folha universitária: 7 de dezembro de 2009

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EXEMPLAR GRATUITO Edição: 421 Jornal da UNIBAN Brasil Ano 12 . 7 de dezembro de 2009 O estudioso canadense sobre a Segunda Guerra Mundial, Ro- bert Sean: “O mundo estava em crise, a maior na história de paí- ses como EUA, França, Inglaterra e Alemanha. Foi a maior crise econômica da história do capitalismo. Havia muito desemprego, má distribuição de renda e muitos problemas. Por causa dis- so, houve muita fermentação social e política em vários países. (...) Então, a crise econômica e o conito so- cial assinalam que haveria a guerra”. (págs. 8 e 9) Foto: Amana Salles / Agradecimentos à Banderart UNIVERSITÁRIA FOLHA Estudantes da UNIBAN partici- pam do III Estágio de Comunicação Social do Comando Militar do Sudeste, evento criado pelo Exército brasileiro para a troca de experiências ligadas à área. (pág. 12) Meio Ambiente O momento do Brasil parece ser único na história. Nossa economia anda tão forte que hoje emprestamos dinheiro para o FMI, não pedimos emprestado. As classes C e D contam com um maior poder de consumo. A credibilidade internacional do País nunca foi tão grande como é hoje em dia. Fora que o Brasil será sede de Copa do Mundo, Jogos Olímpi- cos... Esses e outros tantos motivos nos fazem sentir orgulho de sermos brasileiros. Dentro deste contexto, a reportagem da Folha Universitária foi buscar alguns personagens que tive- ram mudanças positivas nos últimos anos. (págs. 10 e 11) Pós-Graduação UNIBAN Brasil Ministério da Saúde concede certicação à Comissão de Ética em Pesquisa da UNIBAN, que tem como objetivo principal qualicar a relação entre pesquisador, pesquisa e pesquisado. (pág. 6) Saiba como pequenas atitudes como apa- gar a luz de um cômodo da casa, con- sumir menos carne ou fechar a torneira enquanto não se usa a água podem ajudar na preservação do meio ambiente. (pág. 3) Orgulho Orgulho de ser de ser brasileiro brasileiro

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Folha Universitária: 7 de dezembro de 2009 UNIBAN BRASIL

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Page 1: Folha Universitária: 7 de dezembro de 2009

EXEMPLAR GRATUITO

Edição:

421Jornal da UNIBAN Brasil Ano 12 . 7 de dezembro de 2009

O estudioso canadense sobre a Segunda Guerra Mundial, Ro-bert Sean: “O mundo estava em crise, a maior na história de paí-ses como EUA, França, Inglaterra e Alemanha. Foi a maior crise

econômica da história do capitalismo. Havia muito desemprego, má distribuição de renda e muitos problemas. Por causa dis-

so, houve muita fermentação social e política em vários países. (...) Então, a crise econômica e o confl ito so-

cial assinalam que haveria a guerra”. (págs. 8 e 9)

Foto: Amana Salles / Agradecimentos à Banderart

UNIVERSITÁRIAFOLH

A

Estudantes da UNIBAN partici-pam do III Estágio de Comunicação Social do Comando Militar do Sudeste, evento criado pelo Exército brasileiro para a troca de experiências ligadas à área. (pág. 12)

Meio Ambiente

O momento do Brasil parece ser único na história. Nossa economia anda tão forte que hoje emprestamos dinheiro para o FMI, não pedimos emprestado. As classes C e D contam com um maior poder de consumo. A credibilidade internacional do País nunca foi tão grande como é hoje em dia. Fora que o Brasil será sede de Copa do Mundo, Jogos Olímpi-cos... Esses e outros tantos motivos nos fazem sentir orgulho de sermos brasileiros. Dentro deste contexto, a reportagem da Folha Universitária foi buscar alguns personagens que tive-ram mudanças positivas nos últimos anos. (págs. 10 e 11)

Pós-Graduação

UNIBAN Brasil

Ministério da Saúde concede certifi cação à Comissão de Ética em Pesquisa da UNIBAN, que tem como objetivo principal qualifi car a relação entre pesquisador, pesquisa e pesquisado. (pág. 6)

Saiba como pequenas atitudes como apa-gar a luz de um cômodo da casa, con-

sumir menos carne ou fechar a torneira enquanto não se

usa a água podem ajudar na preservação do meio ambiente. (pág. 3)

OrgulhoOrgulhode ser de ser brasileirobrasileiro

Page 2: Folha Universitária: 7 de dezembro de 2009

02 Editorial

10 atitudes sustentáveis que fazem diferença e podem mudar a cara do planeta

Geração Y: eles são movidos por mudanças e antenados em tecnologia, porém inseguros e superficiais

Alunos são premiados no maior Congresso de Iniciação Científica do Brasil (CONIC)

Robert Sean esclarece o maior conflito do século XX, a 2ª Guerra Mundial

Brasil, mostra sua cara! O orgulho de ser brasileiro num momento de transformação social e econômica

Estudantes da UNIBAN participam do III Estágio de Comunicação Social do Comando Militar do Sudeste

Almodóvar revela suas influências cinematográficas em Abraços Partidos

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Índice Editorial

Otimismo! Essa é a palavra que resume de maneira categórica o propósito da últi-ma edição do jornal. Mesmo diante das in-fi nitas difi culdades que surgem para testar nossa capacidade, entendemos que nosso maior valor é tirar proveito do que de ruim aparece no caminho. E se for o caso, até agradecer, pois muitas vezes o que parece ruim, é bom. É a chave que faltava para abrir horizontes que antes não direciona-vam a nada. Cair e levantar é a primeira lição da vida. Isso eu acredito que brasilei-ro nenhum esquece. Somos movidos pela superação, pela busca da vitória e do equi-líbrio pessoal e profi ssional. Foi por essa linha que traçamos nossa rota com destino a Reportagem de Capa desta semana. Feliz-mente, o Brasil navega numa maré de gló-ria econômica e com uma revolução social. Esse vento a favor fez com que o país desse um salto de qualidade, o que impulsionou o Orgulho Nacional. Viramos destaque no mundo. O noticiário divulga uma enxurra-da de boas notícias: baixa do desemprego, PIB elevado, aumento do consumo, alta nas ações, produção em crescimento, im-portação e exportação em bom momento, direito à moradia, aumento de salário míni-mo, Brasil credor, descoberta de petróleo,

inclusão de jovens em universidades, e por aí vai (...). O brasileiro da base da pirâmide passou a ter direitos que nunca antes existi-ram. Para comprovar esse fato, fomos até a periferia de São Paulo conversar com quem vê e sente a mudança. Conquista e planeja-mento, essas palavras já foram incorpora-das. Uma nova classe média surge, depois de muito sofrer sem nada obter. É o senti-do da igualdade, de um Brasil do futuro que começa agora!

Na carona do bem comum, conscien-tizar as pessoas perante problemáticas que afetam nossa vida deve ser cada vez mais trabalhado. Pois não adianta termos um povo com direito de consumo, se não ti-vermos uma política e gestos pessoais de valores sustentáveis capazes de manter em harmonia o ser humano e a natureza. Sendo assim, vamos à pratica, na página ao lado. Levantamos 10 gestos sustentáveis que, se levados a sério, como um compromisso, podem trazer modifi cações ambientais que gerações futuras irão agradecer e, com cer-teza, manter como um dia fi zemos.

Otimismo sempre e felicidades a todos!

Cleber EufrasioEditor

EXPEDIENTE: Reitor: Prof. dr. Heitor Pinto Filho ([email protected]). Vice-Presidente da Fundação UNIBAN: Américo Calandriello Júnior. Assessora-chefe de Comunicação: Mariana de Alencar. Editor e Jornalista responsável: Cleber Eufrasio (Mtb 46.219). Direção de Arte: Ronaldo Paes. Designers: Bruno Martins e Ricardo Neves. Editor: Renato Góes. Repórteres: Francielli Abreu, Isabelle de Siqueira, Karen Rodrigues e Manuel Marques. Fotos: Amana Salles. Diário Oficial UNIBAN - Edição e Coordenação: Francielli Abreu. Colaboradores: Analú Sinopoli e Marcio Fontes. Estagiária: Luciana Almeida. Impressão: Folha Gráfica. Cartas para a redação: Rua Cancioneiro Popular, 28 - 5º andar, Morumbi, São Paulo, CEP 04710-000. Tel. (11) 5180-9881. E-mail: [email protected] - Home page: www.uniban.br/folha - Tiragem: 30.000.

FALE COMO

REITOR

Opine, critique e dê sugestões sobre as matérias publicadas na Folha Universitária. Mande suas cartas [email protected]

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Meio Ambiente 03

Por Karen Rodrigues

Sempre que o fi m do ano se apro-xima é comum ver pessoas renovan-do suas promessas para o ano seguin-te. Muitos desejam emagrecer, fazer novos cursos, evitar o estresse, casar, ter um fi lho ou um novo emprego. E dentro deste contexto de mudanças, por que não incluir atitudes sustentá-veis, que trarão benefícios ao planeta não só em 2010, como também as outras gerações?

Você pode até pensar que atitude “verde” é trabalho apenas de ambien-talistas. E que as ações são sempre in-viáveis como salvar pandas ou baleias. Mas não é nada disso. Todo mundo pode fazer sua parte com pequenas atitudes. Se sua dúvida é saber como ajudar, a Folha Universitária buscou esta resposta com a coordenadora da Campanha de Oceanos do Greenpea-ce Brasil, Leandra Gonçalves, que deu 10 dicas possíveis de ser realizadas.

1 – Apague a luzO ideal é trocar as lâmpadas das

nossas casas por lâmpadas mais efi -cientes. Isso reduz consideravelmente o valor da conta no fi nal do mês. Isso para o consumidor faz uma grande diferença. Economize energia, assim você consegue também reduzir a pro-dução de CO2 no dia a dia.

2 – Evite usar o carro ou dê caronaA sugestão é que as pessoas deem

preferências ao transporte coletivo ou o uso de bicicletas, se possível. Se perto da sua casa não tiver transpor-tes públicos adequados para que você possa chegar na hora, a recomendação é que seja organizado no escritório o es-quema de carona solidária. “Assim, o seu carro não vai ser só uma pessoa e sim quatro, ou seja, a emissão do

10 atitudes que fazem a diferençaO jornal Folha Universitária levantou algumas atitudes sustentáveis para que em 2010 todos contribuam com o Meio Ambiente

foto: www.sxc.hu

CO2 do automóvel dividida por qua-tro. E você acaba também economi-zando, porque divide combustível”, afi rma a coordenadora.

3 – Consuma menos carneA dica é que as pessoas consu-

mam menos carne, porque boa parte da carne que se encontra no merca-do provém de áreas desmatadas da região da Amazônia. “Infelizmente, a gente ainda não tem o rastreamen-to desta carne, a gente espera que com a denúncia que o Greenpeace fez recentemente, a gente possa lu-tar”. Outra dica é de não consumir espécies de peixes ameaçados de ex-tinção. “A gente pede às pessoas que evitem consumir espécies que são ameaçadas, ou pescadas de forma predatória como o atum, camarão, cação e arraia”, alerta Leandra.

4 – Consuma orgânicosConsuma alimentos que sejam

produzidos localmente. Porque quan-to mais o alimento viaja pra chegar à mesa da nossa casa, mais ele está ex-posto ao CO2, decorrente do trajeto.

5 – Economize águaHoje, a água é um bem que a

gente tem que proteger e preservar. Então economize água na hora de escovar os dentes, na hora de lavar a louça e não tome banho demorado. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), a escassez de água já atinge mais de um bilhão de pes-soas. Esse número pode dobrar em menos de 20 anos.

6 - Evite o lixo tóxicoA tecnologia avança na veloci-

dade da luz. Você tem um compu-tador hoje, amanhã ele já é modelo antigo. Mas o lixo tóxico também é um problema bastante grande. Ele ocupa muito espaço e as pes-

soas ainda não têm a cultura de reciclá-lo. Começou a fi car

velho, a primeira coi-sa que se faz é

abandoná-lo para comprar de ou-tro. “Tente ampliar a vida útil do seu equipamento eletrônico, seja ele som, computador, Ipod, walkman se alguém ainda tiver algum, para reduzir o consumo e gerar menos lixo eletrônico tóxico”, diz a coor-denadora do Greenpeace.

7 – Use menos papel Uma boa dica para economizar

papel é evitar imprimir desnecessaria-mente. Se for imprimir, imprima fren-te e verso. Economizar papel evita a produção de resíduos e a sobrevivên-cia das fl orestas.

8 – Recicle seu lixoAo reciclar seu lixo você propor-

ciona benefícios à natureza. Para se

ter uma idéia, uma lata de refrigerante leva 10 anos para se decompor. As garrafas pets levam, no mínimo, 100 anos. Seja consciente. Separe plásticos, papel, metais e vidros do seu lixo diário, lave-os e procure saber se na sua rua passa o caminhão de coleta seletiva. Caso não passe, procure saber qual o

Ecoponto mais próximo da sua resi-dência. O material será encaminhado às cooperativas de reciclagem, ao in-vés de despejados em aterros sanitá-rios e lixões a céu aberto.

9 – Reduza o uso de sacolas plásticas

A sacolinha plástica leva mais de quatrocentos anos para se decompor na natureza. Habitue-se a colocar seu lixo direto nas lixeiras separadas e usar só um saco plástico grande. Se possível, leve sua própria sacola ao fazer as compras.

10 – Seja um ativistaParticipe, proteja, denuncie. Não

adianta só falar, tem que agir. “É importante que a pessoa entenda a

importância do meio ambiente. Se informe mais, seja um ativista. Não precisa fazer parte de um grupo para ser um ativista. Você pode ser um ativista no seu dia a dia. Entre na Internet, se informe, ligue para o vereador, assine um abaixo assinado, participe, proteste, esse é o nosso di-reito como cidadão civil”.

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Page 4: Folha Universitária: 7 de dezembro de 2009

04 Carreira & Mercado

o blog 7cismo. Enquanto Priscila... “Já tive uns cinco blogs. Ou não estou contente com o nome ou paro

de atualizar. Hoje mais leio do que

divulgo mi-nhas idéias.

Mas todo dia acesso meu Orkut

ou deixo uns 140 caracteres numa twit-

tada”, conta ela. Bom, já deu para per-

ceber que essa é a primeira geração que não precisou

aprender a dominar as máqui-nas, mas nasceu com TV, com-putador e comunicação rápida dentro de casa. Ao mesmo tem-

po em que estudam, são capazes de ler notícias na Internet, checar

a página do Facebook, escutar mú-sica e ainda prestar atenção na con-

versa ao lado. Para eles, a velocidade é outra. Os resultados precisam ser mais rápi-

dos, e os desafi os, constantes.Mas como os ipsilons são vistos por seus

administradores? Aliados ou adversários? É pos-sível lidar com esses jovens dinâmicos, ambiciosos

e sedentos de conhecimento no ambiente corpora-tivo? Essas são apenas algumas das questões e reve-lações da pesquisa “Uma visão dos líderes sobre a Geração Y”, realizada entre 2008 e 2009 pelo Ateliê de Pesqui-sa Organizacional.

O estudo mostra que as empresas têm um grande desafi o pela frente na hora de alinhar o trabalho en-tre as gerações. Um dos aspectos que mais chama a atenção são as características percebidas na Geração Y pelos gestores. Na avaliação, eles acham que os jo-vens são ágeis, têm senso de oportunidade, descon-tração, inteligência, sabem se defender, ou seja, são importantes para trazer vitalidade, ritmo e agilidade às empresas. Por outro lado, são considerados impa-cientes, inseguros, com vínculos voláteis, exibicionis-tas e superfi ciais. Portanto, muita calma nessa hora. Se você é da Geração Y não permita que a vontade de colaborar, aprender e compartilhar provoque precipi-tação ou descuido.

Muito prazer, nós somos a Geração YPor Isabelle de Siqueira

Priscila quer fazer tudo ao mesmo tempo. Felipe não pensa muito no futuro. O foco dele? O presente. Com 20 e poucos anos, eles são representantes da cha-mada Geração Y. Concebi-dos entre 1980 e 1993, esses jovens estão tomando conta do mercado de trabalho e mos-trando que exis-te uma maneira de pensar bem diferente daquela das gerações anteriores. São antenados, criativos, impacientes, distra-ídos e preocupados com um mundo melhor.

A Geração em questão também tem outras denominações, como “Geração Internet” ou “Filhos do Mi-lênio”. Tudo é possível para essa garotada. “Futuramente tenho planos de conseguir capital para abrir um negócio próprio. Uma agência de comunicação com um amigo publi-citário é meu primeiro plano. Ter a experiência de ser meu próprio chefe, por que não? Quero acordar de manhã e pensar: ‘legal, pelo menos por enquanto é isso que eu quero fazer’”, planeja a estudante de jornalismo Priscila Soares, de 21 anos.

Questionando o que é a realização pessoal e pro-fi ssional, buscam agir de acordo com seus próprios interesses. “Muita gente vive, espera, sonha com o futuro e acaba se esquecendo de viver o presente. É preciso sim trabalhar pelo futuro, mas é necessário vivenciar ao máximo o presente”, declara o também futuro jornalista Felipe Payão, de 20 anos.

Nessa etapa, “busca de signifi cado” é a expressão que dá sentido às coisas. Uma pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP) realizada com cerca de 200 jovens de São Paulo revelou que 99% dos nascidos entre 1980 e 1993 só se mantêm en-volvidos em atividades que gostam e 96% acreditam que o objetivo do trabalho é a realização pessoal. Na questão “qual pessoa gostariam de ser?”, a resposta “equilibrado entre vida profi ssional e pessoal” alcan-çou o topo, seguida de perto por “fazer o que gosta e dá prazer”.

E o bate papo entre eles? Pode ser ao vivo, via ce-lular, email, MSN, Twitter ou qualquer outra ferra-menta de comunicação que venha a surgir no mun-do. Felipe, por exemplo, administra em conjunto com outros seis colegas da turma de jornalismo

“Ter a experiência de ser meu próprio chefe, por que não? Quero acordar de manhã e pensar: ‘legal, pelo menos por enquanto é isso que eu quero fazer’”, planeja a estudante de jornalismo Priscila Soares, de 21 anos

“Muita gente vive, espera, sonha com o futuro e acaba

se esquecendo de viver o presente. É preciso sim

trabalhar pelo futuro, mas é necessário vivenciar ao

máximo o presente”, declara Felipe Payão, de 20 anos

Aman

a Sa

lles

Saiba mais:

Acesse o hotsite da Folha Universitária: www.uniban.br/folha e confi ra alguns dados estratégicos sobre a Geração Y e ainda a entrevista completa com os jo-vens Felipe Payão e Priscila Soares.

Eles são ansiosos e até distraídos, mas têm a personalidade forte e estão sempre em

busca de novos desafios

Page 5: Folha Universitária: 7 de dezembro de 2009

05

O CIEE dispõe de 8.800 vagas, que podem ser conferidas no site

Site: www.ciee.org.br ou telefone: (11) 3046-8211.

2.869 oportunidades de estágio para jovens talentos

Site: www.nube.com.br ou telefone: (11) 4082-9360.

ESTÁGIO FEIRA

O Itaú Unibanco está com as ins-crições abertas para o seu Programa de Estágio 2010. As vagas são para as áre-as de administração, ciências contábeis, ciências atuarias, ciências econômicas, comunicação social, direito, engenharia, estatística, física, matemática, psicologia, relações internacionais e áreas de TI. Os selecionados iniciarão as atividades em março de 2010.

Para concorrer os estudantes devem ter previsão de conclusão do curso su-perior entre dezembro de 2010 e dezem-bro de 2012. Alguns dos pré-requisitos são domínio de inglês e informática. A empresa oferece benefícios como: bol-sa-auxílio e benefícios como assistência médica, vale-refeição, seguro de vida, auxílio transporte e recesso remunerado. As inscrições podem ser realizadas até 13 de dezembro por meio do site: www.itau.com.br/estagio

Estão abertas as inscrições para 150 va-gas de estágio na IBM Brasil, por meio do programa “Passaporte IBM”. As principais oportunidades são para ciências da compu-tação, engenharia da computação, proces-samento de dados, análise de sistemas, tec-nologia da informação e demais cursos de tecnologia. Há também oportunidades para estudantes de áreas como administração de empresas, ciências contábeis, economia, di-reito e marketing. As vagas são para as cida-des de São Paulo, Rio de Janeiro e Hortolân-dia, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte, entre outras localidades. Podem participar do processo de seleção alunos de nível superior e técnico com previsão de conclusão do cur-so entre dezembro de 2011 e julho 2012. É necessário ter nível intermediário de inglês. O programa tem duração de até dois anos e de acordo com a empresa, o valor da bolsa-auxílio varia de acordo com o nível de inglês, carga a horária e o ano letivo do selecionado. Para se inscrever o candidato deve acessar o site: www.ibm.com/br/estagio

VIII Feira Cultural Preta – “Herança Compartilhada: Negros e Indígenas” é uma das mais tradicionais festas de celebração da cultura negra brasileira e acontece no dia 13 de dezembro, das 12h às 22h, no Palácio das Convenções do Anhembi. O evento é conhe-cido por reunir música, dança, artesanato, moda, culinária, literatura, cinema e outros elementos da cultura negra. A programação cultural será marcada pela presença de po-vos tradicionais em toda a sua programação. Artistas plásticos, literários, cineastas, religio-sos, estilistas, dançarinos, atores, entre outras personalidades darão o tom que celebrará a diversidade cultural. A Feira conta ainda com uma série de palestras e ofi cinas culturais nas áreas de gestão de negócios, empreendedoris-mo, política pública, turismo étnico, educação entre outros temas relevantes, além dos já tra-dicionais Espaços Culturais, Mercado da Preta e Degustasom com o Boteco Vila do Samba e das atrações musicais que contará com a Liga do Samba Rock: Clube do Balanço, Opalas e Sandálias. Para mais informações acesse o site: www.feirapreta.com.br

ESTÁGIO

Cursos Vagas Menor Valor Maior ValorAdm. de Empresas 32 R$ 530,00 R$ 1.200,00 Adm. em Comércio Exterior 3 R$ 780,00 R$ 1.150,00 Arquitetura e Urbanismo 9 R$ 490,00 R$ 1.000,00 Ciência da Computação 2 R$ 780,00 R$ 1.000,00 Comunicação Digital (Web Design) 1 R$ 700,00 R$ 1.000,00 Jornalismo 1 R$ 750,00 R$ 1.000,00 Produção Editorial 1 R$ 600,00 R$ 1.000,00 Publicidade E Propaganda 6 R$ 450,00 R$ 1.075,00 Rádio E TV 1 R$ 500,00 R$ 800,00 Desenho Industrial 1 R$ 460,00 R$ 800,00 Design 1 R$ 700,00 R$ 800,00 Design Gráfi co 1 R$ 500,00 R$ 800,00 Direito 20 R$ 500,00 R$ 1.150,00 Educação Física 3 R$ 300,00 R$ 500,00 Enfermagem 1 R$ 500,00 R$ 700,00 Engenharia Civil 4 R$ 800,00 R$ 1.400,00 Engenharia Elétrica 1 R$ 800,00 R$ 1.100,00 Engenharia Mecânica 2 R$ 600,00 R$ 800,00 Engenharia Metalúrgica 1 R$ 800,00 R$ 1.020,00 Farmácia 1 R$ 700,00 R$ 1.000,00 Gestão Estratégica de Vendas (Seq.) 2 R$ 700,00 R$ 800,00 Hotelaria/Turismo 2 R$ 505,00 R$ 800,00 Letras 3 R$ 545,00 R$ 800,00 Pedagogia 4 R$ 500,00 R$ 700,00 Projetos/Telecomunicações 2 R$ 800,00 R$ 1.200,00 Psicologia 4 R$ 650,00 R$ 800,00 Secretariado Executivo 2 R$ 600,00 R$ 1.000,00 Tecnologia Sistemas de Informação 1 R$ 800,00 R$ 1.000,00 Tecnologia em Proc. de Dados 1 R$ 700,00 R$ 800,00 Turismo 2 R$ 650,00 R$ 800,00 Web Design/Design 3 R$ 600,00 R$ 1.000,00

Curso Semestre Bolsa-auxílio OEAdministração - RH 3º ao 7º semestre R$ 700,00 58594Administração de Empresas 4º ao 6º semestre R$ 750,00 62787Administração Financeira 2º ao 7º semestre R$ 750,00 57313Análise de Sistemas 3º ao 5º semestre R$ 700,00 46278Arquitetura e Urbanismo 5º ao 8º semestre R$ 900,00 68257Ciências Contábeis 3º ao 6º semestre R$ 6,10 por hora 55677Desenho Industrial Conclusão no 1º sem. de 2011 R$ 900,00 49070Direito 5º ao 6º semestre R$ 1294,00 60933Economia Conclusão no 2º sem. de 2011 R$ 900,00 64364Enfermagem 3º ao 7º semestre R$ 550,00 68056Engenharia Civil 5º ao 8º semestre R$ 1000,00 33156Engenharia de Produção Conclusão no 2º sem. de 2010 R$ 1300,00 68624Engenharia da Computação 6º ao 8º semestre R$ 800,00 68062Engenharia Elétrica 3º ao 9º semestre R$ 800,00 44641Gestão de Pessoas Conclusão no 1º sem. de 2011 R$ 772,00 68051Gestão em Secretariado 1º ao 3º semestre R$ 1074,46 68525Jornalismo 3º ao 7º semestre R$ 1000,00 67576Letras 1º ao 7º semestre R$ 700,00 47454Nutrição Conclusão no 1º sem. de 2011 R$ 1300,00 68198Propaganda e Marketing 2º ao 7º semestre R$ 700,00 65886Química 3º ao 9º semestre R$ 800,00 63103Redes de computadores 2º ao 6º semestre R$ 500,00 66589Relações Internacionais 1º ao 4º semestre R$ 800,00 42205Secretariado Executivo 1º ao 7º semestre R$ 1074,46 68534Sistemas de Informação Conclusão no 2º sem. de 2011 R$ 900,00 55928Téc. Adm. Empresas Conclusão no 1º sem. de 2012 R$ 482,20 62608Téc. Eletrônica 2º ao 5º semestre R$ 450,00 68474Téc. Gestão Empresarial Conclusão no 2º sem. de 2010 R$ 420,00 58486Téc. Mecânica Conclusão no 1º sem. de 2012 R$ 4,00 por hora 59489Téc. Turismo 1º ao 3º semestre R$ 600,00 66552Turismo 4º ao 7º semestre R$ 911,75 39407

Page 6: Folha Universitária: 7 de dezembro de 2009

uma caixa com reagentes sólidos e uma caixa com os equipamentos. “Tudo foi pensado para que fosse de fácil aquisição e de baixo custo. Focamos aonde conseguir reagentes utilizados no dia a dia. Como óxido de zinco, que é nada mais, nada menos, que a pasta d’água. Um foco que nós também pensa-mos foi que esse material não gerasse lixo. Toda vez que você produz um novo material e descarta, ele só produz mais lixo. Pensamos em desenvolver essa consciência ecológica”, explica Andréa.

Segundo a professora Kédima esta foi a primeira vez que inscreveu projetos no CONIC. Para ela, a premiação de um dos trabalhos desenvolvidos dentro do projeto científi co proposto foi muito gratifi cante. “O curso de Licenciatura em Química é pequeno, mas com os comentários entre os colegas sobre a premiação ele ganhou grande dimensão”.

Contribuição da homeopatia no

controle da ansiedade e do medo em

odontologia como prevenção das

emergências médicas

A aluna Carla Macedo Silva dos Santos do 2º ano de Odonto-logia foi a autora do projeto que conquistou a quinta colocação no CONIC, na categoria Ciências Biológicas e Saúde. O desenvolvimento do projeto contou com a par-ticipação do aluno do 4º ano, Isac Trindade Junior, como co-autor e teve a orientação do prof. dr. Mario Sergio Giorgi.

Por Karen Rodrigues

Depois de um longo ano de pesquisas, leitu-ras, teorias e práticas para o desenvolvimento de projetos científi cos, duas alunas da UNIBAN ti-veram seus trabalhos classifi cados entre os 10 melhores dentro da sua área de conhecimento no maior Congresso de Iniciação Científi ca do Brasil, o CONIC 2009.

O evento tem como objetivo despertar o inte-resse dos estudantes universitários para a pesquisa científi ca e inovação tecnológica. A nona edição contou com a participação de mais de dois mil alunos pesquisadores de 198 instituições públicas e privadas de todo país. Cerca de 900 professores analisaram os mil e trezentos trabalhos inscritos, divididos em cinco áreas do conhecimento (Ciên-cias Biológicas e Saúde, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas e Sociais, Ciências Sociais Apli-cadas, Engenharias e Tecnologias).

Organizado pelo Sindicato das Entidades Man-tenedoras de Estabelecimento de Ensino Superior no Estado de São Paulo (SEMESP), a abertura do CONIC, no dia 13 de novembro, na FMU campus Liberdade, contou com a ilustre presença do Presi-dente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Além dele, também compareceu ao evento o Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o Presidente da UNE, Augusto Chagas e os Ministros Fernando Haddad, da Educação; Sérgio Resende, da Ciência e Tecno-logia; Orlando Silva, do Esporte e Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal.

Laboratório Móvel de Química

06 Pós-Graduação

CONIC reconhece e premia projetos de estudantes da UNIBAN

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Segundo o orientador, um dos grandes problemas que existem na Odontologia é o medo que o paciente tem de ser submetido ao tratamento. Por esse motivo foi desenvolvido um trabalho de Iniciação Científi ca com o intuito de descobrir a contribuição da homeopatia no controle da ansiedade. Para tanto, foi feito um levantamento entre os pacientes, para saber se de fato eles tem medo de ir ao dentista. E foi comprovado que 30% dos pacientes se sentem ansiosos ou extremamente ansiosos. Com base no resultado, eles

foram divididos em três grupos. O primeiro usou uma medicação convencional, o Benzodiazepínico, que é um ansiolítico. O segundo grupo utilizou re-médios homeopáticos, prescritos individualmente. E o terceiro grupo foi atendido normalmente. No fi nal de seis meses, o resultado do medicamento homeopático foi muito satisfatório. “O resultado é muito melhor e a grande vantagem é que não tem reação adversa, nem efeito colateral. Não estamos dizendo que a homeopatia veio para substituir, pelo contrário, ela é uma opção a mais”, afi rma o prof. Mario Sergio.

Para a aluna Carla a premiação foi muito impor-tante para carreira, pois acrescenta ao currículo e será um incentivo para outros projetos. “Este foi o único trabalho de Odontologia premiado. Daí dá pra ver a importância. É bom a gente pensar em como prevenir as emergências médicas e não só trabalhar no elemento dentário na cavidade dental, mas para trabalhar no psicológico do paciente e dar melhoria de vida pra ele”, disse Carla.

Para o co-autor Isac, o prêmio foi uma surpresa agradável. “Muitas pessoas ainda veem a homeopa-tia de maneira discrente e não acreditam em seus resultados. Foi a oportunidade de comprovar atra-vés dos resultados desse estudo que ela realmente é efi caz. E ser premiado por isso foi ainda melhor”, conclui o aluno.

Trabalhos de Licenciatura em Química e Odontologia foram classificados entre os dez melhores projetos no maior Congresso de Iniciação Científica do Brasil

Uma das alunas premiadas foi Andréa da Silva, do 3º ano de Licenciatura em Quí-mica, que fi cou em quarto lugar com o trabalho “Laboratório Móvel de Química”, na área de Ciências Exatas e da Terra. O pro-jeto, sob orientação da profa. Ms. Kédima Ferreira de O. Matos foi desenvolvido como mais uma alternativa dentro do trabalho de Iniciação Científi ca “Ensino de Ciências Utili-zando Materiais de Baixo Custo”.

O Laboratório Móvel é um kit que per-mite aos professores realizar experimen-tos na sala de aula. Ele é dividido em três partes: uma caixa com reagentes líquidos,

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óes

Ao lado, da esq. para a dir., a profa. Ms. Kédima Ferreira de O. Matos e a aluna Andréa da Silva. Abaixo, o Laboratório Móvel de Química

Acima, da esq. para a dir. o prof. Mario Sergio Giorgi e o aluno Isac Trindade Junior. Abaixo, a aluna Carla Macedo Silva dos Santos

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07

Comissão de Ética em Pesquisa é certificada pelo Ministério da Saúde

Reconhecimento traz mais qualidade no programa de Iniciação Científica,nas pesquisas da graduação e nos cursos de pós-graduação

Por Isabelle de Siqueira

O trabalho constante pela sintonia com a le-gislação e os preceitos éticos brasileiros foi um dos condutores da mais nova conquista da Co-missão de Ética em Pesquisa da UNIBAN: a cer-tifi cação concedida pelo Ministério da Saúde.

A Comissão de Ética em Pesquisa visa qua-lifi car a pesquisa científi ca da Instituição por meio da avaliação da relação entre o pesquisa-dor, a pesquisa e o sujeito pesquisado. O ob-jetivo é proteger o indivíduo a ser pesquisado, garantindo-lhe acesso às informações sobre os procedimentos da pesquisa, como serão tratados tais dados e qual divulgação recebe-rão. Ao analisar estes procedimentos, além de promover uma adequada relação ética entre os sujeitos envolvidos, a Comissão garante mais qualidade no modo como o conhecimento será produzido.

De acordo com o professor de Ética e Di-reitos Humanos, e presidente da Comissão, Edson Teles, a recente certifi cação do Minis-tério da Saúde reconhece a qualidade e o valor

do conhecimento produzido pela UNIBAN e por seus pesquisadores. “Para efeito externo, tal reconhecimento possibilita à instituição uma maior aceitação nos vários locais e fóruns de pesquisa. Na esfera interna, há uma garantia de qualidade nos procedimentos e nas relações entre o estudante, o professor e a universidade no que se refere às pesquisas”, observa.

Entre as principais vantagens da certifi ca-ção para os alunos, Edson destaca o aumento de qualidade no programa de Iniciação Cien-tífi ca, nas pesquisas da graduação e nos cur-sos de pós-graduação, tanto os de Lato Sensu, quanto os de Mestrados e o Doutorado. “Nós estamos acompanhado pesquisas nas mais va-riadas áreas. Temos como um dos destaques a produção de conhecimento a ser aplicado no ensino, por meio dos cursos de licenciatu-ra. Outra área com boa produção científi ca é a da saúde, com vários projetos envolvendo os laboratórios instalados nos campi da UNI-BAN”, explica.

Integrantes da Comissão de Ética em Pesquisa estiveram reunidos na última quarta-feira, dia 2 no campus Marte.

Foto: Amana Salles

Promove Curso Monográfi co daEscola de Altos Estudos da CAPES

“O potencial das tecnologias digitais para o ensino e aprendizagem de matemática: questões, mudanças e implicações da pesquisa e da prática”

Mestrado e Doutorado em Educação Matemática

Apoio:

Dias: 7, 8, 10 e 11 de dezembro de 2009, das14h às 17he 12 de dezembro de 2009, das 9h às 12h

Local: Unidade Marte - UNIBAN Brasil - São Paulo - SP

Informações: Laboratório do Programa dePós-Graduação em Educação Matemática

Tel.: 11 2972-9008 - e-mail: [email protected]

PÓS-GRADUAÇÃO

Page 8: Folha Universitária: 7 de dezembro de 2009

Por Manoel Marques

Todos os países do globo celebram 70 anos do início da guerra que redesenhou o mundo em que vivemos. É sobre este confl ito que trataremos na última edição da Folha Universitária em 2009. Quem nos dá uma aula so-bre o tema é o canadense Robert Sean, que se graduou, concluiu mestrado, doutorado e dois pós-doutorados sobre o tema no contexto da História dos EUA. Uma vida dedicada ao estudo do confl ito, que marcou a terra do Tio Sam no século XX. Todos dos estudos de Robert Sean aconteceram no seu país de origem (que combateu contra os nazistas assim que explodiram os primeiros canhões do confl ito) e nos EUA. Mas a boa nova é que Sean está no Brasil. Foi convidado para ser o titular de História dos EUA na Universidade de São Paulo (USP). Suas aulas são disputadíssimas. Mas não é só pelo fato dele ser a maior autoridade em território brasileiro nes-se assunto. É também por ser extremamente didático, crítico e de fala agradável, como o leitor pode conferir na entrevista que ele nos concedeu em seu apartamen-to, próximo à região central de São Paulo.

Folha Universitária - Quando foi desperta a sua atenção para estudar história, em especial a histó-ria dos EUA?

Robert Sean - Eu comecei estudando Letras. Sempre tive interesse em ler romances, poesias, essas coisas. Eu reparei que nas aulas de Letras eu estava mais interessado no pano de fundo da história e na biografi as dos autores. Aí, me transferi para História. (...) Se a gente não conhece o passado, a gente realmente não conhece nosso presente e nem o futuro (...). Quanto à história dos EUA, 80% da população canadense mora dentro de 1 hora e meia de carro da fronteira com os EUA. (...) Sempre tive interesse na história daquele país.

F.U. – Professor, vamos falar então do con-fl ito mais sangrento do século XX. Mas antes, gostaria que o senhor no desenhasse um retrato do mundo nos anos que ante-cederam a Segunda Guerra.

R.S. – O mundo estava em crise, a maior crise na historia de países como EUA, França, Inglaterra e Alemanha, pelo menos nos primeiros anos da década de 30. Foi a maior crise econômica da história do capitalismo. Havia muito desemprego, má distribuição de renda e muitos outros problemas. Por causa disso, houve muita fermentação social e política em vários países. (...) Então, a crise econômica e o confl ito social assinalam que haveria a guerra.

F.U. - Aliás, anos antes da eclosão do Grande Confl ito, o ministro Winston Churchill já havia alertado dessa guerra, não foi?

R.S. – Sim, mas não só ele. Muitos já sabiam que iria ter a guerra, quando e qual forma, não sabiam, mas sabiam que ia ter guerra. A Alemanha estava se

08 Entrevista

O estudioso canadense sobre a Segunda Guerra Mundial, Robert Sean, esclarece o bárbaro conflito que redesenhou o mundo

os japoneses. Obviamente o que provocou a entra-da imediata foi o ataque surpresa contra os EUA no Havaí. Mas antes desse ataque, os EUA já estavam emprestando dinheiro para a Inglaterra para irem aguentando os ataques (...)

F.U. - Até a eclosão desse confl ito a marinha ingle-sa ainda dominava os mares. Porque os britânicos não resistiram aos ataques japoneses nas batalhas navais?

R.S. - A marinha britânica já estava em estado decadente. Nessa época os ingleses já tinham muitos problemas com as suas colônias.

F.U. - Então estamos tendo confl itos na Europa e na Ásia, os EUA entram na Guerra. O que aconte-ce de imediato quando isso ocorre?

R.S. – As primeiras coisas foram a defesa da Inglaterra. Mas o foco dos EUA foi a guerra no Japão, no Pacífi co. Gradualmente, quando os nazistas tinham desgastado suas forças contra a Rússia da fronte leste, os aliados então começam a ocupar a Europa.

F.U. - Antes de chegarmos nessa data (1944), va-mos voltar para a Rússia. Os nazistas conquistam quase metade do território russo, mas não con-seguem consolidar a conquista. O que aconteceu para esse fracasso?

R.S. - Primeiro porque Rússia é um país enorme. Depois, muitos erros estratégicos dos nazistas, atacando várias áreas ao mesmo tempo sem conseguir consolidar suas conquistas nessas áreas (...). O alto comando nazista também estava confi ante demais porque nos primeiros dois anos conseguiram conquistar um monte de território. Mas uma coisa é conquistar e outra é consolidar essa conquista, e não conseguiram fazer isso. E tinham ainda que lidar com o problema do inverno russo.

F.U. - Pode-se dizer então que os principais ad-versários dos nazistas na Rússia foram o território imenso e o inverno?

R.S. - Eu não diria que foi apenas o tempo. Teve também os erros estratégicos e também o fato de estarem enfrentando um país enorme, com recursos enormes, com população maior do que a da Alemanha.

F.U. – No alvorecer da guerra havia um pacto de não

agressão entre Sta-lin e Hitler. De-

vemos dedu-zir então

que a

armando, todos os países aliados também estavam se armando. Na Ásia, o Japão já tinha invadido a China, invasão que podemos realmente chamar de primeira batalha da Segunda Guerra.

F.U. - Quando tem início a Segunda Guerra, o mun-do tinha noção de que o mapa do planeta estava sendo redesenhado a partir daquele momento?

R.S. - Não. Mesmo os governantes, os generais, os comandantes militares não sabiam. Com certeza, nos primeiros anos da Guerra parecia que a Alemanha nazista iria ganhar, pois conseguiram invadir e conquistar um território vasto do Leste Europeu, além de bombardearem a Inglaterra e tomar a França e a Bélgica. (...) Nos primeiros dois anos da guerra os alemães e os japoneses tiveram muito sucesso em suas investidas.

F.U. - Quais foram os primeiros confl itos determi-nantes nos primeiros anos da Segunda Guerra?

R.S. - Provavelmente a invasão da Rússia. Quase metade daquele país foi conquistado pelos nazistas. Também não foi uma grande batalha, mas outro ponto importante foi a conquista da Polônia pelos nazistas, como também a tomada das Filipinas pelos japoneses, nos primeiros anos da guerra (...). A tomada da França, os bombardeamentos da Inglaterra nos primeiros dois anos. Tudo isso foi muito importante. (...) Os primeiros dois anos foram de sucesso para os nazistas e japoneses.

F.U. - E os americanos? O ataque a Pearl Harbor foi determi-

nante para que entras-sem no confl ito, ou já

sabiam de antemão que entrariam na

guerra?R.S. - Já sabiam que ia ter a Guerra con-tra os japo-neses, e isso foi previsto antes. Acre-dito que eles

sabiam que iriam enfrentar

O cenário da grande

Page 9: Folha Universitária: 7 de dezembro de 2009

09

mentira dos políticos já vem daquela época?R.S. – (rindo) Bem antes. Mas foi com certeza uma mentira, uma tentativa de ganhar tempo para se armar.

F.U. - De ambos os lados?R.S. - De ambos os lados. Hitler odiava os comunistas. Odiava várias pessoas, mas para ele a ameaça comunista era uma coisa mais grave (...). Ele era soldado na Primeira Guerra Mundial e a Alemanha tinha uma revolução e desde aquele momento as forças de esquerda da Alemanha ganharam muita força e a Alemanha tinha ódio pelo comunismo.

F.U. – Os biógrafos retratam Stalin como um monstro equiparado a Hitler. O senhor concorda com essa comparação?

R.S. - Sim. Eu acho difícil você comparar pessoas assim, mas se igualam em atrocidades. A diferença entre ambos é que Hitler tinha um plano de genocídio de um povo e Stalin não. Uma grande parte dos judeus que foram mortos foram russos que executaram (...). Mas os dois foram monstros, não dá para diferenciar muito.

F.U. – A Europa é o berço do catolicismo e do protestantismo. Qual foi a posição de ambos movimentos religiosos na Segunda Guerra?

R.S. - Como as igrejas em geral são ligadas aos seus próprios países, foi uma mistura de coisas, a alta hierarquia das igrejas, da igreja católica pelo menos, se não foi colaborador, não fez uma grande resistência contra o holocausto, nem contra os nazistas. Tem muitos exemplos de padres comuns que ajudaram judeus na Polônia e na Itália, mas setores da igreja apoiavam os nazistas. Nas igrejas protestantes é difícil apontar uma política, porque têm várias e também tem misturas, tem exemplos de pastores que lutaram contra os nazistas e também pastores que acabavam cedendo ao poder nazista. Então foi misturado.

F.U. – O senhor falou do Ho-locausto. A inteligência britâ-nica não tinha conhecimento das atrocidades que acontecia com os judeus nos países ocu-

pados pelos nazistas?R.S. – Sim, mas isso é uma questão muito controversa. É muito importante destacar que a guerra não foi lutada para salvar judeus, era para conter o avanço nazista. Os primeiros perseguidos foram sindicalistas e comunistas, mas casualmente tinha uma política de perseguição à cultura judaica, que era a mais inserida na Alemanha (...). Quando muitos judeus fugiram da Alemanha nazista foram recebidos com pouco entusiasmo. Proporcionalmente, a Bolívia aceitou mais judeus do que os EUA. Bolívia um país pobre e pequeno na América Latina, proporcionalmente recebeu mais judeus do Canadá, EUA e Inglaterra. Esses países praticamente bloqueavam a tentativa de salvar judeus. Tentativas de fugir foram frustradas muitas vezes. O foco da guerra era mesmo contra os nazistas. Provavelmente, os aliados já sabiam do plano de extermínio, provavelmente no fi m de 1942, quando começaram os primeiros extermínios na União Soviética. Eu acho que a atuação dos aliados nessa questão foi moralmente equivocada. Eu acho

que isso foi uma vergonha, a atuação do meu país, o Canadá, foi exatamente a mesma coisa, não

tinha intenção de salvar os judeus.

F.U. – E a população civil da Alemanha, agiu com naturalidade ao extermínio de judeus?R.S. - Não. Primeiro foi um período de

crise grave durante os anos 20 e 30 na Alemanha, e as pessoas estavam abertas

a aceitar soluções radicais. Por causa da crise as pessoas

foram enganadas pelo patriotismo. Muita gente não sabia bem da gravidade, sabiam que coisas estavam acontecendo, mas não estavam dispostos a r e a l m e n t e i n v e s t i g a r (...). Muitos

r e s i s t i r a m : pastores, protestantes e alguns católicos. Não sei se você já conhece, mas tem uma citação de um pastor luterano que diz: “quando eles vieram para pegar os

comunistas, eu não falei nada porque não era comunista. Quando vieram para pegar os sindicalistas, não falei nada porque não era sindicalista. Quando vieram pegar os ciganos, não falei nada porque não era cigano. Quando vieram pegar judeus, não falei nada porque não era judeu. Quando vieram me

pegar, não havia mais gente”. Ou seja, se você não apóia outras pessoas, você vai ser vítima também. Tinham exemplos corajosos de pessoas. Um fato interessante é que tinha até mil judeus ainda vivos em Berlim no fi m da guerra. Conseguiram se esconder e se passar por alemães sem que os nazistas descobrissem.

F.U. - Quando os alemães começaram a perder a guerra...

R.S. – Quando os aliados tiveram a oportunidade de invadir a França, eles já estavam com problemas com a maioria das forças da fronte leste. Mesmo assim, o dia D foi muito sangrento e não foi uma coisa simples. Demorou um ano essa invasão.

F.U. - O dia D então foi bem mais longo do que vemos nos fi lmes sobre a guerra.

R.S. – Quando você olha os fi lmes, percebe que os homens iam saindo desses barquinhos e caindo mortos. Demorou, foi sangrento e teve muitas batalhas pela frente. Mas os avanços foram sufi cientes nas primeiras semanas para já estabelecer um ponto, já consolidar as bases aliadas. Depois de 5 anos de guerra, a vontade de lutar foi desgastando, muita gente tinha morrido na fronte leste, e os nazistas começaram a recrutar crianças e mulheres para fazer coisas na guerra. E ainda tinham que enfrentar os EUA, o maior país industrial do mundo, possuidor dos maiores recursos, máquinas, caminhões, tanques e um país que não foi atacado além da fronteira do Havaí. Então, tinham uma população com poucas baixas, uma força enorme, um país pronto, fresco para lutar contra um exército que já lutava há cinco anos. Eu acho que isso foi mais determinante que erros estratégicos.

F.U. - Os alemães sabiam do risco da invasão na Normandia?

R.S. - Eles estavam esperando uma invasão, onde ia ser eles não sabiam, não sabiam exatamente que seria nessa área em Normandia.

F.U. – Enquanto isso, em Berlim, há relatos de milhares de estupros praticados pelos russos na tomada da cidade. Houve punição a esse ato cri-minoso?

R.S. - Não. Porque os vencedores julgam. Quem foi julgado foram só os perdedores.

F.U. – Como os aliados redesenharam o mundo, após triunfarem sobre Hitler e o seu exército?

R.S. - Foi um jogo de negociação entre os aliados. Todos os países envolvidos, depois da guerra, manobraram para conquistar mais territórios, para consolidar seu poder em vários territórios, seja EUA ou Europa.

F.U. - Que balanço o senhor faz desse confl ito?R.S. – Mais de 20 milhões de mortos. Entre os quais, 6 milhões de judeus, 5 milhões de russos, além de japoneses, chineses, coreanos. Foi de longe a guerra mais sangrenta da história do mundo.

“Não sei se você já conhece, mas tem uma citação de um pastor luterano que diz: “quando eles vieram para pegar os

comunistas, eu não falei nada porque não era comunista. Quando vieram para pegar os sindicalistas, não falei nada

porque não era sindicalista. Quando vieram pegar os ciganos, não falei nada porque não era cigano. Quando

vieram pegar judeus, não falei nada porque não era judeu. Quando vieram me pegar, não havia mais gente”

Page 10: Folha Universitária: 7 de dezembro de 2009

10 Reportagem da Semana

Por Manuel Marques

O mundo inteiro viu a cena: o presiden-te do Comitê Olímpico mostra um enve-lope com o nome da cidade do Rio de Janeiro. Pela primeira vez, um país da América Latina organizará os Jogos Olímpicos. Cercado por atletas, políticos e dirigentes do esporte brasileiro Lula tenta falar, mas é interrompido pelo choro. O governador Sergio Cabral e o ex-jogador Pelé, também choram. Muitos brasileiros também choraram, orgulho-sos. A vitória, nas palavras do presidente, foi simbólica porque mostrou que o país passou a ser respeitado in-ternacionalmente, deixando de ser um país de segunda categoria. Um mês depois, a revista de maior infl uência no mundo da economia estam-pa em sua capa uma imagem do Cristo Redentor sendo impulsiona-do como um foguete e diz: “Brasil decola” e na linha fi na acrescenta que o país tupiniquim é a maior história de sucesso na América Latina. O Brasil, ao que parece, não é mais uma promessa, mas uma realidade. Diante desse fato, podemos deduzir que o brasileiro está mais patriota? Se está mais orgulhoso, qual é o motivo?

O pedreiro Laerte Freitas é quem começa a res-ponder essas questões. Ele é um exemplo daqueles que sentem imenso orgulho por terem nascido em solo tupiniquim. Ele tem 39 anos e trabalha nesse ofí-cio desde os dezesseis. Nossa reportagem conversou com ele na Vila Dionísia, local em que fi nalizava a reforma de um sobrado. “Meu maior orgulho acon-tecia quando via a nossa seleção entrar em campo e perceber que todas as outras seleções tinham medo da gente”, brinca. Quanto ao trabalho, Laerte relata que já passou por maus bocados na procura de em-prego. “Mas de uns tempos para cá tenho sentido muito mais orgulho de ter nascido no Brasil. E me orgulho porque sei que a minha vida e (apontando para cinco colegas que acompanhavam o depoi-mento) a vida de muita gente mudou pra melhor. Temos muitos problemas aqui, principalmente essa roubalheira dos nossos políticos, como da-quele cara lá em Brasília (José Roberto Arruda, governador do Distrito Federal). Mas há alguns anos o Brasil está fi cando famoso não pela rou-balheira nem o futebol, mas pelas coisas boas. Conseguimos pagar a dívida com os gringos e já emprestamos dinheiro pra eles”.

O pedreiro garante que seu maior orgulho é ver que a vida do povo brasileiro está melhor. “Pra você ter uma idéia, trabalho rareava pra mim (apontando de novo) e pra eles há pouco mais de dez anos. Mas de uns tempos pra cá, mesmo naquela crise, não dou conta de tanto tra-balho que aparece. Tem muita gente construindo casa, reformando ou aumentando suas casas. Toda

semana tenho três, quatro propos-tas pra reformar ou construir

uma casa, mas só posso esco-lher uma. Tenho razão pra fi -

car feliz mesmo se o timão ou a seleção perderem um jogo”, brinca.

Denise das Virgens não sente tanto orgu-lho assim porque está desempregada no momento. No en-tanto, o que mais la-menta no país não é o desemprego, mas o índice elevado de violência e a explo-ração do trabalhador

tupiniquim que tem sorte de estar empre-

gado: “Nesta semana eu presenciei um ato de

violência aqui perto de casa. Vi um homem agre-

dindo uma criança no ponto de ônibus porque aparente-

mente o menino tinha roubado. É triste que ainda tenha coisas assim

num país como o nosso. Outra coisa triste no Brasil é a exploração do trabalha-

dor, que é obrigado a trabalhar cada vez mais, recebendo menos pelo seu trabalho, sendo cada vez

mais sujeito ao patrão. Tudo isso é motivo pra tristeza e precisa melhorar”, refl ete a simpática jovem do bair-ro Jardim Antártica, na zona norte da capital.

Embora ponderada e racional quando analisa a situação do país, Denise esclarece que o coração também palpita quando fala do país que a viu nascer: “Mas apesar dessa violência toda, o Brasil é um país de cultura linda, de pessoas boas e muito receptivas. O Brasil é belo e à minha volta percebi que a vida das pessoas melhorou bastante, pois tá todo mundo construindo e tendo acesso à escola. E outro motivo que nos dá orgulho é que, apesar das contradições da pessoa do presidente Lula, ele está fazendo um bom trabalho, olhando para as pessoas menos favorecidas e ofertando, por exemplo, o ProUni. Antigamente não era tão fácil um morador da periferia estudar. Conheço muita gente, e a maioria dos meus amigos fazem faculdade graças ao ProUni. Saber que tantas pessoas estão se graduando dá mais alegria de viver neste país”, fi naliza Denise.

Eunice Almeida ilustra essa parcela de brasileiros que hoje tem acesso à educação. Ela tem 26 anos de idade. É a penúltima de uma família de 7 irmãos, cin-co mulheres e dois rapazes. Até agora essa moça do Jardim Peri é a única que teve acesso à universidade, está no último ano do curso de Administração. “Em casa crescemos com a imagem de que o Brasil não oferece oportunidades pra pobre. Graças a Deus ne-nhum de nós entrou no mundo do crime, pois em casa temos o temor de Deus. Mas essa impressão que tínhamos, mudou. Não tínhamos condições de pagar um curso universitário e consegui uma bolsa integral

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Saiba mais:

Em www.uniban.br/folha, o leitor vai poder ler a íntegra da en-trevista com Norislei Avelino, que descreve em detalhes os costumes e as mudanças ocorridas em Cordei-ros. Leia ainda a entrevista na ínte-gra do economista Alex Agostini. Entre outras coisas, ele descreve em detalhes como a economia afe-ta o nosso humor e patriotismo.

do programa ProUni e ano que vem, se Deus quiser, me formo”, comemora. E completa: “Tenho alegria de ter nasci-do no Brasil. Sei que ainda não é o país ideal, mas essa mudança na minha vida e na vida de muitos dos meus amigos é um refl exo de que pode ser um país para todos”, fi naliza.

Essa mudança na vida de Eunice, pertencente a camada social classifi ca-da como classe C, ou nova classe mé-dia, foi o grupo que mais cresceu no Brasil. De acordo com o IBGE são 26 milhões de pessoas que nos últimos cinco anos ascenderam na pirâmide social. O mesmo estudo informa que a classe média representa mais da metade da população brasileira. Numa reporta-gem veiculada na revista Época Negócios de novembro último foi cunhado um texto que resume essa transformação: “Até poucos anos atrás, depois de qui-tadas as contas do mês, essas pessoas (a nova classe média) não tinham um cen-tavo sobrando para consumir mais do que os itens da cesta básica. Hoje, cole-cionam sapatos às centenas, têm acesso à tecnologia e frequentam faculdades. Tudo isso graças a mudanças profun-das na economia brasileira”.

De acordo com o mesmo IBGE, nos últimos sete anos, essa camada da população teve um aumento superior a 40% em sua renda familiar. Mais ainda: um estudo da Consultoria Plano CDE revela que esse aumento na renda des-ses brasileiros injetou nada menos que R$ 100 bilhões na economia brasileira desde 2002. Será que isso gerou mais orgulho nos brasileiros? “Tem uma fra-se que sintetiza muito bem essa ques-tão: o bolso é o órgão mais sensível do corpo humano. Ou seja, quando a economia está em franco crescimento e desenvolvimento, gerando emprego e renda em todas as camadas da socie-dade, há sim um efeito direto sobre a autoestima das pessoas”, explica o eco-nomista Alex Agostini. E acrescenta: “Primeiro porque o emprego resgata a dignidade, e segundo porque a autono-

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lles

mia em consumir aquilo que é desejável é como uma terapia de inclusão social. Isso sem considerarmos, por exemplo, a possibilidade de termos uma socieda-de mais qualifi cada, mais crítica, pois aumentam as possibilidades de estudos para as pessoas de classe de ren-da mais baixa”.

Essa mudança a que se refere o economis-ta não ocorreu ape-nas nos grandes centros urbanos. Nossa reporta-gem conversou com o educador Norislei Ave-lino, Secretário de Educação da pequena cidade de Cordeiros, no sertão baiano. Os moradores lo-cais têm como renda principal a agricultura e o comércio de carnes. “Nossa cidade mudou bastante”, diz Norislei. Dentre essas mudanças, ele destaca a melhoria na qualidade de vida, principalmente das famílias de baixa renda, que são os maiores con-sumidores locais. “Hoje, grande parte da população carente acessa algum tipo de crédito dos programas do Governo Federal. Isso movimenta muito a nos-sa economia e cria condições para uma melhor educação, melhor alimentação, redução da mortalidade infantil, maior acesso a água tratada, a energia elétrica na zona rural. Até mesmo as condições de moradia têm melhorado”, resume Norislei.

O educador conta que os cordei-renses enfrentaram, num passado não tão distante, grandes difi culdades para ter acesso a produtos básicos para uma boa qualidade de vida. Talvez seja algo desconhecido de grande parte da popu-lação, principalmente para quem nunca viveu essa realidade, mas é interessante comentar que os moradores mais anti-gos afi rmam que em outros tempos, às vezes tinha-se o dinheiro, mas não se encontrava o produto para a compra. E isso acontecia até mesmo com ali-mentos de primeira necessidade como arroz e feijão. “Hoje, nós cordeirenses

temos em nossa ci-dade qualquer

produto que queiramos

u t i l i z a r , d e s d e a q u e -les de

“Eu visitei (a trabalho) países da Améri-ca Latina, Europa e Ásia. É interessante quando a gente fala lá fora o nome do Brasil. A reação é muito similar e enten-dem logo que se trata do país da alegria, do carnaval, do futebol e das mulheres peladas. Essa visão externa é muito es-tereotipada, mas desde que o Lula co-meçou a ter um relacionamento mais forte na política externa essa visão tem melhorado e as pessoas estão levando o país a sério. Hoje se fala menos do fu-tebol e do carnaval e mais do conteúdo do Brasil. Não somos só Pelé e Ronal-do”, diz a engenheira. E fi naliza: “Mas meu orgulho vai muito além do fato de hoje sermos respeitados lá fora, pois somos um país fantástico, abençoado e um povo que se ajuda. Mas quando falamos do nosso país precisamos levar em conta o coração, e o meu tem as co-res do Brasil”, declama Denise.

primeira ne-cessidade até

os chamados supérfl uos. Tam-

bém possuímos acesso aos meios tec-

nológicos, como celular, internet, e isso não só na área urbana, mas também na área rural. Percebemos então uma verdadeira política inclusiva. Dou testemunho de que a vida no semi-árido tem mudado signifi cativamente para melhor, tanto nos aspectos sociais quanto econômicos”, comemora.

Outro problema sério desta cidade era a imensa migração dos seus mora-dores para os grandes centros urbanos como Salvador, Rio de Janeiro e prin-cipalmente São Paulo. Alguns partiam em busca de trabalho e outros com o objetivo de estudar, já que a maioria dos professores da rede pública não

tinha graduação. Norislei relata que o índice de migração é quase inexistente em comparação com o que acontecia há pouco mais de uma década. Quanto à educação, esclarece: “Para ser muito otimista, há 10 anos, Cordeiros certa-mente não teria sequer 5% dos pro-fessores com graduação. A partir da implantação de políticas públicas do Governo Federal na educação, como o ProUni e o Programa de Formação de Professores, temos hoje 55% dos professores graduados e mais 35% em graduação. Isso abrange praticamente todos os docentes do município. Tenho orgulho do país, pois nossa sociedade tem se mostrado participativa”, come-mora Norislei.

E o Brasil no mundo? A engenheira química Denise Leal é gerente na Uni-lever, uma multinacional com fi liais em todos os continentes do globo, sendo que a brasileira visitou a maioria dessas fi liais. Denise viu uma mudança drásti-ca na percepção externa do nosso país:

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“Antigamente não era tão fácil um morador da periferia

estudar. A maioria dos meus amigos fazem faculdade graças ao ProUni”, disse

Denise das Virgens

“Tem uma frase que sintetiza muito bem essa questão: o bolso é o órgão mais sensível do corpo humano”, disse Alex Agostini

“Hoje, grande parte da população carente acessa algum tipo de crédito dos programas do Governo Federal. Isso movimenta muito a nossa economia”, afirmou Norislei Avelino

“Hoje se fala menos do futebol e do carnaval e mais do conteúdo do Brasil. Não somos só Pelé e Ronaldo”, comentou Denise Leal

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Por Luciana Almeida

Alunos da UNIBAN, na companhia do profes-sor Ricardo José Neves, participaram do III Estágio de Comunicação Social do Exército que aconteceu em novembro no auditório do Comando Militar do Sudeste. A abertura ofi cial do evento ocorreu no dia 19, com o comandante militar do sudeste, General Antonio Gabriel Ésper.

Com o intuito de unir diferentes públicos, o evento acontece há três anos e é composto por militares do Exército responsáveis pela Comuni-cação Social nas diversas Organizações Militares do Estado de São Paulo. Estiveram presentes mili-tares da Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar, Po-lícia Civil, Polícia Federal e estudantes de comu-nicação. “A fi nalidade do Estágio é integrar civis, representados pelos alunos, para que conheçam melhor o trabalho do Exército eliminando qual-quer preconceito existente e integrar militares de outras Forças, a fi m de que conheçam melhor o trabalho da nossa seção de Comunicação Social proporcionando a troca de experiências entre se-ções de comunicação”, explica a capitão Marília Villas Boas da CMSE.

Neste ano, o estágio contou com palestras minis-tradas por renomados profi ssionais de comunicação como jornalistas, publicitários, especialistas em co-municação e militares. Ricardo Boechat, jornalista da Band, abordou suas experiências na área. Celso Freitas, da Rede Record, falou sobre a revolução na Comunicação. “É uma oportunidade de trans-ferir tudo o que adquirimos ao longo da carreira e principalmente, porque eu sempre fui uma pessoa envolvida com a tecnologia, e a tecnologia hoje é uma ferramenta essencial para qualquer pessoa, para qualquer profi ssional, não só para quem está envol-vido com a Comunicação”, disse.

O jornalista e professor, Francisco Viana, pa-lestrou sobre Gerenciamento de Crise. Amílcare Dallevo, diretor-presidente da Rede TV, falou so-bre a TV digital. “Essa iniciativa do Exército, que junta estudantes e profi ssionais de comunicação, é bem vinda e eu acho que devem continuar anual-mente fazendo esses encontros porque é para o bem da Comunicação no país”, afi rmou.

Foram mais de 50 horas de atividades. Além das palestras, o o evento contou com trabalhos em grupo que foram escolhi-

12 UNIBAN Brasil

Alunos participam de evento do Exército brasileiro

Estudantes da UNIBAN Estudantes da UNIBAN participaram do III Estágio participaram do III Estágio de Comunicação Social do de Comunicação Social do

Comando Militar do SudesteComando Militar do Sudeste

dos pela comissão organizadora do evento e mesclaram militares com civis. “O trabalho de grupo visa in-tegrar civis e militares para que tro-quem experiências e contatos (ne-tworking), fator de suma importância nos dias de hoje”, acrescenta Marília. Nestes trabalhos em grupo, o obje-tivo era gerenciar crises relacionadas às Forças Armadas. Os participantes fi zeram visitas externas às emissoras de televisão, à redação do jornal O Estado de S. Paulo e ao Comando de Aviação do Exército, em Tauba-té, onde conheceram as instalações e tiveram a oportunidade de fazer um passeio em uma aeronave ofi cial, que fez valer o tema: “Exército brasileiro. Braço forte, mão amiga”

Para a aluna Adna Santana, estu-dante de Publicidade e Propaganda da UNIBAN, “o Estágio nos abriu uma grande porta que proporcionou conhecimento, descobertas, novas amizades e oportunidades através de palestras de grandes comuni-cadores do nosso país e podemos acompanhar de perto o trabalho fei-to pelo Exército”. No fi nal do even-to, cada estagiário recebeu certifi ca-do que foi entreguena cerimônia de encerramento pelo General Ésper, General Lima Neto, chefe do Es-tado Maior do Sudeste e o Coronel Moura, Subchefe do Estado Maior do Sudeste. “Para o próximo ano, pensamos em fazer uma maior divul-gação nas universidades aumentando a participação dos estudantes, que são o foco do nosso Estágio, colocar mais palestrantes técnicos focando, principalmente, na área de Assessoria de Imprensa. Vamos manter as visitas e os trabalhos de grupo”, explicou o

Coronel Marcus Vinicius Camar-go, Chefe da Seção de Comu-

nicação Social do CMSE. Para conhecer mais sobre o Comando Militar do Sudeste, acesse o site: www.exercito.gov.br

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13

Por Renato Góes

Motivados pelas comemorações dos 150 anos da Teoria da Evolução do naturalista inglês Charles Darwin, os alunos do cur-so de Licenciatura em Ciências Biológicas do campus Campo Limpo (CL) sugeriram um aprofundamento no tema junto ao prof. dr. Luiz Henrique Cruz de Mello. A solução encontrada por ele foi criar um grupo de estudos intitulado: “Paleontologia e Evolução Biológica”.

De abril a novembro de 2009, cerca de dez alunos do primei-ro, segundo e terceiro anos do curso compareceram na unidade para discutir o tema. Os encontros contaram com a apresen-tação de documentários, textos e ilustrações, além de debates referentes à evolução humana e de outras espécies. De acordo com o coordenador, “nossa idéia foi discutir este tema de uma forma mais ampla. Escolhemos a Evolução Biológica por tratar das modifi cações da vida ao longo do tempo. Já a Paleontologia é uma parte da ciência que ajuda a contar essa história. Ela trata de organismos distintos que não estão disponíveis hoje em dia. Uma coisa leva à outra”.

Mestre e doutor em Geociências, Mello entende que a partici-pação de calouros e veteranos no grupo demonstra que eventos deste tipo atraem os estudantes, apesar de ocorrerem fora do ho-rário de aulas. Neste caso, os encontros ocorriam aos sábados. O bom resultado obtido neste ano abre possibilidades de abertura de uma nova turma em 2010. Mas qual seria o tema a ser estudado? “Talvez iremos abordar apenas a Evolução do Homem. Nosso objetivo é criar interesse em alunos de outros cursos como Histó-ria e Geografi a. Temos outros temas da Biologia como os dinos-sauros e as teorias da origem da vida. Vale lembrar que o curso é destinado para o pessoal da Licenciatura, que serão responsáveis por passar esse conhecimento às crianças”, comenta o docente.

Darwin e sua teoria geram grupo de estudosAlunos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas discutiram a Teoria da Evolução, que em 2009 completou 150 anos

Foto: Renato Goes

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Vendem-se livros seminovos, Embriologia, Biologia Celular e Molecular, Fisiologia Hu-mana e Mecanismos das doenças, Zoologia dos invertebrados. Simone. Tel.: 9911-1057.

Vende-se violino 4/4, novo, com esto-jo térmico e cordas reservas. Valor: R$ 150,00. Islaine. Tel.: 8240-5541. E-mail: [email protected]

Vende-se teclado musical Yamaha PSR-213 com 2 meses de uso, novíssimo, com ma-nual e fonte. Valor: R$ 400,00. Luiz. Tel.: 6731-2994. E-mail: [email protected]

Procura-se baterista para banda de hard\heavy metal (infl uencia: Judas, Blaze, Cooper e similares), residente em Osasco ou região. Interessados (as) fa-lar com Filipe. Tel.: 7302-5848 E-mail: fi [email protected]

Vende-se apartamento na Praia de Mon-gaguá, dorm., sala americana, sacada, cozinha, lavanderia, móveis embutidos, 1 vaga gar. Valor: R$ 70mil. Douglas. Tels.: 2971-3186 / 9630-5047. E-mail: [email protected]

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Vende-se Yamaha, YBR, 125E, 05/05, azul, baú, partida elétrica e freio a dis-co, doc. ok. Valor: R$ 3.500,00. Erick. Tels.: 4342-5899 / 7557-0034. E-mail: [email protected]

15Classificados

Vende-se Fox City, 2008/09, 2 p., ver-melho. Valor: R$ 24.500,00. Elaine. Tels.: 9492-2005 / 6663-3632. Email: [email protected]

Vende-se Ford Ka, preto, 99, gasolina. Valor: R$ 1.600,00 + 45 parcelas de R$ 342,00 (transferência de dívida). Thiago. Tels.: 8280-8802 / 2721-4406.

Vende-se Uno 97, 2p, Sx, 8v, branco. Va-lor: R$ 7.300,00. Junior. Tel.: 8024-2027. E-mail: [email protected]

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Vende-se Celta, 2005, prata, vidro, trava e alarme. Valor: R$ 6.500,00 + trans-ferência de dívida, 40 parcelas de R$ 580,00. Kátia. Tel.: 7395-9356

Vende-se Fiat Uno fi re, fl ex, 1.0, 4p, prata. Valor: R$ 16.500,00. Nivaldo/Jaqueline. Tel.: 9794-1717. E-mail: [email protected]

Vende-se Pálio Weekend 2003, trava e direção, 1.0, ELX, 16 válvulas, gasolina, prata. Valor: R$ 7.500,00 + transferên-

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17Cultura

Por Renato Góes

Escrito e dirigido por Pedro Al-modóvar, Abraços Partidos é o mais novo fi lme do cineasta espanhol. Responsável por clássicos como Tudo Sobre Minha Mãe, Fale Com Ela e Car-ne Trêmula, sua mais nova produção talvez não tenha a grandiosidade das citadas acima, mas traz à tela uma boa história cheia de reviravoltas, que hora se apega ao drama, hora ao suspense e em alguns momentos na comédia. Junta-se a esta “mescla” de gêneros alguns fortes personagens, um roteiro bem amarrado e a excelência na foto-grafi a e direção de arte, bem ao estilo Almodóvar de se fazer cinema.

A história contada em Abraços Partidos é a de Mateo Blanco (Lluís Homar), um ex-cineasta que perdeu a visão num acidente de carro. Nesta tragédia ele também perde sua aman-te Lena (Penélope Cruz). No entanto, esse triste acontecimento é reavivado numa conversa com o jovem Diego (Tamar Novas), fi lho da produtora Ju-dit (Blanca Portillo) com quem Mateo teve um relacionamento mal resolvido décadas atrás. A relação entre esses e outros personagens se dá, principal-mente, por causa de um fi lme dirigido por Mateo, intitulado Garotas e Malas, bancado pelo empresário inescrupulo-so Ernesto Martel (José Luis Gómez), na época marido da bela Lena. Por ser a mulher do patrocinador do longa-metragem, Mateo aceita fazer um teste com ela, mas não demora muito para que os dois se apaixonem no set de fi lmagens. Mas quanto mais Mateo e Lena se envolvem, mais riscos os dois e a produção correm.

A partir do momento em que anti-gas memórias do protagonista veem à tona, o fi lme ganha ritmo e começa

As referências deAlmodóvar

a alternar dramaticidade com tensão. Conse-quentemente, o trabalho de interpretação de Penélope Cruz ganha o devido destaque, as-sim como Lluís Homar, cujo personagem al-terna momentos com e sem visão. Ao longo das mais de duas horas de projeção, o que se vê na tela é uma série de referências cinema-tográfi cas de Almodóvar, do cinema noir ao neo-realismo italiano. De outros cineastas, como a cena em que o casal de amantes as-siste à Viagem à Itália de Roberto Rossellini, e dele mesmo, com algumas auto-homena-gens ao fi lme Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos. Um deleite para os cinéfi los que são admiradores do trabalho do maior cineasta espanhol e, principalmente, da sétima arte. Em cartaz em grande circuito.

De cima para baixo, os personagens Lena e Mateo se entregam à paixão. O cineasta

tem que se adaptar à falta de visão e conta com a ajuda de Judit. Lena tenta abandonar

Ernesto, que não aceita a separação.

Em Abraços Partidos, o cineasta Pedro Almodóvar expõe várias de suas influências cinematográficas

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19Entretenimento

CRUZADASTV UNIBAN

Destaques da Semana de 26/10 a 02/11

São Paulo - canal 11 (NET); São Paulo - canal 71 (TVA); Osasco - canal 20 (NET Osasco); ABC - canal 18 (Net ABC).

Salada MistaO Parque da Independência criou uma iniciativa para estimular o conhecimento. Contar um pouco da história e incentivar a pre-servação ambiental pelo projeto “Trilhas Urbanas”. CNU/SP: 3ª – 4h e 12h / 5ª – 8h / 6ª – 19h / Sab. – 4h

Revista UNIBANWokshop de RH / Congresso Internacional de Odontologia / Sim-pósio de Direito / Jornada de Turismo / Jornada de Comunicação Institucional / Jornada de Administração / Jornada de Moda CNU/SP: 2ª – 12h/3ª – 6h /4ª – 19h /5ª – 16h/6ª – 12h/Sab. – 9h)

P2Os frequentadores são viúvos, separados ou apenas sentem a necessi-dade de novas experiências. O baile da terceira idade proporciona so-cialização, melhora da auto-estima e qualidade de vida. CNU/SP: 2ª – 19h/4ª – 21h/5ª – 2h30 e 10h/6ª – 4h/Sab. – 6h30/Dom. – 12h

UNIBAN Discute

Neste programa, convidamos o Prof. Diamantino Neto que expla-na sobre a importância da gestão de pessoas no cenário corporati-vo atual. CNU/SP: 2ª – 19h / 5ª – 1h e 19h / Sab. – 12h.

Concorra ao livro O Caçador do Arco-Íris, de Luiz Roberto Guedes. Acesse o hotsite da Folha Universi-tária (www.uniban.br/folha) e clique no link “Promoção”. Depois pre-encha os dados corretamente junto com o título da obra. Nossa equipe entrará em contato com o aluno(a) vencedor.

PROMOÇÃO

Resultado da PromoçãoQuem ganhou o livro Dicionário de Lingüística da Enunciação foi o aluno Hen-rique Cruz Guedes, do curso de Psicologia do campus ABC. O prêmio pode ser retirado a partir de quinta-feira na secretaria de campus.

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FAÇA GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO SIMULTANEAMENTECOM CERTIFICAÇÕES PROFISSIONAIS DESDE O 1º ANO.

VESTIBULAR

19/12SISTEMA EDUCACIONAL UNIBAN

Certifi caçãoProfi ssional

Certifi caçãoProfi ssional

DiplomaçãoSuperior

Bacharel MBA e Lato Sensu (opções) Graduação Pós-Graduação

1º ano 2º ano 3º ano 4ºano

Fisioterapia Massoterapeuta - Acupuntura Fisioterapia(MBA)(MBA)

R$349,00

R$439,00(noturno)

R$198,00*

R$298,00**

Enfermagem -Agente

TerapiaOcupacional

-

FarmáciaBioquímica

-R$383,00

R$479,00(noturno)

Nutrição

-

(MBA)

Biomedicina

Odontologia -

2º ano

R$849,00Consultevaloresno site

Certifi caçãoProfi ssional

DiplomaçãoSuperior

Bacharel Lato Sensu (opções) Graduação Pós-Graduação

2º ano 3º ano 5º ano R$383,00

R$479,00(noturno)

R$198,00*

R$298,00**Psicologia -

Medicina Veterinária R$1.099,00Consultevaloresno site

Certifi caçãoProfi ssional

DiplomaçãoSuperior

Licenciatura Bacharel Lato Sensu Graduação Pós-Graduação

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 3º e 4º anos R$249,00

R$316,00(noturno)

R$198,00*

R$298,00**Educação Física Física Física

Tecnólogo MBA (opções) e Lato SensuFormação

TecnológicaPós-Graduação

6º sem. 7º e 8º sems. R$249,00

R$316,00(noturno)

R$298,00**Gestão HospitalarRadiologia

Certifi cação Profi ssional Tecnólogo Lato SensuFormação

TecnológicaPós-Graduação

2º sem. 4º sem. 5º e 6º sems. R$249,00

R$316,00(noturno)

R$298,00**Gestão Desportiva

CURSOS GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO VALORES

CURSOS FORMAÇÃO TECNOLÓGICA PÓS-GRADUAÇÃO VALORES

CONSULTE CURSOS DE OUTRAS ÁREAS NO SITECOM MENSALIDADES A PARTIR DE R$ 199,00

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

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