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CAPÍTULO 01 FISIOLOGIA 1

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Editores:

Helio Dal Bello

Luis Vizeu

Márcio Cordellini

Tarcísio Cobucci

Gtec feijão6toneladas

Principais Resultados do

e Projeto

2002/2010

4

5

O feijão é o alimento diário do brasileiro, independente da sua classe social, graças ao seu alto valor

nutricional.

A cultura do feijoeiro, no passado recente, era produzido por pequenos produtores, arrancado

manualmente, batido no “manguá” e utilizado para alimentar a família e um pouco para vender.

O plantio de subsistência mudou de fachada, virou negócio e dos bons.

Paradigmas foram quebrados, no que diz respeito à produtividade, mecanização da colheita, irriga-

ção e uso de tecnologias que, há 15 anos, eram inimagináveis.

Nesta caminhada de novos conhecimentos, participaram muitos MESTRES da cultura que me furto

de citár-los para não cometer a injustiça de esquer alguém, pois todos foram importantes e decisvos

para o sucesso que hoje alcançamos.

Em 2002 surgiu o grupo técnico integrado por técnicos consultores, cooperativas, extensionistas da

Emater e pesquisadores, constituíndos-se o GTEC, com o objetivo específico de debater, criar, desen-

volver e transferir as novas tecnologias do feijoeiro, coordenado pela EMBRAPA — Centro Nacional de

Pesquisas e Feijão — CNPAF de Goiânia.

Neste período foram realizados mais de 2000 tratamentos em testes e experimentos, previa-

mente debatidos e demandados pelo grupo, através de um trabalho sério, isento e responsável que

resultou em valiosos dados, proporcionando a segurança para as recomendações ao produtor, que se

transformaram em ganhos muito expressivos e surpreendentes, ano após ano.

Esta publicação contempla parte dos resultados obtidos e seu objetivo é o de contribuir e aprimorar

a cultura do feijoeiro no Brasil.

O grupo GTEC, que superou tantos paradigmas, tem agora o seu grande desafio, o de atingir a meta

de produtividade de 6,0 toneladas/ha, 100 sacas. Acreditem, é apenas uma questão de tempo.

A cada um do grupo, melhor dizendo, aos nossos irmãos da família GTEC, e também em memória

de nosso querido e inesquecível Wagner Nunes, companheiro incansável e um dos grandes responsá-

veis pelo nosso sucesso, a nossa lembrança e reconhecimento.

A todos, MUITO OBRIGADO.

HÉLIO ORIDES DALBELLO | Engenheiro Agrônomo

Apresentação

6

1 fisiologia 091.1 Pegamento de vagem: redução do crescimento vegetativo do feijoeiro e sua interação com a produtividade 11

1.2 Enchimento de grão: efeito da aplicação de adubações foliares, aminoácidos e hormônios na fase reprodutiva do feijoeiro 15

1.3 Enchimento de grão: efeito de K+Aminoácidos nos indicadores de produtividade do feijoeiro 17

1.4 Vigor Inicial: avaliação do manejo de bioestimulantes e nutrientes nos indicadores de produtividade do feijoeiro 22

1.5 Vigor inicial: efeitos de aminoácidos e nutrientes na produtividade do feijoeiro [1] 29

1.6 Vigor inicial: efeitos de aminoácidos e nutrientes na produtividade do feijoeiro [2] 36

1.7 Efeito da aplicação de bioestimulante na produtividade do feijoeiro 43

1.8 Resposta do feijoeiro comum à aplicação de micronutrientes, aminoácido e fitohomônios 45

1.9 Resposta do feijoeiro comum à aplicação de regulador de crescimento vegetal 49

2 Adubação 552.1 Aumento da eficiência de utilização de P no solo em função de aplicações foliares de P 57

2.2 Interações da aplicação de P foliar e hormônios com P aplicado no solo nos indicadores de produtividade do feijoeiro 61

2.3 Efeito do parcelamento de nitrogênio na produtividade do feijoeiro 65

2.4 Manejo da adubação nitrogenada e interação de tipos de sulcadores no plantio na produtividade do feijoeiro 68

2.5 Resposta do feijoeiro à antecipação da adubação nitrogenada 71

2.6 Efeito do tratamento de sementes, associado a diferentes programas de adubação foliar, na produtividade do feijoeiro sob plantio direto 74

3 Fitotecnia 793.1 Validação do projeto 6 toneladas | 2010 81

3.2 Efeito da densidade de semeadura na Produtividade de cultivares do feijoeiro 95

3.3 Unidade Demostrativa de Qualidade de sementes 98

3.4 Sistema GTEC de produção do feijoeiro comum 100

Sumário

7

4 Fitopatologia 1054.1 Avaliação do controle de doenças, efeito bioativador dos tratamentos e seus efeitos na produtividade 107

4.2 Efeito da triazois em diferentes estágios na Produtividade do feijoeiro 109

4.3 Avaliação do ativador de plantas Bion no desenvolvimento de sintomas de mancha angular 112

4.4 Integração do controle biológico de patógenos de solo com a utilização do Trichoderma harzianum 115

4.5 Controle de podridões radiculares no feijoeiro comum com o fungicida microbiano trichodermil 118

4.6 Integração do controle biológico de patógenos de solo com a utilização do Trichoderma harzianum 121

4.7 Efeito da adubação básica de plantio na severidade de podridões radiculares em feijoeiro 126

5 Plantas Daninhas 1295.1 Efeito fitotóxico dos herbicidas DUAL, PIVOT, VEZIR E ZETAPYR no feijoeiro comum 131

5.2 Efeito da aplicação dos herbicidas DUAL, PIVOT e VEZIR na produtividade do feijoeiro 136

5.3 Fitotoxicidade do herbicida dual na cultura do feijoeiro 139

5.4 Avaliação do momento de aplicação de dessecante para colheita do feijoeiro 141

6 entomologia 1456.1 Avaliação do ativador de plantas bion no desenvolvimento de sintomas do mosaico dourado do feijoeiro 147

6.2 Efeito do tratamento de sementes com cruiser na produtividade do feijoeiro, sob plantio direto 150

6.3 Fitotoxicidade do herbicida dual na cultura do feijoeiro 139

6.4 Avaliação do momento de aplicação de dessecante para colheita do feijoeiro 141

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11

Pegamento de vagem: redução do crescimento vegetativo do feijoeiro e sua interação com a produtividade

Hipótese

A redução no crescimento da biomassa do feijoeiro a partir do estágio V4 con-

tribui para um crescimento no rendimento de grãos devido ao aumento no “pega-

mento” de vagens localizadas na parte inferior do dossel.

Objetivo Geral

Avaliar o efeito da redução do crescimento vegetativo do feijoeiro no rendi-

mento.

Objetivos Específicos

Avaliar o efeito de diferentes épocas de aplicação do Fungicida TILT como redutor

de crescimento;

Avaliar o efeito da redução do crescimento vegetativo no rendimento do fei-

joeiro;

Avaliar o efeito da interação de doses de N e redução do crescimento vegetativo

do feijoeiro;

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Material e Métodos

Local: Fazenda Capivara, Santo Antônio de Goiás, GO e Fazenda Nova Aliança,

Formosa, GO.

Solo: Latossolo, textura argilosa.

Época de plantio: Maio / 2010, cultivo de inverno.

Cultivar: Pérola

Sistema de cultivo: Direto irrigado

Tratamentos: Abaixo relacionados

Espaçamento entre linhas: 0,50 m.

Número de linhas: 12 linhas (recomendado devido ao número de amostras a

ser retirado)

Delineamento empregado: Blocos casualizados.

Adubação de base: 300 kg/ha de 05:37:00 e 100 kg KCl/ha aplicado a lanço

imediatamente ao plantio.

Tabela 1

Tratamentos empregados no ensaio.

Santo Antônio de Goiás e Formosa, GO, 2010.

TRAT Nível de N Redutor de Crescimento 1 Nível 1 -

2 Nível 2 -

3 Nível 1 Tilt 0,4 l/ha- 4 trifólios

4 Nível 2 Tilt 0,4 l/ha- 4 trifólios

5 Nível 1 Tilt 0,4 l/ha- 8 trifólios

6 Nível 2 Tilt 0,4 l/ha- 8 trifólios

Nível 1 N- 30 kg N/ha (aplicados na base)

Nível 2 N- 120 kg N/ha- (aplicados- 30 kg/ha na base e 90 kg/ha aos 20 dias após-emergência)

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Resultados e Discussões

Os dados de produtividade do feijoeiro nos experimentos em Formosa e Santo

Antônio de Goiás estão apresentados nas Tabelas 2 e 3. Observa-se que para os

dois locais, houve uma diminuição da produtividade do feijoeiro com o aumento da

aplicação de nitrogênio, sendo em Goiânia este efeito significativo. Como os solos

nos dois locais apresentavam altos teores de Matéria Orgânica, provavelmente

mesmo no tratamento com aplicação de 30 kg N/ha, já foi suficiente para uma boa

produtividade. Com a aplicação de 120 kg N/ha ocorreu um crescimento intenso

do autosombreamento, explicando a diminuição diminuição da produtividade.

Em relação a aplicação do redutor de crescimento, observa-se que no nível 1 de

nitrogência houve efeito positivo da aplicação de Tilt quando o feijoeiro apresenta-

va-se com 4 trifólios. Neste tratamento, observou-se uma redução do crescimento

do feijoeiro com maior entrada de luz no dossel da planta. Na aplicação de Tilt

aos 8 trifólios, não foi observada a redução do crescimento da planta. A maior

entrada de luz pode ser a explicação para a maior produtividade do feijoeiro, após

a aplicação do Tilt no feijoeiro com 4 trifólios. Para o nível 2 de nitrogênio, devido

ao maior crescimento da planta mesmo com o redutor de crescimento, não foram

verificados efeitos na produtividade do feijoeiro.

Tabela 2

Produtividade média do feijoeiro (kg/ha) em função das

diferentes doses de nitrogênio e aplicação do redutor de crescimento.

Formosa, GO. 2010.

Redutor de Crescimento N 1 N 2 Média

S/ TILT 2501 Ba (100) 2384 Aa 2442 B

Tilt 0,4 l/ha- 4 trifólios 3284 Aa (131) 2673 Ab 2979 A

Tilt 0,4 l/ha- 8 trifólios 2486 Ba ( 99) 2519 Aa 2502 B

Média 2757 a 2525 a

C.V. 13,51%

Médias na coluna seguidas pela mesma letra maiúscula e na linha pela mesma letra minúscula não

difere significativamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Nível 1 N- 30 kg N/ha (aplicados na base)

Nível 2 N- 120 kg N/ha- (aplicados- 30 kg/ha na base e 90 kg/ha aos 20 dias após-emergência)

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Tabela 3

Produtividade média do feijoeiro (kg/ha) em função das diferentes doses de nitrogênio e

aplicação do redutor de crescimento. Santo Antônio de Goiás, GO. 2010.

Redutor de Crescimento N 1 N 2 Média

S/ TILT 2980 Aa (100) 2852 Aa 2916 A

Tilt 0,4 l/ha- 4 trifólios 3521 Aa (118) 2813 Ab 3167 A

Tilt 0,4 l/ha- 8 trifólios 2996 Aa (100) 2866 Aa 2936 A

Média 3166 a 2844 b

C.V. 12,2%

Médias na coluna seguidas pela mesma letra maiúscula e na linha pela mesma letra minúscula não

difere significativamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Nível 1 N- 30 kg N/ha (aplicados na base)

Nível 2 N- 120 kg N/ha- (aplicados- 30 kg/ha na base e 90 kg/ha aos 20 dias após-emergência)

Diante dos resultados concluiu-se que o crescimento exagerado do feijoeiro

(Pérola) pode promover a redução da produtividade do feijoeiro devido ao

autosombreamento. O uso de fungicida para redução do crescimento do feijoeiro é

uma ferramenta para este propósito, entretanto necessita-se de mais estudos para

definir quais os fungicidas mais adequados, doses e momentos de aplicação, além

do efeito sobre a colheita mecânica, devido o menor porte da planta.

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Enchimento de grão: efeito da aplicação de adubações foliares, aminoácidos e hormônios na fase reprodutiva do feijoeiro

Objetivo

Avaliar o efeito da aplicação de abubos foliares, aminoácidos e ou homônios na

fase reprodutiva do feijoeiro

Material e Métodos

Local: Fazenda Nova Aliança, Brasília, DF

Solo: Latossolo, textura argilosa.

Época de plantio: Maio / 2010, cultivo de inverno.

Cultivar: Pérola

Sistema de cultivo: Direto irrigado

Tratamentos: Abaixo relacionados

Espaçamento entre linhas: 0,50 m.

Delineamento empregado: Blocos casualizados.

Adubação de base: Kg/ha de 05:37:00 e 100 kg KCl/ha aplicado a lanço ime-

diatamente ao plantio.

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Tabela 1

Tratamentos empregados no ensaio. Brasília, DF, 2010.

TRAT R7 R8

1 - -

2 P51 2L/ha (1662,6 g P205/ha) P51 2L/ha (1662,6 g P205/ha)-

3 100 kg/ha ureia a lanço -

4 KNO3 3kg/ha (390 g N + 1330 g K2O/ha) KNO3 3kg/ha (390 g N + 1330 g K2O/ha)

5 2,0 L/ha de NB + 250ml/ha de Stimulate/ha 2,0 L/ha de NB + 250ml/ha de Stimulate/ha

6 1L/ha Aminossan(126 g aminoácido+ 112,5 g N/ha) 1L/ha Aminossan(126 g aminoácido+ 112,5 g N/ha)

7 2L/ha Bulk 2L/ha Bulk

Resultados e Discussões

Este trabalho foi realizado de forma exploratória. Observa-se na Tabela 2 que to-

dos os manejos propostos apresentaram excelente resultado para a produtividade

do feijoeiro, com ganhos expressivos. Novos trabalhos deverão ser realizados.

TRAT R7 R8 Média Sc/ha %

1 - - 2474 B 41,2 100

2 P51 2L/ha (1662,6 g P205/ha) P51 2L/ha (1662,6 g P205/ha)- 2881 AB 48,0 117

3 Ureia 100 kg/ha - 3047 A 50,8 123

4 KNO3 3kg/ha (390 g N + 1330 g K2O/ha) KNO3 3kg/ha (390 g N + 1330 g K2O/ha) 2923 AB 48,7 118

5 2,0 L/ha de NB + 250ml/ha de Stimulate/ha 2,0 L/ha de NB + 250ml/ha de Stimulate/ha 2950 A 49,2 119

6 1L/ha Aminossan 1L/ha Aminossan 3009 A 50,2 122

7 2L/ha Bulk 2L/ha Bulk 2982 A 49,7 121

C.V.= 6,97

Médias seguidas pela mesma letra não difere significativamente pelo teste de Tukey a 5% de probabi-

lidade.

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Enchimento de grão: efeito de K+Aminoácidos nos indicadores de produtividade do feijoeiro

Local: Fazenda Nova Aliança, Brasília, DF

Solo: Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: MAIO/ 2010, cultivo de inverno.

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: Plantio direto após a cultura do milho.

Tratamentos: (Tabela 1)

Fonte de K+aminoácidos: Bulk (produto oriundo de extrato de fermentação

contendo 12% de K2O + 20% de complexo de aminoácidos).

Delineamento em blocos casualizados com 4 repetições Parcela: 4m x 10M.

Manejo Fitosanitário: Padrão da Fazenda

Avaliações: Número de plantas/ha; vagens/planta; grãos/vagem; massa de

100 grãos e produtividade.

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Tabela 1

Tratamentos empregados no ensaio. Brasília-DF, 2010.

Doses (L/ha) Estágios Fenológicos Tratamentos R6 R7 R8

1 Testemunha - - -

2 K+AMINOÁCIDOS R6 2,0 - -

3 K+AMINOÁCIDOS R6+R7 2,0 2,0 -

4 K+AMINOÁCIDOS R6+R7+R8 2,0 2,0 2,0

5 K+AMINOÁCIDOS R7 - 2,0 -

6 K+AMINOÁCIDOS R7+R8 - 2,0 2,0

7 K+AMINOÁCIDOS R8 - - 2,0

Resultados e Discussões

Observa-se na Tabela 2 que o estudo estatístico dos dados mostrou uma cor-

relação positiva e altamente significativa da produtividade do feijoeiro com o

número de vagens/m2. Tal resultado corrobora com a importância deste indicador

de produtividade.

Tabela 2

Correlações lineares entre os indicadores de produtividade. Brasília-DF, 2010.

Produtividade Vagem/m2 grãos/Vagem Massa 100 grãos População

Produtividade 1,0 0,81** -003 0,25 -0,07

Vagem/m2 1,0 -0,01 -0,34* -0,03

Semente/Vagem 1,0 -0,02 -0,03

Massa 100 grãos 1,0 -0,08

População 1,0

Na Tabela 3 estão apresentados os dados de produtividade do feijoeiro. Na tab-

ela 4 verifica-se que houve efeitos extremamente significativos, um aumento de

8,61 e 10,3 sc/ha para as aplicações de K+AMINOÁCIDOS em R6 e R8, respectiva-

mente. Estes aumentos foram devido ao aumento do número de vagens/m2 de

23,2 e 20,2, respectivamente. (Tabelas 5 e 6). Para a massa de 100 grãos (Tabelas

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7 e 8) o maiores aumentos foram obtidos nas aplicações R6 e R7. Devido a estes

resultados, a maior produção foi conseguida com 3 aplicações de K+AMINOÁCIDOS

(R6, R7 e R8), com um efeito positivo de 19,6 sc/ha, em relação a testemunha.

Para o número de sementes/vagem não foi verificado efeito (Tabela 9).

Tabela 3

Produtividade do feijoeiro (kg/ha) em função dos diferentes tratamentos.

Brasília-DF, 2010.

Produtividade (kg/ha) Tratamento R1 R2 R3 R4 Média Sc/ha %

1- Testemunha 2978 2861 2919 2839 2899 c 48,3 100

2- K+AMINOÁCIDOS R6 3505 3284 3373 3573 3434 b 57,2 118

3- K+AMINOÁCIDOS R6+R7 3319 3528 4421 3421 3672 ab 61,2 127

4- K+AMINOÁCIDOS R6+R7+R8 4232 3952 4013 4119 4079 a 68,0 141

5- K+AMINOÁCIDOS R7 3522 3354 3601 3479 3489 b 58,1 120

6- K+AMINOÁCIDOS R7+R8 3446 3041 3295 3261 3261 bc 54,3 112

7- K+AMINOÁCIDOS R8 3645 3799 3616 3362 3605 ab 60,1 124

Média 3491 58,2

C.V. (%) 6,4

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Tabela 4

Efeito dos tratamentos na produtividade do feijoeiro (kg/ha) calculado pela média

dos contrastes. Brasília-DF, 2010.

EFEITO (CONTRASTES) KG/HA SC/HA

K+AMINOÁCIDOS R6 (T2-T1/T3-T5/T4-T6) 534,6 8,91

K+AMINOÁCIDOS R7 (T5-T1/T3-T2/T6-T7) 161,1 2,68

K+AMINOÁCIDOS R6+R7 (T3-T1/T4-T7) 623,3 10,30

K+AMINOÁCIDOS R8 (T7-T1/T6-T5/T4-T3) 295,0 4,91

K+AMINOÁCIDOS R7+R8 (T6-T1/T4-T2) 503,3 8,38

K+AMINOÁCIDOS R6+R7+R8 (T4-T1) 1179,7 19,66

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Tabela 5Número de vagens/m2 em função dos diferentes tratamentos. Brasília-DF, 2010.

Número de vagens/m2

Tratamento R1 R2 R3 R4 Média %

1- Testemunha 223 240 232 226 230 b 100

2- K+AMINOÁCIDOS R6 256 246 217 285 251 ab 109

3- K+AMINOÁCIDOS R6+R7 247 227 323 249 262 ab 114

4- K+AMINOÁCIDOS R6+R7+R8 294 278 292 305 292 a 127

5- K+AMINOÁCIDOS R7 256 264 291 246 264 ab 115

6- K+AMINOÁCIDOS R7+R8 287 224 212 241 241 ab 105

7- K+AMINOÁCIDOS R8 277 292 282 282 283 ab 123

C.V. (%) 10,0

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Tabela 6Efeito dos tratamentos no número de vagens/m2 calculado pela média dos contrastes. Brasília-DF, 2010.

EFEITO (CONTRASTES) Número de vagens/m2

K+AMINOÁCIDOS R6 (T2-T1/T3-T5/T4-T6) 23,2

K+AMINOÁCIDOS R7 (T5-T1/T3-T2/T6-T7) 0,8

K+AMINOÁCIDOS R6+R7 (T3-T1/T4-T7) 20,2

K+AMINOÁCIDOS R8 (T7-T1/T6-T5/T4-T3) 20,0

K+AMINOÁCIDOS R7+R8 (T6-T1/T4-T2) 25,9

K+AMINOÁCIDOS R6+R7+R8 (T4-T1) 61,8

Tabela 7

Massa de 100 grãos (g) em função dos diferentes tratamentos. Brasília-DF, 2010.

Massa de 100 grãos

Tratamento R1 R2 R3 R4 Média %

1- Testemunha 26,1 23,3 24,7 24,6 24,7 100

2- K+AMINOÁCIDOS R6 26,9 26,2 30,5 24,6 27,0 109

3- K+AMINOÁCIDOS R6+R7 26,4 30,4 26,8 26,9 27,6 112

4- K+AMINOÁCIDOS R6+R7+R8 28,2 27,9 27,0 26,4 27,4 111

5- K+AMINOÁCIDOS R7 27,0 24,9 24,3 27,7 26,0 105

6- K+AMINOÁCIDOS R7+R8 23,6 26,6 30,5 26,9 26,9 109

7- K+AMINOÁCIDOS R8 25,8 25,5 25,1 23,4 25,0 101

C.V. (%) 7,2

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Tabela 8

Efeito dos tratamentos em massa de 100 grãos calculado pela média dos contrastes. Brasília-

DF, 2010.

EFEITO (CONTRASTES) Massa de 100 grãos (g)

K+AMINOÁCIDOS R6 (T2-T1/T3-T5/T4-T6) 1,5

K+AMINOÁCIDOS R7 (T5-T1/T3-T2/T6-T7) 1,6

K+AMINOÁCIDOS R6+R7 (T3-T1/T4-T7) 2,7

K+AMINOÁCIDOS R8 (T7-T1/T6-T5/T4-T3) 0,3

K+AMINOÁCIDOS R7+R8 (T6-T1/T4-T2) 2,4

K+AMINOÁCIDOS R6+R7+R8 (T4-T1) 2,7

Tabela 9

Número de grãos/vagem em função dos diferentes tratamentos. Brasília-DF, 2010.

Número de grãos/vagem

Tratamento R1 R2 R3 R4 Média %

1- Testemunha 5,0 4,9 5,3 5,1 5,1 a 100

2- K+AMINOÁCIDOS R6 5,7 4,8 5,4 5,2 5,3 a 103

3- K+AMINOÁCIDOS R6+R7 5,1 5,0 5,0 5,0 5,0 a 99

4- K+AMINOÁCIDOS R6+R7+R8 5,2 5,3 4,7 4,9 5,0 a 99

5- K+AMINOÁCIDOS R7 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 a 98

6- K+AMINOÁCIDOS R7+R8 5,0 5,0 5,0 5,2 5,1 a 99

7- K+AMINOÁCIDOS R8 5,0 4,8 4,8 5,4 5,0 a 98

C.V. (%) 9,7

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Vigor Inicial: avaliação do manejo de bioestimulantes e nutrientes nos indicadores de produtividade do feijoeiro

Hipótese O arranque inicial da planta do feijoeiro (vigor inicial), o pegamento de vagens e

o enchimento de grãos podem ser maximizados com aplicação de adubos foliares,

com consequente aumento na produtividade.

Objetivos: Avaliar o efeito da aplicação de abubos foliares e hormônios na fase vegetativa

e reprodutiva do feijoeiro

Material e Métodos: Local: Fazenda Nova Aliança, Brasília, DF

Solo: Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: MAIO/ 2010, cultivo de inverno.

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: Plantio direto após a cultura do milho.

Tratamentos: (Tabela 1)

Fonte de P: Raizal (produto à base de extratos vegetais com ação similar às

auxinas e complementado com fósforo, contendo 45% de P2O5; 9% de N e 11%

de K2O).

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Fonte de Bioestimulante: Biozyme (composto de extratos vegetais que possui

ações similares a giberelinas, auxinas e citocininas contendo 1,7% N; 5,0% K20;

0,08% B; 0,49% Fé; 1,0% Mn; 2,1% S; 2,4% Zn.

Delineamento em blocos casualizados com 4 repetições Parcela: 4 m x 10M.

Manejo Fitosanitário: Padrão da Fazenda

Avaliações: Número de plantas/ha; vagens/planta; grãos/vagem; massa de

100 grãos e produtividade.

Tabela 1

Tratamentos empregados no ensaio. Brasília-DF. 2010.

Doses (L/ha) Estágios Fenológicos

Tratamentos V2-V3 (P foliar) R5(Bioestimulante) R7(Bioestimulante)

1 Testemunha - - -

2 Bioestimulante TS - - -

3 P foliar V2/V3 1,0 - -

4 Bioestimulante TS+ P foliar V2/V3 1,0 - -

5 Bioestimulante TS+R5 - 0,25 -

6 P foliarV2/V3+Bioestimulante TS+R5 1,0 0,25 -

7 Bioestimulante TS+R5+R7 - 0,25 0,25

8 P foliar V3/V4 + Bioestimulante TS+R5+R7 1,0 0,25 0,25

9 Bioestimulante R5 + P foliar V3/V4 1,0 0,25 -

10 P foliar V3/V4 + BioestimulanteR7 1,0 - 0,25

11 P foliar V3/V4 + Bioestimulante R5+R7 1,0 0,25 0,25

Volume de Calda para pulverização foliar: 200 L/ha. TS= 2 ml/kg semente

Resultados e discussões

Na Tabela 2, são apresentados os dados de produtividade em função dos trata-

mentos. Verifica-se que houve efeito significativo dos tratamentos na produtivi-

dade do feijoeiro. Na Tabela 3, são apresentados os efeitos das aplicações de Bi-

oestimulante e P foliar. Estes efeitos foram calculados pela média dos contrastes

que são apresentados na Tabela 3. Observa-se que a aplicação de Bioestimulante

em tratamento de semente aumentou a produção do feijoeiro em 3,5 sc/ha. A

aplicação de P foliar em V2/V3 aumentou a produtividade em 7,6 sc/ha (Tabela

3). A aplicação conjunta de Bioestimulante e P foliar aumentou a produtividade

em 10,6 sc/ha (verifica-se que para o cálculo foram usados contrastes diferentes).

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Tal efeito pode ser explicado pelo aumento do número de vagens/m2, o qual tem

correlação positiva com a produtividade. Observa-se na Tabela 4 que apesar de não

haver efeito significativo dos tratamentos no número de vagens/m2, observa-se na

Tabela 5 que a aplicação de Bioestimulante TS, P foliar V2/V3 e Bioestimulante TS +

P foliar V2/V3 aumentaram 11,8, 10,0 e 19,6 unidades do número de vagens/m2

do feijoeiro, respectivamente. Foi observado um maior vigor inicial das plantas do

feijoeiro, maior engalhamento,com a aplicação dos produtos, e consequentemente

um maior número de nós/m2 e ou trifólios, promovendo o aumento do número de

vagens/m2.

Na Tabela 3, verifica-se que a aplicação de Bioestimulante em R5 promoveu

pequeno aumento de produtividade (2,3 sc/ha) provavelmente devido ao peque-

no efeito no número de vagens/m2 (5,9) (Tabela 5). Na aplicação neste estágio

fenológico é esperado pouco efeito no engalhamento e portanto no número de

trifólios e no número de vagens/m2. As aplicações a partir do estágio fenológico R5

afetam em maior grau a massa de 100 grãos do que o número de vagens/m2. Foi o

que ocorreu na aplicação de Bioestimulante em R5 e R7, onde houve um aumento

de 0,7 e 1,3 g/100 sementes do feijoeiro (Tabela 8).

Tabela 2

Produtividade do feijoeiro (kg/ha) em função dos diferentes tratamentos. Brasília-DF, 2010. Produtividade (kg/ha)

Tratamento R1 R2 R3 R4 Média Sc/ha %

1- Testemunha 3064 3082 2815 2853 2953 e 49,2 100

2- Bioestimulante TS 3087 3097 3033 3169 3097 de 51,6 105

3- P foliar V2/V3 3179 3212 3321 3526 3309 bcd 55,2 112

4- Bioestimulante TS+ P foliar V2/V3 3894 3418 3411 3635 3589 ab 59,8 122

5- Bioestimulante TS+R5 3424 3146 3131 3150 3213 cde 53,5 109

6- P foliarV2/V3+Bioestimulante TS+R5 3799 3515 3730 3902 3736 a 62,3 127

7- Bioestimulante TS+R5+R7 3658 3147 3420 3403 3407 abcd 56,8 115

8- P foliar V3/V4 + Bioestimulante TS+R5+R7 3636 3674 3625 3387 3580 ab 59,7 121

9- Bioestimulante R5 + P foliar V3/V4 3619 3476 3394 3633 3530 abc 58,8 120

10- P foliar V3/V4 + BioestimulanteR7 3251 3420 3170 3373 3304 bcd 55,1 112

11- P foliar V3/V4 + Bioestimulante R5+R7 3224 3378 3351 3194 3287 bcde 54,8 111

Média C.V. (%) 4,2

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Tabela 3

Efeito dos tratamentos na produtividade do feijoeiro (kg/ha) em função dos contrastes. Brasília-DF, 2010.

EFEITO (CONTRASTES) KG/HA SC/HA

Bioestimulante TS (T2-T1/T4-T3/T6-T9) 209,7 3,5

P foliar V2/V3 (T3-T1/T4-T2/T6-T5) 457,6 7,6

ByozimeTS+P foliar V2/V3 (T5-T2/T6-T4/T11-T10/T9-T3) 636,0 10,6

Byozime R5 (T5-T2/T6-T4/T11-T10/T9-T3) 140,9 2,3

TS + P foliar V3/V4+Bioestimulante R5 (T6-T1) 782,9 13,0

Bioestimulante R7 (T11-T9/T7-T3/T8-T6) -100,8 -1,7

BioestimulanteTS + P foliar V3/V4+ Bioestimulante R5+ Bioestimulante R7 (T8-T1) 626,9 10,4

Tabela 4

Número de vagens/m2 em função dos diferentes tratamentos. Brasília-DF, 2010.

Número de vagens/m2

Tratamento R1 R2 R3 R4 Média %

1- Testemunha 233 222 266 225 236 a 100

2- Bioestimulante TS 207 275 295 231 252 a 107

3- P foliar V2/V3 228 249 238 270 246 a 104

4- Bioestimulante TS+ P foliar V2/V3 290 244 272 220 256 a 108

5- Bioestimulante TS+R5 277 244 237 279 259 a 110

6- P foliarV2/V3+Bioestimulante TS+R5 285 238 295 284 275 a 117

7- Bioestimulante TS+R5+R7 228 290 325 216 265 a 112

8- P foliar V3/V4 + Bioestimulante TS+R5+R7 241 271 282 246 260 a 110

9- Bioestimulante R5 + P foliar V3/V4 255 272 290 245 265 a 112

10- P foliar V3/V4 + BioestimulanteR7 246 325 306 245 281 a 119

11- P foliar V3/V4 + Bioestimulante R5+R7 293 266 277 250 271 a 115

C.V. (%) 10,5

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Tabela 5

Efeito dos tratamentos no número de vagens/m2 em função dos contrastes.

Brasília-DF, 2010.

EFEITO (CONTRASTES) Número Vagens/m2

Bioestimulante TS (T2-T1/T4-T3/T6-T9) 11,8

P foliar V2/V3 (T3-T1/T4-T2/T6-T5) 10,0

ByozimeTS+P foliar V2/V3 (T5-T2/T6-T4/T11-T10/T9-T3) 19,6

Byozime R5 (T5-T2/T6-T4/T11-T10/T9-T3) 5,9

TS + P foliar V3/V4+BioestimulanteR5 (T6-T1) 38,8

Bioestimulante R7 (T11-T9/T7-T3/T8-T6) 3,1

Tabela 6

Massa de 100 grãos (g) em função dos diferentes tratamentos.

Número de vagens/m2

Tratamento R1 R2 R3 R4 Média %

1- Testemunha 22,0 26,5 18,5 23,6 22,7 a 100

2- Bioestimulante TS 25,1 24,6 20,2 23,5 23,4 a 103

3- P foliar V2/V3 23,8 24,6 24,3 23,9 24,2 a 106

4- Bioestimulante TS+ P foliar V2/V3 25,2 16,8 23,6 25,5 22,8 a 100

5- Bioestimulante TS+R5 25,8 25,7 24,9 20,6 24,3 a 107

6- P foliarV2/V3+Bioestimulante TS+R5 24,5 26,6 23,9 24,4 24,9 a 110

7- Bioestimulante TS+R5+R7 24,9 24,9 26,8 25,2 25,4 a 112

8- P foliar V3/V4 + Bioestimulante TS+R5+R7 25,4 26,6 23,3 30,4 26,4 a 116

9- Bioestimulante R5 + P foliar V3/V4 25,4 21,0 23,6 24,1 23,5 a 104

10- P foliar V3/V4 + BioestimulanteR7 24,6 26,8 20,5 24,4 24,1 a 106

11- P foliar V3/V4 + Bioestimulante R5+R7 23,1 24,4 25,8 25,2 24,6 a 108

C.V. (%) 9,8

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Tabela 7

Efeito dos tratamentos na massa de 100 grãos em função dos contrastes. Brasília-DF, 2010.

EFEITO (CONTRASTES) Massa de 100 grãos

Bioestimulante TS (T2-T1/T4-T3/T6-T9) 0,2

P foliar V2/V3 (T3-T1/T4-T2/T6-T5) 0,5

ByozimeTS+P foliar V2/V3 (T5-T2/T6-T4/T11-T10/T9-T3) 0,1

Byozime R5 (T5-T2/T6-T4/T11-T10/T9-T3) 0,7

TS + P foliar V3/V4+BioestimulanteR5 (T6-T1) 2,2

Bioestimulante R7 (T11-T9/T7-T3/T8-T6) 1,3

Tabela 8

Número de Grãos/vagem em função dos diferentes tratamentos. Brasília-DF, 2010.

Número de vagens/m2

Tratamento R1 R2 R3 R4 Média %

1- Testemunha 5,0 5,1 5,5 5,2 5,2 a 96

2- Bioestimulante TS 5,7 4,4 4,9 5,7 5,2 a 96

3- P foliar V2/V3 5,7 5,1 5,5 5,3 5,4 a 100

4- Bioestimulante TS+ P foliar V2/V3 5,2 6,2 5,1 6,2 5,7 a 105

5- Bioestimulante TS+R5 4,6 4,8 5,1 5,3 5,0 a 92

6- P foliarV2/V3+Bioestimulante TS+R5 5,2 5,4 5,1 5,5 5,3 a 98

7- Bioestimulante TS+R5+R7 6,3 5,2 5,8 6,1 5,8 a 108

8- P foliar V3/V4 + Bioestimulante TS+R5+R7 5,7 5,9 5,3 5,9 5,7 a 106

9- Bioestimulante R5 + P foliar V3/V4 5,4 5,9 4,8 5,9 5,5 a 102

10- P foliar V3/V4 + BioestimulanteR7 5,2 3,8 4,9 5,4 4,8 a 90

11- P foliar V3/V4 + Bioestimulante R5+R7 4,6 5,0 4,6 4,9 4,8 a 88

C.V. (%) 7,8

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Tabela 9

Efeito dos tratamentos no número de grãos/vagem em função dos contrastes. Brasília-DF, 2010.

EFEITO (CONTRASTES) Grãos/vagem

Bioestimulante TS (T2-T1/T4-T3/T6-T9) 0,0

P foliar V2/V3 (T3-T1/T4-T2/T6-T5) 0,3

ByozimeTS+P foliar V2/V3 (T5-T2/T6-T4/T11-T10/T9-T3) 0,5

Byozime R5 (T5-T2/T6-T4/T11-T10/T9-T3) 0,0

TS + P foliar V3/V4+BioestimulanteR5 (T6-T1) 0,1

Bioestimulante R7 (T11-T9/T7-T3/T8-T6) 0,0

Conclusão

O melhor tratamento foi aquele que combinou a aplicação de Bioestimulante

em tratamento de sementes, P foliar no estágio de V2/V3 e Bioestimulante em

R5. Este tratamento proporcionou um aumento de 27% em relação a testemunha

(13,1 sc/ha).

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Vigor inicial: efeitos de aminoácidos e nutrientes na produtividade do feijoeiro [1]

Objetivo

Estudar o efeito da aplicação de aminoácidos e nutrientes nos componentes de

produtividade do feijoeiro.

Material e Métodos

Local: Fazenda Nova Aliança, Brasília, DF

Solo: Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: MAIO/ 2010, cultivo de inverno.

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: Plantio direto após a cultura do milho.

Tratamentos: (Tabela 1)

Delineamento empregado: Blocos casualizados, com 4 repetições

Parcela: 4 m x 10M.

Manejo Fitosanitário: Padrão da Fazenda

Avaliações: Número de plantas/ha; vagens/planta; grãos/vagem; massa de

100 grãos e produtividade

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Tabela 1

Tratamentos empregados no ensaio.

Doses (L/ha)

Estágios Fenológicos

Tratamentos V4 R5 R7

1 Testemunha - - -

2 AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES TS(2,5ml/kg) - - -

3 AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES V4 0,5 - -

4 AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES R5 - 0,5 -

5 AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES TS+ AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES V4 0,5 - -

6 AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES TS+ AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES R5 - 0,5 -

7 AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES V4+R5 0,5 0,5 -

8 AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES TS+ AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES V4+R5 0,5 0,5 -

9 AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES R5+R7 - 0,5 0,5

10 AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES TS+ AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES R5+R7 - 0,5 0,5

11 AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES V4+R5+R7 0,5 0,5 0,5

12 AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES TS+ AMINOÁCIDOS+NUTRIENTES V4+R5+R7 0,5 0,5 0,5

Aminoácidos+nutrientes em TS: INITEATE SOY (2,0% Zn; 0,64% Cu; 4,0% Mn; 5% agente complexante de aminoácidos).Aminoácidos+nutrientes em aplicação foliar: GRAIN-SET (3,71%S; 1,5% Zn; 4,0% Mn; 5% agente complexante de aminoácidos)Volume de Calda para pulverização foliar: 200 L/ha. TS= 2,5 ml/kg semente

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Resultados e discussões

Na Tabela 1, são apresentados os dados de produtividade em função dos trata-

mentos. Verifica-se que houve efeito significativo dos tratamentos na produtividade

do feijoeiro. A melhor produtividade foi no tratamento com Aminoácidos+Nutrientes

em TS + Aminoácidos+Nutrientes em R5, com um aumento de 24% em relação a

testemunha.

Na Tabela 2, são apresentados os efeitos das aplicações de Aminoácidos+Nutrientes

e Aminoácidos+Nutrientes em diferentes estágios de aplicação. Estes efeitos foram

calculados pela média dos contrastes que são apresentados na Tabela 2. Observa-se

que a aplicação de Aminoácidos+Nutrientes em tratamento de semente aumentou

a produção do feijoeiro em 2,70 sc/ha. A aplicação de Aminoácidos+Nutrientes

em V4 diminuiu a produtividade em 4,78 sc/ha (Tabela 2). A aplicação conjunta

de Aminoácidos+Nutrientes + Aminoácidos+Nutrientes em V4 diminuiu a produ-

tividade em 3,53 sc/ha (verifica-se que para o cálculo foram usados contrastes

diferentes). Tal efeito pode ser explicado pela diminuição do número de vagens/

m2, o qual tem correlação positiva com a produtividade. Observa-se na Tabela 3

que apesar de não haver efeito significativo dos tratamentos no número de va-

gens/m2, observa-se na Tabela 4, que a aplicação de Aminoácidos+Nutrientes

em TS aumentou o número de vagens/m2, entretanto Aminoácidos+Nutrientes V4

diminuiu o número de vagens/m2. Tal efeito provavelmente aconteceu devido ao

maior crescimento do feijoeiro com aplicação de Aminoácidos+Nutrientes em V4,

o que consequentemente aumentou o autosombreamento com resposta negativa

ao pegamento de vagens.

Na aplicação de Aminoácidos+Nutrientes em R5 observou-se um ganho aproxi-

mado de 5 sc/ha em relação a testemunha (Tabela 2). Este aumento foi devido o

aumento de vagens/m2 (maior pegamento de vagens - Tabela 4). Portanto o me-

lhor tratamento foi aquele que combinou a aplicação de Aminoácidos+Nutrientes

em TS e Aminoácidos+Nutrientes em R5, cujo o efeito foi de um aumento de 11,0

sc/ha com um aumento de 34,5 vagens/m2 (Tabelas 2 e 4).

A aplicação de Aminoácidos+Nutrientes em R7 também promoveu redução

na produtividade e no número de vagens/m2. Conclui-se que para aplicação de

Aminoácidos+Nutrientes a definição do estágio fenológico para aplicação é funda-

mental para o sucesso do tratamento. Em casos onde existe a possibilidade de um

crescimento que cause o autosombreamento do feijoeiro, isso pode se traduzir em

diminuição de produtividade.

Para o número de sementes/vagem e massa de 100 grãos não foram verifica-

dos efeitos significativos dos tratamentos (Tabelas 5, 6 e 7).

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Tabela 1

Produtividade do feijoeiro (kg/ha) em função dos diferentes tratamentos. Brasília-DF, 2010.

Produtividade (kg/ha)

Tratamento R1 R2 R3 R4 Média Sc/ha %

1 Testemunha 3392 3144 3340 3691 3392 bcd 56,5 100

2 Amin+Nutr TS(2,5ml/kg) 3149 3542 3913 3521 3531 bcd 58,9 104

3 Amin+Nutr V4 3704 3154 3094 2846 3200 cd 53,3 94

4 Amin+Nutr R5 3457 3432 3788 3076 3438 bcd 57,3 101

5 Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr V4 3320 3506 3468 3620 3479 bcd 58,0 103

6 Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr R5 4200 4192 3953 4503 4212 a 70,2 124

7 Amin+Nutr V4+R5 3136 3600 3345 3354 3359 bcd 56,0 99

8 Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr V4+R5 3988 3417 3700 3703 3702 abc 61,7 109

9 Amin+Nutr R5+R7 4034 3798 3900 3916 3912 ab 65,2 115

10 Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr R5+R7 3580 2887 3408 3159 3258 cd 54,3 96

11 Amin+Nutr V4+R5+R7 3081 3092 3039 3182 3098 d 51,6 91

12- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr V4+R5+R7 3183 3041 3200 3326 3187 cd 53,1 94

Média 3481 58,0

C.V. (%) 6,7

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Tabela 2

Efeito dos tratamentos na produtividade do feijoeiro (kg/ha) em função dos contrastes. Brasília-DF, 2010.

EFEITO (CONTRASTES) KG/HA SC/HA

Amin+Nutr TS (T2-T1/ T5-T3/T6-T4/T8-T7/T10-T9/T12-T11) 161,9 2,70

Amin+Nutr V4 (T3-T1/T5-T2/T7-T4/T8-T4/T11-T9/T12-T10) -286,5 -4,78

Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr V4 (T5-T1/T8-T6) -211,5 -3,53

Amin+Nutr R5 (T4-T1/T6-T4/T7-T3/T8-T5) 300,8 5,01

Amin+Nutr TS + Amin+Nutr V4 + Amin+Nutr R5 (T8-T1) 310,6 5,18

Amin+Nutr TS + Amin+Nutr R5 (T6-T1/T8-T3) 661,0 11,01

Amin+Nutr R7 (T9-T4/T10-T6/T11-T7/T12-T8) -313,8 -5,23

Amin+Nutr TS + Amin+Nutr V4 + Amin+Nutr R5 + Amin+Nutr R7 (T12-T1) -250,9 -4,18

Amin+Nutr TS + Amin+Nutr V4 + Amin+Nutr R7 (T12-T4) -204,3 -3,41

Amin+Nutr TS + Amin+Nutr R5 + Amin+Nutr R7 (T12-T3/T10-T1) -72,7 -1,21

Amin+Nutr R5 + Amin+Nutr R7 (T9-T1/T12-T5/T11-T3/T10-T2) -36,3 -0,61

Amin+Nutr V4 + Amin+Nutr R5 + Amin+Nutr R7 (T11-T1/T12-T2)) -318,6 -5,31

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Tabela 3

Número de vagens/m2 em função dos diferentes tratamentos. Brasília-DF, 2010.

Número de vagens/m2

Tratamento R1 R2 R3 R4 Média %

1- Testemunha 265 239 270 242 254 a 100

2- Amin+Nutr TS(2,5ml/kg) 248 278 280 257 266 a 105

3- Amin+Nutr V4 314 153 245 220 233 a 92

4- Amin+Nutr R5 262 262 279 245 262 a 103

5- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr V4 248 276 276 270 267 a 105

6- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr R5 285 326 231 299 285 a 112

7- Amin+Nutr V4+R5 270 300 240 270 270 a 106

8- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr V4+R5 286 283 287 298 289 a 114

9- Amin+Nutr R5+R7 280 295 285 287 287 a 113

10- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr R5+R7 278 278 278 264 274 a 108

11- Amin+Nutr V4+R5+R7 221 255 251 234 240 a 95

12- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr V4+R5+R7 230 226 250 234 235 a 92

C.V. (%) 10,1

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Tabela 4

Efeito dos tratamentos no número de vagens/m2 em função dos contrastes. Brasília-DF, 2010.

EFEITO (CONTRASTES) Número Vagens/m2

Amin+Nutr TS (T2-T1/ T5-T3/T6-T4/T8-T7/T10-T9/T12-T11) 11,8

Amin+Nutr V4 (T3-T1/T5-T2/T7-T4/T8-T4/T11-T9/T12-T10) -15,6

Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr V4 (T5-T1/T8-T6) 13,3

Amin+Nutr R5 (T4-T1/T6-T4/T7-T3/T8-T5) 22,4

Amin+Nutr TS + Amin+Nutr V4 + Amin+Nutr R5 (T8-T1) 34,5

Amin+Nutr TS + Amin+Nutr R5 (T6-T1/T8-T3) 43,5

Amin+Nutr R7 (T9-T4/T10-T6/T11-T7/T12-T8) -17,3

Amin+Nutr TS + Amin+Nutr V4 + Amin+Nutr R5 + Amin+Nutr R7 (T12-T1) -19,2

Amin+Nutr TS + Amin+Nutr V4 + Amin+Nutr R7 (T12-T4) -26,8

Amin+Nutr TS + Amin+Nutr R5 + Amin+Nutr R7 (T12-T3/T10-T1) 11,2

Amin+Nutr R5 + Amin+Nutr R7 (T9-T1/T12-T5/T11-T3/T10-T2) 4,0

Amin+Nutr V4 + Amin+Nutr R5 + Amin+Nutr R7 (T11-T1/T12-T2)) -22,3

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Tabela 5

Massa de 100 grãos (g) em função dos diferentes tratamentos.

Massa de 100 grãos

Tratamento R1 R2 R3 R4 Média %

1- Testemunha 24,2 24,4 24,1 25,5 24,6 a 100

2- Amin+Nutr TS(2,5ml/kg) 22,4 23,3 24,2 23,3 23,3 a 95 3- Amin+Nutr V4 23,2 25,6 24,0 21,3 23,5 a 96

4- Amin+Nutr R5 24,5 24,4 25,0 23,8 24,4 a 99

5- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr V4 24,1 24,7 25,7 25,0 24,9 a 101

6- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr R5 25,0 25,5 24,5 24,7 24,9 a 101

7- Amin+Nutr V4+R5 23,9 25,5 24,0 24,2 24,4 a 99

8- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr V4+R5 24,6 23,7 24,0 23,8 24,0 a 98 9- Amin+Nutr R5+R7 25,6 24,7 25,0 25,1 25,1 a 102

10- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr R5+R7 25,3 22,3 23,9 25,4 24,2 a 99 11- Amin+Nutr V4+R5+R7 24,2 23,0 23,6 24,1 23,7 a 96 12- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr V4+R5+R7 26,4 23,2 26,2 24,7 25,1 a 102

C.V. (%) 3,9

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Tabela 6

Efeito dos tratamentos na massa de 100 grãos em função dos contrastes. Brasília-DF, 2010.

EFEITO (CONTRASTES) Massa de 100 grãos (g)

Amin+Nutr TS (T2-T1/ T5-T3/T6-T4/T8-T7/T10-T9/T12-T11) 0,1

Amin+Nutr V4 (T3-T1/T5-T2/T7-T4/T8-T4/T11-T9/T12-T10) -0,1

Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr V4 (T5-T1/T8-T6) 0,3

Amin+Nutr R5 (T4-T1/T6-T4/T7-T3/T8-T5) 0,1

Amin+Nutr TS + Amin+Nutr V4 + Amin+Nutr R5 (T8-T1) -0,5

Amin+Nutr TS + Amin+Nutr R5 (T6-T1/T8-T3)

Amin+Nutr R7 (T9-T4/T10-T6/T11-T7/T12-T8) 0,1

Amin+Nutr TS + Amin+Nutr V4 + Amin+Nutr R5 + Amin+Nutr R7 (T12-T1) 0,6

Amin+Nutr TS + Amin+Nutr V4 + Amin+Nutr R7 (T12-T4) 0,7

Amin+Nutr TS + Amin+Nutr R5 + Amin+Nutr R7 (T12-T3/T10-T1) 0,6

Amin+Nutr R5 + Amin+Nutr R7 (T9-T1/T12-T5/T11-T3/T10-T2) 0,5

Amin+Nutr V4 + Amin+Nutr R5 + Amin+Nutr R7 (T11-T1/T12-T2)) 0,5

Tabela 7

Número de grãos/vagem em função dos diferentes tratamentos. Brasília-DF, 2010.

Número de grãos/vagem

Tratamento R1 R2 R3 R4 Média %

1- Testemunha 5,03 5,20 5,26 4,62 5,0 a 100

2- Amin+Nutr TS(2,5ml/kg) 5,00 5,50 5,10 5,50 5,3 a 105

3- Amin+Nutr V4 4,90 6,30 5,03 5,87 5,5 a 110

4- Amin+Nutr R5 5,20 5,14 5,22 5,06 5,2 a 103

5- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr V4 5,32 4,51 5,00 5,14 5,0 a 99

6- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr R5 5,60 4,86 6,78 5,86 5,8 a 115

7- Amin+Nutr V4+R5 4,94 4,55 5,64 5,00 5,0 a 100

8- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr V4+R5 5,47 4,91 5,00 5,19 5,1 a 102

9- Amin+Nutr R5+R7 5,41 5,04 5,30 5,23 5,2 a 104

10- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr R5+R7 4,92 5,71 5,60 4,55 5,2 a 103

11- Amin+Nutr V4+R5+R7 5,54 5,30 5,10 4,81 5,2 a 103

12- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr V4+R5+R7 5,10 5,58 5,00 4,62 5,1 a 101

C.V. (%) 8,1

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Vigor inicial: efeitos de aminoácidos e nutrientes na produtividade do feijoeiro [2]

Introdução

A base da nutrição está voltada para o macroprimário, macrosecundário e mi-

croelemento, sendo estes aplicados via solo e complementados via folha. Desta

forma poderemos avaliar o efeito ativador de aminoácidos e nutrientes, dentro de

suas devidas aplicações, o qual tem como objetivo buscar o potencial produtivo do

feijoeiro.

Objetivo

Estudar o efeito da aplicação de aminoácidos e nutrientes nos componentes de

produtividade do feijoeiro.

Material e Métodos

Ensaio 1:

Local: Brasília, DF.

Solo: Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: MAIO/ 2010, cultivo de inverno.

Cultivar: Pérola.

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Sistema de cultivo: Plantio direto após a cultura do milho.

Tratamentos: (Tabela 1)

Delineamento empregado: Blocos casualizados, com 4 repetições

Parcela: 4 m x 10M.

Manejo Fitosanitário: Padrão da Fazenda

Avaliações: Número de plantas/ha; vagens/planta; grãos/vagem; massa de

100 grãos e produtividade.

Tabela 1

Tratamentos empregados no ensaio. Brasília, DF. 2010.

Doses (L/ha) Estágios Fenológicos

Tratamentos V4 R5 R7

1 Testemunha - - -

2 Amin+Nutr TS (2ml/kg) - - -

3 Amin+Nutr V4 1,0 - -

4 Amin+Nutr R5 - 1,0 -

5 Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4 1,0 - -

6 Amin+Nutr TS+Amin+Nutr R5 - 1,0 -

7 Amin+Nutr V4+R5 1,0 1,0 -

8 Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+R5 1,0 1,0 -

9 Amin+Nutr R5+R7 - 1,0 1,0

10 Amin+Nutr TS+Amin+Nutr R5+R7 - 1,0 1,0

11 Amin+Nutr V4+R5+R7 1,0 1,0 1,0

12 Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+R5+R7 1,0 1,0 1,0

Aminoácidos+nutrientes em TS: ACORTA (Aminoácidos+nutrientes em aplicação foliar: AMINOSAN ( )Volume de Calda para pulverização foliar: 200 L/ha. TS= 2 ml/kg semente

Resultados e discussões

Observa-se na Tabela 1, que o número de vagens/m2 e a massa de 100 grãos

correlacionaram positivamente com a produtividade do feijoeiro, sendo significati-

va. Tal resultado corrobora com a importância desses indicadores de produtividade

para o rendimento do feijoeiro. Para o número de grãos/vagem não foi observado

efeito significativo. Existiu uma correlação negativa e significativa entre o número

de grãos/vagem e o número de vagens/m2. Tal efeito é explicado pela compen-

sação entre os indicadores de produtividade.

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Tabela 1

Correlações lineares entre os indicadores de produtividade. Brasília-DF, 2010.

Produtividade Vagem/m2 grãos/Vagem Massa 100 grãos População

Produtividade 1,0 0,38* 0,14 0,37 * 0,11

Vagem/m2 1,0 -0,73** 0,27 -0,19

Semente/Vagem 1,0 -0,28 0,29

Massa 100 grãos 1,0 -0,15

População 1,0

Na Tabela 2, são apresentados os dados de produtividade em função dos tratamen-

tos. Verifica-se que não houve efeito significativo dos tratamentos na produtividade

do feijoeiro, entretanto observa-se uma variação de até 15% da produtividade. Na

Tabela 3, estão apresentados os efeitos das aplicações de Aminoácido+Nutriente e

o Aminoácido+Nutriente em diferentes estágios de aplicação. Estes efeitos foram

calculados pela média dos contrastes que são apresentados na Tabela 3. Observa-

-se que a aplicação de Aminoácido+Nutriente em tratamento de semente aumen-

tou a produção do feijoeiro em 1,88 sc/ha. A aplicação de Aminoácido+Nutriente

em V4 aumentou a produtividade em 2,49 sc/ha (Tabela 3). A aplicação conjunta

de ACORTA TS + Aminoácido+Nutriente V4 aumentou a produtividade em 4 sc/ha

(verifica-se que para o cálculo foram usados contrastes diferentes). Tal efeito pode

ser explicado pelo aumento do número de vagens/m2, o qual tem correlação posi-

tiva com a produtividade. Observa-se na Tabela 4 que, apesar de não haver efeito

significativo dos tratamentos no número de vagens/m2, observa-se na Tabela 5,

que a aplicação de Aminoácido+Nutriente TS e Aminoácido+Nutriente V4 aumen-

taram o número de vagens/m2 do feijoeiro e, consequentemente aumentou a

produtividade. A aplicação de Aminoácido+Nutriente em TS, Aminoácido+Nutriente

em V4 e (Aminoácido+Nutriente TS + Aminoácido+Nutriente 4) aumentou 6,4, 10,1

e 12,4 o número de vagens/m2, respectivamente. Foi observado um maior vigor

inicial das plantas do feijoeiro, maior engalhamento,com a aplicação dos produtos,

e consequentemente um maior número de nós/m2 e ou trifólios (Figuras 1, 2 e 3),

promovendo o aumento do número de vagens/m2.

Na Tabela 3, verifica-se que a aplicação de Aminoácido+Nutriente em R5 pro-

moveu pequeno aumento de produtividade (1,27 sc/ha) provavelmente devido

ao pequeno efeito no número de vagens/m2 (2,4) (Tabela 5). Na aplicação nes-

te estágio fenológico, é esperado pouco efeito no engalhamento e portanto no

número de trifólios e no número de vagens/m2. As aplicações a partir do estágio

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fenológico R5 afetam em maior grau a massa de 100 grãos do que o número de

vagens/m2. Foi o que ocorreu na aplicação de Aminoácido+Nutriente em R7, onde

houve um aumento de 3,36 sc/ha no rendimento do feijoeiro (Tabela 3) devido ao

aumento de 0,7g na massa de 100 grãos do feijoeiro (Tabela 7). Observa-se que

neste estágio fenológico o aumento do número de vagens/m2 foi de somente 3,5

(Tabela 5). Nas Tabela 6 e 8 estão apresentado os dados de massa de 100 grãos e

número de grãos/vagem, em função dos tratamentos.

Conclui-se que as aplicações que agregaram maiores produtividades foram

Aminoácido+Nutriente EM TS, Aminoácido+Nutriente EM V4 E Aminoácido+Nutriente

EM R7, e que estes efeitos foram aditivos, como mostra a Tabela 3, onde o melhor

resultado foi o conjunto das 3 aplicações, um aumento de 8,07 sc/ha. Este efeito

pode ser explicado pelo aumento de 35,6 no número de vagens/m2 (Tabela 5) e

0,3 g na massa de 100 grãos (Tabela 7).

Tabela 2

Produtividade do feijoeiro (kg/ha) em função dos diferentes tratamentos. Brasília-DF, 2010.

Produtividade (kg/ha)

Tratamento R1 R2 R3 R4 Média Sc/ha %

1-Testemunha 3414 3521 2831 3122 3222 a 53,7 100

2- Amin+Nutr TS (2ml/kg) 3748 3260 3339 3449 3449 a 57,5 107

3- Amin+Nutr V4 3520 3792 3580 3189 3520 a 58,7 109

4- Amin+Nutr R5 3177 3405 3628 3403 3403 a 56,7 106

5- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4 3719 3332 2800 2979 3208 a 53,5 100

6- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr R5 3384 3384 3580 3189 3384 a 56,4 105

7- Amin+Nutr V4+R5 3432 3803 3289 3483 3502 a 58,4 109

8- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+R5 3566 3713 3369 3616 3566 a 59,4 111

9 -Amin+Nutr R5+R7 3993 3067 3344 3836 3560 a 59,3 110

10- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr R5+R7 3589 3543 3546 3678 3589 a 59,8 111

11- Amin+Nutr V4+R5+R7 3567 3627 3241 4075 3627 a 60,5 113

12- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+R5+R7 3762 3692 3550 3764 3692 a 61,5 115

Média 3477 58,0

C.V. (%) 7,7

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Tabela 3

Efeito dos tratamentos na produtividade do feijoeiro (kg/ha) em função dos contrastes.

Brasília-DF, 2010.

EFEITO (CONTRASTES) KG/HA SC/HA

Amin+Nutr TS (T2-T1/ T5-T3/T6-T4/T8-T7/T10-T9/T12-T11) 113,0 1,88

Amin+Nutr V4 (T3-T1/T5-T2/T7-T4/T8-T4/T11-T9/T12-T10) 149,9 2,49

Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4 (T5-T1/T8-T6) 240,0 4,00

Amin+Nutr R5 (T4-T1/T6-T4/T7-T3/T8-T5) 76,6 1,27

Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+Amin+Nutr R5 (T8-T1) 344,1 5,73

Amin+Nutr V4+Amin+Nutr R5 (T7-T1/T8-T2) 198,5 3,30

Amin+Nutr R7 (T9-T4/T10-T6/T11-T7/T12-T8) 202,1 3,36

Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+Amin+Nutr R5+Amin+Nutr R7 (T12-T1) 469,9 7,83

Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+Amin+Nutr R7 (T12-T4) 484,3 8,07

Amin+Nutr TS+Amin+Nutr R5+Amin+Nutr R7 (T12-T3/T10-T1) 327,8 5,46

Amin+Nutr R5+Amin+Nutr R7 (T9-T1/T12-T5/T11-T3/T10-T2) 218,5 3,64

Amin+Nutr V4+Amin+Nutr R5+Amin+Nutr R7 (T11-T1/T12-T2)) 324,3 5,40

Tabela 4

Número de vagens/m2 em função dos diferentes tratamentos. Brasília-DF, 2010.

Número de vagens/m2

Tratamento R1 R2 R3 R4 Média %

1-Testemunha 257 262 219 219 239 a 100

2- Amin+Nutr TS (2ml/kg) 301 249 233 261 261 a 109

3- Amin+Nutr V4 251 279 258 217 251 a 105

4- Amin+Nutr R5 240 250 278 256 256 a 107

5- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4 268 256 244 230 249 a 104

6- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr R5 237 237 258 217 237 a 99

7- Amin+Nutr V4+R5 226 280 319 247 268 a 112

8- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+R5 250 245 208 298 250 a 105

9 -Amin+Nutr R5+R7 256 275 172 290 248 a 104

10- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr R5+R7 250 247 236 267 250 a 105

11- Amin+Nutr V4+R5+R7 251 235 249 207 235 a 98

12- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+R5+R7 301 275 283 241 275 a 115

C.V. (%) 11,7

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Tabela 5

Efeito dos tratamentos no número de vagens/m2 em função dos contrastes. Brasília-DF, 2010.

EFEITO (CONTRASTES) Número Vagens/m2

Amin+Nutr TS (T2-T1/ T5-T3/T6-T4/T8-T7/T10-T9/T12-T11) 6,4

Amin+Nutr V4 (T3-T1/T5-T2/T7-T4/T8-T4/T11-T9/T12-T10) 10,1

Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4 (T5-T1/T8-T6) 12,4

Amin+Nutr R5 (T4-T1/T6-T4/T7-T3/T8-T5) 2,4

Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+Amin+Nutr R5 (T8-T1) 11,0

Amin+Nutr V4+Amin+Nutr R5 (T7-T1/T8-T2) 9,1

Amin+Nutr R7 (T9-T4/T10-T6/T11-T7/T12-T8) 3,5

Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+Amin+Nutr R5+Amin+Nutr R7 (T12-T1) 35,5

Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+Amin+Nutr R7 (T12-T4) 35,6

Amin+Nutr TS+Amin+Nutr R5+Amin+Nutr R7 (T12-T3/T10-T1) 17,5

Amin+Nutr R5+Amin+Nutr R7 (T9-T1/T12-T5/T11-T3/T10-T2) 0,4

Tabela 6

Massa de 100 grãos (g) em função dos diferentes tratamentos.

Massa de 100 grãos

Tratamento R1 R2 R3 R4 Média %

1-Testemunha 23,9 24,8 23,8 24,2 24,2 a 100

2- Amin+Nutr TS (2ml/kg) 26,6 22,8 25,1 24,8 24,8 a 103

3- Amin+Nutr V4 24,6 26,1 24,3 23,3 24,6 a 101

4- Amin+Nutr R5 26,0 23,3 24,2 24,5 24,5 a 101

5- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4 23,9 26,2 23,8 23,8 24,4 a 101

6- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr R5 23,8 23,8 24,3 23,3 23,8 a 98

7- Amin+Nutr V4+R5 25,3 24,7 25,5 25,6 25,3 a 105

8- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+R5 24,2 24,8 24,7 23,0 24,2 a 100

9 -Amin+Nutr R5+R7 26,8 26,0 23,3 24,8 25,2 a 104

10- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr R5+R7 24,9 25,6 24,6 24,5 24,9 a 103

11- Amin+Nutr V4+R5+R7 26,4 25,6 24,1 26,2 25,6 a 106

12- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+R5+R7 25,3 24,7 24,8 24,1 24,7 a 102

C.V. (%) 3,8

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Tabela 7

Efeito dos tratamentos na massa de 100 grãos em função dos contrastes. Brasília-DF, 2010.

EFEITO (CONTRASTES) Massa de 100 grãos (g)

Amin+Nutr TS (T2-T1/ T5-T3/T6-T4/T8-T7/T10-T9/T12-T11) -0,4

Amin+Nutr V4 (T3-T1/T5-T2/T7-T4/T8-T4/T11-T9/T12-T10) 0,2

Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4 (T5-T1/T8-T6) 0,4

Amin+Nutr R5 (T4-T1/T6-T4/T7-T3/T8-T5) 0,0

Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+Amin+Nutr R5 (T8-T1) 0,0

Amin+Nutr V4+Amin+Nutr R5 (T7-T1/T8-T2) 0,2

Amin+Nutr R7 (T9-T4/T10-T6/T11-T7/T12-T8) 0,7

Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+Amin+Nutr R5+Amin+Nutr R7 (T12-T1) 0,5

Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+Amin+Nutr R7 (T12-T4) 0,3

Amin+Nutr TS+Amin+Nutr R5+Amin+Nutr R7 (T12-T3/T10-T1) 0,5

Amin+Nutr R5+Amin+Nutr R7 (T9-T1/T12-T5/T11-T3/T10-T2) 0,6

Amin+Nutr V4+Amin+Nutr R5+Amin+Nutr R7 (T11-T1/T12-T2)) 0,6

Tabela 8

Número de grãos/vagem em função dos diferentes tratamentos. Brasília-DF, 2010.

Tratamento Número de grãos/vagem

R1 R2 R3 R4 Média %

1-Testemunha 5,7 5,2 5,4 5,5 5,5 a 100

2- Amin+Nutr TS (2ml/kg) 4,5 5,6 5,5 5,2 5,2 a 95

3- Amin+Nutr V4 5,6 5,1 5,5 6,1 5,6 a 102

4- Amin+Nutr R5 5,0 5,6 5,2 5,3 5,3 a 96

5- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4 5,6 5,7 4,6 5,3 5,3 a 97

6- Amin+Nutr TS+ Amin+Nutr R5 5,8 5,8 5,5 6,1 5,8 a 106

7- Amin+Nutr V4+R5 5,4 5,3 3,9 5,3 5,0 a 91

8- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+R5 5,7 5,7 6,4 5,1 5,7 a 105

9 -Amin+Nutr R5+R7 5,6 4,2 5,6 5,1 5,1 a 94

10- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr R5+R7 5,2 5,1 5,1 5,3 5,2 a 95

11- Amin+Nutr V4+R5+R7 5,3 5,9 5,2 5,3 5,4 a 99

12- Amin+Nutr TS+Amin+Nutr V4+R5+R7 5,3 5,2 4,9 5,4 5,2 a 95

C.V. (%) 12,6

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Efeito da aplicação de bioestimulante na produtividade do feijoeiro

Objetivo

Estudar o efeito da aplicação, via semente e foliar, de Bioestimulante, na produ-

tividade do feijoeiro, cultivado sob sistema de plantio direto

Material e Métodos

Local: Fazenda Nova Aliança, Brasília, DF

Solo: Latossolo Vermelho distroférrico, textura franco-argilosa.

Data e época de semeadura: 19/05/2008, cultivo de inverno (3ª safra).

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: SPD em palhada obtida no consórcio milho + braquiária

(Sistema Santa Fé).

Tratamentos: Tabelas 1.

Adubação de base: 300 kg/ha de 05:37:00 e 100 kg KCl/ha aplicado a lanço

imediatamente ao plantio.

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Resultados e Discussões Os resultados comprovam os anteriores, realizados pelo Grupo Técnico - Feijão.

Tanto para o produto Stimulate como AminoRaiz, a aplicação em pós-emergência

aumenta a produtividade do feijoeiro. Em estudos anteriores ficou provado o au-

mento do pegamento de vagens. Verifica-se na Tabela 1 que o melhor momento

da aplicação é no R5.

Tabela 1

Produtividade1 média do feijoeiro (kg/ha). Brasília, DF. 2008.

TRATAMENTOS Dose (ml do p. comercial/ha) Aplicação (DAE) Produtividade (Kg/ha)

1- Testemunha - - 2150 b (100)

2- Stimulate V4 200 1 aplicação 2559 a (119)

3- Stimulate R5 200 1 aplicação 2946 a (137)

4- Stimulate R7 200 1 aplicação 2617 a (121)

5- Stimulate R5+R7 200+200 2aplicações 2831 a (131)

6- AminoRaiz V4 200 1 aplicação 2659 a (123)

7- AminoRaiz R5 200 1 aplicação 2811 a (130)

8- AminoRaiz R7 200 1 aplicação 2617 a (121)

9- AminoRaiz R5+R7 200+200 2aplicações 2831 a (131)

C.V. (%) 6,27

1 Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Conclusões

Os Bioestimulantes aplicados em R5 aumentaram a produtividade de feijoeiro de

30 a 37%. Este efeito é devido ao aumento do pegamento de vagens.

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Resposta do feijoeiro comum à aplicação de micronutrientes, aminoácidos e fitohormônios

Objetivo

Estudar o efeito da aplicação de micronutrientes, aminoácidos e fitohormônios,

em diferentes fases fisiológicas da planta, na produtividade do feijoeiro cultivado

sob sistema de plantio direto.

Material e Métodos

Ensaio 1

Local: Fazenda Manga, Cristalina, GO.

Solo: Latossolo Vermelho, distroférrico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: Cultivo de seca/2007 (2ª época).

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: Plantio direto após milho.

Tratamentos: Aplicações, em diferentes doses e fases fisiológicas da planta, de

micronutrientes, aminoácidos e fitohormônios preconizados pela empresa Amino-

agro (Tabela 1).

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Tabela 1

Tratamentos empregados no ensaio. Cristalina, GO, 2007.

Aplicação

Trat. Produto Ingredientes ativos Fase fisiológica da planta Dose (l p.c. ha-1)

1. Test. - - - -

2. AminoagroRaiz (AR) Aminoácidos, Mo e Fitohormônio V2 0,15

3. AR+AminoagroFolha (AF) Aminoácidos e Fitohormônio V2+V4 0,15+1

4. AR+AF+AF Aminoácidos e Fitohormônio V2+V4+R5 0,15+1+1

5. AR+AF+AF+AminoagroFruto Aminoácidos e Fitohormônio V2+V4+R5+R7 0,15+1+1+1

Delineamento empregado: inteiramente casualizado no arranjo em faixas, com seis repetições.

Ensaio 2

Local: Fazenda Capivara, Santo Antônio de Goiás,GO.

Solo: Latossolo Vermelho, distroférrico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: Cultivo de inverno/2007 (3ª época).

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: Plantio direto após braquiária.

Tratamentos: Aplicações, em diferentes doses e fases fisiológicas da planta, de

micronutrientes, aminoácidos e fitohormônio preconizados pela empresa Aminoa-

gro (Tabela 2).

Tabela 2

Tratamentos empregados no ensaio. Santo Antônio de Goiás, GO, 2007.

Aplicação

Trat. Produto Ingredientes ativos Fase fisiológica da planta Dose (l p.c. ha-1)

1. Test. - - - -

2. AminoagroRaiz (AR) Aminoácidos, Mo e Fitohormônio V2 0,15

3. AR+AminoagroFolha (AF) Aminoácidos e Fitohormônio V2+V4 0,15+1

4. AR+AF+AF Aminoácidos e Fitohormônio V2+V4+R5 0,15+1+1

5. AR+AF+AF+AminoagroFruto Aminoácidos e Fitohormônio V2+V4+R5+R7 0,15+1+1+1

Delineamento empregado: inteiramente casualizado no arranjo em faixas, com seis repetições.

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Resultados e Discussões

Os produtos AminoagroRaiz, AminoagroFolha e AminoagroFruto são classificados

como fertilizantes organo-minerais, à base de micronutrientes, ácidos orgânicos,

aminoácidos e fitohormônios, que interagem sobre os processos metabólicos das

plantas, favorecendo seu desenvolvimento vegetativo e reprodutivo quando apli-

cados na fase fisiológica adequada. Os resultados das aplicações nos ensaios 1 e

2 (Tabelas 3 e 4) mostraram que o tratamento completo (Trat. 5) proporcionou

aumentos significativos na produtividade do feijoeiro. Na aplicação de RAIZ, em V2,

observou-se um ganho de 6 e 8% nos ensaios 1 e 2, respectivamente. RAIZ (V2) +

Folha em V4 aumentou em 10 a 12%, RAIZ (V2) + Folha (V4) e Folha no R5 de 7 a

16% e o tratamento completo, RAIZ (V2) + Folha (V4)+ Folha (R5) + Fruto (R7) de

17 e 18%.

Tabela 3

Produtividades1, absoluta e relativa, em função das diferentes adubações foliares,

aplicadas em diferentes doses e fases fisiológicas da planta, de micronutrientes,

aminoácidos e fitohormônio. Cristalina, GO, 2007.

Produtividade

Tratatamento Produto Absoluta (kg ha-1) Relativa (%)

1. Testemunha - 2.676 b 100

2. V2 AminoagroRaiz (AR) 2.833 ab 106

3. V2+V4 AR+AminoagroFolha (AF) 2.998 ab 112

4. V2+V4+R5 AR+AF+AF 2.852 ab 107

5. V2+V4+R5+R7 AR+AF+AF+ AminoagroFruto 3.119 a 117

C. V. (%) 8,4

1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Tabela 4

Produtividades1, absoluta e relativa, em função das diferentes adubações foliares, aplicadas

em diferentes doses e fases fisiológicas da planta, de micronutrientes, aminoácidos e fitohor-

mônio. Santo Antônio de Goiás, GO, 2007.

Produtividade

Tratatamento Produto Absoluta (kg ha-1) Relativa (%)

1. Testemunha - 2.247 b 100

2. V2 AminoagroRaiz (AR) 2.424 a 108

3. V2+V4 AR+AminoagroFolha (AF) 2.472 a 110

4. V2+V4+R5 AR+AF+AF 2.598 a 116

5. V2+V4+R5+R7 AR+AF+AF+ AminoagroFruto 2.646 a 118

C. V. (%) 10,4

1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Resposta do feijoeiro comum à aplicação de regulador de crescimento vegetal

Objetivo

Estudar o efeito da aplicação, via semente e foliar, do regulador de crescimento

vegetal “Auxina-giberelina-citocinina” na produtividade do feijoeiro comum, culti-

vado no sistema plantio direto.

Material e Métodos

Ensaio 1 Local: Fazenda Guaribas (Antero Mânica), Unaí, MG.

Solo: Latossolo Vermelho, distroférrico, textura franco-argilosa.

Época de semeio: julho/2004, cultivo de inverno (3a época).

Cultivar: Pérola (grupo carioca).

Espaçamento; Densidade e Profundidade de semeio: 0,5 m; 15 sementes m-1

e 0,05 m.

Sistema de cultivo: Plantio direto irrigado após cultura do milho.

Tratamentos: Diferentes doses, combinações de produtos e formas de aplica-

ção do regulador de crescimento vegetal “Auxina-giberelina-citocinina” (Tabela 1).

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Tabela 1

Tratamentos empregados no ensaio 1. Unaí, MG. 2004.

Combinações de produtos de cada tratamento

Via Semente (l/50kg) semente) Via Foliar

Tratamentos Co-Mo A-G-C Produto Fase Dose (l /ha)

1. Testemunha 0,15 0,25 - - -

2. “A-G-C” V4 0,15 0,25 Stimulate V4 0,25

3. “A-G-C” R5 0,15 0,25 Stimulate R5 0,25

A-G-C = Auxina-Giberelina-Citocina:Delineamento experimental empregado: inteiramente casualizado, no arranjo em faixas, com cinco repetições.

Ensaio 2 Local: Fazenda Guaribas (Antero Mânica), Unaí, MG.

Solo: Latossolo Vermelho, distroférrico, textura franco-argilosa.

Época de semeio: novembro/2004, cultivo de verão (1a época).

Cultivar: Pérola (grupo carioca).

Espaçamento; Densidade e Profundidade de semeio: 0,5m; 15 sementes m-1 e 0,05m.

Sistema de cultivo: Plantio direto após consórcio de milho e braquiária cultiva-

do no Sistema Santa Fé.

Tratamentos: Diferentes épocas de aplicação do regulador de crescimento “Au-

xina-giberelina-citocinina” (Tabela 2).

Tabela 2Tratamentos empregados no ensaio 2. Unaí, MG. 2004.

Regulador de Crescimento Vegetal Auxina-giberelina-citocinina Aplicado Via Semente Via Foliar

Tratamentos TS Fase V4 Fase R5 Fase R7

1. Testemunha - - - -

2. TS 5 ml/kg - - -

3. V4 250 ml/ha - -

4. R5 - - 250 ml/ha -

5. R7 - - - 250 ml/ha

6. TS + V4 5 ml/kg 250 ml/ha - -

7. TS + R5 5 ml/kg - 250 ml/ha -

8. TS + R7 5 ml/kg - - 250 ml/ha

TS: Tratamento de sementes com regulador de crescimento vegetal “Auxina-giberelina-citocinina” na dose de 5 ml p.c./Kg de sementes.Delineamento Experimental Empregado: inteiramente casualizado, no arranjo em faixas, com cinco repetições.

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Ensaio 3 Local: Fazenda Dom Bosco (Sebastião Conrado), Cristalina, GO.

Solo: Latossolo Vermelho, distroférrico, textura franco-argilosa.

Data e Época de semeio: 19/05/2005, cultivo de inverno (3ª época).

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: Plantio direto irrigado após o consórcio de milho e braquiária.

Tratamentos: Diferentes épocas de aplicação do regulador de crescimento “Au-

xina-giberelina-citocinina” (Tabela 3).

Tabela 3

Tratamentos empregados no ensaio 3. Cristalina, GO. 2005.

Regulador de Crescimento Vegetal Auxina-giberelina-citocinina Aplicado

Via Semente Via Foliar

Tratamentos TS Fase V4 Fase R5 Fase R7

1. Testemunha - - - -

2. TS 5 ml/kg - - -

3. V4 250 ml/ha - -

4. R5 - - 250 ml/ha -

5. R7 - - - 250 ml/ha

6. TS + V4 ( n ã o r e a l i z a d o )

7. TS + R5 5 ml/kg - 250 ml/ha -

8. TS + R7 ( n ã o r e a l i z a d o )

TS: Tratamento de sementes com regulador de crescimento vegetal “Auxina-giberelina-citocinina” na dose de 5 ml p.c./Kg de sementes.Delineamento experimental empregado: Inteiramente casualizado, no arranjo em faixas, com seis re-

petições.

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Resultados e Discussões

A Auxina-giberelina-citocinina” são reguladores de crescimento vegetal, cujos

estes ingredientes ativos ocorrem naturalmente na planta como fitohormônios. As

citocininas induzem o crescimento não somente através da divisão celular, mas

através de alongamento celular. Também promovem o crescimento das gemas

laterais e, portanto, interferem na dominância apical. As giberelinas determinam o

tamanho dos frutos e, em algumas espécies, promovem a germinação, quebran-

do a dormência das sementes. Já o ácido indol butírico participa do crescimento,

principalmente pelo alongamento celular; retarda a abscisão de flores; estimula o

pegamento de flores sem fecundação; participa efetivamente no estabelecimento

dos frutos; retarda a abscisão foliar e induz a formação de primórdios radiculares.

Dessa forma, com as aplicações de “Auxina-giberelina-citocinina” no feijoeiro co-

mum, espera-se incremento no crescimento e no desenvolvimento vegetal, além

do maior enraizamento das plantas, resultando numa maior produtividade. No en-

saio 1, os resultados (Tabela 4) mostraram que a aplicação do “Auxina-giberelina-

-citocinina”, quando as plantas se encontravam na fase fisiológica R5, proporcionou

aumento significativo na produtividade do feijoeiro (tratamento 4). Este aumento

foi em torno de 30%, se comparado à produtividade da testemunha. Cabe ressaltar

a importância da fase fisiológica da planta no momento da aplicação, visto que o

“Auxina-giberelina-citocinina” aplicado na mesma dose, porém em V4, não surtiu

efeito significativo na produtividade. No ensaio 2 houve confirmação do efeito

positivo dos hormônios “Auxina-giberelina-citocinina” quando aplicado em R5 e

R7, sobre a produtividade do feijoeiro (Tabela 4). Novamente a aplicação em V4

não aumentou a produtividade do feijoeiro significativamente, reforçando a im-

portância de sua aplicação na época correta. No ensaio 3 (Tabela 4), também foi

verificado o efeito positivo e significativo do “Auxina-giberelina-citocinina”, princi-

palmente quando aplicado em R5 ou R7. Todavia, estes tratamentos não diferiram

estatisticamente dos demais, com exceção da testemunha. Outro fato importante

mostrado nos ensaios 2 e 3 é o não incremento significativo do TS com “Auxina-

-giberelina-citocinina” na produtividade, ou seja, os tratamentos 4, 5, 7 e 8 não

diferiram significativamente entre si, evidenciando que o tratamento de sementes

com o regulador de crescimento vegetal poderia ser dispensado.

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Tabela 4

Produtividades1, absoluta e relativa, em três ensaios distintos, em função das diferentes épo-

cas de aplicação do “Auxina-giberelina-citocinina”. Unaí, MG, 2004 e Cristalina, GO, 2005.

Produtividade

Inverno de 20042 Verão de 20042 Inverno de 2005

Tratamento Absoluta (kg/ha) Relativa (%) Absoluta (kg/ha) Relativa (%) Absoluta(kg/ha) Relativa (%)

1. Testemunha 2951 b 100 2009 bc 100 2808 b 100

2. TS - - 2024 bc 100 3137 ab 112

3. V4 2907 b 98 2151 abc 107 3188 a 113

4. R5 3816 a 129 2359 a 117 3175 a 113

5. R7 - - 2393 a 119 3213 a 114

6. TS + V4 - - 1958 c 97 - -

7. TS + R5 - - 2287 ab 113 3121 ab 111

8. TS + R7 - - 2254 ab 112 - -

C. V. (%) 14,3 6,4 6,5

1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.2 Dados já publicados em: COBUCCI, T. & WRUCK, F. J. (eds). Resultados obtidos na área pólo de feijão no

período de 2002 a 2004. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2005. 107p. (Documentos

Embrapa Arroz e Feijão, 174).

No ensaio 3 foram amostradas 150 plantas dos tratamentos 1 (testemunha) e 4

(aplicação do “Auxina-giberelina-citocinina” em R5) para estudar os componentes

da produtividade constituídos pelo número de vagens por planta e a produção

por planta, bem como suas frequencias de distribuição (Figura 1). A aplicação do

regulador de crescimento vegetal em R5 proporcionou uma redução na frequencia

de plantas com menos de 10 vagens, comparativamente à testemunha. Por outro

lado, aumentou a frequencia daquelas contendo entre 11 e 20 vagens. Para as

demais faixas, praticamente não houve alteração. Já com relação a produção por

planta, a aplicação do regulador de crescimento vegetal em R5 proporcionou uma

redução na frequencia de plantas que tiveram produção menor que 20 g por planta,

comparativamente à testemunha. Por outro lado, aumentou a frequencia daquelas

que tiveram sua produção superior a 20 g por planta, especialmente na faixa entre

21 a 25 g por planta. Considerando que o estante final de plantas foi, praticamente,

o mesmo para todos tratamentos, a alteração na frequencia de plantas observada

para estes dois componentes da produção, induzida pela aplicação do regulador de

crescimento vegetal em R5, explicaria, em parte, o aumento da produtividade em

torno de 13% ocorrida com este tratamento.

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Figura 1 | Frequencia do Número de Vagens Planta-1 (a) e Produção Planta-1

(b) na população de plantas dos tratamentos testemunha e aplicação de fitohor-

mônio em R5. Cristalina, GO, 2005.

a) Número de Vagens Planta-1 (nº planta-1)

Conclusão

Analisando os resultados dos três ensaios, recomenda-se o uso do regulador

de crescimento vegetal “Auxina-giberelina-citocinina” aplicado na fases R5 ou R7

visando aumento de produtividade do feijoeiro. Ainda, diante dos promissores re-

sultados obtidos, novos trabalhos com “Auxina-giberelina-citocinina” deverão ser

realizados objetivando identificar quais indicadores de produção o produto está

afetando, bem como a análise econômica para a validação desta tecnologia neste

e em novos ambientes e com um número maior de cultivares.

b) Produção Planta-1 (g planta-1)

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Aumento da eficiência de utilização de P no solo em função de aplicações foliares de P

Hipótese

A aplicação de P foliar aumenta a eficiência de utilização de P pelo feijoeiro

Objetivo Geral

Avaliar o efeito da aplicação de P foliar no aumento da eficiência de utilização de

P pelo feijoeiro

Objetivos Específicos:

Avaliar o efeito de doses do P foliar no acúmulo de P na planta e grãos.

Avaliar a possibilidade de P foliar diminuir a aplicação de P no solo.

Avaliar eficiência de uso de P em função da adubação complementar de P.

Material e Métodos

Locais: 1) Fazenda Nova Aliança,Brasília-DF, 2010

2) Fazenda Capivara, Santo Antônio de Goiás, GO 2009

3) Fazenda Nova Aliança,Brasília-DF, 2009

4) Fazenda Água Fria, Água Fria-GO, 2009

5) Fazenda Jatobá, São João da Aliança, GO, 2010

6) Fazenda Águas, Cristalina, GO, 2009

7) Fazenda Capivara, Santo Antônio de Goiás, GO 2010

Solo: Latossolo, textura argilosa.

Época de plantio: Maio, cultivo de inverno.

Cultivar: Pérola

Sistema de cultivo: Direto irrigado

Teor de P no solo: Em todos os locais acima de 12 ppm pelo extrator mellich.

Tratamentos: Fatorial de 4 doses de P no solo e 4 doses de P foliar. (Abaixo

relacionado)

P Foliar= P51 (1% de N e 51% P2O5, densidade= 1,63kg/L).

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Espaçamento entre linhas: 0,50 m.

Delineamento empregado: Blocos casualizados com 4 repetições.

Tabela 1

Tratamentos aplicados em cada local. 2010.

TRAT P solo (kg P2O5/ha) P Foliar (g P205/ha)

1 0 0

2 0 (2 aplicações X 0,5L) 1l/ha (831,3 g P2O5/ha)

3 0 (2 aplicações X 1L) 2l/ha (1662,6 g P2O5/ha)

4 0 (2 aplicações X 1,5L) 3l/ha (2493,9 g P2O5/ha)

5 40 0

6 40 (2 aplicações X 0,5L) 1l/ha (831,3 g P2O5/ha)

7 40 (2 aplicações X 1L) 2l/ha (1662,6 g P2O5/ha)

8 40 (2 aplicações X 1,5L) 3l/ha (2493,9 g P2O5/ha)

9 80 0

10 80 (2 aplicações X 0,5L) 1l/ha (831,3 g P2O5/ha)

11 80 (2 aplicações X 1L) 2l/ha (1662,6 g P2O5/ha)

12 80 (2 aplicações X 1,5L) 3l/ha (2493,9 g P2O5/ha)

13 120 0

14 120 (2 aplicações X 0,5L) 1l/ha (831,3 g P2O5/ha)

15 120 (2 aplicações X 1L) 2l/ha (1662,6 g P2O5/ha)

16 120 (2 aplicações X 1,5L) 3l/ha (2493,9 g P2O5/ha)

Estágio da aplicação: Duas aplicações: Uma com o feijoeiro com 3 trifólios e outra com 6 trifólios.

Avaliações: 1) Colheita: análise de macronutrientes da Resteva e Grãos | 2) Indicadores de produtividade

Resultados e Discussões Na tabela 2 são apresentados os dados de produtividade do feijoeiro para cada local e tratamento. Observa-se que considerando as médias dos locais e os efeitos principais, houve um aumento significativo da produtividade do feijoeiro até a dose de 80 Kg P2O5/ha no solo. O efeito principal de adubação foliar também foi signi-ficativo, com aumento da produtividade até a dose de 1662,6 g P2O5/ha.

O efeito da adubação foliar fica evidente no tratamento onde não foi aplicado o adubo fosfato no solo. Na Tabela 3, estão apresentados as quantidades de P absorvido pela resteva de planta + grãos. No tratamento sem aplicação de P no solo, verfica-se um aumento do conteúdo de P quando se realizou a aplicação de P foliar. No tratamento aonde foi realizada a aplicação de 831,3 g de P2O5, o que corresponde a 363 g de P (831,2/2,29), houve um acúmulo de 2201 g P a mais que a testemunha (sem foliar) (16334 -14133 g P/ha). Isto evidência, mesmo que a eficiência da aplicação de P foliar fosse 100%, que esta aplicação não explica o

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aumento do conteúdo de P na planta+grão e consequentemente o aumento da produtividade. Desta forma, provavelmente o que pode ter ocorrido é que com a aplicação foliar houve um estímulo fisiológico positivo que promoveu o aumento

da absorção de P do solo.

Tabela 2

Produtividade1 média do feijoeiro (kg ha-1) em função da aplicação de P2O5 no solo e foliar. 2010.

KGP2O5/ha g P2O5/ha foliar

no solo Local 0 831,3 1662,6 2493,9 Média

0 1 2631* 2438** Bb 2737 2640 Bb 3071 3121 Ba 3424 3029 Ca 2807 C 2 2574 2541 3149 3002 3 2834 2774 3159 3153 4 1961 2100 3255 2956 5 2314 2386 2956 2555 6 2787 3405 3765 3749 7 1959 2334 2492 2364

40 1 2888 2947 Ab 3074 3072 Aab 3555 3272 ABa 3766 3228 BCa 3130 B 2 2927 3104 3058 3054 3 3087 3479 3080 3148 4 2396 2607 2807 2339 5 3487 3557 3635 3571 6 3373 3402 3945 4101 7 2471 2558 3025 2617

80 1 3191 3046 Ab 3511 3276 Aab 3639 3321 ABa 4251 3386 ABa 3257 A 2 2775 2628 3149 3128 3 3099 3515 3543 3345 4 2321 2539 2015 2347 5 3871 3671 3509 3685 6 3461 4175 4222 4299 7 2603 2833 3179 2647

120 1 3074 3058 Ab 3454 3291 Aab 3699 3379 Aa 4138 3528 Aa 3314 A 2 3179 3103 3450 3192 3 3447 3265 3318 3413 4 2563 2545 2584 2897 5 2938 3590 2714 3845 6 3236 4062 4442 4443 7 2971 3026 3442 2769 Média 2872 c 3070 b 3273 a 3293 a

C.V. = 11,3%. 1Produtividades médias seguidas pela mesma letra maiúscula na vertical, em cada coluna, e minúscula na horizontal, em cada linha, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.* Dados médios (4 repetições) para cada localidade (de acordo com material e métodos)** Dados médios das 7 localidades

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Tabela 2

Conteúdo1 médio de P no feijoeiro (g ha-1) (resteva+grão) em função da aplicação de P2O

5 no

solo e foliar. 2010.

g P2O5 /ha foliar

KG P2O5 /ha no solo 0 831,3 1662,6 2493,9 Média

0 14133 Ba 16334 Aa 17848 Aa 16167 Aa 16120 B

40 13674 Ba 16949 Aa 15353 Aa 17302 Aa 15819 B

80 16325 AB 17892 Aa 17327 Aa 16064 Aa 16902 B

120 21093 Aa 21534 Aa 21725 Aa 17798 Aa 20537 A

Média 16306 a 18063 a 18063 a 16833 a

C.V.= 22,7%

1 Conteúdo médio seguidos pela mesma letra maiúscula na vertical, em cada coluna, e minúscula na

horizontal, em cada linha, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Interações da aplicação de P foliar e hormônios com P aplicado no solo nos indicadores de produtividade do feijoeiro

Objetivos:

1) Verificar efeitos de Biozyme e Raizal na produtividade.

2) Verificar as interações dos produtos e o P aplicado no solo

Material e Métodos

Local: Brasília, DF.

Solo: Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: MAIO/ 2010, cultivo de inverno.

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: Plantio direto após a cultura do milho.

Tratamentos: (Tabela 1)

Delineamento em blocos casualizados com 4 repetições Parcela: 4 m x 10M.

Manejo Fitosanitário: Padrão da Fazenda

Avaliações: Número de plantas/ha; vagens/planta; grãos/vagem; massa de

100 grãos e produtividade.

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Tabela 1

Tratamentos empregados no ensaio. Brasília, DF. 2010.

Tratamento Biozyme TS Raizal (V2) Dose de P2O5 no solo

1 TESTEMUNHA - - -

2 P - - 40

3 P - - 80 4 P - - 120

5 RZL+P - 1,0 kg/ha -

6 RZL+P - 1,0 kg/ha 40

7 RZL+P - 1,0 kg/ha 80

8 RZL+P - 1,0 kg/ha 120

9 BZM + P 0,2 l/100 kg sem - -

10 BZM + P 0,2 l/100 kg sem - 40

11 BZM + P 0,2 l/100 kg sem - 80

12 BZM + P 0,2 l/100 kg sem - 120

13 BZM+RZL+P 0,2 l/100 kg sem 1,0 kg/ha -

14 BZM+RZL+P 0,2 l/100 kg sem 1,0 kg/ha 40

15 BZM+RZL+P 0,2 l/100 kg sem 1,0 kg/ha 80

16 BZM+RZL+P 0,2 l/100 kg sem 1,0 kg/ha 120

BZM= Biozyme; RZL= Raizal

Resultados e discussões

Na Tabela 2, são apresentados os dados de produtividade em função dos tra-

tamentos. Verifica-se que houve efeito significativo dos tratamentos na produti-

vidade do feijoeiro. Na Tabela 3, estão apresentados os efeitos das aplicações de

Biozyme TS, Raizal V2/V3 e P no solo. Estes efeitos foram calculados pela média

dos contrastes que são apresentados na Tabela 3. Observa-se que a aplicação de

Biozyme em tratamento de semente aumentou a produção do feijoeiro em 3,7

sc/ha, semelhante ao ensaio anterior. A aplicação de Raizal em V2/V3 aumen-

tou a produtividade em 6,6 sc/ha (Tabela 3). A aplicação conjunta de Biozyme e

Raizal aumentou a produtividade em 10,4 sc/ha (verifica-se que para o cálculo

foram usados contrastes diferentes). Tal efeito pode ser explicado pelo aumento

do número de vagens/m2, o qual tem correlação positiva com a produtividade.

Observou-se também que houve uma resposta linear da aplicação de P no solo.

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Tabela 2

Produtividade do feijoeiro (kg/ha) em função dos diferentes tratamentos. Brasília-DF, 2010.

Produtividade (kg/ha)

Tratamento R1 R2 R3 R4 Média Sc/ha %

1 TESTEMUNHA P 0 2545,0 2152,5 2105,5 2372,8 2294 h 38,2 100

2 P 40 2868,8 2681,4 2102,4 2590,9 2561 gh 42,7 112

3 P 80 2643,0 3458,8 3037,2 3088,4 3057 def 50,9 133

4 P 120 3188,8 2930,1 3007,5 3000,1 3032 cde 50,5 132

5 RZL+P 0 2412,5 2467,8 2624,3 2363,0 2467 fgh 41,1 108

6 RZL+P 40 3068,7 2657,7 2872,3 3051,8 2913 defg 48,5 127

7 RZL+P 1 80 3541,9 3419,4 2952,7 3107,4 3255 cde 54,3 142

8 RZL+P 120 3354,4 3619,3 3882,7 3623,1 3620 ab 60,3 158

9 BZM + P 0 3283,3 2684,9 3042,7 2831,8 2961 gh 49,3 129

10 BZM + P 40 3115,0 3406,6 3480,2 3148,6 3288 fgh 54,8 143

11 BZM + P 80 3418,4 3391,6 3608,4 4219,1 3659 bcd 61,0 160

12 BZM + P 120 3598,0 3165,6 3912,6 3910,8 3647 bcd 60,8 159

13 BZM+RZL+P 0 3418,4 3461,7 3052,1 3124,2 3264 efg 54,4 142

14 BZM+RZL+P 40 3404,7 3599,1 3684,3 4052,7 3685 def 61,4 161

15 BZM+RZL+P 80 4123,7 3532,5 4089,2 3704,4 3862 abc 64,4 168

16 BZM+RZL+P 120 4320,3 4186,2 4602,3 4150,0 4315 a 71,9 188

Média c.v.(%) 6,47

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Tabela 3

Efeito dos tratamentos na produtividade do feijoeiro (kg/ha) em função dos contrastes.

Brasília-DF, 2010.

EFEITO (CONTRASTES) KG/HA SC/HA

Biozyme TS (T9-T1/T10-T2/T11-T3/T12-T4/T13-T5/T14-T6/T15-T7/T16-T8) 220 3,7

Raizal V2 (T5-T1/T6-T2/T7-T3/T8-T4/T13-T9/T14-T10/T15-T11/T16-T12) 397 6,6

BiozymeTS+Raizal V2 (T13-T1/T14-T2/T15-T13/T10-T4) 625 10,4

P40 (T2-T1/T6-T5/T10-T9/T14-T13) 227 3,8

P80 (T3-T1/T7-T5/T11-T9/T15-T13) 803 13,4

P120 (T4-T1/T8-T5/T12-T9/T6-T13) 1104 18,4

BiozymeTS+Raizal V2+P40 (T14-T1) 704 11,7

BiozymeTS+Raizal V2+P80 (T15-T1) 1411 23,5

BiozymeTS+Raizal V2+P120 (T16-T1) 1764 29,4

Conclusão

O melhor tratamento foi aquele que combinou a aplicação de Biozyme em tra-

tamento de sementes, Raizal no estágio de V2/V3 e P no solo na dose de 120 Kg

P2O5/ha. Este tratamento proporcionou um aumento de 88% em relação a teste-

munha (29,4 sc/ha).

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Efeito do parcelamento de nitrogênio na produtividade do feijoeiro

HipóteseA aplicação de nitrogênio no plantio do feijoeiro aumenta a produtividade da le-

guminosa.

Objetivo GeralAvaliar o efeito da aplicação de N no plantio em comparação com a cobertura aos

20 dias após germinação.

Material e Métodos

Locais: 1) Fazenda Nova Aliança,Brasília-DF, 2009 Solo: Latossolo, textura argilosa.

Época de plantio: Maio, cultivo de inverno.

Cultivar: Pérola

Sistema de cultivo: Direto irrigado

Teor de MO no solo: 31 mg/kg

Tratamentos: Fatorial de 4 doses de N (0, 30, 60, 90 e 120 kg/ha) e 2 Épocas

de aplicação (1- BASE- Todo no plantio, aplicado a lanço após o plantio; 2- COBER-

TURA- 1/3 no plantio e 2/3 em cobertura)

Espaçamento entre linhas: 0,50 m.

Delineamento empregado: Blocos casualizados com 4 repetições.

2) Fazenda Capivara, Santo Antônio de Goiás, GO 2009 Solo: Latossolo, textura argilosa.

Época de plantio: Maio, cultivo de inverno.

Sistema de cultivo: Direto irrigado

Teor de MO no solo: 27 mg/kg

Tratamentos: Dose de N: 80 gk/ha fonte ureia.

Fatorial de 4 Cultivares (Radiante; Pontal; Estilo; Requinte e Embaixador); 2 Épo-

cas de aplicação (1- BASE- Todo no plantio, aplicado a lanço após o plantio; 2- CO-

BERTURA- 1/3 no plantio e 2/3 em cobertura) e 2 palhas de cobertura (1- soja e

milho+braquiária)

Espaçamento entre linhas: 0,50 m.

Delineamento empregado: Blocos casualizados com 4 repetições.

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Resultados e Discussões Não foi verificado efeito significativo (teste F, α = 1%) dos tratamentos (Tabe-

la 1). Entretanto houve um aumento de 12% da produtividade do feijoeiro com

aplicação de 30 kg de N/ha. Não houve resposta para doses acima deste nível.

Observa-se que o solo apresentava alto teor de matéria orgânica (31 mg/Kg) o que

pode explicar tal efeito. Não foi verificado também efeito do parcelamento de N,

provavelmente devido ao teor de matéria orgânica natural do solo.

Em anos anteriores (2008 e 2005), em solo com boa fertilidade natural e alto

teor de matéria orgânica (acima de 2%), os resultados mostraram que, quando

não se realizou adubação de cobertura, o maior rendimento de grãos de feijão foi

obtido com a aplicação antecipada de 90 kg N ha-1, apesar de não diferir, estatisti-

camente, da dose de 30 kg N ha-1.

Na Tabela 2 são apresentados os resultados da interação da época de aplicação de

N e tipo de cobertura. Verifica-se que na palha de soja o rendimento médio das cul-

tivares de feijão foram maiores quando comparado a cobertura de milho+braquiária.

Neste trabalho, a qualidade de plantio na cobertura de milho+braquiária foi pre-

judicada, o que pode explicar em parte a menor produtividade do feijoeiro. Em

relação a época de aplicação do nitrogênio, observa-se que houve uma maior pro-

dutividade do feijoeiro quando aplicou-se o nitrogênio todo na base da cobertura de

milho+braquiária. Tal efeito não se repetiu para a cobertura de soja. Provavelmente

na primeira cobertura, devido a alta relação C/N, houve uma menor liberação inicial

de N o que explica a resposta da aplicação antecipada do nutriente. Para a cobertura

de soja, a liberação foi maior, como mostra a Figura 1.

Tabela 1

Produtividade média do feijoeiro (kg ha-1) em função da aplicação de Doses de nitrogênio e

época de aplicação. Brasília, DF. 2009.

Dose de N Época de aplicação Média

Kg/ha BASE COBERTURA

0 2873 Aa 2894 Aa 2883 A (100)

30 3211 Aa 3280 Aa 3245 A (112)

60 3169 Aa 3118 Aa 3144 A (109)

90 3324 Aa 3119 Aa 3222 A (111)

120 3275 Aa 3233 Aa 3254 A (112)

Média 3171 a 3129 a

C.V.(%) = 12,1

Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade.

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Tabela 2

Produtividade média do feijoeiro (kg ha-1) em função da época de aplicação, tipo de cobertura

e Cultivares. Santo Antônio de Goiás, GO. 2009.

Tipo de Cobertura

Milho + braquiária Soja 2601 b 3302 aN base 2751 A (112) 3329 A (101)

N Cobertura 2452 B (100) 3275 A (100)

RADIANTE 2253 C 3549 A

PONTAL 2426 BC 2784 B

REQUINTE 2572 BC 3287 A

ESTILO 2714 AB 3268 A

EMBAIXADOR 3042 A 3520 A

C.V.(%) = 11,4

Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5 % de proba-

bilidade. Tipo de cobertura na horizontal, minúscula e Forma aplicação de N e cultivares na vertical,

maiúscula.

Figura 1Concentração de

Nitrato no solo aos

0 e 40 dias após-

emergência em

função de tipo de

cobertura e época

de aplicação de

nitrogênio. Santo

Antônio de Goiás,

GO. 2009.

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Manejo da adubação nitrogenada e interação de tipos de sulcadores no plantio na produtividade do feijoeiro

Objetivo Estudar o efeito da interação da aplicação antecipada do nitrogênio na base do

plantio e o uso de botinha na disponibilidade de nitrato e amônio na solução do solo

e na produtividade do feijoeiro, cultivado sob sistema de plantio direto irrigado.

Material e Métodos Local: Fazenda Nova Aliança, PAD-DF.

Solo: Latossolo Vermelho distroférrico, textura franco-argilosa.

Data e época de semeadura: 19/05/2008, cultivo de inverno (3ª safra).

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: SPD em palhada obtida no consórcio milho + braquiária

(Sistema Santa Fé).

Tratamentos: Fatorial de forma de aplicação do N: 1) N Base; 2) N cobertura;

3) s/ N. e Tipo de sulcador: 1) Haste; 2) Disco.

N Base= 90 N Kg/ha no Plantio

N cobertura= 15 N KG/ha no Plantio e 75 N KG/ha em cobertura aos 20 dae

perfazendo 6 tratamentos em arranjo fatorial 2x3, com 3 repetições em blocos

ao acaso.

Espaçamento entre linhas: 0,50 m.

Adubação de base: 300 kg/ha de 05:37:00 e 100 kg KCl/ha aplicado a lanço

imediatamente ao plantio.

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Resultados e Discussões Não foi verificado efeito significativo (teste F, α = 1%) para a interação entre

os fatores, forma de aplicação de N antecipado e tipo de sulcador. Assim, foram

testados somente os dados principais. Observa-se na Tabela 1 que não foi verifi-

cado diferenças na produtividade do feijoeiro com o uso de diferentes sulcadores.

Quanto a resposta de N, observou-se um aumento significativo de 12% da produ-

tividade com a aplicação de 78 Kg N ha-1 em cobertura aos 20 dae em relação ao

tratamento com 15 Kg N ha-1 na base. Quando se realizou a antecipação destes 78

Kg N ha-1, ou seja, aplicação a lanço logo após o plantio, observou-se um aumento

significativo de 18% em relação ao tratamento 15 Kg N ha-1 na base. Não foi obser-

vado diferença significativa entre a aplicação de todo o N na base e o tratamento

com cobertura aos 20 dae, apesar do N base apresentar produtividade 5% superior

do tratamento com cobertura aos 20 dae.

Em anos anteriores (2005), em Cristalina, Fazenda Dom Bosco, em solo com boa

fertilidade natural e alto teor de matéria orgânica (acima de 2%), os resultados

mostraram que, quando não se realizou adubação de cobertura, o maior rendimen-

to de grãos de feijão foi obtido com a aplicação antecipada de 90 kg N ha-1, apesar

de não diferir, estatisticamente, da dose de 30 kg N ha-1. Por outro lado, quando

se fez adubação de cobertura aos 10 ou 15 DAE, a aplicação de N antecipado nas

diferentes doses não resultou em produtividades estatisticamente diferentes entre

si, apesar da tendência da dose de 90 kg N ha-1 em apresentar os maiores valores.

Em outros trabalhos foram observados que de modo quase generalizado, quan-

to mais se atrasa a época de se aplicar o N em cobertura, menores são os rendi-

mentos. Outro fator a ser considerado é que o N, quando aplicado em cobertura,

deve ser incorporado ao solo para se obter maior eficiência – redução de perdas e

maior assimilação, sendo uma operação relativamente lenta e que, via de regra,

causa injúrias às plantas e, ainda, reduz a população destas.

Resultados semelhantes a estes foram obtidos na cultura do feijoeiro nas várzeas

do Tocantins e em Santa Helena de Goiás, GO, durante os três últimos anos.

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Tabela 1

Produtividade1 média do feijoeiro (kg ha-1) em função do manejo da adubação nitrogenada.

Brasília, DF, 2008.

Sulcador N base N base2 N base

90 kg N ha-1 15 kg N ha-1 15 kg N ha-1

N cobertura

75 kg N ha-1 Média

Haste 3.351 3.185 2.702 3.079 A

Disco 3.269 3.091 2.894 3.085 A

Média 3.310 a

(118%) 3.138 a (112)% 2.798 b (100%)

C. V. (%) 5,59

1 Produtividades médias seguidas pela mesma letra maiúscula na vertical, em cada coluna, e minúscula

na horizontal, em cada linha, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.2 15 N Kg ha-1 no Plantio e 75 N Kg ha-1 em cobertura aos 20 dae

Conclusões

Nas condições em que o experimento foi conduzido, a aplicação de 90 kg de N

ha-1 imediatamente após semeadura mostrou ser o melhor tratamento em termos

de praticidade e economia. Não foi verificado efeito do uso de botinha e nem na

interação com a forma de aplicação de N.

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Resposta do feijoeiro à antecipação da adubação nitrogenada

Objetivo Estudar o manejo da adubação nitrogenada, através da aplicação antecipada em

relação à semeadura e em cobertura nos diferentes estágios de desenvolvimento

da cultura, ambos via ureia, na produtividade do feijoeiro, cultivado sob palhada de

braquiária, no Sistema Plantio Direto (SPD) e sob irrigação por aspersão.

Material e Métodos Local: Fazenda Dom Bosco (Sebastião Conrado), Cristalina, GO.

Solo: Latossolo Vermelho distroférrico, textura franco-argilosa.

Época de semeadura: Maio/2005 (19/05/2005), cultivo de inverno (3ª safra).

Cultivar: Pérola (grupo carioca).

Espaçamento; Densidade e Profundidade de semeio: 0,5 m; 15 sementes m-1

e 0,05 m.

Sistema de cultivo: Plantio direto irrigado após consórcio de milho e braquiária

cultivado no Sistema Santa Fé.

Tratamentos: Quatro doses de nitrogênio aplicadas antes da semeadura (0;

30; 60; e 90 kg de N ha-1) e quatro épocas de aplicação de N em cobertura (sem

cobertura; aplicação de 45 kg de N ha ha-1 aos 10 DAE; 15 DAE; 30 DAE). Todo ni-

trogênio aplicado teve como fonte a ureia, perfazendo 16 tratamentos em arranjo

fatorial 4x4.

Delineamento experimental empregado: Blocos ao acaso, com quatro

repetições.

Adubação de base: 250 kg da fórmula 5-37-00 ha-1 e 60 kg de K2O ha-1, na

forma de KCl aplicado a lanço, precedendo a semeadura.

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Resultados e Discussões

Observa-se, na Tabela 1, que a interação entre os fatores doses de N anteci-

pado à época da cobertura foi significativa (teste F, α = 1%). Assim, a interação foi

desdobrada, sendo as médias das doses de N antecipado testadas dentro de cada

época de cobertura e vice-versa. Considerando que o solo, para as condições de

Cerrado, em razão do adequado manejo aplicado ao longo dos anos, apresentava

boa fertilidade natural e alto teor de matéria orgânica (acima de 2%), os resultados

mostraram que, quando não se realizou adubação de cobertura, o maior rendimen-

to de grãos de feijão foi obtido com a aplicação antecipada de 90 kg N ha-1, apesar

de não diferir, estatisticamente, da dose de 30 kg N ha-1. Por outro lado, quando

se fez adubação de cobertura aos 10 ou 15 DAE, a aplicação de N antecipado nas

diferentes doses não resultou em produtividades estatisticamente diferentes entre

si, apesar da tendência da dose de 90 kg N ha-1 em apresentar os maiores valores.

Neste caso, a adubação antecipada de N poderia ser reduzida ou, em circunstâncias

especiais, até dispensada. Já quando a adubação de cobertura é atrasada, ou seja,

aplicada aos 30 DAE, as adubações antecipadas de 60 e 90 kg ha-1, que não difer-

iram estatisticamente entre si, proporcionaram aumentos significativos na produ-

tividade quando comparados às demais doses. Com relação a aplicação antecipada

de N, quando a mesma não é feita, a adubação de cobertura com 45 kg N ha-1

aos 10 DAE revelou ser a mais indicada, apesar da sua produtividade ser menor e

não diferir estatisticamente daquela aplicada aos 15 DAE. Já aplicando antecipada-

mente, 30, 60 ou 90 kg N ha-1, a adubação de cobertura pode ser reduzida ou, em

algumas circunstâncias, até dispensada, uma vez que a produtividade de todas as

épocas não diferiram estatisticamente daquela sem cobertura. Observa-se também

que, de modo quase generalizado, quanto mais se atrasa a época de se aplicar o

N em cobertura, menores foram os rendimentos em relação ao tratamento sem N

em cobertura. Isto é totalmente verdadeiro quando não se aplica o N antecipado.

Outro fator a ser considerado é que o N, quando aplicado em cobertura, deve ser

incorporado ao solo para se obter maior eficiência – redução de perdas e maior

assimilação, sendo uma operação relativamente lenta e que, via de regra, causa

injúrias às plantas e, ainda, reduz a população destas.

Resultados semelhantes a estes foram obtidos na cultura do feijoeiro nas

várzeas do Tocantins e em Santa Helena de Goiás, GO, durante os três últimos anos.

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Tabela 1

Produtividade1 média do feijoeiro (kg ha-1) em função do manejo da adubação nitrogenada.

Cristalina, GO, 2005.

Época da cobertura N antecipado (kg ha-1)

(45 kg de N ha-1) 0 30 60 90 Média2

Sem cobertura 2.953 C b 3.519 AB a 3.317 BC ab 3.758 A a 3.387 A

Cobertura aos 10 DAE 3.483 A a 3.507 A a 3.232 A b 3.513 A a 3.434 A

Cobertura aos 15 DAE 3.167 A ab 3.425 A a 3.416 A ab 3.468 A a 3.369 A

Cobertura aos 30 DAE 3.000 C b 3.257 BC a 3.653 A a 3.586 AB a 3.374 A

Média2 3.151 b 3.427 a 3.404 a 3.581 a

C. V. (%) 7,6

1 Produtividades médias seguidas pela mesma letra minúscula na vertical, em cada coluna, e maiúscula

na horizontal, em cada linha, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. 2 Mé-

dias das produtividades médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas na horizontal e maiúsculas

na vertical, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Conclusões Nas condições em que o experimento foi conduzido, a aplicação de 30 kg de

N ha-1 imediatamente antes da semeadura mostrou ser o melhor tratamento em

termos de praticidade e economia. Por outro lado, caso não se opte pela apli-

cação antecipada de N, a aplicação de cobertura, com 45 kg N ha-1, deverá ser

realizada entre 10 a 15 DAE. Recomenda-se, ainda, a realização de novos trabal-

hos com adubação nitrogenada antecipada e em cobertura, visando validação da

tecnologia em novos ambientes, principalmente no cultivo de verão não irrigado,

e com número maior de cultivares.

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Efeito do tratamento de sementes, associado a diferentes programas de adubação foliar, na produtividade do feijoeiro sob plantio direto

Objetivo Avaliar o efeito do tratamento de sementes, associado a diferentes programas

de adubação foliar na produtividade do feijoeiro, em cultivos de inverno e verão,

sob sistema de plantio direto.

Material e Métodos Ensaio 1

Local: Fazenda Guaribas (Antero Mânica), Unaí, MG.

Solo: Latossolo Vermelho, distroférrico, textura franco-argilosa.

Época de semeio: Julho/2004, cultivo de inverno (3a época).

Cultivar: Pérola (grupo carioca).

Espaçamento; Densidade e Profundidade de semeio: 0,5 m; 15 sementes m-1

e 0,05 m.

Sistema de cultivo: Plantio direto irrigado após cultura do milho.

Tratamentos: T11ratamento de sementes, associado a diferentes programas

de adubação foliar (Tabela 1).

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Tabela 1

Tratamentos empregados nos três ensaios nos cultivos de inverno e verão. Unaí, MG, 2004 e

Cristalina, GO, 2005.

TRATAMENTOS

No Tratamento de Sementes Programa de Adubação Foliar Época de Aplicação

1 Nenhum Nenhum (testemunha) -

2 Co e Mo concentrado + AH Nenhum -

3 Co e Mo concentrado + AH (Micro feijão AH + molibdênio 12%) 10 – 15 DAE

4 Co e Mo concentrado + AH (Micro feijão AH + molibdênio 12% ) + 10 – 15 DAE + (micro feijão AH + boro 10%) 25 – 30 DAE

5 Co e Mo concentrado + AH (Micro feijão AH + molibdênio 12%) + 10 – 15 DAE + (micro feijão AH + boro 10%)+ pré-florada (cal boro AH) 25 – 30 DAE +

6 Co e Mo concentrado + AH (Micro feijão AH + molibdênio 12%) + 10 – 15 DAE + (micro feijão AH + boro 10%)+ 25 – 30 DAE + (cal boro AH) + (fosfito 00-20-20) pré-florada + enchimento de grãos

Tratamento de sementes: solução concentrada de cobalto (1,5%), molibdênio (15%) e ácido húmico

(AH, 20%) aplicada na dose equivalente a 120 ml/ha; Micro feijão AH: solução contendo Mg (1%), S

(5,0%), Mn (6,0%), Zn (3,0%), B (2,0%), Mo (0,5%), Co (0,02%) e ácido húmico (20%) aplicada entre 10

a 15 dias após a emergência (DAE) na dose de 1,0 l/ha;

Cal boro AH: solução concentrada de cálcio (8%), boro (2%) e ácido húmico (20%), aplicada na dose

de 4 l/ha na época da pré-florada; Fosfito: solução de NPK (00-20-20) na dose de 2,0 l/ha, aplicada no

enchimento de grão.

Delineamento experimental empregado: inteiramente casualizado, no arranjo

em faixas, com seis repetições.

Ensaio 2 Local: Fazenda Guaribas (Antero Mânica), Unaí, MG.

Solo: Latossolo Vermelho, distroférrico, textura franco-argilosa.

Época de semeio: Novembro/2004, cultivo de verão (1a época).

Cultivar: Pérola (grupo carioca).

Espaçamento; Densidade e Profundidade de semeio: 0,5 m; 13 sementes m-1

e 0,05 m.

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Sistema de cultivo: Plantio direto após consórcio milho e braquiária, cultivado

no Sistema Santa Fé.

Tratamentos: Tratamento de sementes, associado a diferentes programas de

adubação foliar (Tabela 1).

Delineamento experimental: Inteiramente casualizado, no arranjo em faix-

as, com seis repetições.

Ensaio 3 Local: Fazenda Dom Bosco (Sebastião Conrado), Cristalina, GO.

Solo: Latossolo Vermelho, distroférrico, textura franco-argilosa.

Época de semeio: Maio/2005, cultivo de inverno (3a época).

Cultivar: Pérola.

Espaçamento; Densidade e Profundidade de semeio: 0,45 m; 15 se-

mentes m-1 e 0,05 m.

Sistema de cultivo: Plantio direto irrigado após consórcio milho e braquiária,

cultivado no Sistema Santa Fé.

Tratamentos: Tratamento de sementes, associado a diferentes programas de

adubação foliar (Tabela 1).

Delineamento experimental empregado: Inteiramente casualizado, no ar-

ranjo em faixas, com seis repetições.

Resultados e Discussões

Os resultados dos três ensaios (Tabela 2) mostraram que apenas o tratamento

de sementes utilizado é insuficiente para aumentar significativamente a produ-

tividade do feijoeiro. Todavia, quando associado aos programas de adubação foliar

(tratamentos 3, 4, 5 e 6), a produtividade é aumentada, especialmente nos cul-

tivos de inverno, sendo a maioria destas estatisticamente superior à testemunha.

O tratamento de sementes associado a adubação foliar com micro feijão e molib-

dênio (tratamento 3) proporcionou maior produtividade (superior em 33%, 13% e

25% com relação a testemunha, nas safras de inverno, verão e inverno, respectiva-

mente) não diferindo, por sua vez, dos demais tratamentos envolvendo adubação

foliar. Assim, a 2a adubação foliar (micro feijão + boro), a 3a adubação foliar (cálcio

+ boro) e a 4a adubação foliar (fosfito) não tiveram efeito significativo no aumento

da produtividade. Tal resultado pode ser explicado pela boa fertilidade do solo em

relação a estes elementos.

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Tabela 2

Produtividades1 absoluta e relativa do feijoeiro, nos três ensaios, em função do tratamento de

sementes, associado a diferentes programas de adubação foliar. Unaí, MG, 2004 e Cristalina,

GO, 2005.

Produtividade

Inverno de 20042 Verão de 20042 Inverno de 2005

Absoluta Relativa Absoluta Relativa Absoluta Relativa Tratamento (kg ha-1) (%) (kg ha-1) (%) (kg ha-1) (%)

1. Testemunha 2570 b 100 1786 b 100 2847 c 100

2. TS 2617 b 102 1930 ab 108 3034 bc 106

3. TS+MF/Mo 3431 a 133 2013 ab 113 3584 a 125

4. TS+MF/Mo+MF/B 3087 a 120 2115 a 118 3225 b 113

5. TS+MF/Mo+MF/B+Ca/B 3109 a 121 1996 ab 112 3268 ab 115

6. TS+MF/Mo+MF/B+Ca/B+fosfito 3087 a 120 2006 ab 112 3239 b 114

Coeficiente de variação (%) 8,1 6,7 5,8

1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

2 Dados já publicados em: COBUCCI, T. & WRUCK, F. J. (eds). Resultados obtidos na área pólo de feijão

no período de 2002 a 2004. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2005. 107p. (Documentos

Embrapa Arroz e Feijão, 174).

Diante dos resultados, pode-se inferir que: [1] O tratamento de sementes com Co, Mo e ácido húmico deverá ser asso-

ciado com uma adubação foliar;

[2] A adubação foliar com micronutrientes balanceados e na dose adequada

resulta no aumento significativo da produtividade;

[3] A aplicação de boro, cálcio e boro e fosfito aos 25 a 30 DAE, na pré-florada

e no enchimento de grãos, respectivamente, só se justifica em solos comprovada-

mente deficientes nestes nutrientes.

Conclusão Como os resultados dos três ensaios foram promissores, recomenda-se a con-

tinuidade dos estudos, incluindo novos ambientes para a cultura do feijoeiro e com

número maior de cultivares.

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Validação do projeto 6 toneladas | 2010

Objetivos:

O projeto teve como objetivo VALIDAÇÃO DE TECNOLOGIA junto a produtores e

consultores técnicos de feijão LEVANDO SOLUÇÕES TÉCNICAS dos problemas locais,

mostrando a viabilidade econômica.

O trabalho foi realizado em 8 áreas. O projeto também teve o objetivo de gerar

informações e Demandas/Posicionamento de produtos da SYNGENTA e plataforma

para novos produtos, estreitar relação com produtores e ou assessores técnicos re-

comendantes da cultura do feijoeiro, e fortalecer sua imagem de empresa parceira

no agronegócio

Princípios e Bases tecnológicas do protocolo utilizado no trabalho

Os campos foram realizados no Sistema de Plantio Direto. Ferramentas para o

equacionamento da adubação foram consideradas a partir da análise química do

solo, do precedente cultural e da necessidade da cultura.

Para o caso de nitrogênio, em solos mais ricos em matéria orgânica, como no

caso do SPD, ocorre uma grande imobilização de nitrogênio pelos microorganismos

do solo, podendo fazer com que a mineralização do nutriente ocorra numa fase

fenológica muito avançada da cultura do feijão, cujo efeito poderá ser apenas no

incremento do teor proteico do grão em detrimento da produtividade. Desta forma

foi recomendado toda a aplicação de N até 10 dias após a emergência. Para a pro-

dução de 4200 kg/ha de grãos, a necessidade de P não excede a 50 kg de P2O5/

ha. Na prática, as doses aplicadas geralmente ultrapassam de 100 a 120 kg P2O5/

ha, ou seja, uma taxa de recuperação em torno de 50% ou menos. Portanto existe

a necessidade de aumentarmos a taxa de recuperação de P. Aumento da M.O. do

solo conjuntamente com manejos de planta que induzem fisiologicamente a retirar

mais P do solo são caminhos a serem estudados. Neste trabalho foi recomendada

a aplicação de P foliar com objetivo de aumento da recuperação de P no solo.

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A distribuição e emergência uniforme de plantas estão dependentes da quali-dade de plantio e da semente. Plantas emergidas no mesmo tempo e distribuídas equidistante na linha de plantio irão diminuir o número de plantas dominadas e com isto, um aumento de vagens/m2. Por isto foi recomendado a seleção prévia das sementes quanto ao tamanho e densidade.

O “arranque de planta”, crescimento inicial vigoroso, tem-se correlacionado com o número de vagens/plantas e produtividade. Foram recomendados alguns manejos como tratamento de semente, uso de sementes com maior teor de P, adubação nitrogenada antecipada, uso de hormônios de crescimento, aplicações de nutrientes foliares, o quais tem se relacionado com o arranque da planta do feijoeiro.

Cobucci e Wruck (2005) testaram o efeito de bioestimulante no pegamento de vagens. No ensaio de Inverno de 2004, os resultados mostraram que a aplicação do bioestimulante “Stimulate”, quando as plantas se encontravam na fase fisioló-gica R5, proporcionou aumento significativo na produtividade do feijoeiro (trata-mento 3). Este aumento foi em torno de 30%, se comparado à produtividade da testemunha. Cabe ressaltar a importância da fase fisiológica da planta no momento da aplicação, visto que o “Stimulate” aplicado na mesma dose, porém em V4, não surtiu efeito significativo na produtividade. No ensaio Verão de 2004, houve confir-mação do efeito positivo do bioestimulante “Stimulate” quando aplicado em R5 e R7, sobre a produtividade do feijoeiro. Novamente a aplicação em V4 não aumen-tou a produtividade do feijoeiro significativamente, reforçando a importância de sua aplicação na época correta. No ensaio Inverno de 2005, também foi verificado o efeito positivo e significativo do Stimulate, principalmente quando aplicado em R5 ou R7. Todavia, estes tratamentos não diferiram estatisticamente dos demais, com exceção da testemunha.

Kozlowski (2009 - dados não publicados), estudando o efeito de fungicidas do grupo das estrobirulinas, verificou que o fungicida aumentou a taxa de assimilação líquida do feijoeiro (TAL). Este aumento na TAL representa uma maior fotossíntese líquida durante um período de intensa demanda pela planta, pois ocorreu entre os estágios fenológicos R7 e R8, ou seja, de formação de vagens e enchimento de grãos, onde a demanda por fotoassimilados pelos drenos reprodutivos é alta. Este mesmo período coincidiu com duas aplicações dos tratamentos da parte aé-rea, em R7 e R8, o que evidencia um efeito fisiológico do fungicida em melhorar a eficiência fotossintética da planta em um período de alta demanda. Esta maior eficiência fotossintética reflete uma maior fotossíntese líquida devido à redução na respiração e melhor uso do CO2, refletindo em menor gasto de energia pela planta com maior acúmulo de carboidratos, incremento na atividade da nitrato redutase e diminuição do estresse (Oliveira, 2005). Para a duração de área foliar (Tabela 12),

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verificou-se que aos 10, 20 e 52 DAE não houve diferenças significativas entre os

tratamentos. Porém, houve diferenças significativas entre os tratamentos aos 31

e 41 DAE, de modo que as maiores DAF do feijoeiro foram de 195,9 e 178,0 dm2.

dia-1, respectivamente, quando foram realizadas três aplicações de estrobirulina.

Embora não tenha ocorrido diferença significativa entre os tratamentos da parte

aérea aos 52 DAE, verifica-se que, para as três aplicações de estrobirulina, ainda foi

mantida a maior DAF, com 140,6 dm2.dia-1. O maior diferencial da DAF, em relação

aos demais tratamentos, ocorreu entre o período de 30 a 52 DAE, o que correspon-

deu aos estágios R6 a R8, períodos estes que exigem grande atividade metabólica

e fotossintética da planta a fim de proporcionar grande quantidade de fotoassimi-

lados para a formação e enchimento de grãos. O efeito fisiológico da estrobirulina

pode ser atribuído ao maior teor de clorofila, diminuição do estresse, associado à

redução da síntese de etileno, permitindo assim maior duração da área foliar.

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Material e Métodos/ PROTOCOLO 2010

Estágio Fenológico Protocolo

Sistema de Plantio Plantio Direto

Palhada Plantio Milho

Variedade Plantio Pérola

Gesso Pré-plantio 1,5 ton/ha

Data Plantio Plantio mai/10

Adubação de base (sulco) A lanço 60 kg K2O/ha

Adubação de base (sulco) Plantio 120 P2O5 kg/ha

Adubação de base (sulco) Plantio 20 kg N/ha

Adubação a lanço (germinação) Germinação 45 kg Úreia/ha

Adubação a lanço (germinação) 7 dias após Germinação 45 kg Úreia/ha

Trichoderma Pré-plantio Trichoderma

Densidade 7 plantas/m

Controle de Lagarta Rosca Pivot-germinação Lorsban

Tratamento de Semente Plantio Cruiser 300 ml/ha Standak 150 ml/ha Stimulate 400 ml/ha

Adubação Foliar V2-V3 Co-Mo Map Purificado (3k/ha)

Controle de Planta Daninha V2-V3 Padrão Fazenda

Regulador vegetal V4 Bion 25g/ha

Fungicidas V4 Mertin 0,4l/ha AmistarTop 0,3 l/ha Tilt 0,35 l/ha

Adubação Foliar V6 Map Purificado (3k/ha)

Regulador vegetal R5 Bion 25g/ha Stimulate 250 ml/ha

Fungicidas R5 Mertin 0,4l/ha AmistarTop 0,3 l/ha

Adubação Foliar R5 + 7 dias Ca-B

Regulador vegetal R7 Bion 25g/ha

Fungicidas R7 Mertin 0,4l/ha AmistarTop 0,3 l/ha

Adubação Foliar R7+ 3 dias Map Purificado (3k/ha) KNO3 (3 kg/ha)

Adubação Foliar/Regulador R8 KNO3 (3 kg/ha)

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ResultadosMaterial e Métodos: Produtor: Terra Nossa.

Plantio: 18 a 21 de janeiro de 2010

Colheita: 22 de abril de 2010 (92 DAP)

FOTOS:

Foto 1Enraizamento do

feijoeiro devido

ao tratamento de

semente.

Foto 2Diferença entre

os tratamentos

de semente

em relação ao

enraizamento.

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Foto 3Equipe de Trabalho

Foto 4Diferença entre

os tratamentos

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PADRÃO FAZENDA

Foto 5Diferença entre

os tratamentos

de semente

em relação ao

enraizamento.

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87Análise Econômica

Projeto 6 toneladas feijão

Planta/ha vagem/m2 vagem/planta Grão/vagem massa 100 grãos Produtividade/ha sc/ha 120000 7,8 93,3 5,67 46,5 2461,3 41,0

110000 7,8 85,7 5,26 58,3 2625,3 43,8

173333 5,2 90,0 5,31 74,9 3581,2 59,7

140000 8,5 118,3 4,08 64,4 3108,2 51,8

135833,333 7,3 96,8 5,08 61,00 2944,0 49,1

Padrão Fazenda

Planta/ha vagem/m2 vagem/planta Grão/vagem massa 100 grãos Produtividade/ha sc/ha 110000 7,6 83,3 4,34 49,0 1770,8 29,5

143333 5,6 79,7 5,56 54,0 2392,4 39,9

113333 6,6 75,0 4,44 61,7 2054,6 34,2

80000 8,7 69,7 3,70 44,7 1152,8 19,2

111667 7,1 76,9 4,51 52,34 1842,6 30,7

Projeto feijão 6 toneladas Padrão fazenda

Produtividade/ha parcelas: 49,1 sc/ha Produtividade/ha parcelas: 30,7 sc/ha

Produtividade/ha (20 ha): 49,0 sc/ha Produtividade/ha (20 ha): 39,0 sc/ha

Receita/ha (R$ 140,00/sc): R$ 6860,00/ha Receita/ha (R$ 140,00/sc): R$ 5460,00/ha

Custo/ha: R$ 2697,00 Custo/ha: R$ 2277,92 (100)

Margen/ha: R$ 4162,65 (130) Margen/ha: R$ 3182,08 (100)

Custo/ha (R$) Custo/ha (R$)

Adubação plantio R$ 323,66 Adubação plantio R$ 323,66

Adubação cobertura R$ 139,00 Adubação cobertura R$ 139,00

Gesso R$ 130,00 Gesso R$ 32,74

Semente R$ 126,00 Semente R$ 156,00

Tratamento semente R$ 85,31 Tratamento semente R$ 48,05

Defensivos R$ 907,92 Defensivos R$ 592,12

Dessecação R$ 34,35 Dessecação R$ 34,35

Mão de obra R$ 89,00 Mão de obra R$ 89,00

Combustíveis R$ 120,00 Combustíveis R$ 120,00

Máquinas/ outros R$ 173,00 Máquinas/ outros R$ 173,00

Arrendamento R$ 300,00 Arrendamento R$ 300,00

Colheita R$ 270,00 Colheita R$ 270,00

Energia R$ 300,00 Energia R$ 156,00

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Projeto 6 Toneladas

DATA PRODUTO DOSE Lou Kg/ha PREÇO

21/12/09 Roundup Transorb + klap 3,65 + 0,02 R$ 50,97

16/01/10 Roundup Transorb + Klap 3,65 + 0,02 R$ 50,97

08/02/10 Flex 0,57 R$ 18,79

08/02/10 Basagram 0,67 R$ 21,37

08/02/10 Verdict 0,57 R$ 26,59

08/02/10 Assist 0,57 R$ 2,37

08/02/10 TA 35 0,057 R$ 3,65

13/02/10 P30 2,2 R$ 15,51

13/02/10 Mn 0,68 R$ 2,59

13/02/10 Co Mo 0,170 R$ 8,35

13/02/10 Priori 0,32 R$ 27,81

13/02/10 Engeo Plenno 0,4 R$ 51,20

13/02/10 TA 35 0,057 R$ 3,65

23/02/10 Engeo Plenno 0,35 R$ 44,80

23/02/10 Amistar Top 0,35 R$ 52,50

23/02/10 Bion 0,030 R$ 40,80

04/03/10 Curyon 0,35 R$ 14,42

04/03/10 P 30 2 R$ 13,74

04/03/10 Stimulate 0,250 R$ 30,00

SUB-TOTAL: R$ 480,08

11/03/10 Polytrin 1,25 R$ 37,00

11/03/10 K 50 2 R$ 14,00

11/03/10 Ca B2 2 R$ 13,74

11/03/10 Phytogard Mn 1 R$ 14,62

17/03/10 Amistar Top 0,3 R$ 45,00

17/03/10 Bion 0,025 R$ 34,00

17/03/10 Mertin 0,4 R$ 21,98

17/03/10 Engeo Plenno 0,35 R$ 44,80

17/03/10 Match 0,3 R$ 9,90

17/03/10 TA 35 0,053 R4 3,39

18/03/10 K 50 2 R$ 14,00

24/03/10 Mertin 0,57 R$ 31,32

24/03/10 Tilt 0,45 R$ 17,72

24/03/10 Engeo Plenno 0,35 44,80

30/03/10 Vertimec 0,8 R$ 56,00

30/03/10 Óleo assist 0,57 R$ 2,37

30/03/10 Tilt 0,5 R$ 19,68

30/03/10 Antideriva 0,055 R$ 3,52

SUB-TOTAL: 427,84

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Fazenda

DATA PRODUTO DOSE Lou Kg/ha PREÇO

21/12/09 Roundup Transorb + klap 3,65 + 0,02 R$ 50,97

16/01/10 Roundup Transorb + Klap 3,65 + 0,02 R$ 50,97

08/02/10 Flex 0,57 R$ 18,79

08/02/10 Basagram 0,67 R$ 21,37

08/02/10 Verdict 0,57 R$ 26,59

08/02/10 Assist 0,57 R$ 2,37

08/02/10 TA 35 0,057 R$ 3,65

13/02/10 Priori 0,32 R$ 27,81

13/02/10 Connect 0,7 R$ 20,60

13/02/10 TA 35 0,057 R$ 3,65

23/02/10 Tilt 0,190 R$ 7,59

23/02/10 Priori 0,3 R$ 26,07

23/02/10 Cercobin 0,75 R$ 11,47

23/02/10 Connect 0,63 R$ 18,54

04/03/10 Curyon 0,35 R$ 14,42

SUB-TOTAL: R$ 304,86

10/03/10 Polytrin 1,25 R$ 37,00

10/03/10 Priori 0,35 R$ 30,41

10/03/10 Cercobin 0,9 R$ 10,51

17/03/10 Tilt 0,2 R$ 7,87

17/03/10 Priori 0,2 R$ 17,38

17/03/10 Mertin 0,4 R$ 21,98

17/03/10 Connect 0,64 R$ 19,52

17/03/10 Nomolt 0,125 R$ 8,68

17/03/10 TA 35 0,053 R$ 3,39

18/03/10 Nutricerrado 12.00.44 2,8 R$ 14,79

24/03/10 Mertin 0,57 R$ 31,32

24/03/10 Tilt 0,45 R$ 17,72

24/03/10 Connect 0,85 R$ 25,92

30/03/10 Abamectin Nortox 0,8 R$ 15,20

30/03/10 Óleo assist 0,57 R$ 2,37

30/03/10 Propiconazole 0,5 R$ 19,68

30/03/10 Antideriva 0,055 R$ 3,52

SUB-TOTAL: R$ 287,26

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Projeto 6 toneladas COM redutor de crescimento

Planta/ha vagem/m2 vagem/planta Grão/vagem massa 100 grãos Produtividade/ha sc/ha 180000 16,7 301,0 5,31 24,8 3965,8 66,1 183333 17,1 313,7 5,35 24,2 4069,4 67,8 190000 17,0 323,7 5,78 24,6 4595,9 76,6 196667 15,6 306,0 5,71 23,5 4105,8 68,4

187500 16,6 311,1 5,54 24,28 4184,2 69,7

Projeto 6 toneladas SEM redutor de crescimento

Planta/ha vagem/m2 vagem/planta Grão/vagem massa 100 grãos Produtividade/ha sc/ha 186667 14,2 265,0 5,45 23,2 3348,1 55,8 190000 16,3 310,0 5,50 22,8 3885,9 64,8 156667 16,9 264,3 5,23 23,2 3204,4 53,4 203333 13,8 280,7 5,15 25,8 3731,3 62,2

184167 15,3 280,0 5,33 23,75 3542,4 59,0

Padrão Fazenda

Planta/ha vagem/m2 vagem/planta Grão/vagem massa 100 grãos Produtividade/ha sc/ha 206667 12,3 255,0 5,35 23,3 3173,6 52,9 206667 10,3 212,7 7,45 24,2 3827,2 63,8 190000 16,9 321,7 5,08 21,2 3463,7 57,7 186667 13,7 255,7 5,26 20,5 2757,2 46,0

197500 13,3 261,3 5,79 22,28 3305,4 55,1

Produtor: COOP CENTRO SUL

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Análise Econômica GERAL

Análise Econômica Dessecação

Análise Econômica Adubação Plantio

Projeto Feijão 6 Toneladas Padrão Fazenda

Produtividade/Ha Parcelas: 69,7 Sc/Ha Produtividade/Ha Parcelas: 55,1 Sc/Ha

Produtividade/Ha (20 Ha): 71,9 Sc/Ha Produtividade/Ha (20 Ha): 59,1 Sc/Ha

Receita/Ha (R$ 120,00/Sc): R$ 8628,00/Ha Receita/Ha (R$ 120,00/Sc): R$ 7092,00 /Ha

Custo/Ha: R$ 2747,69 Custo/Ha: R$ 2445,94

Margen/Ha: R$ 5880,31 (126) Margen/Ha: R$ 4646,06 (100)

Custo/Ha (R$) Custo/Ha (R$)

Adubação Plantio R$ 491,00 Adubação Plantio R$ 491,00

Adubação Cobertura R$ 0,00 Adubação Cobertura R$ 0,00

Gesso R$ 130,00 Gesso R$ 0,0

Semente R$ 106,00 Semente R$ 106,00

Tratamento Semente R$ 143,02 Tratamento Semente R$ 95,02

Defensivos R$ 627,57 Defensivos R$ 532,57

Dessecação R$ 34,35 Dessecação R$ 34,35

Mão De Obra R$ 89,00 Mão De Obra R$ 89,00

Combustíveis R$ 120,00 Combustíveis R$ 120,00

Máquinas/ Outros R$ 173,00 Máquinas/ Outros R$ 173,00

Arrendamento R$ 300,00 Arrendamento R$ 300,00

Colheita R$ 270,00 Colheita R$ 270,00

Adubos Foliares R$ 93,60 Adubos Foliares R$ 22,00

Energia R$ 300,00 Energia R$ 300,00

Total R$ 2747,69 Total 2445,94

Projeto Feijão 6 Toneladas Padrão Fazenda

Produto Dose Custo/Ha (R$) Produto Dose Custo/Ha (R$)

Roundup 3,0 35,80 Roundup 3,0 35,80

2,-4d 0,4 9,58 2,-4d 0,4 9,58

Total R$ 45,38 Total R$ 45,38

Projeto Feijão 6 Toneladas Padrão Fazenda

Produto Dose Custo/Ha (R$) Produto Dose Custo/Ha (R$)

Kcl 150 Kg/Ha 205,00 Kcl 150 Kg/Ha 205,00

10-40-00 300 Kg/Ha 206,00 10-40-00 300 Kg/Ha 206,00

Ureia 100 Kg/Ha 80,00 Ureia 100 Kg/Ha 80,00

Total R$ 491,00 Total R$ 491,00

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Análise Econômica Adubação Cobertura Projeto Feijão 6 Toneladas Padrão Fazenda

Produto Dose Custo/Ha (R$) Produto Dose Custo/Ha (R$)

Total R$ 0,00 Total R$ 0,00

Análise Econômica Tratamento Semente

Análise Econômica Defensivos

Projeto Feijão 6 Toneladas Padrão Fazenda

Produto Dose Custo/Ha (R$) Produto Dose Custo/Ha (R$)

Cruiser 0,124 L/Ha 49,69 Cruiser 0,124 L/Ha 49,69

Standak 0,15 L/Ha 48,00 41,80

Stimulate 0,18l/Ha 10,23 Stimulate 0,18l/Ha 10,23

Fungicida 0,2 L/Ha 7,30 Fungicida 0,2 L/Ha 7,30

Trichoderma 27,80 Trichoderma 27,80

Total R$ 143,02 R$ 95,02

Projeto Feijão 6 Toneladas Padrão Fazenda

Produto Dose Custo/Ha (R$) Produto Dose Custo/Ha (R$)

Stimulate 0,25 19,00

Amistartop 0,9 135,00 Amistartop 0,9 135,00

Bion 75g 76,00

Mertin 1,2 93,40 Mertin 1,2 93,40

Flex 0,4 15,48 Flex 0,4 15,48

Verdict 0,5 26,59 Verdict 0,5 26,59

Curion 0,35 14,42 Curion 0,35 14,42

Frowcide 1,0 75,00 Frowcide 1,0 75,00

Sumilex 1,0 108,00 Sumilex 1,0 108,00

Nomolt 0,125 8,68 Nomolt 0,125 8,68

Vertimec 0,8 56,00 Vertimec 0,8 56,00

Total R$ 627,57 Total R$ 532,57

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Classificação Geral Inverno 2010

Classificação Geral Inverno 2009

Projeto 6 Padrão TON Fazenda Dif Class. Proprietário Cluster Local Época Plantio Área (há) SC/HA SC/HA SC/HA 1 Coop. Sul Brasil Distrib. Paracatu-MG 1 Quinzena / Maio 20 70,9 59,1 11,8 2 Hélio Dalbelo OTO Brasília-DF 1 Quinzena / Maio 20 68,2 58,1 10,1 3 Gilberto Appelt OTO Paracatú-MG 2 Quinzena / Maio 20 66,0 56,0 10,0 4 Antério Manica OTO Unaí-MG 1 Quinzena / Maio 20 63,8 52,0 11,8 5 Celito/Carlos Missio OTO Luis Eduardo-BA 1 Quinzena / Junho 20 63,4 60,1 3,3 6 Martinho Minetto OTO Cristalina-GO 1 Quinzena / Junho 20 51,7 44,2 7,5 7 Celio Fontana OTO Unaí-MG 2 Quinzena / Junho 20 46,5 44,3 2,2 8 Aldacir Minetto OTO Cristalina-GO 2 Quinzena / Junho 20 45,0 43,0 2,0 MÉDIA 59,4 52,1 7,3

Produtividade (sc/ha) População V/P G/V Massa 100g Estimada Real Fazenda

Brasília/DF Faz. Nova Aliança 195833 14,4 5,1 28,4 68,2 66,3 53,0

Paracatú/MG Faz. Boa Sorte 190123 14,0 4,8 29,5 62,9 64,3 50,0

Cristalina/GO Faz. Pontinha 160833 12,7 5,5 27,9 66,4 62,5 57,1

Bambuí/MG Faz. São Felix 170000 17,8 4,9 23,0 57,0 56,0 46,0

MÉDIA 63,6 62,3 51,5

Ibiá/MG Faz. Carcará 135833 14,5 5,0 26,7 49,0 49,4 39,0

Água Fria/GO Faz. Horizonte 191453 14,7 4,9 27,3 51,8 42,9 53,4

São João da Aliança 144166 13,1 5,2 27,2 50,9 53,5 45,0

Ibiá/MG 153693 14,1 5,1 26,9 47,5 45,0 40,2

MÉDIA 49,8 47,7 44,4

Conclusão Com a implementação do protocolo 6 tonelada do Feijão:

Melhoramos a qualidade de plantio do feijoeiro, devido a melhor distribuição de plantas na linha;

Ficou evidente o maior arranque de plantas com o tratamento de semente; A arquitetura de planta foi melhor (maior engalhamento);

Houve um aumento no número de vagens/m2, grãos/vagem e massa de 100 grãos com consequente aumento na produtividade;

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Foi verificado um maior efeito verde nas plantas, aumentando o ciclo;

Houve um aumento na produtividade do feijoeiro em relação ao padrão da Fazenda;

O custo do feijoeiro com as recomendações do protocolo foi maior, entretanto a margem líquida aumentou.

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Efeito da densidade desemeadura na Produtividade de cultivares do feijoeiro

Objetivo Determinar o número ideal de plantas/metro para as cultivares Pérola, Radiante

e Valente, cultivadas sob sistema de plantio direto.

Material e Métodos

Ensaio 1 Local: Cristalina, Go.

Solo: Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: Novembro / 2003, cultivo de verão.

Cultivares: Pérola, Radiante e Valente.

Sistema de cultivo: Plantio direto.

Tratamentos: Diferentes densidades de plantas (6, 8, 10 e 12 plantas/m).

Espaçamento entre linhas: 0,50 m.

Delineamento empregado: Blocos ao acaso com quatro repetições e quatro

tratamentos (populações de plantas/m). Foram realizados três experimentos, um

para cada cultivar.

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Ensaio 2 Local: Unaí, MG.

Solo: Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: Novembro / 2004, cultivo de verão.

Cultivares: Pérola, Radiante e Valente.

Sistema de cultivo: Plantio direto.

Tratamentos: Diferentes densidades de plantas (6, 8, 10 e 12 plantas/m).

Espaçamento entre linhas: 0,50 m.

Delineamento empregado: Blocos ao acaso com quatro repetições e quatro

tratamentos (populações de plantas/m). Foram realizados três experimentos, um

para cada cultivar.

Ensaio 3 Local: PAD-DF

Solo: Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: maio / 2008, cultivo de inverno.

Cultivares: Pérola e Horizonte.

Sistema de cultivo: Plantio direto.

Tratamentos: Diferentes densidades de plantas (6, 8, 10 e 12 plantas/m).

Espaçamento entre linhas: 0,50 m.

Delineamento empregado: blocos ao acaso com quatro repetições e quatro

tratamentos (populações de plantas/m). Foram realizados dois experimentos, um

para cada cultivar.

Resultados e Discussões

Os resultados dos 3 ensaios estão representados na Tabela 1. De forma geral,

para as variedades estudadas, não houve diferenças na produtividade quando a

densidade variou em torno de 7 a 12 plantas/m. Densidades abaixo de 7 apresen-

taram tendência de diminuição de produtividade, em alguns casos significativa.

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Tabela 1

Produtividade1 média do feijoeiro (kg/ha) e Densidade linear final (plantas/m), obtidas para

cada cultivar, em função da Densidade linear planejada.

Verão 2003

Densid. Linear C U L T I V A R

Planejada Pérola Radiante Valente

(pts / m) Produtividade Densidade Produtividade Densidade Produtividade Densidade

6 1.419 a 6,7 1.825 a 6,4 1.912 b 6,8

8 1.531 a 9,1 2.090 a 8,7 2.423 a 8,7

10 1.637 a 10,8 2.158 a 10,4 2.380 a 10,5

12 1.537 a 11,7 1.979 a 11,2 2.296 a b 13,2

Média 1.531 - 2.013 - 2.253 -

C. V. (%) 11 - 13 - 9 -

Verão 2004

Densid. Linear C U L T I V A R

Planejada Pérola Radiante Valente

(pts / m) Produtividade Densidade Produtividade Densidade Produtividade Densidade

6 1998 b 6,1 1564 a 6,4 1664 c 5,8

8 2249 ab 8,7 1901 ab 8,7 2128 b 6,9

10 2243 ab 9,9 2174 a 10,5 2301 ab 10,2

12 2604 a 11,8 - - 2653 a 12,3

Média 2273 - 1879 - 2186 -

C. V. (%) 9,4 - 11,6 - 9,0 -

Inverno 2008

Densid. Linear C U L T I V A R

Planejada Pérola Horizonte

(pts / m) Produtividade Densidade Produtividade Densidade

6 2099 b 5,6 2059 b 6,0

8 3353 a 7,3 3055 a 7,2

10 3509 a 8,9 3147 a 8,3

12 3429 a 12,1 3109 a 10,6

Média 3097 - 2842 -

C. V. (%) 7,5 - 6,2 -

1 Médias seguidas pela mesma letra na vertical, dentro de cada cultivar analisada, não diferem entre si,

pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Unidade de demostrativa de Qualidade de sementes

Objetivo Estudar o efeito da qualidade de semente na produtividade do feijoeiro

Material e Métodos Local: Fazenda Nova Aliança, PAD-DF.

Solo: Latossolo Vermelho distroférrico, textura franco-argilosa.

Data e época de semeadura: 19/05/2008, cultivo de inverno (3ª safra).

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: SPD em palhada obtida no consórcio milho + braquiária

(Sistema Santa Fé).

Tratamentos: 1) BRS Cometa 87% de Vigor com 9 sementes/m; 2) BRS Cometa

57% de Vigor com 9 sementes/m; 3) BRS Cometa com 14 sementes/m.

Blocos ao acaso,com 4 repetições. Espaçamento entre linhas: 0,50 m.

Adubação de base: 300 kg/ha de 05:37:00 e 100 kg KCl/ha aplicado a lanço

imediatamente ao plantio.

Resultados e Discussões Observa-se na Tabela 1, que o stand final de plantas com o uso de semente

com vigor 87% foi maior que com 57%. No tratamento 3, o stand foi corrigido.

Comparando o tratamento 1 com o 3 (mesmo stand) observa-se que com o uso de

uma semente de maior vigor (87%) proporcionou maior número de vagens/plan-

tas, vagens/m2 e consequentemente produtividade significativamente maior. Na

Figura 1, pode-se justificar tal resultado. Observa-se que com o uso de sementes

com vigor de 87%, foi verificado menor frequencia de plantas com baixo número

de vagens/planta. Já para o plantio com sementes de vigor 57% (stand corrigido)

observou menor frequencia de plantas com alto número de vagens/planta.

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Conclusões Foi demonstrado que com o uso de semente com maior vigor, menor foi a pre-

sença de plantas dominadas (plantas com baixo número vagens/planta), maior

o número médio de vangens/planta, maior no número de vagens/m2, maior a

produtividade.

Tabela1

Dados de Stand final, vagens/planta, vagens/m2 e produtividade. PADF, 2008

Produtividade

Stand Final Plantas/m Vagens/planta Vagens/m2 Kg/ha %

1- BRS COMETA 87% 7,6 25,6 393 3020a 100

2- BRS COMETA 57% 6,1 24,4 299 2594 b 85

3- BRS COMETA 57% Corrigido 8 20,1 322 2757 b 91

C.V. (%) 4,9

Figura 1Frequencia de

plantas em função

do número de

vagens/planta

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100

Sistema GTEC de produção do feijoeiro comum

Objetivo Validar tecnologias geradas nos campos experimentais.

Material e Métodos

Ensaio 1 (Validação 1): Local: Fazenda Dom Bosco (Sebastião Conrado), Cristalina, GO. Solo: Latossolo Vermelho, distroférrico, textura franco-argilosa. Época de semeio: maio/2005, cultivo de inverno (3a época). Cultivar: Pérola (grupo carioca). Sistema de cultivo: Plantio direto irrigado após consórcio milho e braquiária cultivado no Sistema Santa Fé.

Tratamentos: conforme tratos culturais da Tabela 1.

Tabela 1Conjunto de tecnologias preconizadas pelo GETEC e utilizadas no ensaio 1. Cristalina, GO. 2005.

Data da Semeadura 19 de maio de 2005Data da Emergência 25 de maio de 2005Cultivar PérolaSistema de Plantio Plantio direto irrigado sobre palhada do consórcio milho e braquiária (20 ton de matéria seca ha-1)

Dessecação de plantio Glifosate (3 l ha-1)Adubação de Plantio 250 kg ha-1 da fórmula 05-37-00Espaçamento e densidade de plantas 0,50 m entre linhas e 10 plantas m-1Tratamento de Semente Cruiser + maxim + spectro (100, 200 e 33,4 ml ou g 100 kg de sementes-1)

Herbicidas pré NãoHerbicidas pós Fusilate (0,8 l ha-1)Fungicidas pós 3 aplicações (R5 + R7 + R8) de Amistar (100 g ha-1)Inseticidas pós 1 aplicação (R7) de Acefato (0,5kg ha-1)Dessecante de colheita NãoFitohormônios 1 aplicação (R5) de Stimulate (250mL ha-1)Adubação foliar 1 aplicação (V4) de Micro feijão AH (1 l ha-1)Cobertura Nitrogenada 45 kg N ha-1 (na forma de ureia) aplicado em V4Adubação K a lanço 60 kg K2O ha-1 aplicado em pré-semeaduraData da colheita 10 de setembro de 2005

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Ensaio 2 (Validação 2):

Local: Fazenda Capivara (Embrapa Arroz e Feijão), Santo Antônio de Goiás, GO.

Solo: Latossolo Vermelho, distroférrico, textura franco-argilosa.

Época de semeio: junho/2005, cultivo de inverno (3a época).

Cultivar: Pontal (grupo carioca).

Sistema de cultivo: Plantio direto irrigado após cultura do milho.

Tratamentos: conforme tratos culturais da Tabela 2.

Tabela 2

Conjunto de tecnologias preconizadas pelo GETEC e utilizadas no ensaio 2. Santo Antônio de

Goiás, GO. 2005.

Data Plantio 7 e 8 de julho de 2005

Data Emergência 13 e 14 de julho de 2005

Cultivar Pontal

Sistema de Plantio Plantio direto irrigado sobre a palhada do consórcio arroz + braquiária (12 ton matéria seca ha-1)

Dessecação de plantio Glifosate (5 l ha-1)

Adubação de Plantio Nitrogênio e Fósforo – 564,3 kg Superfosfato Simples ha-1

e 391,8 kg Sulfato de Amônio ha-1

Espaçamento e densidade de Plantas 0,50 m entre linhas e 10 plantas m-1

Tratamento de Semente Cruiser + Maxin (150 + 100 g ou mL 100 kg de sementes-1)

Herbicidas pré Não

Herbicidas pós 1ª aplicação - 0,5 l ha-1 de Basagran + 0,5 l de Flex + 0,4 l de Energic / ha; 2ª aplicação – 1 l de Flex + 0,75 de Fuzilade / ha

Fungicidas pós 3 aplicações (R5+R7+R8) de Amistar (100 g ha-1)

Inseticidas pós 2 aplicações de Azodrin (0,5 l ha-1)

Dessecante de colheita Não

Fitohormônios 1 aplicação (R5) de Stimulate (250mL ha-1)

Adubação foliar 1 aplicação (V4) de Micro feijão AH (1 l ha-1)

Cobertura Nitrogenada 45 kg N ha-1 (ureia) na 1ª e 2ª coberturas

Adubação K a lanço 156 kg KCl ha-1

Data colheita 21 de outubro de 2005

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Resultados e DiscussõesOs resultados obtidos em ambos os locais (Tabela 3) mostraram-se bastante con-

sistentes (CV ≤ 10%), além de médias bastante superiores à nacional. Outro fato

interessante é a diferença de produtividade entre as cultivares, mesmo sendo cul-

tivadas em ambientes e com tecnologias muito parecidos. A cultivar Pontal, diante

das boas condições de cultivo, consegue expressar melhor seu potencial genético

de produtividade, que é bem superior àquele da Pérola.

Tabela 3

Produtividade1 média do feijoeiro, cultivares Pontal e Pérola, cultivados com tecnologia preco-

nizadas GETEC em dois locais diferentes. Santo Antônio de Goiás e Cristalina, GO. 2005.

Santo Antônio de Goiás Cristalina

Produtividade da cultivar Pontal (kg ha-1 ) Produtividade da cultivar Pérola (kg ha-1 )

R1 3373 R5 3984 R1 3390 R5 3655

R2 3505 R6 4109 R2 3883 R6 3435

R3 4260 R7 4100 R3 3390 R7 3575

R4 3870 R8 4230 R4 3444 R8 3675

Média = 3929 kg ha- ou 65,4 sc ha-1 Média = 3555 kg ha-1ou 59,2 sc ha-1

CV = 8,4% CV = 4,9%

No ensaio 1 foram amostradas 150 plantas dentro da área cultivada para estudar

os componentes da produtividade constituído pelo “número de vagens por planta”

e a “produção por planta”, bem como suas frequencias de distribuição (Figura 1). O

conjunto das tecnologias utilizadas, dentre elas o regulador de crescimento vegetal

aplicado em R5, proporcionou uma redução na frequencia de plantas com menos

de dez vagens (plantas dominadas), comparativamente ao que se encontra em

cultivos convencionais de feijoeiro. Por outro lado, aumentou a frequencia daquelas

contendo entre 11 e 20 vagens. Para as demais faixas, praticamente não houve

alteração. Já com relação a produção por planta, este conjunto de tecnologias pro-

porcionou uma redução na frequencia de plantas que tiveram produção menor

que 20 g por planta, comparativamente ao que se encontra em cultivos conven-

cionais de feijoeiro. Por outro lado, aumentou a frequencia daquelas que tiveram

sua produção superior a 20 g por planta, especialmente na faixa entre 21 a 25 g

por planta. Considerando que o estante final de plantas é praticamente o mesmo,

a alteração na frequencia de plantas observada para estes dois componentes da

produção, induzida pela aplicação do conjunto de tecnologias, explicaria, em parte,

o aumento da produtividade.

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Conclusão Apesar das elevadas produ-

tividades obtidas em ambos

locais com o uso das tecnolo-

gias preconizadas pelo GETEC,

novos ensaios deverão ser re-

alizados com número maior de

cultivares e ambientes, além

da análise da viabilidade eco-

nômica destes cultivos.

Figura 1.

Figura 1 | Frequencia do Número de Vagens Planta-1 (a), Produção Planta-1

(b) e Produção vagem-1 (c), na população de plantas do ensaio 1. Cristalina, GO,

2005.

a) Média do Número de Vagens/Planta = 16,1

b) Média/Produção de Grãos(g)/Vagem = 1,26

b) Média/Produção de Grãos/Planta = 20,6g

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Avaliação do controle de doenças, efeito bioativador dos tratamentos e seus efeitos na produtividade

Objetivo Avaliar o efeito das aplicações preventivas de Amistar e Bion na incidência de

Doenças e efeito verde

Material e Métodos

Local: Fazenda Nova Aliança, PAD-DF.

Solo: Latossolo Vermelho distroférrico, textura franco-argilosa.

Data e época de semeadura: 19/05/2008, cultivo de inverno (3ª safra).

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: SPD em palhada obtida no consórcio milho + braquiária

(Sistema Santa Fé).

Tratamentos: Tabelas 1.

Adubação de base: 300 kg/ha de 05:37:00 e 100 kg KCl/ha aplicado a lanço

imediatamente ao plantio.

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Resultados e Discussões Como no trabalho anterior não foi observado sintomas de doenças foliares no

feijoeiro, consequentemente os efeitos fisiológicos dos produtos são os responsá-

veis pelas diferenças de produtividade. Observa-se na Tabela 1, que a medida em

que aumenta o número de aplicação de Amistar o produtividade cresce, prova-

velmente devido aos efeitos fisiológicos. A aplicação de Bion também promoveu

aumento de produtividade (27%) (semelhante trabalho anterior). Fica claro que a

mistura de fungicida e estimulante de planta (BION) promove o maior acréscimo

de produtividade, ou seja, somatório dos efeitos fisiológicos de cada produto.

Tabela 1

Produtividade1 média do feijoeiro (kg/ha) ensaio BION.

TRATAMENTOS Dose (g do p. comercial/ha) Aplicação (DAE) Produtividade (Kg/ha)

1- Testemunha - - 2112 c (100)

2- Amistar 120 1 aplicação2 2588 b (122)

3- Amistar 120 2 aplicações3 2670 b (126)

4- Amistar 120 3 aplicações4 2673 b (126)

5- Bion 25 3 aplicações 2690 b (127)

6- Amistar+Bion 100+25 3 aplicações 2957 a (140)

1 Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de pro-babilidade.2 1 aplicação = V43 2 aplicações = V4 e R54 3 aplicações = V4, R5 e R7

Conclusões Há indicação que a aplicação de BION promove efeitos fisiológicos positivos no

feijoeiro e que adicionado ao fungicida, aumenta significativamente a produtivida-

de do feijoeiro.

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Efeito da triazois em diferentes estágios naProdutividade do feijoeiro

Objetivo Estudar o efeito da aplicação de triazóis em diferentes estágios de desenvolvi-

mento do feijoeiro, cultivado sob sistema de plantio direto

Material e Métodos Local: Fazenda Nova Aliança, PAD-DF.

Solo: Latossolo Vermelho distroférrico, textura franco-argilosa.

Data e época de semeadura: 19/05/2008, cultivo de inverno (3ª safra).

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: SPD em palhada obtida no consórcio milho + braquiária

(Sistema Santa Fé).

Tratamentos: Foram realizadas aplicações de triazóis nos estágios V2, V4, R5 e R7.

Produtos: Tabelas 1.

Adubação de base: 300 kg/ha de 05:37:00 e 100 kg KCl/ha aplicado a lanço

imediatamente ao plantio.

Resultados e Discussões Nestes ensaios não foram observadas incidências de doenças foliares. Aplicações

de triazóis em R7 e R5 apresentaram efeito positivo na produtividade do feijoeiro,

provavelmente a efeitos fisiológicos. (Tabelas 1 e 2)

Aplicações em V4 e V2, dependendo do triazol ou da época de plantio com tem-

peraturas menores, pode haver efeito de fitotoxicidade e consequentemente dimi-

nuição da produtividade.

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Tabela 1

Produtividade1 média do feijoeiro (SC/ha). Aplicação em R7.

Produtividade

Cristalina Santo Antônio

Tratamento Absoluta (sc/ha) Relativa(%) Absoluta (sc/ha) Relativa(%)

1 Testemunha 43,9 c 100 31,3 a 100

2 Alto 100 51,6 ab 117 37,9 a 121

3 Tilt 51,0 ab 116 35,2 a 112

4 Score 56,3 ab 128 34,8 a 111

5 Opus 53,7 ab 122 35,5 a 113

6 Palisade 50,5 b 114 35,1 a 112

7 Folicur 52,2 ab 118 36,2 a 115

C.V. (%) 9,1 - 11,6 -

1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Tabela 2

Produtividade1 média do feijoeiro (SC/ha). Aplicação em R5.

Produtividade

Cristalina Santo Antônio

Tratamento Absoluta (sc/ha) Relativa(%) Absoluta (sc/ha) Relativa(%)

1 Testemunha 43,0 b 100 32,9 a 100

2 Alto 100 51,8 a 120 34,7 a 107

3 Tilt 54,4 a 126 33,8 a 102

4 Score 54,4 a 126 34,2 a 103

5 Opus 51,5 a 119 33,6 a 102

6 Palisade 53,2 a 123 33,3 a 101

7 Folicur 51,9 a 120 32,6 a 99

C.V. (%) 9,3 - 13,7 -

1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Tabela 3

Produtividade1 média do feijoeiro (SC/ha). Aplicação em V4.

Produtividade

Cristalina Santo Antônio

Tratamento Absoluta (sc/ha) Relativa(%) Absoluta (sc/ha) Relativa(%)

1 Testemunha 45,1 c 100 32,3 a 100

2 Alto 100 52,0 ab 117 31,5 a 97

3 Tilt 52,5 a 116 32,9 a 101

4 Score 53,7 a 128 28,4 a 87

5 Opus 52,7 ab 122 25,8 a 79

6 Palisade 46,1 bc 114 34,6 a 107

7 Folicur 44,3 c 118 31,8 a 98

C.V. (%) 9,0 - 14,7 -

1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Tabela 4

Produtividade1 média do feijoeiro (SC/ha). Aplicação em V2.

Produtividade

Cristalina Santo Antônio

Tratamento Absoluta (sc/ha) Relativa(%) Absoluta (sc/ha) Relativa(%)

1 Testemunha 44,8 b 100

2 Alto 100 46,1 ab 102

3 Tilt 44,4 ab 98

4 Score 48,1 ab 107

5 Opus 49,7 a 110

6 Palisade 48,7 ab 108

7 Folicur 49,6 ab 110

C.V. (%) 8,2 -

1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Avaliação do ativador de plantas Bion no desenvolvimento de sintomas de mancha angular

Objetivo Avaliar o efeito das aplicações preventivas de Bion na incidência de Mancha

Angular

Material e Métodos Foram realizados em dois anos (2007 e 2008) três ensaios em cada ano.

ANO 1

Local: Fazenda Manga, Cristalina, GO.

Solo: Latossolo Vermelho distroférrico, textura franco-argilosa.

Data e época de semeadura: 25/03/2007, cultivo de inverno (3ª safra).

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: SPD em palhada obtida de milho

Tratamentos: Tabelas (1, 2 e 3).

Adubação de base: 350 kg/ha de 05:25:00 e 100 kg KCl/ha aplicado a lanço

imediatamente ao plantio.

ANO 2 Local: Fazenda Nova Aliança, PAD-DF.

Solo: Latossolo Vermelho distroférrico, textura franco-argilosa.

Data e época de semeadura: 19/05/2008, cultivo de inverno (3ª safra).

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: SPD em palhada obtida no consórcio milho + braquiária

(Sistema Santa Fé).

Tratamentos: Tabelas (1, 2 e 3).

Adubação de base: 300 kg/ha de 05:37:00 e 100 kg KCl/ha aplicado a lanço

imediatamente ao plantio.

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Resultados e Discussões Como os trabalhos foram realizados na época de inverno, não foi detectado

sintomas de Mancha Angular. Desta forma, as diferenças de produtividade em fun-

ção de tratamentos provavelmente acontecem em função de efeitos fisiológicos.

Observa-se, na Tabela 1, que a aplicação de Bion em 4 aplicações promoveu um

aumento de 20% na produtividade do feijoeiro em relação a testemunha.

Três aplicações do fungicida estrobirulina (Amistar) + Mertin, promoveu um

aumento médio de 35% da produtividade. Isto já está sendo estudado e ocorre

devido aos efeitos fisiológicos de aumento da nitrato redutase, diminuição da res-

piração e aumento da fotossíntese líquida.

A mistura do fungicida e o bioestimulante BION aumentou a produtividade em

54%. Isto deve estar ocorrendo pelo somatório dos efeitos fisiológicos. Os mesmos

resultados foram obtidos nos ensaios de Fosfito PK e Bion+Fosfito.

Tabela 1

Produtividade1 média do feijoeiro (kg/ha) ensaio BION.

Produtividade (kg/ha)

Tratamentos Ano 1 Ano 2 Média

1- Testemunha 2424 de 2048 d 2236 e (100)

2- Bion2 (V2 V4 R5 R7) 2336 e 3043 abc 2690 d (120)

3- Amistar2+Mertin2 (V4 R5 R7) 2994 bc 3049 abc 3021 bc (135)

4- Amistar+Mertin (V4 R5 R7) 3 Bion (V4 R5 R7) 3555 a 3374 a 3464 a (154)

5- Amistar+Mertin (V4 R5) 2660 cde 2789 c 2725 cd (121)

6- Amistar+Mertin (V4 R5) 2 Bion (V4 R5 ) 2767 cd 3347 ab 3057 b (136)

7- Amistar+Mertin (V4 R5) 3 Bion (V4 R5 R7 ) 2928 bc 2935 bc 2931 bcd (131)

8- Bion (V4 R5 R7) 3288 ab 2810 c 3049 b (136)

C.V.(%) 8,23

1 Médias seguidas pela mesma letra na vertical, dentro de cada ano analisado, não diferem entre si, pelo

teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

2Bion 25 g/ha, Amistar 120 g/ha; Mertin 0,4 l/ha

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Tabela 2

Produtividade1 média do feijoeiro (kg/ha) ensaio Fosfito PK

Produtividade (kg/ha)

Tratamentos Ano 1 Ano 2 Média

1- Testemunha 2654 bc 2184 d 2419 e (100)

2- Fosfito2 (V2 V4 R5 R7) 2415 c 2912 bc 2664 de (110)

3- Amistar2+Mertin2 (V4 R5 R7) 3270 a 2904 bc 3087 b (127)

4- Amistar+Mertin (V4 R5 R7) 3 Fosfi (V4 R5 R7) 3353 a 3463 a 3408 a (140) 5- Amistar+Mertin (V4 R5) 3365 a 2612 c 2989 bc (121)

6- Amistar+Mertin (V4 R5) 2 Fosfito (V4 R5 ) 2598 bc 3248 ab 2923 bcd (120)

7- Amistar+Mertin (V4 R5) 3 Fosfito (V4 R5 R7 ) 2840 b 3164 ab 3002 bc (124)

8- Fosfito (V4 R5 R7) 2753 bc 2886 bc 2819 cd (116)

C.V.(%) 7,19

1 Médias seguidas pela mesma letra na vertical, dentro de cada ano analisado, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.2Fosfito PK 1,5 l/ha, Amistar 120 g/ha; Mertin 0,4 l/ha

Tabela 3

Produtividade1 média do feijoeiro (kg/ha) ensaio BION + Fosfito PK

Produtividade (kg/ha)

Tratamentos Ano 1 Ano 2 Média

1-Testemunha 2206 b 2048 c 2127 d (100) 2- Bion2 +Fosfito2(V2 V4 R5 R7) 2709 a 3043 ab 2876 b (135)

3- Amistar2+Mertin2 (V4 R5 R7) 2848 a 3049 ab 2948 ab (138)

4- A+M (V4 R5 R7) 3 Bion + Fosfito (V4 R5 R7) 3051 a 3374 a 3212 a (151)

5- Amistar+Mertin (V4 R5) 2865 a 2789 b 2927 b (132)

6- A+M (V4 R5) 2 Bion+ Fosfito (V4 R5 ) 2746 a 3347 a 3047 ab (143)

7- A+M (V4 R5) 3 Bion+Fosfito (V4 R5 R7 ) 2951 a 2935 ab 2943 ab (138)

8- Bion+Fosfito (V4 R5 R7) 2173 b 2810 b 2491 c (117)

C.V.(%) 9,32

1 Médias seguidas pela mesma letra na vertical, dentro de cada ano analisado, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.2Fosfito PK 1,5 l/ha, Bion 25 g/ha, Amistar 120 g/ha; Mertin 0,4 l/ha

Conclusões Há indicação que a aplicação de BION promove efeitos fisiológicos positivos no feijo-

eiro, e que, adicionado ao fungicida, aumenta significativamente a produtividade.

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Integração do controle biológico de patógenos desolo com a utilização do Trichoderma harzianum

Objetivo Estudar o efeito das formulações de Trichoderma harzianum na produtividade do

feijoeiro

Material e Métodos

Local: Fazenda Nova Aliança, PAD-DF.

Solo: Latossolo Vermelho distroférrico, textura franco-argilosa.

Data e época de semeadura: 19/05/2008, cultivo de inverno (3ª safra).

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: SPD em palhada obtida no consórcio milho + braquiária

(Sistema Santa Fé).

Tratamentos: Tabela 1

Blocos ao acaso,com 4 repetições. Espaçamento entre linhas: 0,50 m.

Adubação de base: 300 kg/ha de 05:37:00 e 100 kg KCl/ha aplicado a lanço

imediatamente ao plantio.

Tabela 3

Produtividade1 média do feijoeiro (kg/ha).

Tratamentos Aplicação/Dose Produtividade (kg/ha)

1- Testemunha - 3374 a 2- Ecotrich - 3137 b 3- Trichodermil - 3268 a 4- Testemunha - 2648 c C.V.= 4,43%

1 Produtividades médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Controle de podridões radiculares no feijoeiro comum com o fungicida microbiano trichodermil

Objetivo Avaliar a eficiência do produto TRICHODERMIL (ingrediente ativo: conídios do fun-

go Trichoderma harzianum), para o controle de podridões radiculares do feijoeiro

comum, causadas por Fusarium solani e Rhizoctonia solani.

Material e Métodos

Local: PAD-DF, Brasilia (Bonato)

Solo: Latossolo vermelho-amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: outubro / 2004, cultivo de verão.

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: Plantio direto não irrigado.

Tratamentos: 1- TRICHODERMIL SE (600ml/Ha) – 1,2x1012 Conídios/Ha Via Jato Dirigido + TS + TIVJD

2- TRICHODERMIL SE (800ml/Ha) – 1,6x1012 Conídios/Ha Via Jato Dirigido + TS + TIVJD

3- TRICHODERMIL SE (1000ml/Ha) – 2x1012 Conídios/Ha Via Jato Dirigido + TS + TIVJD

4- TRICHODERMIL SE (2000ml/Ha) – 4x1012 Conídios/Ha Via Jato Dirigido + TS + TIVJD

5- Padrão Químico: Tratamento Padrão de Sementes a cada 100 Kg ( Monceren 200g;

Vitavax+Thiram 250ml; Stimulate 100ml; 200 G De Inoculante Rhizobium Para Feijão;

Orthene 500g) + Tratamento com Inseticida Via Jato Dirigido 25 Ml De Plat – TIVJD.

6- Testemunha: Somente TIVJD.

Delineamento experimental: Blocox casualizado no arranjo em faixas.

Resultados e Discussões A avaliação inicial das populações de F. solani no solo indicou uma população

relativamente uniforme entre os diferentes tratamentos, em torno de 3200 pro-

págulos por grama de solo. Este nível equivale também a três vezes mais inóculo

no solo do que é considerado como nível de dano econômico para este patógeno,

na cultura do feijoeiro. Na avaliação feita 30 dias após a aplicação dos tratamen-

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tos, foram observadas diferentes respostas à aplicação de Trichodermil em suas

diferentes dosagens, além das testemunhas. Trichodermil, nas dosagens de 800 e

1000 mL/ha, foi capaz de reduzir a densidade de F. solani no solo. É justamente

nesta fase (até o pré-florescimento) em que as podridões radiculares causam os

maiores danos às raízes, definindo perdas irreversíveis na produção. Nas aplicações

de Trichodermil a 600, 1200 e 2000 mL, houve um incremento da densidade de

inóculo de F. solani no solo, compatível com a dinâmica deste patógeno. Este com-

portamento também foi observado nas testemunhas. É também possível que na

dosagem de 2000 mL/ha tenha havido auto-inibição do antagonista (Figura 1)

Figura 1Populações de Fusarium solani avaliadas nos diferentes tratamentos, antes da aplicação de

Trichodermil e 30 dias após a aplicação do produto. PAD-DF, 2004.

Para o controle de R. solani, novamente as dosagens de 800 e 1000 mL fornece-

ram os melhores resultados de controle (Figura 2), sendo que o patógeno também

teve sua densidade reduzida com a aplicação de Trichodermil a 1200 mL/ha. A

dosagem de 600 mL/ha não foi capaz de reduzir as populações de R. solani no

solo, mas neste caso o seu aumento foi inferior ao constatado para 2000mL/ha, e

para as testemunhas.

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Figura 2Populações de Rhizoctonia solani avaliadas nos diferentes tratamentos, antes da aplicação de

Trichodermil e 30 dias após a aplicação do produto. PAD-DF, 2004.

Para ambos os patógenos, Trichodermil aplicado a 800 mL/ha ou 1000mL foi

capaz de reduzir o inóculo de F. solani no solo em 67% e 59%, respectivamente.

Em relação a R. solani, esta redução foi de 83,5% e 55%. Houve, então, uma redu-

ção expressiva das populações de patógenos, contrastante com o aumento destes

no tratamento de sementes, padrão utilizado por produtores para o controle de

patógenos do sistema radicular. Observa-se também que o tratamento de semen-

tes com fungicidas sintéticos, com efeito residual estimado entre 10-12 dias, teve

desempenho semelhante à testemunha absoluta, onde as sementes não foram

tratadas.

Trichodermil aplicado a 800 e 1000 mL foi capaz de estender seus efeitos até

pelo menos 30 dias após o plantio, quando a cultura estava próxima ao pré-flo-

rescimento, gerando resultados superiores ao tratamento padrão. Os resultados

obtidos pelo agente de controle biológico provavelmente superam os obtidos (ou

esperados) por qualquer fungicida sintético utilizado para o controle de podridões

radiculares, e aparentemente são inéditos na produção do feijoeiro comum.

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Figura 3Populações de Trichoderma spp. avaliadas nos diferentes tratamentos, antes da aplicação de

Trichodermil e 30 dias após a aplicação do produto. PAD-DF, 2004.

A análise das populações de Trichoderma no solo (Figura 3) indicou um aumento

das populações de Trichoderma no solo, nas dosagens de 800, 1000 e 1200 mL/

ha, indicando um estabelecimento e multiplicação desta espécie no solo, aos 30

dias após a aplicação do Trichodermil. Este aumento é uma provável explicação

para o sucesso do controle biológico dos patógenos habitantes do solo.

Os efeitos da aplicação de Trichodermil se estenderam à colheita do feijoeiro,

com produtividades entre 63,7 e 64,15 sacas por hectare para os tratamentos com

600, 800 e 1000 mL/ha. Estas dosagens e o seu respectivo controle de F. solani e

R. solani na área de plantio permitiram um incremento de aproximadamente duas

sacas, em comparação à produtividade da área com tratamento de sementes com

fungicidas sintéticos.

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A diferença entre a produtividade da testemunha absoluta (59 sacos/ha), e

os tratamentos com Trichodermil, chegou a 300 kg/ha, ou seja, cinco sacas/há

(Figura 4)

Figura 4 | Produtividade

Diante dos resuldados conclui-se que:

Recomenda-se a aplicação de Trichodermil suspensão oleosa em sulcos, du-

rante o plantio do feijoeiro comum, para o controle das podridões radiculares cau-

sadas por F. solani e R. solani.

O controle biológico de patógenos habitantes do solo permite o aumento de

produtividade na cultura do feijoeiro comum.

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Integração do controle biológico de patógenos desolo com a utilização do Trichoderma harzianum

Objetivo Estudar o efeito da qualidade e tratamento de sementes na severidade de podri-

dões radiculares (Fusarium solani e Rhizoctonia solani) em feijoeiro comum, irriga-

do e não irrigado, cultivado no sistema de plantio direto.

Material e Métodos

Ensaio 1 Local: Unaí, MG.

Solo: Latossolo vermelho-amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: novembro / 2002, cultivo de verão.

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: Plantio direto não irrigado.

Tratamentos: resultado do fatorial (3x2), sendo 3 tipos de sementes (básica,

certificada e grão) e 2 tratamentos de sementes (com e sem), completando 6 tra-

tamentos.

Tratamento de sementes: cruiser + maxim + spectro, respectivamente, nas

doses de 100, 200 e 33,4 ml ou g / 100 kg de sementes;

Delineamento experimental: inteiramente casualizado no arranjo em faixas.

Ensaio 2 Local: Unaí, MG.

Solo: Latossolo vermelho-amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: julho / 2003, cultivo de inverno.

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: Plantio direto irrigado, após consórcio milho + braquiária.

Tratamentos: resultado do fatorial (3x2), sendo 3 tipos de sementes (básica,

certificada e grão) e 2 tratamentos de sementes (com e sem), completando 6 tra-

tamentos.

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Tratamento de sementes: cruiser + maxim + spectro, respectivamente, nas

doses de 100, 200 e 33,4 ml ou g / 100 kg de sementes;

Delineamento empregado: inteiramente casualizado no arranjo em faixas.

Ensaio 3 Local: Unaí, MG.

Solo: Latossolo vermelho-amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: julho / 2004, cultivo de inverno.

Cultivares: Pérola e Valente.

Sistema de cultivo: Plantio direto irrigado.

Tratamentos: resultado do fatorial (2x2), sendo dois tipos de sementes (básica,

certificada), com ou sem tratamento de sementes, completando 4 tratamentos.

Tratamento de sementes: Maxim XL, na dose de 100 ml/100 kg de sementes;

Delineamento empregado: inteiramente casualizado no arranjo em faixas.

Ensaio 4 Local: Unaí, MG.

Solo: Latossolo vermelho-amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: novembro/ 2004, cultivo de verão.

Cultivares: Pérola e Valente.

Sistema de cultivo: Plantio direto sobre palhada de braquiária + milho, e sobre

palhada de milho.

Tratamentos: resultado do fatorial (2x2x2), sendo dois ambientes, dois tipos de

sementes (semente x grão), com ou sem tratamento de sementes, completando 8

tratamentos.

Tratamento de sementes: Maxim XL, na dose de 100 ml / 100 kg de sementes;

Delineamento empregado: inteiramente casualizado no arranjo em faixas.

Resultados e Discussões Os resultados obtidos em 2002 e 2003 (Figura 1) mostraram uma grande dife-

rença entre sementes e grãos quanto à severidade da doença, além dos efeitos

do tratamento com fungicidas. As sementes básicas e certificadas tiveram desem-

penho semelhante entre si, com 5 e 20% de área radicular lesionada, respectiva-

mente, com ou sem o tratamento de sementes. Para os grãos, foi observado um

aumento de até 300% de doença, em comparação com sementes. A ocorrência de

podridões radiculares também afetada pela época de plantio, com maiores danos

no plantio de inverno, ainda que a severidade de podridões radiculares tenha sido

proporcional nas duas épocas de plantio.

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123 Estas diferenças na severidade dependeram, principalmente, do ambiente favo-

rável ao desenvolvimento dos patógenos. Assim, na cultura de inverno (plantio em

julho), com um período de frio intenso durante a germinação da cultura, implan-

tada em solo com compactação próxima aos 10 cm de profundidade, as condições

ambientais foram bastante favoráveis ao desenvolvimento de podridões radicula-

res. Desta forma, a germinação e o desenvolvimento inicial das plântulas foram

mais lentos, com sementes e raízes das plântulas expostas por um maior tempo ao

ataque dos patógenos. A densidade de inóculo foi semelhante entre as duas áreas

de plantio, superior a 3000 propágulos de F. solani em ambas.

Independentemente da época de plantio, foram evidentes os efeitos do tra-

tamento de sementes e da qualidade do material de plantio. O tratamento de

sementes reduziu, no cultivo em sequeiro, a severidade da doença em aproxima-

damente 75%, tanto nas básicas quanto nas certificadas, em relação à testemunha.

Já no plantio no inverno, irrigado por pivô central, esta redução foi de aproximada-

mente 50%. Esta mesma redução ocorreu quando se utilizou grãos como semen-

tes, em ambos os cultivos.

Tanto para o plantio realizado em junho de 2004 como em novembro de 2004,

foram utilizados lotes de sementes e grãos e verificou-se na média o retorno eco-

nômico do tratamento de semente e do uso de sementes certificadas.

Figura 1 Efeito da qualidade e do tratamento de sementes nas podridões radiculares do feijoeiro comum cv.

Pérola. Unaí, MG. 2002 e 2003.

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Estas diferenças na severidade dependeram, principalmente, do ambiente favo-

rável ao desenvolvimento dos patógenos. Assim, na cultura de inverno (plantio em

julho), com um período de frio intenso durante a germinação da cultura, implanta-

da em solo com compactação próximo aos 10 cm de profundidade, as condições

ambientais foram bastante favoráveis ao desenvolvimento de podridões radicula-

res. Desta forma, a germinação e o desenvolvimento inicial das plântulas foram

mais lentos, com sementes e raízes das plântulas expostas a um maior tempo ao

ataque dos patógenos. A densidade de inóculo foi semelhante entre as duas áreas

de plantio, superior a 3000 propágulos de F. solani em ambas.

Independentemente da época de plantio, foram evidentes os efeitos do tra-

tamento de sementes e da qualidade do material de plantio. O tratamento de

sementes reduziu, no cultivo em sequeiro, a severidade da doença em aproxima-

damente 75%, tanto nas básicas quanto nas certificadas, em relação à testemunha.

Já no plantio no inverno, irrigado por pivô central, esta redução foi de aproximada-

mente 50%. Esta mesma redução ocorreu quando se utilizou grãos como semen-

tes, em ambos os cultivos.

Tanto para o plantio realizado em junho de 2004 como em novembro de 2004,

foram utilizados lotes de sementes e grãos e verificou-se na média o retorno eco-

nômico do tratamento de semente e do uso de sementes certificadas.

TABELA 1

Produção de feijoeiro comum das cultivares Pérola e Valente, em cultivo irrigado

por pivô central, de acordo com a origem e o tratamento de sementes. Unaí, MG,

junho de 2004.

Cultivar Pérola Valente Tratamento Grão Semente Semente Grão

Sem TS 2594 Aa 3119 Ba 2447 Ab 2074 Ab Com TS 3562 Ab 3454 Aa 3090 Aa 2778 Aa Diferença (kg/ha) Com TS – Sem TS 968 335 643 704 Diferença (RS$/ha) Com TS – Sem TS 1048,60 362,92 696,58 880,00

Sem TS Com TS Sem TS Com TS

Diferença (kg/ha) Semente – Grão 525 -108 373 312 Diferença (RS$/ha) Semente – Grão 568,75 -117,00 404,08 338,00

Médias seguidas por letras iguais não diferem entre si, de acordo com o teste de Tukey (5%). Compa-rações feitas dentro de cada cultivar, sendo que letras maiúsculas identificam comparações em linhas, enquanto minúsculas comparam resultados em colunas.

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TABELA 2

Produção de feijoeiro comum das cultivares Pérola e Valente, de acordo com a origem e o

tratamento de sementes, no ambiente de palhada de milho. Unaí, MG, novembro 2004.

Cultivar Pérola Valente Tratamento Grão Semente Semente Grão Sem TS 1807 1848 1874 1761 Com TS 1964 2247 1932 1576 Diferença (kg/ha) Com TS – Sem TS 157 399 58 -185 Diferença (RS$/ha) Com TS – Sem TS 170,08 432,25 62,83 -200,40 Sem TS Com TS Sem TS Com TS Diferença (kg/ha) Semente – Grão 41 283 113 356 Diferença (RS$/ha) Semente – Grão 44,41 306,58 122,40 385,66

Médias seguidas por letras iguais não diferem entre si, de acordo com o teste de Tukey (5%). Compa-rações feitas dentro de cada cultivar, sendo que letras maiúsculas identificam comparações em linhas, enquanto minúsculas comparam resultados em colunas.

TABELA 3

Produção de feijoeiro comum das cultivares Pérola e Valente, de acordo com a origem e o tratamento de

sementes, no ambiente de palhada de milho+braquiária. Unaí, MG, novembro 2004.

Cultivar Pérola Valente Tratamento Grão Semente Semente Grão Sem TS 1972 2034 2046 2204 Com TS 2152 2389 2217 2309 Diferença (kg/ha) Com TS – Sem TS 180 355 171 105 Diferença (RS$/ha) Com TS – Sem TS 195,00 384,58 185,25 113,75 Sem TS Com TS Sem TS Com TS Diferença (kg/ha) Semente – Grão 62 237 -158 -92 Diferença (RS$/ha) Semente – Grão 67,16 256,75 -171,16 -99,66

Médias seguidas por letras iguais não diferem entre si, de acordo com o teste de Tukey (5%). Compa-rações feitas dentro de cada cultivar, sendo que letras maiúsculas identificam comparações em linhas, enquanto minúsculas comparam resultados em colunas.

Diante dos resultados, foi concluído que, para nas áreas experimentais, em siste-

ma de plantio intensivo, o uso de sementes certificadas e tratadas é indispensável

para o controle de F. solani e R. solani. Mesmo em áreas de uso recente, a proteção

de sementes e plântulas no desenvolvimento inicial da cultura produz resultados

satisfatórios e afeta significativamente a produtividade de lavouras.

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Efeito da adubação básica de plantio na severidade de podridões radiculares em feijoeiro

Objetivo Estudar o efeito da adubação básica de plantio na severidade de podridões ra-

diculares (fusarim solani e rhizoctonia solani) em feijoeiro comum, irrigado e não

irrigado, cultivado no sistema de plantio direto.

Material e Métodos

Ensaio 1 Local: Unaí, MG.

Solo: Latossolo vermelho-amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: julho / 2003, cultura de inverno.

Cultivar: pérola.

Sistema de cultivo: Plantio direto irrigado, após consórcio milho + braquiária.

Tratamentos: dois tipos de adubação de plantio: 1o) NPK (4-30-16) + Zn apli-

cado junto com a semente na linha de plantio, e; 2o ) MAP + K, onde o MAP é

aplicado junto com a semente na linha de plantio e o K é aplicado à lanço, na forma

de KCl, dois dias após plantio.

Tratamento de sementes: cruiser + maxim + spectro, respectivamente, na

dose de 100, 200 e 33,4 ml ou g / 100 kg de sementes;

Delineamento empregado: inteiramente casualizado no arranjo em faixas.

Ensaio 2 Local: Unaí, MG.

Solo: Época de plantio: novembro / 2003, cultura de verão.

Cultivar: pérola.

Sistema de cultivo: Plantio direto não irrigado, após a cultura de feijão.

Tratamentos: dois tipos de adubação de plantio: 1o) NPK (4-30-16) + Zn apli-

cado junto com a semente na linha de plantio, e; 2o ) MAP + K, onde o MAP é

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aplicado junto com a semente na linha de plantio e o K é aplicado à lanço, na forma

de KCl, dois dias após plantio.

Tratamento de sementes: cruiser + maxim + spectro, respectivamente, na

dose de 100, 200 e 33,4 ml ou g / 100 kg de sementes;

Delineamento empregado: inteiramente casualizado no arranjo em faixas.

Resultados e Discussões Os resultados (Figura 1) mostram que o padrão da severidade das podridões

radiculares, em função dos tratamentos, manteve o mesmo nas duas épocas de

plantio. A grande diferença entre elas está na magnitude da severidade. Para a

adubação com NPK, a severidade das podridões radiculares no plantio de novem-

bro/2003, quando comparado ao anterior, reduziu praticamente pela metade. Re-

sultado semelhante ocorreu com a adubação de MAP+K, onde a redução foi ainda

maior. Estas diferenças na magnitude da severidade estão relacionadas com a

densidade inicial de inóculo no solo mas, principalmente, com as condições mi-

croclimáticas por ocasião do plantio. Na cultura de inverno (plantio em julho), com

temperatura do ambiente menor e irrigações frequentes, as condições microclimá-

ticas são amplamente favoráveis ao desenvolvimento dos fungos fusarim solani e

rhizoctonia solani, causadores das podridões. Somado a isto, tem a germinação e

o desenvolvimento inicial das plântulas mais lentos, decorrentes da baixa tempe-

ratura do solo, proporcionando assim, maior tempo de exposição das mesmas ao

ataque dos patógenos.

Figura 1 Efeito da adubação básica de plantio nas podridões radiculares do feijoeiro comum cv ‘pérola´. Unaí, MG. 2003.

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Independentemente do cultivo, fica claro o efeito da adubação básica de plantio

na severidade da doença. No cultivo de julho/2003, onde a severidade da doença

foi maior, a adubação com MAP+K reduziu sua magnitude à metade daquela com

NPK. Já em novembro/2003, esta redução foi ainda mais acentuada, chegando

aproximadamente a 1/3 daquela com NPK. Este efeito pode ser justificado pela

ação do KCl, quando aplicado em doses elevadas, diretamente no sulco de plantio

com as sementes. A elevação da concentração de sais no sulco de plantio retarda

a germinação e o desenvolvimento inicial das plântulas do feijoeiro, aumentando

o tempo de exposição aos patógenos de solo. Concomitantemente, a ação direta

deste sal causa necrose nos tecidos das sementes e das raízes de plântulas (quei-

ma de raízes), tornando estas áreas “portas de entrada” para os patógenos causa-

dores das podridões radiculares (Figura 2).

Figura 2Plantas de feijoeiro comum cv ´pérola adubadas com MAP + K e NPK no plantio.

Diante dos resultados, pode-se concluir que para condições semelhantes às expe-

rimentais, a adubação básica de plantio com MAP+K (K na forma de KCl aplicado à

lanço após o plantio), quando comparada com NPK diretamente no sulco de plan-

tio, reduz significativamente as podridões radiculares causadas pelo fusarim solani

e pela rhizoctonia solani

MAP + K

NPK

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Efeito fitotóxico dos herbicidas DUAL, PIVOT, VEZIR e ZETAPYR no feijoeiro comum

Objetivo Estudar o efeito fitotóxico da aplicação dos herbicidas Dual em pré-emergência;

Pivot e Vezir em pré e pós-emergência; e Zetapyr em pós-emergência, na produti-

vidade do feijoeiro comum, cultivado sob o sistema plantio direto.

Material e Métodos

Ensaio 1 Local: Fazenda Guaribas (Antero Mânica), Unaí, MG.

Solo: Latossolo Vermelho, distroférrico, textura franco-argilosa.

Época de semeio: julho/2004, cultivo de inverno (3a época).

Cultivares: Pérola (grupo carioca), Radiante (grupo carioca) e Valente (grupo

preto).

Espaçamento; Densidade e Profundidade de semeio: 0,5 m; 15 sementes

m-1 e 0,05 m.

Sistema de cultivo: Plantio direto irrigado após a cultura do milho.

Tratamentos: conforme Tabelas 1 e 2.

Delineamento experimental empregado: inteiramente casualizado, no ar-

ranjo em faixas, com oito repetições.

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Ensaio 2 Local: Fazenda Guaribas (Antero Mânica), Unaí, MG.

Solo: Latossolo Vermelho, distroférrico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: novembro/2004, cultivo de verão (1a época).

Cultivar: Pérola (grupo carioca).

Espaçamento; Densidade e Profundidade de semeio: 0,5 m; 15 sementes

m-1 e 0,05 m.

Sistema de cultivo: Plantio direto após consórcio de milho e braquiária cultiva-

do no Sistema Santa Fé.

Tratamentos: Conforme Tabelas 1 e 2.

Delineamento experimental empregado: inteiramente casualizado, no ar-

ranjo em faixas, com cinco repetições.

Ensaio 3 Local: Fazenda Dom Bosco (Sebastião Conrado), Cristalina, GO.

Solo: Latossolo Vermelho, distroférrico, textura franco-argilosa.

Época de semeio: maio/2005 (19/05/2005), cultivo de inverno (3ª safra).

Cultivar: Pérola (grupo carioca).

Espaçamento; Densidade e Profundidade de semeio: 0,5 m; 15 sementes

m-1 e 0,05 m.

Sistema de cultivo: Plantio direto irrigado após consórcio de milho e braquiária

cultivado no Sistema Santa Fé.

Tratamentos: Aplicações de diferentes herbicidas pós emergentes, sozinhos ou

associados, em diferentes doses, conforme Tabela 3.

Resultados e Discussões Os resultados dos ensaios com herbicidas pré-emergentes (Tabela 1, ensaios 1 e

2) mostraram que apesar de não haver diferenças significativas entre os tratamen-

tos, houve uma tendência da aplicação de Pivot e Vezir, principalmente na maior

dose (0,5 l ha-1 ) para ambos ensaios, e mais acentuadamente no caso da cultivar

Radiante, de redução da produtividade do feijoeiro em relação ao tratamento tes-

temunha. Vale ressaltar que no ensaio 1 (cultivo de inverno), ocorreram baixas

temperaturas no início do desenvolvimento do feijoeiro, fato que, provavelmente,

afetou a capacidade da planta em recuperar da fitotoxicidade inicial dos herbicidas.

Para a aplicação dos herbicidas em pós-emergência (Tabela 2), tanto no ensaio 1

quanto no 2, também houve efeito depressivo da produtividade nos tratamentos

com herbicidas Pivot e Vezir, especialmente nas doses de 0,4 e 0,5 l ha-1 e com

a cultivar Radiante, apesar de não significativo estatisticamente. A mistura destes

produtos com Basagran diminuiu a fitotoxicidade e, consequentemente, não houve

redução significativa da produtividade.

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Tabela 1

Produtividades1, absoluta e relativa do feijoeiro, cultivares Pérola, Valente e Radiante, em

função de herbicidas pré emergentes, aplicados em diferentes doses, sozinhos ou associados.

Unaí, MG, 2004. Pérola Valente Radiante Inverno 2004 Verão 2004 Inverno 2004 Inverno 2004Tratamento (ensaio 1) (ensaio 2) (ensaio 1) (ensaio 1)

% % % %

1. Dual 0,8 l ha-1 2753 a 95 1615 a 96 3147 a 96 2534 a 101

2. Pivot 0,3 l ha-1 2702 a 93 1706 a 101 2908 a 89 2483 a 99

3. Pivot 0,4 l ha-1 2666 a 92 1531 a 91 2907 a 89 2367 a 94

4. Pivot 0,5 l ha-1 2659 a 92 1531 a 91 2985 a 91 2252 a 89

5. Vezir 0,3 l ha-1 2643 a 91 1606 a 96 2967 a 90 2641 a 105

6. Vezir 0,4 l ha-1 2651 a 91 1418 a 84 2853 a 87 2546 a 101

7. Vezir 0,5 l ha-1 2660 a 91 1420 a 84 3053 a 93 2024 a 80

8. Test. Capinada 2890 a 100 1682 a 100 3261 a 100 2510 a 100

C. V. (%) 8,8 11,1 11,6 9,3

1 Dados já publicados em: COBUCCI, T. & WRUCK, F. J. (eds). Resultados obtidos na área pólo de feijão

no período de 2002 a 2004. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2005. 107p. (Documentos

Embrapa Arroz e Feijão, 174).

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Tabela 2Produtividades1, absoluta e relativa do feijoeiro, cultivares Pérola, Valente e Radiante, em

função de herbicidas pós emergentes, aplicados em diferentes doses, sozinhos ou associados.

Unaí, MG, 2004. Pérola Valente Radiante Inverno 2004 Verão 2004 Inverno 2004 Inverno 2004Tratamento (ensaio 1) (ensaio 2) (ensaio 1) (ensaio 1)

% % % %

1. Pivot 0,3 l ha-1 2719 a 94 1571ab 101 3006 a 102 2640 abc 101

2. Pivot 0,4 l ha-1 2725 a 94 1520 abcd 98 2847 a 97 2382 abc 91

3. Pivot 0,5 l ha-1 2751 a 95 1224 d 79 2927 a 100 2208 bc 84

4. Piv + Bas 0,3+0,8 l ha-1 3076 a 106 1599 ab 103 3060 a 104 2671 abc 102

5. Piv + Bas 0,4+0,8 l ha-1 2962 a 102 1520 abcd 98 2954 a 101 2625 abc 100

6. Piv + Bas 0,5+0,8 l ha-1 3076 a 106 1448 abcd 93 3038 a 103 2569 abc 98

7. Vezir 0,3 l ha-1 2679 a 92 1536 abc 99 2960 a 101 2708 abc 103

8. Vezir 0,4 l ha-1 2717 a 94 1335 bcd 86 2913 a 99 2060 c 79

9. Vezir 0,5 l ha-1 2563 a 88 1243 cd 80 2859 a 97 2287 bc 87

10. Vez + Bas 0,3+0,8 l ha-1 3092 a 107 1475 abcd 95 2933 a 100 3102 a 119

11. Vez + Bas 0,4+0,8 l ha-1 2920 a 101 1473 abcd 95 3127 a 106 2708 abc 103

12. Vez + Bas 0,5+0,8 l ha-1 2810 a 97 1542 abc 99 2857 a 97 2942 ab 112

13. Vez + Flex 0,3+0,5 l ha-1 2798 a 96 1669 a 108 3015 a 103 2681 abc 102

14. Vez + Flex 0,4+0,5 l ha-1 3044 a 105 1349 bcd 87 2889 a 98 2555 abc 98

15. Robust 0,8 l ha-1 2856 a 99 1537 abc 99 2874 a 98 2758 ab 105

16. Testemunha Capinada 2887 a 100 1552 abc 100 2925 a 100 2606 abc 100

C. V. (%) 7,4

1 Dados já publicados em: COBUCCI, T. & WRUCK, F. J. (eds). Resultados obtidos na área pólo de feijão no

período de 2002 a 2004. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2005. 107p. (Documentos

Embrapa Arroz e Feijão, 174).

Os resultados do ensaio 3 (Tabela 3) mostraram que todos os herbicidas pós-emer-

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gentes utilizados, independente da dose aplicada e, ainda, se sozinho ou associado,

não apresentaram fitotoxicidade acentuada para o feijoeiro de forma que pudesse

reduzir significativamente sua produtividade. Apenas a aplicação do Zetapyr na

dose de 0,5 l ha-1 tendeu a reduzir a produtividade, mesmo esta não sendo estatis-

ticamente significativa. Quando este herbicida foi aplicado na mesma dose, porém

associado ao Basagran 0,8 kg ha-1, esta tendência já não ocorreu.

Tabela 3Produtividades do feijoeiro Pérola, absoluta e relativa, em função de diferentes herbicidas pós emergen-

tes, aplicados em diferentes doses, sozinhos ou associados. Cristalina, GO, 2005.

Produtividade

Inverno 2005 (ensaio 3)

Tratamento Absoluta (kg ha-1) Relativa (%)

1. Zetapyr 0,3 l ha-1 3.095 A 95

2. Zetapyr 0,4 l ha-1 3.237 A 100

3. Zetapyr 0,5 l ha-1 2.631 A 81

4. Zetapyr + Basagran 0,3 l ha-1 + 0,8 l ha-1 3.087 A 95

5. Zetapyr + Basagran 0,4 l ha-1 + 0,8 l ha-1 3.203 A 99

6. Zetapyr + Basagran 0,5 l ha-1 + 0,8 l ha-1 3.070 A 95

7. Zetapyr + Flex 0,3 l ha-1 + 0,5 l ha-1 3.243 A 100

8. Zetapyr + Flex 0,4 l ha-1 + 0,5 l ha-1 3.183 A 98

9. Robust 0,8 l ha-1 3.239 A 99

10. Testemunha Capinada 3.244 A 100

C. V. (%) 8,8

D.M.S. (kg ha-1) 671,9

Conclusões Diante do resultados, recomenda-se continuar com as validações da aplicação de

Dual, Pivot e Vezir em pré-emergência para definir doses. Para aplicação em pós-

-emergência, recomenda-se a aplicação de Pivot, Vezir e Zetapyr até a dose de 0,5

l ha-1, desde que associado ao Basagran a 0,8 l ha-1, principalmente para os dois

primeiros.

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Efeito da aplicação dos herbicidas DUAL, PIVOT e VEZIR na produtividade do feijoeiro

Objetivo Estudar o efeito da aplicação dos herbicidas Dual em pré-emergência e Pivot e

Vezir em pré e pós-emergência na produtividade do feijoeiro, cultivado sob sistema

de plantio direto irrigado.

Material e Métodos

Ensaio 1 Local: Unaí, MG.

Solo: Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: Julho / 2004, cultivo de inverno.

Cultivar: Pérola, Valente e Radiante

Sistema de cultivo: Plantio direto irrigado após a cultura do milho.

Tratamentos: Tabelas 1 e 2.

Delineamento empregado: Inteiramente casualizado no arranjo em faixas

com 8 repetições.

Ensaio 2 Local: Unaí, MG.

Solo: Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: Novembro / 2004, cultivo de verão.

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: Plantio direto após a cultura do milho+braquiária.

Tratamentos: Tabelas 1 e 2.

Delineamento empregado: Inteiramente casualizado no arranjo em faixas

com 5 repetições.

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Resultados e Discussões

Os resultados (Tabelas 1 e 2) mostraram que apesar de não haver diferenças

significativas, houve uma tendência da aplicação de Pivot e Vezir principalmente

na maior dose (0,5 l/ha) no caso da radiante, de diminuição da produtividade do

feijoeiro em relação ao tratamento testemunha. Vale ressaltar que no início do de-

senvolvimento do feijoeiro ocorreram baixas temperaturas, o que provavelmente

afetou a capacidade da planta a recuperar a fitotoxicidade inicial dos herbicidas.

Para a aplicação em pós-emergência também houve efeito depressivo da produ-

tividade dos herbicidas Pivot e Vezir, principalmente nas doses de 0,4 e 0,5 l/ha

e na cultivar radiante, apesar de não significativo. A mistura destes produtos com

Basagran, diminuiu a fitotoxicidade e consequentemente não houve a redução da

produtividade.

Diante do resultados recomenda-se continuar com as validações da aplicação

de Pivot e Vezir em pré-emergência para definir doses. Para aplicação em pós-

-emergência recomenda-se a aplicação de Pivot e Vezir até a dose de 0,5 l/ha

deste que misturado ao Basagran a 0,8 l/ha.

Tabela 1

Produtividade1 média do feijoeiro (kg/ha) em função de diferentes doses de herbicidas apli-

cados em pré-emergência.

Pérola Valente Radiante Inverno 2004 Verão 2004 Inverno 2004 Inverno 2004 TRATAMENTO % % % %

1. Dual 0,8 l/ha 2753 a 95 1615 a 96 3147 a 96 2534 a 101

2. Pivot 0,3 l/ha 2702 a 93 1706 a 101 2908 a 89 2483 a 99

3. Pivot 0,4 l/ha 2666 a 92 1531 a 91 2907 a 89 2367 a 94

4. Pivot 0,5 l/ha 2659 a 92 1531 a 91 2985 a 91 2252 a 89

5. Vezir 0,3 l/ha 2643 a 91 1606 a 96 2967 a 90 2641 a 105

6. Vezir 0,4 l/ha 2651 a 91 1418 a 84 2853 a 87 2546 a 101

7. Vezir 0,5 l/ha 2660 a 91 1420 a 84 3053 a 93 2024 a 80

8. Test. Capinada 2890 a 100 1682 a 100 3261 a 100 2510 a 100

C. V. (%) 8,8 11,1 11,6 9,3

1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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Tabela 2

Produtividade1 média do feijoeiro (kg/ha) em função de diferentes doses de herbicidas apli-

cados em pós-emergência.

Pérola Valente Radiante Inverno 2004 Verão 2004 Inverno 2004 Inverno 2004

TRATAMENTO % % % %

1. Pivot 0,3 l/ha 2719 a 94 1571ab 101 3006 a 102 2640 abc 101

2. Pivot 0,4 l/ha 2725 s 94 1520 abcd 98 2847 a 97 2382 abc 91

3. Pivot 0,5 l/ha 2751 a 95 1224 d 79 2927 a 100 2208 bc 84

4. Piv + Bas 0,3+0,8 l/ha 3076 a 106 1599 ab 103 3060 a 104 2671 abc 102

5. Piv + Bas 0,4+0,8 l/ha 2962 a 102 1520 abcd 98 2954 a 101 2625 abc 100

6. Piv + Bas 0,5+0,8 l/ha 3076 a 106 1448 abcd 93 3038 a 103 2569 abc 98

7. Vezir 0,3 l/ha 2679 a 92 1536 abc 99 2960 a 101 2708 abc 103

8. Vezir 0,4 l/ha 2717 a 94 1335 bcd 86 2913 a 99 2060 c 79

9. Vezir 0,5 l/ha 2563 a 88 1243 cd 80 2859 a 97 2287 bc 87

10. Vez + Bas 0,3+0,8 l/ha 3092 a 107 1475 abcd 95 2933 a 100 3102 a 119

11. Vez + Bas 0,4+0,8 l/ha 2920 a 101 1473 abcd 95 3127 a 106 2708 abc 103

12. Vez + Bas 0,5+0,8 l/ha 2810 a 97 1542 abc 99 2857 a 97 2942 ab 112

13. Vez + Flex 0,3+0,5 l/ha 2798 a 96 1669 a 108 3015 a 103 2681 abc 102

14. Vez + Flex 0,4+0,5 l/ha 3044 a 105 1349 bcd 87 2889 a 98 2555 abc 98

15. Robust 0,8 l/ha 2856 a 99 1537 abc 99 2874 a 98 2758 ab 105

16. Test. Capinada 2887 a 100 1552 abc 100 2925 a 100 2606 abc 100

C. V. (%) 7,4

1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade

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Fitotoxicidade do herbicida DUAL na cultura do feijoeiro

Objetivo Estudar o efeito fitotóxico de diferentes doses do herbicida DUAL na produtivida-

de de grãos do feijoeiro, cultivado sob sistema de plantio direto.

Material e Métodos Local: Unaí, MG.

Solo: Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: novembro / 2003, cultivo de verão.

Cultivares: Pérola, Valente e Radiante.

Sistema de cultivo: Plantio direto após consórcio milho + braquiária.

Tratamentos: Diferentes doses (0,0; 0,6; 0,8; 1;0 e 1,2 l/ha) do herbicida Dual

960 Gold (S – Metolachlor) na formulação Gold 960 g/kg, fabricado pela Syngenta.

Resultados e Discussões

Os resultados (Tabela 1) mostraram que não houve efeito de tratamento na pro-

dutividade de grãos para as cultivares Pérola e Valente. Já para a cultivar Radiante,

doses igual ou superior a 1 l/ha apresentaram efeito fitotóxico nas plantas, resul-

tando nas menores produtividades. Cabe ressaltar que, para as três cultivares, as

doses 0,0; 0,6 e 0,8 l/ha não apresentaram efeito de tratamento na produtividade

de grãos porque a área experimental sempre foi mantida no limpo por capinas

manuais. Assim, não houve efeito do herbicida no controle das plantas daninhas.

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Tabela 1

Produtividade1 (kg/ha) de três cultivares de feijoeiro em função da aplicação do herbicida

DUAL em diferentes doses.

CULTIVARES

TRATAMENTOS Pérola Valente Radiante

1. DUAL 0,0 (testemunha) 1.764 a 2.638 a 2.722 ab

2. DUAL 0,6 1.770 a 2.704 a 2.901 a

3. DUAL 0,8 1.945 a 2.725 a 2.866 ab

4. DUAL 1,0 2.044 a 2.554 a 2.385 b

5. DUAL 1,2 2.122 a 2.729 a 2.447 ab

Coeficiente de variação (%) 16,1 10,2 12,9

1 Médias seguidas pela mesma letra, em cada cultivar, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de

probabilidade.

Diante dos resultados, conclui-se:

Que a dose de 0,8 l/ha, já recomendada pela empresa fabricante, é a ideal

para as três cultivares estudadas, uma vez que otimiza sua função herbicida sem

reduzir a produtividade da cultura pela fitotoxicidade.

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Avaliação do momento de aplicação de dessecante para colheita do feijoeiro

Objetivo Determinar o menor percentual de vagens e grãos maduros, no terço superior

das plantas, que possibilite o uso do dessecante sem reduzir, significativamente, a

produtividade do feijoeiro.

Material e Métodos

Ensaio 1 Local: Três locais (L1, L2 e L3) distintos de Unaí, MG.

Solo: Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: Novembro / 2002, cultivo de verão.

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: Plantio direto após cultivo do consórcio milho + braquiária.

Tratamentos: Aplicação do herbicida REGLONE (2 l/ha), utilizado como desse-

cante, em diferentes dias (70, 75 e 80 no L1 e 65, 70, 75 e 80 nos L2 e L3) após a

emergência (DAE).

Delineamento empregado: Inteiramente casualizado no arranjo em faixas.

Ensaio 2 Local: Unaí, MG.

Solo: Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura franco-argilosa.

Época de plantio: Novembro / 2002, cultivo de verão.

Cultivares: Carioquinha e Valente.

Sistema de cultivo: Plantio direto após cultivo do consórcio milho + braquiária.

Tratamentos: Aplicação do herbicida REGLONE (2 l/ha), utilizado como desse-

cante, em diferentes dias (70 e 75) após a emergência (DAE).

Delineamento empregado: Inteiramente casualizado no arranjo em faixas.

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Resultados e Discussões

Ensaio 1 Os resultados (Tabela 1) mostraram que, para a cultivar Pérola no local L1, quan-

do 75 e 89%, respectivamente, das vagens e grãos estavam maduras, no terço

superior das plantas e com 70% das folhas amarelas, a aplicação do dessecante

não teve efeito na redução da produtividade de grãos. Resultados semelhantes fo-

ram obtidos para as localidades L2 (60 e 86%, respectivamente, de vagens e grãos

maduros) e L3 (67 e 85%). Nestes casos, 80% das folhas estavam amarelas. Tais

percentuais foram obtidos, nas três localidades, aos 80 DAE.

Tabela 1

Redução da produtividade média do feijoeiro cv Pérola, percentuais de folhas ama-

relas e vagens e grãos maduros em função da aplicação de dessecante em diferen-

tes dias após a emergência. Unaí, MG. 2002.

Redução de Folhas Produtividade Amarelas Vagens Maduras no Terço (%) Grãos Maduros no Terço (%)

Local DAE (%) (%) inferior médio Superior Inferior médio superior

L1 70 30,0 5 72,5 27,2 62,1 75,9 25,7 28,2

75 13,0 40 94,8 91,7 71,8 94,1 96,4 78,3

80 0,0 70 98,8 90,8 74,9 99,0 94,5 88,9

L2 65 34,0 10 42,9 7,6 0,0 21,4 12,9 0,0

70 30,0 20 33,3 26,8 6,8 51,8 49,7 19,2

75 37,0 50 75,5 59,0 31,1 89,5 81,5 54,6

80 0,0 80 96,7 85,7 60,0 95,6 92,1 85,9

L3 65 19,0 5 79,3 14,9 27,9 16,9 7,2 10,9

70 20,0 10 90,5 66,5 51,7 84,9 68,8 24,7

75 17,5 60 95,3 93,5 47,4 97,7 96,7 78,8

80 0,0 80 96,5 84,7 66,5 98,0 93,3 85,0

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Ensaio 2

Os resultados (Tabela 2) mostraram que, com apenas 65 e 76% das vagens e

grãos maduros, respectivamente, no terço superior das plantas, a cultivar Carioqui-

nha não sofreu redução na produtividade pela aplicação do dessecante. Já a cultivar

Valente mostrou-se mais tolerante ainda: com apenas 47 e 53% das vagens e

grãos maduros no terço superior das plantas, respectivamente, não sofreu redução

na sua produtividade pela aplicação do dessecante. Tais resultados foram obtidos,

para ambas as cultivares, aos 75 dias após a emergência e com 60% das folhas

amarelas.

Tabela 2

Redução da produtividade média do feijoeiro, percentuais de folhas amarelas e vagens e grãos

maduros em função da aplicação de dessecante, em diferentes dias após a emergência, para

as cultivares Carioquinha e Radiante. Unaí, MG. 2002.

Redução de Folhas Produtividade Amarelas Vagens Maduras no Terço (%) Grãos Maduros no Terço (%)

Cv DAE (%) (%) inferior médio Superior Inferior médio superior

Car 70 9,0 7 62,4 61,3 26,6 41,3 37,9 11,8

75 0,0 60 96,0 60,3 65,3 97,7 49,4 75,6

Rad 70 15,0 20 89,4 47,3 11,2 62,9 45,6 11,7

75 0,0 60 100,0 82,7 46,9 100,0 80,0 52,7

Cv: cultivar; Car: Carioquinha; Rad: Radiante.

Com base nos resultados e para as condições experimentais, pode-se concluir que:

para a cultivar Pérola, o dessecante deve ser aplicado quando o percentual

de grãos maduros e, ou de vagens maduras, no terço superior das plantas, atingir

valores em torno de 87 e, ou 67%, respectivamente, fato que deverá acontecer por

volta dos 80 DAE;

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para a cultivar Carioquinha, o dessecante deve ser aplicado quando o percentu-

al de grãos maduros e, ou de vagens maduras, no terço superior das plantas, atingir

valores em torno de 75 e, ou 65%, respectivamente, fato que deverá acontecer por

volta dos 75 DAE;

para a cultivar Radiante, o dessecante deve ser aplicado quando o percentual

de grãos maduros e, ou de vagens maduras, no terço superior das plantas, atingir

valores em torno de 53 e, ou 47%, respectivamente, fato que deverá acontecer por

volta dos 75 DAE, e;

dentre as três cultivares testadas, a redução da produtividade da Radiante

mostrou-se menos influenciada pelo processo de dessecamento.

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Avaliação do atividador de plantas BION no desenvolvimento de sintomas do mosaico dourado do feijoeiro

Objetivo Avaliar o efeito das aplicações preventivas de Bion na incidência de Mosaico

Dourado

Material e Métodos

Local: Fazenda Nova Aliança, PAD-DF.

Solo: Latossolo Vermelho distroférrico, textura franco-argilosa.

Data e época de semeadura: 19/05/2008, cultivo de inverno (3ª safra).

Cultivar: Pérola.

Sistema de cultivo: SPD em palhada obtida no consórcio milho + braquiária

(Sistema Santa Fé).

Tratamentos: Tabela 1.

Adubação de base: 300 kg/ha de 05:37:00 e 100 kg KCl/ha aplicado a lanço

imediatamente ao plantio.

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Tabela 1

Data da Bion Cruiser (ml Actara pulverização (g de de p.c./100kg (g deTratamentos Aplicação (DAE) p.c./ha) de sementes) p.c./ha)

1- Testemunha ---- ---- ---- ---- ---

2- Bion Pulv. (3x) 7, 21 e 35 25 --- ---

3- Bion + Actara Pulv. (3x) + Pulv. ( 3x) 7, 21 e 35 25 --- 150

4- Cruiser + Bion TS + Pulv. (3x) 7, 21 e 35 25 300 ---

5- Cruiser + Bion TS + Pulv.(3x) + Pulv.(3x) 7, 21 e 35 25 300 150 + Actara

6- Cruiser + Bion TS + Pulv. (4x) + Pulv. (3x) 7, 21, 35 e 49 25 300 150 + Actara // 7,21 e 35

7- Cruiser + Actara TS + Pulv. (3x) 7,14 e 21 --- 300 150

Resultados e Discussões Vale ressaltar que no desenvolvimento do ensaio a população de Mosca Branca

era muito baixa. Observa-se na Tabela 2 que o tratamento 2 (somente BION, 3

aplicações) proporcionou menor aparecimento de plantas com sintoma de mosaico

em relação a testemunha e como consequência um aumento significativo da pro-

dutividade (Tabela 3). Isto pode ter ocorrido por ativação de processos fisiológicos,

o que conferiu maior resistência a planta. Entretanto o maiores rendimentos foram

obtidos com aplicações de inseticidas, principalmente a aplicação em TS de Cruiser,

não diferenciando quando se adiciona BION nestes tratamentos.

Tabela 2

Planta normal/planta com sintoma de mosaico %

R1 R2 R3 R4 Ataque

1- Testemunha 18 /8 15/6 17/9 19/8 44

2- Bion 20/4 19/3 19/3 18/2 15

3- Bion + Actara 17/2 20/4 18/5 19/3 18

4- Cruiser + Bion 18/1 17/3 19/1 20/2 9

5- Cruiser + Bion + Actara 17/0 19/0 16/0 18/0 0

6- Cruiser + Bion + Actara 18/2 19/1 18/0 17/0 1

7- Cruiser + Actara 19/0 18/1 18/0 20/0 1

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Tabela 3

Produtividade1 média do feijoeiro (kg/ha).

Tratamentos Aplicação Produtividade (kg/ha)

1- Testemunha ---- 2097 b

2- Bion Pulv. (3x) 2610 a

3- Bion + Actara Pulv. (3x) + Pulv. ( 3x) 2832 a

4- Cruiser + Bion TS + Pulv. (3x) 2687 a

5- Cruiser + Bion + Actara TS + Pulv.(3x) + Pulv.(3x) 2710 a

6- Cruiser + Bion + Actara TS + Pulv. (4x) + Pulv. (3x) 2774 a

7- Cruiser + Actara TS + Pulv. (3x) 2587 a

C.V.= 5,36%

1 Produtividades médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de

probabilidade.

Conclusões Há uma indicação que a aplicação de BION tornou a planta de feijoeiro mais

resistente ao mosaico, entretanto não suficiente para eliminar os tratamentos in-

seticidas. Novos estudos com BION em áreas com alta população de Mosca Branca

deverão ser desenvolvidos.

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Efeito do tratamento de sementes com CRUISER na produtividade do feijoeiro, sob plantio direto

Objetivo Avaliar o efeito do tratamento de sementes com o inseticida CRUISER, em dife-

rentes doses, na produtividade do feijoeiro comum, sob sistema de plantio direto.

Material e Métodos Local: Fazenda Dom Bosco (Sebastião Conrado), Cristalina, GO.

Solo: Latossolo Vermelho, distroférrico, textura franco-argilosa.

Época de semeio: Maio/2005 (19/05/2005), cultivo de inverno (3ª época).

Cultivar: Pérola (grupo carioca).

Espaçamento; Densidade e Profundidade de semeio: 0,50 m; 15 sementes m-1;

0,05 m.

Sistema de cultivo: Plantio direto irrigado após o consórcio milho e braquiária

cultivado no Sistema Santa Fé.

Tratamentos: CRUISER 700 WS a 0, 50, 100, 150, 200, 250 e 300 g 100 kg de

sementes-1.

Parcelas: Experimento em faixas de 80 m de comprimento e 4 m de largura

(oito linhas de feijão) em duas repetições.

Determinação da produtividade: Quatro linhas de 5 m de comprimento (10 m2)

em quatro repetições/tratamento. Correção da umidade dos grãos para 13%.

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Resultados e Discussões No plantio de inverno de 2005, observaram-se maior número de trifólios em

todos os tratamentos com Cruiser, nas três datas de avaliação (Figura 1). O maior

número de trifólios provavelmente resultou em maior produtividade, pois com o

aumento nas doses do inseticida Cruiser, houve um aumento significativo na pro-

dutividade média do feijoeiro, cultivar Pérola (Figura 2, Inverno de 2005). A relação

entre produtividade do feijoeiro com doses de Cruiser ajustou melhor ao modelo

quadrático (Figura 2, Inverno de 2005). Resultados semelhantes foram observados

no plantio do feijoeiro no inverno e verão de 2003 (Figura 2, ver informações mais

detalhadas no relatório do GETEC de junho/2005). Aumentos na produtividade,

em relação à testemunha, foram observados a partir da dose de 100 g/100kg de

sementes (Tabela 1).

Benefícios econômicos dos tratamentos de sementes foram observados a partir

da dose de 150/100kg de sementes e aumentou com o aumento das doses de

Cruiser (Tabela 1). Por exemplo, as doses de 150, 200 e 300 g/100kg resultaram

em benefícios de 75,5, 112,0 e 324,0 reais por ha e a produção de 0,55, 3,47, 4,8

e 9,6 sacos/ha a mais quando comparado com a testemunha. Estes resultados

confirmam os obtidos nos experimentos realizados no inverno e verão de 2004.

Os benefícios econômicos pelo tratamento de sementes com Cruiser variaram

com a época de plantio do feijoeiro (Figura 3). A dose de 100 g/100 kg de semen-

tes resultou em ganho real negativo no inverno de 2005 e ganhos reais menores

que a dose de 150 g/100 kg de sementes para as outras datas de plantio (Figura

3). O benefício econômico foi semelhante para as doses de 150 e 200 g/100 kg de

sementes, exceto no plantio de inverno de 2004. Em doses acima de 200 g/100

kg de sementes, o benefício econômico foi maior para a dose de 300 g/100 kg de

sementes. Na média geral (incluindo todas as datas de plantio), as doses de 150 e

200 g/100 kg de sementes resultaram em melhores ganhos reais (Figura 3).

Não foram observadas diferenças entre os tratamentos para as pragas e os ini-

migos naturais avaliados durante a condução dos experimentos. A população de

pragas iniciais estiveram baixas, não atingindo o nível de controle. Portanto o efeito

observado pelo tratamento de sementes com Cruiser é provavelmente fitotônico.

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Tabela 1

Produtividade1 média do feijoeiro (kg/ha) em diferentes doses de Cruiser 700 WS

em tratamentos de sementes. Cristalina, MG, Maio de 2005.

DoseTratamento (g 100 Kg Produtiv. Aumento scs ha-1 Diferença2 Ganho Custo Benefício sementes-1) (kg ha-1 ) (%) (R$ ha-1)3 (R$ ha-1)4 (R$ ha-1)5

1. Testemunha 0,0 2.860,0 b - 47,67 0,00 - - -

2. Cruiser 50,0 2.826,2 ab -1,2 47,10 -0,57 -37,05 50,0 -87,05

3. Cruiser 100,0 2.893,4 ab 1,2 48,22 0,55 35,75 100,0 -64,25

4. Cruiser 150,0 3.068,3 a 7,3 51,14 3,47 225,55 150,0 75,55

5. Cruiser 200,0 3.148,4 a 10,1 52,47 4,80 312,00 200,0 112,00

6. Cruiser 300,0 3.436,2 a 20,1 57,27 9,60 624,00 300,0 324,00

1 Médias seguidas pela mesma letra em cada coluna, não diferem entre si, pelo teste de Duncan, a 5%

de probabilidade.2 Diferença de produtividade (sc/ha) em relação ao tratamento testemunha.3 Ganho em R$/ha referente a diferença de produtividade, considerando RS$ 65,00/sc de feijão.4 Custo em R$/ha do tratamento, considerando o preço de Cruiser 700 WS de R$ 1000,00/kg. 5 Benefício do tratamento (Ganho – Custo).

Figura 1 Número médio de trifólios do feijoeiro Cv. Pérola nas diferentes doses de Cruiser 700 Ws em tratamento de

sementes (g/100 kg de sementes). Cristalina, maio de 2005.

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Figura 2Produtividade média do feijoeiro Cv. Pérola em relação a diferentes doses de Cruiser 700 Ws em tratamento

de sementes. Cristalina, maio de 2005.

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Figura 3Benefício em Real (R$) em relação a produtividade do feijoeiro Cv. Pérola nas diferentes doses de Cruiser

700 WS em tratamento de sementes (g/100 kg de sementes) em comparação a testemunha (sementes não

tratadas). Cristalina, maio de 2005.

Conclusão Diante dos resultados promissores ocorridos nas últimas três safras, principal-

mente a partir da dose de 150g / 100kg de sementes, novos estudos serão condu-

zidos, incluindo novos ambientes para a cultura do feijoeiro e com número maior

de cultivares, sempre acompanhada da análise da viabilidade econômica da tecno-

logia.

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