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Manual de Defesa Pessoal do Jovem Arquiteto e Urbanista

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  • 1Manual deDefesa Pessoal

    do Jovem Arquiteto e

    Urbanista

  • 1Exija formalizao da relao de trabalho

  • 3Se voc for trabalhar em empresa ou escritrio, desconfie se o seu empregador no quiser formalizar a relao de trabalho. Todo aquele contratado para trabalhar deve ter o vnculo empregatcio reconhecido por meio de carteira assinada ou contrato. Sem relao formal, voc, em tese, no tem garantidos todos os direitos dos trabalhadores estabelecidos pelo Art. 7 da Constituio como, por exemplo, FGTS, 13 salrio, licena gestante, alm de uma srie de outros conquistados historicamente. Caso voc tenha trabalhado em escritrio sem ser reconhecido como empregado, possvel buscar seus direitos de forma retroativa na Justia do Trabalho.

    Ento, no aceite a sonegao dos seus direitos, lute por eles!

  • Atente participao em sociedades

    2

  • 5Desconfie se o seu empregador oferecer participao societria nfima na empresa, ou seja, um percentual baixo (0,5% ou 1%, por exemplo). Essa no uma proposta generosa para voc dividir com os scios majoritrios os nus e os bnus da atividade profissional. , antes de tudo, uma proposta que visa burlar a legislao trabalhista pois, na qualidade de scio, ele no precisar cumprir todas as exigncias da legislao. Os lucros e benefcios da empresa no sero divididos de forma igualitria com voc. Mas os prejuzos cveis, tributrios e, eventualmente, trabalhistas que a empresa/escritrio venha a sofrer podero ser arcados por voc.

    Ento, antes de aderir, pense bem se voc quer fazer parte desse tipo de sociedade.

  • Se voc empregado, voc no autnomo

    3

  • 7Isto mesmo, s vezes o bvio precisa ser dito. Se voc cumpre hora, recebe ordens e um salrio, voc um empregado. Trabalhador. Voc no autnomo. H casos em que empresas/escritrios podem convid-lo para trabalhar na condio de autnomo, mas cumprindo hora, ordens e recebendo salrio. Isso no ser autnomo. Arquiteto e Urbanista que trabalha em empresa/escritrio que presta servios de Arquitetura e Urbanismo JAMAIS ser autnomo, mas SEMPRE Arquiteto e Urbanista empregado.

    No se deixe enganar!

  • Se voc Arquiteto e Urbanista, voc no desenhista

    4

  • 9Desconfie se o seu empregador oferecer para voc a anotao em sua carteira de trabalho como desenhista ou como projetista. Empresas/escritrios fazem isso para burlar a legislao trabalhista. Fazem isso por que, por conta da complexidade do trabalho, o valor dos honorrios destas outras profisses mais baixo do que o do profissional Arquiteto e Urbanista graduado e diplomado. Esta uma forma de desvalorizar o seu trabalho.

    Fique atento!

  • Saiba quanto vale o seu trabalho

    5

  • 11

    O salrio mnimo profissional dos Arquitetos e Urbanistas empregados definido pela Lei 4.950-A/66. A referida lei estabelece que os profissionais devem receber seis salrios mnimos nacionais para seis horas dirias trabalhadas (isso equivale a R$ 4.728,00); 7,25 salrios mnimos nacionais para sete horas dirias trabalhadas (ou seja, R$ 5.713,00) e 8,5 salrios mnimos nacionais para oito horas dirias trabalhadas (isso equivale a R$ 6.698,00). Esses valores levam em conta o salrio mnimo nacional de 2015 (R$ 788,00). E esse valor o piso salarial do Arquiteto e Urbanista. No o teto. Quantos profissionais da Arquitetura e Urbanismo voc conhece que recebem este valor?

    Lute pelos seus direitos!

  • 6Se for autnomo, ateno aos documentos

  • 13

    Se voc for trabalhar na condio de autnomo - de profissional que controla seus horrios, prospecta seus clientes e tem seu prprio escritrio - fique atento com os documentos. Nunca trabalhe sem contrato! nele que constam os compromissos assumidos no negcio: quais sero os servios que voc vai prestar, o cronograma de entrega e quanto e como o seu contratante vai paga-lo. Outra coisa importante fazer ata a cada reunio com o cliente (assinada por ambos). Desta forma, voc se resguarda das decises tomadas ao longo da relao de prestao de servio. Alm disso, esta uma forma de demonstrar profissionalismo.

    Trabalho no fio do bigode jamais!

  • 7Conhea o Conselho de Arquitetura e Urbanismo

  • 15

    O Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) no uma entidade de classe, um autarquia federal - uma forma de os Arquitetos e Urbanistas autogovernarem a sua profisso. As competncias do CAU esto estabelecidas na Lei 12.378/10. Ao Conselho compete realizar o registro dos Arquitetos e Urbanistas habilitados para a profisso e fiscalizar o exerccio das atribuies profissionais. o CAU que expede a carteira profissional, que fiscaliza o exerccio ilegal da profisso e que pune o mau profissional.

    Ao se formar, faa seu registro no CAU!

  • 8Informe-se sobre o seu Sindicato

  • 17

    Os sindicatos, todos eles, existem para defender os direitos e interesses coletivos e individuais de TODA uma categoria profissional. Eles tm como prerrogativas: representar os interesses gerais da categoria ou profisso liberal, celebrar acordos coletivos de trabalho, etc. Cabe aos sindicatos lutarem pela criao de novos postos de trabalho, pela manuteno e ampliao de direitos garantidos e por melhores salrios. Alguns oferecem aos seus associados descontos, convnios e vantagens em planos de sade e de odontologia, assessoria jurdica, etc. Os sindicatos tm, tambm, uma importante participao poltica na sociedade em demandas diversas.

    Faa parte desse grupo!

  • 9Ande sempre em grupo

  • 19

    No acredite que voc azarado. H problemas que acontecem com voc na vida profissional que no so exclusivamente seus. Existem outros 130 mil profissionais habilitados no Brasil exercendo o mesmo ofcio que voc. E, provavelmente, parte deles sofre as mesmas dificuldades. Pelo menos uma parcela dos problemas que voc vivencia, enquanto profissional, pode ser superada se a categoria estiver unida e pensando conjuntamente em solues. Ento, participe das entidades de classe de Arquitetos e Urbanistas - sindicato, associaes e institutos.

    A unio faz a fora!

  • 10

    Ame a sua profisso, mas nem tanto

  • 21

    Um colega Arquiteto e Urbanista, profissional experimentado no ofcio e militante das entidades de Arquitetura e Urbanismo, diz, zombeteiro, o seguinte: O problema do Arquiteto e Urbanista gostar demais da profisso. Desta forma ele acaba, inclusive, se submetendo a salrios irrisrios e condies de trabalho crticas exclusivamente pelo prazer que sente em exercer a profisso.

    Ame a sua profisso, mas nem tanto assim!

  • O Manual de Defesa Pessoal do Jovem Arquiteto e Urbanista foi elaborado pelo Sindicato dos Arquitetos no Estado do

    Rio Grande do Sul (SAERGS) em parceria com o Diretrio Acadmico da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

    Esta uma campanha do SAERGS com patrocnio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo

    do Rio Grande do Sul (CAU/RS) e da Federao Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA).

  • CON

    TRAT

    E U

    M A

    RQU

    ITET

    O E

    URB

    AN

    ISTA

    |

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    Gesto FNA 2014/2016

    eXPeDIeNte

    Presidncia:Jeferson Roselo Mota Salazar

    1a Vice-Presidncia:Cicero Alvarez

    2a Vice-Presidncia:Eduardo Fajardo Soares

    Secretaria Geral:Rafael de Carvalho Cabral

    Secretaria de Finanas:Alexander dos Santos Reis

    Secretaria de Polticas Pblicas e Relaes Institucionais:Amlia Maria da Costa

    Secretaria de Relaes do Trabalho:Ana Carmen de Oliveira

    Secretaria de Organizao e Formao Sindical:Marco Antnio Teixeira da Silva

    Secretaria de Educao, Cultura e Comunicao Sindical:Patrcia Moreira Moura

    Secretaria de Mobilizao e Insero Profissional:Laisa Eleonora Marostica Stroher

    Diretoria Regional:Sul: Oritz Adriano Adams de CamposSudeste: Victor Chinaglia JuniorNordeste: Vnia Lucia Torres de MirandaNordeste: Jandira Maria de Ftima FranaCentro Oeste: Antonio Menezes JniorNorte: Rosiris Lopes Rodrigues Mendes

    suplentes da Diretoria executiva:Dbora Prado ZamboniJos Carlos Neves Loureiro

    Texto: Bruno Csar Euphrasio de Mello

    Colaborao: Andra dos Santos, Cicero Alvarez, Dbora Gallas, Eduardo Bimbi, Flvia Bastiani, Gislaine Saibro, Marindia Girardello, Mnica Rossi, Natlia Gaion e Patrcia Moreira Moura

    Coordenao Editorial e Reviso:

    Ilustraes: Vitor Teixeira

    Projeto Grfico e Editorao: STA Studio

  • www.fna.org.br