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FOMENTOS À INOVAÇÃO
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Organizadores
João Vitor Tibincovski de SouzaClarissa Stefani Teixeira
FOMENTOS À INOVAÇÃO
FOMENTOS À INOVAÇÃO
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FOMENTOS À INOVAÇÃO
Organizadores
João Vitor Tibincovski de SouzaClarissa Stefani Teixeira
Autores
João Vitor Tibincovski de SouzaClarissa Stefani Teixeira
Irineu Afonso Frey
Design e edição
Mariana Barardi
www.via.ufsc.br
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
Esta licença permite a redistribuição, comercial e não comercial, desde que o trabalho seja distribuído inalterado e no seu todo, E book
Ficha catalográfica elaborada por: Milena Maredmi Correa Teixeira-CRB-SC 14/1477
Fomentos à Inovação [recurso eletrônico] / João Vitor Tibincovski de Souza; Clarissa Stefani Teixeira. (Orgs.) – Florianópolis: Perse, 36p. : il. 2017 1 e-book
Disponível em: < http://via.ufsc.br/ > ISBN 978-85-464-0504-6
1.Fomento Inovação. 2. Financiamento. 3. Recurso Inovação. I.Teixeira. Clarissa Stefani II. Souza. João Vitor Tibincovski de. III. Frey.Irineu Afonso. IV. Via Estação do conhecimento. V. Título.
CDU: 351(81)
S719f
FOMENTOS À INOVAÇÃO
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FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
FONTES DE FOMENTO À
INOVAÇÃO
A inovação: contextualização inicial
Diferentemente do que se pensa a inovação não é apenas ideia
e invenção (PETENATE, 2013). Seu conceito está mais ligado ao va-
lor; inovar é algo novo que altera o seu ambiente gerando valor. O
impacto desta mudança é o que determina o tamanho da inovação.
Para Freeman e Perez (1998) o processo de inovação contempla as
atividades técnicas, a concepção, o desenvolvimento e a gestão, re-
sultando na comercialização de novos ou melhorados produtos ou
processos.
O Manual de Oslo estabelece que a inovação:
(...) requer a utilização de conhecimento novo ou um novo uso ou
combinação para o conhecimento existente. O conhecimento novo
pode ser gerado pela empresa inovadora no curso de suas ativida-
des (isto é, através da pesquisa e desenvolvimento (P&D) realizados
de forma interna) ou adquirido externamente de vários canais (por
exemplo, pela compra de uma nova tecnologia). O uso de conheci-
mento novo ou a combinação do conhecimento existente requer esfor-
ços inovadores que podem ser distinguidos das rotinas padronizadas
(OCDE, 2005, p. 43).
FOMENTOS À INOVAÇÃO
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Schumpeter (1982) considera que a inovação é a principal fonte de
transformações produtivas e de lucros extraordinários, pois permite
entrar em mercados diferenciados e, portanto, de preços mais eleva-
dos. Com isso as organizações se veem compelidas a inovar, gerando
um ambiente competitivo sistêmico, onde o equilíbrio de mercado se
desfaz (SCHUMPETER, 1982, cap. 2).
Uma empresa para se destacar e poder ser mais competitiva no mer-
cado precisa inovar. Inovar requer esforço e, principalmente, recur-
so. O Brasil, ocupa o 80º lugar no Ranking de Capacidade de Inovar
do GCI (2015) e consequentemente, no que tange a competitividade
mundial, o índice também não favorável estando na 57º colocação
(Figura 1) (IMD WORLD COMPETITIVENESS, 2016). Esse fato,
dentre outros aspectos, pode estar ligado aos poucos incentivos que
são dados em âmbito federal ou ainda as poucas linhas de fomento e
incentivos para a inovação. Também pode estar associado aos baixos
investimentos realizados pelo setor privado. Em muitos casos, há ain-
da desconhecimento por parte dos empreendedores de como recorrer
frente à legislação brasileira e suas políticas públicas.
Figura 1 - Ranking de
competitividade mundial, 2016.
Fonte: Disponível em: <http://www.imd.org/uupload/
imd.website/wcc/scoreboard.pdf>.
Acesso em: 03 de abr 2017.
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
FOMENTOS À INOVAÇÃO
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Outro indicador importante está associado a relação entre investi-
mentos nacionais em P&D e o Produto Interno Bruto (PIB). Este
segundo, conforme indica o MCTI (2016) é um dos mais utilizados
para comparar os esforços dos países no setor. Além disso, segundo
o mesmo documento outro indicador que mostra o esforço nacional
em ciência, tecnologia e inovação (CT&I) é o de recursos humanos
envolvidos em atividades de P&D, mais especificamente associan-
do-se aos cientistas e engenheiros. Entretanto, pode-se dizer que o
Brasil não figura entre os países mais avançados, tanto no dispêndio
em P&D quanto em recursos humanos envolvidos (MCTI, 2016). A
Figura 1 ilustra os dispêndios em P&D em relação ao PIB e os pesqui-
sadores considerando os países.
Segundo dados do MCTI (2016) o Brasil ainda precisa de investimen-
tos crescentes para que esse quadro seja alterado nos próximos anos.
Figura 2 - Dispêndios e recursos humanos em P&D.
Fonte: MCTI (2016, p. 64).
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FOMENTOS À INOVAÇÃO
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A criação de políticas públicas
de inovação no Brasil
Segundo Araújo (2012) o discurso a favor da inovação se iniciou a
partir dos anos 90 com a criação dos fundos setoriais, fundos estes
destinados a aportar recursos para alguns setores específicos como
eletricidade, telecomunicações, exploração de petróleo provendo
fonte de financiamento para P&D. E também dois fundos especiais
para promover a relação entre empresas e universidades, melhorando
e incentivando a pesquisa e a infraestrutura desses ambientes.
Na década decorrente à criação desses fundos foi posto em prática,
ainda no Brasil, uma série de estratégias que, de alguma maneira co-
meça a levar políticas favoráveis à inovação, conforme ilustra o Qua-
dro 1.
Fundos
setoriais:
“Fundos Setoriais de Ciência e Tecnologia são instrumentos de
financiamento de projetos de pesquisa,
desenvolvimento e inovação, suas
receitas são oriundas de contribuições
incidentes sobre o resultado da exploração
de recursos naturais pertencentes à União,
parcelas do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) de certos setores
e de Contribuição de Intervenção no
Domínio Econômico (CIDE) incidente
sobre os valores que remuneram o
uso ou aquisição de conhecimentos
tecnológicos/transferência de
tecnologia do exterior” (FINEP, 2016).
Período Política Pública Objetivo
1988 Constituição Federal
Capítulo IV - Da Ciência, Tecnologia e Inovação(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desen-volvimento científico, a pesquisa, a capacitação cientí-fica e tecnológica e a inovação (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio na-cional e será incentivado de modo a viabilizar o desen-volvimento cultural e socioeconômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do país, nos ter-mos de lei federal.Parágrafo único. O Estado estimulará a formação e o fortalecimento da inovação nas empresas, bem como nos demais entes, públicos ou privados, a constituição e a manutenção de parques e polos tecnológicos e de-mais ambientes promotores da inovação, a atuação dos inventores independentes e a criação, absorção, difusão e transferência de tecnologia (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
Quadro 1 - Estratégias que levam a políticas
favoráveis à inovação no Brasil.
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FOMENTOS À INOVAÇÃO
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Fundo
especiais:
“Constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que, por lei, se vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação” (BRASIL, 1964).
2001 Livro verde do Ministério de Ciência e Tecno-logia de 2000
Reúne um compilado de ações para impulsionar a so-ciedade da informação no país em todos os aspectos: ampliação do acesso, formação de recursos financeiros e humanos, meios de conectividade, fomento a P&D, comércio eletrônico e desenvolvimento de novas tec-nologias.
2002 Livro Branco do Ministério de Ciência e Tecno-logia que reflete as indicações da Conferência Nacional de Ciência, Tecno-logia e Inovação realizada em 2001
Aponta caminhos para a Ciência, Tecnologia e Inovação a fim de contribuir para a construção de um país mais dinâmico, competitivo e socialmente mais justo.
2003 Política Industri-al, Tecnologia e Comércio Exteri-or (PITCE)
a) consolidar a inovação dentro da empresa; b) aumentar o comércio de alta tecnologia no merca-do internacional e consecutivamente, aumentar a concorrência; c) atualizar a modernização da indústria; d) aumentar a produção; e) desenvolver os seguintes campos de pesquisa: produtos farmacêuticos, semicon-dutores, softwares, bens de capital e nanotecnologia, biotecnologia e biomassa/energias renováveis.
2008 Política de Desenvolvimen-to Produtivo (PDP)
a) aumentar a P&D para 0,65 do produto interno bru-to (PIB); b) dobrar o número de patentes brasileiras no Brasil e triplicar esses números no exterior.
2007 ~ 2010
Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e In-ovação (PACTI)
a) estruturação do Sistema Brasileiro de Tecnologia, com foco no apoio ao desenvolvimento tecnológico; b) aumentar o número de pesquisadores trabalhando nas empresas; c) aumentar o número de empresas in-ovadoras que se beneficiam do apoio governamental.
2010 Livro Azul do Ministério de Ciência e Tecno-logia e Inovação que reflete as indicações da 4ª Conferência Na-cional de Ciência Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimen-to Sustentável
Tem como objetivo o desenvolvimento científico e tecnológico através da inovação, baseando-se em uma política de redução de desigualdades sociais, a exploração sustentável das riquezas do país e de fortalecimento da indústria, agregando assim, valor à produção e à exportação inovadoras e consolidando o destaque internacional em ciência e tecnologia.
2011 ~ 2014
Estratégia Nacio-nal de Ciência, Tecnologia e In-ovação (ENCTI)
a) dar suporte à inovação no setor produtivo a fim de diminuir o atraso tecnológico quando comparado aos países desenvolvidos; b) qualificar funcionários para com a inovação; c) apoiar o setor de conhecimento; d) incentivar à produção limpa; e) promover a inovação através do poder de compra do Estado.
2016-2019
Estratégia Nacio-nal de Ciência, Tecnologia e In-ovação (ENCTI)
Não apenas traçar a estratégia de CT&I, seu objeto principal, mas demonstrar o estado da arte da política de CT&I promovida no país, justificar as escolhas aqui realizadas e sintetizar a diversidade de entendimen-tos em um vetor coeso para o usufruto de todos os interessados.
Adaptado pelo autor.
Fonte: Disponível em: <http://cbsanchez.jusbrasil.
com.br/artigos/247900606/a-inovacao-no-brasil>.
Acesso em 03 de abr 2017.
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FOMENTOS À INOVAÇÃO
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A criação da Política Industrial, Tecnologia e Comércio Exterior pos-
sibilitou o surgimento das duas principais leis relacionadas à inovação
no Brasil, a Lei da Inovação (Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004)
que estimulou a interação universidade-empresa (BRASIL, 2004), e
a Lei do Bem (Lei nº 11.196 de 21 de novembro de 2005) (BRASIL,
2005) que trouxe a possibilidade de reinvestir valores de impostos em
P&D (ARAÚJO, 2012).
Além disso, são instrumentos indutores de apoio a Estratégia Na-
cional de Ciência, Tecnologia e Inovação: o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Financiadora
de Estudos e Projetos (FINEP) e a Agência Brasileira de Desenvol-
vimento Industrial (ABDI), o Sistema Brasileiro de Tecnologia (SI-
BRATEC) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial
(EMBRAPII).
Em âmbito governamental, em 2016, o Ministério de Ciência, Tec-
nologia e Inovação é unificado ao Ministérios das Comunicações,
tornando-se Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comu-
nicações (MCTIC).
Lei de
Inovação:
Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica
e tecnológica no ambiente produtivo e
dá outras providências. Foi atualizada em 2016
pela Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016, chamado de
novo marco legal da inovação, que dispõe
sobre estímulos ao desenvolvimento
científico, à pesquisa, à capacitação científica
e tecnológica e à inovação.
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
FOMENTOS À INOVAÇÃO
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CNPq:
Agência do Ministério da Ciência, Tecnologia
e Inovação (MCTI) que tem como principais
atribuições fomentar a pesquisa científica
e tecnológica e incentivar a formação de
pesquisadores brasileiros.
FINEP:
Empresa pública vinculada ao Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação que
busca promover o desenvolvimento
econômico e social do Brasil por meio do
fomento público à Ciência, Tecnologia e
Inovação em empresas, universidades,
institutos tecnológicos e outras
instituições públicas ou privadas.
ABDI:
Criada pelo governo federal em 2004
com o objetivo de promover a execução
da política industrial, em consonância
com as políticas de ciência, tecnologia,
inovação e de comércio exterior (Lei
11.080 de 30 de dezembro de 2004). Ligada
ao Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior
(MDIC), atua como elo entre o setor
público e privado, contribuindo para
o desenvolvimento sustentável do
país por meio de ações que ampliem a
competitividade da indústria.
EMBRAPII:
Qualificada como uma organização social
pelo poder público federal desde setembro
de 2013. A assinatura do contrato de gestão
com o Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovações (MCTI) ocorreu em 2 de dezembro
de 2013, tendo o Ministério da Educação
(MEC) como instituição interveniente. Os
dois órgãos federais repartem igualmente a
responsabilidade pelo seu financiamento.
A contratação da EMBRAPII parte do
reconhecimento das oportunidades de
exploração das sinergias entre instituições de
pesquisa tecnológica e empresas industriais,
em prol do fortalecimento da capacidade
de inovação brasileira. Ela tem por missão
apoiar instituições de pesquisa tecnológica,
em selecionadas áreas de competência, para
que executem projetos de desenvolvimento
de pesquisa tecnológica para inovação, em
cooperação com empresas do setor industrial.
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A criação dos incentivos
fiscais no Brasil
Os incentivos fiscais à inovação (IFI’s) são incentivos usados pelo go-
verno para fortalecer as atividades de inovação no país. Usualmente
proporcionam deduções ou reduções de tributos para a entidade que
pesquisa, investe, ou aplica em inovação. O novo marco legal (BRA-
SIL, 2016), publicado em 2016, no Art 2, estabelece que são instru-
mentos de estímulo à inovação nas empresas:
• subvenção econômica;
• financiamento;
• participação societária;
• bônus tecnológico;
• encomenda tecnológica;
• incentivos fiscais;
• concessão de bolsas;
• uso do poder de compra do Estado;
• fundos de investimentos;
• fundos de participação;
• títulos financeiros, incentivados ou não;
• previsão de investimento em pesquisa e desenvolvi-
mento em contratos de concessão de serviços públicos
ou em regulações setoriais
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FOMENTOS À INOVAÇÃO
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• Subvenção Econômica: permite a aplicação de recursos pú-
blicos não reembolsáveis em empresas, sejam elas públicas ou
privadas, desenvolvendo projetos de inovação e compartilhando
seus custos e riscos. FINEP e Banco Nacional de Desenvolvimen-
to Econômico e Social (BNDES) são as principais entidades for-
necedoras desse recurso (MCTI, 2015).
• Financiamento: financiamento reembolsável é destinado a
instituições que apresentem projetos de pesquisa, desenvolvi-
mento e inovação (PD&I) que tenham condições de arcar com
as obrigações do empréstimo. FINEP e BNDES são as principais
entidades fornecedoras desse recurso (DE NEGRI; KUBOTA,
2008).
• Participação societária: investimento direto das Agências de
fomento nas empresas de tecnologia por meio da aquisição de
participação societária. FINEP e BNDES são as principais inves-
tidoras neste segmento (MCTI, 2015).
• Bônus tecnológico: é um tipo de subvenção para microem-
presas e empresas de pequeno e médio porte, sendo destinada
ao pagamento de compartilhamento e uso de infraestrutura de
pesquisa e desenvolvimento tecnológicos, contratação de servi-
ços especializados de tecnologia ou de transferência tecnológica
quando a mesma for de caráter complementar aos serviços (BRA-
SIL, 2016).
• Encomenda tecnológica: é um mecanismo que determina
que a administração pública contrate empresa para a realização de
atividades de P&D, aproveitando do poder de compra do estado
para estimular o desenvolvimento tecnológico da nação (MCTI,
2015).
• Incentivos fiscais: tem como intenção induzir investimentos
empresarias na área de inovação por meio de deduções, amorti-
zações, depreciações e crédito fiscal (MCTI, 2015).
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FOMENTOS À INOVAÇÃO
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• Concessão de bolsas: É o principal meio de apoio aos pesquisa-
dores. A concessão dessas bolsas acontece a partir de vários meios
e são beneficiários desse tipo de bolsa estudantes de nível médio,
graduação, mestrado e doutorado. Sendo os dois primeiros com
o objetivo de incentivar talentos e vocações cientificas, e os dois
últimos com o objetivo de apoiar a formação de capital humano.
CNPq, CAPES e Fundações de Apoio dos Estados chamadas de
FAPs são as principais Agências que atuam na concessão de bolsas
(MCTI, 2015).
• Uso do poder de compra do Estado: se associa a compra do
Estado com margem de preferência local. Para o funcionamento
da máquina pública o governo gasta bilhões de reais por ano, par-
te dessas compras podem ser orientadas para o fornecimento por
empresas locais visando estimular o desenvolvimento tecnológi-
co assegurando a compra de bens e serviços nacionais com preços
maiores do que os importados (MCTI, 2015).
• Fundos de investimentos e Fundos de participação: são
investimentos indiretos no qual as Agências selecionam propostas
de capitalização de fundos, capital sementes e venture capital por
exemplo, para receberem aportes de recursos. Os principais inves-
tidores são FINEP e BNDES (MCTI, 2015). Além disso, no Brasil
já se observa diversos fundos privados.
• Títulos financeiros, incentivados ou não: os títulos públi-
cos federais são instrumentos financeiros de renda fixa, sendo emi-
tidos pelo governo federal para obtenção de recursos juntamente
com a sociedade, tendo o objetivo maior de financiar suas despesas.
Neste caso, despesas relacionadas ao fomento à inovação (BANCO
CENTRAL DO BRASIL, 2015).
• Previsão de investimento em pesquisa e desenvolvi-
mento em contratos de concessão de serviços públicos
ou em regulações setoriais: é um financiamento a P&D por
meio de previsão, podendo se tratar tanto de previsão orçamentária
quanto crédito orçamentário (MANUAL DE FRASCATI, 2013).
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
FOMENTOS À INOVAÇÃO
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No Brasil, esses incentivos surgiram, principalmente, a partir de 2004
com a criação da Política Industrial, Tecnologia e Comércio e Ex-
terior publicada em 2003. De maneira geral, os incentivos fiscais à
inovação se resumiam a Lei nº 8.661, de 2 de junho de 1993 (BRASIL,
1993), que beneficiava somente os Programas de Desenvolvimento
Tecnológicos Industriais (PDTI) e Programas de Desenvolvimento
Tecnológicos Agropecuários (PDTA). Entretanto, em 2005 foi revo-
gada pela Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005 a qual que institui
o Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação de
Serviços de Tecnologia da Informação (REPES), o Regime Especial
de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (RE-
CAP) e o Programa de Inclusão Digital que dispõe sobre incentivos
fiscais para a inovação tecnológica, assim como diversos decretos
(BRASIL, 2005).
Assim, o governo estimulou a inovação privada com a criação de leis
relacionadas à inovação como, por exemplo, a precursora Lei da In-
formática (Lei nº 8.248 de 23 de outubro de 1991) (BRASIL, 1991),
criada com a intenção de incentivar a capacitação e competitividade
no setor de informática e automação e a Lei do Bem (Lei nº 11.196 de
21 de novembro de 2005) (PAVRET et al, 2015). O Quadro 2 ilustra
as leis e suas disposições principais.
Considerando os desdobramentos dos incentivos federais, conforme
as legislações apresentadas, os estados e consequentemente seus mu-
nicípios estabelecem suas legislações. No caso das Leis de Inovação,
observa-se que 18 estados dispõem de regulamentos em vigência. Já
nos municípios 31 apresentam suas Leis em vigor. A Figura 3 reúne
em um mapa interativo a legislação brasileira ligada a Ciência, Tec-
nologia e Inovação.
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FOMENTOS À INOVAÇÃO
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Legislação Brasileira Disposições
Lei da Informática Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991 (BRASIL, 1991)
Dispõe sobre a capacitação e competitividade do setor de informática e automação, e dá outras providências
Lei da Inovação Lei nº 10.973 de 02 de dezembro de 2004 (BRASIL, 2004)
Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras providências.
Lei do Bem Lei nº 11.196 de 21 de novembro de 2005 (BRASIL, 2005)
Institui o Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação de Serviços de Tecnologia da Informação (REPES), o Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (RECAP) e o Programa de Inclusão Digital; dispõe sobre incentivos fiscais para a inovação tecnológica e dá outras providências.
Novo marco legal de inovação. Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016 (BRASIL, 2016) que altera a Lei nº 10.973 de 02 de dezembro de 2004 (BRASIL, 2004)
Estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à capacitação tecnológica, ao alcance de sua autonomia e ao desenvolvimento do sistema produtivo regional e nacional.
Quadro 2 - Legislação brasileira de incentivo a
inovação e suas disposições.
Fonte: Elaborado pelos autores a partir da legislação
vigente analisada.
Figura 3 - Mapa da legislação brasileira ligada a
Ciência, Tecnologia e Inovação.
Fonte: Legislação brasileira ligada a Ciência, Tecnolo-
gia e Inovação. Fonte: Disponível em: <https://classic.
mapme.com/leis-de-inovação-brasil>. Acesso em: 03
de abr 2017.
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FOMENTOS À INOVAÇÃO
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Legislação Brasileira Disposições
Lei da Informática Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991 (BRASIL, 1991)
Dispõe sobre a capacitação e competitividade do setor de informática e automação, e dá outras providências
Lei da Inovação Lei nº 10.973 de 02 de dezembro de 2004 (BRASIL, 2004)
Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras providências.
Lei do Bem Lei nº 11.196 de 21 de novembro de 2005 (BRASIL, 2005)
Institui o Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação de Serviços de Tecnologia da Informação (REPES), o Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (RECAP) e o Programa de Inclusão Digital; dispõe sobre incentivos fiscais para a inovação tecnológica e dá outras providências.
Novo marco legal de inovação. Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016 (BRASIL, 2016) que altera a Lei nº 10.973 de 02 de dezembro de 2004 (BRASIL, 2004)
Estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à capacitação tecnológica, ao alcance de sua autonomia e ao desenvolvimento do sistema produtivo regional e nacional.
Não apenas o setor empresarial é regulado pelas leis de incentivo a
inovação, mas também as universidades, instituições científica, tec-
nológica e de inovação (ICT) e o próprio governo. As pessoas físicas
e o inventor independente também podem ser beneficiados pela le-
gislação brasileira e são incentivados em agir para o desenvolvimento
da inovação por meio da P&D. O Quadro 3 ilustra o incentivo esta-
belecido no Brasil e as organizações que podem ser beneficiadas com
os mesmos.
Incentivo Governamental Quem beneficia?
Lei da Informática (Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991) (BRASIL, 1991)
Empresas de hardware e automação que invistam em P&D, comprovem regularidade fiscal e que produzam algum item que a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) aprova, da lista de produtos incentivados pela Lei.Art. 4o
Lei da Inovação (Lei nº 10.973 de 02 de dezembro de 2004) (BRASIL, 2004)
Pessoa física, jurídica e entidades privadas sem fins lucrativos (Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação), Fundações de Apoio
Lei do Bem (Lei nº 11.196 de 21 de novembro de 2005) (BRASIL, 2005).
Empresas em regime no lucro real que invistam em P&D.Art. 2o& 13o
Novo marco legal de inovação. Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016 (BRASIL, 2016) que altera a Lei nº 10.973 de 02 de dezembro de 2004 (BRASIL, 2004).
Pessoa física, jurídica e entidades privadas sem fins lucrativos (Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação), Fundações de Apoio
Quadro 3 – Incentivo e beneficiados.
Fonte: Elaborado pelos autores a partir da legislação
vigente analisada.
Segundo Zucoloto (2010) no Brasil o incentivo fiscal mais abrangente
para com a atividade inovadora é a Lei nº 11.196 de 21 de novembro
de 2005, conhecida como Lei do Bem.
Os pré-requisitos para se conseguir os incentivos fiscais previstos na
Lei do Bem são:
• Ser entidade em regime no Lucro Real.
• Ser entidades com Lucro Fiscal.
• Ser entidades com regularidade fiscal.
• Ser entidades que invista em P&D (BRASIL, 2005).
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
FOMENTOS À INOVAÇÃO
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I - dedução, para efeito de apuração do lucro líquido, de valor corres-
pondente à soma dos dispêndios realizados no período de apuração
com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica
classificáveis como despesas operacionais pela legislação do Imposto
sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) ou como pagamento.
II - redução de 50% (cinquenta por cento) do Imposto sobre Produ-
tos Industrializados (IPI) incidente sobre equipamentos, máquinas,
aparelhos e instrumentos, bem como os acessórios sobressalentes e
ferramentas que acompanhem esses bens, destinados à pesquisa e ao
desenvolvimento tecnológico’
III - amortização acelerada, mediante dedução como custo ou des-
pesa operacional, no período de apuração em que forem efetuados,
dos dispêndios relativos à aquisição de bens intangíveis, vinculados
exclusivamente às atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvi-
mento de inovação tecnológica, classificáveis no ativo diferido do be-
neficiário, para efeito de apuração do IRPJ;
IV - redução a 0 (zero) da alíquota do imposto de renda retido na
fonte nas remessas efetuadas para o exterior destinadas ao registro e
manutenção de marcas, patentes e cultivares (BRASIL, 2005).
Com a criação da Lei do Bem, todo o procedimento burocrático foi
facilitado, não exigindo a pré-aprovação dos projetos ou a participa-
ção em editais licitatórios (ZUCOLOTO, 2010).
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
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Principais instrumentos de
apoio à inovação no Brasil
A inovação no Brasil e no mundo tem papel fundamental no desen-
volvimento da indústria. Diversas entidades investem em ações ino-
vadoras para desenvolver novos produtos (bens ou serviços), novos
processos, entre outros. Países com maior competitividade são aque-
les que apresentam melhores índices de inovação. O ranking global
de competitividade e de inovação mostra essa tendência, onde países
que mais investem em inovação são mais competitivos (GCI, 2015).
Porém, investir em inovação é considerado arriscado, principalmen-
te para empresas iniciantes, que querem inovar, mas não possuem
condições de financiar de forma independente. Além disso, empresas
nascentes apresentam ainda menos capacitação em termos de possi-
bilidade de vencer desafios principalmente aqueles associados a gera-
ção de inovações.
Desta forma, os mecanismos criados pelo governo são introduzidos e
possuem o importante papel de disponibilizar linhas de fomento para
que as inovações venham ocorrer (PEREIRA et al, 2013). Não apenas
para empresas, mas outros setores como as universidades também fa-
zem parte dessa sinergia que precisa inovar e muitas vezes é impedida
por aspectos que tangenciam recursos financeiros e econômicos. No
Brasil, existem diversas agências e linhas de fomento à inovação, as
principais estão apresentadas a seguir:
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
FOMENTOS À INOVAÇÃO
18
FUNDOS
Outra abordagem sobre as fontes de financiamento é a dos Fundos
que alimentam o Sistema. Grande parte dos recursos orçamentários
federais destinados ao Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Ino-
vação (SNCTI) tem origem em receitas advindas da arrecadação de
impostos, não possuindo qualquer vinculação com a destinação delas,
recolhidas ao Caixa Único do Tesouro. Por outro lado, há receitas
vinculadas a fundos especificamente destinados a ações que guardem
relação com as atividades de CT&I. Destacam-se como Fundos mais
relevantes para o Sistema, assim como ilustra o Quadro 4.
Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT)
Governança: MCTI, FINEP, Comitês Gestores dos Fundos Setoriais e demais instân-cias decisórias do FNDCTFonte: arrecadação em diversos setores econômicos relacionados com os Fundos Setoriais de CT&IInstrumentos: Subvenção, Empréstimos e Fomento
Fundo Tecnológico (FUNTEC)
Governança: BNDESFonte: reversão dos lucros anuais do BNDES, necessidade de um Acordo de proprie-dade intelectual para garantir toda propriedade intelectual gerada a partir da execução do projeto seja de titularidade integral da ICT.Instrumento: Fomento
Fundo Amazônia
Governança: BNDESFonte: doações de investidores externosInstrumento: Fomento
Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico
das Telecomunicações (FUNTELL)
Governança: Ministério das ComunicaçõesFonte: percentual sobre a receita bruta das empresas prestadoras de serviços de tele-comunicações e sobre serviços do setorInstrumento: Fomento
Quadro 4 – Fundos brasileiros de apoio a inovação.
Fonte: Disponível em: <http://www.mcti.gov.
br/documents/10179/35540/Estrat%C3%A-
9gia+Nacional+de+Ci%C3%AAncia,%20Tecno-
logia+e+Inova%C3%A7%C3%A3o+(Encti)%20
2016-2019+-+documento+para+discuss%C3%A3o/5a-
4fe994-955e-4658-a53c-bc598af09f7e>. Acesso em: 24
de nov 2016.
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
FOMENTOS À INOVAÇÃO
19
FINANCIAMENTOS
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
São vários os mecanismo de crédito de apoio à inovação no Brasil,
sendo o financiamento um deles. Basicamente os financiamentos são
custeios realizados por organizações do Governo perante garantias e
contrapartidas que a empresa realizará após a reposição dos valores
investidos. Programas e bancos divulgam seus editais ao longo do ano
para inscrição (UFRGS, 2014).
O BNDES é o principal apoiador da inovação no setor de financia-
mento, seu objetivo é fomentar a formação de capacitações e desen-
volver ambientes inovadores, com a ideia de gerar valor econômico e
social, melhorando assim a competitividade das organizações perante
o mercado, contribuindo para a geração de empregos, aumentando
a produção e ajudando o país a crescer (BNDES, 2016). Toda pessoa
jurídica de direito público ou privado e com sede e administração no
Brasil pode solicitar financiamentos. O Quadro 5 ilustra os produtos
do BNDES de fomento à inovação.
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
FOMENTOS À INOVAÇÃO
20
Produto O que é?
BNDES Finem É um financiamento a projetos de modernização e também expansão aos empreendimentos. O valor mínimo do financiamento é de R$ 20 milhões, porém pode ser reduzido até a R$ 1 milhão no programa BNDES Inovação.
BNDES Inovação
Pode reduzir o financiamento pelo BNDES Finem para até R$ 1 milhão, é necessária a apresentação do Plano de Investimento em Inovação (PII) seguindo a estratégia de negócios da empresa e demonstrando sua capacidade de inovar na produção de novos ou melhorados produtos, processos ou marketing.
BNDES Automático
É um financiamento a projetos de implantação, expansão e modernização dos empreendimentos, contemplando também investimento das áreas de PD&I. Os valores são de até R$ 20 milhões.
Cartão BNDES Contempla micro, pequenas e médias empresas que querem investir em inovação. O cartão BNDES pode ser usado para financiar a contratação de serviços PD&I para auxiliar o desenvolvimento de produtos ou processos.
BNDES Limite de Crédito
Crédito para empresas que já são clientes do BNDES com baixo risco.
BNDES Soluções Tecnológicas
Concede financiamento de apoio ao setor tecnológico para a aquisição de soluções, auxiliando na comunicação entre comprador e fornecedor.
BNDES EXIM Pré-Embarque Empresa Inovadora
Financiamento a empresas produtoras e exportadoras com faturamento anual de até R$ 300 milhões, sendo elas micro, pequenas, médias ou grandes. Devem seguir alguns requisitos como já ser cliente do BNDES, ter patente concedida ou pedido de patente válido, já ter sido apoiada pelos programas de inovação do banco.
Quadro 5 – Produtos do BNDES de
fomento à inovação.
Fonte: Adaptado pelo Autor. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/inovacao>
SUBVENÇÕES
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP)
Os recursos de subvenção são fomentos que não exige devolução
(chamados de fundo perdido ou não-reembolsáveis). Porém, é neces-
sária a prestação de contas em conformidade com as regras definidas
pela financiadora. São indicadas a pequenas e médias empresas por
ter uma contrapartida menor, geralmente de 5% ou 10% (UFRGS,
2014).
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
FOMENTOS À INOVAÇÃO
21
Os financiamentos não reembolsáveis da FINEP são feitos com recur-
sos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(FNDCT), formado pelos Fundos Setoriais de Ciência, Tecnologia e
Inovação do governo. Os recursos são destinados a organizações sem
fins lucrativos. A instituição deve apresentar uma proposta de finan-
ciamento e aguardar as chamadas públicas. Será concedida a subven-
ção com todas as despesas dos projetos a execução de PD&I. O limite
máximo do fomento é de R$ 10 milhões, com valor mínimo de R$ 1
milhão e prazo de execução de até 36 meses (FINEP, 2016).
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior,
fundação do Ministério da Educação (MEC), tem como papel a ex-
pansão e a consolidação da pós-graduação, mestrado e doutorado, em
todos os estados do país (CAPES, 2016).
As atividades da CAPES podem ser resumidas em cinco linhas de
ação, são elas: i) avaliação da pós-graduação (mestrado e doutorado),
ii) o acesso e divulgação da produção cientifica, iii) os investimentos
na formação de recursos de alto nível no país e exterior, iv) a promo-
ção da cooperação cientifica internacional e v) a indução e fomento
da formação inicial e continuada de professores para a educação bá-
sica nos formatos presencial e educação a distância (EAD), cada uma
possuindo um estruturado conjuntos de programas. O recurso é dis-
ponibilizado pelo governo federal (CAPES, 2016).
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
FOMENTOS À INOVAÇÃO
22
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) é uma agência do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inova-
ções e Comunicações (MCTIC), tendo como finalidade fomentar a
pesquisa científica e tecnológica de modo a incentivar a formação dos
pesquisadores do Brasil. Esse incentivo é disponibilizado pelo gover-
no federal por meio de bolsas de pesquisa. Foi criado em 1951, contri-
buindo para o desenvolvimento social da nação e o reconhecimento
das instituições de pesquisa e pesquisadores brasileiros internacional-
mente (CNPq, 2016).
Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs)
As Fundações de Amparo à Pesquisa (FAP) foram criadas com a fina-
lidade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão, projetos
de desenvolvimento institucional, científico, tecnológico e projetos
de estímulo à inovação de interesse das ICTs, registradas e creden-
ciadas no Ministério da Educação e no Ministério da Ciência, Tecno-
logia, Inovações e Comunicações, nos termos da Lei no 8.958, de 20
de dezembro de 1994, e das demais legislações pertinentes nas esferas
estadual, distrital e municipal (BRASIL, 2016).
Segundo a Proposta da Estratégia Nacional de CT&I 2016-2019 as
FAPs se destacam como Agências Executoras do Sistema Nacional de
Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI). A Fundação de São Paulo
foi referência para a criação das demais FAPs existentes no País. A
FAPESP (São Paulo) foi criada em 1960 e conta com a vinculação
de 1% das receitas estaduais para financiar suas atividades. Diversos
Estados adotaram estratégias semelhantes à paulista, o que contribuiu
Lei no 8.958, de 20 de dezembro de 1994:
Dispõe sobre as relações entre as instituições
federais de ensino superior e de pesquisa
científica e tecnológica e as fundações de apoio e dá outras providências.
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
FOMENTOS À INOVAÇÃO
23
fortemente para a expansão de Sistemas Regionais de CT&I. A maior
parte das FAPs foi criada nos anos 1990 e gradualmente elas expan-
diram suas participações em iniciativas do SNCTI, especialmente por
meio de programas coordenados pelo governo federal que demandam
contrapartidas regionais. No Brasil, atualmente existem 26 FAPs. O
Quadro 6 ilustra as FAPs existentes e suas informações principais.
Estado FAP Descrição
Acre Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre (FAPAC)
Criada em 17 de fevereiro de 2012 através da Lei Complementar nº 246. Vem para corroborar os trabalhos que já vinham sendo executados pelo Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FDCT/FUNTAC) e construir uma cadeia de comunicação e resultados, explorando o crescente fortalecimento das Instituições de Ensino e Pesquisa existentes no Estado.
Amapá Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (FAPEAP),
Criada pela Lei 1.438 de 30 de dezembro de 2009, vinculada à Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (SETEC), é uma Fundação de direito público, com autonomia administrativa e financeira, sede e foro na Capital do Estado e jurisdição em todo o território amapaense. Tem como missão induzir e incentivar a pesquisa e inovação cientifica e tecnológica, por meio de fomento em projetos de iniciação científica, pesquisa básica e aplicada para promover o desenvolvimento socioeconômico do Estado.
Amazonas Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM)
Criada pela Lei nº 2.743, de 10 de julho de 2002. A missão da FAPEAM é financiar projetos de pesquisa, tecnologia, inovação e de difusão científica relevantes para o desenvolvimento do Estado do Amazonas. Apoiar a formação de recursos humanos, desde o ensino fundamental até o pós-doutorado em variadas áreas do conhecimento. Promover a formação continuada dos colaboradores para o melhor desempenho de suas atividades.
Pará Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA)
Criada pela Lei Complementar nº 61, de 24 de julho de 2007, tem como missão promover o desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica em prol da inclusão social, da preservação dos recursos naturais e do crescimento econômico no estado do Pará.
Quadro 6 – FAPs brasileiras e suas descrições
conforme Estado.
Fonte: Adaptado de CONFAP (2016). Disponível em: <http://confap.org.br/news/informacoes-sobre--faps/>. Acesso em 04 de mar 2017.
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
FOMENTOS À INOVAÇÃO
24
Rondônia Fundação Rondônia de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de Rondônia (FAPERO)
Criada pela Lei nº 2.528 de 25 de julho de 2011, é uma Fundação de direito público, possuindo autonomia administrativa e financeira, compondo a Administração indireta do Poder Executivo. Tem como missão o fomento e a indução a pesquisa e inovação tecnológico do Estado de Rondônia.
Roraima - Roraima ainda não possui uma FAP.
Tocantins Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Tocantins (FAPT)
Criada pela Lei Complementar nº 71 de 31 de março de 2011, é uma fundação de direito público, possuindo autonomia administrativa e financeira. A FAPT está vinculada à Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia e ao Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia.
Alagoas Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (FAPEAL)
Criada pela Lei Complementar nº 05, de 27 de setembro de 1990, foi fundada como entidade jurídica de direito privado, exercendo atividades de incentivo à pesquisa e indução tecnológica, desempenha papel no desenvolvimento científico e tecnológico do Estado de Alagoas.
Bahia Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB)
É instituição de direito público que foi criada através da Lei nº 7.888 de 27 de agosto de 2001. Tem objetivo de estimular as atividades da ciência e tecnologia do Estado da Bahia.
Ceará Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP)
Foi criada pela Lei nº 11.752 de 12 de novembro de 1990 com objetivo contribuir para o desenvolvimento social e econômico do Ceará.
Maranhão Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA)
Instituída pela Lei Complementar n° 60, de 31 de janeiro de 2003 tem como missão estimular a ciência e a tecnologia no Maranhão, proporcionando condições para pesquisadores do Estado a realizarem projetos de pesquisa, assim transformando conhecimento científico em instrumento de redução das mazelas sociais.
Paraíba Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ)
Criada pela Lei nº 5.624 de 06 de junho de 1992, tem como objetivo promover o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado da Paraíba fomentando à ciência, tecnologia e inovação focando nas necessidades socioeconômicas que afetam o estado.
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
FOMENTOS À INOVAÇÃO
25
Pernambuco Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE)
Criada pela Lei Estadual n° 10.401 de 26 de dezembro de 1989 tem como missão de promover o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado de Pernambuco, desenvolvendo por meio da concessão de financiamentos não reembolsáveis para formação de recursos humanos.
Piauí Fundação de Amparo à Pesquisa do estado do Piauí (FAPEPI)
Instituída pela Lei nº 4.664, de 20 de dezembro de 1993, tem como missão a contribuição para o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado. É vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Tecnologia (SEDET) e tem seus recursos financeiros são assegurados pela Constituição do Estado.
Rio Grande do Norte
Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (FAPERN)
Foi criada pela Lei Complementar nº 257, de 14 de novembro de 2003 e tem como missão apoiar e fomentar a realização da pesquisa científica, tecnológica e a inovação do Rio Grande do Norte.
Sergipe Fundação de Apoio à Pesquisa e à inovação Tecnológica de Estado de Sergipe (FAPITEC)
Instituída pela Lei nº 5.771 de 12 de dezembro de 2005 tem como missão promover o apoio e o desenvolvimento de pesquisa científica, tecnológica e inovação, assim como o empreendedorismo no estado.
Distrito Federal Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
Criada pela Lei nº 347, de 04 de novembro de 1992 e implementada em 04 de novembro de 1993. Tem personalidade jurídica de direito privado, tem como missão apoiar e promover o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação do Distrito Federal.
Goiás A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG)
Criada pela Lei nº 15.472 de 12 de dezembro de 2005, incentiva o fomento à pesquisa científica, tecnológica e de inovação, assim contribuindo para com o desenvolvimento social, econômico e cultural do Estado de Goiás.
Mato Grosso Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Mato Grosso (FAPEMAT)
Criada pela Lei nº 6.612 de 21 de dezembro de 1994 tem como missão amparar o desenvolvimento da pesquisa humanística, científica e tecnológica do Estado do Mato Grosso.
Mato Grosso do Sul
Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado do Mato Grosso do Sul (FUNDECT)
Criada pela Lei nº 1.860 de 03 de julho de 1998, alterada pela Lei nº 2.046 de 15 de dezembro de 1999 é uma entidade jurídica de direito público, sem fins lucrativos, com patrimônio próprio, autonomia administrativa e financeira. Tem como missão apoiar e incentivar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação no Estado do Mato Grosso do Sul.
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
FOMENTOS À INOVAÇÃO
26
Espírito Santo Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES)
Criada pela Lei Complementar nº 290, de 23 de junho de 2004 e reorganizada pela Lei Complementar nº 490, de 22 de julho de 2009, tem como missão fomentar ações de ciência, tecnologia e inovação para geração e difusão do conhecimento do Estado do Espírito Santo.
Minas Gerais Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)
Criada pela Lei Delegada nº 10, de 28 de agosto de 1985 tem como missão induzir e fomentar a pesquisa, a inovação científica e tecnológica para o desenvolvimento do Estado de Minas Gerais.
Rio de Janeiro Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ)
Criada pelo Decreto nº 3.290 de 16 de junho de 1980 apoia o desenvolvimento de projetos e programas de pesquisadores e empreendedores e tem como missão estimular atividades nas áreas científica e tecnológica.
São Paulo Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Criada em 18 de outubro de 1960 através da Lei Orgânica nº 5918, é uma das mais importantes agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do Brasil. Tem sua autonomia garantida por lei e orçamento anual que corresponde a 1% do total da receita tributária do Estado de São Paulo. Seu papel é apoiar a pesquisa e financiar a investigação produzida no estado.
Paraná Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná (FA)
Criada a partir da Lei nº 12.020 de 09 de janeiro de 1998 tem como missão buscar o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Estado do Paraná, por meio de investimentos em ciência, tecnologia e inovação.
Rio Grande do Sul
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS)
Criada pelo Decreto Estadual nº 17.280, de 24 de abril de 1965, tem por finalidade fomentar a pesquisa nas áreas de conhecimento, promovendo a inovação tecnológica, o intercâmbio e a divulgação científica, tecnológica e cultural, assim estimulando a criação de recurso e capital humano.
Santa Catarina Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC)
Criada pela Lei Complementar nº 284, de 28 de fevereiro de 2005 tem por finalidade incentivar o fomento à inovação, pesquisa científica e tecnológica, avançando todas as áreas do conhecimento. Visa o desenvolvimento do Santa Catarina, tendo por base os princípios estabelecidos pelos arts. 144, inciso XII, e 176, 177 e 193 da Constituição do Estado de Santa Catarina de 1989.
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
FOMENTOS À INOVAÇÃO
27
Importante salientar que cada Fundação apresenta autonomia para
regular seus projetos e programas indo em conformidade com as po-
líticas estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação ou ainda em con-
formidade com as Leis de Inovação, quando existentes. Os recursos
são recebidos pelo Estado conforme ano de vigência e viabilizados
pela Fundação para o desenvolvimento da pesquisa nas diversas áreas
da Ciência, Tecnologia e Inovação.
FONTES DE FOMENTO À INOVAÇÃO
$$
FOMENTOS À INOVAÇÃO
28
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apartir do presente estudo foi constatado que o governo bra-
sileiro oferece fomentos à inovação, para pessoa física ou jurídica, de
diferentes finalidades. Este documento teve o intuito de compilar e
disseminar ao público todos esses benefícios. Foi possível observar a
importância do P&D e apoiar a inovação para o desenvolvimento da
nação, além de salientar o esforço do governo em fomentar a CT&I, a
partir da criação de políticas públicas, leis de incentivo, além de pro-
gramas e fundações de apoio, principalmente nos últimos 20 anos.
Entretanto, conforme os indicadores brasileiros quando comparados
aos internacionais ainda é possível dizer qe o pais ainda precisa de
avanços não apenas em termos de incentivos públicos, mas também
privados.
A Lei do Bem, bastante utilizada por empresas de médio e grande
porte, produto de renúncia fiscal da União tem contribuído muito no
fomento da interação das ICTs e empresa, porém salienta-se de esse
incentivo fiscal somente pode ser utilizado por empresas tributadas
pelo Lucro Real, restringindo sua abrangência. Além disso, a Lei de
Inovação apresenta se novo marco legal no ano de 2016, sendo ainda
necessários estudos principalmente no que tange as mudanças nas re-
gulamentações já existentes baseadas nas publicações de 2004.
REFERÊNCIAS
FOMENTOS À INOVAÇÃO
29
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, B. C. Políticas de apoio à inovação no Brasil: Uma Análise
de sua Evolução Recente. 2012. Disponível em: <http://repositorio.
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BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Ins-
titui um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos
direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar,
o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos
de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na
harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional,
com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a pro-
teção de Deus. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 02
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REFERÊNCIAS
FOMENTOS À INOVAÇÃO
30
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vo e dá outras providências. 2004. Disponível em: <http://www.planalto.
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Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação de Serviços de
Tecnologia da Informação - REPES, o Regime Especial de Aquisição de
Bens de Capital para Empresas Exportadoras - RECAP e o Programa de
Inclusão Digital; dispõe sobre incentivos fiscais para a inovação tecnoló-
gica; altera o Decreto-Lei no 288, de 28 de fevereiro de 1967, o Decreto
no 70.235, de 6 de março de 1972, o Decreto-Lei no 2.287, de 23 de julho
de 1986, as Leis nos 4.502, de 30 de novembro de 1964, 8.212, de 24 de
julho de 1991, 8.245, de 18 de outubro de 1991, 8.387, de 30 de dezembro
de 1991, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.981, de 20 de janeiro de 1995,
8.987, de 13 de fevereiro de 1995, 8.989, de 24 de fevereiro de 1995, 9.249,
de 26 de dezembro de 1995, 9.250, de 26 de dezembro de 1995, 9.311, de
24 de outubro de 1996, 9.317, de 5 de dezembro de 1996, 9.430, de 27 de
dezembro de 1996, 9.718, de 27 de novembro de 1998, 10.336, de 19 de
dezembro de 2001, 10.438, de 26 de abril de 2002, 10.485, de 3 de julho de
2002, 10.637, de 30 de dezembro de 2002, 10.755, de 3 de novembro de
2003, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, 10.865, de 30 de abril de 2004,
10.925, de 23 de julho de 2004, 10.931, de 2 de agosto de 2004, 11.033,
de 21 de dezembro de 2004, 11.051, de 29 de dezembro de 2004, 11.053,
de 29 de dezembro de 2004, 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, 11.128, de
28 de junho de 2005, e a Medida Provisória no 2.199-14, de 24 de agosto
de 2001; revoga a Lei no 8.661, de 2 de junho de 1993, e dispositivos das
Leis nos 8.668, de 25 de junho de 1993, 8.981, de 20 de janeiro de 1995,
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10.865, de 30 de abril de 2004, 10.931, de 2 de agosto de 2004, e da Medida
Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
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REFERÊNCIAS
FOMENTOS À INOVAÇÃO
31
BRASIL. Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016. Dispõe sobre es-
tímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à capacitação
científica e tecnológica e à inovação e altera a Lei no 10.973, de 2
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2011, a Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, a Lei no 8.958, de
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