazer intervenções adequadas, ajudando-os, assim, a avançarem. A correção das atividades deverá ser realizada coletivamente, com a participação ativa dos estudantes, pois o conhecimento e o domínio da linguagem oral e escrita se dão junto com a representação e reflexão sobre a realidade (leitura e escrita de textos), estratégia que possibilitará a eles a conscientização dos seus “erros” (hipóteses), quando escrevem ou leem. Organização do projeto O projeto aqui proposto tem como objetivos principais: Possibilitar o desenvolvimento da atenção das crianças para o som da fala; Apresentar às crianças músicas, poesias e versos com rimas, usando o significado e ritmo para ajuda-las a preverem e descobrirem palavras que terminam com o mesmo som (fonemas) para depois eles terem condições de criarem as suas próprias rimas.

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Fonte: iStock

Projeto de alfabetização 2 - Brincando com as rimas

Apresentação da proposta

Neste projeto, os estudantes terão a oportunidade de conviver com situações de leitura e

escrita com poesias, quadrinhas, parlendas e histórias, para que possam prestar atenção nos

sons das palavras (rimas), a fim de ampliar o letramento e facilitar o processo da alfabetização. A

linguagem rítmica facilita a memorização dos textos e contribui para a compreensão de que a fala

não tem apenas significado e mensagem, mas também uma forma física de se apresentar.

Para brincar com as palavras, as crianças precisam se divertir com as imagens, encantar-

se com as rimas, deslumbrar-se com as histórias e, depois de tudo isso, sentirem-se motivadas a

conversar sobre o que leram ou ouviram para depois escreverem suas próprias rimas e desenhar

painéis que demonstrem suas sensações e versões.

O educador deverá conhecer o nível conceitual de leitura de mundo e as dificuldades dos

estudantes, encorajando-os a falarem e escreverem as suas ideias (desejos, tristezas, alegrias,

etc.) para fazer intervenções adequadas, ajudando-os, assim, a avançarem.

A correção das atividades deverá ser realizada coletivamente, com a participação ativa dos

estudantes, pois o conhecimento e o domínio da linguagem oral e escrita se dão junto com a

representação e reflexão sobre a realidade (leitura e escrita de textos), estratégia que possibilitará

a eles a conscientização dos seus “erros” (hipóteses), quando escrevem ou leem.

Organização do projeto

O projeto aqui proposto tem como objetivos principais:

Possibilitar o desenvolvimento da atenção das crianças para o som da fala;

Apresentar às crianças músicas, poesias e versos com rimas, usando o significado e ritmo

para ajuda-las a preverem e descobrirem palavras que terminam com o mesmo som

(fonemas) para depois eles terem condições de criarem as suas próprias rimas.

Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paca#/media/File:Paca_at_Brazil.JPG

Competência:

Compreender o princípio alfabético que regula o sistema de escrita do português,

representado por sons ou fonemas.

Habilidades:

Brincar com as semelhanças e diferenças dos sons das palavras, prestando atenção nos

sons finais.

Identificar, nos textos trabalhados, as palavras que rimam.

Desenvolvimento das atividades

1. Levantamento de conhecimentos prévios e contextualização da temática

Os trava-línguas brincam com o som, a forma e o significado das palavras. A sonoridade, a

cadência e os ritmos dessas composições levam os estudantes a exercitarem a linguagem oral,

através do maior desafio que consiste em recitar sem tropeçar na pronúncia das palavras. Por

isso, os trava-línguas contribuem para a percepção dos sons dos fonemas.

Mais um trava-língua

Educador, para iniciar o trabalho, convide a turma a falar um trava-língua, apresentado no

primeiro projeto, para descobrirem os sons que rimam nele. Em seguida, leia o trava-língua

abaixo:

Escreva este trava-língua na lousa e peça às crianças que o repita várias vezes. Explique que se

alguém compra alguma coisa com o preço alto, muito caro, se diz que ela pagou caro. A turma

deverá identificar as palavras que terminam com (CA, RA) no texto. Proponha que os estudantes

leiam várias vezes o texto: devagar; sussurrando; rapidamente e lentamente.

QUEM CARA A PACA COMPRA.

CARA A PACA PAGARÁ.

Quadrinho e tirinhas (Cebolinha e Chico Bento)

Converse com os estudantes sobre as histórias em quadrinhos da Turma da Mônica. Trata-se de

um gênero textual que apresenta um personagem central e o cenário é descrito por ilustrações. A

linguagem é mais informal e exploram as pontuações, balões para as falas das personagens,

símbolos e sinais.

Sugere-se que neste momento você reproduza alguma tirinha da Turma da Mônica que mostre a

forma que os personagens Cebolinha e Chico Bento falam. Leia a tirinha pedindo os alunos que

acompanhem cada balão.

Em seguida, apresente o trava-língua “O rato roeu a roupa do rei de Roma”. Peça aos alunos que

falem várias vezes: devagar, sussurrando, rapidamente e lentamente.

Após apresentar as tirinhas e o trava-língua, reflita com a turma sobre o valor cultural e social da

oralidade e da escrita. Exemplique com o modo de falar do Cebolinha, que troca o R por L.

Considere também as particularidades da sua região (sotaques ligados às características orais da

linguagem) citando a forma de falar do personagem Chico Bento e as diferentes formas das

pessoas falarem: os dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões,

os sotaques e palavras diferentes para as mesmas coisas ou objetos (por exemplo, a palavra

mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim). É

preciso que as crianças compreendam o valor cultural que torna cada região particular, contudo é

preciso aprender a linguagem de valor social geral, pois uma não invalida a outra, ambas são de

absoluta importância.

Adivinha: O que é? O que é?

Leia para os alunos o trava-língua a seguir e observe se eles conseguem adivinhar:

À medida em que os estudantes forem ouvindo a leitura do trava-língua, deverão ficar

preocupados com o som dos fonemas. Possivelmente, perderão a compreensão do texto e

podem ter dificuldade de adivinhar, por isso explique a eles:

Sabe o que está dizendo o trava-língua?

É a PATA que TOPA com o PATO, que dá um TAPA no LOBO, que joga o BOLO na CAPA

da PACA.

É PATA OU TAPA?

É TOPA OU É PATO?

É LOBO OU É BOLO?

É CAPA OU É PACA?

Proponha que os estudantes junto com você: devagar, sussurrando, rapidamente e lentamente.

Esta atividade tem o objetivo de desenvolver a consciência fonológica e a percepção das relações

oralidade-escrita para que o estudante identifique as letras do alfabeto, compreendendo que as

palavras são formadas por letras e que novas palavras podem ser construídas ao modificar a

posição da letra.

Vamos fazer uma brincadeira com as palavras?

Proponha à turma que observe o quadro a seguir que apresenta um exemplo:

PALAVRA SÍLABA INVERTIDA NOVA PALAVRA

pata ta-pa tapa

topa

lobo

capa

tapa

pato

bolo

paca

Em seguida, complete o quadro junto com os estudantes. Eles podem desenhar ao lado de cada

palavra.

Que legal! Uma caixa de trava-línguas

Organize com os estudantes uma caixa para guardar os trava-línguas conhecidos. Ela poderá

ficar na biblioteca da sala para ser consultada sempre que os alunos quiserem.

Para lembrar a brincadeira

Esta atividade com trava-línguas pode ser registrada através de fotografias ou filmagem. Será

uma lembrança e um registro da vivência dos estudantes, o que poderá ser uma motivação para

a aprendizagem da leitura e escrita. Escolha com a turma os trava-línguas que mais gostaram de

ler para apresentarem em sala.

2. Problematizando o conteúdo

O texto poético tem o poder de despertar sentimentos, de provocar emoções, enfim, de nos

encantar de diversas maneiras. Os poemas são compostos de versos, estrofes e rimas. O verso é

considerado cada linha de um poema, pode ser apresentado como uma palavra ou segmento de

palavras com um tipo de rítmica, a estrofe é o conjunto de versos e a rima aparece nas palavras

cujas terminações combinam entre si.

Antes de ler o poema a seguir, converse um pouco com as crianças sobre o pato que tirava

retrato. Procure chamar-lhes atenção para a existência das palavras que terminam com o mesmo

som, oralmente. Distribua uma cópia do poema abaixo para cada estudante, com letra caixa alta,

e leia-o com bastante entusiasmo.

http://pixabay.com/pt/pato-

patinho-p%C3%A1ssaro-

%C3%A1gua-amarela-

30881/

Pergunte aos estudantes o que aconteceu no poema, explore as opiniões: Gostaram: Por quê? O

que o poema tem de interessante? Perceberam se há rimas, palavras que terminam com o

mesmo som? Quais são as palavras que rimam?

Faça uma nova leitura do poema para que os estudantes possam ler juntos, acompanhando o

texto e passando o dedo nas palavras que estão lendo. Terminada a leitura, destaque cada par

de rimas (sapato - retrato). Pergunte aos estudantes o que perceberam de parecido no final das

palavras, procurando fazer com que identifiquem os sons iguais na fala que correspondem a

formas iguais na escrita, exceto: graça/massa.

O PATO TIRA RETRATO Mário Quintana

O PATO GANHOU SAPATO.

FOI LOGO TIRAR RETRATO.

O MACACO RETRATISTA

ERA MESMO UM GRANDE ARTISTA.

DISSE AO PATO: “NÃO SE MEXA

PARA DEPOIS NÃO TER QUEIXA”.

E O PATO, DURO E SEM GRAÇA

COMO SE FOSSE DE MASSA!

“OLHE PRA CÁ DIREITINHO:

VAI SAIR UM PASSARINHO”.

O PASSARINHO SAIU,

BICHO ASSIM NUNCA SE VIU.

COM TRÊS PENAS NO TOPETE

E NO RABO APENAS SETE.

E COMO ENFEITE ELE TINHA UM GUIZO EM CADA PENINHA.

POUSOU NO BICO DO PATO:

- EU TAMBÉM QUERO RETRATO!

NO RETRATO SAIO SÓ EU,

PRA MANDAR A MINHA VÓ!

A DISCUSSÃO NÃO PARAVA

E CADA QUAL MAIS GRITAVA.

PASSA NA RUA UM POLÍCIA.

"UMA BRIGA? QUE DELÍCIA!"

ENTRA COMO UM PÉ DE VENTO

PRENDE TUDO NUM MOMENTO.

Peça que marquem no texto as rimas. Os alunos que apresentarem dificuldades para localizar as

palavras que rimam no poema, ofereça mais informações, dê dicas para ajudá-los a continuar o

trabalho. Pergunte por exemplo: Com que letra vocês acham que começa a palavra? Como

faremos para localizar essa palavra? Como podemos saber onde está escrito? Mostre em qual

verso esta palavra está escrita. Aguarde um tempo entre a apresentação de um par e outro de

palavras.

Pergunte se descobriram as palavras que rimam pela semelhança do som final, deixe-os pensar e

dar suas opiniões e se não souberem, informe que SAPATO rima com RETRATO; RETRATISTA

rima com ARTISTA; MEXA rima com QUEIXA; GRAÇA rima com MASSA (atenção o som é o

mesmo, mas a escrita diferente-: ÇA/ SSA); DIREITINHO rima com PASSARINHO; SAIU rima

com VIU; TOPETE rima com SETE.

Espere que os estudantes localizem cada palavra que você selecionou. Depois, peça-lhes que

contem como fizeram para encontrá-las e os que conseguiram achar primeiro podem dar dicas

para ajudar os colegas que ainda não encontraram. Eles deverão circular no texto o final das

palavras que rimam.

Faça um ditado das palavras que rimam. Peça que os estudantes localizem no poema as

palavras que você for ditando, eles deverão circulá-las ou pintá-las com lápis colorido. Proponha,

por exemplo:

- Procurem, no poema o título e circule a palavra PATO e a palavra RETRATO.

- As palavras PATO e RETRATO aparecem de novo no poema, procurem onde estão e circule-

as.

Faça uma brincadeira com as palavras que rimam. Ajude os estudantes a descobrirem outras

palavras:

SAPATO - retrato, pato, mato, rato

RETRATISTA - artista, pista, alpinista

MEXA - queixa, deixa,

GRAÇA - massa, passa, fumaça

DIREITINHO - passarinho, canudinho, coelhinho

SAIU - viu, piu, caiu

TOPETE - sete, charrete

3. Desenvolvimento do conteúdo

1ª etapa: Poema “A casa”

Reproduza a música “A casa”, de Vinícius de Moraes, para as crianças ouvirem e cantarem. Em

seguida, converse com a turma sobre a música ouvida: Vocês já conhecem essa música? Sobre

o que fala mesmo esta música? A casa da qual o poema fala é igual ou diferente da que a gente

mora? Por quê? Por que a casa do poema pode ser considerada engraçada? As casas são todas

iguais? Por quê? Todas elas são feitas com os mesmos materiais? Será que todas as pessoas

vivem em casas? Ou existem outros tipos de moradias?

Mostre fotografias de diferentes tipos de moradias e trabalhe com as crianças essa diversidade:

casas, apartamentos, barracos, palafitas, ocas indígenas, casas de pau a pique, e outras.

Como registro deste momento, proponha às crianças que desenhem a casa mostrada na música.

Distribua folhas para as crianças desenharem e, depois, elas podem compartilhar as produções

com os colegas. Monte um painel na sala com as produções dos alunos.

2ª etapa: Trabalhando com o texto

A CASA Vinicius de Moraes

ERA UMA CASA

MUITO ENGRAÇADA

NÃO TINHA TETO

NÃO TINHA NADA

NINGUÉM PODIA

ENTRAR NELA NÃO

PORQUE NA CASA

NÃO TINHA CHÃO

NINGUÉM PODIA

DORMIR NA REDE

PORQUE NA CASA

NÃO TINHA PAREDE

NINGUÉM PODIA

FAZER XIXI

PORQUE PENICO

NÃO TINHA ALI

MAS ERA FEITA

COM MUITO ESMERO

NA RUA DOS BOBOS

NÚMERO ZERO http://pixabay.com/pt/home-casa-constru%C3%A7%C3%A3o-arquitetura-

158089/

Distribua um a cópia da letra da música para cada estudante, com letras em caixa alta.

Reproduza a música novamente, cantando com as crianças e apontando as palavras no texto

(faça isso algumas vezes).

Converse com a turma sobre quem foi Vinícius de Moraes (biografia), apresente uma fotografia

do escritor e alguns poemas escritos por ele.

Procure sempre chamar a atenção das crianças para a existência das palavras que rimam,

oralmente. Peça a elas que marquem no poema as palavras que rimam e façam uma lista com

algumas delas.

3ª etapa: Escrita da palavra CASA

Educador, junto com as crianças, pesquise e recorte em jornais e revistas imagens de diferentes

tipos de moradias. Cole-as em uma folha e reproduza novamente a música, cantando e

apontando as palavras com o dedo no texto.

Escreva a palavra usando diferentes tipos de letras: cursiva, imprensa,

maiúscula e minúscula (CASA; casa, casa; casa) em tiras de papel,

apresente para as crianças e peça para que elas observem bem as

letras. Escreva a palavra CASA na lousa para as crianças lerem primeiro

rapidamente, depois pausadamente: CA – SA batendo palmas.

http://pixabay.com/pt/aplausos-bater-

palmas-m%C3%A3os-black-297115/

Questione:

- Quantas letras tem a palavra CASA? Quantas sílabas? Quantos fonemas?

- Qual a primeira letra? Qual a última letra? Quais as letras intermediárias?

As crianças poderão escrever a 1ª letra da palavra CASA em uma caixa de areia, sobre a mesa,

em uma folha de papel usando tinta guache e colar barbante sobre a letra C.

Em seguida, sugere-se que as crianças modelem as letras da palavra CASA com massinha e

montem a palavra usando letras móveis.

Solicite aos estudantes que falem palavras que comecem com a sílaba CA: cavalo, cama,

cachorro; e que terminem com SA: rosa, blusa, camisa.

Como atividade para casa, peça às crianças que procurem em jornais e/ou revistas palavras e

figuras que comecem com a mesma letra inicial da palavra CASA - C.

4. Vivenciando e socializando

Brincando de telefone sem fio

Educador, explique às crianças que, dependendo da

situação em que estamos, ao repassarmos uma informação

às pessoas, às vezes, elas a modificam. Existem algumas

brincadeiras que isso pode acontecer.

Uma delas é a brincadeira “Telefone sem fio”, que desenvolve a audição, a concentração, a

oralidade e a memória. Proponha a brincadeira à turma.

Organize as crianças em rodinha. Pense em uma palavra ou frase, por exemplo: AMANHÃ,

FAREMOS UM PASSEIO, À TARDE, NA CASA DA MARIANA, PARA VISITÁ-LA.

Na rodinha, você vai cochichar a frase no ouvido do colega mais próximo. Este faz o mesmo com

o colega seguinte, e assim por diante. O último diz em voz alta o que entendeu, e a graça está aí,

geralmente é bem diferente daquilo que o primeiro falou.

Variação: Na maioria das vezes há alguma troca de palavras e desvio do sentido da frase, por

isso a sugestão é que a brincadeira seja adaptada. Ao invés de frases quaisquer, utilize trava-

línguas, uma vez que ficará mais difícil e, consequentemente, irão surgir outros trava-línguas, pois

é certo que haverá confusão. A brincadeira poderá acontecer em uma grande roda com todos

sentados no chão ou em pequenos grupos. Se optar por pequenos grupos fale um trava-língua

pequeno, ou seja, que contenha uma frase, para cada grupo.

Exemplos:

- Um bode bravo é uma barra! E o bode berra e o bode baba na barba.

- Uma aranha dentro da jarra. Nem a jarra arranha a aranha nem a aranha arranha a jarra.

- O padre Pedro pega o prato e papa que papa.

- O rato roeu a roupa do Rei de Roma, com raiva, resolveu remendar.

- A Zazá se zanga com Zezé e fica zonza.

- O pelo do peito do pé do Pedro é preto.

Proponha à turma uma competição de telefone sem fio apenas com trava-línguas.

A obra “Os bisbilhoteiros”

Educador, apresente aos estudantes a obra “Os bisbilhoteiros”. Procure projetá-la ou mesmo tirar

uma cópia.

Os bisbilhoteiros, pintura de Normam Rockwell, feita em 1948.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ichaTecnicaAula.html?aula=50581 - Acesso em 06/04/15.

Explique o significado do termo bisbilhoteiro, pois hoje, não é uma palavra muito utilizada:

pessoa curiosa, tagarela ou mexeriqueira. Intrometido, que se mete em assuntos que não são de

sua alçada, curiosidade demasiada quanto a assuntos ou à vida de outrem, o que não é uma

atitude correta.

Em seguida, proponha à turma a leitura do quadro. Para isso, peça aos estudantes que observem

a primeira cena: uma mulher contando algo para a outra. Em seguida, a mulher que ouviu, conta

para a mulher de chapéu preto, que depois conta para o homem de cachimbo e assim por diante.

As expressões das pessoas vão mudando à medida que muda a cena. Problematize: O que

aconteceu no final? De quem elas e eles falavam? Que pistas a pintura dá quanto a isso?

Chame a atenção dos estudantes para o senhor de chapéu cinza que aparece nas duas cenas

finais. O quadro parece mostrar que a informação inicial era sobre ele e foi modificada ao longo

das conversas. Isso pode ser deduzido observando sua expressão.

5. Avaliando o conteúdo:

A avaliação deverá ser feita ao longo do desenvolvimento do projeto, procurando verificar:

se o aluno lê buscando pistas no próprio texto, apoiando-se em seus conhecimentos sobre

o conteúdo do texto, sobre as letras, valores sonoros e outros indícios do sistema de

escrita e do portador do texto em questão;

se o aluno já consegue localizar palavras ou informações apoiando-se no conhecimento

sobre as letras e seus valores sonoros.

Sugestão de avaliação escrita:

Proponha às crianças que completem o texto abaixo de acordo com o banco de palavras:

Uma dica: procure o par de palavras, observando as letras em negrito.

O PATO GANHOU ----------------------------------------------------------------------.

FOI LOGO TIRAR -----------------------------------------------------------------------.

O MACACO -------------------------------------------------------------------------------

ERA MESMO UM GRANDE ----------------------------------------------------------.

DISSE AO PATO: “NÃO SE------------------------------------------------------------

PARA DEPOIS NÃO TER---------------------------------------------------------------”.

E O PATO, DURO E SEM --------------------------------------------------------------

COMO SE FOSSE DE-------------------------------------------------------------------- !

“OLHE PRA CÁ----------------------------------------------------------------------------- :

VAI SAIR UM ------------------------------------------------------------------------------ ”.

O PASSARINHO ---------------------------------------------------------------------------,

BICHO ASSIM NUNCA SE---------------------------------------------------------------.

COM TRÊS PENAS NO ------------------------------------------------------------------

E NO RABO APENAS ---------------------------------------------------------------------.

DIREITINHO – TOPETE – QUEIXA – RETRATISTA – SAIU – RETRATO – PASSARINHO – GRAÇA – ARTISTA – SETE – SAPATO – MEXA – MASSA -

VIU

Outras sugestões:

CIÇA. O livro do trava-língua. Belo Horizonte, MG: Nova Fronteira, 1986.

MOTA, Antônio. O livro dos trava-línguas 1. São Paulo: Gailivro, 2009

Poema: A Foca - Vinicius de Moraes - http://letras.mus.br/vinicius-de-moraes/87208/

Poema: Passarinho no Sapé - Cecília Meireles -

http://marciakalel.blogspot.com.br/2013/07/poesia-passarinho-no-sape.html

Poema: Hora de Ler - Rosa Clement - http://www.sumauma.net/amazonian/criancas/crianca-

ler.html

Poema: Era Uma Vez - Lina Venturieri - http://www.mensagenscomamor.com/poemas-e-

poesias/poemas_para_criancas.htm#ixzz3WeGwt6bZ

Referências:

ADAMS, M. J. Consciência fonológica em crianças pequenas. Porto Alegre: Artmed, 2006.

BRASIL. Elementos Conceituais e Metodológicos para Definição dos Direitos de

Aprendizagem e Desenvolvimento do Ciclo de Alfabetização 1.º, 2.º e 3º Anos do Ensino

Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2012: (mimeo)..

CAPOVILLA, Fernando; SEABRA, Alessandra G. Alfabetização: Método Fônico. 5. ed. São

Paulo: Memmon, 2010.

DAMÁSIO, Antônio R. E o cérebro criou o Homem. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

McGUINNESS, Diane. O ensino da leitura inicial: o que a ciência nos diz sobre como

ensinar a ler. Porto Alegre: Artmed, 2006

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:

Parábola Editorial, 2008.

Sítio: Uol. Canal Kids recreio - Diversas brincadeiras. Disponível em:

<http://ne10.uol.com.br/canal/kids/recreio/noticia/2009/07/01/reuna-a-turma-e-curta-as-

brincadeiras-192189.php>. Acesso em: 16 de abril de 2015.