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Page 1: Folha da Ufersa - Edição 11

AV. FRANCISCO MOTA, 572BAIRRO COSTA E SILVA

MOSSORÓ-RN | CEP: 59.625-900

FOLHA DA UFERSA

Estudante

JANEIRO E FEVEREIRO DE 2015ED. Nº11 - MOSSORÓ/RN

INFORMATIVO INTERNO DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

PRODUZIDO PELA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA

www.ufersa.edu.br

ANIVERSÁRIOUfersa Pau dos Ferroscompleta três anosampliando a oferta decursos e vagas. Pág.03

ANIMAISPesquisadores da Ufersa e daUniversidade La Laguna, naEspanha, estudam caprinos daraça Canindé. Pág.08

- QUEM FAZ A UFERSA: CHEFE DO DCAN, PROFESSOR RODRIGO SILVA DA COSTA; PÁG. 02- EDUFERSA IMPULSIONA A PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA. PÁG. 07

- NOSSOS VALORES: FRANCISCO EDCARLOS ALVES LEITE: DNA DE EDUCADOR; PÁG. 07- PÓS-GRADUAÇÃO PARA PESQUISAS INTERDISCIPLINARES; PÁG. 08

E Mais:

TECNOLOGIAEquipamentos de ponta para aformação de engenheirosmecânicos. Pág. 06

EEssffoorrççoo qquuee vvaallee aa ppeennaa

A difícil vida dos universitários que apostam na educação superior como o caminho para umfuturo melhor e os benefícios oferecidos pela Ufersa para garantir o acesso e a permanênciadesses estudantes na Universidade. Págs. 04 e 05.

Page 2: Folha da Ufersa - Edição 11

EXPEDIENTE

Rodrigo Silva da Costa

Reflexões do passado em umpresente do futuro

Vivemos em um mundo globalizado.Basta lermos algum jornal ou revista paranotarmos que as notícias que nos chegam nãotratam apenas das questões do nosso país. Porexemplo, se as bolsas de valores chinesassofrerem alguma baixa, o Brasil será atingido.Namesma proporção, se umamoda é lançadana Itália, ela é adotada no Brasil.

Na década de 90, o jornalista norte-americano Thomas Friedman avaliou algunsaspectos da globalização e escreveu o livrointitulado “o Lexus e a Oliveira”. Segundo ele,o fenômeno da globalização fez intensificar oconflito entre o Lexus e a Oliveira, o novo e ovelho. O Lexus é um carro de luxo fabricadopelos japoneses. Nas fábricas do Lexus, é maiscomum notar a presença de robôs do que deseres humanos. O trabalho das pessoas ébasicamente verificar o controle de qualidade.Por outro lado, a Oliveira é uma árvore quepode viver por muitos anos. Nasceu gente,morreu gente; entrou geração, passou gera-ção; levantaram-se governos, derrubaram-segovernos; e durante dois mil anos aquelasoliveiras não saíram do lugar e não “mudaramo seu estilo de vida”. Em seu livro, ThomasFriedman faz uma observação interessante:“As oliveiras são importantes. Elas repre-sentam tudo o que nos enraíza, nos ancora,nos identifica e nos localiza nesse mundo –como o sentimento de pertencer a umafamília, a uma comunidade, a uma tribo, auma nação, sobretudo, a algo chamado 'lar'”.

O Lexus retrata o novo, a inovação, atecnologia, a mudança e o temporário; e aoliveira representa o antigo, as raízes, astradições, a História e a permanência. En-quanto o Lexus sofre constantes mudanças,fruto das inovações, a oliveira permanece amesma, simplesmente oliveira. Contudo, naera da globalização, a coexistência entre onovo e o antigo tem se tornado cada vez maisdifícil. No mundo corporativo, das organiza-ções públicas ou privadas, às vezes encontra-mos esse conflito entre os "novos" e os"antigos". Não podemos demonizar as prá-ticas antigas de uma instituição só porqueagora estamos vivendo numanova geração.

Você já parou um pouco para ouvir osservidores mais antigos? Eles têm histórias eexperiências incríveis que podem te ajudar.Faça isso, com humildade, e aprenderá coisasverdadeiramente novas.

comemoração

RRaaddaammééssDDaannttaass

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA - EDIÇÃO: PASSOS JÚNIOR. TEXTOS: PASSOS JÚNIOR, HIGO LIMA E CARLOS ADAMS. PROJETO GRÁFICO: AMANDA FREITAS.DIAGRAMAÇÃO: AMANDA FREITAS. FOTOS: EDUARDO MENDONÇA, PASSOS JÚNIOR, LUANA LAISE E AMANDA FREITAS. REVISÃO: AMANDA FREITAS E DIEGO FARIAS.

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA UFERSA - REITOR: JOSÉ DE ARIMATEA DE MATOS. VICE-REITOR: FRANCISCO ODOLBERTO DE ARAÚJO. CHEFE DE GABINETE: MÁRCIA DE JESUSXAVIER. PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO: PROF. AUGUSTO CARLOS PAVÃO. PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO: GEORGE BEZERRA RIBEIRO. PRÓ-REITORA DE ADMINISTRAÇÃO: JORGE LUIZ DE

OLIVEIRA CUNHA. PRÓ-REITORA DE GESTÃO DE PESSOAS: KELIANE DE OLIVEIRA CAVALCANTE. PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO: PROF. RUI SALES JÚNIOR. PRÓ-REITOR DE

EXTENSÃO E CULTURA: PROF. FELIPE DE AZEVEDO SILVA RIBEIRO. PRÓ-REITOR DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS: PROF. RODRIGO SÉRGIO FERREIRA DE MOURA.

EDITORIAL Vamos que vamos para encarar mais um ano com intensa atividade

acadêmica. O primeiro semestre letivo já começa no próximo dia 16 de março.O ano de 2015 também promete ser marcante com as comemorações dos 10anos da Ufersa. Enquanto isso, vamos nos debruçar na leitura da 11ª edição daFolha da Ufersa, que traz com destaque a sofrida vida dos estudantesuniversitários. Também trazemos o laboratório de engenharia mecânica, aprodução da EdUfersa e a pesquisa com caprinos, que mais uma vez coloca anossa Ufersa no cenário internacional. É isso, uma boa leitura e qualquersugestão para as próximas edições é só entrar em contato.

Passos [email protected] | Editor

Chefe do Depto. de Ciências Animais

QUEM FAZ A UFERSA

2 FOLHA DA UFERSA | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2015

Minha infância e adolescência foramessenciais para que eu definisse ser biólogo.Durante a graduação, realizei estágios emdiversas áreas, mas optei pela ecologia, ten-do permanecido como bolsista de iniciaçãocientífica, desenvolvendo atividades na áreade ecologia de peixes. Fiz mestrado edoutorado em Ecologia pelo Programa dePós-Graduação em Ecologia de AmbientesAquáticos Continentais da UniversidadeEstadual de Maringá (PR), desenvolvendotrabalhos ligados à ecologia de peixes epesca. Durante os anos de pós-graduação,além do aprendizado técnico, tive formaçãohumanística e coletiva, fortemente influen-ciado pelos meus professores da época.

Faço parte da Ufersa desde janeiro de2008, lotado no Departamento de CiênciasAnimais – DCAn – ministro aulas no cursode Engenharia de Pesca, contribuindo emoutras disciplinas do Departamento sempreque necessário. Iniciei minhas atividades depesquisa atuando em estudos populacionaise de comunidades de peixes e na exploraçãopesqueira em rios, açudes e barragens doRN. Sempre acreditei que minha carreiraseria pautada essencialmente em atividadesde pesquisa e ensino, entretanto, fui levadoà administração universitária, por acreditarque poderia contribuir de maneira efetivacom o desenvolvimento do DCAn e daUfersa. Atuei como vice-coordenador e, emseguida, assumi a coordenação do Curso deEngenharia de Pesca onde, em conjuntocom os colegas docentes, tivemos o desafiode reformular o Projeto Pedagógico doCurso.

Após este período, fui convidado aparticipar da administração do Departa-mento de Ciências Animais como vice-che-fe, aprendendo muito sobre administração

universitária, especialmente devido ao usoSIGAA. Os meses que se seguiram forammuito trabalhosos, considerando a necessi-dade de adequação de todas as rotinasdepartamentais ao novo sistema, mas aagilidade e dinamismo conseguidos com oSIGAA compensaram o trabalho inicial. Apartir desta época, a universidade aderiu aoprograma REUNI e o DCAn acompanhou atendência geral de crescimento da Ufersa.Após a implantação de dois novos cursos nodepartamento, assumi a chefia do DCAn e,dentre as responsabilidades assumidas,estava a consolidação dos cursos e toda agestão da nova carga administrativa geradacom as descentralizações de ações aosdepartamentos.

Atualmente, estou nos primeirosmeses do segundo mandato à frente doDCAn e, como principais metas desta ges-tão, estão a padronização dos procedimen-tos e o estabelecimento de critérios adminis-trativos, os quais acredito serão contribui-ções efetivas ao bom funcionamento danossa unidade.

Para isso, hoje possuimos uma equipetécnica formada por servidores compro-metidos com uma forma de gestão que tempor objetivo ser eficiente e profissional,pautada em princípios humanos, coletivos einstitucionais.

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Pau dos Ferros celebra três anos da Ufersacomemoração

FOLHA DA UFERSA | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2015 3

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA - EDIÇÃO: PASSOS JÚNIOR. TEXTOS: PASSOS JÚNIOR, HIGO LIMA E CARLOS ADAMS. PROJETO GRÁFICO: AMANDA FREITAS.DIAGRAMAÇÃO: AMANDA FREITAS. FOTOS: EDUARDO MENDONÇA, PASSOS JÚNIOR, LUANA LAISE E AMANDA FREITAS. REVISÃO: AMANDA FREITAS E DIEGO FARIAS.

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA UFERSA - REITOR: JOSÉ DE ARIMATEA DE MATOS. VICE-REITOR: FRANCISCO ODOLBERTO DE ARAÚJO. CHEFE DE GABINETE: MÁRCIA DE JESUSXAVIER. PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO: PROF. AUGUSTO CARLOS PAVÃO. PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO: GEORGE BEZERRA RIBEIRO. PRÓ-REITORA DE ADMINISTRAÇÃO: JORGE LUIZ DE

OLIVEIRA CUNHA. PRÓ-REITORA DE GESTÃO DE PESSOAS: KELIANE DE OLIVEIRA CAVALCANTE. PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO: PROF. RUI SALES JÚNIOR. PRÓ-REITOR DE

EXTENSÃO E CULTURA: PROF. FELIPE DE AZEVEDO SILVA RIBEIRO. PRÓ-REITOR DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS: PROF. RODRIGO SÉRGIO FERREIRA DE MOURA.

Embora seja novo, o impacto positivo deixado pelo Câmpus é sentido dentro dauniversidade e também no desenvolvimento da região

Ao longo dos 10 anos daUfersa, o processo de expansãouniversitária mudou o cenáriode muitas regiões do interiordo Rio Grande do Norte pormeio do Ensino Superior. É ocaso da cidade de Pau dosFerros, que, neste último dia27 de fevereiro, comemorou oterceiro aniversário do câmpusna cidade.

“Hoje o câmpus de Paudos Ferros é responsável pelofluxo migratório contrário por-que, antes, as pessoas iam daspequenas cidades para a capi-tal. Hoje, temos mais da me-tade dos servidores e uma boaparcela de estudantes vin-dos de outros locais”, pon-dera o professor GlaydsonFrancisco Barros de Oli-veira, vice-diretor daunidade.

Atualmente, Paudos Ferros atrai estudan-tes para três cursos ofer-tados: Bacharelado emCiência e Tecnologia, En-genharia Civil e Engenha-ria de Computação. Alémdos estudantes originadosde cidades circunvizinhas,

também estão ma-triculados alunosoriginados dos Es-tados do Ceará e daParaíba.

A estudanteHarranna Ávilla éum exemplo. Elatrocou o curso de

contabilidade por CeT, que jáestá concluindo, e todos os diaspercorre 13 quilômetros entrea sua Rafael Fernandes até Paudos Ferros. “Venho de moto-taxi, carona, enfim, o que forpossível para não perder aula”,comenta.

Hoje, Harranna vislum-bra uma oportunidade em En-genharia Civil e lembra a difi-culdade que foi essa primeiraetapa. “Não foi fácil e, comovim de escola pública, sentimuito a diferença de nível, masredobrei meu esforço e hojeconsegui concluir”.

A importância das opor-tunidades geradas pela Ufersaestá na sala de aula, mastambém fora dela. O seu JoséNilton tem 42 anos e a há noveanos trabalha com construçãocivil. O suor do seu Nilton étestemunha de tudo que já foierguido em Pau dos Ferros. Elecomeçou a trabalhar nas obrasda Ufersa no Bloco Adminis-trativo – a primeira obra a serentregue – como auxiliar depedreiro e, hoje, atua comomestre de obras na construçãodo bloco de sala de aula.

“Tenho dois filhos e umdeles só tem 10 anos. Sonhoem vê-lo um dia sentar na ca-deira da universidade e aindamais feliz eu fico se essa Uni-versidade for a que eu ajudei aconstruir. Aqui é um lugarcheio de sonhos das famílias”,vislumbra seu José Nilton.Futuro – Todas as unidades

da Ufersa estão recebendo pa-cote de investimento paraobras importantes. O maiorcanteiro delas está instaladoem Pau dos Ferros, são sete nototal. Para melhoria estudantil,tem o Restaurante Universitá-rio e a Residência Universitá-ria, com capacidade para aco-modar 160 estudantes, dividi-dos igualmente em dois blocospara homens e mulheres.

O câmpus também jáespera a conclusão dos doispavimentos dotados para oLaboratório das Engenharias;dois blocos com salas para osprofessores; um complexo desalas com dois pavimentos e aBiblioteca Central do câmpus.Além do acervo de títulos, aestrutura da biblioteca com-porta, ainda, sala para estudose estrutura administrativa.

Assim como nos demaiscâmpus, Pau dos Ferros já

acompanha a finalizaçãodas obras do seu Centrode Convivência, com es-paço para lojas e restau-rantes, salas e um audi-tório para eventos. “Sãoinvestimentos que vêmsomar no desempenhode Pesquisa, Ensino eatividades de Extensãoda nossa Universidade”,defende o professorAlexsandro Lima, diretorda Ufersa em Pau dosFerros.

Visão panorâmica do canteiro de obras no Câmpus daUfersa emPau dos Ferros

Ilustração da nova estrutura acadêmica dos cursos ofertados emPau dos Ferros

Alexsandro Lima, diretor da Ufersa Pau dos Ferros

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4 FOLHA DA UFERSA | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2015

Garra

A vida de estudante é difícil evamos sofrendo até o dia de

receber o diploma.

- Jhonnathas Ferreira Bento(estudante de Engenharia de Energia)

Difícil boa vida dePara garantir o acesso e apermanência dos estudantesna universidade, a Ufersainvestirá, em 2015, por meioda Pró-Reitoria de AssuntosComunitários, recursos naordem de R$ 6,2 milhões

estudante

Jhonnathas Bento e amigos intensificam estudos no espaço da biblioteca

Aulas, provas, seminários,listas de exercícios, pesquisasde campo, estágios, IRA. Sãomuitos os motivos que ator-mentam a vida de qualquerestudante universitário. Só naUniversidade Federal Rural doSemi-Árido são mais de novemil alunos, distribuídos em 38cursos, nessa batalha diáriapara a conquista de um futuromelhor, tendo a educação comoprincipal caminho. No primeirosemestre de 2015, mais 1.250jovens ingressamnaUfersa.

Os calouros, bem como osestudantes veteranos, dispõemde um espaço acadêmico bemdiferente de uma década atrás.Os investimentos em infraes-trutura nos câmpus da Ufersasão visíveis, com novas salas deaula, laboratórios, bibliotecas,centros de convivência e restau-rante universitário. Um investi-mento que tem como própositofacilitar a vida dos jovens quechegam à Universidade. “Nosúltimos 10 anos, a Ufersa rece-beu investimentos com infraes-trutura na ordem de R$ 171milhões, com volume de recur-sos progressivos a cada ano”,afirma o reitor, professor Joséde Arimatea de Matos, expli-cando que, com manutenção, a

Ufersa saiu de R$ 1,76 milhõesem 2005 para R$ 33 milhõesem 2014. “Em capital, fomos deR$ 116 mil para R$ 46,5milhões, e, no que tange àassistência estudantil, o valorsubiu R$ 69,6 mil para R$ 5,6milhões em 2014”, pontuou. Oorçamento da Universidadeprevisto para esse ano é de R$6,2 milhões.

Há quatro anos e meio naUfersa, o bacharel em Ciência eTecnologia e estudante de En-genharia de Energia, Jhonna-thas Ferreira Bento, é um dosque pode testemunhar sobre asmelhorias na Ufersa. Cearensede Fortaleza, Jhonnathas é mo-rador da Vila Acadêmica. “Asdificuldades existem, mas jámelhorou muito”, reconhece,apontando a abertura do res-taurante, a climatização dassalas de aula, os laboratórios e oaumento no acervo da biblio-teca com as mudanças maissignificativas. “A vida de estu-dante é difícil e vamos sofrendoaté o dia de receber o diploma”,opinou o futuro engenheiro,que se forma em julho desseano. “Vou sair daqui umapessoa preparada não apenasno campo profissional, mastambémpara a vida”.

Rodrigo Sérgio: experiência e propriedadeCom a experiência de quem viven-

ciou morar na Vila Acadêmica, o pró-reitor, professor Rodrigo Sérgio Ferreirade Moura, responde há mais de dois anospela Pró-Reitoria de Assuntos Comuni-tários. Rodrigo, que foi residente entre osanos de 94 a 96, quando estudante deAgronomia na antiga Esam, considera arealidade atual bem diferente, mas paramelhor. Ele recorda que, na época, aEscola oferecia apenas uma modalidadede bolsa, a de atividade, e em quantidade

muito reduzida. Os estudantes nãodispunham de restaurante e as residênciaspossuiam apenas um banheiro. “Aalimementação era feita na própria casa eos mantimentos custeados pelosfamiliares dos alunos”, afirmou.

O professor ressalta que a realidadedo país era diferente: inflação alta, com opoder aquisitivo das famílias bem maisbaixo. “Se formos comparar, a melhoria ésignificativa”, considera o pró-reitor. Hoje,na vila masculina, para cada quarto exis-

tem dois banheiros, as cozinhas possuemgeladeiras e novos fogões estão em pro-cesso de compra. A Universidade, a partirda sua expansão, criou várias oportu-nidades de assistência ao estudante, comoo restaurante e a ampliação do número debolsas e auxílios financeiros, de forma aatender os estudantes que mais precisam.Rodrigo garante que o aluno mais carentenão fica sem assistência. “Se hoje hádificuldades, há 20 anos era bem maisdifícil”, considera.

ProfessorRodrigo Sérgio relembraconvívio naVilaAcadêmicadaUfersa

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FOLHA DA UFERSA | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2015 5

Pró-Reitoria voltadapara os estudantes

A Pró-Reitoria de Assun-tos Comunitários (Proac) é res-ponsável pelos assuntos maisdiretamente ligados à garantiado acesso e a permanência dosestudantes na Universidade. Oorçamento não é pequeno,chegando a R$ 6,2 milhões em

2015. Além de administrar asresidências masculina e femi-nina, a Proac cuida ainda dasbolsas, em oito modalidades, eauxilíos financeiros destinadosaos estudantes em situação devulnerabilidade socioeconômi-ca. Atualmente, 916 universitá-rios são benefiados na Ufersa.

O restaurante universitá-rio fornece diariamente 1.300refeições (almoço e jantar) atoda comunidade acadêmica,com preços diferenciados para

os estudantes de graduação,custando o almoço R$ 2,50 e ojantar R$ 2,00. Outra facilida-de é que os 310 moradores daVila Acadêmica são beneficia-dos com a gratuidade no RU.“Além da moradia, sem ne-nhuma despesa, temos aquiuma alimentação de qualida-de”, considera Hilgarde Ferrei-ra, acadêmico de MedicinaVeterinária. Já o estudanteAilton Alves, de Agronomia,afirma que as melhorias sãobem-vindas. “A residência émuito importante. É a basepara me manter na Universi-dade”, conta o estudante deParnamirim.

Para as universitáriasBeatriz Lopes, de Engenhariade Pesca, e Janaina Nascimen-to, do curso de Agronomia,morar na Vila Acadêmica pro-porciona aos estudantes muitomais comodidade. “Temos oRU gratuíto, não pagamosaluguel, água, luz e tambémnão gastamos com transporte”,opinou Beatriz, que é deParelhas. Janaína, que morano sítio Malhada Alta, emRafael Fernandes, reconheceque se não fosse a moradiaproporcionada pela Universi-dade não estaria concluindo ocurso de Agronomia em Mos-soró. “Me facilitou em muitacoisa. Aprendi ainda que atolerância e o respeito sãofundamentais para o bemconviver”, afirmou.

INVESTIMENTOS - O pró-reitoraponta que novos benefícios estão sendoviabilados, com novos restaurantes eresidências universitárias em construção

nos Câmpus de Angicos, Cara-úbas e Pau dos Ferros, com 160vagas em cada residência. NaUfersa em Mossoró tambémestão sendo construídos maisdois blocos de apartamentospara moradia feminina. As resi-dências possuem sala de estu-do, sala de informática, sala detevê e sala de jogos. O professorressalta que os estudantes do

câmpus central contam com atendimentopsicológico, serviço social e apoionutricional. Outro benefício é o trans-porte, oferecido gratuitamente na Ufersa

em Angicos, Caraúbas e Pau dos Ferros,além da oferta da atividade esportiva em16 modalidades, beneficiando mais de600 estudantes nos quatro câmpus daUfersa.

Para o professor Rodrigo Sérgio,responder pela Pró-Reitoria de AssuntosComunitários só aumenta o compro-misso e a responsabilidade dele com aquestão estudantil. “Tenho a plena cons-ciência da importância desses programas,sobretudo, pela minha própria experi-ência. Sei que a não efetividade desse ser-viço pode levar a evasão dos estudantes”,confessou.

Restaurante Universitário oferece almoço e jantar para os estudantes

Ailton Alves, Agronomia

Hilgarde Ferreira, MedicinaVeterinária

Beatriz e Janaína, beneficiadas commoradia

ProfessorRodrigo Sérgio relembraconvívio naVilaAcadêmicadaUfersa

Page 6: Folha da Ufersa - Edição 11

Iniciação Científica NOSSOS VALORES

6 FOLHA DA UFERSA | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2015

Livros

Um dos equipamentosmais importantes para a for-mação dos estudantes – seja degraduação ou pós-graduação –é o laboratório. É nesse espaçoque a comunidade acadêmicapõe em prática todo o conhe-cimento adquirido nos livros ena sala de aula. É também nosespaços dos laboratórios que aciência existe por excelência.

Prova dessa importânciaestá no bloco de laboratórios docurso de Engenharia Mecânicada Ufersa, localizado no Câm-pus Leste, em Mossoró, ao ladodo Bosque dos Juazeiros. Aunidade é dotada de 5salas laboratoriais queatendem as necessida-des do curso de Ba-charelado em Ciênciae Tecnologia, progra-mas de Pós-graduaçãoem área correlata,projetos de Pesquisa eExtensão e, também, àIniciação Científica.

Com equipa-mentos de alta preci-são, o corpo docentedo curso desenvolve atividadesem basicamente três áreas daMecânica: Projetos; Material eProcessos de Fabricação; Tér-mica e Fluidos. Esse últimocampo ainda se dá de formaincipiente, sendo as duas pri-meiras mais fortes e consoli-dadas nas atividades.

O professor ManoelQuirino da Silva Júnior, quedivide a função de responsabi-lidade técnica dos laboratórioscom o professor ZoroastroTorres Vilar, ambos lotados noDepartamento de CiênciasAmbientais e Tecnológicas –DCAT, ressalta que a estrutura,além de servir aos cursos deTecnologias da Ufersa em Mos-soró, também fica à disposiçãodos câmpus de Angicos, Caraú-bas e Pau dos Ferros.

As pesquisas e atividadesdesenvolvidas na unidade têm

reflexo direto para a comunida-de, com destaque principal-mente para as iniciativas comautomobilismo, aerodesign, en-saio de materiais e as ligas commemória de forma.

Essa última, também de-nominada por material inteli-gente, diz respeito especifica-mente ao trabalho com mate-rial que tem capacidade paramemorizar a sua forma e, comisso, mesmo depois de forma-do, consegue retornar à suaformatação de origem. São pes-quisas que contribuem direta-mente para o avanço em áreascomo a ortodontia.

Para exemplificar, essematerial pode ser encontradono fio usado em tratamentospara correção ortodôntica e, namedicina, nos procedimentosde uso de cateter.

Já por meio do projeto de

Extensão Mini-Baja, em ativi-dade na Universidade desde2009, o coletivo de professorese estudantes que integra aequipe CactusBaja também sevale dos laboratórios para odesenvolvimento de protótiposde carros que são usados nascompetições do gênero. É des-ses laboratórios que saem solu-ções que melhoram o desempe-nho do veículo.

Exemplo disso está noúltimo lançamento do Baja: umprotótipo de carro montadocom equipamentos mais leves.Na aviação civil, a contribuiçãovem com trabalhos na área doaerodesign.

As salas dos laboratóriosde Mecânica são ocupadas comequipamentos e instrumentosque auxiliam na área de Solda-gem; Ensaios, responsáveis pe-la medição das propriedades; eUsinagem, para fabricação doselementos.

Nova estrutura - Logoem breve, toda essa distribuição

dos laboratórios deverá seralterada com a entrega doPrédio das Engenharias, queestá sendo construído no Câm-pus Leste. A previsão é que onúmero de laboratórios sejaampliado para 14, sendo 11somente na nova estrutura.

O professor Zoroastroantecipa que uma das vanta-gens com a nova estrutura éque poderá se reforçar os traba-lhos de pesquisas na área deTérmica e Fluido, que já dispõede equipamentos, mas nem to-dos foram usados, esperando onovo espaço físico.

O curso de EngenhariaMecânica integra a grade decursos do segundo ciclo deformação de Ciência e Tecnolo-gia da Ufersa, recebendo 30estudantes por semestre emMossoró e Caraúbas.

No Câmpus Central, ocurso foi criado em 2007 econta hoje com cerca de 100estudantes e 14 professores,que também preenchem agrade de aulas do curso de CeT.

Laboratório deMecânica dispõe de diversos equipamentos para aulas práticas

Laboratórios para auxiliar nagraduação em Engenharia MecânicaUm bloco com cinco laboratórios auxilia professores e estudantes nodesenvolvimento de pesquisa e extensão no curso de Engenharia Mecânica da Ufersa

Professores Manoel Quirino e Zoroastro Vilar,responsáveis técnicos dos laboratórios

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NOSSOS VALORES

FOLHA DA UFERSA | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2015 7

Professor Edcarlos: físico com DNA de educador

Valorização do saber científicoCom 30 obras publicadas

e mais de 100 obras produzidasem parcerias, em seis anos, aeditora da Universidade Fede-ral Rural do Semi-Árido, aEdUfersa, é um espaço quepromove a política editorial daUniversidade, proporcionandoa todos os alunos, professores etécnicos a oportunidade de pu-blicar suas obras científicas.

A EdUfersa dispõe deorçamento próprio, no entanto,ela não independe de parceriascom as pró-reitorias, possuindovínculos com a Extensão eCultura, Pesquisa e Pós-Gradu-ação, Graduação, Planejamen-to, e Assuntos Comunitários.“Seria impossível pensarmosuma proposta de comunicaçãocien-tífica na Universidade semestreitar os laços com algunssetores”, afirma Mário Gaudên-cio, bibliotecário responsável

pela Editora.As publicações da EdU-

fersa se dão por meio de editaislançados anualmente, voltadospara o público interno da Uni-versidade. As publicações tra-zem conteúdo acadêmico nasáreas de conhecimento vocacio-nado àUfersa.

Até o ano passado, aEditora lançava, em média, 10livros por edital. No entanto, aideia é ampliar o leque depublicações em 2015. O planopara esse ano é lançar um novoedital para a publicação de e-books, em comemoração aos 10anos da Ufersa. A Editora jádiscute com a Superintendênciade Tecnologias da Informação eComunicação – Sutic a criaçãode suporte técnico para as pu-blicações eletrônicas.

De acordo com MárioGaudêncio, a iniciativa vai orga-

nizar e preservar amemória da univer-sidade e ampliar aspublicações acadê-micas. “O diferencialé que hoje, na regiãonordeste, apenasuma universidadeutiliza a plataformaon-line. Então, aUfersa vai ser, decerta forma, privile-giada, no sentido deser uma das primei-ras universidades a implantaressa plataforma”, afirma.

Outra novidade para esseano é a reconfiguração do CaféFilosófico que, além de divulgaras obras, promove a criação deuma cultura acadêmica do diá-logo científico. “O Café Filosófi-co tem por objetivo criar umhábito para com a comunicaçãocientífica daquilo que está sen-

do produzido e discutido nauniversidade dentro das suasdiversas áreas”, comenta MárioGaudêncio.

Para Mário, é de extremaimportância a existência daEditora dentro da Ufersa, umavez que a universidade se tornamuito mais visível a partir domomento em que comunicasua produção.

Livros

EdUfersa já possuimais de 100 publicações

Aluno exemplar desde as primeiras letras até conquistar aacademia, o professor Francisco Edcarlos Alves Leite confessapossuir no seu DNA um gene com predominância para aeducação. Ao entrar na Universidade Federal do Rio Grande doNorte, em 2006, no curso Bacharelado em Física, não demoroupara ingressar no Programa Especial de Treinamento – PET (hojePrograma de Educação Tutorial). “Essa foi a minha primeira eagradável conquista após a aprovação no vestibular”, confessa,reconhecendo que o PET lhe oportunizou um processo deformação e compreensão abrangente e aprofundada na área deFísica e daMatemática.

Após formado, ingressou no Mestrado em Física, doDepartamento de Física Teórica e Experimental também naUFRN, onde teve a oportunidade de se aperfeiçoar, aprender e adesenvolver pesquisas e técnicas com base em conceitos da FísicaEstatística e da Matemática, em processamento de sinais eimagens sísmicas para melhorias em Prospecção de Petróleo. “Aessa altura já me sentia um pesquisador com um DNA deeducador, pois meu pai, Sebastião Leite (em memória) eraprofessor da Educação Básica”, afirma. Em 2007, obteve o títulode Doutor em Física pela UFRN.

O ano de conclusão do doutorado coincidiu com o períododo programa de expansão do ensino superior, surgindo aoportunidade de ingressar na Ufersa, em Angicos. Ele não escondeque a proximidade com Natal pesou na escolha, embora tambémfosse forte o desejo de atuar em cidades com os índiceseducacionais menos expressivos. “A academia universitária estavano DNA e meu objetivo primeiro era ser professor Universitário”,revela. Em dezembro de 2009, mais precisamente no dia 08, datado seu aniversário, recebe um grande presente ao assumir a vagade física na Ufersa emAngicos.

A partir de então, o professor passa a desempenhar as suasatividades de forma atuante, sendo nomeado, quatro meses após asua posse, em abril de 2010, como Diretor pro tempore da Ufersaem Angicos. Durante dois anos se dedicou à implantação econsolidação da infraestrutura do câmpus, tendo conduzidoprojetos importantes, como o da incubadora Ineagro Cabugi,Memorial Paulo Freire e o Metrópole Digital. Atualmente, exerce afunção de vice-diretor, dividindo o seu tempo com as atividadespedagógicas e administrativas. O professor reconhece o papelimportante que a Ufersa exerce ao priorizar a formação de jovenscom capacidades intelectuais debuscar, utilizar, aplicar eexpandir o conhecimento.

Para Edcarlos, a Ufersatem importância fundamentalem sua vida. “Não apenas porganhar meu pão, mas pelo queaprendo e cresço”. O professoracredita que todo o esforçovivenciado nos últimos seis anos otem fortalecido paracontinuar se preparandopara os desafios futuros.“Uma dedicação devivência diária,buscando sempreo equilíbrio, como conhecimentoe a sociedade”,finaliza.

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8 FOLHA DA UFERSA | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2015

Caprinos

Raça Canindé no cenário internacional

Os caprinos da raçaCanindé são objetos de estudopara pesquisadores da Univer-sidade Federal Rural do Semi-Árido, em Mossoró, e daUniversidade de La Laguna, naIlha Tenerife, na Espanha. Apesquisa é voltada para a biodi-versidade da caatinga, tendocomo foco um esquema de sele-ção para a conservação e me-lhoramento genético da raça.

Financiada pela Capes, apesquisa entra no segundo anoe conta com a participação doprofessor visitante Luis AlbertoBernejo Asencio, da Universi-dade de La Laguna, sendo coor-denada pela professora, Débo-ra Evangelista Façanha, daUfersa. A professora explica quetambém estão envolvidos notrabalho três doutorandas doPrograma de Pós-Graduaçãoem Ciência Animal, além dediscentes do curso de ecologia.Essa é a segunda visita do pro-fessor Luis Bernejo à Ufersa. Naprimeira, ministrou disciplinasno Programa de Pós-GraduaçãoemCiência Animal.

“Já mapeamos as áreas e,agora, estamos contabizando osrebanhos com a avaliação gené-tica dos animais”, afirma a pro-

fessora Débora Façanha. Oscaprinos Canindé envolvidos napesquisa serão os primeirosdessa raça a receberem identi-ficação com Bolus Ruminal,sistema eletrônico com micro-chips que permite a identifica-ção dos animais por meio decódigo de barras. “A identifica-ção eletrônica é o primeiro pas-so para a instituição do esque-ma de seleção dos caprinosCanindé”, explica a professora.

A pequisa também con-templa a avaliação do impactoambiental do sistema de criaçãodos caprinos no bioma caatin-

ga. Para isso, serão imple-mentadas gaiolas de ex-clusão ao meio do pasto-reio para a coleta de espéciesanimais e vegetais. “Vamosanalisar a fauna e a flora sem ainterferência dos caprinos”, a-firma o professor Luis Bernejo.As gaiolas serão montadas naárea do pasto, mas sem oacesso do rebanho. A partir daí,serão catalogadas aves, insetos,micromamíferos e todas as es-pécies de plantas encontradasna gaiola.

A professora Débora res-salta que a pesquisa com os ca-

prinos contribui também para ainternacionalização da Ufersa,com o incremento das pesqui-sas realizadas pelo Núcleo deEstudos de Pesquisas em Pe-quenos Ruminantes da Univer-sidade. No final de fevereiro,três bolsistas do doutorado daUfersa, do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal,estão indo passar cinco mesesna Espanha, por meio de inter-câmbio com a Universidade deLa Laguna.

Pesquisadores da Ufersa, em Mossoró, e da Universidade de La Lagunda, na Espanha, estudam oscaprinos para preservação da biodiversidade da caatinga e o melhoramento genético dos animais

Ambiente, Tecnologia e Sociedade: Mestrado interdisciplinarO quadro de Pós-gradu-

ação da Ufersa conta atual-mente com 10 Programas,entre eles o curso de Mestradoem Ambiente, Tecnologia eSociedade, que, com sua natu-reza interdisciplinar, foca-sena pesquisa de tecnologiasalternativas para o aproveita-mento e preservação dos re-cursos naturais do Semiáridoe as relações técnico-político-sociais e seus impactos nasustentabilidade.

O desenvolvimento éponto norteador para as duaslinhas de pesquisas. Para oPrograma, em seu conteúdodescritivo, entende-se que o

desenvolvimento visa à dina-mização socioeconômica e amelhoria da qualidade de vidada população. Para tanto, éfundamental que contempleduas dimensões: a tangível(material), que tem nos aspec-tos econômicos e tecnológicossua expressão melhor perce-bida, e a intangível (imateri-al), que se refere à capacidadecoletiva para realizar ações deinteresse social.

Na linha de “TecnologiasSustentáveis e Recursos Natu-rais do Semiárido”, são abor-dadas questões como energi-as alternativas, processos dedespoluição, aproveitamento

de produtos naturais do semi-árido, tecnologias alternati-vas de produção, estudos deimpacto ambiental, planos di-retores, impactos das tecnolo-gias alternativas nas organiza-ções e comunidades.

Já no que diz respeito àlinha de “Desenvolvimento eSustentabilidade de Organiza-ções e Comunidades no Semi-árido”, enquadram-se pesqui-sas que estudem o impactodas tecnologias sustentáveisnas organizações e comuni-dade, desenvolvimento rural,economia regional, movi-mentos sociais, processos co-letivos, educação ambiental,

sustentabilidade socioeconô-mica, organizações e susten-tabilidade, inclusão social etecnologia, estado e políticaspúblicas e saúde pública.

O programa conta hojecom um corpo docente de 15professores doutores e, aolongo das cinco turmas matri-culadas, incluindo a de 2015,passaram ou estão no progra-ma 92 mestrandos, tendo aUniversidade como onjetivotorná-los aptos a analisar,pesquisar e produzir conheci-mentos, promovendo a inte-gração das diversas áreas doconhecimento, com enfoqueno desenvolvimento regional.

Pós-graduação

DéboraFaçanha, coordenadoradapesquisa

Luis Bernejo, professor visitante

Rebanho de caprinos Canindé daUfersa são alvo de pesquisa paramelhoramento genético