20150525 apresentação defesa final

50
Defesa de dissertação Financiamento público ao sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro Luiza Pinheiro Alves da Silva Orientadora: Márcia Siqueira Rapini Mestrado Profissional em Inovação tecnológica e Propriedade Intelectual UFMG Maio de 2015 1

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Page 1: 20150525 apresentação defesa   final

Defesa de dissertação Financiamento público ao sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro

Luiza Pinheiro Alves da Silva

Orientadora: Márcia Siqueira Rapini

Mestrado Profissional em Inovação tecnológica e Propriedade Intelectual

UFMG

Maio de 2015 1

Page 2: 20150525 apresentação defesa   final

Introdução

3

Apresentar o sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro, com ênfase

no subsistema de financiamento público e no esforço inovativo das empresas

farmacêuticas.

Objetivo

Page 3: 20150525 apresentação defesa   final

Introdução

4

Para tal, além da caracterização dos atores do sistema e do subsistema de

financiamento, foram feitas as seguintes analíses:

- alinhamento entre critérios para seleção dos projetos de inovação

selecionados para fomento público e os critérios para inclusão de

tecnologias no SUS,

- resultados da PINTEC

- atividade de patenteamento das empresas do setor que receberam fomento

público.

Resumo da metodologia

Page 4: 20150525 apresentação defesa   final

Agenda

5

Introdução

Arcabouço teórico

O sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro

Financiamento público a este sistema

Análise dos resultados do esforço inovativo das empresas

Page 5: 20150525 apresentação defesa   final

Agenda

6

Introdução

Arcabouço teórico O sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro

Financiamento público a este sistema

Análise dos resultados do esforço inovativo das empresas

Page 6: 20150525 apresentação defesa   final

Arcabouço teórico

7

“Um sistema de inovação é composto

por todas as entidades econômicas,

organizações sociais e políticas e outros fatores que influenciam o

desenvolvimento, difusão e uso da

inovação”

Sistema Nacional de Inovação

Edquist 2005

“O sistema nacional de inovação é

uma construção institucional, produto

de uma ação planejada e consciente

ou de um somatório de decisões não

planejadas e desarticuladas, que impulsiona o progresso tecnológico em

economias capitalistas complexas.

Através da construção desse sistema

de inovação viabiliza-se a realização

de fluxos de informação necessária ao

processo de inovação tecnológica”

Albuquerque 1998

Page 7: 20150525 apresentação defesa   final

Arcabouço teórico

8

Sistema Nacional de Inovação

Estado

ICTs Empresas

Page 8: 20150525 apresentação defesa   final

Arcabouço teórico

9

Sistema Nacional de Inovação

Estado

ICTs Empresas

Em países em desenvolvimento este sistema está em estruturação e

amadurecimento.

Os SNI apresentam especificidades setoriais.

A constituição do sistema influencia diretamente a dinâmica do setor.

Page 9: 20150525 apresentação defesa   final

Arcabouço teórico

10

Subsistema de financiamento

O financiamento às atividades inovativas é imprescindível para a

compreensão do processo de inovação.

O susbsistema de financiamento é composto pelo conjunto de elementos

e relações que estabelecem as condições e as formas nas quais os agentes

inovadores conduzem o financiamento das atividades inovativas.

Ele é formado por:

as fontes de recursos;

os atores que as ofertam;

as condições de capitalização das empresas;

grau de maturidade do mercado de capitais, mecanismos financeiros disponíveis;

grau de interação e conhecimento entre os agentes.

Os atores deste sistema são: fundações de apoio a pesquisa, bancos,

agências de fomento, entre outros.

Page 10: 20150525 apresentação defesa   final

Arcabouço teórico

11

Investimento em inovação

Possui peculiaridades que o difere de outros tipos e investimento.

INCERTEZA fundamental associada à inovação mesmo que se

conheça os padrões por traz de uma inovação bem sucedida, é

impossível prever a realidade de mercado no momento de

lançamento e o comportamento dos concorrentes ou se preparar

antecipadamente para o cenário em que a inovação será inserida.

O conhecimento gerado é tácito.

Retorno demorado e incerto.

Assimetria de informações entre o inovador e o investidor.

Dificuldades de se apropriar do esforço inovativo

Se a empresa considera que um projeto apresenta risco e ela é

incapaz de mitigá-lo, ela tem menor propensão a arcar com este

tipo de investimento em comparação com um investimento mais

seguro.

Page 11: 20150525 apresentação defesa   final

Arcabouço teórico

13

Investimento em inovação

Subalocação de recursos para inovação

└ Necessidade que o investimento seja subsidiado ou estimulado por

agentes públicos.

O investimento privado busca retornos de curto prazo e focam atividades

que extraem valor das empresas recurso público que oferece capital

paciente de longo prazo para as atividades de inovação.

O risco das atividades inovativas é distribuído para a sociedade por meio

da alocação de recursos públicos mas os ganhos das inovações são

privatizados ao serem incorporados pelos acionistas ou sócios das empresas.

Recursos públicos limitados importância do investimento de capital

próprio das empresas.

Os países em desenvolvimento possuem menos capital acumulado para

investimento produtivos tem mais dificuldade para promover e fomentar

a inovação.

Page 12: 20150525 apresentação defesa   final

Agenda

15

Introdução

Arcabouço teórico

O sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro

Financiamento público a este sistema

Análise dos resultados do esforço inovativo das empresas

Page 13: 20150525 apresentação defesa   final

Sistema setorial de inovação farmacêutico

16

Processo de inovação farmacêutico

Descoberta do fármaco

Pré - Clínico

Ensaios clínicos

Aprovação do registro

Escalonamento e Produção

Monitoramento e pesquisa pós-comercialização

PR

É-D

ESC

OB

ERTA

5.000 - 10.000

COMPOSTOS

250 5

1 DROGA APRO-VADA

3 – 6 ANOS 6 – 7 ANOS 0,5 – 2 ANOS INDEFINIDO

NÚMERO DE VOLUNTÁRIOS

FASE 1 FASE 2 FASE 3

Page 14: 20150525 apresentação defesa   final

Sistema setorial de inovação farmacêutico

17

Contexto político e institucional do CIS

Instituições de C,T&I

Estado (regulação e promoção)

Sociedade

População

Setores industriais

Setores prestadores de

serviços

Page 15: 20150525 apresentação defesa   final

Sistema setorial de inovação farmacêutico

18

Complexo industrial da saúde - CIS

Indústrias de base química e biotecnológica

Medicamentos e princípios ativos Vacinas Hemoderivados Soros e toxinas Reagentes para diagnóstico

SETORES INDUSTRIAIS

Indústrias de base mecânica, eletrônica e de materiais

Equipamentos mecânicos Equipamentos eletrônicos Órteses e próteses Materiais

Hospitais

SETORES PRESTADORES DE SERVIÇOS

Ambulatórios Serviços de diagnóstico

e terapêuticos

Page 16: 20150525 apresentação defesa   final

Sistema setorial de inovação farmacêutico

20

Estado

ICTs Empresas

Page 17: 20150525 apresentação defesa   final

Investidor

Principal comprador de medicamentos através do SUS

Financiador

Investimento em modernização

e expansão do setor

Investimentos em inovação

Regulador

Tem dever de garantir a eficácia e segurança dos produtos e tecnologias

para a saúde.

As instituições de regulação

cumprem um papel de filtro das

inovações geradas. Sendo assim elas

ocupam um papel determinante no

SSI de saúde.

Sistema setorial de inovação farmacêutico

21

Estado

Page 18: 20150525 apresentação defesa   final

Instituições Científicas e Tecnológicas

São uma das origem do conhecimento necessário para o desenvolvimento de novas tecnologias.

ICTs brasileiras majoritariamente públicas Universidades: agregam

atividades de ensino e extensão e são multidisciplinares.

Têm orçamento limitado para pesquisa estas atividades são financiadas por

projetos, que captam recursos individualmente.

Maioria dos pesquisadores são também professores e a equipe de pesquisa é

composta por alunos.

Tem também institutos de pesquisa importantes: Fiocruz, Butantan e Vital Brazil.

Vêm se abrindo a atividades de interação com empresas e inovação de

maneira relativamente recente Lei de Inovação de 2004.

Forte vocação para biociências e tradição de pesquisa nessa área.

Sistema setorial de inovação farmacêutico

22

ICTs

Page 19: 20150525 apresentação defesa   final

Empresas

6º maior país no ranking do mercado farmacêutico mundial.

Forte presença de empresas internacionais, mas com uma indústria nacional

robusta.

└ Força da indústria brasileira devido aos medicamentos similares e genéricos.

└ Empresas estrangeiras focam a maior parte do investimento e as tecnologias estratégicas na matriz.

Grande déficit na balança comercial parte significativa devido aos

princípios ativos.

Laboratórios públicos oficiais para suprir a demanda do SUS volume de

produção limitado mas tem papel estratégico em políticas de acesso a

medicamentos.

Sistema setorial de inovação farmacêutico

25

Empresas

Page 20: 20150525 apresentação defesa   final

Agenda

26

Introdução

Arcabouço teórico

O sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro

Financiamento público a este sistema Análise dos resultados do esforço inovativo das empresas

Page 21: 20150525 apresentação defesa   final

Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico

28

Fundos setoriais

Há 16 fundos setoriais – 14 fundos específicos e 2 transversais.

CT – Saúde: criado em 2002 para estabelecer linhas de pesquisa específicas para o desenvolvimento tecnológico a saúde humana.

Há uma grande diferença entre o valor arrecadado e o pago. Apesar do valor arrecadado crescer, o valor pago decresce.

41,3 67,1 61,0 70,9 74,2

90,1 102,8 128,5 135,7

168,8

221,7 254,3

0,2 20,0 22,5 24,8 27,1

50,6 72,6

40,4 35,2 14,2 12,3 14,8

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Valor arrecadado Valor pago

0,5% 29,8% 36,8%

56,1% 70,6%

31,4% 25,9%

8,4%

5,6% 5,8%

36,5% 35,0%

% Pago/Arrecadado

GRÁFICO 6 - Evolução dos valores arrecadados e pagos pelo CT-Saúde em R$ milhões

Fonte: MCTI, 2015

Page 22: 20150525 apresentação defesa   final

Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico

29

Fundos setoriais

TABELA 5 - Dados dos investimentos dos Fundos Setorias na Área da Saúde

Ano de início Total de projetos Valor contratado

(em milhões de R$)

Valor médio por

projeto (em milhares

de R$)

1999 10 0,26 25,55

2000 12 1,14 95,19

2001 12 4,16 347,00

2002 16 9,19 574,42

2003 48 8,53 177,66

2004 119 72,38 608,21

2005 103 53,29 517,33

2006 108 88,01 814,88

2007 535 91,76 171,51

2008 561 92,96 165,71

2009 532 69,74 131,09

2010 698 110,64 158,51

2011 477 52,96 111,03

2012 247 116,20 470,44

2013 25 35,17 1.406,75

2014 11 15,83 1.438,95

Total 3154 822,22 Média = 234,0

Fonte: Plataforma Aquarius - MCTI, 2015

Ápice do

n° de

projetos

Ápice do

valor do

projeto

Page 23: 20150525 apresentação defesa   final

85,2%

3,9%

4,2% 1,3%

1,7% 0,6% 1,0% 0,3%

1,7% 0,1%

Total de projetos

Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico

31

Fundos setoriais

GRÁFICO 8 - Distribuição dos projetos da área de Ciências da Saúde por categoria

125,6

1.485,

9

551,2

1.621,

1

877,4

1.107,

4

185,5 199,9

35,4 208,9

Valor médio (em

milhares de R$)

376,2

205,1

81,6

71,3

53,5

23,3 6,3 2,2 2,1 0,6

Valor contratado (em

milhões de R$)

Fo

nte

: Pla

tafo

rma

Aq

ua

riu

s -

MC

TI, 2015

Page 24: 20150525 apresentação defesa   final

Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico

32

Incentivos fiscais

GRÁFICO 10 - Renúncia Fiscal por Investimentos em P, D&I Por Setores Em R$ Milhões.

Fonte: Relatório Anual da Utilização de Incentivos Fiscais – Ano Base 2012

20,7

34,8 44,2

69,6

84,2 76,4

99,2

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Renúncia fiscal das empresas farmacêuticas

11 13

16

37

42

37

31

Número de empresas

Número de empresas que usam o benefício é crescente. (Aumento ~4x)

Apenas 17% das empresas do setor que implementaram inovações de acordo com a Pintec o

utilizaram.

Foi a 2ª indústria com maior renúncia fiscal em 2012.

Empresas mantiveram a renúncia fiscal nos anos de 2008 e 2009.

Page 25: 20150525 apresentação defesa   final

Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico

33

Subvenção Econômica

Existem poucos dados recentes disponíveis sobre a alocação de recursos de

Subvenção Econômica.

De 2006 a 2009, 19 empresas do setor de fabricação de produtos

farmoquímicos e farmacêuticos, que correspondem a 3,8% do total de

empresas.

Projetos da área de saúde correspondem a 14% do número total de projetos.

A área de biotecnologia, que também inclui tecnologias correspondentes a

esta área, é responsável por 12% dos projetos

Plano Inova Empresa

A partir de 2011 os recursos de Subvenção passaram a ser alocados nas

chamadas conjuntas Inova.

3 chamadas Inova Saúde em parceria MS, MCTI e CNPq.

O foco foram as indústrias de equipamentos eletromédicos.

Page 26: 20150525 apresentação defesa   final

Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico

34

CNPq

Fonte: CNPq, 2014.

O investimento total realizado por esta agência quintuplicou de 2000 a 2013

Ciências da Saúde 5ª área que mais recebeu investimento.

Área de maior crescimento no período analisado.

2000 2013

Grande área de

conhecimento

Investimento $mil % por grande área Investimento $mil

Engenharias R$ 85.231 20,6% R$ 501.373

Ciências Biológicas R$ 74.458 18,0% R$ 371.762

Ciências Exatas e da Terra R$ 72.929 17,6% R$ 336.237

Ciências Agrárias R$ 52.178 12,6% R$ 262.172

Ciências da Saúde R$ 35.706 8,6% R$ 238.800

Ciências Humanas R$ 48.301 11,7% R$ 178.811

Ciências Sociais Aplicadas R$ 25.628 6,2% R$ 165.032

Linguística, Letras e Artes R$ 13.557 3,3% R$ 49.422

Outra R$ 55 0,0% R$ 47.296

Não se aplica R$ 5.103 1,2% R$ 25.259

Não informado R$ 249 0,1% R$ 5.884

Total Geral R$ 413.394 100,0% R$ 2.182.048

TABELA 6 - Investimento do CNPq por Grande Área (em mil R$)

Page 27: 20150525 apresentação defesa   final

Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico

35

BNDES Profarma

Fonte: Filho et al, 2012.

Ativo desde 2004.

Bem-sucedido no apoio à modernização, expansão e adequação às BPF, em especial nas empresas de capital nacional. Apresentou efeitos parciais na indução de atividades mais inovadoras na indústria.

44% refere-se ao desenvolvimento de um novo medicamento genérico, não comercializado no Brasil.

R$

444.218.09

2

R$

102.868.93

1

R$

347.160.25

3

49,7%

11,5%

38,8%

Primeira fase (abr. 2004 – set. 2007)

Produção Inovação Reestruturação

R$

313.324.74

8

R$

424.641.17

0

R$

15.186.223

41,6%

56,4%

2,0%

Segunda fase (out. 2007 – dez. 2011)

Produção Inovação Exportação

GRÁFICO 12 - BNDES Profarma – operações aprovadas/contratadas por subprogramas

Page 28: 20150525 apresentação defesa   final

Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico

36

Instrumentos fomento x Estágio de desenvolvimento

Fonte: Elaboração própria.

P&D Comercialização Produção

Recursos

não

reembol-

sáveis

Reembols

áveis

BNDES/FINEP - Inova Saúde

Incentivos

fiscais

Capital de

risco

FINEM – BNDES Inovação

BNDES PSI - Inovação

BNDES Automático

BNDES MPME Inovadora

BNDES Profarma

BNDES Funtec

BNDES - Fundos Criatec

CNPq - Edital RHAE

FINEP - Inovacred

FINEP - Subvenção econômica

FINEP - Financiamento Reembolsável

FINEP - Fundos Inovar

FINEP - Tecnova

Mistos

Incentivos da Lei do Bem

Embrapii

BNDES PSI - Máquinas e Equipamentos Eficientes

FIGURA 8 - Instrumentos de fomento de acordo com o estágio de desenvolvimento que eles apoiam

Page 29: 20150525 apresentação defesa   final

Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico

37

Alinhamento entre as ações de estímulo a inovação nos âmbitos de ciência e tecnologia

Fonte: Relatório Anual da Utilização de Incentivos Fiscais – Ano Base 2012

Buscou-se uma forma de avaliar o alinhamento entre as ações de

investimento em C, T&I e os critérios para incorporação de tecnologias no SUS

Os projetos apoiados devem dar origem a tecnologias que possam ser

inseridas no SUS, em especial quando se trata de recursos do MS.

Limitações desta análise:

Grande espaço de tempo entre a execução do projeto apoiado e a inserção no mercado de um produto baseado na tecnologia que ele origina.

Risco elevado associado aos projetos de inovação, pode ser que parte deles tenha

simplesmente falhado.

Sistema de inovação brasileiro em amadurecimento não se pode esperar um alinhamento fino entre as instituições, em especial de áreas distintas como C, T&I e saúde.

No entanto, os atores justificam suas ações de modo a elevar o patamar

competitivo do país e trazer desenvolvimento para a sociedade, e ampliar o

acesso da população às tecnologias, na área da saúde.

└ Cabe analisar se há uma consonância entre os agentes, mesmo que

preliminar.

Page 30: 20150525 apresentação defesa   final

Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico

38

Alinhamento entre as ações de estímulo a inovação nos âmbitos de ciência e tecnologia

Fonte: Elaboração própria.

Comparou-se os critérios adotados no Subvenção Econômica da FINEP, de

2006 a 2010 e os critérios da CONITEC para incorporação de tecnologias.

Observou-se que existem tecnologias analisadas pela CONITEC provenientes

de áreas que já foram foco de editais de subvenção econômica da FINEP.

Edital Áreas temáticas para apoio a projetos na

área de fármacos para saúde humana

Exemplos de tecnologias

análogas avaliadas pela

CONITEC

Subvenção 2006

Fármacos e medicamentos: foco em AIDS e

Hepatite

• Obtenção de novas rotas de síntese que

possibilitem avanços tecnológicos na

produção do fármaco AZT;

• Desenvolvimento de moléculas inéditas

(análogos), farmacologicamente ativas e

comparáveis aos fármacos: Lopinavir,

Nelfinavir, Efavirenz e Tenofovir;

• Desenvolvimento de moléculas inéditas,

farmacologicamente ativas, e que se

destinem ao tratamento de Hepatite C.

Boceprevir e

Telaprevir (Hepatite C);

Estavudina, indinavir,

maraviroque (antiretrovirais).

QUADRO 6 - Comparação das áreas temáticas dos editais subvenção econômica e tecnologias

avaliadas pela CONITEC

Page 31: 20150525 apresentação defesa   final

Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico

39

Alinhamento entre as ações de estímulo a inovação nos âmbitos de ciência e tecnologia

Há pontos de convergência entre os critérios adotados pela CONITEC e pela

FINEP. Ambos consideram os impactos no mercado da nova tecnologia e

exigem a comparação de seus benefícios com outras semelhantes já

disponíveis deve ser realizada sob o ponto de vista do SUS, e não apenas do

mercado privado.

Os especialistas externos envolvidos no processo de seleção dos projetos pela

FINEP devem ser profissionais do SUS, ou possam trazer esta perspectiva para a

análise.

Deve-se levar em conta o déficit da balança comercial de produtos do CIS,

de modo que as novas tecnologias desenvolvidas contribuam para a

diminuição deste.

É recomendável um alinhamento entre a FINEP e as outras agências de

fomento e o SUS, no caso de tecnologias para saúde, pelo menos para que

sigam as mesmas diretrizes e princípios.

Page 32: 20150525 apresentação defesa   final

Agenda

41

Introdução

Arcabouço teórico

O sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro

Financiamento público a este sistema

Análise dos resultados do esforço inovativo das empresas

Page 33: 20150525 apresentação defesa   final

Esforço inovativo das empresas

42

458 respondentes do setor farmacêutico, sendo que 53,8% implementaram inovações.

Porcentagem de superior a média das indústrias de transformação (35,9%).

50,4%

52,4%

63,7%

53,8%

2,4%

3,0%

3,4%

3,4%

27,9%

26,4%

21,2%

31,5%

19,4%

18,2%

11,7%

11,3%

2003

2005

2008

2011

Empresas que implementaram inovações tecnológicas

Empresas com apenas projetos incompletos e ou abandonados

Empresas com apenas inovações organizacionais ou de marketing

Empresas que não implementaram projetos de inovação

GRÁFICO 13 - Distribuição das empresas que implementaram inovações ou conduziram projetos de

inovação no setor farmacêutico de 2003 a 2011, em porcentagem.

Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.

Análise dos resultados da Pintec

Page 34: 20150525 apresentação defesa   final

Esforço inovativo das empresas

43

GRÁFICO 14 - Distribuição do tipo de inovação entre 2001 e 2011, em porcentagem.

Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.

70,3%

73,7%

74,8%

68,7%

71,4%

72,6%

68,7%

69,4%

41,7%

46,3%

43,5%

38,1%

2003

2005

2008

2011

Produto Processo Produto e Processo

Análise dos resultados da Pintec

Page 35: 20150525 apresentação defesa   final

Esforço inovativo das empresas - PINTEC

44

A maioria das empresas realizou inovações inéditas para a empresa, mas já existentes no mercado nacional. caráter seguidor.

└ As empresas têm investido em inovações que irão posicioná-las junto aos outros concorrentes nacionais

e poucas investem na abertura de novos mercados.

As inovações no âmbito mundial, apesar de serem pequenas, têm crescido nos últimos anos.

GRÁFICO 15 - Grau de novidade do produto principal das empresas que implementaram inovações,

2001 - 2011, em porcentagem.

Fo

nte

: Ela

bo

raç

ão

pró

pri

a,

ba

sea

da

na

PIN

TEC

/IB

GE.

37,3%

56,1%

49,5%

34,0%

9,9%

15,4%

20,7%

29,6%

1,9%

2,2%

4,5%

5,1%

2003

2005

2008

2011

Produto novo para a empresa, mas já existente no mercado

nacional

Produto novo para o mercado nacional, mas já existente no

mercado mundial

Produto novo para o mercado mundial

27,1%

65,8%

63,3%

58,8%

2,6%

6,2%

5,0%

9,2%

0,0%

0,6%

0,3%

1,4%

2003

2005

2008

2011

Processo novo para a empresa, mas já existente

no mercado nacional

Processo novo para o mercado nacional, mas já

existente no mercado mundial

Processo novo para o mercado mundial

Grau de novidade do principal produto Grau de novidade do principal processo

Análise dos resultados da Pintec

Page 36: 20150525 apresentação defesa   final

Esforço inovativo das empresas

45

GRÁFICO 16 - Dispêndios totais realizados pelas empresas que implementaram inovações em P, D&I e dispêndios realizados apenas em atividades internas de P,D&I, de

2001 a 2011, em bilhões de reais.

Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.

R$ 666,2

R$ 1.038,7

R$ 1.467,3

R$ 1.849,0

R$ 101,7 R$ 180,5 R$ 431,0

R$ 920,7

2003 2005 2008 2011

Dispêndios totais realizados pelas empresas inovadoras nas atividades inovativas

Dispêndios realizados apenas nas atividades internas de P&D

Análise dos resultados da Pintec

Cerca de 50% desse valor foram investidos em atividades internas de P&D

As empresas de fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos obtiveram uma receita líquida

de vendas de R$ 38,6 bilhões.

A receita líquida de vendas aumentou 99,1% no período analisado, enquanto os dispêndios aumentaram 177,5%. as empresas têm aumentado seus investimentos em atividades inovativas.

Page 37: 20150525 apresentação defesa   final

Esforço inovativo das empresas

46

Análise dos resultados da Pintec

Analisando os valores relativos, os dados mostram que investimentos em dispêndios totais em P, D&I

representaram quase 5,0% da receita líquida de vendas no ano de 2011.

└ Comparativamente, em 2014, as empresas farmacêuticas americanas investiram em P, D&I 17,8% do total de vendas

Os dispêndios em atividades internas de P, D&I foram o principal tipo de dispêndio em atividades

inovativas realizadas pelas empresas do setor.

GRÁFICO 17 - Valores relativos dos dispêndios em P, D&I, de 2001 a 2011 em porcentagem

3,4% 4,2% 4,9% 4,8%

15,3% 17,4%

29,4%

49,8%

2003 2005 2008 2011

% Dispêndios totais/receita

% Dispêndios em atividades internas/dispêndios totais

Page 38: 20150525 apresentação defesa   final

Esforço inovativo das empresas

48

Análise dos resultados da Pintec

A alocação dos dispêndios em P, D&I da indústria farmacêutica vem mudando.

Os dispêndios em atividades internas aumentou 8x Na PINTEC de 2008, ela passa a figurar como o

principal gasto com atividades inovadoras, enquanto nos anos anteriores era a aquisição de máquinas e

equipamentos.

Outra atividade que tem recebido investimentos crescentes é a de treinamento, apesar da baixa

porcentagem.

GRÁFICO 19 - Histórico da distribuição dos dispêndios com P, D&I, de 2001 a 2011 em valores relativos

ao total de dispêndios alocados.

Fo

nte

: Ela

bo

raç

ão

pró

pri

a,

ba

sea

da

na

PIN

TEC

/IB

GE.

15,3%

17,4%

29,4%

49,8%

26,2%

26,4%

25,9%

15,6%

12,9%

13,1%

12,8%

11,8%

18,0%

20,0%

12,3%

11,0%

20,7%

16,3%

14,5%

6,1%

2,0%

1,1%

1,1%

3,2%

4,9%

5,7%

4,1%

2,4%

2003

2005

2008

2011

Atividades internas de

Pesquisa e Desenvolvimento

Aquisição de máquinas

e equipamentos

Aquisição externa de

Pesquisa e Desenvolvimento

Introdução das inovações

tecnológicas no mercado

Projeto industrial e outras

preparações técnicas

Treinamento

Outros (Aquisição de software e

de outros conhecimentos externos)

Page 39: 20150525 apresentação defesa   final

Esforço inovativo das empresas

49

Análise dos resultados da Pintec

A fonte dos recursos utilizados nos dispêndios é majoritariamente capital próprio das empresas. Mas as

empresas têm utilizado cada vez mais capital de terceiros.

O aumento na utilização de recursos de terceiros, principalmente recursos públicos, coincide com um

período de crise econômica mundial.

└ As empresas optam por preservar seu capital próprio e captar recursos de terceiros menos onerosos.

└ Além disso, há um alto volume de recursos disponibilizados para o setor pelos agentes públicos de fomento.

GRÁFICO 20 - Fonte de financiamentos às atividades inovativas, de 2001 a 2011, em porcentagem. A -

Apenas para as atividades internas de P, D&I. B - Para as outras atividades inovativas.

Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.

97,0%

93,9%

92,2%

77,1%

3,0%

6,1%

7,8%

22,9%

2003

2005

2008

2011

A - Fonte de financiamento

atividades internas de P&D

Recurso próprios Recursos de terceiros

89,0%

91,7%

83,2%

84,2%

11,0%

8,3%

16,8%

15,8%

2003

2005

2008

2011

B - Fonte de financiamento às outras

atividades inovativas

Recurso próprios Recursos de terceiros

Page 40: 20150525 apresentação defesa   final

Esforço inovativo das empresas

50

Análise dos resultados da Pintec

A origem de capital de terceiros é principalmente pública, tanto para atividades internas de P&D

quanto para outras atividades inovativas.

O uso de capital público para as outras atividades aumenta muito da pesquisa de 2003 para 2005.

coincide com o lançamento do Profarma.

O número de empresas que recebeu apoio do governo aumentou expressivamente entre os anos de

2005 e 2008.

GRÁFICO 21 - Origem dos recursos de terceiros utilizados nas atividades de P, D&I, de 2001 a 2011, em

porcentagem. A - Apenas para as atividades internas de P, D&I. B - Para as outras atividades inovativas.

Fo

nte

: Ela

bo

raç

ão

pró

pri

a,

ba

sea

da

na

PIN

TEC

/IB

GE.

29,1%

15,9%

5,8%

2,7%

70,9%

84,1%

94,2%

75,5% 21,8%

2003

2005

2008

2011

A - Origem dos recursos de terceiros

para as atividades internas de P&D

Privado Público Externo

42,4%

8,6%

9,0%

3,0%

57,6%

91,4%

91,0%

97,0%

2003

2005

2008

2011

B - Origem dos recursos de terceiros

para as outras atividades inovativas

Privado Público

Page 41: 20150525 apresentação defesa   final

Esforço inovativo das empresas

51

GRÁFICO 22 - Número de empresas que receberam apoio do governo, de 2001 a 2011.

52

66

122 123

2003 2005 2008 2011

Número de empresas que receberam apoio do governo

84,8%

% Aumento

Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.

Análise dos resultados da Pintec

Page 42: 20150525 apresentação defesa   final

Esforço inovativo das empresas

52

Análise dos resultados da Pintec

O principal tipo de apoio do governo utilizado pela indústria farmacêutica é para a aquisição de

maquinas e equipamentos, em todas as pesquisas analisadas.

A utilização de outras formas de apoio tem aumentado anualmente e de forma significativa no período

analisado, com destaque para os incentivos fiscais, para o qual o número de empresas que utiliza mais

que quadriplicou, e a subvenção econômica.

É importante ressaltar que, de 2008 a 2011, o financiamento a projetos em parceria com universidades e

a utilização das outras formas de apoio declinou.

GRÁFICO 23 – Valores relativos do tipo de apoio do governo utilizado pelas empresas inovadoras do

setor farmacêutico, em porcentagem, de 2001 a 2011.

.

0,6% 1,6%

13,1%

4,8% 1,5% 4,9%

17,8%

4,0%

5,7%

3,8%

10,8%

2,5%

24,8%

15,9% 18,6%

13,0%

7,7% 5,0%

26,7%

8,5%

Incentivo fiscal Subvenção

econômica

Financiamento a

projetos em

parceria com

universidades

Financiamento a

projetos sem

parceria com

universidades

Compra de

máquinas e

equipamentos

Outros

2003 2005 2008 2011

Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.

Page 43: 20150525 apresentação defesa   final

Esforço inovativo das empresas

53

Análise dos resultados da Pintec

Ambos os grupos de empresa consideram um obstáculo relevante os elevados custos para inovação.

A falta de escassez de fontes apropriadas de financiamento não é um problema apontado pelas

empresas que não implementaram inovações.

TABELA 7 – Porcentagem de empresas que consideraram os obstáculos com importância média ou alta,

de 2003 a 2011

Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.

Empresas que não implementaram

inovações Empresas que implementaram inovações

Elevados custos da

inovação

Escassez de fontes

apropriadas de

financiamento

Elevados custos da

inovação

Escassez de fontes

apropriadas de

financiamento

2003 93,4% 30,2% 78,3% 61,5%

2005 77,9% 52,4% 90,6% 58,3%

2008 50,6% 38,5% 70,8% 44,9%

2011 95,0% 17,0% 57,5% 66,3%

Page 44: 20150525 apresentação defesa   final

Esforço inovativo das empresas

54

Análise dos resultados da Pintec

Maiores obstáculos enfrentados pelas empresas que não implementaram inovações foram:

riscos econômicos excessivos (93,5%),

dificuldade para se adequar a padrões, normas e regulamentações (82,9%),

escassez de possibilidades de cooperação com outras empresas ou instituições (82,3%)

e falta de informação sobre mercados (79,3%).

GRÁFICO 24 - Razões citadas pelas empresas que não desenvolveram nem implementaram inovações

de 2001 a 2011

Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.

29,6%

10,9%

14,9%

17,3%

47,4%

67,3%

52,9%

36,8%

23,0%

21,8%

32,1%

45,9%

2003

2005

2008

2011

Inovações

prévias

Condições

de mercado

Outros

fatores impeditivos

Page 45: 20150525 apresentação defesa   final

Esforço inovativo das empresas

55

Atividade de patenteamento

Os dados foram construídos a partir de duas bases:

Empresas que receberem fomento público no Brasil do Cedeplar (2004 – 2012)

Patentes de empresas selecionadas construída a partir do INPI

Considera 20 empresas 10 nacionais e 10 estrangeiras raking top 20

mercado nacional mais algumas empresas nacionais.

Limitações:

Depósito de patente não demonstra em si o caráter inovador da empresa.

Contexto é complexo e envolves várias variáveis: a atividade de patenteamento não é diretamente relacionada a fomento.

Page 46: 20150525 apresentação defesa   final

Esforço inovativo das empresas

56

GRÁFICO 25 - Atividade de patenteamento

das empresas farmacêuticas selecionadas,

agrupadas em empresas nacionais e

estrangeiras, por número de depósitos de

patentes no INPI por ano, de 2000 a 2013.

Fonte: Elaboração própria.

0

100

200

300

400

500

600

700

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

Nacionais Estrangeiras

GRÁFICO 26 - Atividade de patenteamento das

empresas farmacêuticas selecionadas, agrupadas

por empresas que receberam fomento público a

inovação ou não, por número de depósitos de

patentes no INPI por ano, de 2000 a 2013

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

Não recebeu fomento

Recebeu fomento

Atividade de patenteamento

Page 47: 20150525 apresentação defesa   final

Esforço inovativo das empresas

57

GRÁFICO 27 - Atividade de patenteamento das empresas farmacêuticas selecionadas, agrupadas por

empresas nacionais e estrangeiras que receberam fomento público a inovação ou não, por número de

depósitos de patentes por ano, de 2000 a 2013

Fonte: Elaboração própria.

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Não recebeu fomento - Estrangeiras Recebeu fomento - Nacionais

Recebeu fomento - Estrangeiras

As empresas estrangeiras patenteiam mais, independente se receberam fomento ou não.

O padrão de patenteamento das empresas nacionais é o mesmo ao longo dos anos reflexo de

estratégia focada em inovações incrementais.

Atividade de patenteamento

Page 48: 20150525 apresentação defesa   final

Considerações finais

59

Não estão disponíveis informações detalhadas e claras a respeito dos programas e instrumentos de financiamento e dos investimentos das agências

de fomento à inovação.

└ Sugestão: criar ferramentas para disponibilizar as informações sobre o

financiamento público à inovação, não só mais claras, mas também de fácil acesso, e nas quais tais informações estejam consolidadas. Não só informações quanto à alocação dos recursos mas também informações sobre o processo de seleção.

Existe um grande volume de recursos aportados, a maioria deles são

concentrados nas etapas de P, D&I, havendo uma lacuna para os estágios de

produção e comercialização.

É necessária uma otimização dos recursos investidos – seja no volume aportado, seja no mecanismo de seleção e gestão dos projetos .

É interessante uma aproximação operacional dos agentes além dos objetivos em comum.

└Profissionais de saúde pública atuando desde a etapa de seleção dos projetos até seu acompanhamento.

Page 49: 20150525 apresentação defesa   final

Considerações finais

60

Os resultados da PINTEC mostram que as empresas brasileiras realizam

prioritariamente inovações incrementais no país. Os laboratórios farmacêuticos

nacionais possuem caráter seguidor, o que significa que as inovações geradas por elas não são disruptivas no âmbito nacional, tampouco mundial.

As empresas do setor farmacêutico investem principalmente capital próprio

para inovar, mas elas têm aumentado a porcentagem de utilização de

recursos de terceiros, na maior parte de fontes públicas.

O padrão de patenteamento da indústria nacional não se altera ao longo

dos anos. Pode-se interpretar, então, que, independentemente de receber

fomento ou não, as empresas farmacêuticas nacionais não fazem inovações

disruptivas.

└ Os instrumentos de financiamento público a P, D&I sejam otimizados, de modo a

fazer com que as empresas nacionais aproximem-se da vanguarda da fronteira

tecnológica do setor não necessariamente com um aumento dos recursos disponibilizados, mas otimização dos instrumentos existentes.

Page 50: 20150525 apresentação defesa   final

Obrigada! Luiza Pinheiro

[email protected]

319194-7316

Orientadora: Márcia Siqueira Rapini

Mestrado Profissional em Inovação tecnológica e Propriedade Intelectual

UFMG

Maio de 2015 61