flora da bahia - uefs€¦ · espécies, contribuindo assim, para a flora da bahia como um todo. a...

103
FEIRA DE SANTANA-BA 2014 FLORA DA BAHIA: GÊNERO CENTROSEMA (DC.) BENTH. KAMILLA LOPES BARRETO

Upload: others

Post on 05-Aug-2020

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

FEIRA DE SANTANA-BA

2014

FLORA DA BAHIA: GÊNERO CENTROSEMA (DC.) BENTH.

KAMILLA LOPES BARRETO

Page 2: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA

Flora da Bahia: Gênero Centrosema (DC.) Benth. (Leguminosae:

Papilionoideae)

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Botânica da Universidade Estadual

de Feira de Santana como parte dos requisitos para

a obtenção do título de Mestre em Botânica.

ORIENTADOR: PROF. DR. LUCIANO PAGANUCCI DE QUEIROZ (UEFS)

Feira de Santana-BA

2014

Page 3: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________________

Dr. Domingos Benício Oliveira Silva Cardoso

(Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS)

___________________________________________________________________________

Prof. Dr. Jorge Antônio Silva Costa

(Universidade Federal da Bahia – UFBA)

___________________________________________________________________________

Prof. Dr. Luciano Paganucci de Queiroz

(Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS)

Orientador e Presidente da Banca

FEIRA DE SANTANA – BA

2014

Page 4: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Há em nossos dias uma infinidade de cenas que podemos reconhecer a

partir da mística dos outonos e das primaveras. Também nós cumprimos

os mesmos destinos. Destino de morrer em pequenas partes, mediante

sacrifícios que nos faz abraçar o silêncio das sombras... Destino de

florescer costurados em cores, alçados por alegrias, quando menos

esperadas anunciando que depois de outonos a vida sempre nos reserva

primaveras. (Fábio de Melo).

Page 5: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Dedico este trabalho aos meus pais e a tia Jú pelo apoio em todas as estações da minha vida.

Page 6: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

AGRADECIMENTOS

Agradecer é um dom da vida, que me faz bem e demonstra o quanto sou grata a todos

que fizeram ou fazem parte da minha vida. Foram muitas pessoas que deixaram marcas nesta

estação da minha vida, e me fizeram entender que depois do choro a vida nos prepara novos

sorrisos.

Primeiramente, agradeço a Deus pela presença constante em minha vida me fazendo

acreditar que mesmo diante das dificuldades ele sempre nos reserva alegrias!

Ao meu pai, por todo amor, carinho, compreensão, dedicação, exemplo, ligação direta

com toda a minha existência, meu muito obrigada, com certeza sem você eu não seria o que

sou. Te amo!

A minha mãe (in memorian) por todo amor, educação, companheirismo, dedicação,

exemplo de vida, fidelidade, disciplina, alegria, fé e determinação. Tenho certeza que onde ela

estiver, ficará muito orgulhosa. Agradeço muito por tudo e admiro o seu exemplo eterno vivo

dentro de mim.

A tia Jú minha tia-mãe, companheira de todas as horas sem ela com certeza não teria

alcançado metade desta vitória que compartilho hoje.

Ao meu irmão Caique, que sempre esteve ao meu lado, torcendo e me dando força

para jamais desistir.

A Maria Luíza e a Geisa pelas longas conversas bastante proveitosas durante este

período de minha vida.

A minha família por todo o apoio, incentivo e carinho de sempre.

A Lia, por ter me apresentado o vasto mundo da Botânica e pelas oportunidades de

crescimento que me proporcionou.

Aos meus amigos da graduação que sempre estiveram ao meu lado, me ajudando a

trilhar os meus caminhos: Danielle, Marcel, Priscila, Silvana e Luís Antônio.

A Lara, companheira de todas as horas. Obrigada pela convivência, madrugadas de

estudos, conversas, conselhos, risadas e principalmente pela nossa amizade!

A Taíse, pelos seus maravilhosos conselhos e trocas de experiências.

Aos meus companheiros botânicos, que compartilharam comigo viagens, coletas,

experiências, conhecimento e muita alegria no tempo de preparação deste trabalho: Cássia,

Page 7: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Cleiton, Cris Snak, Danilo (Danilos!), Davimar, Evelyne, Gabriela, Isys, Karol, Lamarck,

Marla, Pétala, Priscilla e Tyrcia.

Ao meu orientador Luciano Paganucci, pela paciência, respeito, confiança e

oportunidade de aprender ao seu lado um pouco do seu amplo conhecimento sobre as plantas.

À Universidade Estadual de Feira de Santana, Departamento de Ciências Biológicas e

a todos que compõem o Programa de Pós-graduação em Botânica, pelo apoio destinado a este

trabalho, em especial a Adriana Estrela que desde o início da minha aprovação foi sempre

acolhedora e bastante atenciosa.

A equipe do HUEFS (Mariana, Téo, Elaine e Zezé), muito obrigada por todo o apoio e

paciência.

Aos curadores dos herbários visitados, pelo apoio e atenção durante as minhas visitas.

A Domingos pelas lindas fotografias das leguminosas, usadas neste trabalho.

A Lucas Marinho por ter aceitado fazer as minhas ilustrações com tanto carinho.

A CAPES pela bolsa concedida durante esses dois anos.

A todo o pessoal do Lamic e do Taxon, pelo apoio de sempre, em especial aos

professores Flávio e Efigênia, a quem tenho uma admiração imensa!

Ao pessoal de LABIO Dona Nen, Juci, Michel pela atenção que tiveram durante este

tempo comigo.

Por fim, agradeço a todos que direta ou indiretamente me ajudaram a conquistar esta

VITÓRIA!

Page 8: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Sumário

RESUMO ................................................................................................................................. 2

ABSTRACT ............................................................................................................................. 3

INTRODUÇÃO GERAL ......................................................................................................... 4

MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................................. 10

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................... 16

CAPÍTULO I: Centrosema sericiflorum, a new species of Centrosema (Fabaceae,

Papilionoideae) from the Caatinga, Bahia, Brazil ................................................................. 21

CAPÍTULO II: Flora da Bahia: Gênero Centrosema (DC.) Benth. (Leguminosae:

Papilionoideae) ...................................................................................................................... 34

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................. 77

ANEXOS ............................................................................................................................... 79

Page 9: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

2

RESUMO

O gênero Centrosema (DC.) Benth., pertencente a subfamília Papilionoideae e tribo

Phaseoleae, compreende cerca de 35 espécies distribuídas na região Neotropical, sendo o

Brasil considerado seu centro de diversidade. Centrosema caracteriza-se pelo estandarte,

geralmente calcarado na porção dorsal, aurículas das alas pubescentes e estigma truncado e

ciliado. Até o momento, os trabalhos com Centrosema são bastante incipientes, o que

limitou a compreensão das relações entre as suas espécies. Tendo em vista a sua

diversidade e a má delimitação das suas espécies existentes no Estado da Bahia, no

presente estudo foi realizada a Flora de Centrosema para a Bahia com os objetivos de

realizar um estudo taxonômico do gênero para o Estado e avaliar a distribuição de suas

espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está

dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada a nova espécie Centrosema

sericiflorum, com distribuição restrita ao norte da Chapada Diamantina; no Capítulo II é

apresentado o tratamento taxonômico de Centrosema para o Estado da Bahia, a partir das

análises de 15 herbários nacionais e de sete expedições de campo realizadas em diferentes

municípios do Estado. Foram reconhecidos 15 táxons no gênero, distribuídos nos

diferentes domínios fitogeográficos (Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica). São

apresentadas chave de identificação, descrições, comentários gerais para todas as espécies,

ilustrações e mapas de distribuição geográfica.

Page 10: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

3

ABSTRACT

The genus Centrosema (DC.) Benth., belonging to the subfamily Papilionoideae

and Phaseoleae tribe, comprises about 35 species distributed in the Neotropics, and Brazil

considered its center of diversity. Centrosema is characterized by standard, usually spur at

the dorsal portion of the atria and truncated wings pubescent and ciliated stigma. To date,

work with Centrosema are quite incipient, which limited the understanding of the

relationship between their species. Given its diversity and poor demarcation of their

existing species in the state of Bahia, the present study, we prepared the Flora of

Centrosema to Bahia with the objectives of holding a taxonomic study of the genus for the

state and assess the distribution of its species, thus contributing to the Flora of Bahia as a

whole. The dissertation is divided into two chapters: Chapter I, the new Centrosema

sericiflorum is described and ilustrated; Chapter II taxonomic treatment Centrosema for

the state of Bahia is presented, based on the analyzes 15 national herbaria and seven field

expeditions conducted in different municipalities. 15 taxa for the genus, distributed in

different phytogeographical domain (Caatinga, Cerrado and Atlantic Forest) and the two

major river basins Bathing State (East Atlantic Basin and the San Francisco Basin) were

recognized Identification key, descriptions, general comments for all species, illustrations

and maps of geographical distribution are presented.

Page 11: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

4

INTRODUÇÃO GERAL

A família Leguminosae pertencente à ordem Fabales (APG III, 2009) compreende

aproximadamente 751 gêneros e ca. 19.500 espécies, representando a terceira maior

família entre as Angiospermas (Lewis et al., 2005; LPWG, 2013). Seus representantes são

cosmopolitas, difundindo-se pelas diversas formações vegetacionais, principalmente nas

regiões tropicais e temperadas (Lewis, 1987; Wojciechowski et al., 2004), tendo a África e

a América do Sul como seus centros de diversidade (Luckow et al., 2003). Seu sucesso

deve-se em parte à associação simbiótica com bactérias fixadoras de nitrogênio, em

nódulos nas raízes, o que permite as leguminosas ocuparem solos pobres em nitrogênio e

desempenhar um papel relevante na bioquímica dos ecossistemas (Crews, 1999; Sprent,

2007; Queiroz, 2009). No Brasil são catalogadas para a família ca. 2.740 espécies reunidas

em 213 gêneros, das quais 1.467 são endêmicas, distribuídas por várias regiões e domínios

fitogeográficos, com destaque para grande riqueza na Amazônia e Mata Atlântica (Lima et

al., 2014).

A família se destaca pelo potencial econômico de suas espécies, uma vez que são

utilizadas na alimentação humana e animal, fabricação de óleos combustíveis, indústria

madeireira, indústria têxtil, produtos farmacêuticos e medicinais, ornamentações,

arborização e recuperação de solos. Além da utilização econômica, as Leguminosae se

destacam no seu papel ecológico e biogeográfico, devido à alta diversidade de espécies e

endemismos (Lewis et al., 2005). Sua polinização ocorre através de diversos visitantes

florais, uma vez que a morfologia floral encontrada no grupo é bastante variada. Seus

principais polinizadores são as abelhas, aves e morcegos (Arroyo, 1981). Suas sementes,

quando lançadas no ambiente são dispersas pelos mamíferos e pássaros (Lewis et al.,

2005).

Através de estudos filogenéticos, com base em diferentes marcadores moleculares,

o monofiletismo da família é sustentado (Doyle et al., 2000; Wojciechowski et al., 2004;

Lewis et al., 2005). Leguminosae é tradicionalmente subdividida em 36 tribos e três

subfamílias, reconhecidas como: Caesalpinioideae, que compreende 4 tribos e ca. 2.250

espécies, Mimosoideae com 4 tribos e 3.270 espécies e Papilionoideae (Polhill et al., 1981;

Kajita et al., 2001; Pennington et al., 2001). Essas subfamílias, em alguns sistemas de

classificação, são tratadas como famílias independentes (e.g. Cronquist, 1981).

Page 12: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

5

Caesalpinioideae e Mimosoideae distribuem-se nas regiões tropicais e subtropicais

(Cowan, 1981), enquanto Papilionoideae apresenta uma ampla distribuição, sendo assim a

mais derivada e mais representada em regiões temperadas e frias (Polhill, 1981).

A subfamília Papilionoideae em sua circunscrição atual é a única reconhecida como

monofilética (Wojciechowski et al., 2004; McMahon & Sanderson, 2006), reunindo mais

de 70% dos representantes de leguminosae com aproximadamente 478 gêneros e cerca de

13.800 espécies (Lewis et al., 2005; Cardoso et al., 2012). No Brasil, compreende

aproximadamente 180 espécies nativas, reunidas em 88 gêneros (Polhill, 1981). Destaca-se

dentre as subfamílias, por apresentar a maior proporção de espécies capazes de fixar

Nitrogênio (Sprent, 2001). Seus membros podem ser reconhecidos pelas folhas pinadas,

nunca bipinadas, na maioria trifolioladas, raramente 1-pluri-folioladas, corola geralmente

papilionácea, com pétalas diferenciadas (estandarte, ala e carena), ou não papilionáceas,

sem pétalas diferenciadas, com simetria zigomorfa (exceto alguns gêneros das tribos

Sophoreae e Swartzieae), prefloração imbricativa vexilar, cálice gamossépalo, sementes

com o hilo bem delimitado e eixo radicular curvado. Papilionoideae destaca-se também

pela diversidade morfológica de seus frutos, incluindo legume, lomento, drupa e sâmara

(Polhill, 1981; Lewis et al., 2005).

Papilionoideae pode ser dividida nos principais clados: Ada, Cladrastis,

Lecointeoide, Votaireoide, Baphioide, Swartzióide, Genistóide, Dalbergióide

(Wojciechowski et al., 2004; Cardoso et al., 2012), Mirbelióide, Hologalegina e

Millettióide. O clado Millettióide, com cerca de 45 gêneros tradicionalmente classificados

nas tribos Millettieae, Abreae, Phaseoleae, Desmodieae e Psoraleeae (Kajita et al., 2001).

Com base na morfologia floral,as Papilionoideae foram tradicionalmente divididas

em 28 tribos, sendo algumas primitivas e outras mais derivadas. Entre as mais derivadas

encontra-se a tribo Phaseoleae, com distribuição pantropical, compreendendo ca. 84

gêneros e 1500 espécies, representada por ampla dimensão e relevante importância

econômica (Polhill, 1981; Bruneau et al., 1995). Membros da tribo são geralmente

reconhecidos pelo caule volúvel, raramente ereto ou prostrados, folhas pinadas,

trifolioladas e estipeladas, inflorescência em pseudoracemo, base do ovário rodeada por

um disco nectarífero e frutos deiscentes (Lackey, 1981). Com o advento de estudos

filogenéticos envolvendo dados moleculares, o monofiletismo da tribo não é sustentado

(Doyle & Doyle, 1993; Bruneau et al., 1995; Doyle et al., 1997, 2000; Kajita et al., 2001).

Bentham (1837), considerando principalmente características da inflorescência,

bractéola e tamanho das flores, propôs a divisão da tribo Phaseoleae em oito subtribos:

Page 13: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

6

Cajaninae, Phaseolinae, Clitoriinae, Ophrestiinae, Kennediinae, Erythrininae, Diocleinae e

Glycininae (Polhill, 1981), porém mais tarde houve a fusão das subtribos Kennedinae e

Clitoriinae com a subtribo Glycininae reconhecendo, assim, apenas seis subtribos. No

entanto, as relações entre estes grupos não são bem definidas e na melhor das hipóteses são

fracamente suportadas (Bruneau & Doyle, 1990).

Clitoriinae aparece como uma das linhagens basais não resolvidas do clado

Millettioide s.l. (Cardoso et al., 2012). A subtribo compreende os gêneros Barbieria DC.,

Clitoria L., Centrosema (DC.) Benth., Periandra Mart. ex. Benth. e Clitoriopsis R.

Wilczek, com cerca de 106 espécies que possuem distribuição pantropical (Lewis et al.,

2005). Seus membros são caracterizados por apresentarem flores ressupinadas, interior do

cálice glabro e indumento constituído de tricomas uncinados (Lackey, 1981).

Centrosema é distinto dos outros gêneros pelas seguintes características: estandarte

largo, geralmente calcarado na porção dorsal, aurículas das alas pubescentes e estigma

truncado e ciliado (Williams & Clementes, 1990; Duno de Stefano et al., 2008). O gênero

é constituído por cerca de 35 espécies distribuídas na região Neotropical, com potencial de

adaptação em diversos habitats, tendo o Brasil como centro de diversidade do grupo,

reunindo 30 de suas espécies (Schultze-Kraft et al., 1990), sendo nove dessas endêmicas

(Souza, 2014).

Trabalhos com Centrosema são ainda incipientes, o que limitou a compreensão das

relações entre as suas espécies. Os tratamentos taxonômicos para o gênero restringem-se

aos de Schultze-Kraft et al. e Williams & Clementes, 1990 para a flora mundial e, no

Brasil, o de Bentham (1837) e Barbosa-Fevereiro (1977) além de trabalhos mais regionais

como Lewis, 1987 e Queiroz, 2009.

Page 14: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

7

REVISÃO HISTÓRICA

O táxon Centrosema foi proposto por Augustin Pyramus de Candolle em 1825,

como seção do gênero Clitoria L. e membro da subtribo Clitorieae. Dentro desta seção

foram descritas três espécies: Clitoria virginiana L., C. brasiliana L. e C. plumieri Turp. in

Pers, baseadas em materiais coletados na África, Brasil e México. Esta classificação

deveu-se a semelhança morfológica de Centrosema (DC.) Benth. com o gênero Clitoria.

Em 1837, Bentham publicou seu relevante trabalho no qual foram descritos novos

gêneros da subfamília Papilionoideae. Neste trabalho, Bentham desmembrou Centrosema

de Clitoria e elevou o táxon ao nível de gênero, listando assim 25 espécies, incluindo duas

dos gêneros: Vexillaria grandiflora Benth. (sinônimo de C. platycarpum L.) e Platysema

triquetrum Benth. Foram registradas para o Brasil 23 espécies com algumas descrições que

validaram os manuscritos de Martius, sendo Centrosema brasilianum considerada espécie

tipo e tendo como basiônimo Clitoria brasiliana L. Além disso, Bentham incluiu

Centrosema na tribo Phaseoleae e subtribo Clitoriinae (como Clitorieae), juntamente com

os gêneros Barbieria DC., Clitoria, Periandra Mart. ex. Benth. e Clitoriopsis R. Wilczek e

subdividindo-a em oito subtribos: Clitorieae, Kennedyeae, Glycineae, Diocleae,

Erythrineae, Euphaseoleae, Cajaneae, Rhynchosieae. Para a subtribo Clitoriinae (como

Clitorieae), foram reconhecidos dez gêneros, dentre os quais seis são novos, assim como

comentários sobre a afinidade com os gêneros Periandra e Clitoria.

Centrosema foi então afirmado como gênero e distinguindo-se das demais

Clitoriinae por apresentar vexilo ou estandarte calcarado na porção dorsal. Posteriormente

em 1840, Bentham acrescentou as espécies no gênero C. verticillatum Benth. e C.

macrocarpum Benth., ao publicar seus manuscritos em um trabalho com ilustrações

botânicas de diversas tribos e famílias.

Na ―Flora Brasiliensis‖, quando novamente analisou o grupo, Bentham (1859)

considerou mais 18 espécies, elevando um total de 43, porém, reduziu esse número para 20

espécies, visto que algumas foram colocadas como sinônimos: C. oblongum Benth., C.

acutifolium Benth., C. molle Mart in. Benth., C. biflorum Mart., C. decumbes Mart. in

Benth. No entanto, a espécie C. macrocarpum foi desconsiderada devido à ausência de

registros para o Brasil. Cinco espécies foram acrescentadas e publicadas em Centrosema

neste mesmo trabalho: C. platycarpum Benth., C. vexillatum Benth., C. dasyanthum

Benth., C. heptaphyllum Moric. e C. venosum Mart. Além disso, Bentham classificou a

espécie C. pubescens Benth. como epíteto mais antigo, reconhecendo sua distribuição

Page 15: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

8

desde o México até o Brasil. Bentham também descreveu novas variedades para as

espécies C. rotundifolium Mart. e C. virginianum Benth.: C. rotundifolium var. angustifolia

Benth. e C. virginianum var. angustifolium (DC.) Grisebach, var. decumbes (Mart. ex.

Benth.) Clements & Williams, var. unifoliatum (Rose) Clements &Williams, var.

simplicifolium A. Rich. e var. cubanum Clements & Williams.

De acordo com as publicações de Bentham (1837, 1840, 1849, 1859) manteve-se o

conceito para o gênero, incluindo alguns caracteres como: flores geralmente grandes,

cálice campanulado, vexilo calcarado na porção dorsal, pétalas diferenciadas em

estandarte, alas e carenas e ovário subséssil. Bentham (1865) fundiu as subtribos

Kennedyeae e Clitorieae com Glycineae e reconheceu apenas seis subtribos.

Com base em dados morfológicos Lackey (1977), estabeleceu um sistema

semelhante ao de Bentham, apenas com sete tribos, movendo Clitoria e Centrosema e

outros gêneros para Phaseolinae. Posteriormente em 1981, Lackey reintegra os gêneros

para Clitoriinae (nova circunscrição) e reconhece as oito subtribos que Bentham tinha

proposto inicialmente.

A partir de Bentham, poucos acrescentaram na circunscrição de Centrosema e nas

relações com grupos afins (Periandra e Clitoria), havendo apenas descrições e discussões

de novos táxons previamente levantados. Logo, em 1860 Grisebach estabeleceu uma nova

variedade para C. virginianum: C. virginianum (L.) Benth. var. angustifolium Griseb., com

base em material coletado na América do Sul, África e América do Norte.

Taubert (1894) manteve inalterada a classificação das tribos de Bentham (1865),

porém tratou o gênero como Bradburya Rafinesque, reconhecendo para o Brasil as

seguintes espécies: B. arenaria (Benth.) O. Ktze., B. brasiliana (L.) O. Ktze, B. plumieri

(Benth.) O. Ktze. e B. pubescens (Benth.) O. Ktze., porém esta classificação não foi válida

no sentido nomenclatural. Amshoff (1939), no seu estudo sobre as Papilionoideae da

América do Sul, confirmou a classificação de Bentham (1859) e apenas redefiniu o grupo

acrescentando a espécie C. capitatum Amshoff e estabelecendo a variedade: Centrosema

brasilianum var. angustifolium (Kunth.) Amshoff . Cavalcante (1970) descreveu uma nova

espécie para a Amazônia: C. carajasense P. Cavalcante.

Barbosa-Fevereiro (1977), realizou uma revisão de Centrosema para o Brasil,

reconhecendo 26 espécies, incluindo C. grazielae V. P. Barbosa, descrita anteriormente em

1974. Alguns táxons, como C. acutifolium Benth. e C. capitatum (Rich.) Amshoff, foram

tidos como duvidosos, visto que o material não foi suficiente para algumas conclusões e

outros foram excluídos uma vez que as espécies estavam mal delimitadas.

Page 16: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

9

Em todas as classificações recentes da família Leguminosae, Centrosema tem sido

incluído na subtribo Clitoriinae, tribo Phaseoleae, na subfamília Papilionoideae e

relacionado aos gêneros Periandra e Clitoria (Bentham, 1865; Taubert, 1894; Hutchinson

1964; Lackey, 1981). Lewis (1987) reconheceu 14 espécies de Centrosema para o estado

da Bahia e inclui uma chave de identificação. A principal proposta de Lewis foi o

reconhecimento da espécie C. heptaphyllum como uma espécie distinta de C. rotundifolium

e não como sinônimo.

Assim, o gênero foi alvo de floras regionais, mantendo a delimitação das espécies

confusa, o que dificultou o entendimento da circunscrição de suas espécies. Em 1990,

Williams & Clements catalogou 35 espécies para o gênero no mundo, sendo 31 ocorrentes

no Brasil, e discutiu as prováveis relações entre elas, além de tratar as espécies C.

pubescens e C. molle como distintas e não sinônimos. Fantz 1996, com seus estudos

envolvendo circunscrições, nomenclatura e tipificação, confirmou o trabalho de Williams

& Clements (1990).

Lewis et al. (2005), confirma dados de trabalhos anteriores com Centrosema ao

afirmar que o gênero possui 35 espécies distribuídas na região Neotropical, com destaque

para o Brasil, onde ocorrem 30 espécies (Souza, 2014).

Após análise dos sistemas de classificação relacionados ao gênero, desde De

Candolle até Lewis, constatou-se que a circunscrição do grupo segundo os autores seguem

as mesmas idéias de Bentham diferindo apenas nas denominações de seções, espécies e

sinônimos. De acordo com as mudanças taxonômicas propostas para o gênero ao longo dos

tempos, os 45 epítetos descritos correspondem a ca. 35 espécies e oito variedades.

Page 17: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

10

MATERIAIS E MÉTODOS

ÁREA DE ESTUDO

O estado da Bahia localizado na região Nordeste, ocupa uma área de 567.295, 3

Km2, entre as latitudes 9,5° e 18,5° S e longitudes 38° e 47° W, limitando-se ao norte com

Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Piauí; a oeste, com Goiás e Tocantins; e ao sul com Minas

Gerais e Espírito Santo (SEI, 2013), estando entre os cinco maiores estados brasileiros

(IBGE, 2002).

Na Bahia é encontrada uma variedade topográfica e climática, com o clima

variando: de árido (23,5°--27,1°), semiárido (20,7°--26,8°), subúmido a seco (18,8°--

25,4°), subúmido a úmido (19,4°--24,6°), úmido (18,4°--25,3°) (SEI, 2013). Além disso, o

estado apresenta uma grande diversidade vegetacional, que inclui no litoral áreas de

restingas, dunas, mangues e floresta atlântica ombrófila, existindo ainda na Região oeste

do São Francisco, em certas áreas da Chapada e no norte do Estado, os cerrados. Nos

limites do semiárido, são encontrados os Campos Rupestres, com táxons endêmicos e

centro de diversidade de muitos gêneros. Com destaque para as caatingas que ocupam mais

da metade do território, se estabelecendo em diferentes regiões semiáridas e apresentando

um número expressivo de espécies raras e endêmicas. Além de formações locais, como as

floras de inselbergs, dunas interiores do São Francisco, ―matas de grotão‖ nos vãos de

blocos areníticos e quartizíticos, e ―matas de cipó‖ (Giulietti et al., 2006).

OBTENÇÃO DOS DADOS E TRATAMENTO DO MATERIAL BOTÂNICO

Para a realização deste estudo foram analisadas as coleções dos herbários mais

representativos para o grupo: ALCB, BAH, CEN, CEPEC, HRB, HST*, HUEFS, IBGE,

IPA, MBM, RB, SP, SPF, UB e UFP (acrônimos de acordo com Thiers, 2013) exceto o

que está com asterisco que não é indexado, além de análises adicionais nas coleções on-

line do NY e R disponíveis on-line. No total foram analisadas aproximadamente 1041

exsicatas.

Apesar do período intenso de seca no decorrer do trabalho, foram realizadas sete

expedições de campo nas regiões norte, sul, oeste, Chapada Diamantina e seus arredores no

período de outubro de 2012 a dezembro de 2013, abrangendo diferentes domínios

fitogeográficos (Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica) (Figura 2, Tabela 1), visando

Page 18: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

11

observar as espécies em seu habitat natural e sua distribuição. Durante as expedições foram

observadas e coletadas nove das 15 espécies de Centrosema, as quais foram identificadas a

partir de bibliografias especializadas, destacando-se Williams & Clementes (1990),

consultas com as descrições e por comparação com as imagens dos tipos nomenclaturais,

obtidas a partir de herbários virtuais. Os materiais coletados foram herborizados de acordo

com a metodologia descrita por Mori et al., 2011 e depositados na coleção do Herbário da

Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS).

A nomenclatura utilizada para as descrições morfológicas das estruturas

vegetativas, reprodutivas e tipos de indumento foi baseada nos trabalhos de Radford et al.

(1974), Polhill & Raven (1981), Harris & Harris (1994), Stearn (2004) e Williams &

Clementes (1990). Os nomes dos autores dos táxons foram abreviados de acordo com o

Brummit & Powell (1992).

Page 19: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

12

Figura 2. Localização da área de estudo. As áreas destacadas indicam os municípios

coletados da Bahia. Em verde o domínio da Mata Atlântica, em rosa o domínio da

Caatinga e em amarelo o domínio do Cerrado, de acordo com a classificação proposta pelo

IBGE.

Page 20: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

13

Tabela 1. Municípios visitados na Bahia para coleta de material botânico.

Municípios Visitados Coordenadas* Domínio fitogeográfico

Aurelino Leal 14°19'01''S,

39°19'37''W*

Mata Atlântica

Barra 11°05'20''S,

43°08'31''W

Caatinga

Barra da Estiva 13°37'33''S,

41°19'37''W*

Caatinga e Cerrado

Barreiras 12°09'10'S,

44°59'24''W*

Cerrado

Buritirama 10°38'7,2''S,

43°39'34,4''W

Caatinga

Bonito 11°43'15''S,

40°24'28''W*

Caatinga

Brejolândia 12°28'58''S,

43°57'57''W*

Cerrado

Casa Nova 09°09'43''S,

40°58'15''W

Caatinga

Formosa do Rio Preto 11°02'52''S,

45°11'34''W*

Cerrado

Ibotirama 12°11'06''S,

43°13'15''W

Caatinga

Itaberaba 12°31'40''S,

40°18'25''W

Caatinga

Itacaré 14°19'49,1''S,

39°15'39,8''W

Mata Atlântica

Itajuípe 14°40'40''S,

39°22'30''W

Mata Atlântica

Itabuna 14°47'09''S,

39°16'48'W*

Mata Atlântica

Juazeiro 09°24'50''S,

40°30'10''W

Caatinga

Jussarí

15°11'27''S,

39°29'42''W

Mata Atlântica

Jussíape 15°09'49,9''S,

39°35'3,8''W

Caatinga

Page 21: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

14

* (IBGE, 2013)

Lençóis

12°31'S, 41°21'W Campos Rupestres, Cerrado, Mata

Atlântica

Morro do Chapéu

11°33'28,75''S,

40°54'21,4''W

Caatinga, Campos Rupestres,

Cerrado e Mata Atlântica

Nilo Peçanha 13°42'35,9''S,

39°11'5,1''W

Mata Atlântica

Palmeiras

12°26'32,5''S,

41°29'51,7''W

Campos Rupestres, Caatinga,

Cerrado, Mata Atlântica

Pilão Arcado 10°00'10''S,

42°30'14''W

Caatinga

Remanso

09°24'59''S,

41°18'50''W

Caatinga

Rio de Contas

13°34'44''S,

41°48'39''W

Campos Rupestres e Cerrado

Santa Rita de Cássia

11°00'32''S,

44°31'08''W*

Caatinga e Cerrado

São Desidério

12°21'46''S,

44°58'22''W*

Cerrado

Seabra

12°25'08''S,

41°46'12''W

Caatinga

Sobradinho

09°27'18''S,

40°49'22''W

Caatinga

Ubaitaba

14°18'46''S,

39°19'22''W

Mata Atlântica

Utinga

12°04'55''S,

41°05'38''W

Caatinga

Xique-Xique

11°02'48,2''S,

42°44'6,1''W

Caatinga

Page 22: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

15

ESTUDOS MORFOLÓGICOS

As descrições das espécies foram feitas a partir dos materiais coletados em álcool

70%, secos ou reidratados. As medidas dos folíolos maduros foram obtidas a partir do

folíolo terminal, levando em consideração só o limbo, porém, a raque, o pecíolo, estipelas

e estípulas foram medidas separadamente. As dimensões do cálice incluem o formato e o

indumento do tubo e as lacínias. As medidas das flores incluem desde a base do cálice ao

ápice das pétalas; os pedicelos foram medidos desde a sua inserção no eixo da

inflorescência até a base do cálice e os estames, gineceu (comprimento do ovário, do

estilete e o formato do estigma) e pétalas (ala, carena e estandarte) foram medidos depois

de esticados. Os frutos em geral foram do tipo legume, sendo obtidas as medidas do

comprimento, largura, margem (lisa ou ondulada), superfície, cor, indumento, forma da

base e ápice (rostro) dos mais maduros. As sementes foram descritas com base no seu

comprimento, largura, formato, tamanho, cor e formato do hilo.

As cores e as texturas foram descritas com base nas etiquetas das exsicatas

examinadas ou segundo observações em campo. As ilustrações botânicas foram feitas com

auxílio de imagens retiradas do estereomicroscópio, lupa ou em campo, flores fixadas em

álcool 70%, bem como de material herborizado. Foram utilizadas nas descrições

taxonômicas as seguintes abreviações: alt. (altura), bot. (botão), compr. (comprimento),

larg. (largura), ca. (cerca), fl. (flor), fr. (fruto), est. (estéril), m s.n.m. (metros sobre o nível

do mar), s.c. (sem coletor), s.n. (sem número do coletor), s.d. (sem data), sp. (espécie) e

var. (variedade).

DISTRIBUIÇÃO DAS ESPÉCIES

As informações referentes à distribuição geográfica das espécies no estado, dados

fenológicos, ecológicos e nomes vulgares tiveram como base as etiquetas dos herbários,

observações de campo ou através da literatura. As descrições, ilustrações e mapas de

distribuição dos táxons seguem as normas do Projeto Flora da Bahia (Capítulo II) e da

Phytotaxa (Capítulo I) disponíveis on-line.

Page 23: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

16

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APG III. 2009. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the

orders and families of flowering plants: APG III. Botanical Journal of the Linnean

Society 161: 105-121.

AMSHOFF, G.J.H. 1939. On the South American Papilionaceae. Mededeelingen van het

Botanisch Museum en Herbarium van de Rijks Universiteit te Utrecht 52: 78p.

ARROYO, M.T.K. 1981. Breeding systems and pollination biology in Leguminosae. In:

POLHILL, R.M.; RAVEN, P.H. (eds.). Advances in legume systematics. Part 2. Kew:

Royal Botanic Gardens, p.: 723-769.

BARBOSA-FEVEREIRO, V.P. 1977. Centrosema (A.P.De Candolle) Bentham do Brasil-

Leguminosae-Faboideae. Rodriguésia, 29(42): 159-219.

BENTHAM, G. 1837. Commentationes de Leguminosarum Generibus. Vindobonae, Typis

Sollingeri, J.B., 78 p.

BENTHAM, G. 1840. Contributions towards a Flora of South America – enumeration of

Plants collected by Mr. Schomburgk in British Guiana. Journal of Botany, 2(10): 59.

BENTHAM, G. 1849. Leguminosae. In Schlechtendal, D.F.L. (ed.) Plantae Regnellianae.

Linnaea, 22: 516-517.

BENTHAM, G. (1859-62). Leguminosae I. Papilionaceae. In: Martius, C.F.P. von. Flora

Brasiliensis, 15(1): 307-324.

BENTHAM, G. (1865). Leguminosae. In: Bentham, G. & Hooker, J.D. Genera

Plantarum. London: Lovell, R. & Co., vol. 1, 528.

BRUNEAU, A., DOYLE, J.J. & DOYLE, J.A. 1995. Phylogenetic relationships in

Phaseoleae: evidence from chloroplast DNA restriction site characters. In Crisp, M. &

Doyle, J.J. (eds.) Advances in Legume Systematics, part 7, Phylogeny. Kew: Royal

Botanic Gardens, p.: 309-330.

BRUNEAU, A.; DOYLE, J.J.; HERENDEEN, P.S.; HUGHES, C.E.; KENICER, G.;

LEWIS, G.P.; MACKINDER, B.; PENNINGTON, R.T.; SANDERSON, M.J. and

WOJCIECHOWSKI, M.F. 2013. Legume phylogeny and classification in the 21 st

century: Progress, prospects and lessons for other species-rich clades. Taxon 62 (2):

217-248.

Page 24: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

17

BUMMITT, R.K. & POWELL, C.E. (eds.) 1992. Authors of Plant Names. Kew: Royal

Botanic Gardens, London, 732p.

CARDOSO, D.; QUEIROZ, L.P.; PENNINGTON, R.T.; LIMA, H.C. DE.; FONTY, E.;

WOJCIECHOWSKI, M.F.; LAVIN, M., 2012. Revisiting the phylogeny of

papilionoid legumes: New insights from comprehensively sampled early-branching

lineages. American Journal of Botany, v. 99, n. 12, 1991-2013.

CAVALCANTE, P.B. 1970. Centrosema carajasense, uma nova Leguminosae da

Amazônia. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Botânica n° 37, 1-4.

COWAN, R. 1981. Tribe Swartzieae DC. In Polhill, R.M. & Raven, P.H. (eds.) Advances

in Legume Systematics, part 1. Royal Botanic Gardens Kew, p.: 209-212.

CREWS, T.E. 1999. The presence of nitrogen fixing legumes in terrestrial communities:

evolutionary vs. ecological considerations. Biogeochemistry, v. 46, 233-246.

CRONQUIST, A. 1981. The evolution and classification of flowering plants. 2 ed. New

York: The New York Botanical Garden, 555 p.

DE CANDOLLE, A.P. 1825. Leguminosae in Prodromus Naturalis Systematis Regni

Vegetabilis. Paris: Treuttel & Wurtz. v. 2. p.: 234-235.

DOYLE, J.J. & DOYLE, J.A. 1993. Chloroplast DNA phylogeny of the papilionoid

legume tribe Phaseoleae. Systematic Botany, 18(2): 309-327.

DOYLE, J.J., DOYLE, J.L., BALLENGER, J.A., DICKSON, E.E., KAJITA, T. &

OHASHI, H. 1997. A phylogeny of the chloroplast gene rbcL in the Leguminosae:

taxonomic correlations and insights into the evolution of nodulation. American Journal

of Botany, 84(4): 541-554.

DOYLE, J.J.; CHAPPILL, J.A.; BAILEY, C.D. & KAJITA, T. 2000. Towards a

comprehensive phylogeny of Legumes: evidence from rbcL sequences and non-

molecular data. In: Herendeen, P.S. & Bruneau, A. (eds.). Advances in Legume

Systematics, part 9. Kew: Royal Botanic Gardens, p.: 299-310.

DOYLE, J.J. & LUCKOW, M.A. 2003. The rest of the iceberg: legume diversity and

evolution in a phylogenetic context. Plant Physiology, 131(3): 900-910.

FANTZ, P.R. 1996. Resegregation of Barbieria from Clitoria (Leguminosae:

Papilionoideae: Clitoriinae). Sida, 17(1): 55-68.

GIULIETTI, A.M.; QUEIROZ, L.P.; SILVA, T.R.S.; FRANÇA, F.; GUEDES, M.L.;

AMORIM, A.M. 2006. Flora da Bahia. Sitientibus Série Ciências Biológicas, 6(3):

169-173.

GRISEBACH, A.H.R 1860. Flora of the British West Indian Islands 193.

Page 25: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

18

HARRIS, J.G.; HARRIS, M.W. 1994. Plant Identification Terminology: an illustrated

glossary. Utah: Spring Lake Publishing. 198 p.

HUTCHINSON, J. 1964. The genera of flowering plants. Vol. 1. Oxford, Claredon Press,

516 p.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 2002. Área territorial oficial.

Resolução da presidência do IBGE de n°5, de 10 de outubro de 2002. Disponível em:

http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/areaterritorial/principal.shtm (acessado: 13

Jan. 2014).

KAJITA T.; OHASHI, H.; TATEISHI, Y.; BAILEY, C.D. & DOYLE, J.J. 2001. rbcL and

legume phylogeny, with particular reference to Phaseoleae, Millettieae, and allies.

Systematic Botany, 26(3): 515-536.

LACKEY, J. 1981. Tribe Phaseoleae. In Polhill, R.M. & Raven, P.H. (eds.), Advances in

Legume Systematics, part 1. Kew Royal Botanic Gardens, p.: 301-327.

LAVIN, M.; HERENDEEN, P.; WOJCIECHOWSKI, M.F. 2005. Evolutionary rates

analysis of Leguminosae implicates a rapid diversification of lineages during the

Tertiary. Systematic Biology, v. 54(4): 530-549.

LEWIS, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Kew: Royal Botanic Gardens. 369p.

LEWIS, G.P.; SCHRIRE, B.D.; MACKINDER, B.A. & LOCK, M. (eds.). 2005. Legumes

of the World. Kew: Royal Botanic Gardens. 577p.

LIMA, H.C.; SOUZA, E.R.; TOZZI, A.M.G.A.; PEREZ, A.P.F.; FLORES, A.S.;

SARTORI, A.L.B.; VAZ, A.M.S.F.; FILARDI, F.; FERNANDES, F.M.; GARCIA,

F.C.P.; IGANCI, J.R.V.; FERNANDES, J.M.; VALLS, J.F.M.; LIMA, L.C.P.;

COSTA, L.C.; QUEIROZ, L.P.; MORIM, M.P.; NUNES, N.L.A; SILVIA, R.T.;

MIOTTO, T.S.; DUTRA, V.F.; VIDAL, F.M.; SOUZA, V.C.; MESSINA, T.;

KUTSCHENKO, D.C.; PENEDO, T.S.A.; VALENTE, A.M. 2013. Fabaceae/

Leguminosae. Livro Vermelho da Flora do Brasil, 1.ed.-Rio de Janeiro, Instituto de

Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. p.:516-548.

LUCKOW, M.; MILLER, J.T.; MURPHY, D.J. & LIVSHULTZ, T. 2003. A phylogenetic

analysis of the Mimosoideae (Leguminosae) based on chloroplast DNA sequence data.

In: Klitgaard, B.B. & Bruneau, A. (eds.). Advances in Legume Systematics, part 10.

Kew: Royal Botanic Gardens, p.: 197-220.

MCMAHON, M.M. & SANDERSON, M.J. 2006. Phylogenetic supermatrix analysis of

GenBank sequences from 2228 papilionoid legumes. Systematic Biology, 55(5): 818-

836.

Page 26: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

19

MIOTTO, S.T.S. 1987. Os gêneros Centrosema (DC.) Benth. e Clitoria L.

(LEGUMINOSAE, FABOIDEAE) no Rio Grande do Sul. Iheringia, 36: 1-82.

MORI, S.A.; SILVA, L.A.M.; LISBOA, G. & CORADIN, L. 1989. Manual de manejo do

herbário fanerogâmico. Ilhéus: Centro de Pesquisas do Cacau. 104p.

PENNINGTON, R.T.; LAVIN, M.; IRELAND, H.; KLITGAARD, B.; PRESTON, J.; HU,

J.M. 2001. Phylogenetic relationships of basal papilionoid legumes based upon

sequences of the chloroplast trnL intron. Systematic Botany, v. 26(3): 537-556.

POLHILL, R.M. 1981. Papilionoideae. In: POLHILL, R.M.; RAVEN, P.H. (eds.).

Advances in legume systematics, part 1. Kew: Royal Botanic Gardens, p.: 191-208.

QUEIROZ, L.P.DE 2009. Leguminosas da caatinga. Feira de Santana: Editora

Universitária UEFS, 443 p.

RADFORD A.E.; DICKINSON, W.C.; MASSEY, J.R. & BELL, C.R. 1974. Vascular

plant systematics. New York: Harper & Row. 891p.

SÃO-MATEUS, W. 2013. Taxonomia de Papilionoideae (Leguminosae) da Mata Atlântica

do Rio Grande do Norte. 151p.

SEI (Superintendência de estudos econômicos e sociais da Bahia). 2013. Anuário

estatístico da Bahia. v. 23. Salvador: Secretaria do Planejamento, Ciência e

Tecnologia. 691 p.

SCHULTZE-KRAFT, R.; WILLIANS, R.J. & CORADIN, L. 1990. Biogeography of

Centrosema. In: Centrosema: Biology, agronomy, and utilization (R. Schultze-Kraft &

R.J. Clements eds.). Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), Cali. p.: 1-

27.

SOUZA, V.C. 2013. Centrosema. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim

Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (R.C.Forzza et al., eds.).

http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB18271. (Acessado: 19 de janeiro

de 2014).

SPRENT, J.I. 2001. Nodulation in legumes. 797-798p., Kew: Royal Botanic Gardens

SPRENT, J.I.; JAMES, E.K. 2007. Legume evolution: where do nodules and mycorrhizas

fit in? Plant Physiology, 144: 575-581.

STEARN, W.T. 2004. Botanical Latin. 4ed. Timer Press, Portland. 546p.

STEFANO, R.D.; FANTZ, P.R.; FERNÁNDEZ-CONCHA, G.C.; ITZA, L.L.C. 2008.

Centrosema and Clitoria (Leguminosae: Papilionoideae: Phaseoleae: Clitoriinae) In

the Mexican Yucatán Peninsula, Including Three Lectotypifications. Vulpia, v. 7, 1-

15.

Page 27: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

20

TAUBERT, P. 1894. Leguminosae. In: Engler, A & Prantl, K (eds.). Die natürlichen

Pflanzenfamilien, Leipzig: Wilhelm Engelmann. vol. 3(3), p. 70-396.

THIERS, B. [Continuously Updated]. Index Herbariorum: A Global Directory of Public

Herbaria and Associated Staff. New York Botanical Garden’s Virtual Herbarium.

Disponível em http://sweetgum.nybg.org/ih/ (acessado: 10 jan. 2014).

TUCKER, S.C. 1987 a. Floral Initiation and Development in Legumes. In: Stirton, C.H.

[ed.] Advances in Legume Systematics, part 3, 183-239. Kew: Royal Botanic Gardens.

WILLIAMS, R.J. & CLEMENTS, R.J. 1990. Taxonomy of Centrosema. In R. Schultze-

Kraft & Clements, R.J. (eds.), Centrosema, Biology, Agronomy, and Utilization. Cali,

Centro Internacional p.: 29-76.

WOJCIECHOWSKI, M.F.; LAVIN, M. & SANDERSON, M.J. 2004. A phylogeny of

legumes (Leguminosae) based on analysis of the plastid matK gene resolves many

wellsupported subclades within the family. American Journal of Botany 91(11): 1846-

1862.

Page 28: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

21

CAPÍTULO I

Centrosema sericiflorum, a new species of Centrosema (Fabaceae,

Papilionoideae) from the Caatinga Domain, Bahia, Brazil

ARTIGO SUBMETIDO À PHYTOTAXA

Page 29: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Centrosema sericiflorum sp. inéd.

22

Centrosema sericiflorum, a new species of Centrosema (Fabaceae, Papilionoideae)

from the Caatinga Domain, Bahia, Brazil

KAMILLA LOPES BARRETO1 & LUCIANO PAGANUCCI DE QUEIROZ

1

1Programa de Pós-graduação em Botânica, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de

Santana, Av. Transnordestina, s/n, Novo Horizonte, CEP 44036-900, Feira de Santana, BA, Brazil. Email:

[email protected],[email protected]

Page 30: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Centrosema sericiflorum sp. inéd.

23

Abstract

Centrosema sericiflorum, a new species of legumes (Phaseoleae: Clitoriinae) from the

Caatinga seasonally dry woodland, is described, discussed, and illustrated. The species can

be recognized by the sericeous indumentum of its calyx and standard; absence of a spur on

its standard; the lobed nectary rim; and the capitate stigma. The new species is known from

only one locality in northern Chapda Diamantina, Bahia, Brazil.

Key words: Clitoriinae, Neotropics, Northeastern Brazil, taxonomy.

Resumo

Centrosema sericiflorum, uma nova espécie de Leguminosae (Phaseoleae: Clitoriinae) no

domínio Caatinga, é descrita, comentada e ilustrada, e um mapa de distribuição é

apresentado. A espécie pode ser reconhecida no gênero pelo indumento seríceo do

estandarte e do cálice, ausência do calcar, disco nectarífero lobado e estigma capitado. O

táxon é conhecido em uma localidade da caatinga, com sazonalidade marcada e próximo a

áreas antropizadas.

Palavras-chave: Clitoriinae, Neotrópico, Nordeste brasileiro, taxonomia.

Page 31: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Centrosema sericiflorum sp. inéd.

24

Introduction

Centrosema De Candolle (1825: 234) Bentham (1837: 53) includes about 35 species,

distributed in the Neotropics (Schultze-Kraft et al. 1990.), and especially in Brazil,

considered its center of diversity (Lackey 1981). Centrosema was proposed by De

Candolle (1825: 234), who placed its species in a section of Clitoria Linnaeus (1753: 753).

Bentham (1837: 53), recognizing it as distinct from Clitoria, elevated that section to a

generic status, publishing new species and new combinations. Consequently, many species

described in Clitoria, Vexillaria Eaton (1817: 82) and Platysema Benth. (1837: 58) were

transferred to Centrosema.

Centrosema belongs to the tribe Phaseoleae (Schrire 2005), subtribe Clitoriinae,

which is one of the unresolved basal lineages of the Millettioid s.l. clade Cardoso et al.

(2012). It is characterized by trifoliate leaves (rarely 1– or 5–7-foliate), the standard

usually broad and with a spur on its dorsal side, by the truncated and ciliate stigma and

valves with pubescent wings (Duno de Stefano et al. 2008, Williams & Clements 1990).

Within the genus, Williams & Clements (1990) recognized a group of very distinct

species characterized by the woody habit, the now-spurred standard, and large, flattened

pods with winged sutures. Two species have been recognized in this informal group: C.

platycarpum Bentham (1859: 126), distributed in the savanna areas of Central and northern

Brazil (Roraima), and C. triquetrum (Hoffmanns. ex Bentham) Bentham (1865: 528) of the

Amazon region. During a review of the genus for the state of Bahia a new species of this

group from the Caatinga Domain was identified. The new species is herein described and

illustrated and its possible affinities and distinguishing characters discussed.

Page 32: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Centrosema sericiflorum sp. inéd.

25

Taxonomic treatment

Centrosema sericiflorum K. Barreto & L.P. Queiroz, sp. nov. (Fig. 1).

Centrosema sericiflorum resembles C. platycarpum and C. triquetrum in its standard

without a spur on the dorsal surface, woody branches, and coriaceous bracteoles,

differing from both species by the sericeous indumentum (vs. pilose) on the external

surface of its standard and calyx, and by the capitate and ciliate stigma (vs. cuneiform

and glabrous in other species).

Type:—BRAZIL. Bahia: Mun. Bonito, terrenos encapoeirados, a margem da estrada, 19

July 1998 (fl.), L.P. Félix & G. Trajano 8689 (holotype HST).

Woody climbing vine; young branches, petiole and rachis pubescent, trichomes short and

ferruginous. Stipules ca. 7 × 1.5 mm, oval-triangular, acuminate, external surface

sericeous, persistent. Leaves 14–15 cm long, pinnate; petiole 5 to 5.3 cm long; rachis 1–1.2

cm long, stipels ca. 6 × 0.5 mm, linear-triangular, external surface pilose; leaflets 3,

coriaceous to cartaceous, 7.5–8 × 6.3–6.8 cm, elliptic, apex obtuse, base obtuse, the lateral

slightly asymmetric, adaxially sparsely pilose, abaxially pubescent, reticulate, secondary

veins 7–8 pairs. Pseudoraceme axillar, ca. 8.3 cm long, shorter than the adjacent leaf;

bracts and bracteoles sericeous, bracts of the second order (in the middle of the pedicel) ca.

5.1 × 4 mm, oval-lanceolate, bracteoles (below the calyx) 1.1–1.2 cm × 0.7–0.8 cm,

elliptic-oblong, asymmetric, ca. 35 veins; pedicel ca. 7 mm long. Flowers ca. 4 cm long;

calyx ca. 14 mm long., tube ca. 7 × 11 mm, outer surface sericeous, trichomes thin,

adpressed and ferruginous, inner surface glabrous, lacinia 4, upper (carinal) lacinia 8.5 mm

Page 33: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Centrosema sericiflorum sp. inéd.

26

long., lateral lacinia 7 mm long., lower (vexillar) lacinia 6 mm long., bifid; the standard ca.

3.4 × 3.7 cm, orbicular, revolute, external surface sericeous, trichomes thin, adpressed and

ferrugineous, inner surface glabrescent, without a spur beneath; wings ca. 3 × 0.9 cm,

falcate, auriculate, pubescent, ondulate; the keel petals ca. 2.3 × 1.3 cm, outer surface

pilose, internal surface glabrescent; androecium ca. 3.5 cm long., staminal sheath ca. 2.5

cm long, glabrescent, filaments free for 10 mm, anthers 1.8–2 × 0.8–1 mm, ellipsoid to

oblong; pistil ca. 1.8 cm long, ovary ca. 1.5 × 1.8 mm, sessile, pilose, nectary basal,

cylindrical, margins 7-lobed, sericeous, style ca. 0.3–1.3 cm., geniculate, flattened, slightly

pilose on the lower half, stigma capitate and ciliate. Fruit not seen.

Holotype: — BRAZIL. Bahia: Mun. Bonito, terrenos encapoeirados, a margem da

estrada, 19 Jul. 1998, L.P. Félix & G. Trajano 8689 (HST!).

Distribution and habitat: Centrosema sericiflorum is known only from the type

collection in the municipality of Bonito, Bahia, Brazil (Fig. 2). The species occurs in

fragments of the caatinga arbustiva in open areas on clay substrates.

Conservation status: Centrosema sericiflorum is described from a single

specimen, reported by the collector to have been found near the road side. Various attempts

at recollecting have been unsuccessful. The area is relatively well collected, therefore it is

surprising that the species is not represented with more collections in herbaria. The

clearing of native vegetation for agricultural production is the main threat to the species.

Because of its very restricted distribution, and in accordance with the B2b criteria (IUCN

2012), the species must be classified as Critically Endangered (CR).

Etymology: The epithet refers to the sericeous indumentum of the external surface

of the calyx and the standard.

Additional comments: Centrosema sericiflorum shares the now-spurred standard

and woody branches with C. platycarpum and C. triquetrum. Williams & Clemments

Page 34: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Centrosema sericiflorum sp. inéd.

27

(1990) recognized that C. platycarpum and C. triquetrum differ from the rest of

Centrosema species by the above-cited characters and by the relatively large and woody

fruit, with at least the upper suture with winged margins. The shared floral and vegetative

characters leave no doubt that C. sericiflorum is related to those two species, even though

its fruit remains unknown. It can be distinguished from C. platycarpum and C. triquetrum

by the sericeous ferruginous indumentum on the external surface of its calyx (Fig. 1G) and

standard (Fig. 1F) (vs. pilose calyx and standard with translucent trichomes) and its

capitate and ciliate stigma (vs. cuneiform and glabrous in other species) (Fig. 1J.). It

further differs from C. platycarpum by its smaller bracteoles (1.2–1.5 × 0.5–0.6 cm vs. 20–

26 × 10–14 cm) with the sericeous and ferruginous indumentum and with 35 veins (vs. ca.

50 veins).

Centrosema sericiflorum is the first species of this group recorded for Bahia in the

Caatinga Domain, the largest and most isolated nucleus of Seasonally Dry Tropical Forests

(SDTF) (Queiroz 2006). The SDTFs occur on relatively fertile soils and are subject to a

prolonged dry season. The two other species of the group occur in areas with different

ecological conditions. Centrosema platycarpum occurs mainly on oligotrophic soils in the

savanna vegetation of the Cerrado Domain (Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão,

and Pará), whereas C. triquetrum occurs in moist tropical forests on poorly drained soils of

the northern and northeastern South America (Venezuela, Colombia, Ecuador, Peru, and

northern Brazil) (Schultze-Kraft et al. 1990).

Page 35: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Centrosema sericiflorum sp. inéd.

28

Key to species of the Centrosema platycarpum group:

1. Stigma capitate and ciliate; calyx and standard externally ferruginous

sericeous...................................................................................................... C. sericiflorum

1. Stigma cuneate and glabrous; calyx externally pilose ........................................... 2

2. Upper lobe of the calyx slightly bent or bifid; legume with flat valves and winged

margins ………............................................................................................ C. triquetrum

2. Upper lobe of the calyx entire and truncate; legume with convex valves, ribbed

medially, the top margin alate, the bottom margin merely prominent

…………………………………………………………………………... C. platycarpum

Acknowledgments

The authors are grateful to Angela Miranda, curator of the HST for the loan of their

material; to Alex Popovkin the translation; to the CAPES (Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) for awarding a graduate student

scholarship to the first author. The work was also supported by the following projects:

Sisbiota (CNPq 563084/2010-3; FAPESB PES0053/2011) and the Research Program in

the Biodiversity of the Semi-Arid (PPBio/CNPq-MCT).

Page 36: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Centrosema sericiflorum sp. inéd.

29

References

Bentham, G. (1837). Clitoria. In: Bentham, Commentationes de Leguminosarum

Generibus. Vindobonae, T.J.B.S., pp. 50–51.

Bentham, G. (1859–62). Leguminosae I. Papilionaceae. In: Martius, C.F.P. von. Flora

Brasiliensis 15(1): pp. 307–324.

Bentham, G. (1865). Leguminosae. In: Bentham, G. & Hooker, J.D. Genera Plantarum.

London: Lovell, R. & Co., vol. 1, pp. 528.

Cardoso, D., Queiroz, L.P. de., Pennington, R.T., Lima, H.C., Fonty, E., Wojciechowski,

M.F. & Lavin, M. (2012a). Revisiting the phylogeny of papilionoid legumes: New

insights from comprehensively sampled early-branching lineages. American

Journal of Botany 99: 1991–2013.

De Candolle, A.P. (1825). Leguminosae. In: de Candolle, A.P. et al., Prodromus Naturalis

Systematics Regni Vegetabilis. Paris, Treuttel & Wurtz, v. 2. pp. 234–235.

Eaton, A. (1817). Vexillaria. In: Eaton, A. A Manual of Botany for the Northern States, 82

pp.

IUCN (2012). IUCN Red List Categories and Criteria, version 3.1. IUCN Species Survival

Commission. IUCN, Gland, Switzerland & Cambridge, UK, 2nd ed.

Lackey, J.A. (1981). A Phaseoleae. In: Polhill, R.M., Raven, P.H. (Eds.). Advances in

Legume Systematics. Kew: Royal Botanical Gardens 2: 301–327.

Linnaeus, C. (1753). Species Plantarum, vol. 2. Salvius, L., Stockholm, S., 753 pp.

Queiroz, L.P.de. 2006. The Brazilian Caatinga: phytogeographical patterns inferred from

distribution data of the Leguminosae. In: Pennington, R.T.; Lewis, G.P. & Ratter,

J.A. (eds.). Neotropical savannas and dry forests: plant diversity, biogeography, and

conservation. Oxford: Taylor & Francis CRC Press. 113–149 pp.

Page 37: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Centrosema sericiflorum sp. inéd.

30

Schrire, B.D. (2005). Tribe Phaseoleae. In: Lewis, G.P., Schrire, B., Mackinder, B. &

Lock, M. (eds.) Legumes of the world. Royal Botanic Gardens, Kew. p. 393–431.

Schultze-Kraft, R., Williams, R.J., and Coradin, L. (1990). Biogeografia de Centrosema.

In: Schultze-Kraft, R., Clements, R.J., Keller-Grein, G. (eds.), Centrosema:

Biología, agronomía y utilización. Publicación, Centro Internacional de Agricultura

Tropical 208, 1–27 pp.

Williams, R.J. & Clements, R.J. (1990). Taxonomy of Centrosema. In: Schultze-Kraft , R.,

Clements, R.J., Keller-Grein, G. (eds.), Centrosema, Biology, Agronomy, and

Utilization. Publicación, Centro Internacional de Agricultura Tropical 208, 29–76

pp.

Page 38: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Centrosema sericiflorum sp. inéd.

31

Legend

FIGURE 1. Centrosema sericiflorum. A. Habit[scale= 4 cm]; B. Detail of the branch

indumentum [= 2,9 mm]; C. Detail of indumentum on the abaxial leaf surface[= 1,9 mm];

D. Indumentum of the bracteole[= 9 mm]; E. Wing and keel, lateral view[= 1,8 cm]; F.

Standard[= 1,8 cm]; G. Calyx[= 2,3 mm]; H. Nectary[= 2,1 mm]; I. Androecium and

gynoecium[= 4,8 mm]; J. Stigma[= 1,2 mm]; K. Anthers[= 1 mm]. (A-K Félix & Trajano

8689). Drawn by L.Marinho.

FIGURE 2. Distribution map for Centrosema platycarpum Benth., Centrosema

sericiflorum K. Barreto & L.P. Queiroz, and Centrosema triquetrum (Hoffmanns. ex

Benth.) Benth.

Page 39: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Centrosema sericiflorum sp. inéd.

32

FIGURE 1.

Page 40: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Centrosema sericiflorum sp. inéd.

33

FIGURE 2.

Page 41: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Gênero Centrosema (DC.) Benth.

34

CAPÍTULO II

Flora da Bahia: Gênero Centrosema (DC.) Benth. (Leguminosae:

Papilionoideae)

ARTIGO A SER SUBMETIDO À REVISTA SITIENTIBUS SÉRIE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Page 42: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

35

FLORA DA BAHIA: GÊNERO CENTROSEMA (DC.) BENTH.

(LEGUMINOSAE: PAPILIONOIDEAE)

Kamilla Lopes Barreto¹ & Luciano Paganucci de Queiroz1

Título resumido: Flora da Bahia: Centrosema

1 Programa de Pós-Graduação em Botânica, Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de

Ciências Biológicas, Av. Transnordestina, s/n, Novo Horizonte, CEP 44.036-900, Feira de Santana, Bahia,

Brasil.

*Autora para correspondência: [email protected]

Page 43: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

36

Resumo (Flora da Bahia: Centrosema (Leguminosae)) – É apresentado o levantamento

florístico do gênero Centrosema (Leguminosae) para o estado da Bahia, Brasil. Foram

reconhecidos 15 táxons. São apresentadas no tratamento chaves de identificação,

descrições, ilustrações, comentários gerais e mapas de distribuição geográfica dos táxons

na Bahia.

Palavras-chave adicionais: Fabaceae, Florística, Nordeste, Taxonomia.

Abstract (Flora of Bahia: Centrosema) – A floristic survey of Centrosema (Leguminosae)

from Bahia State, Brazil, is presented. Fifteen taxa are recognized. Keys to identification,

descriptions, illustrations, general notes and species geographic distribution maps in Bahia

are provided.

Additional key words: Fabaceae, Floristics, Northeast, Taxonomy.

Page 44: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

37

1. Centrosema (DC.) Benth., Commentat. Legum. Gen. 53. 1837.

Trepadeiras herbáceas ou lenhosas, volúveis ou ervas prostradas ou decumbentes;

microtricomas uncinados presentes nos ramos jovens, pecíolo, raque foliar, nervuras dos

folíolos e eixos da inflorescência; ramos glabrescentes ou indumentados. Estípulas

persistentes, raramente caducas, triangulares, ovadas ou lanceoladas. Folhas

imparipinadas, raramente digitadas, pecioladas; raque, se presente, canaliculada; estipelas

persistentes ou caducas, lineares ou linear-lanceoladas; folíolos 3, raramente 1 ou 5--7,

membranáceos, papiráceos, cartáceos ou coriáceos, oval a lanceolados, algumas vezes

oblongos, orbiculares, com base aguda e ápice acuminado ou mucronulado, concolores,

peninérvios, broquidódromos, glabrescente (quase glabros exceto pelos microtricomas

uncinados) ou indumentados na face abaxial ou em ambas. Inflorescências

pseudorracemos axilares, geralmente com uma flor aberta de cada vez; pedúnculo

fractiflexo; brácteas de primeira e de segunda ordem estriadas, semelhantes às estípulas,

bractéolas 2, maiores do que as brácteas, imbricadas no botão, na antese opostas, adpressas

na base do cálice, ovadas, oblongas ou lanceoladas; pedicelos mais curto do que o cálice;

botões oval-elipsóides. Flores 1,5--3,5 cm compr., ressupinadas pela torção do pedicelo;

cálice curtamente campanulado, glabrescente ou indumentado, 4-laciniado, lacínias de

comprimento semelhante ou a inferior (vexilar) muito mais curta ou a superior (carenal)

muito mais longa do que as demais, 2 lacínias superiores variadamente unidas; pétalas

lilás, roxas, magenta ou brancas, unguiculadas, estandarte geralmente com feixe branco ou

creme, suborbicular ou orbicular, calcarado ou não no dorso próximo à base, externamente

indumentado; alas falcadas ou sigmóides, auriculadas, indumentadas; pétalas da carena

semiorbiculares, curvadas, indumentadas; androceu diadelfo, 9 estames soldados em

bainha e estame vexilar livre, anteras uniformes, oblongo-elípticas; disco nectarífero

presente, cilíndrico, não lobado; ovário séssil, indumentado, mais de 4 óvulos, estilete

curvo, achatado ou cilíndrico, glabrescente, estigma truncado ou emarginado, ciliado ou

não. Legume, elasticamente deiscente, linear, reto ou falcado, plano-compresso, rostrado,

pouco ou bem desenvolvido, 0,5--3 cm compr., margens espessadas; valvas coriáceas,

pubérulas a glabrescentes. Sementes 4--8, não compressas, oblongo-elipsóides; testa

coriácea, castanha, na maioria das vezes manchadas de cor mais escura; hilo curto, oblongo

a circular.

O gênero reúne ca. 35 espécies distribuídas na região Neotropical, com destaque

para o Brasil, onde ocorrem 30 espécies, sendo 9 endêmicas. São geralmente encontradas

Page 45: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

38

ao longo das florestas estacionais, cerrado, áreas inundadas e pastagens (Souza, 2014). No

estado da Bahia foram registradas 15 espécies com duas variedades.

Centrosema pertence à tribo Phaseoleae (Schrire 2005) e, juntamente com os

gêneros Periandra Mart. ex. Benth. e Clitoria L., está incluído na subtribo Clitoriinae,

embora o seu monofiletismo ainda não foi avaliado em um contexto filogenético. Esse

grupo aparece como uma das linhagens basais não resolvidas do clado Millettioide s.l.

(Cardoso et al. 2012). Os gêneros de Clitoriinae compartilham as flores ressupinadas e a

presença de microtricomas uncinados. Porém, Centrosema distingue-se de Clitoria pelo

cálice campanulado (vs. tubuloso), pelas pétalas da carena bem menores, fruto plano-

compresso (vs. cilíndrico) e dos demais gêneros da subtribo principalmente pelo estandarte

calcarado, aurículas das alas pubescentes e estigma truncado.

Page 46: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

39

Chave de identificação para as espécies

1. Raque ausente ou inconspícua, 0,1--0,4 cm compr.

2. Folíolo 1, base cordada; pecíolo alado ................................. 1.11. C. sagittatum

2’. Folíolos 3--5, base não cordada; pecíolo não-alado.

3. Folíolos com ápice acuminado, nervuras secundárias 50--90 pares

............................................................................................. 1.1. C. angustifolium

3’. Folíolos com ápice obtuso ou emarginado, nervuras secundárias 6--17(--20)

pares.

4. Folíolos geralmente lanceolados, raramente elípticos, em ambas as faces

nervuras proeminentes; cálice com lacínia superior reta

............................................................................................... 1.14. C. venosum

4’. Folíolos obovados ou elípticos, em ambas as faces nervuras pouco

proeminentes; cálice com lacínia superior curvada

............................................................................................. 1.3. C. bracteosum

1’. Raque presente, 0,5--14 cm compr.

5. Planta enegrecida quando herborizada; folíolo terminal geralmente rômbico e os

laterais ovais, mais largos na base; pétalas brancas, com guia de néctar na face superior

do estandarte e o ápice das alas vináceos ............................................. 1.8. C. plumieri

5’. Plantas verdes quando herborizadas, folíolo terminal nunca rômbico; pétalas lilás a

roxas, raramente rosa a branca em C. virginianum.

6. Todas as lacínias do cálice maiores do que as bractéolas.

7. Folíolos lineares a oval-lanceolados; flores pequenas, 1--3,2 cm compr.;

lacínias do cálice desiguais ................................................... 1.7. C. pascuorum

7’. Folíolos elípticos a ovais; flores grandes, 2,1--5,8 cm compr.; lacínias do

cálice com tamanhos uniformes ....................................... 1.15. C. virginianum

6’. Pelo menos a lacínia do cálice inferior e as laterais menores do que as

bractéolas.

8. Estandarte não calcarado no dorso e externamente revestido por indumento

seríceo com tricomas ferrugíneos ..................................... 1.12. C. sericiflorum

8’. Estandarte calcarado no dorso, externamente revestido por indumento piloso

com tricomas esbranquiçados.

9. Caule lenhoso; folíolos coriáceos; estandarte magenta.

Page 47: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

40

10. Ramos jovens, pecíolo e raque pubescentes a tomentosos; folíolos

suborbiculares, lanceolados ou elípticos, face adaxial rugosa

............................................................................................ 1.2. C. arenarium

10’. Ramos jovens, pecíolo e raque pubescentes, folíolos oval-oblongos ou

elípticos, face adaxial ligeiramente reticulada ................... 1.5. C. coriaceum

9’. Caule não lenhoso; folíolos papiráceos a cartáceos; estandarte roxo a lilás.

11. Folíolos 3--5, ápice arredondado ou truncado; fruto falcado, 2,8--4 cm

compr. ...................................................................... 1.10. C. rotundifolium

11’. Folíolos 3, ápice agudo, acuminado, obtuso ou emarginado; fruto reto,

8--22 cm compr.

12. Folíolo terminal triangular com base hastada e margens sinuosas

........................................................................................ 1.13. C. schottii

12’. Folíolo terminal elíptico com base obtusa e margens retas.

13. Folíolos esparsamente pilosos; inflorescência mais curta do

que a folha adjacente, brácteas oval-orbiculares

.................................................................... 1.4. C. brasilianum

13’. Folíolos pilosos a pubescentes; inflorescência mais longa do

que a folha adjacente, brácteas oval-lanceoladas.

14. Estipelas 4--6 mm compr.; fruto 15,5--22 cm compr.,

valvas do fruto com pontuações translúcidas

................................................................. 1.6. C. macrocarpum

14’. Estipelas 1,5--3 mm; fruto 13,4--14 cm compr., valvas

do fruto sem pontuações translúcidas .......... 1.9. C. pubescens

Page 48: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

41

1.1. Centrosema angustifolium (Kunth) Benth., Commentat. Legum. Gen. 54. 1837.

Figuras 1A, 3A, 4A e 9.

Nome popular: cunhã

Trepadeira lenhosa ou volúvel, ca. 60 cm alt.; ramos jovens, pecíolo e raque

esparsamente pilosa, tricomas setiformes, esparsos. Estípulas 3--5,2 × 1--2 mm, oval-

lanceoladas, acuminadas, face externa pilosa, persistentes. Folhas 6,5--11,8 cm compr.,

(sub-) palmadas; pecíolo 0,7--5,4 cm compr.; raque 0,1--0,4 cm compr., ausente ou

inconspícua, estipelas 1,8--4,1 × 0,1--0,5 mm; triangulares, linear, face externa

esparsamente pilosa, caducas; folíolos 3, cartáceos 4,3--9,5 × 0,2--0,9 cm, o terminal com

tamanho similar ao par basal, linear-lanceolados, a raramente, oblongos, ápice acuminado,

base aguda, os laterais ligeiramente assimétricos, ambas as faces esparsamente pilosa,

reticulada, nervuras secundárias paralelas, 50--90 pares. Pseudorracemo 3--4,3 cm

compr., mais curto do que a folha adjacente; brácteas e bractéolas puberulentas, oval-

lanceoladas, brácteas de segunda ordem 3,5--8 × 2,1--4 mm, bractéolas 11--15 × 5--6 mm,

assimétricas; pedicelo 0,3--0,9 mm compr. Flores 2,9--3,5 cm compr., pétalas lilás; cálice

8--10 mm compr., tubo 4--5 × 4,5--6,5 mm, face externa pilosa, tricomas finos e eretos,

face interna glabrescente, lacínias 4, lacínia superior 6--7 mm compr., lacínias laterais 2--

3,2 mm compr., lacínia inferior 3--4 mm compr., unida a mais da metade da base, bífida;

estandarte 2,2--2,8 × 3,1--3,5 cm, orbicular, face externa pilosa, com tricomas retos e

curtos, face interna glabrescente, calcar 1,5--2 mm compr.; alas 2,1--2,6 cm compr.,

falcadas, onduladas; pétalas da carena 1,8--2,3 × 1,0--1,3 cm, face externa pilosa a

glabrescente, face interna esparsamente pilosa; androceu 3,0--3,6 cm compr., bainha

estaminal 2,4--3,1 cm compr., glabrescente, porção livre dos filetes 5--6 mm compr.,

anteras 1--1,2 × 0,8--1 mm, oblongo-elípticas; pistilo 3--3,3 cm compr., ovário 1,7--2,0 ×

9--10 cm, séssil, piloso, estilete 1,2--1,3 cm compr., pubérulo, estigma truncado e ciliado.

Legume 9--13 × 0,3--0,4 cm, reto, margens reta-onduladas, base aguda; valvas castanho-

claras a vináceas, esparsamente pilosas, com tricomas curtos. Sementes 4--4,5 × 1--2 ×

1,9--2 mm, oblongas; testa coriácea, castanha escura, negras quando secas; hilo 1,5--2 mm

compr., oblongo.

América do Norte (México) a América do Sul (Brasil, Colômbia e Paraguai). No

Brasil ocorre em todas as regiões (Schultze-Kraft et al. 1990; Souza 2013). D1, D10, E9,

F6, G2: Cerrado, Campo Rupestre (cerrado de altitude) e Mata Atlântica (tabuleiro

costeiro), em solos arenosos e rochosos. Floresce ao longo do ano com maior intensidade

Page 49: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

42

no período de abril a junho e frutifica de fevereiro a maio. A antese tem início em torno

das 6:00 horas e mantêm-se abertas até cerca das 17:00 horas.

Material examinado – Barreiras, estrada de chão para Palmeiral, 11°59'40''S,

45°34'52''W, 03 mai. 2013 (fl., fr.) K.L. Barreto et al. 76 (HUEFS); Cocos, Fazenda

Trijunção, estrada para o Guará, próximo a caixa d’água, 14°45'15''S, 45°55'15''W, 11 dez.

2001 (fl.), M.L. Fonseca et al. 3060 (IBGE); Conceição do Jacuípe, margem da BR-101,

12°18'60''S, 38°45'59''W, abr. 1974 (fl.), G.C.P. Pinto 42261 (ALCB); Rio de Contas, ,

entre Rio de Contas e Jussíape, 13°35'00''S, 41°45'00''W, T.B. Cavalcanti et al. 332

(SPSF); Rio Real, Fazenda Caetitú, 11°29'05''S, 37°55'57''W, abr. (fl., fr.), G.C.P. Pinto

s.n. (ALCB).

Material adicional examinado – BRASIL. GOIÁS: Cachoeira de Goiás, Fazenda

Biquinha, 16°44'05''S, 05°04'05''W, jan. 1982 (fl.), G.P. Silva 4187 (CEN).

Pode ser reconhecida principalmente pelas folhas palmadas (raque ausente ou

inconspícua) e pelos folíolos linear-lanceolados a, raramente, oblongos com muitas

nervuras secundárias paralelas. Pela forma estreita dos folíolos, assemelha-se a C.

pascuorum, da qual se diferencia pela raque foliar ausente ou inconspícua (vs. bem

desenvolvida), folíolos com maior quantidade de nervuras secundárias (> 50 vs. < 20

pares) e flores maiores (2,9--3,5 cm compr. vs. 1--2,3 cm compr.).

Esta espécie tem sido erroneamente usada no IPNI como Centrosema angustifolium

Benth., talvez por Bentham ter elevado Clitoria sect. Centrosema a gênero. No entanto o

basiônimo da espécie em questão é Clitoria angustifolia Kunth, o que nos remete ao nome

correto Centrosema angustifolium (Kunth) Benth.

1.2. Centrosema arenarium Benth., Commentat. Legum. Gen. 55. 1837.

Figura 1B--C, 3B--D, 4B e 9.

Nome popular: feijão-do-mato.

Trepadeira lenhosa, volúvel ou subarbusto ereto, 1--2,5 m alt.; ramos jovens,

pecíolo e raque pubescentes a tomentosos, tricomas curtos, sinuosos e adpressos. Estípulas

2--7 × 1--3 mm, oval-triangulares, acuminadas, face externa pilosa, persistentes. Folhas 3--

12 cm compr., pinadas; pecíolo 0,6--3,2 cm compr.; raque 0,5--1,7 cm compr., estipelas

2,3--8 × 0,1--0,5 mm, linear-triangulares, face externa esparsamente pilosa, geralmente

caducas; folíolos 3, cartáceos a coriáceos, 3,1--9,5 × 1--4,5 cm, o terminal 2× maior do que

os basais, ovais a elípticos, às vezes orbicular, ápice obtuso ou agudo, geralmente

mucronado, base obtusa, os laterais ligeiramente assimétricos, face adaxial rugosa, pilosa,

Page 50: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

43

face abaxial pubescente a tomentosa principalmente ao longo das nervuras secundárias,

reticulada, nervuras secundárias 5--13 pares. Pseudorracemo 2,8--7,3 cm compr., mais

curto do que a folha adjacente; brácteas e bractéolas esparsamente pilosas, brácteas de

segunda ordem 4--8 × 2--4,5 mm, oval-lanceoladas, bractéolas 8--15 × 4--6 mm, elíptico-

oblongas, assimétricas; pedicelo 0,5--1,2 cm compr. Flores 2,5--5 cm compr.; pétalas cor

de rosa, cálice 7--14 mm compr., tubo 4--7 × 5--8 mm, face externa pilosa, tricomas finos e

eretos, face interna pilosa a glabrescente, lacínias 4, lacínia superior 2--5,1 mm compr.,

lacínias laterais 2--4 mm compr., lacínia inferior 2--9 mm compr., bífida; estandarte 1,8--

3,1 × 1,4--3,8 cm, orbicular, face externa pubescente, face interna pilosa a glabrescente,

calcar 1,5--2,5 mm compr.; alas 1,7--2,7 cm compr., falcadas, onduladas; pétalas da carena

1,6--2,5 × 0,6--1,5 cm, face externa pilosa, face interna esparsamente pilosa; androceu 1,7-

-3,8 cm compr., bainha estaminal 1,3--3,0 cm compr., glabrescente, porção livre dos

filetes 4--8 mm compr., anteras 1--1,5 × 0,9--1,2 mm, oblongo-elípticas; pistilo 1,2--2,6 cm

compr., ovário 9--20 × 0,5--1 mm, séssil, hirsuto, estilete 0,3--1,3 cm compr., pubérulo,

estigma truncado. Legume 9,3--21,5 × 0,4--0,6 cm, reto, margens onduladas, base aguda;

valvas castanho-claras a vináceas, pubescentes, tricomas adpressos. Sementes 3--5 × 3--4

× 0,8--1,1 mm, cilíndricas ou oblongas; testa coriácea, castanho-escura a vinácea, negra

quando secas; hilo 1,5--2 mm compr., oblongo.

América do Sul (Brasil e Paraguai) e América Central (Nicarágua e Panamá;

Queiroz 2009). No Brasil, está amplamente distribuída nas regiões nordeste, centro-oeste,

sudeste e sul (Souza 2013). B7, B9, C5, C6, C7, C8, D6, D7, E5, E6, E8, E9, F5, F6, F9,

G5, H8, I8, J8: Caatinga (arbustivo-arbórea, floresta estacional semidecidual), Cerrado,

Mata Atlântica (floresta ombrófila e restinga), Campo Rupestre e áreas antropizadas,

predominantemente em solos arenosos. Floresce ao longo do ano e frutifica no período de

novembro a março. A antese tem início em torno das 6:00 horas e mantêm-se abertas até

cerca das 17:30 horas.

Page 51: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

44

Material selecionado – Abaíra, Estrada Catolés-Abaíra, ca. 5 km de Catolés, 13°19'00''S,

41°49'00''W, 24 nov. 1992 (fl.), W. Ganev 1552 (HUEFS, SPSF); Andaraí, Distrito de

Igatú, 12°53'44''S, 41°19'10''W, 01 set. 1986 (fl., fr.), J.D.C.A. Ferreira 390 (HRB); Baixa

Grande, 11°52'26''S, 40°06'18''W, 02 set. 1980 (fl.), R.P. Orlandi 288 (CEPEC, HUEFS,

HRB, NY, RB, SPSF); Barreiras, BR-242, KM 1052, Brasília-Fortaleza, beira de estrada,

12°09'10''S, 44°59'24''W, 29 set. 2009 (fl., fr.), L. Coradin et al. 1196 (CEN, CEPEC,

HUEFS, HRB, NY, RB, SPSF); Caen, 11º08'00''S, 40º25'00''W, 03 set. 1981 (fl.), G.C.P.

Pinto 31381 (HUEFS); Caetité, Brejinho dos Ametistas, 14°07'00''S, 42°30'00''W, 13 abr.

1980 (fl., fr.), R.M. Harley 21303 (CEPEC, HUEFS, RB); Campo Formoso, 10°14'34''S,

40°15'57''W, 14 abr. 2006 (fl.), V.J. Santos 551 (HUEFS); Canavieiras, próximo da

Fazenda Catita, 15°38'00''S, 39°11'00''W, 28 mai. 2011 (fl.), E.N. Matos et al. s.n.

(HUEFS, 180445); Feira de Santana, Campus da Universidade Estadual de Feira de

Santana, 13°15'00''S, 38°58'00''W, 05 jul. 1993 (fl.), T.S.N. Sena 6 (HUEFS); Filadélfia, 5

Km na estrada para Pindobaçu, 10°46'20''S, 40°08'55''W, 28 fev. 2000 (fl.), A.M. Giulietti

& R.M. Harley 1877 (HUEFS); Igaporã, 13º46'24''S, 42º42'51''W, 05 abr. 1992 (fl.), G.

Hatschbach 56635 (MBM); Ipirá, 12°09'30''S, 39°44'13''W, abr. (fl.), E.L.P.G. de Oliveira

796 (CEPEC); Jacobina, 11°10'51''S, 40°31'06''W, s.d. (fl., fr.), L.M. Guedes et al. 9343

(CEPEC); Jaguarari, Fazenda Umburanas, 10°8'18''S, 40°13'46''W, 13 abr. 2006 (fl.),

P.F.S. Silva 185 (HUEFS); Juazeiro, margem direita do rio São Francisco, próximo ao

desembarque da Ilha do Rodeadouro, 09°30'00''S, 40°30'00''W, 30 mai. 2011 (fl.), 359 m

s.n.m., J.P.B. Nascimento 6 (HVASF); Lençóis, Fim da estrada que sai do restaurante de Luís

Piedade, 12°33'48''S, 41°23'23''W, 21 ago. 19 (fl.), A.A. Conceição & A.A. Grillo 87

(SPSF); Licínio de Almeida, Distrito de São Domingos, Fazenda São Domingos,

14°33'54''S, 42°31'22''W, 11 dez. 2009 (fl.), E. Melo et al. 7473 (HUEFS); Livramento do

Brumado, Estrada livramento-Rio de Contas, 3 Km da cidade de Rio de Contas,

13°38'35''S, 41°50'26''W, 10 abr. 1999 (fl.), R.C. Forzza et al. 1117 (CEPEC); Monte

Santo, 10°27'00''S, 39°20'00''W, 20 fev. 1974 (fl.), R.M. Harley 16414 (CEPEC); Morro

do Chapéu, Estrada sentido Morro do Chapéu-Jacobina, Km 22, 11°24'32''S, 41°02'09''W,

17 fev. 2004 (fl.), G.P. da Silva 8475 (CEN); Mucugê, 9Km a SW de Mucuge, Rod. p/

Cascavel, terreno prox. Rio Paraguaçu, 13°02'00''S, 41°25'00''W, 05 fev. 1974 (fl., bot.),

R.M. Harley 16035 (CEPEC); Nova Viçosa, 5 km da rodovia Nova Viçosa-Posto da Mata

(BR 101), L.A.M. Silva & T.S. Santos s.n., s.d. (fl.), (ALCB); Oliveira dos Brejinhos,

12°19'01''S, 42°53'46''W, 16 mar. 1998 (fl., fr.), G. Hatschbach et al. 67787 (HUEFS);

Page 52: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

45

Palmeiras, beira da estrada na BR-242, 12°26'32,5''S, 41°29'51,7''W, 762 m s.n.m., 18 jan.

2013 (fl., fr. e bot.), K.L. Barreto & I.M. Souza 28 (HUEFS); Piatã, Ca. 1 km de Brejo de

Cima, 13°18'42''S, 41°33'45''W, 08 jan. 2006 (fl., fr.), T.S. Nunes et al. 1455 (HUEFS);

Pindobaçu, trilha para serra da fumaça, 10°39'55''S, 40°20'34''W, 16 dez. 2008 (fl.), L.A.

Sousa 219 (HUEFS); Porto Seguro, 16°26'60''S, 39°03'52''W, 22 ago. 1961 (fl., frt.), A.P.

Duarte 5965 (RB); Prado, 17°20'28''S, 39°13'14''S, s.d. (fl.), M. Fonseca & M.L. Guedes

s.n. (CEPEC); Rio de Contas, Estrada Rio de Contas-Rio da Caixa km 13, 13°37'19''S,

41°48'06''W, 17 jan. 2004 (fl., fr.), G. Pereira-Silva et al. 8403 (CEN); Santa Brígida,

09°41'48''S, 38°13'54''W, 23 ago. 2005, D.S. Carneiro-Torres et al. 495 (HUEFS); Saúde,

10°56'00''S, 40°25'00''W, 22 jun. 1987 (fr.), L. Coradin et al. 7734 (HUEFS); Sento Sé, 16

Km a NW de Lagoinha (5,5 Km a SW de Delfino), 10°22'00''S, 41°20'00''W, 04 mar. 1974

(fl., fr.), R.M. Harley 16686 (CEPEC); Tucano, Fazenda Boqueirão, 12°01'33''S,

38°38'22''W, 05 jan. 2006 (fl.), D. Cardoso & J.M.O. Santos 930 (HUEFS); Umburanas,

Distrito de Delfino, 10°22'00''S, 41°20'00''W, 04 mar. 1974 (fl., fr.), R.M. Harley 16686

(IPA); Una, Parque Ecoturístico de Una, próximo à REBIO (Reserva Biológica de Una),

15°18'01''S, 39°03'59''W, s.d., J.S. Blanchet 3712 (NY).

A espécie caracteriza-se pelos ramos lenhosos, folíolos coriáceos com face adaxial

rugosa e abaxial pubescente a tomentosa. A ocorrência de ramos lenhosos e folíolos

coriáceos é compartilhada com C. coriaceum (Queiroz 2009), da qual C. arenarium

distingue-se pelos ramos e folíolos pubescentes a tomentosos (vs. glabros) e face adaxial

dos folíolos rugosa (vs. lisa).

Page 53: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

46

1.3. Centrosema bracteosum Benth., Commentat. Legum. Gen. 55. 1837.

Figuras 1D, 4C, 5A e 11.

Nomes populares: rabo-de-tatu

Erva prostrada ou volúvel ca. 1,5 m alt.; ramos jovens e pecíolo, puberulentos.

Estípulas 2--5 × 1,5--2,5 mm, oval-triangulares, acuminadas, face adaxial pubérula,

persistentes. Folhas 5--10,4 cm compr., digitadas; pecíolo 1,3--4,8 cm compr.; raque

ausente, estipelas 2--5 × 0,6--1 mm, setiforme-triangulares, face externa pubérula; folíolos

3-digitados, papiráceos a cartáceos, 3,2--10,3 × 1,2--2,6 cm, obovados ou elípticos, ápice

obtuso, emarginado ou mucronado, base aguda, os laterais ligeiramente assimétricos,

ambas as faces pilosas a glabrescentes, reticulada, nervuras secundárias 6--13 pares.

Pseudorracemo 4,2--7,1 cm compr., maior do que a folha adjacente; brácteas e bractéolas

esparsamente pilosas, brácteas de segunda ordem 2,5--10 × 1,5--6 mm, lanceolada-

suborbiculares, bractéolas 10--15 × 4,5--6,5 mm, elíptico-oblongas, simétricas; pedicelo

0,5--1,3 cm compr. Flores 2,8--5 cm compr.; pétalas lilás esbranquiçada, cálice 1,4--2,4

cm compr., tubo 4--5 × 4,5--7,2 mm, face externa pilosa, face interna glabrescente, lacínias

4, lacínia superior 11,5--14 mm compr., lacínias laterais 4--6 mm compr., lacínia inferior

3--6 mm compr., bífida, unida a mais da metade da base; estandarte orbicular 1,4--2,7 ×

1,2--2,7 cm, face externa pubescente, face interna glabrescente, calcar 1--4 mm compr.;

alas falcadas, onduladas 1,4--2,3 cm compr.; pétalas da carena 1,3--1,9 × 0,6--1,4 cm, face

externa esparsamente pilosa, face interna glabrescente; androceu 0,9--3,5 cm compr.,

bainha estaminal 0,7--3 cm compr., glabrescente, filetes livres por 3--5 mm compr., anteras

1--1,5 × 0,9--1 mm, oblongo-elípticas; pistilo 1,0--27 mm compr., ovário 6--12 × 0,8--1

mm, séssil, hirsuto, estilete 4--15 mm compr., piloso, estigma truncado e ciliado. Legume

6,7--8,3 × 4--5 cm, reto, rostro 0,5--1,2 cm compr., margens onduladas, base aguda; valvas

castanho-claras, pubérulo. Sementes 3,5--6 × 2--2,5 × 0,03--0,2 mm, oblongas; testa

coriácea, castanho-clara; hilo ca. 1,2 mm compr., oblongo.

Brasil, regiões Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul),

Nordeste (Bahia), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo) e Sul (Paraná). (Schultze-Kraft et al.

1990). D2, E2/3, G5: Cerrado, solo arenoso, até 1000 m s.n.m. Floresce no período de

novembro a janeiro e frutifica em janeiro, março, outubro e novembro. A antese tem início

em torno das 6:00 horas e as flores mantêm-se abertas até cerca das 17:00 horas.

Material examinado – Barreiras, ca. 100 km W of Barreiras, cerrado Espigão

Mestre, 12°09'10''S, 44°59'24''W, 07 mar. 1972, W.R. Anderson 36798 (UB); Caetité,

14°03'60''S, 42°29'00''W, 10 jan. 2006 (fl., fr.), T.S. Nunes et al. 1592 (HUEFS); Formosa

Page 54: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

47

do Rio Preto, 11°09'00''S, 45°35'00''W, abr. 1989 (fl.), R.C. Mendonça 1434 (IBGE);

Igaporã, próximo ao trevo para Tanque Novo, 14°07'47''S, 42°30'15''W, 950 m s.n.m, 18

mar. 1995 (fl., fr.), G. Hatschbach & J.M. Silva 62025 (HUEFS); Santana, 12°56'00''S,

44°03'00''W, 20 nov. 1980 (fl.), S.B. Silva 167 (HRB).

Material adicional examinado – BRASIL. DISTRITO FEDERAL: Brasília,

15°53'00''S, 47°56'00''W, 06 nov. 1990 (fl.), P.C.M. Ramos 284 (CEPEC); GOIÁS:

Niquelândia, 14°40'44''S, 48°04'59''W, 28 nov. 1996 (fl.), M.L. Fonseca 1369 (RB).

Centrosema bracteosum pode ser reconhecida por apresentar folhas digitadas,

folíolos obovados ou elípticos com ambas as faces apresentando nervuras pouco

proeminentes e cálice com lacínia superior lanceolada, maior do que as outras e curvada.

As folhas digitadas e trifolioladas a aproximam de C. venosum, da qual se diferencia pelos

caracteres citados de forma e nervuras dos folíolos e lacínias do cálice. No entanto, foram

observados alguns espécimes com morfologia intermediária entre essas duas espécies,

sugerindo a necessidade de estudos que melhor estabeleçam os limites entre elas.

Page 55: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

48

1.4. Centrosema brasilianum (L.) Benth., Commentat. Legum. Gen. 54. 1837.

Nomes populares: jequiritirana, brincos-de-princesa, fava-brava, feijão-bravo.

Trepadeira prostrada a volúvel 1--2 m alt.; ramos jovens glabros, pecíolo e raque,

glabrescentes a glabros. Estípulas 2--6 × 0,5--1,5 mm, oval-triangulares, acuminadas, face

externa glabrescente, persistentes. Folhas 3,6--10 cm compr., pinadas; pecíolo 0,5--2,6 cm

compr.; raque 0,5--1,5 cm compr., estipelas 1--4,5 × 0,1--0,2 mm, linear-triangulares, face

externa esparsamente pilosa, folíolos 3, membranáceos a cartáceos, 2,5--7,7 × 1--4 cm, o

terminal, oval a linear-lanceolado, ápice agudo, obtuso, geralmente mucronado, base

obtusa, os laterais ligeiramente assimétricos ou simétricos, face adaxial glabrescente, face

abaxial esparsamente pilosa, reticulada, nervuras secundárias 4--15 pares. Pseudorracemo

2,8--5,1 cm compr., mais curto do que a folha adjacente; brácteas e bractéolas,

glabrescentes, ciliadas nas extremidades, brácteas de segunda ordem 5--7 × 2,5--6 mm,

oval-orbiculares, bractéolas 11--16 × 5,3--10 mm, elíptico-oblongas, assimétricas; pedicelo

5--12 mm compr. Flores 2,2--4,5 cm compr.; pétalas lilás, cálice 4,5--6,5 mm compr., tubo

3--5 × 3--6 mm, face externa pilosa, tricomas setiformes, face interna esparsamente pilosa,

lacínias 4, lacínia superior 1,1--4,5 mm compr., lacínias laterais 1--2 mm compr., lacínia

inferior 1,2--2,5 mm compr., bífida; estandarte 1,6--3,2 × 2,0--4,0 cm, orbicular, face

externa pubérula, face interna glabra, calcar 1--2 mm compr.; alas falcadas, onduladas 1,5-

-2,4 cm compr.; pétalas da carena 2,1--2,2 × 1,0--1,6 cm, face externa pilosa, face interna

glabrescente; androceu 2,3--2,8 cm compr., bainha estaminal 1,8--2,3 cm compr.,

esparsamente piloso, filetes livres 5--6 mm compr., anteras 0,8--1,4 × 0,8--1 mm, oblongo-

elípticas; pistilo 1,2--1,5 mm compr., ovário 11--14 × 0,5--1 mm, séssil, pubérulo, tricomas

adpressos, estilete 8--12 mm compr., pubérulo, estigma truncado e ciliado. Legume 8--18

× 0,3--0,7 cm, reto, rostro 1,8--2,6 cm compr., margens onduladas ou retas, base aguda;

valvas castanho-claras, pubérulo, tricomas adpressos. Sementes 3--4,2 × 2--3 × 0,9--2,2

mm, cilíndricas ou oblongas; testa coriácea, castanho-escura; hilo 0,8--1,5 mm compr.,

elíptico-oblongo.

Centrosema brasilianum caracteriza-se pelas brácteas oval-orbiculares, folhas com

pulvínulos enegrecidos quando herborizadas, flores grandes (2,2--4,5 cm compr.), lacínias

do cálice claramente desiguais, sendo as laterais mais curtas ou do mesmo tamanho da

inferior e pelas bractéolas grandes, encobrindo quase totalmente todas as lacínias do cálice.

A forma dos folíolos a aproxima de C. pascuorum e C. virginianum, a qual ainda

compartilha flores de comprimento semelhante. Centrosema brasilianum diferencia-se

Page 56: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

49

destas espécies pelas brácteas orbiculares, lacínias do cálice curtas (vs. longas e lineares) e

bractéolas recobrindo o cálice em toda a sua extensão.

Segundo Amshoff (1939) C. brasilianum possui duas variedades: C. brasilianum

var. brasilianum e C. brasilianum var. angustifolium.

Chave de identificação para as variedades

1. Folíolos lanceolados a ovais, face adaxial com menos de 10 pares de nervuras secundárias

............................................................................. 1.2. C. brasilianum var. brasilianum

1’. Folíolos linear-lanceolados, face adaxial com mais de 10 pares de nervuras secundárias

.......................................................................... 1.1. C. brasilianum var. angustifolium

1.4.1. Centrosema brasilianum (L.) Benth. var. brasilianum

Figuras 1E, 3F--G, 4D e 10.

América Central ao Paraguai, sendo considerada invasora (Williams & Clements

1990; Queiroz 2009). No Brasil ocorre em todas as regiões (Souza 2013), em diferentes

tipos de vegetação, geralmente em ambientes antropizados. B6, C5, C6, C7, C9, D6/7,

D10, E2, E4, E6, E7, E8, E9, E10, F4, F6, F7, F8, F9, G8, H8, J8: Caatinga, Mata

Atlântica (floresta ombrófila e restinga), Campo Rupestre, solos arenosos e áreas

antropizadas. Floresce e frutifica durante todo o ano. A antese tem início em torno das 6

horas e mantêm-se abertas até cerca das 17:00 horas.

Material selecionado – Abaíra, 13°18'00''S, 41°54'00''W, 22 nov. 1993 (fl.), W.

Ganev 2536 (HUEFS); Água Quente, 13°30'00''S, 41°59'00''W, 01 dez. 1988 (fl., fr.),

R.M. Harley et al. 26556 (CEPEC, NY, SPSF); Alagoinhas, Campus-Uneb, 12°08'00''S,

38°26'00''W, 04 set. 2000 (fl.), N.G. Jesus 416 (CEPEC, HUEFS); Alcobaça, Km 15-20

Rod. para Itamaraju, 17°31'10''S, 39°11'44''W, 11 ago. 1995 (fl.), G. Hatschbach & J.T.

Motta 62983 (CEPEC, HUEFS, MBM); Andaraí, Entroncamento BR-242- Andaraí KM

30, 12°41'00''S, 41°12'00''W, 12 set. 1991 (fl., fr.), L. Coradin et al. 8589 (RB); Anguera,

12°10'00''S, 39°12'00''W, 15 set. 1996 (fl.), E. Melo 1712 (UB); Barra, Dunas do São

Francisco em frente à vila de Ibiraba no caminho para os Brejos, 10°49'54,2''S,

42°56'32,8''W, 16 fev. 2013 (fl.), K.L. Barreto et al. 39 (HUEFS); Barreiras, Próximo ao

Hotel Solar das Mangueiras, 12°06'55''S, 45°04'09''W, 13 abr. 2005 (fl., fr.), L.P. Queiroz

10223 (HUEFS); Bom Jesus da Lapa, Estrada de Bom Jesus da Lapa-Igaporã km 33,

13°26'00''S, 43°10'00''S, 02 jul. 1983 (fl., fr.), L. Coradin et al. 6337 (CEN); Cairú, Ilha de

Page 57: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

50

Tinharé, 13°29'13''S, 39°02'37''W, 09 abr. 1982 (fl., fr.), G.C.P. Pinto et al. 1182 (CEPEC,

HRB, HUEFS); Camaçari, 12°56'00''S, 38°21'00''W, 04 fev. 2006 (fl., fr.), D. Cardoso et

al. 1109 (HUEFS); Campo Alegre de Lourdes, Estrada para Remanso, cerca de 12 Km de

Campo Alegre de Loudes, 09°35'10''S, 42°54'15''W, 15 jun. 2001 (fl., fr.), T.S. Nunes 428

(ALCB, CEPEC, HUEFS, PEUFR); Casa Nova, Arredores da represa de Sobradinho,

09°31’00’’S, 41°23’00’’W, 08 set. 1981 (fl., fr.), G.C.P. Pinto 34281 (HUEFS); Conde,

Fazenda do Bu, 12°03'24''S, 37°41'27''W, 11 set. 1996 (fl.), T. Jost et al. 404 (HUEFS,

RB); Entre Rios, Litoral Norte, Massarandupió, a 20Km de Porto de Sauípe, 11°52'00''S,

38°02'00''W, 23 jul. 2010 (fl.), A.V. Popovkin 719 (HUEFS); Esplanada, Dunas de Baixio,

11°47'00''S, 37°56'00''W, 26 fev. 2000 (fl.), E.P. Queiroz 35 (ALCB); Ibotirama, Rodovia

Ibotirama-Seabra (Rod. BR 242) km 14, 12°02'00''S, 43°04'00''W, 20 jun. 1987 (fr.), L.

Coradin et al. 7645 (CEN, HUEFS); Ilhéus, 9 Km no sul de Ilhéus, estrada Ilhéus-

Olivença, Cururupé, 14°51'00''S, 39°02'00''W, 29 nov. 1981(fl.), G.P. Lewis & A.M.

Carvalho 704 (CEPEC); Iramaia, Fazenda Leopoldina, 13°33'00''S, 40°43'00''W, 04 abr.

1984 (fl., fr.), J.C.A. Lima & L.C. Oliveira Filho 107 (CEPEC); Itaberaba, Fazenda

Itaberaba, ilhas de vegetação em Inselberg, 12°30'06''S, 40°05'03''W, 08 fev. 2008 (fl.),

J.L. Ferreira et al. 302 (HUEFS); Itabuna, Br 101, Itabuna-Eunapólis, Km 123,

14°24'34,2''S, 39°19'33,7''W, 16 jul. 1980 (fl.), K.L. Barreto et al. 62 (HUEFS); Ituaçu,

13°48'50''S, 41°16'41''W, 23 jun. 1987 (fl.), L.P. Queiroz et al. 1685 (HUEFS, MBM);

Ituberá, 13°43'00''S, 39°08'00''W, 08 jun. 2006, M. Ramalho et al. s.n. (ALCB);

Jandaíra, 11°33'00''S, 37°47'00''W, 16 jul. 2000 (fl.), E.P. Queiroz 72 (ALCB); Jequié,

13°51'28''S, 40°05'00''W, 26 jan. 1980 (fl.), Andrade-Lima, D. 8806 (IPA); Jeremoabo,

10°00'15''S, 38°25'59''W, 18 out. 2009 (fl., fr.), E. Melo et al. 6760 (ALCB); Lençóis,

Entroncamento e entrada para lençóis/ Itaberaba BR-242, km 13, 12°52'00''S, 41°30'00''W,

23 mar. 2003 (fl., fr.), E. Gross 17 (HUEFS); Livramento do Brumado, Estrada de Rio de

Contas-Livramento de Brumado, km 9, 13°37'00''S, 41°49'00''W, 17 set. 1992 (fl.), L.

Coradin et al. 8652 (RB); Maracás, 6Km a SW de Maracás, BA-026, 13°26'28''S,

40°25'50''W, 26 abr. 1978 (fl.), S.A. Mori et al. 9929 (CEPEC); Maraú, Fazenda Taipus de

Fora, 13°56'35''S, 38°55'50''W, 24 mai. 2009 (fl., fr.), M.L. Guedes et al. 15033 (ALCB,

MBM); Mascote, 15°33'47''S, 39°18'09''W, 16 jul. 1980 (fl., fr.), L. Coradin et al. 2922

(CEN, HUEFS, RB); Mata de São João, 12°27'34''S, 37°56'28''W, 22 jul. 2008 (fl., fr.),

F.S. Gomes et al. 68 (ALCB); Miguel Calmon, Piemonte da Diamantina, entorno do

Parque de Sete passagens, Boca da Mata, 11°22'25''S, 40°35'14''W, 23 dez. 2006 (fl., fr.),

M.L. Guedes et al. 13224 (ALCB); Morro do Chapéu, 11°40'19''S, 41°00'51''W, 24 mai.

Page 58: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

51

2008 (bot., fl. e fr.), N. Roque et al. 1822 (ALCB); Mucugê, Parque Municipal de Mucugê,

Trilha do Tiburtino, 13°14'00''S, 41°34'00''W, (fl., fr.), J. Costa & C.N.B. Costa 1332

(HUEFS); Nova Viçosa, 17°53'31''S, 39°22'19''W, 21 mai. 1980 (fl.), L.A.M. Silva & T.S.

Santos 802 (CEPEC); Palmeiras, 12°31'44''S, 41°33'31''W, abr. 1997, A.L.B. Sartori et al.

245 (CEPEC); Rio de Contas, 13°35'00''S, 41°45'00''W, 26 fev. 1989 (fl., fr.), T.B.

Cavalcanti et al. 332 (HUEFS); Salvador, Dunas do Abaeté, 12°58'00''S, 38°30'00''W, 22

out. 2005 (fl., fr.), A.L. Cotias et al. s.n. (ALCB); Santo Antônio de Jesus, 12°26'25''S,

37°56'11''W, 24 mar. 2006 (fl., fr.), P.O. Rebouças 40 (HUEFS); São Sebastião do Passé,

12°30'45''S, 38°29'42''W, 17 out. 1998 (fl.), A.F.S. Nascimento et al. 45 (HRB); Senhor do

Bonfim, 10°27'46''S, 40°11'27''W, 15 ago. 2001 (fl., fr.), T.S. Nunes et al. 607 (HUEFS);

Sento Sé, 10°10'18,50''S, 41°30'36,60''W, 02 mai. 2012 (fl., fr.), N.M.P. Braga & R.P.

Salomão 37 (IPA); Tanquinho, ca. 8-15Km W do entroncamento Tanquinho com BR -

116, na BR 324, 12°42'00''S, 39°43'00''W, 27 out. 2004 (fl., fr.), L.P. Queiroz 9684

(HUEFS); Una, 15°17'36''S, 39°04'31''W, 03 jun. 1981 (fl.), J.L. Hage & E.S. Santos 841

(CEPEC); Utinga, 12°08'00''S, 41°08'00''W, 21 set. 2007 (fl., fr.), P.C. Natividade et al. 11

(HUEFS); Valença, Guaibim. Ca. 8Km na estrada para Atracadouro Porta do Curral,

partindo da BA 887, 13°21'57''S, 38°58'36''W, 24 ago. 2002 (fl.), A.M. Carvalho & C.E.Q.

Souza 7218 (CEPEC).

1.4.2. Centrosema brasilianum var. angustifolium (Kunth) Amshoff Meded. Bot. Mus.

Herb. Rijks Univ. Utrecht 52: 62. 1939.

Figuras 3H, 4E, 5B e 10.

América do Sul, das Guianas ao leste do Brasil (Queiroz 2009). No Brasil, está

distribuída em todos os estados (Souza 2013), sendo comum em ambientes antropizados,

podendo assim ser considerada uma planta invasora. D5, D7, E7/8, E9, F6: Caatinga e

Mata Atlântica (restinga). Floresce e frutifica de maio a setembro. A antese tem início em

torno das 6 horas e mantêm-se abertas até cerca das 17 horas.

Esta variedade tem sido erroneamente usada na base de dados do W3 Tropicos do

Missouri Botanical Garden, no IPNI como Centrosema brasilianum var. angustifolium

(Benth.) Amshoff, talvez por Bentham 1837 ter elevado Clitoria sect. Centrosema a

gênero. No entanto o basiônimo da espécie em questão é Clitoria angustifolia Kunth, o que

nos remete ao nome correto Centrosema brasilianum var. angustifolium (Kunth) Amshoff.

Material selecionado – Alagoinhas, 12°04'00''S, 38°23'00''W, 27 jan. 1993 (fl.),

J.A. Kallunki & J.R. Pirani 381 (HUEFS); Aporá, ca. 12 km Se de Crisópolis na estrada

Page 59: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

52

para Acajutiba, 12°37'01''S, 39°10'00''W, 26 ago. 2006 (fl., fr.), L.P. Queiroz & N.S.

Nascimento 4657 (HUEFS); Conceição do Jacuípe, 12°18'60''S, 38°45'59''W, abr. 1974

(fl., fr.), P. Pinto 42261 (IPA); Feira de Santana, Campus da UEFS, 11°33'01''S,

42°30'00''W, 28 out. 2004 (fl.), L.P. Queiroz & D. Cardoso 10032 (HUEFS, RB); Iaçu,

12°50'21''S, 39°58'15''W, 20 fev. 2005 (fl.), F. França et al. 5143 (HUEFS); Itatim,

12°43'00''S, 39°42'00''W, 29 jun. 1996 (fl., fr.), E. Melo et al. 1614 (CEN, HUEFS, IPA);

Rio de Contas, 13°35'00''S, 41°45'00''W, 26 fev. 1989 (fl., fr.), T.B. Cavalcanti et al. 332

(HUEFS); Santa Teresinha, 12°47'00''S, 39°47'00''W, 02 jun. 1993 (fr.), L.P. Queiroz et

al. 3192 (HUEFS); Serrolândia, 11°18'22''S, 40°16'18''W, 20 ago. 1980 (fl., fr.), W.N.

Fonseca 257 (CEPEC); Tanquinho, 12°42'00''S, 39°43'0''W, 27 out. 2004 (fl., fr.), L.P.

Queiroz 9684 (HUEFS).

Page 60: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

53

1.5. Centrosema coriaceum Benth., Commentat. Legum. Gen. 54. 1837.

Figuras 1F, 3I, 4F e 11.

Trepadeira ou subarbusto ereto 0,5--2m alt.; ramos jovens, pecíolo e raque

glabrescentes, tricomas curtos. Estípulas 1--4 × 0,5--3 mm, oval-triangulares, acuminadas,

face externa esparsamente pilosa, persistentes. Folhas 4,2--9,2 cm compr., pinadas; pecíolo

0,2--2,0(--2,6) cm compr.; raque 0,5--2 cm compr., estipelas 1--5 × 0,1--0,5(--0,8) mm,

setiforme-triangulares, face interna pilosa, geralmente caducas; folíolos 3, coriáceos, 3,5--

7,1 × 1,7--3,7 cm, ovais a elípticos, ápice obtuso ou emarginado, geralmente mucronado,

base obtusa ou emarginada, os laterais ligeiramente assimétricos, face adaxial glabrescente,

face abaxial esparsamente pilosa principalmente ao longo das nervuras, reticulada,

nervuras secundárias 5--10 pares. Pseudorracemo 3--6,2 cm compr., mais curto do que a

folha adjacente; brácteas e bractéolas pilosas, brácteas de segunda ordem 2--9 × 1,2--5,9

mm, oval-lanceoladas, bractéolas 9--16 × 3--9 mm, elíptico-oblongas, assimétricas;

pedicelo 0,3--1,5 cm compr. Flores 2,6--4,7 cm compr.; cálice 6,5--11 mm compr., tubo

3,5--6 × 4,5--11 mm, face externa pubérula, tricomas finos e curtos, face interna

glabrescente, com tricomas adpressos, lacínias 4, lacínia superior 4--8,5 mm compr.,

lacínias laterais 2--5 mm compr., lacínia inferior 2,5--5,5 mm compr., bífida; estandarte 2--

4 × 1,9--5 cm, orbicular, face externa pubescente, face interna glabrescente, calcar 1--2,5

mm compr.; alas falcadas, onduladas 1,6--3,6 mm compr.; pétalas da carena 1,6--3,7 × 0,9-

-2,2 cm, face externa pilosa, tricomas adpressos, face interna glabrescente; androceu 1,6--

3,5 cm compr., bainha estaminal 1,1--3 cm compr., glabrescente, filetes livres 0,5--2,9 cm

compr., anteras 1--3 × 0,5--1,8 mm, oblongo-elípticas; pistilo 1,3--2,6 cm compr., ovário

1,2--2,3 × 8--15 cm, séssil, piloso, estilete 1--1,8 cm compr., pubérulo, estigma truncado e

ciliado. Legume 8,5--15,5 × 0,4--0,6 cm, reto, rostro 0,7--1,9 cm compr., margens

onduladas, base aguda; valvas castanho-claras a vináceas, pubérulas. Sementes 4--4,5 × 3-

-3,2 × 0,1--1,1 mm, cilíndricas; testa coriácea, castanha a vinácea; hilo 1,5--2 mm compr.,

oblongo.

Brasil, estados da Bahia e Minas Gerais (Schultze-Kraft et al. 1990). C6, C7, D6,

D7, E5, E6, E7, E9, F6, H7, I8, J8: Caatinga, Campo Rupestre e Mata Atlântica

(restinga), geralmente em afloramentos rochosos de granito ou arenito de 405--1480 m

s.n.m. Floresce e frutifica ao longo do ano. A antese tem início em torno das 6:00 horas e

mantêm-se abertas até cerca das 17:00 horas.

Page 61: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

54

Material selecionado – Abaíra, 13°23'00''S, 41°51'00''W, 1480 m s.n.m., 25 out.

1993 (fl.), W. Ganev 2327 (HUEFS, NY); Andaraí, 12°52'00'S, 41°18'00''W, 400 m

s.n.m., 21 set. 2007 (fl., fr.), P.C. Natividade et al. 16 (HUEFS); Barra do Mendes,

12°09'03''S, 42°01'03''W,16 dez. 2009 (fl., fr.), E. Melo et al. 7642 (HUEFS); Campo

'Formoso, 10°22'00''S, 41°19’00''W, 14 ago. 1999 (fl., fr.), E.M. Silva et al. 173 (HUEFS,

IPA); Caravelas, 17°50'19''S, 39°19'18''W, 27 ago. 2011 (fl., fr.), E.N. Matos et al. 462

(HUEFS); Guaratinga, 16°35'49''S, 39°54'50''W, 26 ago. 2010 (fl., fr.), L. Daneu et al.

374 (CEPEC); Itaberaba, 12°24'44''S, 40°32'12''W, ago. 2005 (fl.), L.P. Queiroz et al.

10783 (CEPEC, HUEFS); Itamaraju, Fazenda Pau Brasil, 16°59'26''S, 39°36'11''W, 11

fev. 2007 (fl.), A.M. Amorim et al. 6918 (CEPEC); Jacobina, 11°14'28''S, 40°41'42''W, 19

nov. 2011 (fl.), N. Roque s.n. (ALCB); Lençóis, 12°20'30''S, 41°20'30''W, 09 mar. 2000

(fl., fr.), A.A. Ribeiro-Filho & L.S. Funch 55 (HUEFS); Macarani, 15°46'19''S,

40°24'50''W, 17 ago. 2001 (fl.), A.M. Carvalho et al. 7024 (ALCB, CEPEC); Miguel

Calmon, 11°23'00''S, 40°45'00''W, 21 ago. 1993 (fl., fr.), L.P. Queiroz et al. 3516

(CEPEC, HUEFS); Morro do Chapéu, 11°33'01''S, 41°09'00''W, 25 abr. 2010 (fl.), M.L.

Guedes et al. 16987 (ALCB); Mucugê, 13°01'31''S, 41°21'52''W, 02 nov. 2011 (fl.), I.M.

Souza et al. s.n. (HUEFS); Palmeiras, 12°34'00''S, 41°23'00''W, set. 2009 (fl.), M.S. Nunes

35 (HUEFS); Pindobaçu, 10°39'59''S, 40°21'59''W, 24 mai. 2008 (fl.), L.A. Sousa & R.B.

Carvalho 112 (HUEFS); Porto Seguro, 16°52'00''S, 39°09'00''W, 12 dez. 1991 (fl.), H.P.

Bautista & M.C. Ferreira 463 (HRB); Ruy Barbosa, 12°18'36''S, 40°20'48''W, 1020 m

s.n.m., 14 mar. 1999 (fl., fr.), F. França et al. 2669 (HUEFS); Salvador, 12°58'00''S,

38°30'00''W, 11 jun. 2011 (fl.), M.L. Guedes et al. s.n. (ALCB); Santa Cruz Cabrália,

16°13'14''S, 38°59'44''W, s.d. (fl.), J.G. Jardim et al. 2007 (CEPEC); Saúde, 10°56'38''S,

40°24'30''W, 542 m s.n.m., 25 jul. 2004 (fl., fr.), P. Fiaschi et al. 2407 (CEPEC, SPSF);

Seabra, 12°25'07''S, 41°46'13''W, 13 out. 1981 (fl.), G. Hatschbach 44219 (CEPEC,

MBM, RB); Senhor do Bonfim, 10°22'31''S, 40°12'28''W, 12 jul. 2005 (fl.), D. Cardoso

653 (HUEFS).

Centrosema coriaceum pode ser reconhecida pelos ramos lenhosos, ramos jovens,

pecíolo, raque foliar e folíolos glabros e folíolos coriáceos. Assemelha-se à C. arenarium

pelos ramos lenhosos e folíolos coriáceos. Também é confundida com Periandra

mediterranea Mart. ex Benth., devido ao seu hábito e pela morfologia da flor, porém

diferencia-se pela presença do calcar no estandarte (vs. calcar ausente) e estigma truncado

(vs. estigma cuneiforme).

Page 62: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

55

1.6. Centrosema macrocarpum Benth., Ann. Nat. Hist. 3(20): 436. 1839.

Figuras 3J, 4G, 6A--C e 12.

Trepadeira volúvel, robusta, raramente arbusto ca. 2 m alt.; ramos jovens, pecíolo

e raque, esparsamente pilosos. Estípulas 2,2--5,1 × 1--3 mm, oval-lanceoladas,

acuminadas, face externa pilosa, cedo caducas. Folhas 9,2--17 cm compr., pinadas; pecíolo

1,8--5,3 cm compr.; raque 0,7--4 cm compr., estipelas 3--6 × 0,2--0,7 mm, triangulares,

linear, face externa esparsamente pilosa, geralmente caducas; folíolos 3, papiráceos a

cartáceos, 4,5--9,5 × 2,9--6,2 cm, elípticos, ápice agudo ou mucronado, base obtusa, os

laterais ligeiramente assimétricos, ambas as faces pilosas quando jovem e glabras adultas,

reticulada, nervuras secundárias 6--11 pares. Pseudorracemo 5,1--9 cm compr., mais

curto do que a folha adjacente; brácteas e bractéolas esparsamente pilosas, brácteas de

segunda ordem 5--9 × 3--5 mm, oval-lanceoladas, bractéolas 10,1--16 × 4--6 mm, elíptico-

oblongas, assimétricas; pedicelo 6--8,2 cm compr. Flores 2,9--3,5 cm compr.; pétalas lilás,

cálice 1,1--1,2 cm compr., tubo 4--5 × 5--8,5 mm, face externa pilosa, face interna

esparsamente pilosa, lacínias 4, lacínia superior 8--12,5 mm compr., lacínias laterais 4--9

mm compr., lacínia inferior 4,2--8 mm compr., bífida; estandarte 2--3,3 × 1,6--2,8 cm,

orbicular, face externa pubescente, face interna glabrescente, calcar 1,3--3 mm compr.; alas

falcadas, onduladas 2,1--2,8 cm compr.; pétalas da carena 1,7--2,1 × 1,2--1,7 cm, face

externa pilosa, face interna esparsamente pilosa; androceu 3--3,2 cm compr., bainha

estaminal 2,4--2,7 cm compr., glabro, filetes livres 4--6 mm compr., anteras 1,2--1,5 × 1--

1,2 mm, oblongo-elípticas; pistilo 2,5--2,9 cm compr., ovário 1,3--1,6 × 0,1--0,2 cm, séssil,

piloso, estilete 1,2--1,3 cm compr., pilosa, estigma truncado e ciliado. Legume 15,5--22 ×

5--8 cm, reto, rostro 1,2--1,8 cm compr., margens onduladas, base aguda; valvas castanho-

claras com pontuações enegrecidas, esparsamente pilosas. Sementes 5--7,5 × 4--4,1 × 2,1--

2,2 mm, elíptica curvada; testa coriácea, castanho-escura; hilo ca. 3 mm compr., elipsóide.

América do Norte (México), América Central e América do Sul. No Brasil ocorre

da região Norte até a região Sudeste (Schultze-Kraft et al. 1990). E6, E7, F6, F7: Caatinga

(floresta estacional semidecidual), até 1000 m s.n.m. Floresce entre maio e setembro e

frutifica de agosto a setembro.

Material examinado – Irajuba, 13°15'00''S, 40°00'00''W, 03 set. 1981 (fl., fr.), L.

Coradin 4799 (CEN, HUEFS, RB); Itaberaba, Fazenda Serra da Monta, 12°31'40''S,

40°18'25''W, 17 jun. 1981 (fl.), B.B. Celeste 154 (IBGE); Palmeiras, 12°28'00''S,

41°34'00''W, 22 ago. (fl., fr.), L. Coradin et al. 4444 (RB); Rio de Contas, 13°06'00''S,

41°08'00''W, 26 fev. 1989 (fl.), T.B. Cavalcanti 332 (NY).

Page 63: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

56

Material adicional examinado – BRASIL. GOIÁS: Uruaçu, 13 out. 1980 (fl., fr.),

L. Coradin 3753 (HUEFS).

Centrosema macrocarpum caracteriza-se pelos ramos lenhosos, folíolos elípticos,

face abaxial com nervuras proeminentes e frutos compressos e grandes (15,5--22 × 5--8

cm). É morfologicamente confundida com C. pubescens, da qual se diferencia pelo hábito

mais robusto, com ramos lenhosos (vs. ramos herbáceos em C. pubescens) e folíolos

maiores e glabros em ambas as faces quando adultos (vs. folíolos pubescentes a

tomentosos em ambas as faces).

1.7. Centrosema pascuorum Mart. ex Benth., Commentat. Legum. Gen. 56. 1837.

Figuras 1G, 3K , 4H e 12.

Trepadeira ou herbácea ca. 30 cm de alt.; ramos jovens, pecíolo, raque e eixo da

inflorescência pilosa, tricomas setiformes esparsos. Estípulas 3--12 × 1--3 mm,

triangulares, acuminadas, face externa pilosa a glabrescente, caducas. Folhas 7,5--19,5 cm

compr., pinadas; pecíolo 1--6 cm compr.; raque 0,5--2,4 cm compr., estipelas 3--9 × 0,1--

0,8 mm, linear-triangulares, rígidas, face externa esparsamente pilosa, persistentes; folíolos

3, cartáceos, 4,7--13,4 × 0,2--1,5 cm, linear, oval-lanceolado, ápice agudo, raramente

mucronado, base acuminada, os laterais ligeiramente assimétricos, raramente oblongo, face

adaxial esparsamente pilosa, face abaxial pilosa a pubescente, principalmente ao longo das

nervuras, reticulada, nervuras secundárias 8--18 pares. Pseudorracemo 1,2--5,1 cm

compr., 1--(2) flores, mais curto do que a folha adjacente; brácteas e bractéolas pilosas a

pubérulas, brácteas de segunda ordem 1--5 × 1--3,1 mm, ovais, margem ciliada, bractéolas

4--9 × 1,8--4,2 mm, elíptico-oblongas, assimétricas; pedicelo 0,9--4 cm compr. Flores 1--3

cm compr.; pétalas lilás, cálice 6--11 mm compr., tubo 2--4 × 1,8--5 mm, face externa

esparsamente pilosa, face interna pilosa a glabrescente, lacínias 4, lacínia superior 3--8 mm

compr., lacínias laterais 4--8 mm compr., lacínia inferior 3--8 mm compr., bífida;

estandarte 1,2--2,5 × 1,0--2,2 cm, suborbicular, face externa pubescente, face interna

glabrescente, calcar 0,9--2 mm compr.; alas falcadas, onduladas 5,5--13,5 mm compr.;

pétalas da carena 0,5--1,5 × 0,3--1,0 cm, face externa pilosa, face interna esparsamente

pilosa; androceu 0,5--2,8 cm compr., bainha estaminal 0,3--1,5 cm compr., glabrescente,

filetes livres 2--6 mm compr., anteras 0,4-1 × 0,3--1,2 mm, oblongo-elípticas; pistilo 0,8--

3,2 cm compr., ovário 6--17 × 0,2--0,9 mm, séssil, pubescente, tricomas adpressos, estilete

2--15 mm compr., pubérulo, estigma truncado e ciliado. Legume 6,3--8,5 × 0,3--0,6 cm,

reto, rostro 0,6--1 cm compr., margens reta a levemente onduladas, base aguda; valvas

Page 64: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

57

castanho-escuras, pilosa, tricomas esparsos. Sementes 3--4,1 × 2--2,5 × 0,7--1,5 mm,

oblongas; testa coriácea, castanho-claras; hilo 0,9--1,2 mm compr., oblongo.

Neotrópico, do México até a costa do Equador, Guiana, norte da Venezuela,

Pantanal e na região nordeste do Brasil (Schultze-Kraft et al. 1990). B6/7, C4, D7, E3, E4,

F6: Caatinga, Cerrado, principalmente em áreas com secas prolongadas (Queiroz 2009),

em solos arenosos. Floresce e frutifica no período de fevereiro a agosto. A antese tem

início em torno das 6:00 horas e mantêm-se abertas até cerca das 17:00 horas.

Material examinado – Brumado 13°38'00''S, 41°51'00''W, 28 mar. 1991 (fl.),

G.P. Lewis & S.M.M. Andrade 1925 (CEPEC); Buritirama, 10°42'29''S, 43°37'49''W, K.L.

Barreto et al. 48 (HUEFS); Casa Nova, Arredores da represa de Sobradinho, 09°09'43''S,

40°58'14''W, 05 jul. 2009 (bot., fl.), J.P. Souza 9841 (HST); Cocos, 12°43'’01''’’S,

44°33'59''W, 530 m s.n.m., 17 mar. 1972 (bot., fl.), W.R. Anderson 37103 (UB);

Ibotirama, 12°10'00''S, 43°12'00''W, 410 m s.n.m., 25 mar. 1984 (fl., fr.), O.A. Salgado &

H.P. Bautista 294 (CEPEC, HRB, RB); Juazeiro, Campus Univasf, 367 m s.n.m,

09°26'52,4''S, 40°31'34,2''W, 19 abr. 2007 (fl., fr.), O.C.M. Vasconcelos 1658 (HUEFS);

Serrolândia, 11°18'22''S, 40°16'18''W, 29 mar. 1982 (fl.), W.N. Fonseca 257 (HRB, RB).

Material adicional examinado – BRASIL. CEARÁ: Crateús, 09 mai. 2002 (bot.,

fl.), F.S. Araújo 1518 (HUEFS); PIAUÍ: Oeiras, 03 abr. 1984 (bot., fl.), C.A. Miranda 438

(HUEFS).

Centrosema pascuorum pode ser reconhecida pelos folíolos lineares a lanceolados,

inflorescências menores do que as folhas adjacentes, flores relativamente pequenas, com

menos de 2 cm. compr., e lacínias do cálice alongadas, com comprimentos diferentes

porém, maiores do que as bractéolas. É uma espécie semelhante a C. brasilianum var.

angustifolium e C. virginianum, das quais se distinguem pelo tamanho da flor e

comprimento desigual das lacínias do cálice.

Page 65: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

58

1.8. Centrosema plumieri (Turpin ex Pers.) Benth., Commentat. Legum. Gen. 54. 1837.

Figuras 2A--B, 3L, 4I, 6D--F e 13.

Trepadeira volúvel ou arbusto escandente ca. 3 m alt.; ramos jovens, pecíolo e

raque esparsamente pilosos. Estípulas 4--13 × 1,5--5 mm, oval-triangulares, acuminadas,

face externa glabrescente, persistentes. Folhas 10,5--24(--28) cm compr., pinadas; pecíolo

1,5--11,5 cm compr.; raque 1,2--3,5 cm compr., estipelas 5--14 × 0,5--2 mm, setiforme-

triangulares, face externa glabrescente, geralmente caducas; folíolos 3, membranáceos a

cartáceos, 4,4--15,5 × 3,4--11,1 cm, ovais a rômbicos, mais largos na base, ápice

acuminado, base obtusa, os laterais ligeiramente simétricos, face adaxial pilosa a

glabrescente, face abaxial pilosa, tricomas sinuosos e adpressos, reticulada, nervuras

secundárias 5--10 pares. Pseudorracemo 3--11,5 cm compr., mais curto do que a folha

adjacente; brácteas e bractéolas glabras, brácteas de segunda ordem 4--5 × 2,2--5 mm,

oval-côncava, bractéolas 1,5--2,9 × 0,6--1,5 cm, elíptico-oblongas, assimétricas; pedicelo

0,3--1 cm compr. Flores 3--5 cm compr.; pétalas brancas, cálice 5,3--9,5 mm compr., tubo

4,5--7 × 6--10,3 mm, face externa pilosa, ciliada nas extremidades, face interna

glabrescente, lacínias 4, lacínia superior 2--5 mm compr., lacínias laterais 2--3 mm compr.,

lacínia inferior 1--2 mm compr., bífida; estandarte 2,8--4,3 × 1,6--4,2 cm, orbicular, face

externa pubescente, tricomas adpressos, face interna pilosa a glabrescente, calcar 1--3 mm

compr.; alas falcadas, onduladas 2,7--4 cm compr.; pétalas da carena 2--3,3 × 1,2--2 cm,

face externa pilosa, face interna glabrescente; androceu 3,4--5 cm compr., bainha estaminal

2,6--4,1cm compr., glabrescente, filetes livres por 7--10 mm compr., anteras 1--2 × 1--1,5

mm, oblongo-elípticas; pistilo 2,7--5 cm compr., ovário 10--23 × 1--2 mm, séssil,

pubescente, estilete 1,7--2,7 cm compr., pubérulo, estigma truncado e ciliado. Legume 8,5-

-22,7 × 7--19 cm, reto, rostro 0,5--3 cm compr., margens onduladas, base aguda; valvas

castanho-escuras, esparsamente pilosas, tricomas adpressos. Sementes 6--9 × 5,5--7 × 2,3-

-5 mm, orbicular ou ovais; testa coriácea, castanho-escura a vinácea, hilo 4,5--6 mm

compr., oblongo.

Amplamente distribuída na região Neotropical, sendo introduzida na África

tropical. No Brasil distribui-se da região Norte à região Sul (Schultze-Kraft et al. 1990).

D6, D7, G8: Mata Atlântica (floresta ombrófila) e Caatinga (floresta estacional

semidecidual), de 300--900 m s.n.m. Floresce e frutifica entre maio e outubro.

Material examinado – Ilhéus, Área do CEPEC, Km 22 da Rodovia Ilhéus/Itabuna

(BR-415) CEPLAC, quadra H, 14°47'20''S, 39°02'56''W, 06 set. 1983 (fl., fr.), E.B. Santos

& L.A.S. Barreto 63 (CEPEC, HUEFS); Irecê, Fazenda Ipê, 11°18'01''S, 41°52'00''W, 11

Page 66: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

59

abr. 2001 (fr.), T.S Nunes et al. 318 (HUEFS); Jacobina, 11°16'19''S, 40°27'48''W, 25 ago.

1980 (fl., fr.), R.P. Orlandi 240 (CEPEC, HRB, RB, UB); Ubaitaba, 14°18'01''S,

39°19'59''W, 12 out. 1998 (fl.), G. Hatschbach & J.M. Silva 68454 (CEPEC, MBM);

Uruçuca, 14°35'36''S, 39°17'03''W, 01 jul. 1965 (fl.), R.P. Belém et al. 1264 (UB).

Material adicional selecionado – BRASIL. ALAGOAS: Ibateguara, 12 jan. 1998

(fl., ft.), M. Oliveira & A.A. Grillo 1111 (HUEFS, MAC).

Centrosema plumieri caracteriza-se pelos folíolos ovais a rômbicos, mais largos na

base, sendo o terminal geralmente rômbico e os laterais ovais, inflorescência com

pedúnculo menor do que o pedicelo, flores grandes (3--5 cm compr.) com pétalas brancas

com faixas roxas e frutos compressos, longos (8,5--22,7 cm compr.). Material herborizado

é facilmente reconhecido pela coloração enegrecida da planta.

1.9. Centrosema pubescens Benth., Commentat. Legum. Gen. 55. 1837.

Figuras 1H, 3M, 4J e 13.

Trepadeira volúvel ca. 1--2,5 m alt.; ramos jovens, pecíolo e raque pubescentes a

tomentosos, tricomas sinuosos. Estípulas 2--7 × 0,8--1,5 mm, oval-triangulares,

acuminadas, face externa pilosa, persistentes. Folhas 6,7--12 cm compr., pinadas; pecíolo

0,8--4,2(--5,1) cm compr.; raque 0,5--2,2 cm compr., estipelas 2--7 × 0,1--0,2 mm, linear-

triangulares, face externa pilosa, persistentes; folíolos 3, membranáceos a papiráceos, (3,9-

-)5--9,8 × 2--6,2 cm, oval-elípticos ou lanceolados, ápice acuminado, geralmente agudo,

base obtusa, os laterais ligeiramente assimétricos, face adaxial pilosa, tricomas sinuosos,

face abaxial pubescente, reticulada, nervuras secundárias 6--10 pares. Pseudorracemo 4--

9,5 cm compr., mais longo do que a folha adjacente; brácteas e bractéolas pilosas, com

tricomas setiformes, brácteas de segunda ordem 5,5--9 × 2--4 mm, oval-lanceoladas,

bractéolas 7,5--13 × 3,5--7 mm, elíptico-oblongas, assimétricas; pedicelo 0,6--1,1 cm

compr. Flores 2,6--4,9 cm compr.; pétalas lilás, cálice 7,5--12 mm compr., tubo 4--5 × 5--

8 mm, face externa pilosa, face interna glabrescente, lacínias 4, lacínia superior 3--8,5 mm

compr., lacínias laterais 2--4 mm compr., lacínia inferior 1--3 mm compr., bífida;

estandarte 2,4--4,3 × 2,4--3,8(--4,6) cm, orbicular, face externa pubescente, face interna

glabrescente, calcar 1--2,5 mm compr.; alas falcadas, onduladas 1,8--2,7 cm compr.;

pétalas da carena 1,7--2,4 × 0,9--1,4 cm, face externa pilosa, face interna pilosa a

glabrescente; androceu 1,8--3,8 cm compr., bainha estaminal (1,3--)1,9--3,2 cm compr.,

glabrescente, filetes livres 5--7 mm compr., anteras 1--1,3 × 0,8--1,4 mm, oblongas; pistilo

1,8--3 cm compr., ovário 9--16(--23) × 0,5--1 mm, séssil, pilosa, tricomas adpressos,

Page 67: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

60

estilete 0,9--1,3(--1,8) cm compr., pilosa, estigma truncado e ciliado. Legume 13,4--17 ×

0,4--0,5 cm, reto ou falcado, rostro 0,7--1,7 cm compr., margens onduladas, base aguda;

valvas castanhas a vináceas, esparsamente pilosas. Sementes 4,5--5 × 2,8--3 × 1,8--2,2

mm, oblongas; testa coriácea, castanha a vinácea, hilo 2--2,5 mm compr., elipsóide.

Região Neotropical, do sudeste dos EUA até o sul do Brasil, introduzida na África e

na Ásia (Schultze-Kraft et al. 1990; Duno de Stefano et al. 2008). No Brasil ocorre em

todas as regiões (Souza 2013). D9, E6, E9, F5, F8, G5, G8, H7, H8, H9, J8: Mata

Atlântica (floresta ombrófila, restinga), Caatinga, áreas antropizadas. Floresce e frutifica

durante todo o ano. A antese tem início por volta das 6:00 horas e as flores mantêm-se

abertas até cerca das 17:00 horas.

Material selecionado – Aurelino Leal, Povoado da Pedra Grande, 14°18'60''S,

39°19'37''W, 16 jul. 1980 (fl., fr.), L. Coradin et al. 2939 (HUEFS, NY); Belmonte,

Estação Experimental Gregório Bondar, 15°51'48''S, 38°52'58''W, 30 mar. 1982 (fl.), H.S.

Brito & S.G. Vinha 161 (CEPEC); Caetité, Distrito de Brejinho das Ametistas,

14°16'00''S, 42°31'34''W, 10 jan. 2006 (fl., fr.), A.K.A. Santos et al. 559 (HUEFS);

Cachoeira, 13°45'00''S, 39°30'00''W, jun.1980 (fl.), Grupo Pedra do Cavalo 198 (ALCB);

Itambé, 15°15'00''S, 40°37'00''W, abr. 1971 (fl.), G.C.P. Pinto s.n. (ALCB); Lençóis,

12°33'00''S, 41°24'00''W, 21 jun. 1987(fl., fr.), L. Coradin et al. 7969 (CEN, HUEFS, RB);

Macaúbas, 13°01'60''S, 42°42'00''W, 16 jun. 2004 (fl.), G. Hatschbach et al. 77934

(MBM); Nova Viçosa, 17°53'32''S, 39°22'18''W, 20 out. 1983 (fl.), G. Hatschbach 47037

(CEPEC, MBM); Salvador, Campus Universitário de Ondina (Instituto de biologia),

12°58'15''S, 38°30'39''W, 05 out. 1987 (fl.), S. Selma s.n. (ALCB); Tucano, 11°07'24''S,

38°46'25''W, 04 jan. 2006 (fl., fr.), D. Cardoso & A. Amadeu 896 (HUEFS); Una, Fazenda

Cascata, 15°17'36''S, 39°04'31''W, 05 mai. 1983 (fl.), J.L. Hage et al. 1683 (CEPEC, RB).

Centrosema pubescens pode ser reconhecida pelos ramos jovens, pecíolo e raque

foliar pubescentes a tomentosos e pelos folíolos com face abaxial pubescente. A forma dos

folíolos a assemelha a C. brasilianum, que se diferencia por apresentar os ramos, pecíolo e

raque foliar glabros, ambas as faces dos folíolos esparsamente pilosas (vs. pilosas a

pubescentes em C. pubescens) e cálice com lacínia carenal curta e linear (vs. longa e

curva).

Page 68: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

61

1.10. Centrosema rotundifolium Mart. ex Benth., Commentat. Legum. Gen. 55. 1837.

Figuras 2C, 3N--P,4K, 7E e 14.

Trepadeira volúvel ou prostrada; ramos jovens, pecíolo e raque pubescentes a

tomentosos, tricomas longos e setiformes. Estípulas 2--4 × 1--2,5 mm, oval-triangulares,

acuminadas, face externa pilosa, persistentes. Folhas 3,8--10,4 cm compr., pinadas;

pecíolo 1--5,8 cm compr.; raque 3--14 cm compr., estipelas 2--5 × 0,5--2 mm, linear, face

externa esparsamente pilosa, persistentes; folíolos 3--5, cartáceos, 8--37 × 6--32 cm,

orbiculares a obovais, ou elípticos, ápice arredondado a truncado, base obtusa, os laterais

ligeiramente assimétricos, face adaxial tomentosa, face abaxial pubescente, reticulada,

nervuras secundárias 4--6 pares. Pseudorracemo 2,5--5,5 cm compr., mais curto do que a

folha adjacente; brácteas e bractéolas esparsamente pilosas, brácteas de segunda ordem 1--

6 × 1--3 mm, ovais, bractéolas 7--11 × 2,5--6 mm, elíptico-oblongas, assimétricas;

pedicelo 0,9--2,8 cm compr. Flores 2,4--6 cm compr.; pétalas lilás, cálice 8--13 mm

compr., tubo 3--5 × 3--7 mm, face externa pilosa, tricomas longos e eretos, face interna

pilosa a glabrescente, lacínias 4, lacínia superior 7--10 mm compr., lacínias laterais 3--5

mm compr., lacínia inferior 2--5 mm compr., bífida; estandarte 1,6--2,7 × 2,0--3,4 cm,

orbicular, face externa pubescente, face interna glabra, calcar 1,3--2,5 mm compr.; alas

falcadas, onduladas 1,5--2,7 cm compr.; pétalas da carena 1,4--2,6 × 0,8--1,4 cm, face

externa pilosa, face abaxial esparsamente pilosa; androceu 2,1--2,6 cm compr., bainha

estaminal 1,6--2,1 cm compr., glabrescente, filetes livres por 2--5 mm compr., anteras 0,9--

1,5 × 0,8--1 mm, oblongo-elípticas; pistilo 7,8--10,7 cm compr., ovário 7--9 × 0,8--1,5

mm, séssil, pubescente, estilete 0,8--1,7 cm compr., piloso a pubescente, estigma truncado

e ciliado. Legume 2,8--4 × 0,4--1 cm, falcado, oblongo, rostro ca. 0,4 cm compr., margens

retas, base aguda; valvas castanho-claras, pubescentes. [Sementes não vistas].

Brasil, regiões Nordeste (Rio Grande do Norte a Bahia) e Sudeste (Minas Gerais)

(Schultze-Kraft et al. 1990). B5, D2, D6, E6, G4: Caatinga, Cerrado (floresta estacional

decidual). Floresce e frutifica no período entre fevereiro e julho.

Material examinado – Carinhanha, Médio do São Francisco, a 1Km do Rio

Carinhanha, 14°18'46''S, 43°48'34''W, 29 dez. 2007 (bot., fl.), M.L. Guedes & F.S. Gomes

14111 (HUEFS); Formosa do Rio Preto, à beira do Rio Preto, 11°02'54''S, 45°11'34''W,

31 mar. 2000 (fr.), R.M. Harley et al. 53778 (HUEFS); Morro do Chapéu, Fazenda São

João Brejões, 11°15'29''S, 41°05'42''W, 14 abr. 2007 (fl.), E. Melo et al. 4717 (HUEFS);

Pilão Arcado, 1 Km depois da ponte sobre o riacho de Lage, 30 Km de Remanso na

Page 69: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

62

estrada para Pilão Arcado, 09°45'32''S, 42°17'53''W, 28 abr. 2001 (fl., fr.), L.P. Queiroz

6609 (HUEFS); Utinga, 12°31'60''S, 41°14'00''W, 01 jan. 1839 (fl., fr.), J.S. Blanchet 2705

(HUEFS).

Material adicional examinado – BRASIL. Ceará: Guaraciaba do Norte, 26 mai.

1981 (fl., fr.), A. Fernandes 10353 (EAC, HUEFS); Maranhão: Bacabal, 24 mai. 1980

(fl.), L. Coradin 2673 (HUEFS); Piauí: Parnaíba, 10 fev. 2007 (fl.) F.S. Santos 789

(HUEFS).

Centrosema rotundifolium pode ser reconhecida pelo seu hábito prostrado, ramos

tomentosos, folhas 3--5-folioladas, folíolos orbiculares a obovais ou elípticos, com ápice

arredondado a truncado, sendo os basais levemente mais longos do que o terminal, e frutos

falcados e pequenos (2,8--4 cm. compr.). Barbosa-Fevereiro (1977) trata C. heptaphyllum

como sinônimo de C. rotundifolium. Porém, Williams & Clements (1990) consideram estas

como espécies distintas. Neste trabalho concordamos com Barbosa-Fevereiro (1977), em

considerar C. heptaphyllum como sinônimo de C. rotundifolium.

1.11. Centrosema sagittatum (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Brandegee, Zoe 5(10): 202.

1905.

Figuras 3Q, 4L, 7D e 14.

Trepadeira volúvel; ramos jovens, pecíolo e raque, esparsamente pilosos.

Estípulas 3--9 × 0,8--3,5 mm, triangular-lanceoladas, acuminadas, glabrescentes,

persistentes. Folhas 6,9--24,2 cm compr., pinadas; pecíolo alado 2--7(--10,1) cm compr.;

raque ausente, estipelas 2--6 × 0,1--0,5 mm, setiforme-triangulares, face externa

esparsamente pilosa, caducas; folíolos 1, membranáceos a cartáceos, 6--21 × 4--11(--12,5)

cm, sagitados, ápice acuminado, base sagitada, face adaxial pilosa a glabrescente, tricomas

sinuosos e adpressos, face abaxial esparsamente pilosa, principalmente ao longo das

nervuras, reticulada, nervuras secundárias 4--8 pares. Pseudorracemo 3,5--7 cm compr.,

mais curto do que a folha adjacente; brácteas e bractéolas glabrescentes, brácteas de

segunda ordem 1,5--6 × 2--5 mm, oval-lanceoladas, bractéolas 4,5--10 × 2--5 mm, elíptico-

oblongas, assimétricas; pedicelo 0,5--0,9 mm compr. Flores 2,2--4,8 cm compr.; pétalas

brancas, cálice 7--13,5 mm compr., tubo 5--7 × 5--8 mm, face externa pilosa, face interna

esparsamente pilosa, lacínias 4, lacínia superior 3--7 mm compr., lacínias laterais 2--4,2

mm compr., lacínia inferior 1,8--2 mm compr., bífida, unida a mais da metade da base;

estandarte 2,1--5,8 × 1,7--3,2 cm, orbicular, face externa pubescente, face interna

glabrescente, calcar 1,2--3 mm compr.; alas falcadas, onduladas 2--2,4 cm compr.; pétalas

Page 70: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

63

da carena 1,9--2,3 × 1,0--1,6 cm, face externa pilosa, face interna glabrescente; androceu

2,3--3,3 cm compr., bainha estaminal 1,7--2,4 cm compr., glabrescente, filetes livres por 5-

-6 mm compr., anteras 1--1,5 × 1--1,3 mm, oblongo-elípticas; pistilo 2,3--3,1 cm compr.,

ovário 11--17 × 0,7--1 mm, séssil, pubescente, estilete 1,2--1,4 cm compr., pubérulo,

estigma truncado e ciliado. Legume 14--19 × 6--8 cm, reto, rostro ca. 1 cm compr.,

margens onduladas, base aguda; valvas castanho-claras, esparsamente pilosa. Sementes

5,5--7 × 3,5--5 × 1,7--3,1 mm, oblongas; testa coriácea, castanho-enegrecida a vinácea,

hilo 2,5--2,7 mm compr., oblongo.

México ao Paraguai e nordeste da Argentina (Schultze-Kraft et al. 1990). No Brasil

ocorre nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul (Paraná) (Souza 2013). C7, D7,

E6, E7, E8, F5, F6, G7, G8, H7: Caatinga (florestas estacionais semideciduais) e Mata

Atlântica (floresta ombrófila, floresta estacional, restinga). Floração em maio e junho e

frutificação em maio, junho, setembro e dezembro.

Material selecionado – Encruzilhada, margem do Rio Prado, 15°31'48''S,

40°54'36''W, 23 mai. 1968 (fl.), R.P. Belém 3593 (NY); Feira de Santana, Distrito de São

José da Itapororoca, 12°38'00''S, 39°28'00''W, 18 jun. 1985 (fr.), H.P. Bautista et al. 1031

(HRB); Ilhéus, 14°47'21''S, 41°39'00''W, 06 abr.1992 (fr.), G. Hatschbach et al. 56935

(MBM); Macaúbas, Arredores da lagoa do Maurício, 13°01'11''S, 42°41'55''W, 15 jun.

2004 (fl., fr.), G. Hatschbach et al. 77880 (MBM); Mundo Novo, Distrito de Ibiaporã,

11°51'32''S, 40°28'20''W, ago. 1972 (fl.), G.C.P. Pinto s.n. (ALCB); Paramirim,

13°17'47''S, 42°14'50''W, 29 abr. 2007 (fl.), A.A. Conceição et al. 1970 (ALCB, HUEFS);

Rio de Contas, Distrito de Marcolino Moura, 14°16'60''S, 39°00'59''W, 30 jun. 2007 (fr.),

D. Cardoso & E.A. Correia 2087 (HUEFS); Ruy Barbosa, 12°19'39''S, 40°28'33''W, 03

set. 2004 (fr.), L.P. Queiroz et al. 9441 (HUEFS); Senhor do Bonfim, Fazenda

Passaginha, 10°22'43''S, 40°12'22''W, 600--700 m s.n.m., 14 jul. 2005 (fl.), D. Cardoso et

al. 742 (HUEFS); Serra do Ramalho, 13°33'45''S, 43°35'48''W, 17 mai. 2000 (fl., fr.), G.

Hatschbach et al. 71260 (MBM); Vitória da Conquista, Fazenda Santa Maria,

14°51'58''S, 40°50'21''W, 19 fev.1992 (fl.), A.M.V. Carvalho 3811 (CEPEC, NY, RB).

Material adicional examinado – BRASIL. CEARÁ: Crato, 05 mai. 1991(fl., fr.),

G.L. Esteves 2573 (HUEFS).

Centrosema sagittatum é diferenciada de todas as demais espécies da Bahia pela

presença de folhas unifolioladas com folíolo sagitado, pecíolo alado, raque foliar ausente e

flores com pétalas brancas com manchas violáceas.

Page 71: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

64

Esta espécie tem sido erroneamente usada no IPNI como Centrosema sagittatum

Brandegee, no entanto o basiônimo da espécie em questão é Glycine sagittata Humb.&

Bonpl. ex. Willd, o que nos remete ao nome correto Centrosema sagittatum (Humb. &

Bonpl. ex Willd.) Brandegee.

1.12. Centrosema schottii (Millsp.) K.Schum., Bot. Jahresber. (Just) 26, pt. 1: 353. 1900.

Figuras 2D, 3R, 4M, 7A--C e 15 .

Trepadeira volúvel, 1--2 m alt.; ramos jovens, pecíolo e raque pilosos a

glabrescentes. Estípulas 3,5--10 × 1,5--4 mm, oval-triangulares, acuminadas, face externa

pilosa. Folhas 5,2--27 cm compr., pinadas; pecíolo 1,2--11 cm compr.; raque 0,9--4,2 cm

compr., estipelas 3,5--7,5 × 0,1--0,5 mm, setiforme-triangulares, face externa esparsamente

pilosa, caducas; folíolos 3, membranáceos, 2,8--10,7 × 1--9,5 cm, triangulares, ápice

acuminado, base hastada, os laterais ligeiramente assimétricos, face adaxial pilosa,

tricomas sinuosos nas extremidades, face abaxial pilosa, tricomas sinuosos, adpressos e

pegajosos, nervuras secundárias 5--8 pares. Pseudorracemo 5,2--12 cm compr., mais

curto do que a folha adjacente; brácteas e bractéolas esparsamente pilosas, brácteas de

segunda ordem 5--7,2 × 2--7 mm, oval a largamente elíptica, bractéolas 1,5--2 × 0,3--1,2

cm, elíptico-oblongas, assimétricas; pedicelo 0,4--1 cm compr. Flores 2,7--5,2 cm compr.;

cálice 4,5--6 mm compr., pétalas lilás, tubo 3--3,5 × 6--7 mm, face externa pilosa, face

interna esparsamente pilosa, lacínias 4, lacínia superior 2,5--3 mm compr., lacínias laterais

1,3--2 mm compr., lacínia inferior 1,5--4 mm compr., agudo a ondulado; estandarte

orbicular 2,2--3,5 × 2,2--4,2 cm, face externa pilosa a pubescente, face interna

glabrescente, calcar 1--3,5 mm compr.; alas falcadas, onduladas 2,6--4 cm compr.; pétalas

da carena 2,1--3 × 1,4--1,8 mm, face externa pilosa, face interna esparsamente pilosa;

androceu 3,8--4,2 cm compr., bainha estaminal 3,1--3,2 cm compr., glabro, filetes livres

por 6--10 mm compr., anteras 1,3--2 × 0,8--1 mm, oblongo-elípticas; pistilo 3,1--4,1 cm

compr., ovário 10--18 × 0,8--2 mm, séssil, piloso adpresso, estilete 2,1--2,3 cm compr.,

piloso, estigma truncado e ciliado. Legume 8,5--13,5 × 6--9 cm, reto a falcado, rostro 1,6--

3,5 cm compr., margens onduladas, base aguda; valvas castanho-claras, esparsamente

pilosas, tricomas adpressos. Sementes 5--6 × 4--5 × 3,4--3,5 mm, oblongas; testa coriácea,

castanho; hilo 2--2,9 mm compr., oblongo a elíptica.

México, Guatemala, norte da Venezuela, Equador, Argentina e Brasil nas regiões

Nordeste e Centro-Oeste (Schultze-Kraft et al. 1990; Duno de Stefano et al. 2009). B7, D6,

D7, E6: Caatinga, geralmente em solos próximos a afloramentos calcários. Floração de

Page 72: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

65

maio a outubro e frutificação no período de abril a agosto. A antese tem início em torno

das 6:00 horas e as flores mantêm-se abertas até cerca das 17:00 horas.

Material examinado – Juazeiro, 09°48,33'00''S, 40°38,33'00''W, 28 mai. 1985

(fl., fr.), G. Fotius 4028 (HST); Irecê, 11°18'16''S, 41°51'20''W, 20 ago.1980 (fl.), Mª.

Socorro & G. Ferreira 101 (IBGE); Morro do Chapéu, 11°33'28,75''S, 40°54'21,4''W, 15

jul. 2013 (fl., fr.), K.L. Barreto et al. 84 (HUEFS); Nova Redenção, Povoado de

Queimadas, 12°49'08''S, 41°04'15''W, 24 abr. 2010 (fl.), P.G. Ribeiro 06 (HUEFS); São

Gabriel, 11°13'46''S, 41°54'43''W, 01 abr. 2009 (fr.) R.F. Machado et al. 67 (HUEFS).

Material examinado adicional – BRASIL. CEARÁ: Quixeré, 17 set. 1996 (fl.,

fr.), Bezerra-Loiola, M.I. 225 (HUEFS).

Centrosema schottii é diferenciada das demais espécies da Bahia pelos folíolos

triangulares com margens sinuosas e base hastada. Além disso, apresenta flores grandes

(2,7--5,2 cm compr.) com pétalas lilás e faixas brancas ao longo do estandarte, e frutos

largos e grandes (8,5--13,5 × 6--9 cm).

Esta espécie tem sido erroneamente usada no IPNI como Centrosema schottii

K.Schum. No entanto o basiônimo da espécie em questão é Bradburya schottii Millsp. o

que nos remete ao nome correto Centrosema schottii (Millsp.) K.Schum.

1.13. Centrosema sericiflorum K. Barreto & L.P. Queiroz, sp. inéd.

Figuras 3S, 4N, 8A--K e 15; Capítulo I (figuras 1 e 2).

Trepadeira lenhosa, volúvel, ramos jovens, pecíolo e raque pubescentes, tricomas

curtos e ferrugíneos. Estípulas 7 × 1,5 mm, oval-triangulares, acuminadas, face externa

serícea, persistentes. Folhas 14--15 cm compr., pinadas; pecíolo 5--5,3 cm compr.; raque

1,0--1,2 cm compr., 6 × 0,5 mm, estipelas linear-triangulares, face externa pilosa; folíolos

3, coriáceos, 7,5--8 × 6,3--6,8 cm, elípticos, ápice obtuso, base obtusa, os laterais

ligeiramente assimétricos, face adaxial esparsamente pilosa, face abaxial pubescente,

reticulada, nervuras secundárias 7--8 pares. Pseudorracemo 8,3 cm compr., mais curto do

que a folha adjacente; brácteas e bractéolas seríceas, brácteas de segunda ordem 5,1 × 4

mm, oval-lanceoladas, bractéolas 12,2 × 8 mm, elíptico-oblongas, assimétricas; pedicelo

0,7 cm compr. Flores 4 cm compr.; cálice 14 mm compr., tubo 7 × 11 mm, face externa

serícea, tricomas finos, adpressos e ferrugíneos, face interna glabra, lacínias 4, lacínia

superior 8,5 mm compr., lacínias laterais 7 mm compr., lacínia inferior 6 mm compr.,

bífida; estandarte 3,4 × 3,7 cm, orbicular, revoluto, face externa serícea, face interna

glabrescente, calcar ausente; alas falcadas, onduladas 3 cm compr.; pétalas da carena 2,3 ×

Page 73: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

66

1,3 cm, face externa pilosa, face interna glabrescente; androceu 3,5 cm compr., bainha

estaminal 2,5 cm compr., glabrescente, filetes livres por 10 mm compr., anteras 1,8 × 1

mm, oblongo-elípticas; pistilo 1,8 cm compr., ovário 15 × 1,8 mm, séssil, piloso, estilete

0,3--1,3 cm compr., pubérulo, estigma capitado e ciliado. [Fruto não vistos].

Espécie provavelmente endêmica do estado da Bahia. D7: Caatinga arbustiva,

geralmente em fragmentos de áreas abertas e secas, sobre substratos argilosos. Floresce em

julho.

Material examinado – Bonito, 11°43'15''S, 40°24'28''W, 19 jul. 1998 (fl.), L.P.

Félix & G. Trajano 8689 (HST).

Centrosema sericiflorum caracteriza-se pelos ramos puberulentos, folíolos

coriáceos com face abaxial pubescente, brácteas, bractéolas, flores e cálice com indumento

seríceo e ferrugíneo, ausência de calcar, estigma capitado e disco nectarífero lobado. Todos

estes caracteres diferenciam esta espécie das demais do gênero. Além disso, ela

compartilha o estandarte não calcarado e os ramos lenhosos com C. platycarpum Benth. e

C. triquetrum (Hoffmanns. ex Benth.).

1.14. Centrosema venosum Mart. ex Benth., Fl. Bras. (Martius) 15(1): 133.

Figuras 2E, 3T, 4O, 5C--D e 15.

Erva prostrada ou trepadeira volúvel 1,5--3,0 m alt.; ramos jovens, pecíolo e raque

glabrescentes. Estípulas 2,5--6 × 1,2--3 mm, oval-lanceoladas, acuminadas ou agudas,

face externa pilosa, persistentes. Folhas 4,1--26,5 cm compr., pinadas; pecíolo 0,6--10,7

cm compr.; raque ausente, estipelas 1,3--5 × 0,5--2 mm, setiforme-triangulares, face

externa esparsamente pilosa, caducas; folíolos 3-5-digitados, cartáceos, (3,5--)4,5--23,6 ×

0,2--1,5 cm, geralmente lanceolados, raramente elípticos, ápice obtuso ou mucronado, base

aguda, os laterais ligeiramente assimétricos, face adaxial pilosa esparsa, tricomas sinuosos,

face abaxial pilosa, tricomas setiformes, reticulada, nervuras secundárias proeminentes 6--

17(--20) pares. Pseudorracemo 3,4--8 cm compr., mais curto do que a folha adjacente;

brácteas e bractéolas esparsamente pilosas, brácteas de segunda ordem 2--9 × 1,2--4 mm,

oval-lanceoladas, geralmente suborbicular, bractéolas 5--17 × 2--6,5 mm, elíptico-

oblongas, assimétricas; pedicelo 0,5--2,3 cm compr. Flores 3--6,5 cm compr.; pétalas lilás,

cálice 12--32 mm compr., tubo 4--6 × 4--8 mm, face externa pilosa, tricomas finos e eretos,

face interna pilosa a glabrescente, lacínias 4, lacínia superior 8--15 mm compr., lacínias

laterais 3--9 mm compr., lacínia inferior 3--9 mm compr., bífida; estandarte orbicular 2,0--

3,7 × 1,3--3,6 cm, face externa pubescente, face interna glabrescente, calcar 2--4 mm

Page 74: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

67

compr.; alas falcadas, onduladas 1,7--2,8 cm compr.; pétalas da carena 1,7--2,6 × 5--13,5

cm, face externa pilosa, face interna esparsamente pilosa; androceu 2,1--3,3 cm compr.,

bainha estaminal 1,7--2,7 cm compr., glabrescente, filetes livres 3--7 mm compr., anteras

1--1,5 × 0,6--1,2 mm, oblongo-elípticas; pistilo 1,5--3,1 cm compr., ovário 9--16 × 0,6--1

mm, séssil, pubescente a piloso, estilete 0,6--1,5 cm compr., piloso a pubescente, estigma

truncado e ciliado. Legume 7,5--12 × 0,4--0,7 cm, reto, rostro 0,7--1,3 cm compr.,

margens lisas ou onduladas, base aguda; valvas castanho-claras, pilosas. Sementes 4--8 ×

3--4 × 1,7--2,7 mm, oblongas ou orbiculares; testa coriácea, castanho-escura; hilo 1--1,2

mm compr., elíptico.

Norte da Colômbia, Venezuela, sul do Equador e Brasil (estados do Pará, Bahia,

Minas Gerais e Goiás) (Schultze-Kraft et al. 1990; Aymard 1999). D1, D2, D6, E2, F1/2,

F3, F6, G5: Cerrado, Campo Rupestre (cerrado de altitude), em solos arenosos. Floresce

entre março e novembro e frutifica entre outubro e janeiro. A antese tem início por volta

das 6:00 horas e as flores mantêm-se abertas até cerca das 17:00 horas.

Page 75: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

68

Material selecionado – Abaíra, Caminho Capão, 13°19'00''S, 41°51'00''W, 06

nov. 1993 (fl.), W. Ganev 2422 (HUEFS); Barreiras, 11°37'18''S, 46°02'30''W, s.d. (fl.),

A. Cotrim et al. 1510 (HUEFS); Caetité, 6 Km ao Sul de Caetité na estrada para Brejinho

das Ametistas, 14°07'47''S, 42°30'15''W, 10 jan. 2006 (fl., fr., bot.), T.S. Nunes et al. 1593

(HUEFS); Correntina, 13°25'20''S, 44°40'44''W, out. (fl.), J.G. Freitas et al. 562

(HUEFS); 21 dez. 1984 (fl.), G.P. Lewis et al. 7420 (HUEFS); Formosa do Rio Preto,

Próximo a fazenda Riachão, 11°06'’50''S, 45°28'20''W, 02 mai. 2009 (fl., fr.), L.P. Queiroz

et al. 14475 (HUEFS); Jaborandi, 13°37'10''S, 44°25'57''W, 13 abr. 2005 (fl., fr.), L.P.

Queiroz et al. 10273 (HUEFS); Morro do Chapéu, 11°33'00''S, 41°03'00''W, jan. (fl.,

bot.), J.G.A. Nascimento & M.C. Machado 250 (HUEFS); Piatã, 13°09’07’’S, 41°46’

39’’W, 21 dez. 1984 (fl.), G.P. Lewis et al. 7420 (HUEFS); Roda Velha, 12°33’60’’S,

45°52’59’’W, 09 out. 1976 (fl., bot.), G. Hatschbach 39089 (MBM); São Desidério,

13°41’00’’S, 46°01’00’’W, jun. (fl.), L. Coradin et al. 5698 (CEPEC).

Centrosema venosum pode ser reconhecida pelas folhas digitadas 3--5-folioladas,

folíolos geralmente lanceolados, raramente elípticos, com ambas as faces apresentando

nervuras proeminentes e cálice com lacínia superior não curvada. É morfologicamente

relacionada à C. bracteosum, da qual se diferencia pelos caracteres citados de forma e

nervuras dos folíolos, coloração da flor e lacínias do cálice. As duas espécies são

ecologicamente semelhantes, ocorrendo com maior frequência em áreas de savanas

(Schultze-Kraft et al. 1990).

1.15. Centrosema virginianum (L.) Benth., Commentat. Legum. Gen. 56. 1837.

Figuras 2F--H, 3U, 4P e 16.

Trepadeira herbácea, volúvel ou erva rasteira ca. 1,5 m alt.; ramos jovens, pecíolo

e raque, pubescentes a glabrescentes, tricomas longos, sinuosos e adpressos. Estípulas 3--5

× 1--2 mm, oval-triangulares, acuminadas, face externa pilosa, tricomas longos e finos,

persistentes. Folhas 5--14,3 cm compr., pinadas; pecíolo 1,8--5 cm compr.; raque 0,5--1,8

cm compr, estipelas 3--6 × 0,1--0,8 mm, setiformes, face externa pilosa, com tricomas

curtos e finos, rígidas, persistentes; folíolos 3, membranáceos a papiráceos, 2,5--9,5 × 1,2--

5,1 cm, elípticos a ovais, ápice agudo, geralmente mucronado, base obtusa, os laterais

ligeiramente assimétricos, ambas as faces pubescentes a glabras, reticulada, nervuras

secundárias 5--12 pares. Pseudorracemo 3,1--7,2 cm compr., mais curto do que a folha

adjacente; brácteas e bractéolas pilosas, brácteas de segunda ordem 2--5 × 1,2--3 mm,

oval-orbiculares, bractéolas 5--8 × 2--4 mm, elíptico-oblongas, assimétricas; pedicelo 0,4--

Page 76: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

69

1,1 cm compr. Flores 1,8--5,2 cm compr.; cálice 6--11,5 mm compr., tubo 3--4 × 3--5 mm,

face externa pilosa, tricomas finos e longos, face interna pilosa a glabrescente, lacínias 4,

lacínia superior 5--9 mm compr., lacínias laterais 4,5--10 mm compr., lacínia inferior 5--9

mm compr., bífida; estandarte suborbicular 1,3--2,0 × 1,2--1,9 cm, face externa

pubescente, face interna glabrescente, calcar 1--2 mm compr.; alas falcadas, onduladas 1,2-

-1,6 cm compr.; pétalas da carena 1,3--2,4 × 0,7--1 cm, face externa esparsamente pilosa,

face interna glabrescente; androceu 1,5--2,7 cm compr., bainha estaminal (10--)1,4--2,2 cm

compr., glabrescente, filetes livres 3--5 mm compr., anteras 0,8--1,5 × 0,8--1,1 mm,

oblongo-elípticas; pistilo 1,1--2,1 cm compr., ovário 7--12 × 0,3--1 mm, séssil, pubérulo,

estilete (0,3--)0,4--0,9 cm compr., pubérulo, estigma truncado e ciliado. Legume 6,5--13,4

× 0,3--0,6 cm, reto, estreito, rostro 1,4--1,8 cm compr., margens retas, base aguda; valvas

castanho-claras a vináceas, pubérulo, tricomas curtos e adpressos. Sementes 3--5 × 2--3 ×

1,3--1,9 mm, cilíndricas ou oblongas; testa coriácea, castanho-escuras ou castanho-claras;

hilo 1,1--1,5 mm compr., oblongo.

Amplamente distribuída no Neotrópico, desde os EUA até a Argentina (Williams &

Clements et al. 1990). No Brasil distribui-se em quase todos os estados (Schultze-Kraft et

al. 1990). C5, C7, C8, D6, D7, D8, E2/3, E6, E7, E8, E9, F3, F4, F5, F6, F7, F8, G3, G7,

G8, H8, I8, J8: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica (floresta ombrófila, floresta estacional,

restinga) e áreas antropizadas. Floresce e frutifica entre janeiro e agosto. A antese tem

início por volta das 6:00 horas e as flores mantêm-se abertas até cerca das 17:00 horas.

Material selecionado – Abaíra, 13°14'59''S, 41°39'49''W, 26 set. 1992 (fl., fr.), W.

Ganev s.n. (HUEFS); Alcobaça, 17°30'00''S, 39°13'00''W, 8 dez. 1981 (fl.), G.P. Lewis &

A.M. Carvalho s.n. (CEPEC); Anagé, 11°23'00''S, 40°45'00''W, 14 mai. 1983 (fl.), fr.), G.

Hatschbach 46355 (MBM); Anguera, 12°16,7'00''S, 39°02'00''W, 15 set. 1996 (fl.), E.

Melo et al. 1712 (HUEFS); Barra, Caminho para Coxos, 10°48'00''S, 42°50'00''W, 25 fev.

1997 (fl., fr.), L.P. Queiroz et al. 4843 (HUEFS, MBM); Barreiras, 12°09'10''S,

44°59'24''W, 29 set. 1978 (fr.), L. Coradin et al. 1199 (RB); Boa Nova, 14°21'46''S,

40°12'28''W, s.d., W.W. Thomas et al. s.n. (CEPEC); Bom Jesus da Lapa, 13°09'00''S,

43°13'00''W, 500 m s.n.m, 17 abr. 1980 (fl., fr.), R.M. Harley 21445 (CEPEC);

Buerarema, 14°57'34''S, 39°17'58''W, 16 jul. 1980 (fl.), L. Coradin et al. 2894 (HUEFS);

Cachoeira, Barragem de Bananeiras, 12°32'00''S, 39°05'00''W, 120 m s.n.m., 10 jul. 1980

(fl., fr.), Grupo Pedra do Cavalo 378 (CEPEC); Caen, 11°11'00''S, 40°25'00''W, 22 ago.

1993 (fl.), L.P. Queiroz & N.S. Nascimento 3551 (CEPEC, HUEFS, MBM); Caetité,

Arredores da área de preservação da INB (Indústria Nucleares do Brasil), 13°50''27''S,

Page 77: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

70

42°16'21''W, abr. 2010 (fr.), J.L. Paixão et al. 1665 (HUEFS); Cocos, Trilha na beira da

estrada de chão que liga Cocos a Minas Gerais, 14°14'08''S, 44°37'02''W, 09 abr. 2005

(bot., fl.), S.F. Conceição et al. 182 HUEFS); Conceição do Almeida, 12°46'46''S,

39°10'11''W, 24 jul. 1980 (fl., fr.), L. Coradin et al. 3377 (HUEFS); Contendas do

Sincorá, 13°45'47''S, 41°02'27''W, 28 fev. 2000 (fl., fr.), M.M. Silva et al. 314 (HUEFS);

Correntina, ao lado do Rio Corrente, 13°20'00''S, 44°38'00''W, 23 abr. 1980 (fl., fr.), R.M.

Harley 21643 (CEPEC); Cruz das Almas, 12°39'40''S, 39°05'53''W, 30 jun. 2008 (fl., fr.),

C.S. Machado 33 (HUEFS); Entre Rios, 12°03'00''S, 38°00'00''W, 25 ago. 2010 (fl.), A.V.

Popovkin & Mendes 734 (HUEFS); Feira de Santana, Campus da UEFS, atrás da

Biblioteca, 12°16'01''S, 38°58'01''W, 25 mai. 1983 (fr.), L.R. Noblick 2686 (HUEFS);

Iaçu, Fazenda Suibra, 18 Km a leste da cidade, seguindo a ferrovia, 12°43'00''S,

40°07'00''W, 12 mar. 1985 (fl., fr.), R. Noblick & Lemos 3590 (CEPEC, HRB); Ichu,

Fazenda Jitaí, 11°45'00''S, 39°12'00''W, 27 jul. 2001 (fl., fr.), A.S. Carneiro 03 (HUEFS,

UFP); Ipecaetá, Fazenda Riachão, 12°20'00''S, 39°17'00''W, 14 ago.1985, L.R. Noblick &

G.C. Lôbo 4317 (CEPEC, HUEFS); Ipirá, Fazenda Mucambo, 12°10'01''S, 39°44'00''W,

30 mai. 1985 (fl.), B.C. Bastos s.n. (BAH); Iramaia, Fazenda Leopoldina, 13°33'00''S,

40°43'00''W, 04 abr. 1984 (fl., fr.), J.C.A. Lima & L.C. Oliveira Filho 107 (HRB, RB);

Itaberaba, Fazenda Morro de Pedra, 12°31'39''S, 40°18'25''W, 06 jun. 1983 (fl.), E.L.P.G.

Oliveira s.n. (BAH); Itaetê, 12°59'12''S, 40°58'20''W, 13 abr. 2001 (fl.), D.M. Loureiro et

al. 112 (ALCB); Itapebi, 15°57'03''S, 39°32'02''W, 16 jul. 1980 (fl., fr.), L. Coradin et al.

2927 (HUEFS); Itiúba, Fazenda Calderãozinho, 10°40'00''S, 39°43'00''W, fev. 1974 (fl.,

bot.), R.M. Harley 16283 (CEPEC); Ituaçu, 13°08'00''S, 41°28'33,3''W, 22 dez. 1983 (fl.),

E.P. Gouveia s.n. (ALCB); Jacobina, Fazenda Brejo Novo, 11°05'00''S, 40°40'00''W, s.d.

(fl., fr.), M.M. Arbo et al. 7400 (CEPEC); Jaguarari, 10°19'00''S, 40°10'00''W, 25 jun.

1983 (fl., fr.), L. Coradin et al. 6000 (CEPEC, HUEFS, NY); Jequié, 13°56'22''S,

40°11'27''W, 835 m s.n.m, s.d. (fl., fr.), W.W. Thomas et al. 13574 (CEPEC); Macajuba,

12°05'44''S, 40°18'39''W, 26 jul. 2004 (fl.), L.P. Queiroz et al. 9228 (HUEFS); Maracás,

13°23'24''S, 40°18'08''W, 25 mar. 2008 (fl., fr.), S.C. Ferreira et al. 383 (HUEFS); Morro

do Chapéu, margens do Rio Ferro doido, 11°37'15''S, 40°59'46''W, 03 mar. 1997 (fl.),

E.N. Lughadha et al. 5991 (HUEFS); Mundo Novo, Fazenda Jequitibá, 12°02'00''S,

40°29'00''W, 29 jul. 2006 (fl.), P.A. Melo 82 (HUEFS); Poções, 14°31'47''S, 40°21'54''W,

05 mai 1978 (fl., fr.), S.A. Mori et al. 9541 (CEPEC); Porto Seguro, 16°26'00''S,

39°03'00''W, 21 mar. 1974 (fl., fr.), R.M. Harley 17270 (CEPEC, RB); Riachão do

Jacuípe, Fazenda Várzea, 11°22'00''S, 39°49'00''W, 10 jul. 1985 (fl., fr.), L.R. Noblick &

Page 78: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

71

Lemos 4018 (HUEFS); Ruy Barbosa, Fazenda Santa Maria, 12°17'02''S, 40°29'37''W, 20

dez. 2004 (fl.), L.P. Queiroz et al. 9974 (HUEFS); Salvador, Parque Metropolitano de

Pituaçu, 12°58'21''S, 38°28'31''W, 19 out. 2004 (fl., fr.), E.P. Queiroz 2084 (ALCB);

Santa Cruz Cabrália, área da estação ecológica do Pau-Brasil (ESPAB), 16°23'00''S,

39°08'00''W, 28 jun. 1984 (fl., fr.), F.S. Santos 332 (CEPEC, HUEFS); Santo Amaro,

12°32'45''S, 38°48'09''W, 22 nov. 1986 (fl., fr.), L.P. Queiroz et al. 1345 (HUEFS); São

Gabriel, Fazenda Boa Sorte, 11°01'00''S, 41°39'00''W, 05 abr. 2009 (fl.), R.F. Machado et

al. 185 (HUEFS); Saúde, 11°07'00''S, 40°27'00''W, 22 jun. 1987 (fl.), L. Coradin et al.

7732 (HUEFS, RB); Seabra, 12°28'33,3''S, 41°23'33,3''W, 22 ago. 1981 (fl., fr.), L.

Coradin et al. 4459 (HUEFS, RB); Senhor do Bonfim, 10°23'19''S, 40°13'24''W, 29 jul.

2005 (fl.), V.J. Santos et al. 462 (HUEFS); Ituaçu, 13°48'48''S, 41°17'47''W, 22 dez. 1983

(fl.), E.P. Gouveia s.n. (ALCB); Tucano, Povoado de Bisamum, 10°57'46''S, 38°47'13''W,

s.d. (fl., fr.), G. Costa 370 (HUEFS); Valença, 13°22'’14''’’S, 39°04'22''W, 16 jul. 1980

(fl., fr.), L. Coradin et al. 2959 (HUEFS).

Centrosema virginianum é caracterizada pelas flores grandes (2,1--5,8 cm compr.)

e lacínias do cálice uniformes, longas e maiores do que as bractéolas, consequentemente

visíveis mesmo nos botões florais. Espécie morfologicamente semelhante a C.

brasilianum, da qual diferencia pelas lacínias do cálice longas e lineares (vs. curtas) e

forma das bractéolas.

Page 79: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

72

REFERÊNCIAS

Amshoff, G.J.H. 1939. On the South American Papilionaceae. Mededeelingen van het

Botanisch Museum en Herbarium van de Rijks Universiteit Utrecht 52: 78p.

Aymard, G.A.C.; Cuello; N.L.A.; Berry, P.E.; Rudd, V.E.; Cowan, R.S.; Fantz, P.R.;

Maxwell, R.H.; Stirton, C.H.; Poppendieck, H.H; Lima, H.C.de; Fortunato, R.H.;

Stergios, B.; Enrich, N.X.de; Neill, D.A.R.; Pennington, T. and Gil, C. Flora da

Venezuela 5: 271--276p.

Bentham, G. 1837. Clitoria. In: Bentham, G. Commentationes de Leguminosarum

Generibus. Vindobonae, Typis J.B.Sollingeri, 50--51p.

Cardoso, D.; Queiroz; L.P., Pennington, R.T.; Lima, H.C.de.; Fonty, E.,

Wojciechowski, M.F. & Lavin, M. 2012. Revisiting the phylogeny of papilionoid

legumes: New insights from comprehensively sampled early-branching lineages. American

Journal of Botany 99: 1991--2013.

Duno de Stefano, R.; Fantz, P.R. & Fernández-Concha, G.C. 2008 Centrosema and

Clitoria (Leguminosae: Papilionoideae: Phaseoleae: Clitoriinae) in the Mexican Yucatán

Peninsula, including three lectotypifications. Vulpia 7: 1--15.

Fevereiro, V.P.B. 1977. Centrosema (A.P. de Candolle) Bentham do Brasil-Leguminosae-

Faboideae. Rodriguésia 29: 159--203.

IPNI 2014. The International Plant Names Index. Disponível em http://www.ipni.org/;

acesso em 10 jan. 2014.

Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da caatinga. Feira de Santana: Editora Universitária

UEFS, 443 p.

Schultze-Kraft, R., Williams, R.J., and Coradin, L. 1990. Biogeografia de Centrosema.

In: Schultze-Kraft, R., Clements, R.J., Keller-Grein, G. eds. Centrosema: Biology,

Page 80: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

73

Agronomy, and Utilization. Publicación CIAT 208. Centro Internacional de Agricultura

Tropical, Cali p. 1--27.

Schrire, B.D. 2005. Tribe Phaseoleae. In: Legumes of the world (Lewis, G.P., Schrire, B.,

Mackinder, B. & Lock, M. eds.). Royal Botanic Gardens, Kew. p. 393--431.

Souza, V.C. 2013. Centrosema. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico

do Rio de Janeiro. Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em

http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/; acesso em 19 jan. 2014.

Tropicos 2014. Missouri Botanical Garden. Disponível em http://www.tropicos.org/;

acesso em 24 jan. 2014.

Williams, R.J. & Clements, R.J. 1990. Taxonomy of Centrosema. In R. Schultze-Kraft &

Clements, R.J. (eds.), Centrosema: Biology, Agronomy, and Utilization. Publicación CIAT

208. Centro Internacional de Agricultura Tropical, Cali p. 1--27.

Page 81: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

74

LISTA DE EXSICATAS

Albuquerque, M. 02 (4); Almeida, M.N.F. s.n. BAH 2200 (5); Alunos da 2 série s.n.

ALCB 01627 (4); Alunos da 3ª série s.n. ALCB 01632 (9); Alunos de Bot. III t02 s.n.

ALCB 67197 (4), s.n. ALCB 67208 (5); Amorim, A.M. 1790 (5), 2554 (15), 6918 (5);

Anderson, W.R. 36585 (3), 37103 (15); Arbo, M.M. 5400 (5), 7188 (4), 7400 (15);

Avena, C. s.n. BAH 5053 (4); Barbosa, M.M.S. s.n. BAH 6653 (4); Barreto, K.L. 28(2),

39 (4), 48 (7), 62 (4), 76 (1), 84 (12); Barreto, M.L. s.n. ALCB 61819 (4); Barreto, V.

131 (5); Bastos, A. 181 (15), s.n. BAH 2645 (9), s.n. HUEFS 42994 (4); Baumgratz,

J.F.A. 147 (2); Bautista, H.P. 463 (5), 874 (4), 1031(11), 1179 (4), 1372 (9); Belém, R.P.

1727 (4), 1669 (8), 2363 (4), 2511 (4), 3593 (11); Blanchet, J.S. 2705 (10); Borba, E.L.

1947(2), 1958 (5), 2052 (5), 2198 (4); Borges, D.S.R. s.n. ALCB 026999 (15); Braga,

N.M.P. 37 (4); Brito, H.S. 161 (9); Brito, J.C. 141 (5); Cahivo, S. 02 (4); Cardoso, D. 38

(15), 400 (5), 653 (5), 742 (11), 896 (9), 930 (2), 1109 (4), 2053 (15), 2087 (11), 2629 (4);

Cardoso, P.H.C.B. 67 (5); Carneiro, A.S. 3 (15), 21 (15); Carneiro, J. 1168 (4);

Carneiro-Torres, D.S. 495 (2); Carvalho, A.M. 444 (4), 3811 (11), 6993 (15), 7024 (5),

7218 (4); Carvalho, C.A.L. 48 (15); Carvalho, P.D. 172 (15); Castro, R.M. 1265 (15);

Cavalcanti, T.B. 296 (2), 310 (2), 332 (1); Cerqueira, C.O. 13 (5), 25 (4); Conceição,

A.A. 1970 (11), s.n. ALCB 40274 (10); Conceição, A.S. 65 (4), 96 (4); Conceição, S.F.

155 (15), 182 (15); Coradin, L. 1150 (14), 1196 (2), 1199 (15), 1204 (15), 1211 (4), 2844

(8), 2857 (4), 2866 (4), 2878 (4), 2894 (15), 2920 (4), 2922 (4), 2927 (15), 2930 (4), 2932

(8), 2939 (9), 2959 (15), 2978 (15), 3377 (15), s.n. CEPEC 42127 (5), 4328 (4), 4388 (4),

4421 (5), 4435 (5), 4440 (5), 4443 (5), 4444 (6), 4459 (15), 4460 (5), 4476 (5), 4479 (5),

4533 (4), 4548 (6), 4799 (6), 5698 (14), 5701 (14), 6000 (15), 6089 (5), 6337 (4), 6483 (4),

6504 (4), 7584 (4), 7622 (4), 7628 (4), 7645 (4), 7668 (4), 7669 (9), 7683 (4), 7702 (15),

7732 (15), 7734 (2), 7969 (9), 8577 (4), 8589 (4), 8652 (4), 8679 (4); Costa, A.L. s.n.

ALCB 01635 (15), s.n. ALCB 01647 (8); Costa, C.F. s.n. BAH 1429 (9); Costa, G. 370

(15); Costa, J. 86 (15), 88 (4), 170 (15), 265 (4), 1285 (5), 1332 (4); Costa-Neto, E.M. 47

(4); Cotias, A.L. s.n. ALCB 72940 (4); Cotrim, A. 1510 (14); Daneu, L. 374 (5);

Davidse, A. 11883 (5); Duarte, A.P. 5913 (5), 5965 (2), 9353 (5); Dutra, A.E. 30 (15);

Eaton, A.A. 10066 (5); Equipe da Botânica s.n. ALCB 20906 (5); Euponino, A. 381 (4);

Fahel, J. s.n. ALCB 01638 (15), s.n ALCB 01639 (15); Faria, G.A. 44 (4), 165 (9);

Faria, S.M. 2259 (2); Félix, L.P. 7565 (2); s.n. EAN 6721 (15), 8608 (5); Fernandes, A.

Page 82: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

75

s.n. EAC 3286 (15), s.n. EAC 3666 (14); Ferreira, J.L. 302 (4); Ferreira, M.S.G. BAH

4364 (9); Ferreira, S.C. 383 (15); Ferrucci, M.S. 1096 (5); Fiaschi, P. 2407 (5); Fierro,

A.F. SPSF 80007 (4); Fioravanti, A.B. 2 (4); Fonseca, M.L. 3060 (1); Fonseca, W.N.

257 (15); Fonseca-Neto, F.P. 14 (4); Forzza, R.C. 1117 (2); Fotius, G. 4028 (12);

França, F. 1421 (4), 1473 (4), 1531 (4), 2669 (5), 5143 (4), 5231 (5), 5827 (5); Freitas,

J.G. 561 (3), 562 (14); Funch, R. 96 (4), 663 (4); Ganev, W. 137 (4), 1552 (2), 2327(5),

2422 (14), 2536 (4), 2614 (14), s.n. HUEFS 13715 (15), s.n. HUEFS 13723 (14), s.n. SP

358451 (14); Giulietti, A.M. 1877 (2); Gomes, F.S. 68 (4), 223 (4), 729 (4); Gonçalves,

L.M.C. 179 (5); Gouveia, E.P. 5783 (15), s.n. ALCB 23090 (4); Groppo, M. 1065 (2);

Gross, E. 17 (4), 24 (4); Grupo Pedra do Cavalo 198 (9), 378 (15), 642 (15); Guedes,

M.L. 2562 (4), 2720 (5), 2978 (15), 6618 (15), 9031 (5), 9343 (2), 9422 (4), 1063 (5),

11952 (4), s.n. ALCB 99560 (5), 11472 (4), 12176 (4), 13224 (4), 13851 (4), 14111 (10),

14313 (15), 15033 (4), 16987 (5), 18152 (4), PCD 2720 (5), s.n. ALCB 01630 (11);

Guimarães, E.F. 932 (15); Hage, J.L. 677 (8), 841 (4), 1005 (8), 1123 (8), 1506 (8), 1683

(9), 2068 (8); Harley, R.M. 15990 (5), 16035 (2), 16283 (15), 16414 (2), 16686 (2),

16686a (5), 17270 (15), 17293 (4), 18457 (4), 18567 (5), 21303 (2), 21445 (15), 21643

(15), 22154 (4), 22347 (4), 26556 (4), 50384 (14), 53778 (10); Hatschbach, G. 39089

(14), 44219 (5), 46355 (15), 47037 (9), 47967 (5), 55175 (10), 56635 (2), 56935 (11),

62025 (3), 62983 (4), 67787 (2), 68454 (8), 71260 (11), 77880 (11); Irwin, H.S. 14854

(14); Jardim, J.G. 2007 (5); Jesus, N.G. 416 (4), 1542 (4); Jost, T. 396 (4), 404 (4);

Junqueira, M.E.R. 7 (4), 69 (5); Kallunki, J. 381 (4); Labouriau, L.G. 12 (4); Lemos,

M.J.S. 114 (2); Lewis, G.P. 704 (4), 760 (5), 950 (5), 986 (15), 1890 (4), 1925 (7), 1991

(2), 7420 (14), s.n. CEPEC 30122 (15); Lima, H.C. 732 (5), 764 (5); Lima, J.C.A. 107

(4), 231 (5); Lima, J.L.S. 428 (4); HTSA 1813 (2); Loefgren, A. 918 (7); Loureiro, D.M.

112 (15); Lughadha, E.N. 5991 (15); Macedo, G.E.L. 1252 (15); Machado, C.S. 33 (15);

Machado, R.F. 67 (12), 185 (15), 526 (15); Martinelli, G. 5272 (5), 11058 (4); Martius,

C.F.P. 2295 (10); Matos, E.N. FCO 08 (4), 25 (4), FCO 49 (8), 73 (9), 75 (15), 82 (15), 98

(4), 191 (8), 192 (4), 462 (5), 1776 (5), 1822 (4), PCD 4496 (2), PCD 4524 (2), s.n.

HUEFS 180445 (2); Mattos-Silva, L.A. 802 (4), 2062 (4), s.n. RB 207021 (2); Meireles,

J.E. 656 (2); Melo, A.A. 248 (4); Melo, E. PCD 1201 (5), 1614 (4), 1712 (15), 4357 (4),

4521 (5), 4717 (10), 4957 (5), 6760 (4), 7422 (2), 7473 (2), 7642 (5), 9978 (4); Melo, P.A.

82 (15); Mendes, M.S. 402 (2); Mendonça, R.C. 1434 (3); Meyer, P. (5); Miranda,

A.M. 137 (2); Mori, S.A. 14275 (4), 9541 (15), 9929 (4); Moruz, C.V.A. s.n. BAH 8159

(5); Nascimento, A.F.S. 45 (4); Natividade, P.C. 11 (4), 12 (4), 16 (5); Neves, M.F. s.n.

Page 83: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

Flora da Bahia: Centrosema

76

BAH 2202 (4); Noblick, L.R. 1167 (4), 1526 (4), s.n. ALCB 1641 (4), 1955 (15), 2020

(15), 2135 (4), 2147 (4), 2686 (15), 2804 (5), 3560 (15), 3590 (15), 4018 (15), 4302 (15),

4317 (15), 4426 (4); Nogueira, T.F. 14 (4); Nolasco, A.P. 1 (4); Nunes, A.T. 125 (4);

Nunes, T.S. 318 (8), 426 (4), 428 (4), 607 (4), 608 (5), 1205 (5), 1455 (2), 1571 (2), 1592

(3), 1593 (14), 1595 (2); Oliveira, E.L.P.G. s.n. BAH 4588 (15), s.n. BAH 2261 (9), s.n.

BAH 8204 (4); Oliveira, F.A. 01 (4); Oliveira, R.P. 40 (4), s.n. ALCB 61500 (5);

Orlandi, R.P. 240 (8), 288 (2), 474 (5), 240 (8); Nascimento, J.G.A. 77 (15), 142 (5), 250

(14); Nascimento, J.P.B. 6 (2); Neiva, A. s.n. SP 24051 (15); Neves, S.P.S. 86 (5), 165

(5); Nunes, M.S. 35 (5); Paixão, J.L. 1665 (15); Pastore, J.F.B. 2081 (5); Pedralli, G.

2614 (5); Pereira, A. 337 (5); Pinheiro, R.S. 1584 (4), 2108 (4), 2230 (8); Pereira, V.S.

36 (5); Pinto, G.C.P. 11 (4), 313 (2), 342 (4); 1182 (4), s.n. ALCB 1629 (11), s.n. ALCB

1633 (9), 1644 (5), s.n. ALCB 6218 (1), 31381 (2), 34281 (4), 42261 (1); Popovkin, A.V.

105 (4), 719 (4), s.n. HUEFS 165027 (15); Queiroz, E.P. 34 (4), 35 (4), 36 (4), 46 (5), 72

(4); 708 (5), 2084 (15); Queiroz, L.P. 1345 (15), 1685 (4), 1696 (4), 2441 (4), 2541 (4),

3192 (4), 3516 (4), 3551 (15), 3836 (15), 4030 (5), 4657 (4), 4843 (15), 4871 (4), 4896

(15), 5479 (5), 5484 (2), 6609 (10), 9023 (15), 9228 (15), 9351(5), 9441 (11), 9684 (4),

9974 (15), 10013 (11), 10032 (4), 10223 (4), 10273 (14), 10783 (5), 14475 (14), 14655 (4);

Ramalho, M. s.n. ALCB 75160 (4); Ramos, C.E. 304 (4); Rapini, A. 955 (5) 1471 (2);

Ribeiro-Filho, A.A. 55 (5); Ribeiro, P.G. 6 (12); Rodarte, A.T. 101 (4); Roque, N. s.n.

ALCB 3455 (5), 4496 (2), 4524 (4), s.n. ALCB 67715 (5), s.n. CEPEC 79173 (4); Ruschi,

A. (5); Saar, E. 4604 (5); Salgado, O.A. 294 (7); Sano, P.T. 14472 (14); Santana, D.L.

354 (4), 702 (14); Sant’Ana, S.C. s.n. ALCB 4618 (8); Santos, A.K.A. 559 (9), 609 (9);

Santos, E.B. 63 (8); Santos, F.S. 332 (15); Santos, T.S. 724 (4); Santos, V.J. 462 (15),

551 (2); Scardino, L. 378 (15); Scariot, A.O. 447 (14); Selma, S. s.n. ALCB 19895 (9);

Sena, T.S.N. 6 (2), s.n. MBM 215289 (4); Silva, E.B.M. 173 (5); Silva, G.P. 8403 (2),

8475 (2), s.n. HUEFS 193853 (2); Silva, M.M. 178 (4), 266 (15), 314 (15); Silva, S.B. 167

(3); Silva, T.A. HST 2323 (4); Siqueira-Filho, J.A. 1680 (4); Souza, C.S.D. 97 (4), 251

(4); Souza, E.B. 1396 (5); Souza, E.R. 686 (4); Souza, J.P. 9794 (4), 9841 (7); Sousa,

L.A. 112 (5), 219 (2); Souza-Silva, P.F. 185 (2); Smith, N.P. 67 (5); Sobrinho, J.P.L. 7

(4); Soeiro, R. 04 (15), 3795 (4); Souza, I.M. s.n. HUEFS 180189 (5); Stannard, B. s.n.

92181 (4); Stradmann, M.T.S. 569 (5), 584 (9), 589 (4); Teixeira, A.F.R. 18 (4);

Thomas, W.W. 10078 (15), (9), 13574 (15), 14136 (4), s.n. CEPEC 88727 (15); Torrend,

P.C. s.n. ALCB 1631 (11); Vasconcelos, O.C.M. 1 (7); Viana, B.F. 91 (5), 99 (4); Vieira,

R.F. 1098 (3), 1125 (3); Viollati, L.G. 157 (3).

Page 84: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O levantamento taxonômico do gênero Centrosema (DC.) Benth. resultou em 15

espécies dentre as 30 catalogadas no Brasil: Centrosema angustifolium (Kunth) Benth., C.

arenarium Benth., C. bracteosum Benth., C. brasilianum var. angustifolium (Kunth)

Amshoff., C. brasilianum (L.) Benth. var. brasilianum, C. coriaceum Benth., C.

macrocarpum Benth., C. pascuorum Mart. ex Benth., C. plumieri (Turpin ex Pers.) Benth.,

C. pubescens Benth., C. rotundifolium Mart. ex Benth., C. sagitattum (Humb. & Bonpl. ex

Willd.) Brandegee, C. schottii (Millsp.) K. Schum., C. sericiflorum K. Barreto & L.P.

Queiroz, C. venosum Mart. ex Benth. e C. virginianum (L.) Benth.

Destes táxons estudados, 1 é endêmico da Bahia (C. sericiflorum) sendo proposto

como inédito (C. sericiflorum), para o estado e para região Nordeste, não sendo encontrada

em campo, o que supõe uma situação de risco, uma vez que foi coletada em área

antropizada. Com base nas análises das coleções dos diferentes herbários e das expedições

de campo nos diferentes domínios fitogeográficos (Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica),

pode-se perceber que a Caatinga é o domínio com maior representatividade de espécies de

Centrosema e o mais amostrado nos acervos botânicos. Com o trabalho, foi possível

constatar a não ocorrência da espécie C. vetulum Mart. ex Benth. na Bahia, concluindo-se

que ela é erroneamente registrada para o estado.

De uma maneira geral os caracteres morfológicos com maior valor taxonômico na

distinção entre as espécies estudadas foram: variação na forma dos folíolos, ausência ou

presença de raque, pecíolo alado ou não alado, variação no indumento (piloso, pubescente,

tomentoso e seríceo), cor da pétala (lilás, roxas, magenta ou branca) e a disposição das

lacínias no cálice (lineares, longas ou curtas), além dos caracteres quantitativos como o

tamanho das pétalas.

Foi possível reconhecer e confirmar um complexo mal delimitado formado pelas

espécies C. bracteosum e C. venosum, as quais são separadas pela proeminência ou não das

nervuras de ambas as faces dos folíolos, forma e pelas lacínias do cálice, além da

verificação de espécimes com morfologia intermediária. Portanto, há necessidade de

estudos com outras ferramentas, como morfometria e genética de populações, para uma

melhor compreensão da circunscrição do grupo, visto que a delimitação de suas espécies

ainda não está clara.

Page 85: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

78

No presente estudo foram apresentadas ilustrações da maioria das espécies,

inclusive daquelas nunca antes ilustradas (C. macrocarpum, C. schottii, C. sericiflorum e

C. venosum). Além disso, foi possível ampliar e atualizar a coleção do herbário HUEFS

para o gênero, além de obter importantes informações taxonômicas a respeito das espécies.

Page 86: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

79

ANEXOS

Page 87: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

80

PRANCHAS

Page 88: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

81

Figura 1. A. Centrosema angustifolium: ramo com inflorescência e folha; B-C. C. arenarium: B- hábito,

C- ramo com inflorescência e folha; D. C. bracteosum: ramo com inflorescência e folha; E. Centrosema

brasilianum (L.) Benth. var. brasilianum: ramo com flor e folha; F. C. coriaceum: flor, folha e fruto; G. C.

pascuorum: hábito; H. C. pubescens: flor e folha. (Fotos: F-Cristiane Snak, A, C e G- Kamilla Barreto; D-

E- Domingos Cardosos; H- Réginald Hulhoven ).

Page 89: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

82

Figura 2. A-B. Centrosema plumieri: A- flor; B- inflorescência e folha; C. C. rotundifolium:

inflorescência e folha; D. C. schottii: inflorescência e folha; E. C. venosum: flor; F-H. C. virginianum: F-

flor em vista lateral, G- flor, H- hábito. (Fotos: A- Domingos Cardoso; B- Reinaldo Aguiar; C- Wallace

São-Mateus; D, F e H- Kamilla Barreto; E- Cristiane Snak.)

Page 90: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

83

Figura 3. Variação dos folíolos nas espécies de Centrosema no estado da Bahia. A. C.

angustifolium [escala= 2 cm]; B-D. C. arenarium; E. C. bracteosum; F-G. C. brasilianum

var. brasilianum; H. C. brasilianum var. angustifolium; I. C. coriaceum; J. C.

macrocarpum; K. C. pascuorum; L. C. plumieri; M. C. pubescens; N-P. C. rotundifolium;

Q. C. sagittatum; R. C. schottii; S. C. sericiflorum; T. C. venosum; U. C. virginianum.

Page 91: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

84

Figura 4. A e E. Centrosema bracteosum: A. ramo com inflorescência e fruto [escala= 1

cm]; B. C. brasilianum var. angustifolium: ramo com inflorescência [escala= 1 cm]; C-D.

C. venosum: C. ramo com inflorescência [= 0,7 cm]; D. cálice [= 5 mm]; E. cálice [= 5

mm]; F. fruto [= 0,8 cm]. (A- Nunes et al. 1592; B- Queiroz 10032; C- Nascimento 250;

D- Queiroz 14475).

Page 92: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

85

Figura 5. A-C e H. Centrosema macrocarpum: A: ramo com frutos [escala=1 cm]; B: flor

em vista lateral [= 0,5 mm]; C: cálice [= 5 mm]; H. semente [= 1,4 mm]; D-F. C. plumieri:

D. ramo com flor [= 1,3 cm]; E. bractéola em vista lateral [= 0,6 cm]; G. fruto [= 1,2 cm]

(A- Coradin et al. 5010; B- Coradin et al. 5061; C- Coradin et al. 4799; D- Coradin et al.

2844; E-F- Oliveira 1111).

Page 93: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

86

Figura 6. A-C. Centrosema schottii: A. ramo com folha e inflorescência [escala= 1 cm]; B.

flor [= 0,7 cm]; C. cálice [= 5 mm]; D-F. C. sagittatum: ramo com folha e fruto [= 1 cm]; E.

cálice [= 5 mm]; F. fruto [= 1,2 cm]; G-H. C. rotundifolium: G. cálice [=5mm]; H. fruto [= 1

cm] (A, B e D- Fotius 4028; C-Queiroz et al. 10013; E- Fernandes s.n.).

Page 94: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

87

Figura 7. A-K: Centrosema sericiflorum: A: ramos reprodutivos [escala= 4 cm]; B. detalhe do

indumento do ramo [= 2,9 mm]; C. detalhe do indumento na face abaxial do folíolo [= 1,9

mm]; D. indumento da bractéola [= 9 mm]; E. pétala do estandarte [= 1,8 cm]; F. pétala da ala

e da carena [= 1,8 cm]; G. cálice seríceo [= 2,3 mm]; H. base do ovário com o disco nectarífero

lobado [= 2,1 mm]; I. androceu e gineceu [= 4,8 mm]; J. estigma capitado e ciliado[= 1,2 mm];

K. anteras [= 1 mm].(A-K- Félix 8689).

Page 95: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

88

Mapas

Page 96: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

89

Figura 8. Distribuição de Centrosema angustifolium e C. arenarium no estado da Bahia.

Page 97: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

90

Figura 9. Distribuição de Centrosema brasilianum var. angustifolium e C.

brasilianum var. brasilianum no estado da Bahia.

Page 98: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

91

Figura 10. Distribuição de Centrosema bracteosum e C. coriaceum no estado da Bahia.

Page 99: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

92

Figura 11. Distribuição de Centrosema macrocarpum e C. pascuorum no estado da Bahia.

Page 100: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

93

Figura 12. Distribuição de Centrosema plumieri e C. pubescens no estado da Bahia.

Page 101: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

94

Figura 13. Distribuição de Centrosema rotundifolium e C. sagittatum no estado da Bahia.

Page 102: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

95

Figura 14. Distribuição de Centrosema schottii, C. sericiflorum e C. venosum no estado

da Bahia.

Page 103: FLORA DA BAHIA - UEFS€¦ · espécies, contribuindo assim, para a Flora da Bahia como um todo. A dissertação está dividida em dois capítulos: no Capítulo I, é descrita e ilustrada

96

Figura 15. Distribuição de Centrosema virginianum no estado da Bahia.