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FISIOLOGIA DA GESTAÇÃO Fisiologia II

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FISIOLOGIA DA GESTAÇÃO

Fisiologia II

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GESTAÇÃO

Intervalo compreendido entre a fecundação do óvulo e a expulsão do(s) feto(s).

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G E S T A Ç Ã O

Período marcado por adaptações progressivas do organismo materno.

(aumento de volume do útero, alterações circulatórias, endócrinas, excretoras e do trato gastro intestinal)

Mediado por hormônios da mãe e placenta (dependendo da espécie e do período de gestação), que permitem ao organismo materno reconhecer a presença do feto.

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RECONHECIMENTO MATERNO DA GESTAÇÃO O blastocisto antes de se implantar no endométrio,

secreta substâncias que prolongam a vida do corpo lúteo. O tempo que isso ocorre é chamado de reconhecimento materno da gestação.

Em ruminantes o trofoblasto do concepto em desenvolvimento bloqueia a regressão luteal através da produção de interferons. Existe também a produção de Proteína B pela placenta, o que indica a fêmea que existe um concepto.

Em suínos a produção de estógenos pelo blastocisto é um dos sinais reguladores do período de reconhecimento materno da gestação seguidos posteriormente pelos interferons.

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EMBRIÕES....

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HORMÔNIOS MATERNOS

Após a fecundação e implantação do embrião os ovários produzem determinados hormônios que permitem que a gestação continue.

Depois de um determinado período o corpo lúteo regride, em cadelas ele se mantém durante toda a gestação. Em éguas existe desenvolvimento folicular mesmo na gestação (formação de CL acessórios).

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HORMÔNIOS NA GESTAÇÃO ESTRÓGENOS Após o estro os estrógenos diminuem até a

metade do ciclo, embora continuem a ser secretados em quantidades menores.

Durante a gestação esta secreção tende a aumentar atingindo um pico entre a metade e o final (égua e cadela) ou no final da gestação (outras espécies).

Produzido principalmente pela placenta.

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Ação do Estrógeno no aparelho reprodutivo: Multiplicação das células epiteliais uterinas. Hipertrofia das células da musculatura lisa

uterina. Síntese de proteínas relacionadas com a

contração (actina e miosina). Síntese de DNA e RNA, relacionados com

síntese proteica. Deposição de glicogênio nas células da

musculatura lisa uterina (permitem a contração da musculatura junto com Ca).

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Ação do Estrógeno no aparelho reprodutivo: Síntese de colágeno Atuam como pré-requisito para ação de outros

hormônios (produção de receptores). Preparo do endométrio para ação da

progesterona. Preparo da Glândula mamária para ação da

progesterona e prolactina. Preparo da sínfise púbica para a ação da

relaxina.

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PROGESTERONA

A progesterona alcança picos em períodos diferentes nas espécies domésticas (antes da metade da gestação somente a cabra, ovelha e cadela).

Ações sobre o útero previamente sensibilizado pelo estrógeno:

Alteração das glândulas endometriais(saculações e senuosidades favorecendo as secreções , nutrição do embrião)

Bloqueio progestacional: queiscência uterina (bloqueio dos canais de Ca, impedindo as contrações uterinas).

Ação na Glândula mamária (ácinos e ductos)

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RELAXINA

Sintetizada pelo CL e Placenta na maioria das espécies.

Apresenta picos variáveis na metade final da gestação.

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Ações da Relaxina no aparelho reprodutivo:

Tornar maleável o ligamento da sínfise púbica, ampliando o canal do parto.

Atua na cérvix – facilitando sua abertura. Atua no útero – inibindo a contração

(inibe ocitocina). Atua na glândula mamária – inibindo a

lactação.

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HORMÔNIOS PRODUZIDOS PELA HIPÓFISE MATERNA NA GESTAÇÃO

Hipófise anterior

FSH – (Hormônio folículo estimulante)

Sua secreção é mantida durante a gestação – atuação ainda desconhecida nesta fase.

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Hipófise anterior

LH - (Hormônio Luteinizante) Embora apresente picos, sua presença

é constante mantendo o CL, exceto em éguas onde a regressão dessa estrutura é precoce. Nesta espécie o ECG tem ação luteinizante

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Hipófise anterior

PROLACTINA É luteotrófica, tem importância maior

que o LH da metade para o fim da gestação, atua na lactação.

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Hipófise posterior

Ocitocina  Produzida no hipotálamo e armazenada na hipófise. Atua na liberação do estímulo neuronal com ação na

contração uterina e alvéolos mamários. Apresenta meia vida curta (até 24 horas durante o

parto), depende de receptores produzidos pelos estrógenos.

A ocitocina é isolada de CL bovino, ovino e humano, com aparente ação luteolítica (síntese de PG e lise do CL)

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MUDANÇAS NOS ÓRGÃOS REPRODUTIVOS

VAGINA E VULVA Durante a metade final da gestação –

vulva torna-se altamente edemaciada e vascularizada.

Durante a gestação – mucosa vaginal é pálida e seca, no final da gestação torna-se edemaciada e friável

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CÉRVIX Durante a gestação – orifício externo

ocluído, presença de muco altamente viscoso no canal cervical. Final da gestação liquefação e descarga do muco imediatamente antes do parto.

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ÚTERO

Durante a gestação – CL persistente – suspensão do estro, algumas vacas podem demonstrar cio durante o início da gestação.

Em éguas – desenvolvimento de folículos (10-15) entre 35 e 150 dias de gestação.

Tanto o CL principal quanto os acessórios regridem por volta do 7º mês.

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LIGAMENTOS PÉLVICOS Relaxamento ocorre durante a gestação,

sendo mais acentuado próximo ao parto. É mais notado em vacas e ovelhas do

que em éguas.Está relacionado a ação da relaxina e de altos níveis de estrógeno no fim da gestação.

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SECREÇÕES UTERINAS O útero sob ação de estrógeno e

progesterona estimula secreções glandulares para a nutrição do embrião, o chamado “leite uterino”, rico em proteínas e gordura (importante p/ égua e porca).

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GLÂNDULAS MAMÁRIAS Estrógeno – desenvolvimento do tecido

mamário. Progesterona – desenvolvimento de

ductos e ácinos. Prolactina – inicia a lactação.

* artigo sobre a fisiologia da Glândula Mamária

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PLACENTA OU UNIDADE FETO PLACENTÁRIA

A placenta é um órgão endócrino muito importante para manutenção da gestação.

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Placenta de Ruminante

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Tipos de Placenta

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FUNÇÕES DA PLACENTA

1. Função protetora: frente a traumatismos , agentes infecciosos, como vírus, bactérias;

2.- Função metabólica : Responsável pelo intercâmbio de gases e nutrientes entre a mãe e o feto, o qual ocorre por via transplacentárias

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HORMÔNIOS PRODUZIDOS PELA PLACENTA

Estrógenos e Progesterona Utiliza-se de colesterol materno , pois não

possui sistema enzimático, produzindo progesterona com a finalidade de manutenção da gestação e andrógenos fetais (testosterona e seus metabólitos).

hCG( Gonadotrofina Coriônica Humana) Ação luteotrófica (semelhante ao LH), mantém

o CL em primatas

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HORMÔNIOS PRODUZIDOS PELA PLACENTA

eCG/PMSG (Gonadotrofima Coriônica Equina/Gonadotrofina Sérica de Égua Prenhe)

Ação semelhante ao FSH, estimula a formação de CL acessórios em égua, é produzido nas células do cálice endometrial por volta dos 40 dias de gestação.

LP (Lactogênio Placentário) Regula o transporte de nutrientes da fêmea

para o feto. Manutenção de CL em humanos (Primatas, ratos, ovelhas, bovinos)

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HORMÔNIOS PRODUZIDOS PELA PLACENTA

Relaxina Parece possuir ação luteotrófica. (felinos,

primatas, eqüinos, coelhos suínos), Proteína B da gestação Reconhecimento materno da gestação. Glicoproteínas e polipeptídeos foram

isolados da unidade feto placentária. Apesar de não apresentarem atividade hormonal, induzem a resposta hormonal e estão relacionadas com várias funções como: diagnóstico de gestação e reconhecimento materno da gestação

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DURAÇÃO DA GESTAÇÃO

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  

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FATORES QUE INFLUENCIAM A DURAÇÃO DA GESTAÇÃO

Raça: as puras apresentam tempo maior de gestação. Sexo do Feto: Machos apresentam tempo maior de

gestação (nas espécies monotócicas). Gemelaridade: menor tempo de gestação nas grandes

espécies (distensão do útero e produção de corticóides). Idade da mãe: fêmeas mais velhas apresentam maior

tempo de gestação ( talvez por diferenças metabólicas e hormonais).

Tamanho e número de fetos: quanto maior o número de fetos menor o tempo de gestação.

Estação do ano: maior quantidade de alimento, menor tempo de gestação.

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FATORES QUE PODEM ABREVIAR A GESTAÇÃO

Gestação gemelar (fêmeas monotócicas). Estresse ( Liberação de cortisol que inicia o

trabalho de parto). Regressão precoce do CL (dependendo da

espécie). Medicamentos como corticosteróides,

prostaglandinas e estrógenos ou desequilíbrio nas proporções entre hormônios estrogênicos e progestacionais.

Traumatismos

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FATORES QUE PODEM PROLONGAR A GESTAÇÃO

Deficiências nutricionais Fatores genéticos (híbridos e fetos

homozigotos para recessivos autossômicos – hipoplasia da adrenal)

Medicamentos como: Progestágenos. Aumento –Ex: anticoncepcionais em fêmeas

prenhes Andrógenos. Causam masculinização de fetos do sexo

feminino – podem se transformar em progestágenos

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FATORES QUE PODEM PROLONGAR A GESTAÇÃO

Inibidores de Prostaglandina. Usados com antiinflamatórios. PG –

importante para o início do trbalho de parto.

Alterações fetais Hipófise (anencefalia e hipoplasia de

hipófise) Adrenal ( aplasia e hipoplasia)

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FORMAS ESPECIAIS DE GESTAÇÃO

SUPERFECUNDAÇÃO. Fêmeas com estro prolongado que são cobertas por um

ou vários machos (ninhadas maiores do que o previsto para a raça)

SUPERFETAÇÃO. Animal com estro e cobertura durante a gestação. Pode

ocorrer em eqüinos suínos e felinos. GESTAÇÃO MÚLTIPLA PATOLÓGICA. Ocorre em fêmeas monotócicas. GESTAÇÃO EXTRA UTERINA OU ECTÓPICA Pode ser ovárica, tubárica(comum em humanos),

abdominal (peritonial). Geralmente é inviável e extremamente rara em animais.

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FISIOLOGIA DO PARTO