Quarta-feira

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R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI w NATAL-RN, 27 DE MARÇO DE 2013 w Nº 4.598

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INDICADORES:

w Bancos oficiais esquecemsofrimento de proprietáriosrurais na seca e tomam terras.

TúlioLemos

Página 3

ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE

OPINIÃO - Página 2

Elísio Augusto de M. e Silva

Juarez Chagas

Luis Soares

Ailton Salviano

João da Mata Costa

w Capuche se une ao grupo 5Rpara investir R$ 300 milhõesem novo shopping center.

MarcosA. de Sá

Página 8

w Deputado Nélter Queirozcritica publicidade oficial doGoverno Rosalba Ciarlini.

DanielaFreire

Página 12

w Análise dos vetos do pre-feito mostra força de CarlosEduardo na Câmara.

Danilo Sá

Página 11

w Sem estratégia de combate,luta do governo contra gruposde extermínio é um risco.

VicenteSerejo

Página 13

> CÂMARA JÁ FALA EM CONVOCAR CARLOS EDUARDO

VEREADORES QUEREM QUE PREFEITOEXPLIQUE CONTRATOS DE ALUGUÉIS

Alvo de uma Comissão Especial deInquérito durante a gestão da ex-prefeitaMicarla de Sousa, os contratos de alu-guéis da Prefeitura de Natal continuam

gerando polêmica. Agora, o prefeito Car-los Eduardo Alves (PDT) está sendo co-brado a explicar porque está renovando emantendo a maioria das locações de imó-

veis pelo município. O vereador SandroPimentel (Psol) apresentou requerimentoconvocando o pedetista para se explicarna Câmara Municipal de Natal.

GESTOR RESPONDE E DIZ QUE “IGUAL A MICARLA SÓ OS QUE A APOIARAM”

POLÍTICA 3

Can

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lgação

Wellington Rocha

José

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> DECISÃO JUDICIAL

‘Índios’ terão que deixar área de75 hectares em Baía FormosaCIDADE 9

> INTERDITADA

Cadeia Públicade Mossorótem nova fugade detentos

CIDADE 10

> CONDENADA

Carla Ubaranadorme no chãoem sua primeiranoite na cadeia

POLÍTICA 5

> FECHADO DESDE 2009

Movimento lava calçada doTeatro Sandoval Wanderley

CULTURA 17

Quarta-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 27 de março de 2013 Opinião

O JORNAL DE HOJE recebe colabora-ção pelo correio (Rua Dr. José Gonçalves,687 - Lagoa Nova - Natal-RN, CEP 59056-570), por fax (0xx84 3221-5058) e por e-mail: artigos@jornaldehoje.com.br. Pede-se que os textos sejam concisos e conte-nham nome completo, endereço e telefo-ne.O JORNAL DE HOJE se reserva o direi-to de selecionar e publicar trechos.

O mundo é das mulheres (III)Basta rever a cronologia históri-

ca da questão social da mulher, com-parando-a com a do homem, para ad-mitirmos (por incrível que pareça,ainda existe gente na face da terra quenão admite ou não quer admitir) quea mulher foi subjugada por séculos!

Só pra citar um exemplo, emnossa própria casa, basta voltarmosao período colonial, onde cabia aohomem exercer a autoridade máximapor ser considerado o detentor do totalpoder, enquanto as mulheres eram sub-missas aos rígidos preceitos éticos,morais e sociais da época, tais comocastidade e outros.

Evidentemente, que havia mar-cantes diferenças no tratamento, com-portamento e atitudes entre moças erapazes, onde elas eram adestradaspara satisfazerem ao pai e depois aomarido, recebendo orientação e edu-cação dirigidas exclusivamente para osafazeres domésticos. Quanto ao estu-do, os programas destinados à classefeminina eram bem diferentes dos dasclasses dos homens, e mesmo nas ma-térias comuns, ministradas separada-mente. Para elas a ênfase era no en-sino doméstico como ler, escrever,contar, cozer e bordar. Não tinham odireito de livre expressão, votar e, ape-nas podiam exercer determinadas fun-ções, nunca atividades "masculinas",como medicina, engenharia e outrasprofissões.

Trazendo a discussão para a atua-lidade, século XXI, é impossível es-conder a realidade, pois a mulher avan-ça cada vez mais, não apenas nume-ricamente (sabemos que em todas asespécies animais as fêmeas nascemmuito mais que os machos e, no serhumano não é diferente. É uma lei daNatureza que preserva e cuida da pro-criação), mas também em todas asáreas que se possa imaginar.

Ao meu ver, outra crendice popu-lar, alardeada por aqueles que gostamde deixar a mulher em posição infe-rior, é o que dizem sobre a quantida-de menor de neurônios (cerca de cemmilhões de neurônios no ser humano)que ela teria, em comparação aohomem. Independentemente de serverdade ou não, tal afirmativa, hoje jásabemos que não basta ter neurôniose massa encefálica a mais e, sim comousá-la devida e constantemente.

Foi feita uma pesquisa jornalísti-ca aqui em Natal há uns cinco anosatrás e, segundo esta pesquisa, have-ria na capital potiguar 22 mulherespara cada homem! Se realmente osdados forem verídicos, inclusive nu-mericamente o mundo é das mulheres!

Nós homens, devíamos achar issoaltamente positivo, partindo do pontode vista que, mesmo com muitas con-quistas e com toda a sapiência que ohomem adquiriu e legado que tem dei-xado às gerações futuras, também fi-zemos muita bobagem e coisas quedenigrem a condição humana, comoas guerras, por exemplo. Não seria ahora de desejarmos ver o que as mu-lheres, além do que já nos têm propor-cionado (tudo de bom...tanto é quesem elas não podemos e nem quere-mos viver) fariam melhor que os ho-mens? Na realidade, nem há alterna-tiva, pois isso irá ocorrer, queirammuitos ou não.

A propósito, li recentemente umaoutra reportagem de um jornal local,altamente preocupante, cujas headli-nes traziam: "Beber até cair, vira de-safio entre jovens". E jovens nessareportagem referiam-se às meninasainda adolescentes que afirmam queestão "tomando todas" e até mais queos meninos. Ou seja, estão dominan-do o álcool, também. A iniciativa se-xual, em muitos casos, também par-tem das meninas, que se mostramcada vez mais liberais. Ora, se o con-tingente de mulheres é numericamen-te maior que o de homens, isso teráum efeito dominante em pouco tempo.E por falar em sexo, o chavão popu-lar de que a mulher é o sexo fraco,pelo menos a meu ver, seria justa-mente o contrário.

A conquista (diga-se de passa-gem, merecida) das mulheres e suaatuação em todas as áreas, como ciên-cia, política, tecnologia, dentre outras,mostra não apenas sua capacidadecomo também sensibilidade. Por outrolado, há considerações a serem feitas.Fazendo uma analogia a determinadospartidos políticos encabeçados peloshomens (o que na maioria é vergo-nhoso), estariam as mulheres prepa-radas para governar? Será que tudoaquilo que elas combatem, não irão,quando no poder, fazer pior? Eu achoque elas fariam bem melhor do queessa politicagem que está aí.

Agora, dominar o mundo não ébrincadeira. Certamente, haverá guer-ra entre as próprias mulheres e, os ho-mens serão disputadíssimos, entre ou-tras regalias. E ainda pode ser feita apergunta da mulher para ela mesma,caso elas passem as mãos pelos pés (oque não acredito, pois não iriam que-rer jogar fora o poder de mando) eainda pisem na bola: "é melhor agora,ou antes, quando o homem era manda-chuva"? (http://juarez-chagas.blogs-pot.com/)

Amancioamancionatal@gmail.com / www.chargistaamancio.blogspot.com Artigo

Mamãe, JoanaPereira daCosta. E suasirmãs -meninas dosobradinho

JOÃO DA MATA COSTA, Prof. Depto deFísica - UFRN (damata@dfte.ufrn.br)

Cessem todos os amores que outromaior se alevanta. O amor de mãe nin-guém duvida. Minha mãezinha chama-se Dona Santinha, e completa oitentaanos. O nome dela no cartório é JoanaPereira da Costa, mas foi como San-tinha que ela ficou conhecida e amada.É um ser extremamente forte e solitá-rio. Viveu como as mães de antiga-mente, em função dos filhos e de umhomem, meu querido pai, cujo nomeé Melquíades, foi levado muito antesdo combinado.

Mamãe teve seis filhos que dei-xaram a casa para viverem suas vidas.Ficou sozinha com as suas lembran-ças, fantasmas e um tremendo vazio.Não teve tempo nem aprendeu as di-versões da vida. Vive só. Com a pre-sença eventual e esporádica dos filhose netos. Freqüentou pouco os bancosescolares, como era comum na suaépoca. Nunca teve religião e foi sem-pre um exemplo e doação total aos fi-lhos. Muito inteligente para matemá-tica nunca precisou de calculadorapara as suas contas. A rede foi suacompanheira de todos os momentos.Nela sonhou e viveu a vida que foipossível. Cabelos lisos e pretos comoa asa da graúna. Gestos suaves e tra-ços indígenas. Muito bonita e sem ne-nhuma vaidade. Sua maior diversãona vida foram os bailes da juventude,quando era conhecida como pé devalsa. Hoje, gosta de jogar baralhocom os filhos. Vive num tempo e es-paço que é só seu.

Somos herdeiros diretos da suasolidão. Nenhum ser para mim é maisbelo. E, simples. Talvez o mundo sejasimples e o mistério são os homens queo fazem. Existe sim uma grande sim-plicidade e beleza nas leis da nature-za que me comovem. Mamãe talvezseja sábia porque a natureza é sábia.Ela aprendeu a ler nos olhos e nos ges-tos da vida. Sabe perfeitamente quan-do não estamos bem. Tem a sabedo-ria dos povos primitivos. Sou parte deminha mãe. Sua solidão é a minha ede suas irmãs Zefa, Severa e Lia.

Zefa de Araújo, mãe de Oreny Jú-nior. Faleceu faz pouco tempo, feitouma linda criança. Tia Severa, minhatia ficou velhinha com os gatinhos.Mora só com o Toinho e Toinho é só.

Severina a vida da tia lembrança.Rezava o terço e dizia um pala-

vrãoA tarde sorria quando ela vinha

trazendo revistas.Foi quando descobri a EpifaniaNo banheiro aberto fazia xixi. De-

pois alfinin.Hoje fui visitá-la junto com

mamãe e irmãos.Ela numa cama sem poder se mo-

vimentar sozinha.Não lembra de muitas coisas e

pessoas.Sua saúde não é boa. Nunca teve

filhos. A carícia enruga e desguia otempo vestindo cambraia. Embalandocantigas lembro do fado da vida Se-vera. Tia Ana. Há dois anos ela ador-meceu plenamente. Estive com elanuma festa de Sant´ana. Irmã de Lia.Irmã de Zefa que encantou-se recen-temente

Salve todas as mães. Salve todasas Marias e Anas

Elas são como o sorriso de Deuspara nós outros carentes e sabedoresdesse amor que nunca falta.

Tia Ana era só um graveto enro-lado dentro de uma rede

Não tinha vontades nem deseja-va tomar nada

Sozinha. Para cobrir a luz coloca-va um pano na cabeça

Para dormir todos colocamos umpano na cabeça

Sempre dentro de uma rede sus-pensa no ar pesado-Seridó.

Chora minha mãe. Santinha ChoraSeverina (a doce tia Severa).

Em prantos meu amado tio ZéPaulino

Choro eu esperneando contra aterrível Caetana

Vovó dizia que dormia só umamadorna.

Tia Ana descansou depois de dor-mir a sua mais longa madorna

Saudades.

Como é difícil ser escritor...Artigo ELÍSIO AUGUSTO DE MEDEIROS E SILVA, empresário, escritor e

membro da AEILIJ (elisio@mercomix.com.br)

Artigo JUAREZ CHAGAS, professor do Centro de Biociência da UFRN(Juarez@cb.ufrn.br)

Não tinha a menor dúvida. O seunovo livro seria um sucesso. A obrabem redigida, feita a partir de inten-sa pesquisa, era excelente sobre o as-sunto. A edição de luxo, feita por con-ceituada gráfica do Sul do País, erasobre tema de sua especialidade, naqual era líder no mercado editorial. Porprudência, fez uma edição inicial de1.000 exemplares (...). Depois, viriamas outras...

O prefácio, elaborado por influen-te escritor, já era uma carta de recomen-dação à leitura. Os convites para o lan-çamento foram distribuídos exausti-vamente, em número bem superior àtiragem do livro, visto saber que decada três convidados, normalmente,apenas um comparece ao evento.

Nos dias que antecederam o lan-çamento, os comentários de jornalis-tas e vários artigos sobre cultura ante-cipavam que o livro seria um sucessode vendas. Agradável, bem ilustrado,divertido, eram algumas das opiniõesdos críticos literários sobre a obra, queprometia ser um sucesso.

O livro escrito com habilidade con-duziria os leitores a uma viagem ima-ginária, tão próxima e ao mesmo tempocheia de surpresas e contradições.

Os jornalistas das emissoras lo-cais não paravam de comentar sobre olançamento. Nas principais livrariasda cidade, os marca-textos eram dis-tribuídos com antecedência.

No dia do lançamento, entrevistasnos jornais e emissoras de TV locaispareciam adivinhar o sucesso do lan-çamento, já divulgado, inclusive, pelainternet em vários sites culturais e salasde bate-papo virtuais.

Nessas divulgações pela mídianunca houve um comentário negativosobre o livro. Depois, ele descobririaque a maioria dos repórteres, críticos,entrevistadores, jamais folheara sequero livro.

Começara a desconfiar disso por-que toda entrevista começava semprecom a mesma pergunta: "Qual é o temaprincipal de sua obra?". Por ouvir tantoa mesma pergunta, ele já tinha um pe-queno monólogo memorizado que des-crevia o livro, suas aplicações e bene-fícios que traria aos leitores. De olhono sucesso das vendas... e da fama.

No dia do lançamento, em moder-

na e chique livraria, o evento estavaperfeito - casa cheia, garçons impecá-veis, salgadinhos, espumantes, filma-gens, fotografias, e tudo documentadopela imprensa local.

O livro vendeu... mas, muito abai-xo de suas expectativas. Imaginem...para quem já sonhava com uma se-gunda edição!

Depois do lançamento, o livro dáos sinais de esquecimento por partedos leitores. Os volumes teimam emresistir nas prateleiras da livraria. Nin-guém os compra mais...?! Ele se per-guntava.

Inicialmente expostos na vitrineprincipal, os livros terminam sendotransferidos para uma prateleira nosfundos da livraria. Isto é, os exempla-res que não foram devolvidos pela li-vraria, alegando falta de espaço. Com-preensível! No meio de tantos títulose novidades literárias!

Sem entender, ele parou para re-fletir. O que dera errado?! Faltou maiordivulgação? O livro ficou exposto naseção errada? Isso era decepcionantepara a motivação de um novo autor, quejá pensava em novos livros e carreiraliterária.

Engraçado, como o livro que apa-receu na crista dos mais vendidos, de-sapareceu com a mesma velocidadecom que surgiu. A partir das 3ªs e 4ªssemanas as vendas estavam lentas.

Segundo os seus cálculos, talvez,uns 30 livros vendidos por semestre,o que significaria muitos anos para seesgotar o estoque. Precisamente, 15anos, que ele já não acreditava acon-tecer, pois a obra estava caindo no es-quecimento, dado a grande quantida-de de novos livros lançados mensal-mente pelas grandes editoras.

A partir daí quase pirou. Então,teve uma ideia genial. Compraria todaa edição. Diariamente, mandava umapessoa à livraria comprar dois livros.Dos R$ 20,00 desembolsados retorna-vam R$ 14,00 no seu bolso, pois o res-tante é comissão dos livreiros.

Dessa maneira, pelas suas previ-sões, mesmo que somente ele com-prasse, teria esgotado toda edição nofim de um ano e meio. E também po-deria vender pela internet por R$ 10,00- com frete incluso.

Ufa! Como é difícil ser escritor!

Água é vida no semiárido nordestinoArtigo LUIS SOARES, engenheiro agrônomo e professor aposentado da Universidade Federal Rural do

Semiárido - UFE (luizssilva@uol.com.br)

Mais uma vez se repete o drama daseca nas terras nordestinas, mesmo con-siderando o avanço da irrigação, das ciên-cias sociais e humanas; e, ainda das tec-nologias de produção, que permite ao serhumano conviver harmoniosamente comtal adversidade climática, que vergonho-samente mancha a nossa história há quasequinhentos anos.

Jamais acontecerá a reversão tantodos efeitos como das causas estruturaisque humilham o povo nordestino, semque o país reconheça e busque na velhageografia o fundamento e consolidaçãodas ações que se fazem oportunas. As ci-dades sofrem é verdade; mas, o verdadei-ro drama é sem dúvidas aquelas facilmen-te registrado no mundo rural e agrícola. Osefeitos são desastrosos para a sobrevivên-cia humana com total destruição dos re-banhos.

Propositadamente não iremos recor-rer aos Anuários Estatísticos ou Censoproduzido e elaborado pelo IBGE; nãoiremos buscar o número de brasileiros,brasileiras, mães solteiras, jovens e crian-ças que teimam honrosamente em reafir-marem os seus vínculos com a terra e aprodução agrícola; com os Índices de De-senvolvimento Humano; e, tantos outrosindicadores, que sempre nos colocam nacondição de miseráveis e dependentescrônicos.

Não cabe, portanto, mas devem serlembrados os efeitos milenares das secasnas terras nordestinas; mas categorica-mente afirmar nesta oportunidade, que acausa é de origem climática, envolvendocaracterísticas químicas e físicas dos solose a capacidade de aproveitamento e geren-ciamento com sustentabilidade, de todosos nossos incomensuráveis e invejáveisrecursos hídricos.

Devemos sim, citar exemplos de ilhasexitosas, como os projetos de irrigaçãoem Petrolina/PE; no vale do Jaguaribe/CE;na Chapada do Apodi/RN; no vale do Gur-géia e Janaúba/MG; e, até mesmo no Platôde Neópolis/SE. A própria OEA (Organi-zação dos Estados Americanos) nos seusmais diversos tratados, afirma, deixa claroe faz projeções para um futuro bem pró-

ximo, de que só e somente as terras situa-das ao longo da linha do Equador serão ca-pazes de produzir alimentos para alimen-tar uma população mundial que cresce emprogressão geométrica.

As ações extrapolam a nossa capaci-dade de julgar os efeitos da seca; mas,sim, de querer suplantar todas as limita-ções tecnológicas, absorvendo e multipli-cando, numa verdadeira cruzada culturale política. Devemos sim somar esforçose nos basearmos numa vontade empreen-dedora, que juntas serão capazes de deli-nearem a montagem de uma infraestrutu-ra, de caráter intensivo, ocupando espaços,promovendo a inclusão ocupacional, ge-rando renda, consolidando qualidade devida com dignidade, cidadania e susten-tabilidade.

Sem dúvidas podemos citar o anta-gonismo que vive o país, dotado de umimenso potencial hídrico. Neste mesmomomento a Região Norte sofre com asinundações, via elevação do leito normaldos rios; enquanto que a Região Nordes-te se posta de joelhos implorando água,para a nossa sobrevivência e qualidade devida. Eis a solução que o Criador nos deixaclaro, transparente e cristalino. As obrasda transposição do rio São Francisco seriaapenas o começo. Sabemos que podemosainda contar com um dos seus afluentes,no caso o rio Tocantins e até mesmo daprópria ajuda do rio Amazonas.

Que tal se conceber um consistentemodelo de recursos hídricos, a exemplodos Estados Unidos, no estado da Califór-nia ao fazer a transposição do rio Colora-do, transformando aquele Estado num dosmaiores celeiros de produção agrícola domundo; do Chile que sistematizou as águasda Cordilheira dos Andes; da Espanha queconstruiu aproximadamente oito mil qui-lômetros de canais; de Israel que raciona-lizou as águas do rio Jordão e Mar da Ga-liléia para se transformar numa luz de de-senvolvimento sustentável.

Isto sim é que podemos citar como oexemplo do conhecimento humano. Nãoadianta transferir para o Criador a respon-sabilidade de modificar o que ele próprioconstruiu. Não adianta como já o pratica-

mos há muitos e muitos anos, fazendoprocissão, rezando missa e fazendo pro-messas ao glorioso São José, de modo quea sua interferência nos traga chuva.

O período seco com água em abun-dância modifica a geografia humana. Po-demos sim tirar vantagens tanto compa-rativa quanto competitiva que o fenôme-no pode nos favorecer. Enquanto o euro-peu luta contra o período da neve, quedura praticamente o mesmo período daseca e sobrevive com dignidade; nós, osNordestinos, praticamente num mesmoperíodo, sofrem as amarguras, as humilha-ções e as perdas que a seca provoca.

Isto sim, que poderíamos antevercomo sendo a inteligência humana a ser-viço do próximo. Os recursos hídricos deque carecemos são materiais e, as nossascausas são materiais na essência da ques-tão. Paremos com esta história de que oCéu virá resolver os nossos problemasmateriais. Passarinho para beber tem quevoar! Devemos sim, pedir a sua ilumina-ção coletiva de modo a que possamos jun-tos, reverter, como é possível, tal situa-ção de morte prematura. Podemos simproduzir durante os nove meses e alimen-tarmos o mundo.

Outros condicionantes se fazem neces-sários. Não podemos desconhecer a aces-sibilidade da energia com condições epreço compatível com o nosso custo deprodução; não podemos deixar ao largo avergonhosa taxa de juros cobrada a todosindistintamente; não devemos esquecer-nosda famigerada taxação tributária que levaa morte todos os esforços produtivos emercadológicos; uma Legislação Traba-lhista que trata o pequeno agricultor comosendo um grande e exitoso empresário dopetróleo; enfim, de algo que possa concre-tizar e resolver tais discrepâncias.

O Criador é benevolente; é paciente ecriativo na esperança de que possamos nóspróprios, tomar as decisões que se fazemnecessárias em tempo real e de caráter du-radouro. Por fim afirmar que a problemá-tica da seca compete ao homem encontrara solução que existe, em benefício do pró-prio homem. Isto é respeito, é cidadania ealém do mais é Justiça Social.

Em cinco séculos de seca, construircisternas é muito pouco!

Artigo AILTON SALVIANO, geólogo jornalista (ailtonsalviano@uol.com.br)

"Infelizmente, a seca continua sendouma velha novidade"

Cortez Pereira

As primeiras notícias de secas no nor-deste brasileiro se perdem nos albores dotempo. Vejamos este excerto da obra "Tratado da Terra e de Gente do Brasil"(RJ, 1925) citado no livro de JoaquimAlves - História das Secas: "No ano de1583 houve tão grande secca e esterilida-de nesta província (cousa rara e desacos-tuada, porque é terra de contínuas chuvas)que os engenhos d'água não moeram muitotempo. As fazendas de cannaviais e man-dioca, muitas se cessaram, por onde houvegrande fome, principalmente no sertão dePernambuco..."

Este é um dos primeiros registros deuma seca no nordeste. Aconteceu na pe-núltima década do século 16. No século se-guinte (17), nesta mesma obra, o autor ad-mite mais 6 períodos de seca - 4 citadospor Sampaio Ferraz: 1603, 1614, 1645 e1692; 2 acrescentados por Joanne Bau-chardet: 1606 e 1692. Foram épocas desacrifício que ocasionaram grandes difi-culdades para o colonizador português sefixar no interior e a demandada de contin-gentes de índios errantes e famintos emdireção ao litoral.

As informações desses períodos sãoraras e desencontradas. Pouco se sabe.Apenas que a grande seca de 1692 pro-vocou a migração das populações, prin-cipalmente de negros africanos, para as ati-vidades mineiras nas Minas Gerais par-tindo da Bahia ao longo do vale do SãoFrancisco. Ainda neste mesmo período,inúmeros escravos das ordens religiosasmorreram de fome, segundo as esparsascrônicas daquele tempo.

Às seis secas do século 17, seguiram-se no Rio Grande do Norte mais 9 perío-dos de estiagens no século 18. À luz dosnúmeros, praticamente, uma seca a cada dé-cada: 1710, 1721, 1723, 1736, 1744, 1766,1777, 1784 e 1791. Somente nos anos 1750não foram registradas grandes estiagens.Como se vê, não se trata de uma ocorrên-cia anômala e sim de uma repetição cícli-ca e apavorante. No dizer de Euclides daCunha em Os Sertões: "De fato, os seus ci-clos abrem-se e encerram-se com um ritmotão notável, que recordam um desdobra-mento de uma lei natural, ainda ignora-da". Passado o século 18, as secas retor-naram ao longo dos séculos 19 e 20.

Somente em 1909 surgiu um órgãooficial para mitigar o flagelo das secas - AInspetoria de Obras Contra as Secas(IOCS), o atual DNOCS. Em um séculode existência, construiu aproximadamen-te 300 açudes de médio e grande porte nosemiárido nordestino. Esta ação que se es-tendeu por todo o século 20 não refletenenhuma novidade tecnológica, é simples-mente a cópia do fundamento de barrarrios usado desde os primórdios da civili-zação no Egito e na Índia.

Os índices pluviométricos no nordes-te podem oscilar entre 200mm (seca de1993) a 1400mm (ano chuvoso de 1985).A região é atípica neste sentido, se com-parada com outras regiões globais demesma latitude. Chuvas existem, apesarda intermitência das estiagens. O quedizem há muito os técnicos internacio-nais é a falta de gerenciamento dessa água.Como evitar os elevadíssimos índices deevaporação dos açudes? Como armazenaro máximo? Como aproveitar as águaspluviais que rolam nos solos impermea-bilizados das grandes cidades nordesti-

nas. Há pouquíssimos incentivos para pes-quisas nessas áreas. A rigor, a construçãode adutoras e agora de cisternas são merospaliativos.

É muito triste analisar a lentidão dasdecisões políticas para solucionar algunsproblemas crônicos relacionados com aseca. A conclusão da barragem de Orós,por exemplo, se deu em 1961, ou seja, 350anos após a primeira seca descrita no iní-cio deste artigo. Vinte e dois anos maistarde (1983) foi concluída outra barra-gem de porte, a Armando Ribeiro Gon-çalves situada no vale do Açu. E dezeno-ve anos depois em pleno século 21 (2002),outra grande barragem é inaugurada - OCastanhão no vale do Jaguaribe. Entre aprimeira e a última barragem, um inter-valo de 41 anos.

Com certeza, teremos outras secas aolongo do século 21. Como sói nessas oca-siões, nossos futuros governantes continua-rão inertes a assistir outras tragédias anun-ciadas. As medidas preventivas que se de-senvolveram em cinco séculos são inex-pressivas. Junte-se a essas, a falta de con-tinuidade das poucas ações político-ad-ministrativas. Cada governo para mostrarserviço sempre recomeça do zero atitu-des repetitivas e ineficazes, numa tentati-va vã de querer ser o pai das soluções.Entra século e sai século e continuamos aouvir velhos chavões.

Quinhentos anos são mais que sufi-cientes para desenvolver medidas preven-tivas eficazes. Promover reuniões técni-cas para discutir o aquecimento das águasdo Pacífico ou do Atlântico Sul para saberse o ano será chuvoso ou não, é atitude vá-lida como conhecimento científico. Mas,em termos práticos, representa apenas ficara mercê dos desígnios da natureza.

w w w . j o r n a l d e h o j e . c o m . b rDIRETOR-EDITOR

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 27 de março de 2013Política

Túlio Lemostuliolemosjh@gmail.com

O prefeito Carlos EduardoAlves, do PDT, fiel opositor à ges-tão Micarla de Sousa, não ficou nadasatisfeito com a comparação que al-guns fizeram entre as gestões dosdois por consequência da renova-ção dos contratos da administraçãopassada. Em manifestação na tardede terça-feira, depois de uma nota deexplicação da Prefeitura de Natalsobre as renovações, o prefeito afir-mou, por meio de seu perfil oficialno Twitter, que "igual à Micarla sóos que a apoiaram".

Na explicação da Prefeitura, seafirma que foram adotados critérios"rígidos do ponto de vista técnico nadefinição dos aluguéis de prédiosque sediam os órgãos do Municí-pio". Quem informou foi a própriaadministração, ressaltando que, ematendimento a determinação expres-sa do prefeito, "todos os contratos fir-mados com esse objetivo estão sendoreavaliados desde janeiro. Houvecasos em que essa revisão geroueconomias para o Município, comoaconteceu com a Secretaria Muni-

cipal de Educação (SME)".Anota afirma que, instaladas num

mesmo imóvel (o Novotel, na La-deira do Sol), a SME e a SecretariaMunicipal de Saúde (SMS) busca-riam desde o início do ano transferirseus servidores e suas atividades paraoutros edifícios. A razão é a incom-patibilidade do imóvel com as ne-cessidades operacionais das duas pas-tas. A transferência só não foi efe-tuada ainda em função da complexi-dade que envolve as atividades dasduas Secretarias que estão entre asmaiores do Município, em termos deestrutura e de quadro de servidores.Diante disso, a decisão da atual ad-ministração foi de prorrogar por maisseis meses a permanência no imó-vel. Por outro lado, está mantida a de-cisão administrativa de transferir assedes da SME e da SMS no encer-ramento desse novo prazo.

"Um ponto relevante desse pro-cesso é que a prorrogação temporá-ria do aluguel não representou ne-nhuma despesa adicional para a Pre-feitura do Natal. Em relação à SME,

o custo, pelo contrário, diminuiu,gerando uma economia de R$ 5 milmensais em comparação com o valororiginal de locação (R$ 80,5 mil). Aeconomia resultou de uma negocia-ção que não apenas reduziu custospara o Município, como o livrou deum aumento que levaria o aluguel

mensal para R$ 96 mil, conformecláusulas previstas no contrato ori-ginal. Para a SMS, a prorrogaçãodo aluguel foi acordada sem altera-ção no valor de R$ 60,4 mil men-sais estipulado anteriormente", ana-lisou a matéria da assessoria de co-municação da Prefeitura, sem afir-

mar que houve, também, uma redu-ção no número de salas ocupadaspela gestão no imóvel.

AUMENTO DE 50%Segundo a Prefeitura, os únicos

reajustes em valores de aluguel paraum órgão municipal na atual gestãoforam concedidos pela SecretariaMunicipal de Trabalho e AssistênciaSocial (Semtas), na locação de pré-dio para sua sede, matéria mostradapel'O Jornal de Hoje no início domês. Nesse caso, o aluguel subiu deR$ 18 mil mensais para R$ 28 mil,um aumento de mais de 50%. Comotem validade de um ano, ao final doperíodo, a Prefeitura terá pago R$336 mil para a empresa proprietáriado imóvel. "Novamente, as medidasse guiaram por aspectos funcionais,sendo aplicadas somente depois deesgotadas outras possibilidades", jus-tificou a gestão municipal.

PESQUISAA administração Carlos Eduar-

do Alves afirmou também chegou a

realizar uma pesquisa de mercadoem busca de outro imóvel para ins-talar a Secretaria e a Casa de Ofí-cios, mas não obteve sucesso em ne-nhuma das situações. Às alternativasapresentadas e analisadas, segundo aPrefeitura, sobressaíram fatores im-peditivos como custos maiores de lo-cação e, especificamente sobre a sede,deficiências estruturais para compor-tar o quadro de servidores e todos osequipamentos da Semtas, responsá-vel por quatro das mais importantespolíticas públicas: Assistência Social,Trabalho, Segurança Alimentar eAtendimento às Mulheres.

"Afalta de imóveis próprios paraabrigar os órgãos da Prefeitura é his-tórica e não há previsão de uma mu-dança desse quadro a curto prazo, jáque o Município não dispõe de re-cursos suficientes para construiressas sedes próprias. Então, temosque recorrer aos aluguéis. A dife-rença é que fazemos isso baseadosem minuciosas análises de carátertécnico-financeiro", ressaltou o pre-feito.

CIRO MARQUES

REPÓRTER DE POLÍTICA

Em 2011 e 2012, as críticaseram constantes à gestão Micarlade Sousa, do PV, por gastar mi-lhões em recursos públicos com acontratação de prédios para sediaro Poder Executivo Municipal e,também, com empresas de tercei-rização de mão de obra. Por isso,a administração da pevista teve quese explicar na Câmara Municipalde Natal. Trocada as gestões, assecretarias municipais de Saúde(SMS) e Educação (SME) conti-nuam no Novotel, por exemplo,pagando alugueis semelhantes. Aempresa Limpia, também segueoferecendo trabalhadores terceiri-zados para a SME. O resultadodisso? Agora o prefeito CarlosEduardo Alves, do PDT, está sendocobrado na Casa Legislativa paradar as mesmas explicações.

Um dos que solicitou essa pre-sença de Carlos Eduardo na Câ-mara foi o vereador de oposição,Sandro Pimentel, do PSOL. Se-gundo ele, está sendo elaboradoum requerimento para que o pre-feito vá à Casa Legislativa e expli-que o motivo de ter renovado oscontratos de alugueis e dos tercei-rizados da gestão anterior. "Quere-mos que o prefeito se explique. É

uma incoerência política ter reno-vado os contratos que ele, acerta-damente, criticou na gestão passa-da", afirmou o parlamentar.

Após o requerimento apresen-tado na Casa Legislativa, ele évotado em plenário e, sendo acei-to, o prefeito fica convocado a irà Câmara se explicar. Claro queele pode, simplesmente, rejeitar aconvocação, como fez quando foisolicitado que ele fosse até lá, noano passado, falar sobre a análi-se de sua prestação de contas re-ferente a 2008 (que ele acabousendo condenado). Se isso ocor-rer, os vereadores teriam que exi-gir outros meios de persuasão paraque o prefeito compareça, umavez que a Câmara se trata de umórgão de fiscalização e tem legi-timidade para apurar gastos públi-cos.

De qualquer forma, segundoSandro Pimentel, além do valor doaluguel, considerado alto, os imó-veis também não têm estrutura fí-sica para sediar as grandes institui-ções públicas municipais. "Fiz essacrítica em plenário sobre a situaçãodos imóveis que a prefeitura reno-vou os alugueis. Critiquei porqueestive lá e vi a real situação. O No-votel (onde funcionam a SME e aSMS) não tem uma plataforma, ézero de acessibilidade", ressaltou.

ALIADOS TAMBÉM COBRAMÉ importante lembrar que

sobre a questão dos alugueis, osvereadores da legislatura passa-da (alguns deles, como Júlia Ar-ruda, Julio Protásio e George Câ-mara, continuam em 2013) abri-ram uma Comissão Especial deInquérito (CEI) para apurar as

eventuais irregularidades noscontratos de aluguel da gestãoMicarla de Sousa. O trabalho foiconcluído e o relatório, enviadopara análise do Ministério Públi-co do RN.

Consequentemente, diante dacontinuidade das irregularidades,alguns vereadores que fizeram

parte da CEI, mais especificamen-te Júlia Arruda e George Câmara,mesmo pertencentes atualmente abancada do prefeito Carlos Eduar-do Alves, também cobraram expli-cações dele. "Durante o períodoem que presidi as investigaçõestomei conhecimento de práticascondenáveis que causaram sério

prejuízo ao erário público. Destaforma, venho a público cobrar daPrefeitura o compromisso com alegalidade. Não é porque perten-ço à base aliada do prefeito quevou renunciar ao meu dever defiscalizar suas ações", avaliou JúliaArruda.

De qualquer forma, enquanto oprefeito não se manifesta se vai ounão à Câmara se pronunciar, a Pre-feitura agilizou algumas explicaçõessobre a renovação dos contratos.Afirmou, também, que são contra-tos temporários e que a expectativaé que as secretarias se mudem, embreve para outros imóveis. "Esperoque durante estes seis meses de adi-tivo o município conserte os víciosdos contratos, seguindo assim as re-comendações do Ministério Públi-co e da CEI dos Contratos", comen-tou Júlia Arruda.

ALÉM DOS ALUGUEISÉ importante lembrar que os

alugueis renovados pela gestão an-terior não foram os únicos contra-tos renovados pela atual gestão quecomeçaram na administração ante-rior. A Prefeitura, por intermédio daSecretaria Municipal de Educação,renovou a parceria com as empre-sas fornecedoras de mão de obrapor R$ 5,2 milhões, com validadede 90 dias, sem licitação.

Vereadores querem prefeito na Câmarapara explicar renovação de contratos

Sandro Pimentel: “É uma incoerência política ter renovado os contratos que ele, acertadamente, criticou na gestão passada”

PARLAMENTARES DE OPOSIÇÃO E DA BANCADA SOLICITAM A CARLOS EDUARDO EXPLICAÇÃO SOBRE ALUGUEIS DE IMÓVEIS

Carlos Eduardo reage e rejeita comparação:“Igual à Micarla só os que a apoiaram”

Por meio de seu perfil no Twitter, o prefeito Carlos Eduardo Alves se manifestou

INOPORTUNONo momento em que os pro-

dutores estão agonizando no in-terior por causa dos efeitos daseca, o Banco do Nordeste tomaas terras de quem está devendo. Aatitude do BNB não poderia serem um momento tão inoportuno.Afinal, o banco é do Governo, queestá com discurso de ajuda ao nor-destino, mas na prática terminaprejudicando.

LEILÃOSegundo informações do in-

terior, no mês passado, o Banco doNordeste promoveu leilão de duaspropriedades rurais de Pedro Ave-lino que estariam com débitosjunto à instituição financeira. Umverdadeiro absurdo diante da crisegeneralizada.

GRAVIDADEO cenário de destruição no in-

terior do Estado, provocado pelaseca, chegou a tal ponto que já háregistros de suicídio de pequenosproprietários rurais, que não con-seguem suportar perder tudo sem

nada poder fazer.

SENSIBILIDADEA situação da seca parece não

provocar sentimento mais fortepor parte da governadora Rosal-ba Ciarlini. Enquanto o gadomorre no interior e o homem docampo entra em desespero, a Rosacurtia o lindo visual da praia dePipa no último final de semana,justamente na pousada Sombra eÁgua Fresca.

PRIVACIDADEAntes que algum puxa-saco

seja rápído no gatilho para dizerque ninguém tem nada a ver coma vida da governadora, é bom quese diga que o gestor público esco-lheu a vida pública em detrimen-to da intimidade privada. E mais:foi a própria governadora que pos-tou no twitter, o visual que deli-ciava seus olhos. Certamente quese estivessemos em ano eleitoral,Rosalba não estaria na sombra eágua fresca, mas no calorão do in-terior, apertando a mão e prome-tendo mudanças.

VISITAEnquanto o desmantelo é gran-

de no interior do Estado, caracte-rizado pelo problema mais graveno momento, a governadora re-solve 'visitar' o prolongamento daPrudente de Morais, para posarpara foto como se a agenda'positiva' superasse os reais proble-mas do RN.

DEFESAUm wilmista gaiato solta essa:

"Rapaz, o deputado Getúlio Rêgoandava meio calado, sem fazer de-fesa do Governo, mas depois danomeação do filho pra secretariade Recursos Hídricos e do sobri-nho como desembargador, ohomem voltou afiado pra defendera Rosa". Maldade; Getúlio sempredefendeu o Governo; talvez umpouco menos, mas sempre defen-deu.

SIGILONa eleição do Quinto Consti-

tucional, para escolha do novo de-sembargador, o Tribunal de Justi-ça preferiu fazer a votação em si-

gilo, o que provocou a nulidadepor parte do Conselho Nacionalde Justiça. O TJRN insistiu no quehavia feito, mas o CNJ não con-cordou.

SEM SIGILONa semana passada, em elei-

ção semelhante, para escolha dojuiz do TRE, o Tribunal de Justi-ça realizou eleição aberta e funda-mentada. Piorou ainda mais a ima-gem que passou para o CNJ em re-lação a votação anterior.

COERÊNCIAA vereadora Júlia Arruda apro-

veitou bem a polêmica sobre a re-novação dos contratos por parteda Prefeitura de Natal, para esta-belecer sua posição de coerência,o que foi extremamente positivopara sua imagem. A filha de Leo-nardo cobrou compromisso da Pre-feitura "com a legalidade" e afir-mou que, mesmo integrando a basealiada de Carlos Eduardo, vai con-tinuar fiscalizando as ações dopoder público. A posição aumen-tou sua estatura política.

SECAFlagra de Márlio Forte no momento em que o deputado João

Maia, faz um gesto esquisito na boca. Segundo Sherloquinho o se-ridoense teria dito: "Não sei o que é que eu vou fazer nesse feria-dão. Tô com uma sede danada. Tem gelo aí?".

Os presidentes das câmaras mu-nicipais de Natal, Parnamirim,Ceará-Mirim, Macaíba e Extremoz,membros da União das CâmarasMunicipais da Região Metropolita-na de Natal (Unicram), se reuni-ram nesta terça-feira (26), com agovernadora Rosalba Ciarlini.

O encontro teve o objetivo dediscutir e sugerir novas ações nasáreas de segurança pública, saúde,transporte urbano e turismo.

O presidente da Câmara Mu-nicipal de Natal, vereador AlbertDickson, falou sobre a importânciada Unicram. "A região metropoli-

tana de Natal tem muitos problemasem comum, por isso unimos 10 mu-nicípios que representam 52% dapopulação do Rio Grande do Nortepara lutar por melhorias para a po-pulação que representamos", disse.

Albert Dickson e os demaismembros da Unicram enumeraramdiversos pleitos para apreciação dagovernadora. Da reunião, saíramalgumas medidas que serão anali-sadas em um próximo encontrocomo, por exemplo, rede metropo-litana de saúde para desafogar hos-pitais regionais, reforço na regula-ção de leitos, criação de uma rota

turística entre os municípios, entreoutros.

Rosalba Ciarlini enalteceu aunião dos presidentes das câmarasmunicipais em prol do desenvolvi-mento da região metropolitana. "Foiuma decisão acertada e vai contarcom nosso apoio para resolver pro-blemas comuns dos municípios",

destacou a governadora. Participaram também do en-

contro o secretário chefe do Gabi-nete Civil, Carlos Augusto Rosado,e os presidentes das Câmaras Mu-nicipais de Parnamirim, Rosano Ta-veira; de Macaíba, Gelson Lima;de Extremoz, Joaz Oliveira e deCeará Mirim, Renato Martins.

Quarta-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 27 de março de 2013 Política

DE BRASÍLIA - walgom@uol.com.br

Walter Gomes

LEITURA DINÂMICA

TEMPO DE RESISTIRDuas decisões do relator da reforma política.Petista do Rio Grande do Sul, o deputado Henrique

Fontana (foto) desconsidera os pedidos para incluir noseu parecer a abertura de janela para favorecer a trocade legenda.

Também rejeita o fim das coligações partidárias paraas eleições proporcionais, como pretende a maioriados líderes das grandes legendas.

n n n

Fontana é um dos melhores quadros da política bra-sileira, tanto na competência quanto na dignidade.

SEMPRE A FAMÍLIAInversão na política do Rio Grande do Norte.No PMDB e no DEM (desde a época de PFL), o poder

é transferido de pai para o filho.n n n

O PSDB faz outro jogo.É de filho para o pai, no fraquíssimo tucanato potiguar.

Decano da Câmara dos Deputados e agora também seupresidente, Henrique Eduardo Alves continua cultor do aço-damento. Mesmo quando defende posição que os institu-tos de pesquisa apontam como majoritária na sociedade,o peemedebista potiguar adere à precipitação.

n n n

Foi veemente ao anunciar que resolveria o contencio-so na Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Disse queera insustentável a permanência de Marco Feliciano nachefia do colegiado. Determinou prazo, encerrado ontem,para o fim do imbróglio. Esperava a renúncia do parlamen-tar paulista sob pressão de colegas do Parlamento, asso-ciações de classe e redes sociais. Até de entidades exter-nas de influência mundial.

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Com o apoio do PSC (Partido Social Cristão), ao qualé filiado, Feliciano rejeitou a proposta de abdicar. Mais doque isso, o deputado revidou, ferino, a insustentabilidadeapontada por Henrique Eduardo:

“O presidente (Alves) foi muito infeliz. Ele tem teto devidro. Há denúncias que o envolvem. Houve até campa-nha para que não assumisse a direção da Câmara.”

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Nesse primeiro e grande embate, Henrique falhou e,portanto, situou-se mal ainda no inconcluso segundo mêsno comando da Casa. Prometeu o que não podia fazer.Embora não definitiva, porque prossegue a campanhacontra Feliciano, a derrota de agora enfraquece o presi-dente da Câmara, o segundo nome na linha sucessóriada República.

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Pós-escrito: germina outra semente de discórdia. Trata-se da presidência do Conselho de Ética da Câmara dosDeputados. Henrique deve aproveitar o final da SemanaSanta para meditar e, se for cidadão de fé, orar.

A derrota no primeiro round

t Líder do PR na Câma-ra Federal, Anthony Ga-rotinho vence, por peque-na margem, as primeiraspesquisas para o governodo Rio de Janeiro. Em se-gundo lugar, o senadorLindbergh Farias (PT). Aterceira posição é do ve-reador Cesar Maia (DEM).t Cafezinho, com direito abiscoitos, incentivou trocade ideias, ontem à tarde,no gabinete do senadorgaúcho Pedro Simon. Àmesa com o dissidente doPMDB o governador Eduar-do Campos (PSB-PE).t Michel Temer chega,primeiro de abril, a Mas-cate, capital do sultanatode Omã. Em nome do go-verno Rousseff, o vice-presidente da Repúblicaacompanha empresários.O Brasil tem interesse deampliar a ponte de negó-cios com o país árabe.t Nem tudo está perdidono Parlamento da Repúbli-ca Surrealista dos Trópicos.O Senado aprovou uma

nova Lei Áurea. A de agoraprotege (dos maus patrões)os empregados domésti-cos.t Agiotagem oficial des-carada: os juros do che-que especial chegam a138,5% ao ano.t Será dia 17 de abril avotação para procurador-geral da República. Quatrocandidatos concorrem: De-borah Duprat, Ela Wiecko,Rodrigo Janot e Sandra Cu-reau. Os nomes dos trêsmais votados serão encami-nhados ao Palácio do Pla-nalto. A lista tríplice é ape-nas uma sugestão, subli-nhe-se. t O PCdoB ocupa, ama-nhã, rede nacional derádio (20h às 20h10) e te-levisão (20h30 às 20h40).Um foco especial em AldoRebelo, deputado-minis-tro do Esporte.t Para refletir: “Tudo queeu não invento é falso” (Ma-noel de Barros, poeta bra-sileiro).

JOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

O prefeito Carlos Eduardo con-seguiu sua primeira vitória no ple-nário da Câmara Municipal de Natalnum ambiente que se prenunciavaoposicionista no primeiro momen-to, mas que teve essa lógica inver-tida na sessão da última terça-feira,quando 23 dos 29 vereadores vo-taram contra uma emenda de auto-ria do então vereador Luis Carlos,do PMDB, que subtraia 1 milhão dereais dos 3 milhões propostos no or-çamento da SECOPA para publici-dade. Carlos Eduardo vetou a emen-da e os vereadores aprovaram oveto obedecendo recomendação doprefeito.

Na justificativa da sua emenda,o ex-vereador Luis Carlos disseque o montante de 1 milhão dereais seria destinado a ações daprefeitura nos setores de esporte,lazer, mobilidade e campanhas edu-cativas. A justificativa do prefeitoCarlos Eduardo com relação aoveto é de que o dinheiro - 3 milhõesde reais - não poderia ser subtraí-do porque tem como objetivo rea-lizar campanhas publicitárias com

vistas, principalmente a divulga-ção do turismo, particularmentepara a Copa do Mundo.

REJEIÇÃO DA EMENDAA emenda foi rejeitada pelo

placar de 23 X 6. Entre os verea-dores que votaram contra a desa-provação do veto pronunciaram-

se Sandro Pimentel e Marcos An-tonio, do PSOL, Amanda Gurgel,do PSTU, Fernando Lucena, doPT, Eleika Bezerra, do PSDC epossivelmente Jacó Jácome, doPMN. A votação foi secreta. Vota-ram favoráveis os vereadores Al-berto Dickson, Ary Gomes, Aqui-no Neto, Aroldo Alves, Bertone

Marinho, Bispo Francisco de Assis,Chagas Catarino, Dagô, DicksonJúnior, Eudiane Macedo, FelipeAlves, Franklin Capistrano, Geor-ge Câmara, Hugo Manso, JúlioProtásio, Júlia Arruda, Júnior Gra-fith, Luiz Almir, Maurício Gurgel,Paulinho Freire, Rafael Motta eUbaldo Fernandes.

Vereadores aprovam veto de Carlos Eduardo: 23 X 6

Votação sobre emenda proposta por ex-vereador Luis Carlos foi primeira vitória de Carlos Eduardo na Câmara Municipal

Vários vereadores ocuparam atribuna da Câmara Municipal parapronunciarem-se sobre a emendado ex-vereador Luiz Carlos e con-sequentemente com relação ao vetoencaminhado pelo prefeito CarlosEduardo. Foram eles: Marcos An-tonio (PSOL), Maurício Gurgel(PHS), Luiz Almir (PV), Júlia Ar-ruda (PSB), George Câmara (PCdo B), Aroldo Alves (PSDB), Fe-lipe Alves (PMDB), Hugo Manso(PT), Júlio Protásio (PSB), Pauli-nho Freire (PP), Aquino Neto (PV),entre outros.

O vereador Marcos Antoniodisse que "quem quer fazer o bema Natal não investe em publicida-de, mas em saúde e educação".Maurício Gurgel e Júlio Protásioinformaram que o orçamento paracomunicação já havia reduzido de13 milhões para 9 milhões dereais e que se houvesse mais re-dução inviabilizaria a comunica-

ção e prejudicaria a cidade deNatal. "É preciso que se tenha di-nheiro para campanhas educati-vas com relação a dengue e evi-tar a evasão escolar", ressaltou olíder Júlio Protásio. Júlia Arruda

considerou "injusto" retirar dinhei-ro da comunicação.

Aroldo Alves, vereador doPSDB, pediu explicações ao líderquerendo saber para onde iria odinheiro destinado a SECOPA, en-

quanto Felipe Alves, do PMDB,disse que apesar do grande volu-me de dinheiro destinado à comu-nicação existe uma permanentereclamação da população com afalta de divulgação do turismo nacidade, daí ser favorável ao vetodo prefeito Carlos Eduardo.

"A comunicação é minhavida", disse o vereador Luiz Almir,do PV, referindo-se a sua condi-ção de radialista, daí ter votadofavorável que o setor tenha maisdinheiro no orçamento, enquantoAquino Neto, também radialista,votou favorável ao prefeito por seconsiderar coerente. "Não sou in-coerente nem farsante e não fareioposição louca a Natal", disse ele.

Paulinho Freire considerou im-portante o aporte de recursos fi-nanceiros para divulgar o setor tu-rístico, porque, segundo ele, o tu-rismo gera emprego e renda paraa população. (JP)

> PUBLICIDADE XS EDUCAÇÃO

Opiniões de parlamentares naCâmara de Natal são divergentes

Marcos: “Quem quer fazer o bem a Natal não investe em publicidade, mas em saúde”

> DISCUSSÃO

Presidentes das câmaras da região metropolitanadebatem ações com governadora Rosalba Ciarlini

Albert Dickson, presidente da Câmara de Natal, participou do encontro com Rosalba

PREFEITO CONSEGUE SUA PRIMEIRA VITÓRIA EM VOTAÇÃO POLÊMICA NA CMNJosé Aldenir

José Aldenir

Heracles Dantas

> AUMENTO DE 5%

Quarta-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 27 de março de 2013Política

Tranquila, sem qualquer bagun-ça ou baderna. Foi assim a primei-ra noite pós-condenação de CarlaUbarana no Centro de Detenção Pro-visória (CDP) feminino de Parnami-rim. Com a experiência de já ter sehospedado no hotel Plaza Athenée,um dos mais luxuosos de Paris, a réconfessa dos desvios dos precató-rios do Tribunal de Justiça (TJ/RN)sentiu, novamente na pele, a humil-dade das unidades prisionais do Es-tado. E o silêncio, segundo a dire-ção da unidade prisional, tem sidouma das marcas de Ubarana nesseretorno ao cárcere.

"Para ser sincera, até o momen-to, ainda nem ouvi a voz dela", afir-mou a diretora do CDP, HindianeSaiures, em contato com O Jornal deHoje. Segundo ela, apesar dos agen-tes "não ficarem entrando nas celaso tempo todo", é possível destacarque até o momento, a hospedagemde Carla Ubarana na unidade pri-sional tem sido "tranquila". "Agentenão tem notícia de nenhuma bagun-ça na cela, nenhuma baderna nem re-clamação", ressaltou.

No cárcere com outras 29 mu-lheres, a maioria acusada de tráficode drogas, Carla Ubarana dormiuno chão, em um colchonete empres-tado pela unidade prisional, uma vezque não recebeu, até o final damanhã de hoje, nenhuma visita que

pudesse levar para ela qualquer uten-sílio de apoio aos dias na prisão.

E lembrar que há alguns anos,antes de serem descobertos os des-vios de milhões no setor de preca-tórios do TJ, Carla Ubarana e o ma-rido, George Leal - também conde-nado na decisão divulgada na manhãde terça-feira, pelo juiz criminal Ar-mando Ponte - passaram alguns diasem Paris e puderam desfrutar detodo o conforto dos amplos quartosdo hotel Plaza Athenée.

No site oficial do hotel, as des-crições dos quartos dão ideia do con-forto que o casal vivenciou. Algu-mas suítes com mais de 450 metrosquadrados, com quatro quartos edois salões. "Decorado no mais puroestilo clássico parisiense, nossas Suí-tes de Luxo oferecem uma vistaúnica sobre a famosa Avenue Mon-taigne. Luminoso e espaçoso, comgrandes salas, são perfeitas para tra-balhar ou ficar com a família" e com"mobília antiga, de Luís XV, LuísXVI", define-se o hotel, que ofere-ce serviços de secretária, internetwi-fi em alta velocidade, acesso pri-vilegiado ao espaço fitness e um"exclusivo serviço de quarto".

Nesse hotel, conforme o próprioGeorge Leal afirmou, o casal gastoucerca de 11 mil euros e tiveram umavista "única" da torre Eiffel. Segundoo próprio juiz Armando Ponte em sua

sentença, Ubarana e George gastaramcerca de R$ 1,25 milhão com suasviagens pelo mundo com o dinheiropúblico desviado dos precatórios.

Com relação ao tamanho, a di-retora do CDP feminino não soubedizer exatamente, o tamanho dascelas, mas confirmou que a de CarlaUbarana está na capacidade máxi-ma. Lá, claro, não há quartos, ape-

nas dois banheiros, com chuveiros.O "serviço de quarto" se limita atrês refeições diárias, oferecidas emquentinhas por uma empresa tercei-rizada contratada pelo Governo doEstado.

E, vale lembrar, Carla Ubarananão está nem em um presídio lámuito problemático em relação aestrutura física. Afinal, o CDP femi-

nino é uma construção recente e nãotem alguns problemas em outrosprédios de CDPs. Ahospedagem nolocal, porém, deve durar pouco tam-bém. "Estamos esperando que a re-moção dela ocorra o mais rápidopossível. Ela deverá ser transferidaspara a penitenciária João Chaves (nazona Norte de Natal)", afirmou a di-retora Hindiane.

RECURSOSEnquanto segue presa - conde-

nada a 10 anos de prisão em regi-me inicialmente fechado - CarlaUbarana terá ao seu lado, pelomenos, o advogado Marcus Leal(que a defendeu no processo) e, tam-bém, o Ministério Público do RN.Em postura que pode ser considera-da rara, os promotores afirmaramque vão recorrer da decisão da 7ªvara criminal para que Ubaranatenha a pena reduzida, se conside-rando a delação premiada.

Uma eventual redução, nessecaso, poderia aumentar o sentimen-to de impunidade que o juiz Arman-do Ponte fez questão de atacar aocondenar Carla Ubarana. Segundoele, a população já estava cansadae enojada dos casos de corrupçãorecentes e atingida pelo sentimentode impunidade.

RETORNO A PRISÃOCarla Ubarana e George Leal,

vale lembrar, já passaram um tempona prisão em 2012, quando forampresos durante a Operação Judas,do próprio Ministério Público. Carla,inclusive, chegou a ficar internadaem um hospital privado de Natal ecumpriu boa parte da prisão preven-tiva na unidade médica. Só saiu apósassinar o termo de delação premia-da com o Ministério Público.

Carla Ubarana dorme no chão em sua primeira noite na cadeia

George Leal e Carla Ubarana foram presos na manhã de terça-feira, após a divulgação da sentença do juiz Armando Ponte

ACOSTUMADA AO LUXO DE HOTÉIS EM PARIS, A CONDENADA POR COMANDAR FRAUDE MILIONÁRIA NA DIVISÃO

DE PRECATÓRIOS DO TJRN, PASSA A NOITE NA COMPANHIA DE 29 DETENTAS, SEM NENHUM PRIVILÉGIO

A diferença de tratamento tan-tas vezes já apontada pelo presiden-te do Sindicato dos Servidores daAdministração Indireta do Estado(Sinai/RN), Santino Arruda, foi con-firmada na edição desta terça-feira,do Diário Oficial do Estado (DOE),quando foi publicado o reajuste sa-larial para os procuradores da As-sembleia Legislativa do Rio grandedo Norte, de membros do Ministé-rio Público do RN, de procuradoresdo Estado, de membros do Tribunalde Contas do Estado (TCE) e damagistratura estadual estão reajus-tados. O aumento salarial, claro,gerou críticas dos deputados esta-duais de oposição, justamente, poressa diferença na forma de tratarcom algumas categorias.

Segundo Mineiro, há de se des-

tacar, por exemplo, a falta de im-plantação dos planos de cargos, car-reiras e salários de mais de 10 cate-gorias do funcionalismo público es-tadual. Muitas são leis desde 2010,mas que ainda não foram promulga-das pelo Estado baseado na impos-sibilidade causada pela Lei de Res-ponsabilidade Fiscal.

“O governo protela o cumpri-mento, mas é preciso ter essa mesmamedida pois a lei de responsabilida-de fiscal vale para todos”, afirmouo deputado Fernando Mineiro, doPT. Os aumentos salariais passarampela Assembleia Legislativa no iní-cio de março.

A declaração dele, praticamen-te, confirma uma insatisfação an-tiga do Sinai, de que o Governo doEstado não tem convocado todas

classes de servidores para discu-tir políticas e melhorias no fun-cionalismo público que vão muitoalém dos salários e entram no as-pecto, também, das condições detrabalho.

Com relação às leis que regula-mentam os reajustes salariais, a pro-gressão assumida é de 5% a partirde janeiro de 2013; 5% a partir dejaneiro de 2014 e 5% a partir de ja-neiro de 2015. No caso do Ministé-rio Público do RN, “as despesas coma execução desta Lei Complemen-tar correrão à conta das dotações or-çamentárias consignadas ao Minis-tério Público do Estado do Rio Gran-de do Norte e, se houver necessida-de, serão suplementadas”. Já a dosprocuradores do Estado, tem a exe-cução prevista na “por conta das do-

tações orçamentárias consignadasna Lei Orçamentária Anual (LOA)”.

Especificamente no caso do Tri-bunal de Justiça, a partir de 2016,deve haver uma mudança na apro-vação dos reajustes. “A partir doexercício financeiro de 2016, o sub-sídio mensal dos Desembargadorese dos Juízes de Direito do Poder Ju-diciário do Estado do Rio Grande doNorte será fixado por lei de inicia-tiva do Tribunal de Justiça do Esta-do do Rio Grande do Norte, sendoobservados, obrigatoriamente, deacordo com a respectiva previsãoorçamentária, os seguintes critérios:a recuperação do seu poder aquisi-tivo; e a proporcionalidade em refe-rência ao subsídio mensal de mem-bro do Supremo Tribunal Federal”,garante a legislação.

A confirmação da morte do of-talmologista João Maria de MirandaMonte, vítima de um enfarte, dispa-rou uma série de comentários de pes-soas importantes na sociedade poti-guar que demonstram a simpatia queele nutria entre amigos e pacientes.Na batalha contra problemas cardía-

cos, que causaram internação na Casade Saúde São Lucas, ainda em 2010(na ocasião, foi feito um cateteris-mo), viu a situação se agravar nosúltimos dias, até falecer na manhãdesta quarta-feira (28), no Hospital doCoração (Informações preliminaresregistram entre 10h e 10h30).

Um dos amigos que cuidava dosolhos com o Dr. João Maria Monteé o ex-deputado federal, Ney Lopes."Era uma figura humana extra. Ummédico exemplar. Um pesquisadorpermanente, que muito contribuiuem debates na Academia de Medi-cina do Rio Grande do Norte

[AMRN] sobre a arte da cura. La-mento sua morte profundamente".Amigos desde a juventude no Colé-gio Marista, o ex-deputado tambémera paciente e tinha grande admira-ção pelo lado paternal do falecido.

Outra pessoa ligada ao Dr. JoãoMaria é o atual presidente do Con-

selho Regional de Medicina do RioGrande do Norte (Cremern), Jean-carlo Fernandes Cavalcanti. Cole-ga de trabalho, ele fala da fama dooftalmologista. "Talvez o médicomais bem humorado do Rio Gran-de do Norte. Era uma pessoa notá-vel, que sempre brincava e criava um

ambiente de trabalho agradável".Casado, pai de dois filhos, JoãoMaria Monte era considerado umerudito. Fã de cinema e música, tinhaa coleção dos filmes do detetive bri-tânico 007. O velório está marcadopara o Centro de Velório São Jose,durante a tarde de hoje.

Após publicação de reajuste de procuradores,Mineiro cobra tratamento igual aos servidores

> LUTO

Oftalmologista João Maria Monte morre de problemas cardíacos

Fernando Mineiro apresentou um pleito antigo dos servidores estaduais do Sindicato

Divulgação

Wellington Rocha

José Aldenir

Quarta-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 27 de março de 2013 Cidade

O atendimento de urgência eemergência pediátrica na maior uni-dade hospitalar do Estado, o Hospi-tal Monsenhor Walfredo Gurgel estásuspenso de hoje (27) até o próxi-mo domingo (31). Isto porque namanhã desta quarta-feira, os pedia-tras entregaram o plantão às direto-ras técnica, Hélida Maria Bezerra, emédica, Marleide Alves, e por faltade profissionais a escala médica domês de março não pode ser com-pleta. A direção do Hospital propôsuma escala alternativa com apenasum médico por plantão como formade garantir o atendimento infantilaté o fim do mês, mas a proposta foirejeitada, por unanimidade, pelospediatras, com respaldo do Sindi-cato dos Médicos (Sinmed) e doConselho Regional de Medicina doRio Grande do Norte (Cremern).Com isso, quem precisar de atendi-mento pediátrico de urgência e emer-gência terá que buscar outra unida-de hospitalar. No entanto, essa buscanão deve ser fácil, pois os princi-pais hospitais do Estado tambémestão com o Pronto Socorro Infan-til fechados pelo mesmo motivo:falta de profissionais.

O Pronto Socorro Infantil doHospital Doutor José Pedro Bezer-ra, conhecido como Hospital SantaCatarina, já está com o atendimen-to suspenso desde o último dia 19.Situação que se repete há três mesese nenhuma providência foi tomada.No Hospital Regional DeoclécioMarques de Lucena, em Parnamirim,o atendimento infantil está garanti-do até hoje (27). No Pronto Socor-ro Infantil Sandra Celeste os médi-cos só atendem até amanhã (28).

Adiretora geral do Hospital Wal-fredo Gurgel, Fátima Pinheiro, ex-plicou que a direção junto com aSecretaria de Saúde Pública (Sesap)não mediu esforços para garantir aescala dos profissionais, com doispediatras, por plantão. "Há mais de30 dias que já estávamos em nego-ciação para garantir o cumprimen-to dessa escala, mas como houve oprocesso de transição de secretários,houve essa interrupção nas nego-ciações, mas acredito que o novosecretário Luiz Roberto Fonsecadará continuidade a luta de Isaú Ge-rino para garantir o pleno funciona-mento da urgência pediátrica do Wal-

fredo", destacou a diretora. Fátima Pinheiro disse que

ontem, o secretário adjunto de Saúde,Marcelo Bessa, acompanhado de re-presentantes do setor de RecursosHumanos da Sesap estiveram noWalfredo e confirmaram que estãoem busca dos pediatras para garan-tir o plantão com, no mínimo, doispediatras. Como não há mais pedia-tras do último concurso público paraserem convocados, a Secretaria Es-tadual de Saúde Pública está fazen-do um levantamento dos profissio-nais que trabalham nos ambulatóriospara serem transferidos para o Hos-pital Walfredo Gurgel e suprir a ca-

rência. "Também concordamos que um

pediatra por plantão não é o ade-quado, mas sugerimos isso de formaque o serviço não fechasse e que ascrianças não ficassem desassistidas.Sei que a Secretaria está em buscade pediatras que estão em outroshospitais, mas isso requer tempo ediálogo. Infelizmente, quem preci-sar de atendimento pediátrico até odia 31 terá que buscar outra unida-de, mas as crianças que estão inter-nadas no CTQ e na enfermaria con-tinuam tendo assistência", lamen-tou a diretora do Walfredo Gurgel.

Adiretora disse que, inicialmen-te, seriam necessários, pelo menos,quatro pediatras de 40 horas. "Comesses profissionais, conseguiríamoscumprir as escalas, as férias, as li-cenças-prêmios e outros motivos deafastamento". A diretora médica dohospital Marleide Alves explica quedos 13 médicos que compõem a es-cala dos profissionais, cinco médi-cos com carga horária de 40 horas,dividem a sua carga horária, sendo20 horas na porta de entrada de aten-dimento e 20 horas nas enfermariasde queimados, pediátrica e no am-bulatório, para atendimento de fi-lhos de funcionários.

Os pediatras alegam que, comapenas um médico por plantão, éimpossível atender a demanda.Atualmente, são dois pediatras porplantão, mas houve tempo em queeram quatro. Os pediatras de plan-tão são responsáveis pelo atendi-mento de urgência e emergência naporta de entrada do Pronto Socorro,bem como das crianças internadasno Centro de Tratamento de Quei-

mados e na enfermaria, além do am-bulatório.

Como o atendimento pediátri-co foi suspenso, a direção aprovei-tou a observação pediátrica vazia efez uma mudança que já estava pre-vista. A observação pediátrica foideslocada para próximo do setor de

politrauma, fazendo parte da linhavermelha, dentro do Eixo Verme-lho, uma exigência para a implan-tação da classificação de risco. "Éuma forma de melhorar o atendi-mento e destinar o atendimento prio-ritário para as crianças em casos gra-ves", destacou a diretora.

A Arquidiocese de Natal pro-moveu, na manhã desta quarta-feira(27), um encontro com a imprensapara divulgar a programação da Se-mana Santa 2013. Organizada noCentro Pastoral Pio X, subsolo daCatedral Metropolitana, a coletivacontou com a presença do Arcebis-po da capital potiguar, Dom JaimeVieira Rocha. Uma semana de even-tos (24 a 31 de março) promete atrairmilhares de fiéis à Catedral Metro-politana. Do Domingo de Ramosao da Páscoa, Paixão, Morte e Res-surreição de Cristo serão celebradas.Com o slogan "Faça a Vida Brotar,Doe Sangue, Doe Vida", tambémfoi lançada uma campanha em par-ceria com o Hemonorte.

Para cristãos, é um período dereflexão e encontro com Deus atra-vés da Missa dos Santos Óleos(Quinta-feira Santa); da AdoraçãoSilenciosa e Celebração da Paixãoe Morte de Nosso Senhor Jesus Cris-to, Procissão do Senhor Morto(Sexta-feira Santa); Vigília de Pas-cal (Sábado Santo); e a Missa daRessurreição do Senhor (Domingode Páscoa). "É um momento de si-

lêncio, jejum e espiritualidade", dizDom Jaime, para quem as socieda-des passam por um período secular,longe dos valores tradicionais da

Igreja. Valores esses invertidos e exau-

ridos, diante de um mundo cadavez violento e maldoso, segundo as

palavras de Dom Jaime. "Vivemosem um tempo propício para o sen-timento religioso mais profundo.Mesmo com a secularização e com

poucas pessoas dispostas a fazersacrifício por algo maior, vemos aIgreja cheia, lotadas por pessoascom sentimentos de renovação eesperança. Por isso, a SemanaSanta é tão importante, por se tra-tar de um instante perfeito parauma reflexão".

A abertura da programaçãoserá amanhã (28), às 8h, na Cate-dral Metropolitana, com a Missados Santos Óleos, presidida porDom Jaime Vieira e acompanha-da por 150 padres e 60 diáconospermanentes da Arquidiocese. Du-rante a missa, o óleo de oliva, mis-turado ao bálsamo será consagra-do pelo Arcebispo para ser usadonas celebrações do Batismo, Cris-ma, Unção dos Enfermos e nas Or-denações Sacerdotais.

"Com isso, daremos início aomomento de introspecção e frater-nidade da Semana Santa. Um tempocarente de misericórdia, que desa-fia a Igreja na hora de dialogar, so-bretudo com os jovens. Eles têmuma cultura e linguagem particu-lar, mas sempre nos dão um retor-no à mensagem da Igreja. Tivemos

exemplos claros dessa força de Deuscom juventude em eventos como oBote Fé, no ano passado, e a gran-de expectativa que a Jornada Mun-dial da Juventude [realizada no Riode Janeiro, em junho próximo, queregistrará a primeira viagem inter-nacional do Papa Francisco]".

Católicos seguirão a agenda daArquidiocese: 27/03 (Quarta-feiraSanta): Campanha "Doação de San-gue" durante todo o dia e Confissões- Manhã, Tarde e Noite; 28/03(Quinta-feira Santa): 8h - Missa dosSantos Óleos, 19h - Missa do LavaPés e da Ceia do Senhor, 21h - Iní-cio da Adoração até 00h; 29/03 -(Sexta-feira Santa): 08h às 14h -Adoração Silenciosa, 15h - Cele-bração da Paixão e Morte de NossoSenhor Jesus Cristo e Procissão doSenhor Morto (coleta para lugaressantos); 30/03 (Sábado Santo): Vi-gília Pascal - Bênção do Fogo e doCírio Pascal na calçada da Catedral(levar uma vela para a vigília e umvidro com água para ser benta);31/03 (Domingo de Páscoa): Mis-sas da Ressurreição do Senhor - 7h,11h e 19h.

Com o objetivo de apresentaro andamento das obras de constru-ção do Terminal Marítimo de Pas-sageiros e debater as mudanças ne-cessárias para o fluxo de passagei-ros e mercadorias que passarão porele, a Companhia Docas do RioGrande do Norte (Codern), respon-sável pela administração do Portode Natal, reuniu, na manhã de hoje,representantes de órgãos públicosmunicipais.

A reunião aconteceu na sededa Codern e entre os participantesestavam o diretor técnico da Com-panhia, Hanna Safieh, o titular daSecretaria Municipal de Turismoe Desenvolvimento Econômico(Seturde), Fernando Bezerril e osuperintendente do Instituto do Pa-trimônio Histórico e Artístico Na-cional (Iphan), Onésimo Santos.

Na ocasião, um dos temaismais discutidos foi a necessidadede desenvolver projetos de mobi-lidade urbana no bairro da Ribei-ra, a fim de melhorar o fluxo de

trânsito no entorno do Porto deNatal e o acesso dos turistas de-sembarcados a diversos pontos dacidade.

De acordo com o diretor técni-co da Codern, Hanna Safieh, aconstrução do Terminal Marítimode Passageiros não é um projetoisolado e seu pleno funcionamen-to dependerá de uma parceria entrea Companhia e a Prefeitura. "Entresetembro ou outubro deste ano, oTerminal estará pronto. Mas paraque ele funcione de forma efetivaem todos os aspectos são necessá-rias algumas mudanças na estru-tura da Ribeira. Tanto a Codernquanto a Prefeitura devem estarpreparadas para receber o aumen-to no fluxo de pessoas e mercado-rias no local, e existe toda uma lo-gística envolvida nesse projeto.Nós ainda não temos a fórmula e,por isso, estamos nos reunindo edialogando para que cada órgãoveja qual a parte que lhes cabe napreparação para o funcionamento

do Terminal", disse Hanna Safieh.Além das melhorias no fluxo

do trânsito, obras de serviços urba-nos como iluminação, limpeza, se-gurança e pavimentação das ruas daRibeira também foram debatidose o foco principal estava voltado aomelhor atendimento aos turistasque desembarcarem em Natal atra-vés do Terminal Marítimo.

Para o secretário municipal deTurismo e Desenvolvimento Eco-nômico, Fernando Bezerril, a cons-trução do Terminal representa umgrande avanço para o turismo local,com a inserção de Natal comoponto de parada dos cruzeiros. "Es-tamos vivendo um momento deplanejamento para receber essegrande e valioso empreendimentoaté o final do ano. Com ele, Natalpassará a receber navios que, atéentão, apenas passavam por estacosta, sem que os turistas pudessemdesfrutar das nossas belezas, comoacontece em Santos e no Rio deJaneiro. Com o Terminal, Natal se

tornará um ponto de partida ou pa-rada e isso vai movimentar a eco-

nomia local. Durante a Copa doMundo de 2014, os benefícios

serão ainda mais evidentes", afir-mou Fernando Bezerril.

Hospitais fecham atendimento de urgênciapediátrica e crianças ficam desassistidasNO WALFREDO GURGEL E SANTA CATARINA, ATENDIMENTO JÁ FOI SUSPENSO

Com fechamento do setor, direção deslocou observação pediátrica para politrauma

Segundo Fátima Pinheiro, é preciso, pelo menos, 4 pediatras para garantir escala

> MORTE E RESSURREIÇÃO

> MOBILIDADE URBANA

Arquidiocese divulga programação da Semana Santa

Em coletiva de imprensa realizada hoje, Dom Jaime divulgou programação e falou sobre importância da Semana Santa

Fotos: Herácles Dantas

José Aldenir

Mudanças no trânsito da Ribeira são discutidas em reunião

Codern e Prefeitura discutem mudanças necessárias após construção do Terminal Marítimo de Passageiros, na Ribeira

José Aldenir

A Toylex, que integra a maiorconcessionária automotiva do Paíse a primeira do Nordeste, com fa-turamento no ano passado de R$4,5 bilhões, inaugura nesta quarta-feira (27), em Cidade Satélite, anova sede que, em metros quadra-dos construídos, é quase o dobroda antiga localizada ao lado doNatal Shopping.

Com 16,500 metros de áreaconstruída e um investimento deR$ 18 milhões, a nova Toyolex pro-mete ser apenas o primeiro inves-timento do ano na empresa na ca-pital potiguar, já que ela deve inau-gurar ainda no segundo semestresua primeira concessionária Fordna cidade.

Segundo o gerente da nova loja,Leonardo Fernando França Alber-tin, aumentar o tamanho da áreaera fundamental para acompanharo pós venda aos clientes Toyota.Só no local da oficina são 44 boxes.Com a inauguração diz Albertin, aexpectativa é que as vendas alcan-cem 180 veículos novos e 60 semi-novos por mês.

Fundada em 1980, o grupo comsede em Recife começou revenden-

do caminhões da marca MercedesBenz, mas com o passar dos anosfoi absorvendo outras importantesmarcas automotivas do mercado

como Audi, Volkswagen, Ford, Fiat,Peugeot, Renault, Nissan,Hyundai,Harley Davidson,Massey Fergus-son e Michelin.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 27 de março de 2013Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ marcossa@jornaldehoje.com.br

HOJE na Economia

Codern tem projeto paramelhorar trânsito na Ribeiran Com o Terminal Marítimode Passageiros do Porto deNatal em fase adiantada deconstrução e com a perspecti-va de iniciar logo nos primei-ros meses do segundo semes-tre o período do embarque se-manal de contêineres de fru-tas para portos da Europa, aDiretoria da Codern (Compa-nhia Docas do Rio Grande doNorte) se mostra preocupadaem evitar que a intensificaçãodo tráfego de veículos pesadosvenha a criar mais problemaspara o bairro da Ribeira e ad-jacências.n Nesse sentido, a empresaque administra o Porto apre-sentou na manhã de hoje aos

órgãos da Prefeitura de Natalque cuidam do Turismo, doMeio Ambiente, da Mobilida-de Urbana e da Infraestruturaum projeto (elaborado pelo seusetor de operações) que visafacilitar o fluxo de veículos naRibeira.

UnP lança especialização emGestão Estratégica de VarejonO comércio varejista do paísvive hoje uma fase de amplia-ção dos negócios e de aumen-to de sua lucratividade, emrazão da incorporação de novossetores da sociedade ao merca-do de consumo pela políticade redistribuição que tem sidopraticada pelo governo fede-ral nos últimos anos.n Diante dessa realidade, os

dirigentes da UniversidadePotiguar (UnP) passaram aobservar que está ocorrendo,no mercado de trabalho locale regional, uma multiplica-ção de oportunidades para jo-vens executivos nas empre-sas do comércio, desde queestes estejam realmente ca-pacitados para ocupar fun-ções diretivas e gerenciais dosnegócios.n Assim, a instituição deci-diu desenvolver um curso deespecialização em Gestão Es-tratégica de Varejo, direciona-do para graduados em Admi-nistração e áreas afins, queestejam em busca de conhe-cimentos sobre a comerciali-zação de produtos e serviços.n A pós-graduação será ofe-recida no Campus Natal daUnP e já está com seu períodode matrículas aberto. Os inte-ressados podem se inscreveratravés do site www.unp.br,onde também são encontradasinformações sobre a grade cur-ricular. O call center e a Gerên-cia de Pós-Graduação da Uni-versidade estão à disposiçãopara o esclarecimento de quais-quer dúvidas pelos telefones(84) 3215-1234 e (84) 3215-8508.

Capuche se une ao grupo 5R para investirR$ 300 milhões em novo shopping centernA zona Sul da região metropolitana de Natal ga-nhará mais um grande shopping center - o Praçadas Dunas Shopping - a ser construído em Parna-mirim, num terreno de quase 7 hectares às mar-gens da rodovia BR-101, principal rota de entra-da e saída da capital do Rio Grande do Norte.n À frente da iniciativa que representará inves-timento da ordem de R$ 300 milhões estão aconstrutora e incorporadora potiguar CapucheEmpreendimentos, presidida pelo empresárioEdson Matias, e a 5R Shopping Centers, braçodo grupo paulista Rossi (um dos maiores incor-poradores imobiliários do país, que possui par-ticipação societária e administra uma rede degrandes centros de compra espalhados pelas prin-cipais cidades brasileiras).n Com inauguração prevista para 2016, o Praçadas Dunas Shopping disporá de ABL (área brutalocável) de 42,3 mil metros quadrados e 208 lojas(das quais 10 serão âncoras, 6 semiâncoras e 146satélites), praça de alimentação com dois restau-rantes e 34 operações de 'fast food' (refeições li-geiras), além de 8 salas de cinema.n O projeto do empreendimento foi mostrado àimprensa no começo desta tarde, na sede da Ca-puche, por ocasião de uma entrevista coletiva con-cedida pelos dirigentes dos dois grupos empresa-riais para anunciar a oficialização da parceria.nA previsão dos investidores é de que durante operíodo de construção sejam abertas 2,5 mil opor-tunidades de empregos temporários, que após ainauguração da obra se transformarão em 4 mil per-manentes, entre diretos e indiretos.n A 5R Shopping Centers é uma empresa espe-cializada em prospectar, desenvolver, administrare comercializar shoppings centers, comandada porexecutivos com visão de médio e longo prazo eexperiência acumulada no mercado nacional e in-ternacional.n Já o grupo Capuche atua no mercado de cons-truções e incorporações residenciais e comerciaishá 18 anos no Rio Grande do Norte e na Paraíba,onde aparece como um dos líderes do setor, de-tendo ainda o controle acionário do Praia Shop-ping, importante equipamento comercial da zonaSul de Natal, implantado há cerca de 15 anos.

Ministro do Desenvolvimento visita Fierne discute política industrial com empresáriosn O presidente da Federação das Indústrias doRio Grande do Norte, Amaro Sales, receberá nofinal da tarde de hoje, na sede da entidade declasse, o ministro Alessandro Teixeira - do De-senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior -que irá participar de uma discussão sobre osrumos da política industrial do Governo DilmaRousseff com um grupo de líderes empresariaisdo Estado, entre eles os presidentes de todos os

sindicatos patronais que compõem a Fiern.

Decadência da indústria do petróleo no RNcomeça a preocupar os deputados estaduaisn A Assembleia Legislativa começa a colocarentre os temas dos seus debates a questão da vi-sível decadência da atividade petroleira na chama-da Bacia Potiguar, a qual, durante os últimos dezanos (período em que o Partido dos Trabalhado-res assumiu o poder no país), foi excluída dasprioridades exploratórias da Petróleo BrasileiroS/A (Petrobras).n Com reservas de hidrocarbonetos descobertasem meados da década de setenta, portanto há quase40 anos, os campos petrolíferos (on shore e offshore) do Rio Grande do Norte e de uma peque-na parcela do território cearense chegaram a pro-duzir quase 140 mil barris de petróleo por dia nofinal do século passado, o que resultou num ver-dadeiro 'boom' econômico em municípios comoMossoró, Alto do Rodrigues e Guamaré, entre ou-tros, com o surgimento de milhares de oportuni-dades de empregos e atração de dezenas de em-presas especializadas.nO RN iniciou a década passada reconhecido comoo maior produtor de petróleo em terra do Brasil.Mas a partir de 2002 a produção diária de petróleoe gás natural do Estado entrou em acelerado declí-nio, pelo fato de que a Petrobras praticamente sus-pendeu aqui os seus investimentos em pesquisasexploratórias e em perfuração de novos poços.n Hoje, a produção da Bacia Potiguar está redu-zida a bem menos da metade da que era obtida 13anos atrás, o que está acarretando demissão emmassa de trabalhadores e a transferência de cen-tenas de técnicos para outros pontos do país paraonde convergiram as prioridades da empresa es-tatal do petróleo.n Ontem, na Assembleia Legislativa, a deputadamossoroense Larissa Rosado fez pronunciamen-to para denunciar a onda de demissões de traba-lhadores promovida por empresas que estão fechan-do as portas, após terem encerrados e não reno-vados seus contratos de prestação de serviços coma Petrobras.nSegundo ela, a desaceleração dos negócios na áreado petróleo está levando os hotéis de Mossoró a ficarvazios. De janeiro de 2012 a fevereiro de 2013, oSindicato dos Petroleiros já registrou 1.130 demis-sões de trabalhadores, só no entorno mossoroense,enquanto o Sindicato da Construção Civil homo-logou no mesmo período cerca de 1,5 mil dispen-sas sem justa causa no município.nNa opinião da parlamentar, "seria importante quea Petrobras explicasse melhor essa situação e dis-sesse se realmente há queda dos seus investimen-tos no Estado pois, se confirmado esse quadro, algoterá de ser feito com urgência para que a explo-ração de petróleo no Rio Grande do Norte não setransforme em coisa do passado".

Desafios da construção debatidos em seminárioENTRE OS TEMAS, A NORMA QUE AVALIA A QUALIDADE DE VIDA

MARCELO HOLLANDA

HOLLANDAJORNALISTA@GMAIL.COM

Muito antes do que muitos pen-sam, os imóveis terão seus valoresde mercado regulados não apenaspela localização, área, número dequartos, acabamentos e vagas nagaragem, mas também valorizadospelo conforto, qualidade de vida esustentabilidade que oferecerem.

A Norma de Desempenho(NBR 15.575), que entra em vigora partir de julho, mas que vemsendo debatida nos últimos quatroanos pelo setor da construção civil,já é considerada uma revolução nomercado tão importante que o temafoi incorporado pelo Centro de For-mação Profissional Rosário Carri-ço à programação dos 60 anos defundação da Fede-ração da Indústriado Rio Grande doNorte.

Eficiênciaenergética, con-forto térmico eacústico passarãoa atuar mais for-temente sobre osprojetos e a pró-pria qualidade dosmateriais desen-volvidos pela in-dústria. E espera-se que, muito embreve, a ausência dos itens norma-tizados pela NBR 15.575 possamser reclamados judicialmente pelosproprietários e sejam incorporadoscomo exigência para o financia-mento da obra.

"Trata-se de um marco regula-tório que terá impacto importantesobre a produção e a comercializa-ção dos novos imóveis e que vai deencontro ao que a indústria tambémbusca, já que a norma recebeu gran-de influência da própria CâmaraBrasileira da Construção Civil",comentou nesta quarta-feira a di-retora executiva do Sinduscon RN,

Ana Adalgisa Dias Paulino.De malas prontas para Brasília,

onde participará de um curso daCBIC especificamente sobre aNBR 15.575, Ana Adalgisa terá atarefa de absorver todo o conteú-do e repassar uma síntese às cons-trutoras filiadas do Sindicato daConstrução Civil no estado.

Para a vice-presidente do Sin-duscon no RN, Larrissa DantasGentile, o sucesso da norma de-penderá fundamentalmente tam-bém da conservação dos imóveisdepois de entregues ao consumi-dor e da preocupação dos fabri-cantes dos insumos usados pelasconstrutoras. "Tenho a impressãoque começaremos a sentir os re-sultados efetivos dessa mudançacultural dentro de mais uma dé-

cada", estima. No próximo dia 2 de abril, no

auditório da Casa da Indústria, du-rante o 1º Seminário da Constru-ção: Desempenho e Tecnologias,promovido pelo Sinduscon e Senai,a norma de desempenho e seus im-pactos será tema na palestra da ar-quiteta e urbanista Márcia Mene-zes dos Santos, MBA em GestãoAmbiental e especialista em qua-lidade e produtividade.

A partir do debate em torno danorma, que pretende igualar emqualidade e sustentabilidade os pro-jeto e execução de obras no Brasilaos melhores padrões do primeiro

mundo, o seminário seguirá abor-dando ainda tendências em gestão,inovação e sustentabilidade; tec-nologias construtivas para edifica-ções e uma novidade: a utilizaçãodo Building Information Modeling(BIM) na construção.

Trata-se de um conjunto de in-formações geradas e mantidas du-rante todo o ciclo de vida de umedifício e inspirado em softwaresjá usados na fabricação de aviões.Esse tema, em particular, estará napalestra do engenheiro FranciscoPaulo Graziano, Mestre em Estru-turas pela Escola Politécnica deSão Paulo e professor do Departa-mento de Estruturas e Fundaçõesda Escola Politécnica de São Paulo.

Além dele, estão confirmadasas presenças do engenheiro Rober-

to de Souza dosSantos, Mestre eDoutor da Politéc-nica de São Pauloe do engenheiroAry Fonseca Jr, es-pecialista em Ges-tão de Negóciospela Fundação Ge-túlio Vargas.

Segundo o en-genheiro AníbalBarbalho, que assu-miu no final do ano

passado a direção do Centro deFormação Profissional RosárioCarriço, vinculado ao Senai e con-siderado um espaço de excelênciana formação de mão-de-obra parao setor da construção, o seminárioserá uma oportunidade valiosa nãosó para profissionais da área, comopara estudantes em busca de infor-mação sobre as grandes tendênciado momento.

"O debate que vem junto como seminário é desafiador, pois re-percute diretamente na qualificaçãodos nossos reabalhadores, um temada maior importância para o Bra-sil", lembrou Anibal Barbalho.

> INVESTIMENTO

Tradicional concessionáriaInaugura novas instalações

Leonardo França, gerente, diz que aumento da área da loja era fundamental

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Wellington Rocha

Divulgação

Trata-se de um marco regulatório que terá impacto importante sobre a produção

e comercialização dos novos imóveis

ANA ADALGISA DIAS

DIRETORA EXECUTIVA DO SINDUSCON/RN

Quarta-feira8 O Jornal de HOJE Natal, 27 de março de 2013 Cidade

C M Y K

ROBERTO CAMPELLO

ROBERTO_CAMPELLO1@YAHOO.COM.BR

Iniciada desde 2007, a obra deprolongamento da avenida OmarO'Grady, conhecida como o prolon-gamento da Prudente de Morais,que integra a Via Metropolitana, jásofreu inúmeras interrupções. Nasemana passada, as obras foram re-tomadas, depois de passar mais dequatro meses paralisadas. Agora, oGoverno do Estado garante a en-trega da obra dentro de 60 dias, ouseja, no final do mês de maio. Namanhã desta quarta-feira (27), a go-vernadora Rosalba Ciarlini visitouas obras acompanhada do diretor-geral do Departamento de Estradase Rodagens (DER), Demétrio Tor-res, e comemorou o retorno dasobras. "Agora vamos trabalhar como gás total para garantir que a obraesteja pronta até maio", afirmou agovernadora.

Rosalba Ciarlini disse que a vi-sita de hoje foi para verificar inloco o andamento das obras. Jáestão prontos 4,7 quilômetros devias em pista dupla, e uma pontesobre o rio Pitimbu. Neste momen-to, estão sendo finalizados os ser-viços de sinalização do trecho.Nesta primeira parte também estáem andamento a construção de doistúneis em trechos que cruzam oconjunto Cidade Satélite, nas ave-nidas dos Caiapós e Tamanduateí."Essa é uma obra importantíssima,pois conseguiremos diminuir ematé 30% o congestionamento naBR-101 e trazer inúmeros benefí-cios à população, principalmentequalidade de vida", destacou.

A governadora lembrou que,quando assumiu o Governo do Es-tado, apenas 40% do prolongamen-to estava feito, e mesmo assim oprojeto não contemplava a constru-ção dos túneis. "A obra nem tinhaprojeto quando foi licitada. Os doistúneis tiveram uma licitação à partee custaram R$ 12 milhões, com re-cursos próprios do governo. Nós es-tamos fazendo um esforço muitogrande para que essa obra ande.Desde que assumimos, sabíamos daimportância desse projeto, que inclu-sive já tem uma parte em uso, queé a parte baixa do túnel que foi aber-to. Sem esses túneis, a via não teriaa mesma funcionalidade que terá.

Em 60 dias abriremos a Prudentede Morais para a passagem de car-ros", garantiu Rosalba Ciarlini.

Além disso, Rosalba disse quejá prevê outro gargalo no trânsitodaquela região. O cruzamento dasavenidas Prudente de Morais coma Governador Tarcísio de Vascon-celos Maia (conhecida como ave-nida da Integração) deverá receberum grande fluxo de veículos e paraminimizar os efeitos, o Governo jáestá preparando o anteprojeto paraconstrução de um túnel no local."O projeto já está sendo elaboradoe quando ele ficar pronto, nósvamos buscar recursos", afirmou agovernadora.

O diretor-geral do Departamen-to de Estradas e Rodagens, Demé-trio Torres, disse que foi possível re-tomar as obras após resolver todasas pendências de ordem legal e con-tratual, principalmente em relaçãoàs desapropriações e do licencia-mento ambiental, que foi contesta-do pelo Ministério Público Esta-dual e Idema. Ele conta ainda queparalelo ao término das obras, atémaio será assinado a ordem de ser-viço para o início da obra do Via-duto que ligará a nova Prudente deMorais à BR- 101, na altura da fá-brica Brasinox, para desafogar otrânsito na entrada de Natal.

De acordo com Demétrio Torres,

os recursos já estão assegurados,através do Programa de Aceleraçãodo Crescimento (PAC) da Copa e ocontrato com a Caixa EconômicaFederal para o início da obra de R$12 milhões, deve ser assinado nospróximos dias. Depois de iniciada asobras, o Governo pretende entregá-la em 12 meses. "Esta obra é fun-damental para o desenvolvimentoda nossa cidade porque ampliará oacesso à capital, um grande avançopara cidade", avaliou o diretor doDER, Demétrio Torres.

Demétrio Torres não quis reve-lar os valores a serem pagos com asdesapropriações da obra do prolon-gamento da avenida Prudente de

Morais, mas afirmou que serão 16imóveis, entre residenciais, comer-ciais e terrenos. Demétrio disse aindaque na próxima semana o decretoque autoriza as desapropriações de-verá ser publicado. "Dos imóveis,menos da metade é residencial. Osoutros são comerciais e terrenos,todos localizados já nas proximida-des da BR-101", afirma o diretor-geral do DER.

Em 2007, quando a obra foi ini-ciada, ela estava orçada em R$ 27milhões, ainda sem a inclusão dosvalores das indenizações, dos doistúneis e das mudanças feitas no tra-çado da avenida, que deixaram o or-çamento em R$ 60 milhões.

Governadora garante que prolongamento da avenidaPrudente de Morais ficará pronto até o final de maio

Obras da Biblioteca devem ser iniciadas em 15 dias

ORDEM DE SERVIÇO PARA OBRA DO VIADUTO QUE LIGARÁ NOVA VIA À BR- 101 DEVERÁ SER ASSINADA NOS PRÓXIMOS 60 DIAS

Rosalba Ciarlini e Demétrio Torres visitaram, nesta manhã, obra que ficou paralisada por mais de quatro meses e foi retomada na última semana. Os 4,7 km de vias e a ponte sobre o rio Pitimbu estão concluídos

> CÂMARA CASCUDO

Heracles DantasAssecom/Elisa Elsie

Após longos anos de espera, areforma e modernização da Biblio-teca Pública Câmara Cascudo(BPCC) sairá do papel. A garantiafoi dada pela governadora RosalbaCiarlini, ao assinar a ordem de ser-viço para o início das obras namanhã desta quarta-feira (27), em ce-rimônia realizada no auditório daGovernadoria. A reforma só estásendo viável devido à liberação departe da verba originada do Minis-tério da Cultura, partindo de convê-nio firmado com o Governo do Es-tado. Segundo Isaura Rosado, se-cretária Extraordinária de Culturado estado, R$ 378 mil reais já foramdepositados na conta da FundaçãoJosé Augusto.

O projeto que inclui a restaura-ção e modernização interna do espa-ço - primeira restauração geral nahistória do prédio - foi avaliado emcerca de R$ 3 milhões, sendo o Mi-nistério da Cultura e o Governo doEstado responsáveis, cada um, pelorepasse de R$ 1,5 milhão. Só o valorda obra, aguardada por toda a popu-lação do estado, foi orçada em R$919.961,61. De acordo com o con-

trato, a empresa Flague ConstruçõesLtda., vencedora da licitação, terá 12meses para a conclusão da reforma.

"Para começarmos a obra de fato,será preciso fazer a remoção de todo

o acervo que ainda está na Bibliote-ca. Não dá certo iniciarmos as obrasem meio aos livros. Inicialmente co-meçaremos com uma limpeza na fa-chada e na frente do prédio. Acredi-

to que até 15 dias estaremos traba-lhando definitivamente", afirmouFlávio Guedes, diretor da Flague.Segundo o construtor, os acervos co-meçarão a ser retirados do prédio napróxima segunda-feira (1).

Abatido o valor da reforma, o res-tante dos recursos será investido emaquisição de móveis, compra de novosequipamentos e atualização do acer-vo bibliográfico, através de licitaçãoque será proposta pela Fundação JoséAugusto, com recursos do estadoainda não definidos. Todo o projetode reestruturação física e material daBiblioteca foi concebido pela Funda-ção, vindo a ser fiscalizado pela Se-cretaria de Estado da Infraestrutura.O investimento do Governo Federalfoi dividido em três parcelas, ondeapenas a primeira já foi liberada. So-mente com a prestação de contas daobra é que as outras parcelas serão dis-ponibilizadas ao Estado.

Participando do evento quemarca um novo ciclo para o monu-mento cultural, Ana Maria Cascudo- filha de Câmara Cascudo e escri-tora renomada - disse que esse mo-mento representa "um retorno da

alegria sentida no momento da inau-guração do prédio, há mais de qua-tro décadas". "Eu estive presentenos diversos momentos mais im-portantes vividos por aquele prédio,culturalmente falando. Senti muitaausência de investimento ali, porisso que estou me sentindo em ummomento de volta às raízes", afir-mou. No próximo dia 8 de abril, aBiblioteca Pública Câmara Cascu-do estará comemorando 44 anos deexistência.

Além de Ana Maria, estiverampresentes na cerimônia o represen-tante do Ministério da Cultura noNordeste, Gilson Matias, a secretá-ria extraordinária de Cultura, Isau-ra Rosado, a secretária de Estado deInfraestrutura, Kátia Pinto, servido-res da Fundação José Augusto e re-presentantes da empresa vencedorada licitação.

RECURSOS FEDERAISOs recursos do Governo Federal

foram conseguidos através de articu-lação comandada pela deputada fe-deral Fátima Bezerra, presidente daComissão de Educação e Cultura na

Câmara. "Desde o ano passado queeu vinha fazendo essa ponte do Go-verno do Estado com o Ministério daCultura, oportunidade em que con-seguimos celebrar o convênio. Ade-mora para o repasse do recurso foide natureza burocrática. Para que odinheiro fosse liberado, era neces-sária a aprovação do Orçamento daUnião", explicou a deputada.

A reforma da Biblioteca Públi-ca Câmara Cascudo, que há pelomenos seis anos vem amargandoum estado de calamidade na sua es-trutura física, irá beneficiar a popu-lação, melhorando a oportunidadede acesso à cultura. Serão feitos re-paros nas instalações elétricas e hi-dráulicas, nova cobertura e pintura,adequações à acessibilidade, subs-tituição das antigas esquadrias demadeira por outras de alumínio comvidro, além da alteração na disposi-ção dos setores, bem como a cria-ção de novos espaços como café,sala infantil e auditório. De acordocom Márcio Farias, coordenador doSistema Estadual de Bibliotecas ediretor da BPCC, apenas a estrutu-ra da fachada será conservada.

Ordem de serviço para primeira reforma geral do local foi assinada pela governadora

Wellington Rocha

Quarta-feira O Jornal de HOJE 9Natal, 27 de março de 2013

Cidade

CONRADO CARLOS

CCPSILVA@HOTMAIL.COM

A disputa por um terreno emBaía Formosa entre uma comuni-dade indígena e um empresário pro-mete escrever novos capítulos narelação desenvolvimento econômi-co, proteção ao meio ambiente e tra-dições culturais. Localizada no mu-nicípio que divide o Rio Grande doNorte da Paraíba, a Fazenda Pitubaacomoda 43 famílias, cujos 217 in-tegrantes descendem, em sua maio-ria, de índios potiguaras. No últimodia 13, a juíza Daniela do Nasci-mento Cosmo, da comarca de Can-guaretama, deu ganho de causa aWaldemir Bezerra de Figueiredo,dono de um das principais correto-ras imobiliárias de Natal e presiden-te do Conselho Regional dos Cor-retores de Imóveis (Creci/RN), quemove ação de reintegração e manu-tenção de posse por ter firmado umcontrato de promessa de compra evenda da área de 75 hectares comuma pessoa que recebeu uma pro-curação do antigo proprietário, Tho-maz Soares de Melo, morto em2011.

Aoperação foi efetuada em 2005e, desde então, conflitos foram tra-vados na Justiça - a construção deum eco resort está no centro da dis-puta. Na manhã desta terça-feira(26), a equipe d'O Jornal de Hoje es-teve na comunidade conhecida pelosherdeiros da cultura potiguara comoSagi-Trabanda (Sagi é distrito deBaía Formosa e também nome deuma praia paraibana; trabanda é umneologismo por estar 'na outra banda'da localidade). Na companhia docacique Manoel Leôncio, o terrenocom vista para o mar foi percorrido."Aqui todo mundo é descendentede índio. Pelo menos uns 90%. Masmuitos não assumem, por puro pre-conceito". O imbróglio começou,segundo 'Manoelzinho', no momen-to em que Thomaz Soares de Melodeu uma procuração para umhomem conhecido como Paulo. "Foiele que negociou com Bezerra [Wal-demir Bezerra de Figueiredo],mesmo sem a assinatura da viúva ouo pagamento ser feito".

Negociação concluída, sempresegundo Manoel Leôncio, o empre-sário teria oferecido R$ 1 mil paracada família, enquanto exigia a de-socupação da casa por indígenas edescendentes que moram há mais de100 anos em Sagi-Trabanda. "Minhabisavó, por exemplo, morreu com105 anos e sempre viveu aqui. Eantes dela, tinha índio também. Sesomos considerados posseiros, o se-nhor Thomaz pode ser chamadoassim também, pois ele simplesmen-te chegou aqui e ocupou a terra comos capangas dele". Toda a comuni-dade vive do plantio de mandioca,batata, milho e da pesca artesanal."Para piorar, a prefeitura de Cangua-retama construiu uma ponte [sobre

o rio Cavaçu] e jogou 62 carradas depedra que acabou com nossa cultu-ra do caranguejo". O cacique acre-dita que o conjunto de situações é res-ponsável pela decisão da juíza Da-niela do Nascimento. "Ela inclusiveesteve aqui, vendo a comunidade,antes da sentença. Não sei de ondefoi que ela tirou essa ideia de tirarnosso terreno".

A justificativa da juíza veio apartir da resposta da Fundação Na-cional do Índio (Funai) quanto aosquestionamentos sobre a existênciade população nativa em Baía For-mosa. "Não havia posse de terraindígena em termos jurídicos. Para

a Funai, não existe índio em BaíaFormosa. Nós mandamos ofícios enenhum chegou com resposta po-sitiva. Se tivesse informação sobreíndios no local, nem teria passadopor mim, pois isso é de competên-cia Federal".

Informada de que advogadosiriam recorrer de sua decisão, a juízaDaniela do Nascimento Cosmo foienfática. "É um direito que eles têm.Fiz o que era de minha alçada. Es-tive no local e não vi nada que ca-racterizasse uma comunidade indí-gena" - várias reuniões na sede daFunai, em Brasília, contaram com apresença de representantes da Comu-

nidade Sagi-Trabanda, como fezquestão de mostrar Manoel Leôncioem fotografias no celular. Outro en-contro com funcionários da seçãopotiguar do órgão ligado ao Minis-tério da Justiça que defende a cul-tura indigenista e professores da Uni-versidade Federal do Rio Grande doNorte (UFRN), na noite de terça-feira (26), determinaria novos rumosa serem tomados no caso da possede terra.

"Eles podem morar na terra hámuito tempo, mas isso não quer dizerque é deles. O terreno sempre foido senhor Thomaz, que apenas per-mitiu que eles permanecessem, em

troca do trabalho e um pedaço deterra para plantar", diz a juíza Da-niela do Nascimento. O fato é con-testado pelo advogado dos índios,Luciano Ribeiro Falcão. "Essa áreafoi ocupada há mais de 40 anos, enão foi pelos índios. Os antepassa-dos deles trabalharam na terra enunca receberam indenização. Issosó foi feito quanto o Sr. Thomazquebrou. Então ele sugeriu pagar adívida com terras, mas isso ficou deboca. Mas mesmo se isso não tives-se acontecido, tem o fato de queaquela terra é ocupada por índiospotiguaras há mais de um século" -em 1850, a Lei das Terras já previa

uma política nacional de miscige-nação para homogeneizar a popula-ção indígena com o intuito de espo-liar pedaços de chão ocupados por'mestiços', não por índios legítimos.

"O Paulo, com a procuraçãodada por Sr. Thomaz, negociou como Waldemir Bezerra, sem consultarninguém. Em 2007, o Waldemir,então, chamou os índios e fez a pro-posta de comodato, como se a terraficasse emprestada até ele definir oque faria com ela. Agora com o pro-jeto do resort, a briga voltou à tona",complementa Luciano. "No própriojulgamento, uma testemunha trazi-da por eles, um vigia contratado paratomar conta da fazenda, identificouque essas pessoas estão ali há déca-das. O que precisa ser feito, antes dequalquer decisão precipitada, é umestudo antropológico para reconhe-cer ou não a comunidade indígena.Solicitei isso com a juíza Daniela,mas ela negou. Ouvir e decidir peloque disse a Funai, que está distantee não veio fazer um levantamento,não funciona" - a Constituição Fe-deral, no Art. 231 § 1º, diz que: "Sãoterras tradicionalmente ocupadaspelos índios as por eles habitadasem caráter permanente, as utiliza-das para suas atividades produtivas,as imprescindíveis à preservaçãodos recursos ambientais necessáriosa seu bem-estar e as necessárias a suareprodução física e cultural, segun-do seus usos, costumes e tradições".

"Aqui ninguém vai abrir", asse-gura o cacique Manoel Leôncio.Adornado com um cocar de penade carcará, ele fala diante do túmu-lo do pai, de um irmão e de tios."Querem tomar nossa terra na marra.Até o cemitério ele disse que iamudar de lugar. Onde já se viumudar cemitério?". Aos 44 anos, umdos remanescentes de uma culturaque se expandia do Maranhão à Pa-raíba vê a luta contra o 'homembranco', apesar do tom de guerra aogarantir que permanecerá na terra,com desdém. "Claro que irei atéonde posso. Vou de novo à Brasíliae convoco a classe política e quemmais puder nos ajudar. Não quere-mos nada de ninguém. Apenas o queé nosso. Meu pai morou aqui. Meusavós também. Não sei mais o quequerem para saber que aqui em BaíaFormosa, na Comunidade Sagi-Tra-banda, que eles chamam FazendaPituba, tem índio potiguar".

A reportagem tentou contatocom o empresário e presidente doCreci/RN, Waldemir Bezerra de Fi-gueiredo, e com seu advogadoGleydson Kleber Lopes de Olivei-ra. O primeiro não atendeu às cha-madas. O segundo, através do núme-ro de seu escritório, ouviu o assun-to e confirmou que falaria pelo ce-lular. Mas a ligação também não foiatendida. Em seguida, refeito o con-tato com o escritório, sua secretáriainformou que ele acabara de entrarem reunião.

Conflito fundiário potiguarTERRENO DE 75 HECTARES, LOCALIZADO EM BAÍA FORMOSA, É DISPUTADO POR EMPRESÁRIO E COMUNIDADE INDÍGENA

Cacique Manoel Leôncio conta que 90% de Sagi-Trabanda descende de índios potiguaras. Ao

todo, 217 pessoas vivem no local alvo de especulaçãoimobiliária em localização privilegiada na divisa do

RN com a PB. "Querem tomar nossa terra na marra.[...] Aqui ninguém vai abrir”, proclama o cacique.

Fotos: José Aldenir

Quarta-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 27 de março de 2013 Cidade

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

Uma semana após ter sido in-terditada pela 1ª Vara Criminal deMossoró, a Cadeia Pública do mu-nicípio registrou nesta terça-feira(26) a fuga de nove detentos dealta periculosidade, durante obanho de sol. Apesar dos agentespenitenciários que estavam deplantão terem percebido o movi-mento e tentado evitar a evasão,com disparos para o alto, os pre-sos conseguiram escalar o muroque separa o pátio interno e a áreaexterna da unidade e fugir em di-reção a um matagal próximo. Atéa manhã desta quarta-feira (27),nenhum deles havia sido recaptu-rado.

De acordo com informações dadireção da Cadeia Pública de Mos-

soró, os nove fugitivos aproveita-ram o fato de estarem no solário,onde eles ficam soltos durante partedo dia para interagirem, para pularo muro com o auxílio de cordasimprovisadas, chamadas de "Tere-sa".

Logo após a fuga, o fato foicomunicado ao Centro Integradode Operações em Segurança Pú-blica (Ciosp) e uma força-tarefafoi montada para tentar localizar erecapturar os nove fugitivos, acu-sados de crimes graves como ho-micídios, latrocínios, tráfico de dro-gas e assaltos a mão armada. Noentanto, nenhum deles foi detidoaté o final da manhã de hoje.

Conforme a Polícia Militar, Ex-pedito Luiz de Carvalho Neto, de20 anos e Emerson Ricardo Cân-dido de Morais, de 21, estão sendoinvestigados como participantes da

execução do agente penitenciáriofederal Lucas Barbosa Costa, quefoi barbaramente assassinado emuma estrada carroçável em dezem-bro passado.

Emerson foi preso em cumpri-mento a um mandado de prisão ex-pedido pela Justiça de Mossoró. JáExpedito Luiz, que também é co-nhecido pelo apelido de "Luizi-nho", é acusado de ter cometidovários assaltos a mão armada, cri-mes pelos quais responde junta-mente com a acusação de porte ile-gal de arma.

Estiver Magaiver Almeida deMoura, 25 anos; Francisco Romá-rio da Silva Brito, 19, que moravana Bahia e veio para o Rio Gran-de do Norte recentemente; DamiãoMarques da Silva, 34, acusado deter participado do assassinato de"Chico do Olegário", ocorrido em

agosto passado na cidade de Assu,durante uma tentativa de roubo;Daniel Soares Firmino Moreira, 24e Ranielly Brito de Azevedo, 30,todos acusados de homicídio.

Este último é apontado aindacomo um dos participantes da exe-cução do presidente do Partido dos

Trabalhadores (PT) de Serra doMel, Ednaldo Filgueira. A vítimafoi assassinada com seis disparosde arma de fogo no dia 15 de julhode 2011, por desconhecidos que oabordaram, atiraram e fugiram logoem seguida.

Os outros fugitivos são: Lucé-

lio de Souza, de 28 anos e que res-ponde por assalto a mão armada eJosé Ivanildo Pinheiro de Lima, de20 anos, que já foi preso inúmerasvezes, acusado de tráfico de dro-gas. A Polícia Militar continua asdiligências em busca de recapturaros fugitivos.

Nove presos conseguem fugir da CadeiaPública de Mossoró durante banho de solDETENTOS DE ALTA PERICULOSIDADE PULARAM MURO COM AUXÍLIO DE CORDAS IMPROVISADAS, AS CHAMADAS “TERESAS”

Soldados, cabos e sargentos daPolícia Militar e do Corpo de Bom-beiros do Rio Grande do Norte par-ticiparam hoje de assembleia geralna sede da Associação dos Subte-nentes e Sargentos da Polícia Mi-litar e Corpo de Bombeiros do Es-tado (ASSPMBM/RN), para defi-nirem a campanha de apoio à lei depromoção de praças. O objetivo émelhorar a qualificação e ascensãoprofissional da categoria e segun-do o presidente ASSPMBM/RN,Eliabe Marques, o projeto de leicomplementar foi entregue há ummês para o Governo Estadual.

Ele disse que o objetivo é cor-rigir um erro em relação à ascen-são profissional da categoria, esta-belecendo uma carreira para que opraça, como soldado, tenha garan-tias para crescer dentro da corpo-ração. Ele disse ainda que há maisde 15 anos que não é realizado con-curso interno para 3º sargento e 11,para cabo, o que está provocando

uma defasagem e também desestí-mulo entre os profissionais.

"Hoje, um dos fatores que maisdesmotivam os praças – como a ca-tegoria é chamada, a continuaremno serviço é a falta de ascensão, decrescimento. Ou seja, um soldado,após 30 anos de serviço ativo nãotem perspectiva de ascensão funcio-nal. Com a aprovação da Lei, casocumpra todos os requisitos legais,o militar estadual do Quadro dePraças com esse tempo de serviçoativo irá para a reserva como sub-tenente e passará a receber o equi-valente a 50% do subsídio de umcoronel, diferente dos 20% que lhesão atribuídos atualmente", expli-cou Eliabe.

Ele explicou que, para ascender,o soldado precisa prestar concursopúblico para o cargo de cabo. E omesmo ocorre com os cabos, parasubirem para sargento. E que, a leisendo provada pela Assembleia Le-gislativa, após passar pela governa-

dora Rosalba Ciarlini, os 8,3 milsoldados, cabos e sargentos terão aoportunidade de atingir todas as as-censões de carreira, recebendo adevida qualificação.

"Para se ter uma ideia, isso gerouum déficit grande nos dois cargos.Hoje, temos 911 vagas para cabos,que ficaram abertas após casos deaposentadorias, mortes ou desistên-cias, mais comuns do que se imagi-nam. Já entre os sargentos, são 839vagas sobrando. Sem contar nas de-sistências, que são muitas, princi-palmente entre os novatos, que se de-sestimulam por não terem perspec-tivas de crescimento e pedem exo-neração", desabafou Eliabe.

BOMBEIROS TAMBÉM ESTÃONA MESMA SITUAÇÃO

Participaram da assembleia tam-bém os bombeiros militares, queenfrentam a mesma situação dospoliciais no Rio Grande do Norte.Segundo o presidente da Associa-

ção de Bombeiros Militares do RN(ABM/RN), Rodrigo Maribondo,há casos de soldados que estão naativa há 25 anos, aguardando umaoportunidade de crescimento profis-sional. "Temos 580 praças no Corpode Bombeiros, alguns com 25 anosde profissão e sem nenhuma pers-pectiva de progressão funcional, oque desestimula o profissional a de-senvolver as suas atividades", expli-cou Marimbondo.

Já o presidente da Associaçãodos Cabos e Soldados do RN(ACS/RN), Roberto Campos, o be-nefício não atinge apenas as catego-rias, mas também a sociedade po-tiguar, que ganhará profissionaismotivados e capacitados para atua-rem na prevenção e no combate àcriminalidade. "Quase 70% dos mi-litares em atuação são soldados,cabos e sargentos, que são os maispenalizados com esse atraso provo-cado pela falta de perspectiva deprogressão", afirmou.

> ASSEMBLEIA

PM e Bombeiros discutem lei de promoção de praças

Para o delegado Roberto An-drade, que investiga o assassinatodo aposentado Abeane Vale de Me-deiros, cometido por seu própriofilho no último dia 19, foi preme-ditado. O empresário Abeane LuizVale, de 31 anos, foi preso por forçade mandado de prisão expedidopela Vara Criminal de Natal após seapresentar à Polícia Civil, ontem àtarde. Na ocasião, ele disse que co-meteu o crime porque estava sendoameaçado pela vítima e que, no dia

da execução, teria encontrado o paipor coincidência.

Segundo Andrade, o que au-menta as desconfianças em relaçãoa uma premeditação para o crimeé que este foi cometido com as mes-mas características daquele prati-cado contra a ex-mulher da vítima.Ou seja, a mulher também foi as-sassinada em um dia 19, a tiros edentro de um carro em via públi-ca. "O que reforça a desconfiançade uma vingança por parte do filho

da vítima", explicou.Ele disse ainda que o acusado

não demonstrou arrependimentopor ter executado o pai e que, ape-sar de alegar que estava sendoameaçado. "Em depoimento, eledisse que cumpriria essa pena semproblema nenhum, com o maiorprazer porque o pai merecia. E quecometeu o crime porque estavasendo ameaçado pelo pai, que, se-gundo ele, dizia que antes ser presoiria matá-lo", disse.

Em depoimento, Abeane Luizdisse que estava no lugar certo e nahora certa, ou seja, que havia en-contrado o pai coincidentemente eaproveitou a ocasião para praticaro delito, mas o delegado afirmouque não acredita nesta versão dosfatos.

A raiva que o acusado sentepelo pai começou quando ele tinhaapenas 17 anos. Na época, os paisestavam brigando na justiça paradividir os bens do casal, que en-

frentavam um processo de separa-ção, e, em outubro de 1999, a mu-lher foi executada nas mesmas cir-cunstâncias em que o aposentadofoi morto.

As suspeitas em torno do filhoda vítima aconteceram após inves-tigações da Polícia Civil, que encon-traram o carro usado no dia do as-sassinato no dia seguinte ao crime,um Gol branco que estava sendoutilizado pelo filho da vítima. Oaposentado foi morto a tiros dentro

do próprio carro, no cruzamento daavenida Prudente de Morais com aRua Alberto Maranhão, em Natal,na terça-feira da semana passada.

Abeane Luiz no Centro de De-tenção Provisório de Pirangi, nazona Sul de Natal e deve ser indi-ciado por homicídio qualificado. Odelegado ainda deve interrogar acompanheira do acusado que esta-va com ele no carro no dia assas-sinato e ainda deve ouvir o depoi-mento de outras testemunhas.

> CASO ABEANE

Filho premeditou assassinato do pai, diz delegado

José Ivanildo Pinheiro de LimaFrancisco Romário da Silva Brito Lucélio de SouzaEstiver Magaiver Almeida de MouraEmerson Ricardo Cândido Expedito Luiz de Carvalho Neto

Daniel Soares FirminoRanielly Brito de Azevedo Damião Marque da Silva

Cedidas / Cadeia Pública de Mossoró

Wellington Rocha

Soldados, cabos e sargentos definiram, na manhã de hoje, campanha de apoio à lei

Quarta-feira O Jornal de HOJE 11O Jornal de HOJE11Natal, 27 de março de 2013CidadeCidade

Danilo Sájornalistadanilo@hotmail.com / danilo.sa@folha.com.br

BANCADA...A votação dos vetos do prefeitoCarlos Eduardo Alves (PDT) a LeiOrçamentária foram a primeira de-monstração de força do gestor den-tro da Câmara Municipal de Natal.Ontem, uma bancada de 23 parla-mentares mantiveram a decisão dopedetista, que rejeitou emenda apre-sentada pelo ex-vereador Luiz Car-los (PMDB). O peemedebista haviareduzido os recursos disponíveispara a área de publicidade.

...FORTEAinda sem definir quantos verea-dores ficarão ao lado da sua gestão,Carlos Eduardo se mantém tran-quilo quanto a Câmara, principal-mente pela força popular que aindapossui, já que foi eleito recente-mente e, como pegou uma cidadedestroçada, está recebendo os be-nefícios pelo pouco feito até agora.Além disso, o bom trabalho de ar-ticulação feito pelo seu líder, JúlioProtásio, também facilita bastantea vida do prefeito.

PRESENÇAEm tempo, também chamou a aten-ção a participação do presidente daCasa, Albert Dickson, durante asessão que analisou os vetos. Apósreceber algumas críticas, o parla-mentar assumiu a responsabilida-de de conduzir aquela que poderiaser a primeira sessão polêmica doano. E se saiu muito bem.

ALERTAPerfeita a posição adotada pela ve-readora Júlia Arruda. Mesmo fa-zendo parte da bancada de apoio doprefeito Carlos Eduardo, a parla-mentar defendeu mais cautela agestão no quesito renovação doscontratos de aluguém do município.Júlia não gostou muito de saberque o Executivo está renovandodispositivos que foram alvo de in-vestigação no ano passado, quan-do a própria parlamentar presidiua Comissão Especial de Inquérito(CEI) dos contratos. A vereadoraquer evitar que novas irregularida-des sejam cometidas.

INJUSTIÇAApesar de ter sido um alento paraa sociedade a prisão do casal CarlaUbarana e George Leal pelo des-vio milionário de recursos públi-cos do setor de precatórios do Tri-bunal de Justiça do Rio Grande doNorte, a população não entendeuporque a decisão não atingiu aospeixes considerados graúdos do es-quema. O povo está cansado de as-sistir apenas ao lado mais fraco serpenalizado.

JUSTIÇAPor falar no assunto, o Tribunal deJustiça definiu que no próximo dia17 de abril será realizada a sessãopara escolher os nomes da lista trí-plice que serão indicados para avaga do desembargador Rafael Go-deiro, aposentado após completara idade limite de 70 anos. A promo-ção que escolherá o novo integran-te da Corte será pelo critério demerecimento.

NO RÁDIONa onda de estreias de novos pro-gramas e veículos de comunicaçãono RN, começa na próxima segun-da-feira, dia 1º, o "Comando 95",novo jornalístico da 95 FM, queserá transmitido de segunda a sexta-feira, sempre das 6h às 8h. A apre-sentação ficará por conta de CyroRobson, Jota Régis, Mariana Viei-ra e Aldo Henrique. Boa sorte aturma toda.

CIDADANIAA HATMO está se preparando parafestejar a Páscoa no próximo dia 4de abril. Entidade beneficente queapoia, com a ajuda de voluntários,pacientes com necessidade de trans-plante de medula óssea, está preci-sando de doações para a festa.Quem puder contribuir basta entrarem contato pelo perfil da HATMO-RN no facebook ou nos telefones9418-3361/8805-8496/8130-2526.Os pacientes agradecem.

Marcus Pestana - Deputado federal

Às vezes, as aparências enganam. O que vemos a olho nu não re-vela toda a realidade. Dados presentes obscurecem as tendências de médioe longo prazo. Aretórica ufanista esconde a necessária mudança de rumos.

Após quase 20 anos de avanços importantes, graves interrogaçõesse apresentam. Surfamos nas sólidas bases da estabilização e na fantás-tica expansão da economia capitalista mundial no início do século XXI.

É verdade que a renda, o consumo, o crédito e o emprego aindaem expansão garantem a percepção de bem-estar. Mas há sinais preo-cupantes no ar. Inflação em alta, carga tributária recorde apesar das cons-tantes desonerações, mudança da percepção internacional sobre o Bra-sil, graves gargalos na infraestrutura, forte desindustrialização, quedade produtividade da economia, capacidade inovadora insuficiente, mágestão em setores estratégicos.

A eficiência e a qualidade na ação governamental têm um duplopapel. Melhorar os resultados na órbita pública e criar um clima de con-fiança e empreendedorismo na sociedade e no empresariado.

O governo Dilma e o PT têm estado na contramão. Não há país nomundo que possa ter uma gestão eficiente com 39 ministérios. A des-moralização das agências regulatórias tem afastado investidores. Oaparelhamento, a partidarização, o clientelismo, a corrupção, o patri-monialismo, o baixo compromisso com a meritocracia têm corroído aeficiência das ações estatais.

O PSDB realizou importante evento no Congresso Nacional, jogan-do luzes sobre o exemplo maior de comprometimento do futuro a par-tir da baixa qualidade da gestão: a Petrobras, a ANP e o setor petróleo.

O governo do PT conseguiu produzir a pior gestão de toda a his-tória da empresa. Depois de soltarmos fogos para uma suposta autos-suficiência, em 2012 o Brasil importou U$ 7,2 bilhões em derivadosde petróleo. Nos últimos dois anos, o valor da Petrobras caiu 47,7%(menos R$ 179,3 bilhões), saindo da segunda posição no mundo parao oitavo lugar, atrás até da colombiana Ecopetrol.

Os trabalhadores brasileiros que confiaram na empresa e aplicaramseu FGTS na Petrobras perderam parte significativa de sua poupança.O investidor a olha hoje com desconfiança. A mudança do regime deexploração para o pré-sal só produziu a paralisação dos leilões e a con-fusa briga pela distribuição dos royalties. A produção de petróleo, quecresceu 10% ao ano no governo FHC, viu esse índice despencar para2,4% na era petista. O endividamento da empresa explodiu, a empre-sa inchou, os custos ficaram fora de controle. Transações tenebrosastiveram lugar como a estranha compra da refinaria de Pasadena, no Texas,provocando enorme prejuízo.

Em favor do Brasil, em favor da Petrobras, é preciso mudar radi-calmente o rumo. E Graça Foster sabe disso. (Congressoemfoco.com)

“Wilma está com lapso de amnésia, perdeua memória”

DEPUTADO ESTADUAL GETÚLIO RÊGO, LÍDER DO GOVERNO, EM RESPOSTA ÀS CRÍTICAS

DA EX-GOVERNADORA WILMA DE FARIA À GESTÃO ROSALBA CIARLINI

CINQUENTONAA apresentadora

Xuxa completa hoje 50anos de idade, sendomais de 30 dedicadosa carreira na televisão.Ícone dos anos 80 e iní-cio dos 90, a eternaRainha dos Baixinhossabe como poucos oque significa ter suces-so no Brasil. Xuxa teve uma trajetória polêmica e marcada por núme-ros impressionantes. Ao todo, foram 17 filmes infantis, alguns commais de 5 milhões de telespectadores, e 14 milhões de cópias vendi-das com os álbuns do “Xou da Xuxa”. No lado pessoal, teve nos na-moros com personalidades a alavanca para tornar sua imagem aindamais popular. Primeiro, teve um relacionamento com Pelé, depois, como piloto Ayrton Senna. Hoje, Xuxa continua na TV, nas tardes de sá-bado, na Rede Globo.

Divulgação

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COMPROMETENDO O FUTURO:O CASO DA PETROBRAS

CONTRA IMPUNIDADEGostei quando o juiz Armando

Ponte disse que a prisão de Carla Uba-rana e George Leal foi também para"diminuir a sensação de impunidadeda população", como saiu ontem aquino JH. Creio que agora outros proces-sos serão julgados imediatamente.

POR EXEMPLOA Justiça poderia seguir na mesma

motivação e concluir os processos dasoperações "Sinal Fechado", "Impac-to", "Ouro Negro", todas elas há algumtempo provocando na sociedade poti-guar uma sensação de impunidade detodos os seus envolvidos.

DELAÇÃODepois da condenação de Carla

Ubarana, aguarda-se agora o que asinstâncias superiores em Brasílias dirãosobre sua denúncia contra dois desem-bargadores. Se forem inocentados,podem entrar com ação indenizatóriapor danos morais.

EQUÍVOCOO debate virtual nas redes sociais

sobre a sentença contra Carla levou

um dirigente petista a confundir dela-ção premiada com traição pura e sim-ples, ao citar como exemplos históri-cos de delação os casos Judas Iscario-tes e Joaquim Silvério dos Reis.

ARTE URBANANo Dia Nacional do Grafite, o uni-

verso artístico aguarda o pronuncia-mento oficial do vereador Junior Gra-fith na Câmara Municipal, uma casatantas vezes pichada moral e etica-mente por contribuir com as artes atra-vés de títulos de cidadão para ídolosbaianos.

PT 2014Os petistas avaliaram durante um

encontro regional que o PT tem todasas condições de ir para as ruas em 2014com um candidato próprio à sucessãode Rosalba. E mais uma vez, comonos últimos 20 anos, as referências sãoFátima Bezerra e Fernando Mineiro.

VERGONHOSOQuando os promotores e produto-

res de shows em Natal irão aprendera respeitar o artista local, principal-mente na oferta de cachês. A praxe de

abrir os shows de artistas nacionais re-vela a distância abissal no que se pagaao visitante e ao talento nativo.

SOM NOSSOAqueles que cobram um envolvi-

mento dos potiguares com os times defutebol da terra são os primeiros a con-sumir discos de artistas de fora e a nãofrequentar os shows dos nossos talen-tos. Nas rádios, só a FM Universitáratoca a música feita no RN.

ELIMINATÓRIASCom a vitória em Paris sobre a

França, a seleção da Espanha afastouo fantasma da zebra e assumiu a lide-rança do grupo. Portugal também deuum passo importante batendo o Azer-baijão. E a Argentina está a só 1 pontode se confirmar na Copa 14.

ELIMINATÓRIAS IICom goleadas respectivas sobre

Romênia e Kazaquistão, as seleçõesda Holanda e Alemanha praticamentecarimbaram seus passaportes para oBrasil. Outras que estão quase aquisão Itália, Rússia, Bélgica, Japão, Mon-tenegro, Bulgária e Inglaterra.

Editorial do Estadão

Quanto mais cedo começa uma campa-nha eleitoral, menor a parcela do eleitoradoque lhe dedica atenção. A imprensa, pordever de ofício, dedica aos movimentos dosprotagonistas desse interminável teatro umespaço desproporcional à sua efetiva impor-tância para a sociedade brasileira. A leiturado noticiário só pode infundir no cidadãocomum um sentimento de desgosto com oalheamento dos políticos em relação a seusinteresses e necessidades. Poucas coisas, defato, afastam tanto a população dos partici-pantes da maratona ao poder quanto a suapreferência pela interlocução entre si mes-mos - qualquer que seja a natureza do quese digam e a forma como o façam. Especial-mente nessa fase de acertos preliminares dacompetição antecipada, o eleitor, de quem de-pendem em última análise as ambições dospossíveis candidatos, é um ser praticamen-te invisível. Claro que falam dele o tempotodo. Mas não lhe dirigem a palavra em mo-mento algum.

Tomem-se os episódios mais recentes doatual agito, ambos na segunda-feira: a ida dapresidente Dilma Rousseff a Pernambuco ea vinda do senador Aécio Neves a São Paulo.No primeiro caso, o pretexto foi a inaugu-ração de uma adutora em Serra Talhada. Nosegundo, um evento do diretório estadualdo PSDB. A presidente, em plena campanhapela reeleição, tem viajado com calculada fre-quência ao Nordeste, onde a sua populari-dade bate recordes, mas ainda não tinhaposto os pés no Estado do governador Eduar-do Campos, do PSB da base aliada dilmis-ta, desde que ele começou a ensaiar voospresidenciais cada vez mais desenvoltos e acriticar o governo Dilma diante de públicosos mais diversos - além de trocar afagos comtucanos vistosos, a começar do ex-governa-dor José Serra.

O ex-governador mineiro, por sua vez,embora lançado ao Planalto por ninguémmenos que o ex-presidente Fernando Hen-rique, percorria no PSDB paulista uma jor-nada morro acima, dada a resistência da alaliderada por Serra a seu nome. Não se trataapenas da relutância de Serra a jogar a toa-

lha depois de perder duas vezes a disputa pelaPresidência - para Lula em 2002 e para Dilmaem 2010 -, sem falar na derrota que outro pe-tista, Fernando Haddad, lhe infligiu no anopassado, na eleição para prefeito de SãoPaulo. A mala sangre entre Serra e Aécio épessoal, sobretudo da parte do primeiro. Eleparece acreditar que o então governador, nomínimo, nada fez para impedir que um jor-nalista mineiro difundisse acusações de mal-feitos contra amigos e até a sua filha, à épocada privatização das teles.

Em Serra Talhada, lado a lado com Cam-pos, Dilma discursou 50 minutos, durante osquais citou Lula 11 vezes e alvejou o anfi-trião com setas de fino calibre. No trechomais destacado de sua fala, teorizou que "ne-nhuma força política sozinha é capaz de di-rigir um país com esta complexidade. Pre-cisamos de parceiros comprometidos comesse caminho". Assinalou que a administra-ção Campos se beneficiou de aportes fede-rais de cerca de R$ 60 bilhões. Pouco antes,ele havia dito que muitas parcerias com o Es-tado "vêm de antes do seu mandato" e nãoesqueceu, como é lei, de mencionar os "fun-damentos macroeconômicos" legados peloperíodo Fernando Henrique. Para que não lheimputem a pecha de divisionista, ressaltouque da parte dos seus correligionários "nãotem faltado apoio político ao governo". E daí?Daí nada: ambos demarcaram os seus terri-tórios, Dilma não irá se indispor com o PSBe o seu presidente só decidirá o que fazer noano eleitoral de 2014.

Em São Paulo, porém, algo mudou: Aécioconseguiu o endosso do governador Geral-do Alckmin à pretensão de ascender ao co-mando nacional do PSDB, sucedendo aopernambucano Sérgio Guerra. "Percorra esteBrasil continente", exortou Alckmin, tratan-do-o como presidenciável. Até bem poucotempo atrás o governador dizia que o sena-dor não deveria acumular a candidatura coma presidência do partido. Aécio também deveessa a Fernando Henrique. Na conspícua au-sência de Serra, os tucanos se esfalfaram emostentar unidade, mas o eleitor só foi admi-tido à festa dos políticos graças ao ex-pre-sidente. "O PSDB", aconselhou, "precisa deum banho de povo." (OESP)

Alex Medeirosalex.medeiros1959@uol.com.br

Agito alheio ao eleitorAgito alheio ao eleitor

Diabinho rubroO selo Pixel Media, do Grupo Ediouro, trouxe de volta às bancas a revistinha do Brasinha, o diabinho

vermelho lançado nos EUA em 1957 e que estreou no Brasil em 1962 pela editora O Cruzeiro, saindo decirculação nos anos 70 quando era editada pela Rio Gráfica. Já no nº 3, Brasinha tem 52 páginas ecusta apenas R$ 3,10. Para as novas gerações que não sabem, durante muito tempo o diabinho foi

símbolo dos Américas do Rio de Janeiro e de Natal.

Quarta-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 27 de março de 2013 Cidade

Daniela Freire II

I

POLÍTICA E SOCIAL - daniela.freirecosta@yahoo.com.br

w FOCO NELEÚltimo orador da sessão de ontemna Assembleia Legislativa do RN, odeputado Nélter Queiroz fez um dis-curso criticando fortemente a publi-cidade oficial do Governo Rosado.

>>>Nélter não tem gostado de ver apropaganda institucional feita paradivulgar as 'ações' da gestão demo,e defendeu que sejam realizadascampanhas educativas com a verbamilionária...

w ENTREGANDO...Em sua fala, o deputado de Jucuru-tu revelou, bem ao seu estilo, que opresidente da Câmara Federal, o de-putado Henrique Alves, já havia co-mentado com ele, inclusive, que opublicitário Arturo Arruda Câmara(Art&C), marqueteiro da atual ad-ministração, não estava gostandodas alfinetadas que o parlamentarpeemedebista tem feito sobre essesetor.

>>>"Quem é Arturo? Eu não conheçoesse, não... Soube depois que esseArturo é responsável pela publicida-de. Não preciso nem comentar o quesai na televisão... sobre segurança,adutoras. Na prática a gente vê outracoisa", disse Nélter.

>>>Em tempo: Arturo Arruda tem liga-ção muito mais que profissional como presidente do PMDB, partido, emtese, aliado ao Governo Rosa. Ele écunhado de Henrique.

w ACUSANDO...E logo que chegou aos ouvidos deArturo o comentário feito por Nél-ter, veio a reação.

>>>Pela rede social, o publicitário acu-sou Nélter Queiroz de estar fazen-do "barganha" política. "O Deputa-do Nélter deve estar com saudadesda época em que levava 'chave deroda' de Wagner Araújo (ex-secre-tário de Planejamento e Casa Civilna gestão Wilma de Faria) quandosubia à Tribuna da Assembleia...#Barganha".

w LIGAÇÃO PERIGOSAAréplica de Arturo não ficou por aí.

>>>O cunhado de Henrique Alves dis-cou do próprio telefone para Nélterpara reclamar sobre os comentáriosfeitos.

>>>A conversa foi dura. Arturo, ironi-camente, "se apresentou" ao peeme-debista.

w APARECEU!Segundo comentários de vereado-res natalenses...

>>>...o presidente da Câmara Municipalde Natal, Albert Dickson, voltou aestar mais presente nas sessões or-dinárias da Casa.

>>>Ele também tem trabalhado na re-construção do diálogo com os edis...

w LÍDER SATISFEITOFalando na CMN...

>>>...o líder do prefeito Carlos Eduardo Alves, vereador Júlio Protásio,diz estar satisfeito com a vitória de 23 votos favoráveis ao veto daComunicação. "Começamos com o pé direito", disse ele à coluna.

>>>Depois da Semana Santa, os vereadores votarão o projeto que auto-riza 2% de renúncia fiscal para a Lei de Cultura Djalma Maranhão.E os outros quatro vetos da LOA (Lei Orçamentária Anual).

w PRAIA...A governadora Rosalba Ciarlini já tem destino certo neste feriadãode Páscoa: sua casa de praia em Tibau, no Litoral Norte do RN.

>>>É lá onde ela quer descansar e curtir ao lado dos netos.

w ...SOL E MARO ministro Garibaldi Filho também escolheu praia para aproveitar aSemana Santa.

>>>Ele ficará com a família entre Fortaleza e a praia do Cumbuco, noCeará.

w DATAO Pleno do Tribunal de Justiça de-finiu, na sessão de hoje, o dia 17 deabril como a data em que ocorreráa votação para que sejam escolhidosos nomes dos juízes que formarãoa lista tríplice para concorrer à vagade desembargador, que está em aber-to com a aposentadoria compulsó-ria do desembargador Rafael Go-deiro.

>>>A promoção que escolherá o novointegrante da Corte Potiguar de Jus-tiça seguirá o critério de merecimen-to.

w DA TERRAA revelação global que imita DilmaRousseff, o comediante GustavoMendes, brevemente aterrissa naTerrinha. Mas antes ele entregará oprêmio do quadro "Lata Velha", noprograma Caldeirão do Hulk, nopróximo sábado (30).

>>>Na semana que vem, Gustavo apre-sentará o espetáculo "Mais que Dil-mais" aqui em Natal, no Teatro Ria-chuelo.

w POR DENTROTereza e Bebel Tinoco recebem suasclientes para o lançamento da cole-ção Outono/Inverno 2013 da Mai-son TT, no próximo dia 9 de abril.

>>>A festa acontecerá no espaço TT,em parceria com Ana Célia Dantas,que lança, na ocasião, o seu blog"Ananomundo", com dicas de via-gem.

>>>Evento que terá desfile técnico, co-quetel e as delícias de VerônicaMota.

Registro do ex-“bigodão” Raimundo Fernandes feliz da vida com onovo visual, que, comenta-se, o rejuvenesceu

Márlio Forte

Rosa Melo com o marido Beto Santos, aniversariante do dia! Nafoto, o casal com a filha Margô Melo e o genro. A comemoração

será em família...

Cedida

Hélio e Mônica Galvão curtindo um luau bem potiguar

João Neto

Bobflash

Flávia Pipolo e Idalia Radacisaboreando as delícias japonesas no Temaki

Mulheresnofds

Inverno 2013 Maniade Perfeição

...da governadora Rosalba Ciar-

lini: "Estamos todos muito an-

gustiados com os efeitos dessa

seca e com as perspectivas

pouco animadoras para este

ano. Esse é problema de todos

nós";

...do jornalista Vicente Neto:

"Arrastão na casa do vereador

de Parnamirim, Valério San-

tiago, foi ao 'pingo do meio-

dia'. Detalhe: bandidos porta-

vam pistolas ponto 40";

...da ministra Chefe da Casa

Civil do Governo Federal Glei-

si Hoffmann: "Dados da pes-

quisa DataFolha mostram que

uma dirigente que leva o povo

a ter essa avaliação, é porque

estava preparada para gover-

nar o País".

GIRO PELO TWITTER

Quarta-feira O Jornal de HOJE 13Natal, 27 de março de 2013

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - serejo@terra.com.br

Cidade

Esta coluna não pode renegar o que foi escrito e assinado,Senhor Redator. Como fez há não muitos dias quando no-ticiou a existência de grupos de extermínio nos quadros po-

liciais. Uma fonte ligada à polícia civil foi o informante honestoe seguro. Mas, também não pode cair na saída fácil de jogar nosombros de autores até hoje invisíveis a culpa pelo elevado índi-ce de homicídios de jovens e adultos, como se toda a violênciano Rio Grande do Norte fosse de origem orgânica e justiceira.

Não, não é. Se há um esforço inegável do Governo Rosal-ba Ciarlini tem sido de aparelhar as polícias militar e civil commais soldados, viaturas, armas e munição. É verdade que a in-teligência policial carece enormemente da tecnologia que hojeé indispensável. E de uma boa formação que vá além do trei-namento inicial e do adestramento físico. Como não faltam aocomandante experiência e boa fé no trato da tarefa mais tensae mais desafiante que é garantir a segurança de cada cidadão.

O aparato policial atua, necessariamente, em duas fren-tes: na dissuasão à prática do crime, com uma presença os-tensiva sem ser hostil para conter a prática da violência sem-pre que possível; e na investigação de delitos praticados con-tra a vida e o patrimônio material. Quando falta a presençada polícia o lugar de viver, a vila e a cidade, viram terra semlei; e se falta quem investigue os delitos, pequenos ou gran-des, a impunidade se instala e o crime prospera. É assim nomundo todo.

O modelo tem falhado até agora acoimado, como diria o juri-diquês, pela falta clara de arrojo na abordagem do desafio. O go-verno, por seus tons marcadamente municipalistas, e o secretário desegurança quem não carece de bom currículo policial, mas parecefaltar o indispensável caldo de cultura local. Há, e é da natureza dosaparelhos policiais, uma estrutura invisível que se move acima doprocesso de planejamento, decisão e controle dos atos repressivos,queira ou não o secretário.

Não se pode, em sã consciência, duvidar da existência dos gru-pos de extermínio dentro dos escalões militar e civil, numa guerra surdaentre as polícias, num mercado de droga com tribunal sumário paraquem descumprir as regras do seu código de ferro. Mas tudo isto podeser mantido nos níveis suportáveis e administráveis, desde que a se-gurança seja encarada como um dever maior de estado, uma políticade governo e não um braço promocional e só como artifício de pro-paganda.

A melhor divulgação de um governo é sua eficiência dentro dosseus limites. O marketing só pulveriza essa eficácia. A droga, dis-seminada de forma avassaladora pelo preço irrisório do crack, ele-vou os níveis de homicídios, como há extermínio praticado por po-liciais. Mas instalar dentro da polícia a investigação para identifi-car e punir exterminadores é algo complexo que exige segurança eserenidade. Sob pena de levar o aparelho policial a uma convulsãodescontrolada, a um salve-se-quem-puder perigoso e com efeitosmuito mais danosos para a segurança dos cidadãos.

w ÓLEOS - ID. Jaime Vieira celebra amanhã, quinta-feira, na Catedral Metropolitana, às 8h,a Missa dos Santos Óleos. Concelebra-ção com participação de 150 padres e 60diáconos permanentes da Arquidiocese.

w BÁLSAMO - IIOs santos óleos, durante a cerimônia,serão perfumados com o bálsamo con-sagrado e se destinam às cerimôniasde batismo, crisma, unção dos enfer-mos e para as tradicionais ordenaçõessacerdotais.

w GRAFITESó a cabeça boa de Flávio Freitas paraincentivar a I Grafitti Expo Natal reu-nindo os grafiteiros da cidade. Sóassim a cultura se liberta dos gabine-tes e de aplausos remunerados pelasverbas oficiais.

w ESTILO - IComo as gestões públicas em Mossorósempre gostaram de espetáculo no pro-jeto de restauração da Biblioteca Câma-ra Cascudo tem um café para o bate-papo. E livros, quanto afinal serão adqui-ridos?

w ANOTEM - IISe o governo investir apenas R$ 1,4 mi-lhão na Biblioteca Câmara Cascudo faráapenas um arranjo, é do seu estilo cultu-ral. É preciso restaurar, atualizar o acer-vo de livros e publicações e fazê-la viva.

w HISTÓRIAO teólogo e ex-pastor Nivaldo Ferreirada Silva reuniu em 'Personagens de minhahistória' todo seu firmamento humano,desde o nascimento em Laje, na Bahia,até a sua experiência de vida em Natal.

w APLAUSOPerfeita a ideia da deputada Sandra Ro-sado, aprovada pelo plenário da Câma-ra propondo agora rito sumaríssimopara o julgamento de crimes contra oidoso. Legislar é isto: propor ou me-lhorar as leis.

w OGRA - IDa feiúra do ogro, como os garçons ve-lhos e feios dos restaurantes popularesde São Paulo, vem a inspiração de AndréBarcinski para o Guia da Culinária Ogra.São 195 lugares 'para comer até cair'.

w HUMOR - IIA gastronomia ogra não tem chef, temcozinheiro; o prato vem cheio; não usapalavra estrangeira; não existe em shop-pings; os garçons são velhos e feios e car-dápio jamais pode ser chamado menu.

w MÁRIO - IA edição de páscoa da revista Gosto -a melhor da gastronomia brasileira -homenageia os 120 anos de Mário deAndrade com receitas de sua preferên-cia: empada de palmito e sonho demassa cozida.

w ALÉM - IIDo pequeno ensaio sobre as madelei-nes de Proust, aquelas que levaram ogrande escritor francês às lembrançasmais remotas de sua infância. E assimProust inaugura no mundo o romancemoderno.

w ELASQuatro mulheres cantam sambas na As-sembléia Cultural hoje, às 18h: CamilaMasiso, Luna Hesse, Damiana e Dodo-ra Cardoso. Além de suas vozes, tambémvai acontecer a exposição de arte sacra.

w POESIAMuito bem cuidada a edição de Gêne-se, livro de poemas que revela o jovempoeta Leonam Cunha e que vai ser lan-çado dia 11 de abril na livraria Sarai-va, do Midway. Edição é da Sarau, deMossoró.

w TOQUESão dele, de Leonam Cunha, poeta de18 anos, os versos que fecham o longopoema da Ribeira: 'Pelas ruas da Ri-beira passeio / como um gato a raste-jar pelos cantos / miando, morrendo deespantos ...'

O risco do extermínio

O Instituto Internacional de Fí-sica (IIF), órgão de pesquisa de ca-ráter internacional com sede na Uni-versidade Federal do Rio Grande doNorte (UFRN), ganhará um prédiopróprio para a realização de suasatividades, conforme anunciado pelareitora Ângela Paiva Cruz. Orçadaem R$ 4,8 milhões, a estrutura ocu-pará uma área de 3.300 metros qua-drados, com expectativa de inaugu-ração no segundo semestre de 2014.

Afirmando sobre a importânciada produção e eficiência dos traba-lhos realizados pelo Instituto Inter-nacional de Física, a reitora lançoucompromisso com todas as áreas daUniversidade que realizam projetosde pesquisa para conquistar novosinvestimentos. "Nos associamos aoInstituto na luta por orçamento enossa próxima ação mais contun-dente será uma reunião com o Mi-nistro da Educação, Aloizio Merca-dante", declarou Ângela durante reu-nião do Comitê Científico Interna-cional do IIF, realizado nas últimassegunda e terça-feira.

Segundo Sylvio Quezado, vice-diretor do Instituto, a assinatura docontrato para a construção do pré-dio, realizada ontem, representa umgrande ganho para os pesquisado-res e alunos da casa. "Esse prédioserá o abrigo físico da realização denossas atividades, já que hoje nossoespaço é muito reduzido. Teremosárea para realização de semináriose eventos, auditório, espaço de con-vivência, refeitório, salas suficien-tes para a consolidação dos proje-tos", afirmou.

O IIF é um instituto de pesqui-sa com vocação internacional, per-manentemente voltado para as áreasde fronteira da física teórica. Suamissão é intensificar o intercâmbiodo conhecimento científico com acomunidade internacional e, em par-ticular, com a comunidade latino-americana, sendo um pólo unifica-dor nacional nas áreas estratégicasda física teórica.

O Instituto deve exercer umaliderança nacional e agir decisiva-

mente em favor do desenvolvimen-to científico no Norte e Nordeste,promovendo periodicamente reu-

niões científicas internacionais di-rigidas a cientistas, estudantes depós-graduação e pesquisadores de

pós-doutorado, em temas relaciona-dos com a física teórica. Alémdisso, o IIF visa estabelecer parce-rias internacionais, a fim de forta-lecer a participação brasileira e la-tino-americana em rede internacio-nal de pesquisa.

INSTALAÇÕES FUTURASO prédio foi projetado, ainda

em 2010, com a forma de umleque, que se abre para as dunas,propiciando a visão da paisagempor parte dos usuários em todos ospavimentos. Além disso, o jardiminterno, localizado no pavimentoinferior, será visto através de vazionos pavimentos, complementandoa proposta de integração com a na-tureza que norteou a concepção doprojeto.

Instituto Internacional de Físicada UFRN ganhará sede própriaEXPECTATIVA É QUE INAUGURAÇÃO SEJA NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2014

Reitora Ãngela Paiva lançou compromisso com áreas das universidades que realizam pesquisa para conquistar novos investimentos

Orçada em R$ 4,9 milhões, estrutura ocupará área de 3.300 metros quadrados

Fotos: Divulgação

Quarta-feira14 O Jornal de HOJE Natal, 27 de março de 2013 Cidade

Fone: 3211-3126

ConscienciologiaCONSCIENCIOLOGIA@INTERCAMPI.ORG

Por Márcio Alves, voluntário da Conscienciologia

Navio Bandeira Agência Chegada Destino Carga DescargaLagoa Paranaense Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Scorpius Brasil W. Sons No Porto - - Em operação - - Marfret Marajó França W. Sons 30/03 Algecira/ESP Contêineres - -U20-Cisne Branco Brasil M. Brasil 04/04 Rio de Janeiro Veleiro - - CMA-CGM Herodote United King CMA-CGM 06/04 Algeciras/ESP Contêineres - - CMA-CGM Platon United King CMA-CGM 13/04 Algeciras/ESP Contêineres - - CMA-CGM Homere Inglaterra CMA-CGM 20/04 Algeciras/ESP Contêineres - - Marfret Guyane França W. Sons 27/04 Algeciras/ESP Contêineres - -

Almi Star Libéria Petrobras No Porto Salvador (BA) Óleo Cru - -

NATAL

TÁBUA DE MARÉS

TERMINAL OCEÂNICO DE UBARANA - GUAMARÉ - RN

TERMINAL SALINEIRO DE AREIA BRANCA - RN

A PROGRAMAÇÃO ÉCHECADA DIARIAMENTE,

PODENDO HAVERANTECIPAÇÃO OU ATRASO

DE ALGUM NAVIO

Movimento dos Naviosapronianocfs@hotmail.comAPRONIANO CÉSAR

Dia Hora Altura (M)27 16:43 2.5

22:32 0.128 05:02 2.4

10:49 0.1

FASES DA LUAMinguante (04/03 - 18:53h)

Nova (11/03 - 16:51h)

Crescente (19/03 - 14:27h)

Cheia (27/03 - 06:27h)

A falta de navios em Natal e Areia Branca épreocupante para economia do Estado

Projeto de vida: desvios, crises e reciclagem

A nossa evolução tem suadinâmica na ampliação do limi-te do conhecimento possibilita-da pela pesquisa nas diversasáreas de nossas atividades e seusresultados. Fato importante a serressaltado é a inserção, mais re-centemente, de nossa realidademultidimensional no contextodessas pesquisas, dissociando-ade conotações místico-religio-sas.

Acessamos, muitas vezes, asnossas realidade e potencialida-des, através de fenômenos de-correntes da fisiologia (ou pa-rafisiologia) de nossos corpos. Édessa forma que fenômenoscomo a clarividência, intuição,retrocognição e, especialmente,a experiência fora do corpo, den-tre outros, nos possibilitamtomar conhecimento da multi-dimensionalidade e dos corposque possuímos, além do corpo fí-sico, os quais nos permitemacessá-la.

O processo evolutivo cons-ciencial implica no acesso a essarealidade, com lucidez, a partirde nossa vontade qualificada poruma intencionalidade cosmoé-tica - relativa a uma ética cósmi-ca, multidimensional.

A finitude desta existência ea indeterminação de sua dura-ção são fontes de angústia e dealienação quando não se tem au-toconsciência da multidimensio-nalidade, ou, tendo-se esta, nãose age conforme os princípiospessoais cosmoéticos.

O limite que a biologia en-contra para explicar a morte fí-sica, em decorrência do métodoque utiliza, leva muitos pesqui-sadores a adotar uma postura ag-nóstica diante desse fenômeno,ficando aos filósofos a tentativade compreendê-lo no nível con-ceitual, enquanto a religião buscasuperá-lo pela fé.

Muitas vezes, tenta-se provara si mesmo, através da subordi-nação do outro às suas ideias,que o seu entendimento sobre avida é o verdadeiro. Busca-se oreconhecimento da verdade pes-soal impondo-a ao outro a fim dese convencer das próprias ideias- muitas vezes não experiencia-das - e conseguir a paz íntimadiante da certeza da inevitabili-dade da morte.

O excesso de teorização e aausência de vivências da reali-dade multidimensional estimu-lam a arrogância do saber, o usodo conhecimento como instru-mento de poder, a manipulaçãodas pessoas e a imposição de co-nhecimento pela retórica.

A percepção da morte colo-ca a necessidade de se encon-trar um sentido para a existên-cia, o que conduz à busca de umprojeto de vida. No marco daciência moderna, e de uma eco-nomia voltada para a produçãoe consumo de mercadorias, esteprojeto tende a ser fundamenta-do em valores sociais que refle-tem a influência da base mate-rial e da cultura sobre o homem.O sentido da existência humanapassa a ser produto da realida-de material, desconsiderando opapel desempenhado pela reali-dade extrafisica.

Ao subestimar a realidadeíntima da consciência, este pro-jeto concebido de fora para den-tro é incapaz de libertá-la, torná-la plena, dar-lhe autonomia,dotá-la de autodeterminação noseu caminhar, permitir-lhe oacesso a princípios e valores cos-moéticos que se expressem emações que representem respostasàs suas indagações existenciais.

Os objetivos do projeto devida não se esgotam nesta vida,porque antes de tudo trata-se deum projeto evolutivo da cons-

ciência, a qual é multiexisten-cial e multidimensional.

A pessoa que carrega na in-timidade valores multidimensio-nais percebe o limite de um pro-jeto de vida que se esgota no ho-rizonte desta existência, aindaque tal projeto possa contribuirpara o progresso da humanidade.

A ausência de um projeto devida compatível com tais valo-res tende a levar várias pessoas,mais cedo ou mais tarde, a sen-tirem-se insatisfeitas com elasmesmas, com a forma como con-duzem as próprias vidas.

Essa situação pode ser resul-tado da saturação de uma exis-tência vivida sem autenticidadeou do esgotamento de modelos,paradigmas, que davam susten-tação ao projeto de vida. Em cer-tos casos, o esgotamento dessesmodelos ou a saturação da pró-pria conduta são acompanhadospor acidentes físicos ou emocio-nais de grande impacto.

Em quaisquer dos casos co-loca-se como urgente para quemvive tal situação olhar a existên-cia atual por meio de um para-digma que lhe permita encon-trar o projeto de vida capaz delhe revelar o sentido não apenasdesta existência, mas da multie-xistencialidade.

Nessa circunstância, a buscade novos valores e o conheci-mento de sua realidade conscien-cial constituem iniciativas prio-ritárias para a pessoa vir a afir-ma-se diante da vida. Movimen-to que implica em ser radical-mente autêntico nas suas mani-festações, não se permitindo au-tocorrupções. Esta condição con-duzirá a pessoa à reciclagem deseus valores e mudanças intra-conscienciais, possibilitando-lhereencontrar a sua programaçãoexistencial e o sentimento de au-torrealização ao executá-la.

GÉSSICA RIBEIRO

GESSICAJORNALISTA.UFRN@GMAIL.COM

Em visita realizada na manhãdesta quarta-feira, ao Canto do Man-gue, no bairro das Rocas, o secretá-rio municipal de Serviços Urbanos(Sumsur), Raniere Barbosa, mos-trou ao prefeito Carlos Eduardo asmudanças realizadas no Mercadodo Peixe, que recentemente passoupor obras de revitalização e manu-tenção em sua estrutura.

Na ocasião, ambos tiveram a opor-tunidade de ver de perto os resultadosobtidos com as melhorias realizadastodas as instalações do prédio. Asobras devem ser concluídas em apro-ximadamente 15 dias, e entre as me-lhorias já realizadas estão a revitaliza-ção da pintura, recuperação das ins-talações hidráulicas e elétricas, esgo-tamento sanitário, dedetização, insta-lação de forro de PVC, e a substitui-ção de ventiladores e portas.

De acordo com o titular da Sem-sur, Raniere Barbosa, apesar de asobras ainda não terem sido concluí-das, os benefícios já podem ser vis-tos. "Quando assumimos essa ges-tão, o Mercado do Peixe era um ver-dadeiro caos, estava abandonado eprestes a ser definitivamente inter-ditado. Para impedir que isso acon-tecesse e viesse a prejudicar tanto oscomerciantes quanto os consumido-res, cumprimos todas as exigênciasdeterminadas pela Covisa e hoje oprédio está em plenas condições defuncionamento. Os consumidoresconseguem circular pelo prédio semse sentirem incomodados com a su-jeira ou odores desagraveis e com-pram seus produtos, satisfazendo asi mesmos e aos vendedores.

Durante a visita, o prefeito Car-los Eduardo parabenizou o trabalhodesempenhado pela secretaria, deue recebeu sugestões dos comercian-tes para melhorar ainda mais a qua-lidade do serviço. O gestor munici-pal também prometeu a retomadadas obras da construção do Merca-do Modelo das Rocas, iniciadas emsua última gestão.

"É estimulante ver o resultadopositivo do nosso esforço em recu-perar esse mercado aqui no Canto doMangue. Agora, vamos trabalharpara abrir licitação para dar continui-dade à construção do Mercado Mo-delo das Rocas e das duas praçasexistentes ali, para beneficiar co-

merciantes e consumidores do local.As obras começarão em junho e oprazo de conclusão é de um ano,não é uma possibilidade, e sim umfato, e para mim é questão de honra",afirmou o prefeito Carlos Eduardo.

Ao sair do Mercado do Peixe, aequipe visitou a Feira do Peixe, naPraça Pôr do Sol, em frente ao Mer-cado, onde foram instaladas tendas,para 20 feirantes comercializarem opescado. A Feira do Peixe faz parteda proposta lançada pela Prefeiturado Natal de oferecer o pescado à po-pulação a preço mais acessível, empontos fixos e em caminhões volan-tes em vários bairros da cidade.

A iniciativa agradou a popula-ção, e segundo o administrador EdsonGomes, que tradicionalmente com-pra peixes no Canto do Mangue, ospescados vendidos ali além do ótimopreço são de boa qualidade.

"Os preços estão bem mais emconta do que nos supermercados,além disso, os peixes são frescos,não ficam dias e dias congelados.Essa iniciativa da prefeitura possi-bilita uma união do útil ao agradá-vel, pois você leva um produto deboa qualidade sem ter que pagar

caro por isso. Para mim, está é umadas melhores opções para comprarpescados, ainda mais nesse períododa Semana Santa", disse Edson.

Além do Canto do Mangue, tam-bém existe outra feira do peixe ins-talada na esquina da avenida Jagua-rari com a Capitão-Mor Gouveia,em Lagoa Nova. Hoje , o caminhãodo peixe está na rótula existente de-pois da Ponte Newton Navarro, naRedinha e nesta próxima quinta-feira(28), a parada será na a rua Paraíba,próximo à Delegacia de Polícia nobairro Cidade da Esperança.

Para o secretário de ServiçosUrbanos, Raniere Barbosa, o pro-jeto Peixe nas Praças tende a in-tensificar a movimentação dessemercado em Natal, e por isso serápermanente. "O mercado de pes-cados é muito forte em nossa cida-de e queremos que a população sebeneficie cada vez mais com essesprodutos e que os pescadores e co-merciantes tenham o retorno finan-ceiro esperado não apenas na Sema-na Santa, mas em todo o tempo.Por isso o projeto 'Peixe nas Praças'está sendo implantado e será con-tínuo, disse o secretário.

Prefeito Carlos Eduardovisita obras de revitalização do Mercado do Peixe GESTOR PROMETEU CONCLUIR MERCADO MODELO DAS ROCAS

Ao lado de Raniere Barbosa (Semsur), prefeito também foi à Feira do Peixe, que oferece pescado a preços mais acessíveis

Edson: “Aqui os peixes são frescos e mais em conta do que nos supermercados”

Fotos: José Aldenir

Quarta-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 27 de março de 2013Esporte

PisandonaBolaAMÂNCIO amancionatal@gmail.com / www.chargistaamancio.blogspot.com

Bruno AraújoBRUNO ARAÚJO - TWITTER: @brunoaraujo7 EMAIL: wesckley@yahoo.com.br

TETO DA SALVAÇÃOUma notícia que pode servir de

inspiração ao futebol brasileiro e,quem sabe a começar pela Série Bnacional. Na Itália, a Segunda Di-visão do Calcio passará a ter umteto salarial para novos contratosassinados a partir de 1 de julho desteano. Ou seja, nenhum jogador po-derá ter uma remuneração superiora 150 mil euros, o equivalente a 390mil reais.

Na Inglaterra, a Premier Lea-gue - Primeira Divisão do campeo-nato nacional - também passará porum controle mais rigoroso de suasfinanças a partir da próxima tempo-rada. Foram criados limites nas fo-lhas salariais e nos déficits finan-ceiros. As equipes que não cumpri-rem as regras podem perder pontosna competição. A nova determina-ção exige que os clubes com folhassalariais superiores a £ 52 milhõespor ano - valor equivalente a R$135 milhões -aumentem seus gas-tos em, no máximo, £ 4 milhões portemporada. Lucros maiores em acor-dos comerciais ou bilheterias podemelevar estes limites.

As medidas, na Itália e Inglater-ra, têm como objetivo amenizar asquedas nas verbas de patrocínio, au-xílio da própria federação e nas re-

ceitas com acordo de transmisssãode TV. Aqui no Brasil, em especialna Segunda Divisão, a disparidadede receita entre uma pequena partee a maioria dos clubes participantesé grande e, talvez, um acordo ade-quado às realidades locais poderiaequilibrar do ponto de vista finan-ceiro, as próprias agremiações.

Em temporadas contínuas, anosapós ano, crise após crise, há umatentativa suicida dos clubes paratentar acompanhar os altos investi-mentos que alguns adversários temfeito, beneficiados com valores decotas de televisão superiores as re-cebidas em detrimento dos demais.

Não obstante, uma ação parafrear essa tendência que ameaça fe-char diversas agremiações pelo paísseria uma saída, não apenas parasalvar esses times, mas também parareforçar as disputas na questão téc-nica, com as equipes niveladas apartir de investimentos similares eem busca de alternativas para equi-librar e qualificar seus elencos semdesonerar o planejamento financei-ro para a temporada atual - e as fu-turas -, bem como, garantir o des-cobrimento de novos craques, já queo garimpo por talentos seria um belode um efeito colateral.

Neste caso, uma força-tarefa

entre os clubes, os menos abasta-dos, seria fundamental para assegu-rar uma melhoria. Ao invés de, acada início de temporada, um pre-sidente ir pedir adiantamento à CBFcom um pires na mão, uma reuniãodos clubes por melhores condiçõese tratamento mais igualitário iria,sem dúvida, garantir que nosso fu-tebol volte a ser o que era: bom, bo-nito e, claro, mais barato.

SURPRESA RUBRAO América anunciou a contra-

tação do atacante Jorge Santos, quechegou ao América para um perío-do de avaliação nas últimas sema-nas. O jogador recebeu o aval dotécnico Roberto Fernandes, está re-gularizado e já está em Caicó comoopção do técnico Roberto Fernan-des para a partida desta noite, con-tra o Corintians, pela decisão do 1ºturno do Campeonato Estadual. Oatacante de 25 veio do Atlético-PRe contabiliza passagens pelo Me-tropolitano-SC, Rio Claro-SP eDaegu, da Coreia do Sul, entre ou-tras equipes.

CADÊ O TROFÉU?O Globoesporte.com local de-

nuncia a espera de meses dos cam-peões dos Jogos Escolares do Rio

Grande do Norte pelos troféus con-quistados na última edição da dis-puta. A justificativa do Governo doEstado para não ter feito a entregateria sido a falta de gestor na Coor-denação de Desporto. A promessaé de que a premiação ocorra nomês de abril, junto com o anúncioda mudanças estruturais na compe-tição. O fato é uma prova de que oincentivo à prática do esporte estálonge de ser uma prioridade.

ÚLTIMO DIATerminam hoje, às 23h59, as

inscrições para carregadores de ban-deiras na Copa das Confederações.Os interessados, que devem ter entre13 e 16 anos completos até 30 dejunho deste ano, dever acessar o siteda promoção (http:// migre.me/dRDH0) e responder à pergun-ta: "Por que você merece ser umcarregador de bandeira?". Cada par-ticipante poderá cadastrar quantasrespostas quiser. Os vencedores re-ceberão um pacote de viagem e en-trarão em campo com a bandeira deuma seleção nos jogos da Copa dasConfederações FIFA 2013. O con-curso está sendo organizado pelaCoca-Cola, parceira Fifa na reali-zação do mundial.

América e Corintians se enfrentamhoje no 1º tempo da decisãoCOM A MELHOR CAMPANHA DO PRIMEIRO TURNO, AMÉRICA CHEGA PARA A FINAL COM O FAVORITISMO

GRAÇAS À INVENCIBILIDADE DE SEIS JOGOS NA COMPETIÇÃO E A VANTAGEM DE DOIS RESULTADOS IGUAISA primeira metade do Campeo-

nato Potiguar começa a ser decidi-da hoje, às 20h30, no Estádio Ma-rizão, em Caicó. Corintians e Amé-rica entram em campo para reviveruma disputa que tem se tornado tra-dicional entre os dois clubes quan-do o assunto é taça na competiçãoestadual. Ítalo Medeiros de Azeve-do será o árbitro da primeira parti-da da final da Copa RN.

Os Alvirrubros chegam para oduelo com a vantagem de jogar pordois resultados iguais e fazer a se-gunda partida da decisão em casa,no Estádio Nazarenão, enquanto oCorintians tem mãos o histórico desurpreender o rival em partidas de-cisivas. O vencedor ao final dos 180minutos de partida garante vaga naCopa do Brasil e Copa do Nordes-te, além de um lugar na decisão doCampeonato Estadual.

A vantagem americana não seresume ao benefício de resultadosiguais para os dois próximos duelos.No retrospecto de confrontos entreas duas equipes, os americanos pos-suem uma larga vantagem em rela-ção ao adversário de logo mais, se-gundo dados do pesquisador MarcosTrindade. Ao todo, a dupla se enfren-tou em 45 oportunidades, com oAmérica vencendo em 23 delas, con-tra apenas 13 dos seridoenses. Novedo total de partidas disputadas aca-baram empatadas.

Se não possui vantagem no total

de confrontos, o retrospecto maisrecente acaba por favorecer o timedo Seridó, especialmente quando oassunto são as decisões. Não bastas-se a vitória na primeira rodada daedição deste ano da competição,quando o Galo derrotou os rubrospor 3 a 1, no Estádio Nazarenão,ainda traz uma história de vitórias etítulos sobre o rival.

Em 2001, as duas equipes se en-contraram pela primeira vez numadecisão de turno pelo Estadual, opor-tunidade em que o Galo seridoensederrotou o rival nos jogos de ida evolta e conquistou o primeiro títulode uma equipe do interior do Esta-do. No primeiro turno, os Alvinegrosde Caicó já haviam batido o ABC nadecisão do turno. Em 2002, contu-do, o América levou a melhor.Emduas partidas que terminaram empa-tadas por 4 a 4 (Caicó) e 1 a 1(Natal), os Alvirrubros sagraram-secampeões estaduais.

Em 2010, os americanos reen-contraram o Corintians, em situa-ção semelhante, na final do primei-ro turno, mas caíram mais uma vezdia do Galo. Apesar da vitória noprimeiro jogo, no Estádio Macha-dão, numa virada por 3 a 1, os ru-bros acabaram derrotados por 2 a0 em Caicó e perderam o título doturno para o time do interior. Naoportunidade, o Galo foi a final doEstadual, mas perdeu a taça para oABC.

FORÇA TOTALLonge de se apegar a retrospec-

tos, sejam favoráveis ou não, o téc-nico Roberto Fernandes está preo-cupado em escalar o time do Amé-rica e voltar de Caicó com um bomresultado. O treinador, que tem sur-preendido nas escalações quando otime vai a campo, voltou a fazermistério quanto ao time que forma-rá para a decisão,em especial, sobreo retorno do late-ral Bruno ao timetitular. Na rodadapassada, quandoAmérica venceu oAlecrim por 2 a 0,o meia Netinho foiimprovisado nosetor, rendeu beme pode ser manti-do na função.

Se quiser ex-periência e um jo-gador de ofício,Renatinho Potiguar foi liberado eestá à disposição do treinador, ape-sar de há tempo não jogar uma par-tida oficial. Se escolher pelo retor-no, aparentemente improvável deBruno ao time titular, Netinho devevoltar ao meio de campo e RicardoBaiano deve perder a posição. Arealnovidade, contudo, foi a convocaçãoapós o anúncio da relação do cen-troavante Jorge Santos. O jogador de25 anos estava em fase de testes no

clube, foi aprovado, regularizado eé mais uma opção do técnico parao duelo.

Presente na única derrota ame-ricana no Estadual, o meia acreditaque a evolução americana durante ocampeonato fará com que esta his-tória não se repita. "O Corintiansganhou aquele primeiro jogo pormérito deles, pois fizeram uma gran-

de partida. A gentetem a intenção deganhar o primeiroturno pra já ir àfinal do campeona-to, respeitando aequipe do Corin-tians, é claro, mascolocando nossoplano de jogo emprática. Se a gentepegar a campanhado Corintians, éigual a nossa, pra-ticamente. Chega-ram à final por mé-

ritos e essa vai ser uma grande par-tida, lá em Caicó. Independente davantagem que a gente tem, vai serum jogo muito difícil, até porque éuma equipe muito bem montada",disse.

O goleiro Dida também não es-pera encontrar facilidade em Caicóe, segundo ele, a derrota no primei-ro encontro, entre as duas equipes nacompetição, tinha características se-melhantes pelo nervosismo da es-

treia. Agora, com uma decisão pelafrente, ele garante que o time terámais atenção. "Sendo uma final, nosobriga a ter uma atenção ainda maior.Eles mostraram qualidade e não che-garam à final à toa. Temos que res-peitar, mas fazer o máximo possívelpara conseguir um bom resultado láe trazer o jogo para nossa casa", afir-mou o arqueiro.

Em campo, Roberto Fernandesdeve colocar a seguinte equipe: Dida,Norberto, Índio, Edson Rocha e Ne-tinho; Ricardo Baiano, Daniel, Fa-binho e Cascata; Tiago Adan e ÍndioOliveira. Técnico: Roberto Fernandes.

HUMILDADE EM CAMPOCom uma folha salarial que re-

presenta quase um terço da ameri-cana, o Corintians de Caicó prova aeficiência do elenco com um ata-que forte, formado por Didi Poti-guar e Ebinho que, juntos, marcaram10, dos 15 gols, do Galo do Seridóno Primeiro Turno. Contra o Amé-rica, a dupla espera repetir o bom de-sempenho durante toda a primeiraparte da competição, agora, na final.

O técnico Neto Maradona, queconseguiu levar a equipe do Corin-tians à decisão se mostra otimista,mas principalmente, tranquilo quan-to ao adversário que terá pela fren-te. Segundo ele, na conversa queteve com os jogadores na véspera dapartida, o pedido feito não foi dife-rente daquele que vem sendo repe-

tido ao longo da competição. "Pedi para que o equilíbrio dos

últimos jogos possa se repetir nessafinal. Sabemos que o América é umaforça do futebol do RN, mas vamostentar jogar. Há coisas que podemacontecer dentro dos 90 minutos,como erros de arbitragem, falhas in-dividuais, mas precisamos ter a hu-mildade e a tranquilidade acima detudo para fazer um bom jogo. Esta-mos esperançosos. Primeiro jogo éimportante, mas tem que ter lucidezpara administrar os 180 minutos",afirmou o treinador.

Neto Maradona destacou ainda aimportância, de uma eventual con-quista, para a temporada corintiana."Falava aos jogadores da importân-cia dessa conquista: com o título, po-deríamos ir à final do Estadual e ga-rantir vaga na Copa do Brasil e Copado Nordeste. É algo que motiva, in-dependente de qualquer situação.Tudo se resolve nos detalhes, e vocêtem condições de ter êxito, precisalutar. Temos um time jovem e bemaplicado dentro de campo e vamoslutar. Se tivermos chance de ampliarplacar é importante, mas bem maisimportante é ter equilíbrio e conquis-tar os três pontos", concluiu.

Para buscar o título, o treinadorAlvinegro deverá escalar a equipesem surpresas diante dos rubros:David; Everton, Fábio Seixas, Mes-sinho e Índio; Ramon, Jozicley,Leleu e Tiago Santos; Didi e Ebinho.

"Primeiro jogo é importante, mas tem

que ter lucidez para administrar os

180 minutos"

NETO MARADONA, TÉCNICO DO

CORINTIANS

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Esporte Quarta-feira16 O Jornal de HOJE Natal, 27 de março de 2013

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - r.lemosfilho@uol.com.br

Pedro, mulher, EspanhaA Espanha no futebol é uma mulher bonita por natureza. Ela

pode até ficar desarrumada, de cara amarrada, chateada, doente, belasempre será. Pode-se encher uma desprovida de formosura de ma-quiagem e adereços e lá nos cafundós do joanete ela apresentaráum naco de suas limitações.

A verdadeira beleza é simples, é mais Maitê Proença do que asbruacas do Big Brother, é mais Dina Sfat das antigas e no esplen-dor do seu olhar mediterrâneo do que as candidatas a pensionistasde baladas de artistas de TV misturados com jogadores brasileirosque gostam de se enturmar com traficantes de drogas ditos donosde morros.

Temia a derrota da Espanha, a eliminação da Espanha da Copado Mundo de 2014, o Mundial de Fuleco, o mascote, José MariaMarin, o mamulengo, Felipão, o retranqueiro, Hulk, o mastodon-te. Heranças de Ricardo Teixeira, o genro que era gênio, multipli-cava dinheiro sem trabalhar.

Messi em primeiro lugar e a Espanha me mantêm ligados aofutebol atual. Somente os dois como delícia por conteúdo. Messi,argentino universal, é sensacional, embora resistam os brasileirostristemente contaminados pelo vírus incurável da xenofobia. APulga perde um gol feito e jornalista dá canelada na profissão comose fosse do mundo o pior defeito.

A Espanha é o que há de mais parecido com o futebol jogadocom travessura, impetuosidade, sensualidade, virtudes sem as quaisjamais se completará a mulher em carne e sentimento. A Espanha,desde 2010, oferece o que a geração excluída do Brasil derrotadoem 1982 pode ver em dimensão reduzida: Arte e gol como objeti-vo, toque de bola em linha reta, arquitetura no gramado rente, poe-sia circular até o bote para o gol adversário.

Disseram que a Espanha estava morta contra a Itália na Euro-copa: Tome um 4x0 esclarecedor. Estavam cantando o fracasso daFúria antes do jogo contra a França. É fato. A campanha nas Eli-minatórias andava um tédio. Mulher bonita e botando banca tam-bém é um saco. Nem fala. Sacode os cabelos e empina o nariz sópara esnobar. AEspanha tem seus direitos de usar tamancas, de botarsalto alto e gritar: "Carambolas!".

>>>Fui ver o jogo contra os Bléus torcendo pelo futebol. Vibrando

pela Espanha. Eis que o meu ceticismo acabou nos pés de Pedro,o atacante. O apostolar. Foi assaltado pela arbitragem, num pênal-ti roubado como em pelada varzeana.

Daquelas catarses suburbanas que acabam em pancadaria e pa-trulha da polícia distribuindo porrada em jogadores, técnicos, mas-sagistas, torcedores e palpiteiros. Sem exageros de um passional, opênalti sofrido por Pedro é(por estar gravado para sempre), um dospênaltis mais claros desde a queda do ditador Francisco Franco.

Pensava na Espanha fora da Copa do Mundo, ou ainda dispu-tando a repescagem e os loroteiros cúmplices da cartolagem a de-lirar: "Estão vendo? Futebol é marcação meus senhores, futebol éforça, é encaixe e pegada, é correr atrás, cercar e fustigar o adver-sário. "Berro em olhos esbugalhados.

Para prosseguir em transtorno: "Nada de drible, nada de passe,vamos assassinar a bola." A declaração paripatética seria seguidade uma jorrada de baba na gola da camisa. Uma exclamação pati-fe. De quem prefere o gol por acidente, por infortúnio, por fatali-dade. E o gol é orgasmo.

Imaginava Tanzânia, Trinidad e Togago, Botsuana, Kazaquis-tão, Ilhas Faroe, Ilhas Maurício, Nova Zelândia, Groelândia, Bolí-via, El Salvador, Continental do Carrasco, Portuguesa de Mamacadas Rocas, todos desfilando na Copa do Mundo e a Espanha emlamentos flamencos em Madrid em dois anos. O fim, o fim. O se-pulcro aberto do futebol.

Eis que a Espanha ressurge do banho como diva no mar, so-mente coberta com uma leve blusa de algodão. Sem perder o char-me, a segurança, o controle e o poder de sua força espetacular e do-minadora, capaz de subjugar o mais orgulhoso e valente dos ho-mens. A França resistiu, cedeu a Pedro.

Pedro, quem sabe em boas-vindas ao Papa Francisco I, resol-veu saciar a fé dos adoradores da bola santificada. Construiu e exe-cutou como compositor e intérprete, roteirista e ator, roteirista e di-retor, quase a nova epístola de quem lhe batizou. Fez a jogada e ogol, o milagre e a benção, da Espanha latina, fascinante, linda comose imbatível, feminina.

ÍNDIO OLIVEIRANem se deveria discutir:

Índio Oliveira - deveria ser ape-nas Índio pois nome compos-to é uma das bizarrices do fu-tebol brasileiro -, é titular doataque do América. O rapazchegou e cumpriu sua obriga-ção profissional sem temernada: Fez gol. Hoje é decisãoe quem é bom já nasce feito,frase do narrador Waldyr Ama-ral em homenagem a RobertoDinamite, no auge da artilha-ria do Vasco.

TREMSe for concretizada, será

uma boa ideia a utilização detrem para a torcida do Améri-ca nos jogos da Série B emCeará-Mirim.

CAICÓO Corintians está mordido

em Caicó. Seus torcedores sequeixam de pouco caso da im-prensa de Natal e lembram quefoi o Galo do Seridó quem ven-ceu o América em Goianinhapor 3x1 e decretou a demissãorecorde(um jogo, um adeus), doentão técnico Alexandre Irineu.

BAIXARIAAs declarações do goleiro

Andrey em sua página no fa-cebook, cobrando dívidas ao

ABC e criticando a postura datorcida podem ser encaradascomo desabafo e provocação.Andrey está coberto de razão.Ninguém pode trabalhar degraça. Ele tem direitos. Mas oABC tem uma história que nemele, nem qualquer um jogadorque passou ou vier a usar suacamisa, pode levar na base dopalavreado chulo.

COMANDODa mesma forma que en-

trou na Justiça Trabalhista con-tra o ABC, para receber o queacha que lhe é devido, o golei-ro Andrey passou dos limites.Usar rede social para reclamardireitos não é usual. Por queAndrey não reclamou antes deser demitido? E por que a di-retoria permitiu que a situaçãochegasse ao ponto atual?.

VIAS TORTASAo postar seus lamentos,

Andrey revelou o inadmissí-vel. Por mais competente queseja, nenhum clube de Natalpode pagar a um jogador 37mil reais por mês entre salá-rios e hospedagem. É o fingeque paga que eu finjo que re-cebo. E ninguém finge que re-cebe. Pai de família vive de sa-lário. A barriga ronca e dói obolso.

Destaque no Nordestãovolta aos treinos no ABCRENATO PARTICIPOU NORMALMENTE DO TREINAMENTO COM O RESTANTE DO

ELENCO E DEVE ENFRENTAR O POTIGUAR DE MOSSORÓ, NO DIA 03 DE ABRILA comissão técnica abecedista

e a torcida recebeu uma ótima no-tícia. O lateral-direito Renato, queestava afastado dos treinos desde apartida contra o ASA/AL, pelaCopa do Nordeste, quando se ma-chucou logo no início do confron-to que eliminou o time potiguar dacompetição será um dos reforçosdo Alvinegro para o Segundo Turnodo Campeonato Potiguar. O joga-dor estava em tratamento intensivocom os médicos e fisioterapeutas al-vinegros, foi avaliado e liberadopara voltar aos trabalhos.

Renato participou normalmen-te do treinamento com o restante doelenco, realizado na reapresenta-ção do clube, após ficar de fora dasfinais do Primeiro Turno da com-petição. O lateral-direito fez uma

atividade para prevenção de lesõesmusculares e um treino de forçageral, seguido de um trabalho deforça especial utilizando as ligasde tração e uma atividade de coor-denação, agilidade e velocidade. Ojogador segue em observação, rea-lizando tratamento preventivo, e apartir de agora intensificará os trei-namentos físicos para recuperar ocondicionamento.

O lateral-direito se machucouno confronto contra o ASA, pelasquartas de final da Copa do Nordes-te, no dia 16 de fevereiro. De lápara cá, vários jogadores foram im-provisados no setor, inclusive o za-gueiro/volante Edson. Com a che-gada do técnico Paulo Porto, o la-teral Thiaguinho assumiu o setor,mas também lesionado, obrigou ao

treinador abecedista a fazer novoimproviso, agora, o volante Bileuna ala direita.

Ainda sem retorno confirmadoaos gramados, o próprio Thiagui-nho, goleiro Lopes, Raulen e o za-gueiro Flávio Boaventura conti-nuam em tratamento intensivo comos médicos e fisioterapeutas alvi-negros. Do quarteto, o atleta queficará mais tempo longe dos trei-namentos será o defensor abecedis-ta, recentemente submetido a umacirurgia para reconstituição dos li-gamentos no ombro e que devemantê-lo fora de atividade por até60 dias.

Outro que pode desfalcar o Al-vinegro para as primeiras partidasdo 2º turno é o lateral-esquerdoAlexandre. O jogador será julgado

hoje, às 18h, pela 3ª Comissão Dis-ciplinar do Tribunal de Justiça Des-portiva (TJD/RN), pela expulsãoocorrida na partida diante do SantaCruz, realizada no dia 6 de março,no estádio Frasqueirão, pela 2ª ro-dada do Campeonato Potiguar. Ojogador abecedista foi incluso no ar-tigo 254, parágrafo 1º, inciso II, doCódigo Brasileiro de Justiça Des-portiva (CBJD), "Praticar jogadaviolenta, ainda que sem a intençãode causar dano ao adversário", queprevê como pena, suspensão deuma a seis partidas.

A estreia do alvinegro no se-gundo turno do Estadual está mar-cada para o dia 3 de abril, contra oPotiguar de Mossoró. A partida serárealizada no Estádio Frasqueirão,em Natal, com início às 20h30.

Depois 40 dias longe dos gramados, lateral-direito Renato deve reforçar ABC no 2º turno

> CLÁSSICO

Após interdição do Engenhão,São Januário receberá Bota e Flu

A primeira parte dos problemascausados pela interdição por tempoindeterminado do Engenhão já foi re-solvido. Enquanto não define a si-tuação do restante do CampeonatoCarioca, a Federação de Futebol doEstado do Rio de Janeiro (Ferj)anunciou uma medida imediata paraos duelos que seriam realizados nestasemana.

O Fluminense enfrentaria oMacaé às 19h30 (de Brasília) hojeno Estádio Olímpico João Havelan-ge, mas a decisão tomada pelo pre-feito Eduardo Paes interditando aarena fez com que o local da parti-da fosse alterado. Contando com aajuda da diretoria do Vasco da Gama,a Ferj anunciou que o confrontoocorrerá em São Januário. Amanhãseria a vez do Botafogo, administra-dor do Engenhão, entrar em campo.Assim como ocorreu com o Trico-lor das Laranjeiras, o Glorioso teráde enfrentar Friburguense na casado rival Vasco. Aalteração foi anun-ciada pelo presidente da Ferj, RubensLopes, após reunião com os presi-dentes dos clubes - menos o trico-lor Peter Siemsen, em reunião doConselho Deliberativo - e comEduardo Paes.

"Chegamos a um consenso deque essas partidas terão seus horá-rios e datas mantidos. Já o local ondeessas partidas serão realizadas pas-sará para São Januário, com a ces-são do presidente (do Vasco) Ro-berto Dinamite, que entendeu a ne-cessidade de uma solução rápida eimediata", declarou Lopes, que jus-tificou a manutenção das datas paranão prejudicar a parcela da torcidaque já tenha adquirido ingressos.

Caso alguns torcedores desis-tam de ir a São Januário e queiramo reembolso das entradas, a Ferj ga-rante total apoio: "Acho que ele temo direito de receber seu dinheiro devolta. Os clubes não irão se incomo-dar em devolver o valor. Cada clubedeverá estabelecer um plano de açãopara resolver essa questão". Já oclássico entre Botafogo e Vasco, nofinal de semana, ainda não tem localdefinido. Aboa vontade demonstra-

da por Roberto Dinamite para oscompromissos desta semana, no en-tanto, podem beneficiar os vascaí-nos para levar o duelo com o rivalpara a Colina.

Os torcedores cariocas foramsurpreendidos na noite de segunda-feira com a notícia da interdição doEngenhão. Em entrevista coletivaao lado de representantes dos clubes,o prefeito Eduardo Paes informouque problemas estruturais que ofe-recem riscos ao público motivaramo fechamento. Na manhã de ontem,Paes falou novamente sobre o as-sunto e garantiu que a ameaça dedemolição do estádio não existe edisse que espera que o problemaseja resolvido o mais rapidamentepossível.

"Não há o risco (de demolir o es-tádio). Temos um problema na co-bertura, passou da margem do riscoaceitável, mas é um problema quetem solução. Não vai precisar des-montar o estádio. Queremos ter oEngenhão de volta o mais rapida-mente possível para abrigar os jogosdo futebol carioca", afirmou. Ontem,o prefeito recebeu oficialmente olaudo que aponta os problemas naestrutura do Engenhão.

Problemas estruturais motivaram fechamento do Engenhão. Prefeito do Rio nega possibilidade de demolição

> CARIOCA

'Jóia' do Fla quer reencontrar bom futebolDestaque do Flamengo na Taça

Guanabara, quando a equipe foi eli-minada nas semifinais, após umaderrota para o Botafogo, o jovemRafinha vive um momento de ins-tabilidade na temporada. Ciente damudança na postura de seus mar-cadores, que já conhecem sua qua-lidade técnica o atacante espera re-cuperar o bom futebol. Hoje, o Fla-mengo enfrenta o Bangu, às 22horas (de Brasília), pela terceira ro-dada da Taça Rio.

"Fiz uma boa Taça Guanabara,mas agora dei uma oscilada. Acho

que é normal. Hoje em dia os mar-cadores já vêm com um no comba-te e outro na sobra, mudou. Vou se-guir no trabalho, me movimentarnos jogos, para melhorar. Vou pas-sar pelos obstáculos, pois querochegar longe", projetou Rafinha.

Precisando vencer para não sedistanciar da zona de classificação,o treinador Jorginho, que estreou nocargo com um empate, fechou o trei-no desta terça e não divulgou a equi-pe titular. Os jogadores tratam a par-tida como decisiva, uma final. Comapenas um ponto em seis disputa-

dos, o Flamengo ocupa a penúltimacolocação na tabela do Grupo B.Hoje, estaria fora da próxima fase.

O time está a cinco pontos doResende, líder da chave, e a três doFluminense, que hoje seria o se-gundo classificado. Jorginho devepromover pelo menos uma mudan-ça em relação ao time que empa-tou sem gols com o Boavista, sá-bado passado. O meia-atacante Car-los Eduardo pode ser a novidadeentre os titulares, e Cleber Santa-na sairia. Se o Bangu ainda nãovenceu na Taça Rio, não sabe o que

é uma derrota há quatro jogos. Comdois empates no segundo turno doCampeonto Carioca, a equipe deCleimar Rocha quer sonhar maisalto e tentar beliscar uma vaga nassemifinais.

Para isso, vencer o Flamengo étarefa fundamental. E o retrospec-to recente contra os grandes ajuda.Contra Vasco e Botafogo, o Banguvenceu (1 a 0) e empatou (0 a 0),respectivamente. Em caso de vitó-ria e de um empate entre Flumi-nense e Macaé, o Bangu pode ir àvice-liderança do Grupo B.

Fotos: Divulgação

Fotos: Divulgação

Quarta-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 27 de março de 2013Cultura

DANIELA PACHECO - danipacheco@hotmail.com

Cultura HOJEcom Dani Pacheco

DANIELA PACHECO

EDITORA DE CULTURA

Entre o vai e vem do verde das folhasde alecrim utilizadas para lavar a frentedo Teatro Sandoval Wanderley, alguns in-tegrantes da Rede Potiguar de Teatro fize-ram um ato simbólico hoje no final damanhã. “O intuito desta lavagem é dar vi-sibilidade a questão de um espaço culturalque desde 2009 está fechado e de certaforma, comemorar o fato de que o dinhei-ro necessário para reforma já está assegu-rado, fruto de um esforço conjunto da de-putada federal Fátima Bezerra e DácioGalvão”, contou o ator, diretor, arte-edu-cador, dramaturgo e integrante da RPTHenrique Fontes.

Já Fernando Yamamoto, ator, diretor,integrante da Rede Potiguar de Teatro efuncionário da atual gestão da Funcarte,conta que, “o objetivo não é um protesto esim apoio. Anos atrás foi feito o enterrosimbólico e agora, estamos dando umvoto de confiança a essa gestão munici-pal. Afinal, a gente vive um momento iné-dito em Natal e porque não dizer no RioGrande do Norte, pelo simples fato de umsecretário de Cultura ir até onde o artistaestá. Dácio foi até ao Barracão dosClowns para uma reunião com vários gru-pos de teatro somente para ouvir a classe.Acho que nenhum fez isso por aqui”.

Esperança! É a palavra que imperavaem cada um. O verde da esperança emreabrir aquele espaço cultural estava pre-sente em cada um que decidiu participardeste ato. “Acho que todo mundo estáciente das dificuldades que esta gestão seencontra. Mas, também se percebe que atéo momento as pessoas tem esperança e

acreditam no nosso trabalho”, conclui Ya-mamoto.

O presidente da Funcarte Dácio Gal-vão deixa claro que, “essa atividade estásendo feito em parceria. A lavagem inclu-sive é uma iniciativa independente daRede Potiguar de Teatro. Na realidade,não tenho muitos detalhes para falar sobreesse procedimento, seus ritos, entre ou-tros, porque foram planejados por eles.Pelo que Quitéria Kelly atriz, gerente doTeatro Sandoval Wanderley e integranteda RPT me disse que esse ato é uma coisapara aromatizar e gerar novos ares ao tea-tro. A metáfora é essa. A esperança de quecomece novos tempos para o Sandoval”.

Já a deputada federal Fátima Bezerracontou em entrevista por telefone para OJORNAL DE HOJE que acredita que atéo meio do ano saia à ordem de serviçopara que se possa dar início as obras dereforma ao teatro do Alecrim. Mas, paraisso a Prefeitura de Natal ainda tem quesanar as pendências que existem para quepossibilite a vinda deste investimento.

“O nosso papel foi importante da de-fesa do teatro Sandoval Wanderley porquegarantimos os recursos financeiros paraque pudesse ser realizada essa reforma.Na época em que Ana de Hollanda era aMinistra da cultura trouxe a Natal e fuicom ela até lá, junto com o então secretá-rio de cultura Roberto Lima, continuamoso processo quando assumiu a gestão mu-nicipal de cultura a jovem Daliana Cascu-do. Mas, o Convênio não pode ser assina-do e concretizado por conta do caos emque se encontrava a Prefeitura Municipalde Natal. No final do ano passado, já coma ministra Marta Suplicy, retomamos aluta com o intuito de garantir essa verba.

Levei o assunto pessoalmente a ela quemanteve o compromisso da gestão ante-rior. E, no mês passado, esteve comigo oatual presidente da Funcarte Dácio Gal-vão numa reunião em Brasília com a Se-cretária Executiva do Minc onde reafir-mou o compromisso e garantiu os recur-sos”.

Mais cauteloso Dácio Galvão disseque, “O dinheiro para a reforma do teatroSandoval Wanderley está garantido. Mas,a prefeitura herdou da gestão passada vá-rias pendências. E, para receber esse di-nheiro temos que eliminar todas. A nossaluta é para sair disso. O prefeito está tra-balhando para tentar resolver isso o maisrápido possível. Por isso, não temos datapara reabrir ou começar a reforma.Mesmo fechado o Teatro Sandoval Wan-derley tem uma gerente que acompanhaessa demanda. O meu empenho é fazerum plano de trabalho para que em quatroanos possa conseguir reverter esse quadro.Este é o momento de escutar o segmentocultural e construir um projeto que aindanão existe e que atenda a todos”.

Além da “Lavagem”, os artistas tam-bém colocaram uns tapumes, formandoum muro na frente do Teatro SandovalWanderley para isolá-lo até a reforma,evitando os arrombamentos frequentesalém de afastar usuários de drogas e ven-dedores ambulantes que têm tomadoconta da fachada do TSW. Durante o atosimbólico o muro foi grafitado por diver-sos artistas que também comemoram odia de hoje como o Dia do Graffiti noBrasil.

No dia em que se comemora o DiaMundial do Teatro, o prefeito de NatalCarlos Eduardo Alves anunciou algumas

medidas para o segmento, entre elas, olançamento de editais públicos, a inaugu-ração de dois cineteatros e as reformas doJesiel Figueiredo e da Escola de Teatro dazona Norte.

“Acho que é um bom começo o pre-feito anunciar os editais para o segmentodo teatro; a inauguração dos dois cinetea-tros, projetos do PAC do governo federal,que já estavam em andamento; a reformado Jesiel Figueiredo e retomada da Escolateatro da zona Norte. Mas, é importanteque se diga que não se pode só inaugurarou reabrir espaços culturais tem que darcontinuidade as ações e manter o lugaraberto e produtivo”, declara o integranteda Rede Potiguar de Teatro Henrique Fon-tes.

“Outra notícia boa para ser anunciadano dia de hoje é o Teatro de Parnamirimque foi outra vitória para o Rio Grande doNorte e acredito que a inauguração acon-teça no segundo semestre e que foi um in-vestimento de R$ 5 milhões”, lembra adeputada Fátima Bezerra.

Mesmo o dia de hoje ser de comemo-rações no mundo inteiro para o segmentoteatral. O presidente da Funcarte lembraainda que, “Mesmo a história do SandovalWanderley sendo muito rica, uma coisa écerta. No momento a cultura não é priori-dade para a gestão municipal, porque têmas obras de mobilidade, saúde, saneamen-to, educação, que são setores estratégicose que constitucionalmente tem de serprioridade. E, nem para a população,qualquer instituto de pesquisa que forpara a cidade fazer um levantamento doque o povo quer que a gestão pública façacom o dinheiro de seus impostos com cer-teza a cultura não será prioridade”.

Lavagem do Sandoval Wanderley invoca novos tempos no

DIA MUNDIAL DO TEATROARTISTAS

POTIGUARES

COMEMORAM A

GARANTIA DE

RECURSOS DO

MINC PARA A

REFORMA DO

ESPAÇO

CULTURAL DO

ALECRIM

DIA MUNDIALDE TEATRO

A Orquestra Sinfônica doRio Grande do Norte(OSRN) em comemoraçãoao aniversário do Teatro Al-berto Maranhão e ao DiaMundial de Teatro realizanesta quarta-feira, dia 27, às20h, seu segundo concertooficial da temporada 2013.No entanto, antes da apre-sentação das peças (Sinfonian.5 – Schubert, Concerto paradois clarinetes, op.35 –Krommer, Danças Húngarasns.5 e 6 – Brahms) a classeartística promete um ato deprotesto contra a falta de pa-gamento dos editais da Se-cretaria Extraordinária deCultura

E, POR FALAR...O grupo questiona entre

outras coisas, sobre os recur-sos do Fundo Estadual deCultura que ficaram na contaúnica do Estado e ninguémsabe desse dinheiro. E, vivaa cultura potiguar!

ATÉ QUE ENFIM...Parece que desta vez sai a reforma do Museu Café Filho. Após uma

espera de quase dois anos, entre elaboração do projeto de restauração etentativas frustradas de licitação, a tão sonhada restauração vai sair do papelagora em abril. O valor do tão sonhado investimento será R$ 150 mil.

SÓ PARA LEMBRAR...O antigo sobrado, construído entre 1816 e 1820 e transformado em

museu há 34 anos, foi moradia do ex-presidente Café Filho, vice de Ge-túlio Vargas em 1950, e hoje abriga vasto acervo formado por documen-tos, móveis, biblioteca particular, objetos pessoais e fotografias do polí-tico potiguar.

ROYAL CINEMAPara homenagear e resgatar a obra do maestro potiguar

Tonheca Dantas no ano em que a sua música mais famosa, avalsa Royal Cinema, completa 100 anos, a Cooperativa de Mú-sica do Rio Grande do Norte está produzindo o projeto “To-nheca Dantas, o Maestro dos Sertões”.

O projeto, que tem como objetivo dar visibilidade e va-lorizar a obra do maestro e a cultura potiguar vai lançar umencarte que contém um CD com doze músicas de Tonheca esuas partituras digitalizadas, que foram arranjadas para or-questra, e da biografia digitalizada do músico.

Também dentro da programação do centenário da RoyalCinema está prevista a realização de vários concertos com aOrquestra Sinfônica do Rio do Grande do Norte, parceira doprojeto e responsável pela adequação das partituras.

STRAUSS PAPA-JERIMUM”Apelidado pelo prefeito Djalma Maranhão como o Strauss

Papa-Jerimum”, Antonio Pedro Dantas (1871-1940) nasceuem Carnaúba dos Dantas (RN). Filho de João José Dantas eda escrava alforriada Vicência Maria do Espírito Santo, virouum maestro de alcance internacional, sendo autor de umavasta obra de mais de mil peças musicais. A mais famosa delas é Royal Cinema, até hoje executada pelas ban-das filarmônicas Brasil a fora e até mesmo no exterior. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi exaustivamen-te tocada na Rádio BBC de Londres.

HOJEA Jornada de Lutas da Juventude Brasileira no RN reunirá hoje, inúmeros movimentos sociais do Esta-

do em uma marcha do IFRN Salgado Filho até a praça Cívica do Campus, onde haverá um grande ato cul-tural com apresentações de Rosa de Pedra, banda SeuZé, Júlio Lima, Clara Pinheiro e Fábio Rocha, Pau eLata e outros artistas. A marcha deve começar às 14h, na IFRN Salgado Filho e os shows, às 18h, na PraçaCívica do Campus.

Fotos: Divulgação

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Quarta-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 27 de março de 2013

Cultura

Canal 1 BATE-REBATE

POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos Nery

Leão 22/07 a 22/08Você pode ter recebidomuitas informações, ter

muita instrução e contar com umapoderosa visão de conjunto, que oeleva sobre a estreiteza de vistas demuitos.

Virgem 23/08 a 22/09Fique atento ao que se passaao seu redor - com um cenário

astral tão explosivo nestes dias, se podeesperar tudo. Acuda, socorra com ideias,soluções e ajuda concreta aqueles queestão encurralados em dilemas dramáti-cos. Não são poucos!

Libra 23/09 a 22/10É no seu signo que a Lua passae se opõe ao Sol, sinal evidente

de oscilações emocionais e consciênciaaguda - primeiro de suas necessidades,segundo que elas são diversas dos outrosseres queridos. Família e amor emmomento de contradição. Cuide-se.

Escorpião 23/10 a 21/11O clima astral sugere expur-go, drama, explosão, ten-

são, susto. Escolhas difíceis e emba-tes se desenrolam perto de você. Valese libertar do acessório, cuidar dasaúde e respeitar seus limites. O restoestá além do seu poder resolver. Sejaflexível.

Áries 21/03 a 20/04Dia de Lua cheia poderosa paravocê, que se encontrar no meio

do furacão. Trata-se de escolher entre a inte-gridade pessoal ou as necessidades dosoutros. Ou você atende o que consideracerto ou curvará a cabeça para um superior.

Touro 21/04 a 20/05Área astral em destaque hoje:serviço no mundo cotidiano

versus serviço anônimo, espiritual, dedoação pessoal. Que tal ajudar as pes-soas necessitadas nos próximos dias?você terá que escolher entre sua fé ouacatar decisão de um grupo poderoso.

Gêmeos 21/05 a 20/06A cheia lunar de hoje acentuao clima astral polarizado,

empurra você para uma escolha impor-tante: ser livre para planejar seu futuroenvolvendo-se com grupos de tendên-cias diversas ou se submeter a quemlhe cobra obediência.

Câncer 21/06 a 21/07Chegou o momento de enfimdeclarar ao mundo o que

você vai escolher: ser livre pra tomaro rumo que quiser no campo social eprofissional, ou acatar as pressões eintimidações de um sócio, cliente oumesmo o cônjuge. Cada escolha temseu preço.

Sagitário 21/11 a 21/12Importante cheia lunar quedesloca, nos próximos dez

dias, o foco para as relações e os pac-tos, que devem ficar livres de manipula-ções - o que é difícil e raro. Mas nãocusta tentar!

Capricórnio 22/12 a 21/01Assim como ocorre com osoutros signos cardinais, você

faz parte do núcleo do drama cósmicoque evolui rumo a um acordo entreinteresses contrários. Para você issose dará no âmbito da profissão e dasmetas maiores de vida.

Aquário 21/01 a 19/02Mil dicas e papos, o ritmofebril dos acontecimentos

mexe com sua imaginação e traz temo-res. Mantenha discrição sobre seussegredos, seu dinheiro, seus recursoshoje. Nesta Lua cheia, abandone ideiaspreconcebidas e escute seus sonhos.

Peixes 20/02 a 20/03Mercúrio e Netuno no seusigno terão poder de enten-

der e aceitar - e acomodar e ajudar adissolver - o clima de beligerância eimpasse que se multiplicam nos últi-mos dias. Poder de comunicar, de tra-duzir. Viagens e deslocamentos emdestaque.

HORÓSCOPO

GI JOE – RETALIAÇÃO - (14Anos)MOVIECOM 1 – Hora: 14:10 /19:15 (Qua e Qui)

PARKER - (14 Anos)MOVIECOM 1 – Hora:14:00 /16:30 / 19:00 / 21:30; Hora: 16:30/ 21:30(Qua e Qui)

LINHA DE AÇÃO - (14 Anos)MOVIECOM 2 – Hora: 17:00 /21:15

A FUGA - (16 Anos)MOVIECOM 2 – Hora:14:50 /

19:10

A BUSCA - (12 Anos)MOVIECOM 3 - Hora:15:20 / 17:25/ 19:30 / 21:35

VAI QUE DÁ CERTO - (12 Anos)MOVIECOM 4 – Hora:15:05 /17:05 / 19:05 / 21:05

OS CROODS - (Livre)MOVIECOM 5 - Hora:14:00 / 16:10/ 18:15 / 20:20MOVIECOM 6 - Hora:14:50 / 17:00/ 19:10 / 21:20

OZ-MÁGICO E PODEROSO -

(Livre)

MOVIECOM 7 – Hora:15:10 /

17:50 / 20:30

OBS: A aprogramação pode ser

alterada sem prévio aviso. Favor

consultar o cinema para confir-

mar o filme do adia.

CINEMA

TV - TUDO>>

Televisão também édiscutida no encontrodo comércio varejista

No último fim de semana, no Sofitel Guarujá, João Doria realizou o 1º FórumNacional do Varejo, com a presença de importantes representantes do setor. Nocentro de todas as questões, a relevância e o crescimento do varejo brasileiro.No primeiro painel, chamou atenção a manifestação da empresária Luiza HelenaTrajano ressaltando que o Brasil é dos brasileiros, e não do Governo Federal.Aliás, esta convocação para a brasilidade foi o destaque deste encontro.A Globo, inclusive, está lançando uma campanha do Walmart, agora com o fimdo Big Brother, exatamente em cima disso.O vice-presidente comercial da Record, Walter Zagari, também presente ao even-to, disse que, autorizado por Edir Macedo, a partir daquele momento a sua empre-sa passava a ser a rede aberta do varejo brasileiro.No que diz respeito diretamente à televisão, como participação de audiência, foicolocado que, até o último dia 21, a Globo tinha nas 24 horas 49% contra 30%das demais emissoras somadas, 40% contra 34% das 7 à meia noite e das 18hàs 24h, 49% a 31%.Por último, ressalta-se, o comércio varejista é quem mais investe na televisãoaberta, depois do Governo Federal.

CASAMENTOEm “Guerra dos Sexos”, depois de um momento a

sós em uma ilha, Juliana (Mariana Ximenes) e Nando(Reynaldo Gianecchini) conseguem voltar para casa.

E, para surpresa de todos, anunciam que vão secasar. As cenas irão ao ar no capítulo do próximo sá-

bado, dia 30.

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w SÉRIE ESPECIALJá no mês que vem, o “Hoje emDia”, da Record, irá exibir umasérie de reportagens especiais gra-vadas por Celso Zucatelli no in-terior de Minas Gerais.O destaque vai para desconheci-dos personagens, contando his-tórias centenárias da cultura e cos-tumes mineiros. Entre eles, doissenhores de 75 e 79 anos, que tra-balham na produção das famosas"Panelas de Pedra-Sabão".

w TEM RECLAMAÇÃOFuncionários das diversas emis-soras, pessoal de Rádio e TV, re-clamam da morosidade na dis-cussão do dissídio.Já vai para 1 ano e 10 meses semreajuste. Isso pode explicar o mauhumor reinante.

w SÓ UMA QUESTÃOQuem trabalha com carne é açou-gueiro, na farmácia é o farma-cêutico, dentista trata dos dentese assim por diante até chegar nosradialistas, alguém que, pegando

pela letra ou palavra, trabalha emrádio.Ainda não existe uma designa-ção específica para o pessoal datelevisão. Stanislaw Ponte Preta,lá atrás, falava em televisistas.

w SÓ DEPENDE DELEEduardo Moscovis, hoje em“Louco por Elas”, poderá voltaràs novelas da Globo no ano quevem.Na verdade, isso passa dependerexclusivamente do próprio artis-ta. Aguinaldo Silva pretende con-tar com ele num dos principaispapéis da sua próxima novela,que vai estrear entre julho e agos-to de 2014.

w TÔ NA ÁREAAinda em se tratando desse pró-ximo trabalho do Aguinaldo, Mar-celo Serrado, que trabalhou como autor em “Fina Estampa”, nãovê a hora de reeditar a parceria natelevisão.Já se coloca inteiramente à dispo-sição.

w Péricles, Fafá de Belém e CesarMenotti & Fabiano estão entre oscantores confirmados para a festada Globo, nesta quarta-feira, emSão Paulo.w Apenas do elenco da emissora,sabe-se que mais de 100 artistastambém estarão presentes no Cre-dicard Hall.w Em comum, entre Rafinha Bas-tos, Rafael Cortez e Danilo Gen-tili", é que todos deixaram o“CQC”.w Mas ainda podem ser vistos jun-tos nas reprises do programa pelo

TBS, da Turner.w “Salve Jorge” alcançou a suamelhor marca no capítulo de se-gunda-feira.w Deu 41 de média com 64% departicipação.w Consumo é o tema do progra-ma “A Verdade de Cada Um”, doFernando Meireles, nesta quarta-feira, 22h15, pelo Nat Geo.w O programa mostra o que estápor trás desse ato que faz a econo-mia girar, não poupa os recursosnaturais e gera lixo em proporçõescada vez maiores.

C´EST FINIRoberto Justus vai anunciar, oficialmente, em maio, a sua volta ao co-mando do “O Aprendiz”, que terá nova temporada em setembro, naRecord.Justus promete um formato diferente em todos os seus segmentos –e garante que o público vai se surpreender.Porém, faz questão de avisar que o publicitário Walter Longo seguirácomo conselheiro - na opinião dele, Justus, o melhor até agora que jápassou pelo programa.Ficamos assim. Mas amanhã tem mais. Tchau!

w FORA DO TEMPOOs assinantes da Claro TV, noúltimo domingo, foram sur-preendidos com as informa-ções relativas ao programa“Esporte Espetacular”, daGlobo.Nos créditos, apareciam osnomes Cristiane Dias e LuisErnesto Lacombe como apre-sentadores do programa.Já faz um tempinho quemudou, né?

w NA ONDA DO ANÃODepois de passar dois domin-gos em cima do anão, com apromessa de um terceiro, o

“Programa do Gugu” agoraplaneja realizar o sonho de umaneta do Garrincha, moradoraem Pau Grande, que pretendeter a sua lanchonete.Curioso é que, dizem, tem umaoutra emissora pensando amesma coisa.

w CRIAÇÃO VISUALO pessoal da arte, na Band, jáde algum tempo está tentandoaprovar o novo logo da emisso-ra em HD. Foram oferecidasseis opções de escolha para odiretor artístico, Diego Guebel.O “CC”, Closed Caption, tam-bém será modificado.

O Senado aprovou nesta terça-feira (26), em segundo turno, a pro-posta de emenda à Constituição(PEC) que estende aos emprega-dos domésticos todos os direitosdos demais trabalhadores regidospela Consolidação das Leis do Tra-balho (CLT). Foram 66 votos favo-ráveis e nenhum contrário.

A PEC das Domésticas, comoficou conhecida a proposta, garan-te a essa classe trabalhadora o di-reito, entre outras coisas, a ter re-colhido o Fundo de Garantia doTempo de Serviço (FGTS) e a re-ceber indenização em caso de de-missão sem justa causa. A indeni-zação, no entanto, deverá ser regu-lamentada posteriormente por pro-jeto de lei complementar.

Os empregados que trabalhamem domicílios, caso de faxineiras,jardineiros, cozinheiras e babás, porexemplo, também passam a ter ajornada máxima de trabalho estabe-lecida em oito horas diárias e 44horas semanais. Em caso de o ser-viço se prolongar para além desseperíodo, eles também passam a terdireito ao recebimento de horas ex-

tras de 50% a mais que o valor dahora normal e adicional noturno de20%, no caso de o trabalho ocor-rer após as 22h.

A Pesquisa Nacional por Amos-

tra de Domicílios (Pnad) apontaque existem atualmente cerca de6,6 milhões de trabalhadores do-mésticos no Brasil, sendo 92,6%deles mulheres. Apesar de mostrar

o receio de que as empregadas do-mésticas caiam ainda mais na infor-malidade com o aumento dos cus-tos da contratação para os patrões,os senadores oposicionistas tam-

bém apoiaram a aprovação da PEC.O senador Aécio Neves (PSDB-

MG) disse que a nova fase de tran-sição vai “demandar cuidado e aten-ção”, mas que o Brasil está fazen-do um avanço. “Hoje, de fato e nãoapenas na retórica, nós damos umpasso para nos aproximarmos dospaíses desenvolvidos”, disse Aécio.

A presidenta da Federação Na-cional das Trabalhadoras Domésti-cas, Creuza Maria Oliveira, acom-panhou a votação e disse não acre-ditar em aumento do desempregoou da informalidade. “Não acredi-to no desemprego, ele ocorre quan-do o salário aumenta. Vai haveruma acomodação do mercado”,disse. Para ela, isso compensa por-que se trata de “uma conquista dequase 80 anos”.

A Secretaria Especial de Polí-ticas para a Mulher (SPM) tambémacompanhou de perto a votação. Aministra Eleonora Menicucci com-

pareceu ao Senado, mas deixou asdeclarações a cargo da secretáriade Autonomia Econômica das Mu-lheres, Tatau Godinho. Para ela, aampliação de direito não pode servista como um “problema” e a PECnão vai significar um aumento im-portante dos custos para quem jápaga os direitos trabalhistas das do-mésticas.

“O que aumenta efetivamenteé a obrigatoriedade do FGTS. Aque-les empregadores que cumprem alegislação, esses já pagam décimoterceiro salário, férias, INSS, jácumprem com a jornada de 44 horassemanais. São direitos que já exis-tiam. Então para esses, o aumentoé muito pouco”, disse.

O presidente do Congresso Na-cional e do Senado, Renan Calhei-ros (PMDB-AL), disse que a pro-mulgação da PEC será feita em umasessão solene na próxima terça-feira (2). (Agência Brasil)

Quarta-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 27 de março de 2013Cidade

Membros da Câmara Setorialde Acesso à Terra (CSAT), comis-são idealizada pela Secretaria deEstado de Assuntos Fundiários eApoio à Reforma Agrária (Seara),através da Unidade Técnica Esta-dual (UTE/RN), se reuniram namanhã desta terça-feira (26), paradeliberar sobre aprovação de pro-jetos que serão financiados peloPrograma Nacional de Crédito Fun-diário (PNCF).

A reunião, que ocorreu no au-ditório da Seara, contou com a pre-sença de representantes da Secre-taria de Reordenamento Agráriodo Ministério do Desenvolvimen-to Agrário (SRA/MDA), Banco doNordeste do Brasil, Secretaria daAdministração (SETHAS), Fede-ração dos Trabalhadores Rurais doRN (Fetarn), Instituto Nacional deColonização e Reforma Agrária(INCRA), ONG UNEGRO, alémda Seara e a UTE/RN.

Na ocasião, o colegiado apre-ciou 10 projetos, dos quais 9 foramaprovados, contemplando 41 famí-lias do campo. Dos projetos aprova-dos, cinco terão que se adaptar a al-gumas condições impostas pelosmembros, como: instalação de ener-gia no imóvel, renegociações de va-lores das propriedades e questõesrelacionadas ao acesso à água.

Durante a reunião, presididapelo secretário titular da Seara, Ro-drigo Fernandes, foi discutido,ainda, o calendário de reuniões docolegiado para este ano - que ficouestabelecido que será toda últimaterça-feira do mês, bem como ava-liado as reuniões da Câmara Téc-nica de 2012.

Para Rodrigo Fernandes, é im-portante desburocratizar o acessoà terra por parte do agricultor, en-tretanto "temos que atentar para aestiagem que castiga o homem docampo. Nosso intuito é possibili-tar o Desenvolvimento Rural Sus-tentável no RN, mas também asse-gurar a plena execução dos proje-tos aprovados de forma que a secanão ocasione problemas futurospara os produtores rurais", alertouo secretário.

De acordo com o coordenadorda UTE/RN, Mathews Alencar, naoportunidade, também foram apre-sentadas duas extras pautas - ainda

de 2012 - cujo colegiado aprovoupor unanimidade. "os projetos be-neficiam 10 famílias da AssociaçãoTimbaúba, do município de Itaú, e7 famílias da Associação SítioOriente, localizada em Umarizal",destacou Alencar.

A CSAT é uma comissão com-posta por representantes da socie-dade civil e organizações públicas etem como principal objetivo estrei-tar a distância entre o homem docampo e o benefício financeiro.

UM POUCO MAIS SOBRE OCRÉDITO FUNDIÁRIO

O PNCF, criado em 2003 pelo

Ministério do DesenvolvimentoAgrário (MDA), é coordenado noRio Grande do Norte pelo Governodo Estado por meio da Seara. O pro-grama proporciona o acesso à terrapor meio de recursos oriundos deduas diferentes linhas de créditosdo PNCF: Combate à Pobreza Rural(CPR) e Consolidação da Agricul-tura Familiar (CAF), ambas contri-buem para que o homem do campocontinue em suas terras, reduzindoo êxodo rural e,ainda, estruture -produtivamente e socialmente - seuestabelecimento, cultivando suasculturas por meio da agricultura ir-rigada ou tradicional.

Senado Federal amplia diretos das domésticasEMPREGADOS QUE TRABALHAM EM RESIDÊNCIAS TERÃO DIREITOS DA CLT, COMO O RECOLHIMENTO DO FGTS

Senadores aprovaram matéria em segunda votação com 66 votos favoráveis. Promulgação da Lei será na próxima semana

Secretaria Estadual de Assuntos Fundiários (Seara) aprovou nove projetos que devem contemplar 41 famílias do campo

> HOMEM DO CAMPO

Câmara técnica aprova projetose beneficia agricultores do RN

O Instituto Municipal de Pro-teção e Defesa do Consumidor(Procon Natal), órgão vinculadoà Secretaria Municipal de Segu-rança Pública e Defesa Social(SEMDES), da Prefeitura Muni-cipal do Natal, divulgou nestaterça-feira (26) a pesquisa de pes-cado e bacalhau para a SemanaSanta, constatando aumentomédio de 3,34%, comparandocom o mesmo período do ano pas-sado. No Mercado do Peixe(Canto do Mangue) os preços au-mentaram, em média, 3,81%.

A pesquisa foi realizada nosdias 13 e 21 de março de 2013com o objetivo de orientar os con-sumidores em suas compras nesteperíodo e também para informarao consumidor sobre eventuais di-ferenças de preços. O órgão pes-quisou doze tipos de peixes em

doze (12) supermercados, hiper-mercados e seis (06) boxes doMercado do Peixe, no Canto doMangue/Rocas. Os pescados pes-quisados foram: arabaiana, atum,cavala, cioba, cavalinha, castanha,corvina, dentão, dourado, filé demerluza, serra e tainha, além dequatro tipos de bacalhau: Impe-rial do Porto, Saith, Ling e Zarbo.

O natalense dispõe de gran-de variedade de tipos de pesca-do, tanto nos super/hipermerca-dos como no Mercado do Peixe,nas Rocas. O consumidor deveobservar com cuidado o peixeque vai comprar, quanto à suaqualidade, aparência, cheiro, cor,consistência. Em geral, nos super-mercados e hipermercados, o pro-duto é vendido congelado. NoMercado do Peixe se trabalhacom peixe fresco.

Nesta pesquisa, o ProconNatal constatou que a diferençaentre o Mercado do Peixe e ossuper/hipermercados dá-se comrelação aos tipos de peixe, ou seja,os peixes comercializados emgrande escala como Atum, Mer-luza, corvina, encontram-se maisbaratos nos supermercados e hi-permercados do que no Mercadodo Peixe. Já com as espécies maistradicionais na nossa costa, comoCioba e Dentão, vê-se uma ten-dência de menores preços no Mer-cado do Peixe.

A recomendação do ProconNatal é que o consumidor devepesquisar antes de comprar, poisas diferenças são grandes, tantoentre os supermercados, comoentre o Mercado do Peixe X super-mercados e, também, entre osboxes do Mercado do Peixe.

BACALHAUO Procon Natal pesquisou,

também, preços do bacalhau.Foram encontrados quatro mar-cas/tipos de bacalhau, com preçosvariados: Saith, Ling, Zarbo e Im-perial do Porto. O bacalhau Saithé o que apresenta menor preço(R$16,90/kg) e o Imperial doPorto é o mais caro (R$ 48,99/kg).A maior diferença entre preçosdo mesmo tipo de bacalhau sedeu no Imperial do Porto, com89,15% separando o mais baratodo mais caro.

Comparando os preços desteano com os do ano passado, nota-se uma deflação de cerca de 0,86%em média. O Ling foi o único queapresentou aumento (18,30%) e oImperial do porto foi o que apre-sentou maior deflação (10,62%)com relação a 2012.

> MAIS CARO

Preço do pescado sobe em média3,34% em relação ao ano passado

Agência Senado

José Aldenir

BIOGRAFIAJOSÉ GURGEL GUARÁ, ad-

vogado, jornalista, professor, escri-tor, desportista, político, orador econferencista, católico convicto, de-dicou a vida ao civismo, foi ligadoaos mais variados campos de ati-vidade natalense. Nasceu no Rio deJaneiro em 28 de outubro de 1921.Órfão de pai aos 5 anos de idade,mudou-se para o Rio Grande doNorte com sua mãe e os dois ir-mãos, indo residir na fazenda doseu avô paterno em Santana doMatos. Cursou o primário no Co-légio Santo Antônio, Marista e oginásio no Atheneu Norteriogran-dense.

Na mocidade dedicou-se aosdesportos, foi campeão de nataçãodo Rio Grande do Norte (1938) eintegrou a equipe de natação doClube de Regatas do Flamengo noRio de Janeiro (1940 e 1941). Em1942 cursou a Escola Preparatóriade Cadetes do Exército de Fortale-za e no ano seguinte esteve na Es-cola Militar do Realengo.

De volta à vida civil, formou-seem Direito pela Faculdade de Di-reito do Recife. Casou-se em Caicócom sua prima Marta Batista Gur-gel, tendo residido naquela cidadede 1948 a 1951, dedicando-se a ad-vocacia a ao magistério do ensinomédio. Transferiu-se para Natal,exercendo a advocacia e o ensinomédio. Cursou Bacharelado e Li-cenciatura em Línguas Neo-Lati-nas pela Faculdade de Filosofia,Ciências e Letras de Natal e em1963 abraçou o magistério supe-rior, na Faculdade de JornalismoEloy de Souza, na Faculdade deCiências Econômicas, Contábeis eAtuariais de Natal e no Instituto deCiências Letras e Artes de Natal, doqual foi seu último Diretor. Em 1989após 40 anos dedicados ao ensino.Encerrou essas atividades, comoProfessor do Curso de Letras daUFRN.

Foi Vereador da Câmara Mu-nicipal de Natal por duas legisla-turas, de 1958 a 1966. Nos despor-tos, fundou a Federação AquáticaNorte-riograndense e participou dafundação de outras três, além deter sido membro atuante de outrastantas, esteve ligado às atividadesesportivas do estado até os seus úl-timos dias, quando ainda era o pre-sidente do Conselho Deliberativodo Sport Club de Natal. No Leo-nismo brasileiro, dedicou-se ao ser-viço desinteressadamente por maisde 50 anos, exercendo uma reco-nhecida liderança. Publicou seis li-vros sobre civismo, leonismo, his-tória militar e memórias, estavacom seu sétimo livro praticamentepronto e mais dois em preparo.

José Gurgel Guará faleceu nodia 27 de março de 2012, aos 90anos, deixando 7 filhos, 17 netos e7 bisnetos.

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"...Mais que seu filho eu fiquei seu fã..."

Escrever sobre o meu saudosopai sem me desprover da emoção,não é tarefa fácil. Não encontro ad-jetivos, que ele tão bem sabia usá-los nos seus discursos, para expres-sar a imensa admiração que eu tenhopor ele. A sua retidão de caráter,honradez, integridade moral e exem-plar conduta ética sempre forammotivos de admiração para todosque tiveram a felicidade de conhe-cê-lo e com ele conviver. O orgu-lho que sempre senti por ser seufilho é imensurável.

Desde criança o acompanhei emtodos os eventos, nos esportivos,não perdia um. Foi orador, em di-versas ocasiões, sempre o acompa-nhava inclusive por ocasiões da vi-sita do Senador Bob Kennedy aoSCBEU, ao Brigadeiro EduardoGomes, e até a uma audiência dosVereadores com o Presidente da Re-pública.

Muitas vezes, ao preparar mi-nhas aulas para o curso de Econo-mia, e não exagero ao afirmar quemais da metade dos meus conheci-mentos gerais eu adquiri com ele.

Papai foi um exemplo de fide-lidade aos amigos, ao catolicismo,às suas convicções e, sobretudo, àfamília. Tratava o casamento comoum preceito sagrado. Com o gran-de amor da sua vida, Marta Batis-ta Guará, nossa mãe, viveu por maisde 50 anos em perfeita harmonia.Gostava de casa cheia, de filhos,netos e bisnetos, tudo era motivopara uma festa em família. Conta-va-nos com riqueza de detalhes assuas vitórias na natação pelo SportClube de Natal e pelo Clube de Re-gatas do Flamengo do Rio de Janei-

ro ou a sua frustação ao ser dispen-sado do serviço ativo do Exércitopor problema de saúde.

Viveu plenamente seus 90 anos.Foi lúcido e produtivo até os seusúltimos dias, nos legando um acer-vo cultural invejável. Deixou umainfinidade de amigos e admiradoresque hoje sentem a sua falta. Papainão apenas passou por esta vida ter-rena, mas marcou a sua passagem,cumpriu bem a sua missão. "...Maisque seu filho eu fiquei seu fã..."

Domingos Guará - Filho

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“Meu irmão Guará”Como gostaria de ter a capaci-

dade de transmitir com tamanha fa-cilidade os sentimentos de amor,fraternidade, amizade, admiração,saudade, ternura e tantos outros.Infelizmente nem todos têm o domde expressar qualquer um destessentimentos, como ele tão bem fazia.Tudo fluía com muita naturalidadee espontaneidade, mesmo quandotinha que fazer uso do improviso.Apesar da nossa grande diferença deidade, um fato interessante deu-seno meu batizado, quando todos ospresentes, perguntaram à minhamãe, se eu era filha de José Guará.Não demorou muito, ele casou ecomeçaram a vir os seus filhos eminha relação com a família foi seintensificando, e daí os meus sobri-nhos, que me considerava a "irmã"mais velha. Daí para mim, ele foicomo um pai-irmão, pelo qual eutinha muito respeito e em contrapar-tida, por mim ele tinha um zelo es-tremado, principalmente duranteminha fase de adolescência. Apren-di à admirá-lo pela seu entusiasmopelo esporte, onde o Flamengo erasua grande paixão; pelo Lions Clubede Natal, cultivou inúmeras amiza-des, pelo seu amor à família, cons-

tituindo-se um marido e pai exem-plar, e por tantas outras qualidades.Era um amante da boa música e deuma boa conversa. Quantas vezesnos reunimos para relembrar e darboas risadas de alguns fatos relem-brados com muito humor, pelonosso irmão Roberto. Aquele seusorriso jamais será esquecido portodos aqueles que tiveram o privi-legio de conhecê-lo. Nós nos sen-timos felizes de ter participado departe desta trajetória. Muitas sau-dades.

Auxiliadora - irmã

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“Meu genro e amigo”Era assim como ele se referia a mim,em alguns de seus discursos quegenerosamente proferia em minhahomenagem, nas festas de come-moração de meus aniversários aolongo dos últimos doze anos de con-vivência.

Depois de sua partida, há menosde um ano, parei para pensar nosfatos em comum da minha históriacom a rica história do Dr. Guará. Se-parados por quarenta anos (ele nas-ceu em 1921 e eu em 1961) nósdois nascemos no Rio de Janeiro, efomos educados no Rio Grande doNorte. De família materna norte-rio-grandense e com forte tradição naatividade rural. Perdemos nossospais aos cinco anos de idade. Estu-damos internos no Colégio Militarde Fortaleza, eu nos anos 1977-78-79 e o Dr. Guará todo ano de 1942(Quando o Colégio se chamava Es-cola Preparatória de Fortaleza). Em1943 Dr. Guará foi impedido de se-guir a carreira militar no Exércitopor motivo de saúde. Em 1979 eufui impedido de seguir a carreiramilitar (na FAB) também por mo-tivo de saúde. A lista continua emoutros gostos e afinidades.

Assim como seu amor e dedi-cação extremada à família. Seuamor, fidelidade e paixão eterna porDona Marta Batista Guará, minhaquerida sogra, continua refletindopositivamente em todos quantos ti-veram o privilégio de ver e convi-ver com o casal. Acomeçar por seussete filhos, seus tantos amigos eamigas que frequentavam sua casacomo um centro de encontro de jo-vens e crianças na Cirolândia das dé-cadas de 60 e 70.

Sua memória superdotada sem-pre nos causava admiração e surpre-sa. Seu conhecimento da históriado Rio Grande do Norte, do Brasil,das Guerras Mundiais, foram mo-tivos de longas conversas que pudedesfrutar. Sua presença espiritual,vida longa de muitas realizações,seguem disfarçando o vazio e a sau-dade deixada pelo nosso líder Dr.José Guará".

Flávio Ferreira de Souza Frei-tas - genro e amigo

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"Meu avô Guará”Falar do meu avô me traz um

misto de sentimentos, admiração,saudade e até vaidade por ser suaneta. Vovô Guará, Voinho, Vô ousimplesmente vovô, sintetizam amaneira que nós seus netos o cha-mavam.

Não era padrão nem perfeito,não se preocupava em ser exemplo,era humano, mas parecia ter a tare-fa de ser uma pessoa que tinha opoder de nos fazer calar para ouvi-lo e de nos fazer ouvir para escutare refletir sobre suas palavras para osucesso da nossa trajetória. É nocoração de cada um dos seus netosque sentimos o reflexo de sua luzcomo num espelho e exemplo.

Vovô nos transformou ao reali-zar a missão discreta de nos tornar

pessoas melhores. Seus ensinamen-tos, não serão esquecidos, porquealém de mestre, ele nos transmitiuamor, nos acolhia com todo cari-nho e atenção, nos ajudava nos es-tudos, muitas vezes até a distância,nos incentivava nos esportes, acom-panhando a jogos e sempre interes-sados em saber nossa colocação edesempenho. As portas de sua casasempre abertas para nos recebercom a mesa farta e os braços aco-lhedores, sempre prontos para nosorientar pelo melhor caminho.

A tristeza de saber que não otemos mais entre nós, causa dor eum imenso vazio, mas os ensina-mentos e as lembranças que ele dei-xou. Seremos gratos a Deus por tertido esse homem como nosso avô,presente e perto de nós até os últi-mos dias de sua vida".

Ruth Saraiva Guará - neta

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COERÊNCIA E FIRMEZA DE CARÁTER

Conheci, ainda na minha ado-lescência, o Dr. José Gurgel Guará,presidente do Sport Club de Natal,advogado, militante e vereador emNatal. Nessa época, iniciava-me naprática do remo, da natação e doatletismo. Chamava-me atenção suadedicação ao clube e ao desportopotiguar. Depois de um dia exaus-tivo de trabalho na Câmara Muni-cipal, como líder de sua bancada, eno escritório de advocacia, encon-trava, ainda, tempo para assistir aosnossos treinamentos, e nos acompa-nhar, com sua Rural Willys, no per-curso que à noite fazíamos pelasruas da cidade, em preparação àCorrida da Fogueira, evento maiordo atletismo potiguar. Era muita asua abnegação!

Quando cheguei à UFRN, nosanos setenta, mesmo conservando a

amizade, me distanciei um pouco doprofessor Guará. Na época, ele erao diretor do Instituto de Letras eArtes e meu professor na discipli-na de Filologia Romântica. Poste-riormente vim a ser colega do pro-fessor Guará no departamento deLetras da UFRN, agora no campus,como professor, onde discordei mui-tas vezes de seus posicionamentosna plenária do departamento. Era aépoca da abertura política e as dis-cussões eram muito politizadas (porque não dizer ideologizadas?) pelosque se achavam de vanguarda? Hojesão vanguardas do atraso! Quemsabe não fazem o professor Guarátremer no túmulo?

Repito: o meu respeito, a minhaadmiração pelo professor Guarádevem-se à sua coerência, retidão efirmeza de caráter. Nunca negou serde direita, ligado aos militares, masnunca foi desleal aos seus pares.

Morreu pobre, tendo comoúnico bem uma casa na Cirolândia,a qual tive oportunidade de conhe-cer, na década de sessenta, por oca-sião da comemoração da conquis-ta do título de penta campeão doSport.

Terminado o ciclo dos gover-nos militares, continuou firme emsuas convicções. Sempre fiel a seusprincípios, assim viveu e morreu.Por mais que alguém discorde desuas posições, que é um direito le-gítimo, ninguém pode deixar de ad-mirar o professor Guará."

Belchior de Vasconcelos Leite- Professor Aposentado da UFRNe sócio do Sport Club de Natal.

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FUNDADOR E PRIMEIROPRESIDENTE DA FAN

A FAN sem José Guará - "AFederação Aquática Norteriogran-dense - FAN completou em agostode 2012, 42 anos de existência epela primeira vez não contou coma presença viva do seu fundador eprimeiro Presidente, o desportistaJosé Guará.

Quando assumi a FAN, acheiuma foto que me chamou a atençãopois no verso estava escrito: JoséGuará, fundador e primeiro Presi-dente da FAN.

Certo dia fui procurada por umSenhor de nome: Domingos"Guará" que queria que a FAN rea-lizasse a arbitragem de uma Tra-vessia. Qual não foi minha surpre-sa, quando ele simplesmente seidentificou como o "FILHO" do Sr.José Guará da FAN! A partir destedia, tive o prazer de conhecer e con-viver com uma pessoa maravilho-sa, educada e muito sábia, enfim ahistória viva da FAN.

Hoje a FAN está órfã de seuidealizador e fundador! Não o te-remos mais conosco nas nossascompetições. Como sua força mefaz falta, como sua ausência serásentida por mim e com certeza portodos que nos acostumamos a rece-ber aquele carinho que só o Senhortinha com a FAN.

Obrigada amigo Guará, obriga-da por todo ensinamento que medeu, por sua atenção e carinho, eujamais o esquecerei!

Rosileide Brito (Galega) - Pre-sidente da FAN."

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ORADOR BRILHANTEDoutor Guará não era médico,

mas era com o "doutor" antes donome que ele era tratado. Na épocada ditadura eu mesmo testemunheiestudantes da Faculdade de Medi-cina enaltecerem o professor Guarácom elogios pela sua competência,solidariedade, cordialidade e dis-curso fácil. Guará era professor deEPB, mas odiada pelos estudantesda esquerda festiva. Desde seu amorincondicional à família e ao Fla-mengo, até a confiança que os mi-litares conseguiriam ajeitar o Bra-sil, ele nunca deixou de ser umhomem cordial e solidário. Tive oprivilégio de ser seu amigo e con-viver com ele, por ser muito ligadoaos seus filhos. Nos últimos anos desua vida acompanhei de perto sualuta democrática por uma vaga naAcademia Norteriograndense de Le-tras, mas os imortais eleitores nãoo entenderam, pois Guará era umhomem sem malícia. Era um ora-dor brilhante. Certamente estaránesse momento na imortalidade docéu, fazendo um discurso em sau-dação ao Senhor e sendo aplaudi-do por todos pela grande figura hu-mana que foi.

Petit das Virgens - Jornalis-ta, amigo.

Érika Nesierikamnesi@hotmail.com

Cidade Quarta-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 27 de março de 2013

Ícone FashionJosé Gurgel Guará