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Referências Paras i to log ia e saúdePuc-Campinas
Doença de Chagas
Carlos Justiniano Ribeiro Chagas
(Oliveira, 9 de julho de 1878 — Rio de
Janeiro, 8 de novembro de 1934) foi
um médico sanitarista, cientista e
bacteriologista brasileiro, que
trabalhou como clínico e
pesquisador. Atuante na saúde
pública do Brasil , iniciou sua carreira
no combate à malária. Destacou-se ao
descobrir o protozoário Trypanosoma
cruzi (cujo nome foi uma homenagem
ao seu amigo Oswaldo Cruz) e a
tr ipanossomíase americana,
conhecida como doença de Chagas.
Ele foi o primeiro e o único cientista
na história da medicina a descrever
completamente uma doença
infecciosa: o patógeno, o vetor
(Triatominae), os hospedeiros, as
manifestações cl ínicas e a
epidemiologia.
Foi diversas vezes laureado com
prêmios de instituições do mundo
inteiro, sendo as principais como
membro honorário da Academia
Brasileira de Medicina e doutor
honoris causa da Universidade de
Harvard e Universidade de Paris.
Também trabalhou no combate à
leptospirose e às doenças venéreas,
além de ter sido o segundo diretor do
Instituto Oswaldo Cruz.
A doença de Chagas, mal de
Chagas ou chaguismo, também chamada
tr ipanossomíase americana, é uma
infecção causada pelo protozoário
cinetoplást ida f lagelado Trypanosoma
cruzi , e t ransmit ida por insetos,
conhecidos no Brasi l como barbeiros, ou
ainda, chupança, f incão, bicudo, chupão,
procotó, (da famíl ia dos Reduvídeos
(Reduvi idae) , pertencentes aos gêneros
Tr iatoma, Rhodnius e Panstrongylus.
Trypanosoma cruzi é um membro do
mesmo gênero do agente infeccioso
afr icano da doença do sono e da mesma
ordem que o agente infeccioso da
le ishmaniose, mas as suas manifestações
cl ínicas, distr ibuição geográf ica, c ic lo de
vida e de insetos vetores são bastante
di ferentes.
Os sintomas da doença de Chagas podem
variar durante o curso da infecção. Nos
pr imeiros anos, na fase aguda, os
sintomas são geralmente lentos, pouco
mais do que inchaço nos locais de
infecção. À medida que a doença
progride, durante até cinquenta anos, os
sintomas tornam-se crônicos e graves,
ta is como insuf ic iência cardíaca e
desordens do sistema digest ivo. Se não
tratada, a doença crônica é muitas vezes
fatal . Os tratamentos medicamentosos
atuais para esta doença são pouco
sat isfatór ios. Os medicamentos tem
efei tos colaterais signif icat ivos e são,
muitas vezes, ineficazes, em especial
na fase crônica da doença. Pacientes
em estado grave são muitas vezes
encaminhados ao transplante
cardíaco, porém não há cura para a
doença.
O
TRYPANOSOMA CRUZI E SEU CICLO DE VIDA
O ciclo de vida do Trypanosoma cruzi se inicia quando o barbeiro, ao se alimentar do sangue do hospedeiro vertebrado, elimina, em suas fezes e urina, o parasito em sua forma alongada (tripomastigotas metacíclicos). Através de mucosas ou por ferimentos na pele, estes infectam células do hospedeiro, como as do coração. No interior destas, o parasito ganha forma arredondada (amastigotas), multiplicando-se por divisão binária. Quando as células estão repletas de parasitos, eles novamente mudam de forma (tripomastigotas sanguícola), e com a ruptura da célula hospedeira disseminam-se pela corrente sangüínea, sendo capazes de infectar novos tecidos e órgãos. Se o indivíduo ou animal infectado é picado pelo barbeiro, os parasitos em seu sangue podem ser transmitidos ao inseto. No intestino deste, mudam mais uma vez de forma (epimastigotas), multiplicam-se e tornam-se, novamente, formas infectantes, que são eliminadas junto com as fezes e a urina do inseto. Fecha-se, assim, o ciclo.Ciclo de Vida do Trypanosoma cruzi
Ciclo de Vida do Trypanosoma cruzi