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• POLÍTICA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA FOM ENTO Balanço positivo Medidas amargas em 2002 permitiram à FAPESP retomar investimentos em 2003 MARIA DA GRAÇA MASCARENHAS Foram decisões maduras, tomadas no momento em que a instituição com- pletava 40 anos. "As decisões foram to- madas para preservar a capacidade de atuar de maneira eficiente no fomento à pesquisa e na geração de conhecimen- to, que sempre caracterizaram a atua- ção da FAPESP", comenta o presidente da Fundação, Carlos Vogt. A decisão do Conselho Superior, em agosto do ano passado, de suspender as importações de bens e serviços, em face da instabilidade cambial, foi um remédio amargo mas necessário para preservar a saúde da instituição. E de forma gradual, pari passu com a estabi- lidade econômica do país, as compras no exterior foram sendo retomadas. Em outubro deste ano, foram autoriza- das importações de bens e serviços para projetos com vigência até 2007. "Com a autorização, no mês passa- do, dessas novas etapas de importação, ~ w foram atendidas todas as solicitações ,~ ". que estavam depositadas na FAPESP. §_~~ Todas as demandas estão sendo zera- ." ~= das", diz Vogt. Segundo ele, a retomada ;~ .<.> das importações foi possível exata- ;E mente porque foram tomadas, no mo- ~~ mento certo, medidas preventivas de ~~ contenção de gastos aliadas a uma ~~ "< programação organizada de investi- ~~ mentos. "Isto permitiu a recuperação <" da disponibilidade financeira da Fun- ~~ dação, que alcançou, no final de se- gS <w tembro passado, a marca de R$ 600 ~~ milhões, superando as expectativas de ~~ R$ 550 milhões para o final do ano", ê~ E mum ano marcado por cri- se financeira e cambial, co- mo foi 2002 no Brasil, a ação da FAPESP pautou-se pela reflexão e pela necessi- dade de adoção de medidas preventivas de adequação do financiamento que realiza à pesquisa científica e tecnológi- ca à nova realidade conjuntura!. Procu- rando manter o equilíbrio financeiro da instituição, garantia da sua capacidade de investimento futuro, a Fundação, ao mesmo tempo, não se descuidou dos projetos de pesquisa em andamento. Fechou o ano com o desembolso de R$ 455,5 milhões para a pesquisa no Estado de São Paulo, como mostra o Relatório de Atividades 2002, que está sendo lançado. 26 . NOVEMBRO DE 2003 PESQUISA FAPESP 93

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Page 1: FOM ENTO Balanço positivo · 2015. 4. 29. · Brasileo exterior.É a RedeANSPavia de conexão à Internet de todas asinsti-tuições vinculadas ao sistema estadual de ciência etecnologia

• POLÍTICA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

FOM ENTO

Balanço positivoMedidas amargas em 2002permitiram à FAPESP retomarinvestimentos em 2003

MARIA DA GRAÇA MASCARENHAS

Foram decisões maduras, tomadasno momento em que a instituição com-pletava 40 anos. "As decisões foram to-madas para preservar a capacidade deatuar de maneira eficiente no fomento àpesquisa e na geração de conhecimen-to, que sempre caracterizaram a atua-ção da FAPESP", comenta o presidenteda Fundação, Carlos Vogt.

A decisão do Conselho Superior,em agosto do ano passado, de suspenderas importações de bens e serviços, emface da instabilidade cambial, foi umremédio amargo mas necessário parapreservar a saúde da instituição. E deforma gradual, pari passu com a estabi-lidade econômica do país, as comprasno exterior foram sendo retomadas.Em outubro deste ano, foram autoriza-

das importações de bens e serviços paraprojetos com vigência até 2007.

"Com a autorização, no mês passa-do, dessas novas etapas de importação, ~

wforam atendidas todas as solicitações ,~".que estavam depositadas na FAPESP. §_~~Todas as demandas estão sendo zera- ."

~=das", diz Vogt. Segundo ele, a retomada ;~.<.>

das importações foi possível exata- ;Emente porque foram tomadas, no mo- ~~mento certo, medidas preventivas de ~~contenção de gastos aliadas a uma ~~

"<programação organizada de investi- ~~mentos. "Isto permitiu a recuperação ~ª<"da disponibilidade financeira da Fun- ~~dação, que alcançou, no final de se- gS

<wtembro passado, a marca de R$ 600 ~~milhões, superando as expectativas de ~~R$ 550 milhões para o final do ano", ê~

Emum ano marcado por cri-se financeira e cambial, co-mo foi 2002 no Brasil, aação da FAPESP pautou-sepela reflexão e pela necessi-

dade de adoção de medidas preventivasde adequação do financiamento querealiza à pesquisa científica e tecnológi-ca à nova realidade conjuntura!. Procu-rando manter o equilíbrio financeiro dainstituição, garantia da sua capacidadede investimento futuro, a Fundação, aomesmo tempo, não se descuidou dosprojetos de pesquisa em andamento.Fechou o ano com o desembolso deR$ 455,5 milhões para a pesquisa noEstado de São Paulo, como mostra oRelatório de Atividades 2002, que estásendo lançado.

26 . NOVEMBRO DE 2003 • PESQUISA FAPESP 93

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comemora Vogt. E acrescenta: "Arecu-peração da disponibilidade financeiravai permitir que a Fundação mante-nha com tranqüilidade a sua capacida-de de apoio à pesquisa cultural, cientí-ficae tecnológica, por meio de bolsas eauxílios, e, ao mesmo tempo, tenhapreservada a sua capacidade de gerarrecursos próprios para complementarseu orçamento anual':

diversas modalida-des de bolsa no paísR$ 153,15 milhões,ou 33,63% do totaldesembolsado pela

FAPESP no exercício, como mostra ográfico à página 28 e o quadro à página29. Fica evidente que, apesar da altacompetitividade,o desembolso com bol-sas continua elevado, o mesmo aconte-cendo com as concessões, mostradasna tabela à página 29.

No total do ano, foram aprovadas4.108 novas solicitações de bolsas, sen-do 3.959 para bolsas no país. Em algu-mas modalidades, como DoutoradoDireto e Pós-Doutorado, o número deconcessões corresponde, respectiva-mente, a 62,2% e a 66,3% da demanda.

Bolsas regulares - Outra medida amar-gatomada em 2002 foi o maior rigor naanálisedas novas solicitações de bolsas,que já havia sido iniciado no ano ante-rior,motivado pelo expressivoe constan-te aumento da demanda há vários anose agravado pela redução dos investi-mentos das agências federais no Estado

de São Paulo. A essasituação, a FAPESPvinha respondendocom o aumento dasconcessões.Em 1993,a Fundação aprovou 1.160novas bolsasno país; em 2000, 4.965, o que repre-senta uma expansão de 328% no pe-ríodo. Em 2000, os gastos com bolsas járepresentavam 38,38% do total desem-bolsado pela FAPESPno ano.

Para não comprometer o apoio aoutras modalidades de pesquisa, em2001 a análise dos projetos de bolsas demestrado e doutorado se tornou maisrigorosa e, em 2002,os pedidos de bolsapassaram a ser julgados num processode análise comparativa. Ainda assim,no ano passado, foram gastos com as

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Pagamentos de bolsas e auxílios efetuados no período 1995/2000

100

90~

80 - 40,57 33,38 - 28,8617,42 11,83 9,93

44,4410 54,68

f11L34,76 38,35 43,39

% ;&33,47

- 32,3240

40,80 29,97

38,38 - 35,44 - 33,63

Na modalidade IniciaçãoCientífica, as bolsas aprova-das correspondem a 64,4%da demanda.

"Com esse nível de con-cessão, a FAPESP compro-meteu percentual significati-vo de seu orçamento combolsas. A previsão é de que,para 2004,haja um aumentono orçamento e no investi-mento em bolsas da ordemde 12%,o que acarretará umaumento do número de bol-sas concedidas" informa opresidente da FAPESP.

Auxílios regulares - A FA-PESP aprovou, em 2002,3.141 novas solicitações deauxílios regulares em todasas modalidades. O desem-bolso com essa linha de fo-mento totalizou R$ 197,64 milhões,correspondendo a 43,39% do total gas-to pela Fundação no exercício (ver grá-fico e quadro). Do total desembolsado,92,92% destinaram-se à modalidadeauxílio a projeto de pesquisa. Com osprojetos temáticos - aqueles desenvol-vidos por equipes maiores, às vezes dediversas instituições de pesquisa - fo-ram gastos R$ 60,91 milhões e aprova-dos 55 novos projetos.

A demanda e a concessão de auxí-lios regulares pela Fundação cresce-ram ao longo da década de 1990. Noperíodo de 1993 a 2002, as solicitaçõespassaram de 2.800 para 4.896, o quecorresponde a uma expansão de 74,9%.No mesmo período, o número de pro-jetos aprovados passou de 1.788 para3.141,um crescimento de 75,7%.

Junto com as bolsas, os auxílios re-gulares compõem a linha tradicionalde fomento à pesquisa da FAPESP,uma prioridade da Fundação. Nos últi-mos exercícios, eles vêm absorvendocerca de dois terços dos recursos de-sembolsados a cada ano. As modalida-des de auxílio apoiadas pela Fundaçãosão auxílio a pesquisa, auxílio a publi-cação, auxílio à participação em reu-nião científica e/ou tecnológica noBrasil e no exterior, auxílio à vinda depesquisador visitante e auxílio à orga-nização de reunião científica.

Programas - O ano de 2002 não foi delançamento de novos programas, mas

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1995 1996 1997 1998

• Programas Especiais • Inovação Tecnológica• Bolsas • Auxílios

1999 2000 2001 2002

de consolidação dos já existentes. Noano, foram gastos com os ProgramasEspeciais R$ 45,23 milhões e com osProgramas de Inovação Tecnológica,R$ 59,43 milhões. Esses valores repre-sentam, respectivamente, 9,93% e13,05% do desembolso total da FA-PESP (ver gráfico e quadro).

Os Programas Especiais compre-endem aqueles criados pela Fundaçãocom o objetivo de capacitar recursoshumanos para a pesquisa em áreas es-tratégicas ou em que há reduzido nú-mero de quadros, modernizar a infra-estrutura física do sistema estadual depesquisa, assegurar aos pesquisadoreso acesso eletrônico a dados e informa-ções do Brasil e do exterior. Enfim, darsuporte à formação e melhor desem-penho da atividade de pesquisa.

Noano passado, estavamem andamento os se-guintes Programas Es-peciais: Apoio a JovensPesquisadores, Capaci-

ração de Recursos Humanos de Apoio aPesquisa (ou Capacitação Técnica), En-sino Público, Incentivo ao JornalismoCientífico (Mídia Ciência) e RedeANSP- Acadernic Network at São Pau-lo. O Programa de Infra-Estrutura, jáencerrado, teve ainda em 2002 desem-bolsos referentes a projetos aprovadosem anos anteriores

Com o programa Apoio a JovensPesquisadores foram gastos R$ 16,50

milhões. Os projetos remanescentes doPrograma de Infra-Estrutura e a RedeANSP absorveram, respectivamente,R$ 12,61 milhões e R$ 11,33 milhões.

O objetivo do programa Apoio a Jo-vens Pesquisadores é formar novosgrupos e líderes de pesquisa em centrosemergentes do Estado de São Paulo. ARede ANSP,por sua vez, é um suportefundamental às atividades de ensino epesquisa. Ela liga as redes de computa-dores acadêmicas e dos institutos e cen-tros de pesquisa científica e tecnológicado Estado de São Paulo entre si e com oBrasil e o exterior. É a Rede ANSP a viade conexão à Internet de todas as insti-tuições vinculadas ao sistema estadualde ciência e tecnologia.

No Programa de Infra-Estrutura, jáencerrado para recebimento de proje-tos, foram desembolsados, desde a suacriação em 1995, R$ 505 milhões, narecuperação e modernização de labo-ratórios, biotérios, redes de informáti-ca, bibliotecas e museus de universida-des e institutos de pesquisa no estado.

Inovação Tecnológica - Os Programasde Inovação Tecnológicacompreendemaqueles criados pela Fundação cujos re-sultados de pesquisas têm evidente po-tencial de inovação tecnológica ou deaplicação na formulação de políticaspúblicas. Alguns deles têm isso comoseu principal objetivo. Em 2002, esta-vam em andamento os programas Ge-noma-FAPESP, Biota-FAPESP,Pesqui-

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Resumo da evolução dos recursos concedidos e desembolsados pela FAPESP

Bolsas no país - Modalidades

*IC MS DR DO PDBR

Número de bolsas concedidas pela FAPESP em 2002

Total de concessões 1.872 734 651

2001 2002 Variação Porcentual

Recursos Recursos Recursos RecursosCrescimento Crescimento Crescimento

Linhas de Fomento Número de Concedidos (2) Desembolsados (3)Número de Concedidos (2) Desembolsados (3)

do Número dos Recursos dos RecursosProjetos (l)

(em R$l (em R$lProjetos (l)

(em R$l (em R$lde Projetos Concedidos Desembolsados

(em%l (em%l (em%l

Bolsas Regulares 4.030 120.057.394 174.762.669 4.108 113.059.101 153.155.937 1,94 -5,83 -12,36

Auxílios Regulares 3.102 195.381.298 189.226.230 3.141 242.589.392 197.648.045 1,26 24,16 4,45

Programas Especiais I726 92.618.545 129.075.056 763 107.930.474 104.668.919 5,10 16,53 -18,91Inovação Tecnológica (4)

Total 493.063.955 8.012 455.472.901 1,96

(1) O total de projetos inclui somente concessões iniciais.(2) O total de recursos concedidos inclui concessões,suplementações, suplementações por reajuste, anulações e transferências do exercício corrente.(3) O total de recursos desembolsados inclui pagamentos e devoluções do exercício corrente.(4) Inclui Auxílios e Bolsas.

sas em Políticas Públicas, Cen-tros de Pesquisa, Inovação eDifusão, Inovação Tecnológi-ca em Pequenas Empresas(PIPE), Parceria para Inova-ção Tecnológica (PITE), Con-sórcios Setoriais para Inova-ção Tecnológica (ConSITec),Programa de Apoio à Proprie-dade Intelectual (PAPIINu-plitec), Tecnologia para Ino-vação da Internet Avançada(Tidia), Rede de Biologia Mo-lecular Estrutural (SMolB-Net), Rede de DiversidadeGenética de Vírus (VGDN) e SistemaIntegrado de Hidrometeorologia do Es-tado de São Paulo (Sihesp).

Em 2002, foram gastos com os dezCepids financiados pela FAPESP R$15,78 millhões. São eles os centros deToxinologia Aplicada, de Biologia Mo-lecular Estrutural, de Pesquisa emÓptica e Fotônica, de Terapia Celular,de Estudos do Genoma Humano, deEstudos da Metrópole, de Estudos doSono, de Estudos da Violência, CentroMultidisciplinar para o Desenvolvi-mento de Materiais Cerâmicos e Cen-tro Antonio Prudente de Pesquisa eTratamento de Câncer.

Vários deles já têm resultados ex-pressivos, como uma nova droga anti-hipertensiva a partir de veneno da co-bra jararaca, o aprimoramento datécnica de terapia fotodinâmica no tra-tamento de câncer e o desenvolvimen-

Demanda total 2.907 2.598 1.322 397

247

to pela FAPESP com o fo-mento à pesquisa em 2002em três categorias - PesquisaBásica voltada exclusivamen-te para o avanço do conheci-mento, Pesquisa Básica compotencial de aplicação e Pes-quisa Aplicada -, se verificaráque as duas últimas catego-rias têm quase o mesmo peso,com pequena vantagem paraa pesquisa aplicada. Com osprojetos assim classificados,foram gastos 39,83% do totaldo desembolso no ano e

38,06% com a segunda categoria. Emnúmero de projetos aprovados, 39,53%foram classificados na categoria pes-quisa aplicada e 36,89% na pesquisabásica com potencial de aplicação.

Diferentemente do que esses per-centuais podem indicar à primeiravista, o perfil do desembolso traduztambém o compromisso da Fundaçãocom o avanço do conhecimento, fina-lidade primeira da pesquisa básica, emqualquer das duas categorias. Juntas,elas receberam 60,16% dos recursos eseus projetos correspondem a 60,47%do número de aprovados no ano.

Para essa classificação não foramconsideradas as bolsas, mas apenas osauxílios regulares e temáticos e os auxí-lios associados aos programas Apoio aJovens Pesquisadores, Biota-FAPESP,Genoma-FAPESP, PITE, PIPE, ConSI-Tec e Ensino Público. •

% concessão 64,4 28,25 49,24 62,22 66,33

455

*IC-Iniciação Científica; MS-Mestrado; DR-Doutorado;DD-Doutorado Direto; PDBR-Pós-Doutorado no Brasil

to de um sistema de diagnóstico decâncer de pele por luz laser.

Com o programa Genoma-FA-PESP foram desembolsados R$ 14,87milhões e com o PITE e o PIPE, res-pectivamente, R$ 9,89 milhões e R$9,55 milhões. Desde o seu lançamento,em junho de 1997, até o ano passado,o PIPE havia aprovado 235 projetos depesquisa desenvolvidos em pequenasempresas. Somente em 2002 foramaprovados 65 novos projetos. O PITE,por sua vez, desde o seu lançamento,no final de 1994, até o ano passado, jáhavia aprovado 70 projetos de pesqui-sa que se desenvolvem na forma deparceria entre uma instituição de pes-quisa e uma empresa. Em 2002, 12 no-vos projetos foram aprovados.

Perfil dos gastos - Se forem classifica-dos os projetos aprovados e o total gas-

686

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