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Finantipar – SGPS, S.A. Demonstrações Financeiras 2010 (Contas Individuais)

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Finantipar – SGPS, S.A. Demonstrações Financeiras 2010 (Contas Individuais)

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Rua General Firmino Miguel, 5 – 6º • 1600-100 LISBOA Matrícula na Conservatória do Registo Comercial e Pessoa Colectiva n.º 502 809 434

Capital Social de EUR 21.075.925

Relatório e Contas Individuais e Consolidadas de 2010

Relatório do Conselho de Administração

1. A SITUAÇÃO MACRO-ECONÓMICA

EEnnqquuaaddrraammeennttoo MMuunnddiiaall

Depois da economia mundial ter sofrido a maior recessão desde a década de 1930, o ano de

2010 acabou por revelar-se bastante positivo. As estimativas do FMI apontam para um

crescimento próximo dos 5% para a economia mundial, uma taxa muito maior do que a

esperada pelos analistas há alguns meses. Os receios de uma recessão em W (double-dip) nos

EUA, que se poderia alargar ao resto do mundo, não se materializaram.

Na China, a segunda maior economia do mundo, a esperada desaceleração económica não só

não aconteceu como tudo leva a crer que a economia chinesa terá crescido a uma taxa de 10,5%

em 2010, mesmo após os crescimentos robustos de 9,6% em 2008 e de 9,1% em 2009. De

acordo com o FMI a Índia em 2010 também seguiu a mesma tendência económica,

apresentando uma taxa estimada de crescimento de 9,7%. Relativamente aos outros dois países

que representam os BRIC’s, o Brasil e a Rússia, o FMI estima terem crescido 7,5% e 4% em

2010, respectivamente.

Na Zona Euro a economia caracteriza-se cada vez mais pelo funcionamento a duas velocidades:

os países do Norte a crescer de uma forma sustentada liderados pela Alemanha, a economia que

mais cresce no mundo entre os grandes países desenvolvidos (taxa estimada de crescimento de

3,3% em 2010), e as economias periféricas que viram os seus PIB’s contrair, excepto Portugal.

A Grécia e a Irlanda, duas das economias periféricas mais problemáticas, foram inclusive

objecto da intervenção do FMI. Para o conjunto da zona o FMI estima um crescimento de 1,7%

em 2010.

Para 2011 o desempenho da economia mundial dependerá em grande parte do desempenho dos

EUA, da Zona Euro e dos BRIC’s, que parecem estar a mover-se em direcções diferentes.

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De acordo com o FMI as medidas de austeridade que estão a ser implementadas na Zona Euro

deverão provocar uma desaceleração do crescimento económico que não deverá ultrapassar

1,5%.

Os EUA reforçaram o seu pacote de estímulo fiscal com o Acordo Fiscal de Dezembro de 2010.

Antes deste acordo o FMI já tinha projectado um crescimento do PIB de 2,3% para 2011.

Relativamente aos BRIC’s espera-se que continuem a crescer apesar dos receios de

sobraquecimento económico e de inflação alta continuarem a estar presentes. Em 2011 o FMI

prevê taxas de crescimento de 4,1% para o Brasil, 4,3% para a Rússia, 8,4% para a Índia e

9,6% para a China.

Para as economias emergentes e em desenvolvimento, o FMI, no seu conjunto, projecta um

crescimento económico de 6,4% em 2011, após uma taxa esperada de crescimento de 7,1% em

2010. A taxa de crescimento para a região da CEI é projectada em 4,6% para 2011, acima dos

4,3% estimados em 2010. O crescimento do PIB turco está estimado em 7,8% em 2010,

alicerçado na recuperação do investimento e do consumo interno, depois da mesma economia

ter experimentado uma deterioração económica pronunciada em 2009, com uma contracção do

PIB real de 4,7% e um crescimento de apenas 0,7% em 2008 . As projecções do FMI para 2011

indicam um crescimento mais lento de 3,6%, principalmente derivado dos problemas na área do

Euro, embora o consumo doméstico deva continuar forte.

OO aammbbiieennttee eeccoonnóómmiiccoo nnaa PPeenníínnssuullaa IIbbéérriiccaa

Depois de uma significativa contracção de 2,6% no PIB em 2009, a economia portuguesa

começou a mostrar sinais de expansão no início de 2010. O FMI prevê mesmo uma taxa de

crescimento de 1,1% para 2010. Já no respeitante a 2011 prevê-se uma desaceleração

económica em resultado da implementação de medidas de austeridade que visam corrigir os

desequilíbrios macroeconómicos do país e as vulnerabilidades estruturais originadas pela

deterioração das condições de financiamento externo. O crescimento terá também outras

pressões acrescidas, tanto por via do elevado nível de desemprego que mina uma recuperação

sustentada da procura privada, como também através da contracção esperada do investimento e

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da despesa pública. Como nota positiva o FMI estima que as exportações líquidas irão

continuar a prestar um contributo positivo para o crescimento económico de Portugal.

No respeitante a Espanha, outro dos países periféricos que tem sido severamente afectado pela

crise soberana, a sua economia registou uma contracção de 3,7% em 2009, sendo que desde

então as projecções do FMI melhoraram significativamente: 0,3% negativos em 2010 e 0,7%

positivos em 2011. Os fracos crescimentos em 2010 e 2011 reflectem as consequências da

implementação de um pacote de austeridade que incluiu cortes salariais no sector público, as

reformas das “Cajas” e do mercado de trabalho. Outros factores afectaram também

negativamente o crescimento económico espanhol, nomeadamente ajustamentos no sector

imobiliário, altos níveis de desemprego (aproximadamente 20%) e elevado nível de

endividamento. É de realçar que todo este esforço de consolidação orçamental vai colocar uma

pressão adicional sobre a recuperação no curto prazo, mas será fundamental para melhorar a

confiança junto dos agentes económicos domésticos e internacionais.

2. ACTIVIDADES DA FINANTIPAR

Durante o ano de 2010, as participações financeiras detidas pela sociedade permaneceram

inalteradas.

3. PERSPECTIVAS PARA 2011

A Finantipar mantém a sua participação de controlo no Banco Finantia, que prossegue a sua

estratégia de manutenção das suas actividades operacionais num ambiente de desalavancagem,

continuando a ter por principal objectivo manter e reforçar os níveis de capitalização e de

solvabilidade que permitam evoluir positivamente as actividades desenvolvidas pelo Banco.

4. ACÇÕES PRÓPRIAS

No início e no final do exercício de 2010 a Finantipar SGPS, SA detinha 160.387 acções

próprias.

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Anexo ao Relatório do

C O N S E L H O D E A D M I N I S T R A Ç Ã O 1. Participações dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal no capital

da Sociedade. Lista de acções em 31/12/2010 a que se refere o nº 5 do artº. 447º do Código das Sociedades Comerciais: - O Dr. António Manuel Afonso Guerreiro no início e no final do exercício detinha 2.184.162 acções da Finantipar - S.G.P.S., S.A.

- O Dr. João Carlos Rodrigues Sabido Silva no início e no final do exercício detinha 20.849 acções da Finantipar - S.G.P.S., S.A. - O Eng. Pedro José Marques Fernandes dos Santos no início e no final do exercício detinha 81.274 acções da Finantipar - S.G.P.S., S.A. - O Dr. Fernando Farrajota Condeça no início e no final do exercício detinha 50.692 acções da Finantipar – S.G.P.S., S.A.

2. Lista de accionistas em 31/12/2010 a que se refere o nº 4 do art.º 448º do Código das Sociedades Comerciais:

Accionista

% Capital Social

António Manuel Afonso Guerreiro

51,82

Eduardo José de Belém Garcia e Costa 20,67

3. Lista de accionistas que deixaram, durante o exercício de 2010 de ser titulares de participações de pelo menos um décimo do capital social, a que se refere o nº 4 do art.º 448º do Código das Sociedades Comerciais:

n.a.

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ANEXO

Adopção das Recomendações do Financial Stability Forum (FSF) e do Committee of European Banking Supervisors (CEBS) relativas à Transparência da Informação e

à Valorização dos Activos O Banco de Portugal, através das Cartas Circular nº46/08/DSBDR e nº97/08/DSBDR, de 15 de Julho e 3 de Dezembro, respectivamente, adoptou as recomendações do Financial Stability Forum (FSF) e do Committee of European Banking Supervisors (CEBS) sobre a publicação de um conjunto de informações tendo em vista um melhor conhecimento da situação financeira das instituições financeiras em geral, e dos bancos em particular. A informação neste Anexo tem como objectivo cumprir com os requisitos exigidos de divulgação. I. MODELO DE NEGÓCIO

1. Descrição do modelo de negócio A descrição da estratégia e do modelo de negócio da Sociedade é apresentada no Relatório de Gestão o qual é parte integrante do Relatório e Contas 2010. 2., 3., 4. e 5. Actividades desenvolvidas e contribuição para o negócio No corpo do Relatório de Gestão apresenta-se informação acerca da estratégia e objectivos das áreas de negócio da Sociedade e sua evolução. II. RISCOS E GESTÃO DOS RISCOS

6. e 7. Descrição e natureza dos riscos incorridos O Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras Individuais (veja-se Nota 18. Gestão dos riscos da actividade) apresentam uma descrição de como a Função de Gestão dos Riscos se encontra organizada no seio da Sociedade, assim como informação que permite ao mercado obter a percepção sobre os riscos incorridos pela Sociedade e mecanismos de gestão para a sua monitorização e controlo.

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III. IMPACTO DO PERÍODO DE TURBULÊNCIA FINANCEIRA NOS RESULTADOS

8. Descrição qualitativa e quantitativa dos resultados Os principais impactos provocados pelo actual período de turbulência financeira são descritos no Relatório de Gestão.

Foi adoptada uma descrição qualitativa atendendo a que se nos afigura desproporcionado e não quantificável a mensuração dos efeitos relacionados apenas com a turbulência financeira atendendo a que foi acompanhada por fortes perturbações no mercado das matérias primas e do preço do petróleo com reflexos em vários domínios da economia nacional e internacional.

9. e 10. Desagregação dos “write-downs” A Sociedade não está exposto a produtos e instrumentos afectados pelo período de turbulência, nomeadamente commercial mortgage-backed securities, residential mortgage-backed securities, colateralised debt obligations e asset-backed securities. 11. e 12. Comparação dos impactos entre períodos Não aplicável. 13. Influência da turbulência financeira na cotação das acções da Sociedade Não aplicável. 14. Risco de perda máxima Na Nota 18 das demonstrações financeiras “Gestão dos Riscos da Actividade” é divulgada informação sobre as perdas susceptíveis de serem incorridas em situações de stress do mercado. 15. Responsabilidades da Sociedade emitidas e resultados Não aplicável.

IV. NÍVEIS E TIPOS DAS EXPOSIÇÕES AFECTADAS PELO PERÍODO DE TURBULÊNCIA

16. Valor nominal e justo valor das exposições Na Nota 19 das demonstrações financeiras apresentam-se os activos e passivos financeiros evidenciando o valor de balanço e o respectivo justo valor.

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17. Mitigantes do risco de crédito Não aplicável. 18. Informação sobre as exposições da Sociedade Não aplicável. 19. Movimentos nas exposições entre períodos Não aplicável. 20. Exposições que não tenham sido consolidadas Não aplicável. 21. Exposição a seguradoras e qualidade dos activos segurados Não aplicável. V. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E MÉTODOS DE VALORIZAÇÃO

22. Produtos estruturados Estas situações estão desenvolvidas nas políticas contabilísticas constantes das notas anexas às demonstrações financeiras. 23. Special Purpose Entities (SPE) e consolidação Não aplicável. 24. e 25. Justo valor dos instrumentos financeiros Veja-se ponto 15 do presente Anexo. VI. OUTROS ASPECTOS RELEVANTES NA DIVULGAÇÃO

26. Descrição das políticas e princípios de divulgação A política de divulgação de informação de natureza contabilística e financeira da Sociedade visa dar satisfação a todos os requisitos de natureza regulamentar, sejam eles ditados pelas normas contabilísticas ou pelas entidades de supervisão e de regulação do mercado.

Adicionalmente, procura alinhar as suas divulgações pelas melhores práticas do mercado atendendo, por um lado, à relação de custo/benefício na captação da informação relevante e, por outro, dos benefícios que a mesma poderia proporcionar aos diversos utilizadores.

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ANEXO

FINANTIPAR – SGPS, S.A. Relatório sobre a estrutura e as práticas de governo societário (“RGS”)

29 de Março de 2011

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Introdução A Finantipar – SGPS, S.A. (doravante designada abreviadamente por “Sociedade”) optou por incluir em separado ao Relatório de Gestão, referente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, um anexo inteiramente dedicado ao Governo das Sociedades.

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ÍNDICE

I. Estrutura e Práticas Societárias

II. Assembleia Geral

III. Órgãos de Administração e Fiscalização IV. Comissão de Remunerações VI. Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e

de Fiscalização

VII. Política de Remuneração dos Colaboradores

VIII.

Adopção pela Sociedade das Recomendações do Banco de Portugal sobre Política de Remunerações

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I. Estrutura e Práticas de Governo Societário

Modelo Adoptado O modelo de governo societário adoptado pela Sociedade estrutura-se segundo uma das três modalidades previstas no Código das Sociedades Comerciais – conhecido como o Modelo Latino ou Monista:

- A gestão da Sociedade compete ao Conselho de Administração que nos termos estatutários poderá delegar a gestão corrente num administrador ou numa comissão executiva. - As competências de fiscalização estão atribuídas ao Conselho Fiscal, cujas responsabilidades incluem a fiscalização da administração, a vigilância do cumprimento da Lei e dos Estatutos pela Sociedade, a verificação das contas e a fiscalização da independência do Revisor Oficial de Contas externo - e ao Revisor Oficial de Contas (ROC), cuja função primordial consiste em examinar e proceder à certificação legal das contas.

Conselho de Administração

Conselho Fiscal

Comissão de Remunerações

Assembleia Geral

ROC

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- A Assembleia Geral é constituída pelos Accionistas com direito a pelo menos um voto e delibera sobre as matérias que lhes são especialmente atribuídas pela Lei ou pelos Estatutos, incluindo a eleição dos órgãos sociais, a aprovação do relatório de gestão e das contas do exercício e a distribuição de resultados, entre outros. - A Comissão de Remunerações assiste a Assembleia Geral na avaliação e fixação da remuneração dos órgãos sociais da Sociedade. A Comissão de Remunerações é composta por 2 (dois) accionistas eleitos pela Assembleia Geral por períodos de 3 (três) anos.

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II. Assembleia Geral A Assembleia Geral é o órgão máximo da sociedade e representa a universalidade dos accionistas, competindo-lhe eleger os membros dos órgãos de administração e fiscalização, aprovar a alteração do contrato de sociedade, deliberar sobre o relatório e contas e proceder à apreciação geral da administração da Sociedade e, em geral, sobre todas as matérias que lhe sejam especialmente atribuídas pela Lei ou pelos Estatutos. A Mesa da Assembleia Geral é composta por:

Presidente: José António de Melo Pinto Ribeiro

Secretário: António Artur Pinto Coelho Domingues Ferreira Encontra-se em curso o mandato dos membros eleitos da Mesa da Assembleia Geral para o triénio 2010-2012. A cada 100 acções ordinárias corresponde um voto, podendo os Accionistas titulares de acções em número inferior ao limite exigido pelos Estatutos agruparem-se de forma a completar o número mínimo exigido. Cada acção tem o valor nominal de 1 Euro.

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III. Órgãos de Administração e Fiscalização Conselho de Administração O Conselho de Administração é o órgão responsável pela gestão da actividade da Sociedade, sujeito às decisões da Assembleia Geral e à intervenção do Conselho Fiscal nos termos da Lei e dos Estatutos, competindo-lhe deliberar sobre todas as matérias relacionadas com a administração da Sociedade. Os Administradores são eleitos pela Assembleia Geral por períodos de 3 (três) anos, podendo ser reeleitos por uma ou mais vezes. A Assembleia Geral tem poderes para a todo o tempo destituir qualquer um dos administradores nomeados. O Conselho de Administração designa de entre os seus membros um presidente, o qual terá voto de qualidade. O Conselho de Administração deve reunir pelo menos trimestralmente e o Presidente ou quaisquer dois administradores têm poderes para convocar uma reunião do Conselho de Administração. No presente mandato, o Conselho de Administração é composto por 4 (quatro) membros: A composição actual do Conselho de Administração é: Presidente: António Guerreiro Vogais: João Sabido Pedro Santos Segue um breve resumo da experiência de cada um dos membros do Conselho de Administração: António Guerreiro: Fundador do Banco Finantia. Antes de 1987, António foi Vice-

Presidente do Chase Manhattan Bank em Lisboa. Antes de 1985, tinha sido Senior Investment Officer do World Bank e da International Finance Corporation (EUA). Na década de 70, António trabalhou ainda no Banco Lar Chase no Rio de Janeiro e anteriormente na DCI e na Cimianto, em Lisboa. É membro do Conselho de Disciplina da Associação Portuguesa de Bancos e dos Conselhos Consultivos do Harvard Clube de Portugal, do ISEG, da Ordem dos Economistas e da Inter-American Culture and Development Foundation (Washington, EUA). Licenciou-se em Finanças pelo ISEG (Portugal) e obteve um MBA pela Harvard Business School (EUA).

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João Sabido Integrou o Banco Finantia em 1995. Actualmente, é responsável pela área comercial de Personal Banking (Private Banking; Consumer Banking) do Grupo. Anteriormente desempenhou funções de Director Comercial na Companhia de Seguros Scottish Union - Portugal, de Assistente da Direcção Geral no Banco Espírito Santo (Reino Unido) e de membro da Direcção Internacional no Banco Espírito Santo (Lisboa). Licenciou-se em Finanças pelo ISEG (Portugal) e obteve um MBA pela Université Catolique de Louvain (Bélgica).

Pedro Santos Integrou o Banco Finantia em 1993 e actualmente é responsável pelo Controle Financeiro e Sistemas de Informação do Grupo, tendo anteriormente desempenhado funções semelhantes no Banco Central Hispano (actualmente pertencente ao Banco Santander) em Portugal. Pedro é licenciado em Engenharia Industrial pela Universidade Nova de Lisboa e participou em diversos cursos de executivos na Cornell University e na Wharton School of Finance (EUA).

Órgão de Fiscalização A fiscalização da Sociedade compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas externo, sendo que este último terá um suplente, podendo qualquer deles ser uma sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da Lei. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos, um dos quais será presidente e um suplente, eleitos por períodos de três anos, podendo ser reeleitos uma ou mais vez. As competências do Conselho Fiscal são as que decorrem da Lei, competindo-lhe em especial: - supervisionar a condição económica e financeira da Sociedade; - verificar a observância das leis e regulamentos aplicáveis; - elaborar anualmente relatório sobre a sua acção fiscalizadora e dar parecer sobre o relatório, contas e propostas apresentadas pela administração. O mandato actual dos membros do Conselho Fiscal é de 2010 a 2012, sendo este órgão composto actualmente pelos seguintes membros: Composição do Conselho Fiscal Presidente: José Archer Vogal Efectivo: Fernando Condeça

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Vogal Efectivo: António Vila Cova Vogal Suplente: Alexandre Santos Segue um breve resumo da experiência de cada um dos membros efectivos do Conselho Fiscal: José Archer Advogado, presentemente Senior partner e fundador da

Sociedade de Advogados Correia, Afonso & Archer (Lisboa). Consultor Jurídico de diversas empresas e grupos económicos estrangeiros. É sócio da European Law Association for Transportation e colaborador da Newsletters de Seguros. Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa.

António Vila Cova Integra actualmente o Conselho de Administração da Mota-Engil SGPS, S.A. como não executivo. Já exerceu diversas funções de administração no Grupo Caixa Geral de Depósitos e diversos outros cargos na banca. Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto.

Fernando Condeça

Administrador da firma “Manuel Vieira de Condeça, Lda.”. Presidente da Mesa da Assembleia Geral da “Kawa Motors” (Lisboa). Licenciado em Finanças pelo ISCEF e inscrito na Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas.

Revisor Oficial de Contas O Revisor Oficial de Contas efectivo da Sociedade, eleito para o triénio 2010-2012 é a PricewaterhouseCoopers & Associados SROC, membro da rede internacional da PwC, uma das maiores na prestação de serviço de auditoria internacionais. A PwC também é actualmente o auditor externo da Sociedade. O ROC Suplente é Jorge Manuel Santos Costa.

Divulgação dos honorários do ROC

Durante o exercício de 2010, a Finantipar - SGPS, S.A. e/ou pessoas colectivas em relação de domínio ou de grupo com a Sociedade contrataram serviços à Rede1 PwC (Portugal e Estrangeiro) cujos honorários ascenderam a € 565.967, com a seguinte distribuição pelos diferentes tipos de serviços prestados:

1 Para efeitos desta informação o conceito de Rede é o decorrente da Recomendação da Comissão Europeia n.º C (2002) 1873, de 16 de Maio de 2002.

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Euros 2010Serviços de revisão legal de contas 413,067Outros serviços de garantia de fiabilidade 152,900Consultoria fiscal - Outros serviços que não de revisão ou auditoria -

Total 565,967

Serviços de revisão legal de contas

Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito da auditoria e da revisão legal das contas consolidadas do Grupo e das diversas empresas em base individual, auditoria das subsidiárias para efeitos de consolidação e outros serviços associados à revisão legal das contas.

Outros serviços de garantia de fiabilidade

Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito da prestação de serviços que dadas as suas características estão associados ao trabalho de auditoria e devem em muitos casos ser prestados pelos auditores estatutários, nomeadamente: emissão de cartas conforto e pareceres sobre temas específicos (sistema de controlo interno, provisões económicas e outros serviços permitidos de natureza contabilística).

Serviços de consultoria fiscal

Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito do apoio fiscal prestado ao Grupo na revisão das obrigações fiscais das diversas empresas em Portugal e no estrangeiro.

Outros serviços que não de revisão ou auditoria

Inclui os honorários cobrados pela PwC no âmbito dos serviços que não de revisão ou auditoria que são permitidos de acordo com as regras de independência definidas.

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IV. Comissão de Remunerações

A Comissão de Renumerações eleita em Assembleia Geral auxilia a Assembleia Geral de Accionistas a determinar a remuneração dos membros que integram os diversos órgãos sociais da Sociedade. A Comissão de Remunerações é composta por 2 (dois) accionistas eleitos por períodos de três anos. A composição actual da Comissão de Remunerações é: Eduardo Catroga Henrique Granadeiro

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V. Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização

Enquadramento No modelo estatutário adoptado pela Sociedade a fixação da remuneração dos órgãos sociais, excepto a do Revisor Oficial de Contas externo (que é definido pelo Conselho de Administração), é da competência da Assembleia Geral, sob proposta do Conselho de Administração ou de uma Comissão de Remunerações constituída para o efeito. A política de remunerações actualmente em vigor foi aprovada pela Assembleia Geral realizada no dia 31 de Maio de 2010 sob proposta do Conselho de Administração com respeito às Recomendações aprovadas pelas entidades de supervisão nacionais e no plano da União Europeia e ainda considerando a natureza da actividade desenvolvida pela Sociedade e à sua dimensão. Processo de aprovação da política de remuneração

Aprovação A actual política de remuneração dos órgãos sociais da Sociedade em vigor foi aprovada pela Assembleia Geral de 31 de Maio de 2010 sob proposta do Conselho de Administração.

Mandato da Comissão de Remunerações

A Comissão de Remunerações constituída pela Assembleia Geral em 31 de Maio de 2010 tem como atribuições supervisionar a política de remunerações adoptada pela Sociedade bem como avaliar o desempenho dos órgãos da administração e fiscalização. A Comissão de Remunerações é actualmente composta por 2 (dois) membros, eleitos pela Assembleia Geral anual de 2010 para um mandato de 3 (três).

Composição da Comissão de Remunerações

Presidente: Eduardo Catroga Vogal: Henrique Granadeiro Nenhum dos membros da Comissão de Remunerações é membro do órgão de administração, ou tem qualquer vínculo familiar com algum dos seus membros.

Consultores externos Considerando a não complexidade da política de remuneração adoptada pela Sociedade não existe, na presente data, qualquer consultor externo para assistir a Comissão de Remunerações.

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Política de Remuneração Foi aprovada em Assembleia Geral de 31 de Maio de 2010, como política de remuneração que os membros os membros do Conselho de Administração da Sociedade não auferissem qualquer remuneração, fixa ou variável, e que a remuneração dos membros do Conselho Fiscal não incluísse nenhum componente cujo valor dependa do desempenho ou do valor da instituição. A política de remunerações actualmente em vigor será apresentada novamente na Assembleia Geral anual a realizar em 2011, nos seguintes termos:

“Considerando o disposto no artigo segundo da Lei nº 28/2009 de 19 de Junho, que dispõe que o órgão de administração ou a comissão de remunerações das entidades de interesse público submetam anualmente à aprovação da Assembleia Geral uma declaração sobre a política de remuneração;

Considerando que, nos termos da mesma Lei, a Sociedade é considerada uma entidade de interesse público;

Vêm o Conselho de Administração e a Comissão de Remunerações submeter à aprovação da Assembleia Geral:

Remuneração dos membros do Conselho de Administração

A política de remuneração dos membros do Conselho de Administração da Sociedade tem em consideração a natureza da actividade da Sociedade, a sua dimensão, bem como a situação económica actual.

Assim, os membros do Conselho de Administração não auferem qualquer remuneração, fixa ou variável.

Remuneração dos membros do Conselho Fiscal

A remuneração dos membros do Conselho Fiscal não deve incluir nenhum componente cujo valor dependa do desempenho ou do valor da instituição.

Não se encontra em vigor nenhum plano de atribuição de acções ou de opções de aquisição de acções por parte de membros dos órgãos de administração e de fiscalização “

Montante anual da remuneração auferida durante o ano de 2010 pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização, de forma agregada e individual:

Não foi auferida qualquer remuneração, fixa ou variável, ou qualquer outro benefício pelos membros dos órgãos de administração e de fiscalização Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários Não aplicável Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e ou participação nos lucros foram concedidos

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Não Aplicável Indemnizações pagas ou devidas a ex-membros executivos do órgão de administração relativamente à cessação das suas funções durante o exercício Não foram pagas nem são devidas quaisquer indemnizações a antigos membros do Conselho de Administração. Órgão competente para realizar a avaliação de desempenho dos Administradores Executivos A avaliação de desempenho dos administradores é assegurada pela Comissão de Remunerações, bem como pela Assembleia Geral, tendo em consideração a política de remunerações aprovada. Critérios predeterminados para a avaliação de desempenho dos Administradores Executivos Não aplicável A importância relativa das componente variáveis e fixas da remuneração dos Administradores Executivos, assim como os limites máximos para cada componente. Não aplicável Limitações contratuais previstas para a compensação a pagar por destituição sem justa causa do administrador e sua relação com a componente variável da remuneração Não existem quaisquer acordos que fixem montantes a pagar a membros do Conselho de Administração em caso de destituição sem justa causa. Montantes pagos a qualquer título por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo

Os actuais membros do Conselho de Administração auferem os montantes a seguir descriminados de outras sociedades que englobam o Grupo Banco Finantia:

Sociedade

Cargo

Remuneração Total

António Guerreiro

Banco Finantia, S.A.

Presidente da Comissão Executiva

€ 211.431

João Sabido

Sofinloc – IFIC, S.A.

Membro do Conselho de Administração

€ 30.383

Finantia Serviços, Lda.

Gerente

€ 111.048

Pedro Santos

Finantia Serviços, Lda.

Gerente

€ 141.431

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Principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, com indicação se foram sujeitas a apreciação pela Assembleia Geral

Não existem regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada. Estimativa do valor dos benefícios não pecuniários relevantes considerados como remuneração não abrangidos nas situações anteriores Os Administradores não auferem benefícios não pecuniários relevantes considerados como remuneração. Existência de mecanismos que impeçam a celebração de contratos que ponham em causa a razão de ser da remuneração variável Não aplicável

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VII. Política de Remuneração dos Colaboradores

Tratando-se de uma sociedade holding do Grupo Banco Finantia, a Sociedade não necessita de ter colaboradores afectos à actividade, uma vez que tem poucas ou nenhumas actividades próprias, excluindo a de deter participações nas suas subsidiárias.

Assim, não é aplicável a divulgação de Política de Remuneração dos colaboradores.

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VIII. Adopção pela Sociedade das Recomendações do Banco de Portugal sobre Política de Remunerações

Nos termos do artigo 4º número 1 do Aviso do Banco de Portugal 1/2010 segue informação discriminada referente à observância pela Sociedade das recomendações adoptadas e não adoptadas contidas na Carta-Circular nº 2/2010/DSB:

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

RECOMENDAÇÃO

ADOPTADA

NÃO

ADOPTADA

FUNDAMENTO DA

NÃO ADOPÇÃO

As instituições devem adoptar uma política de remuneração consistente com uma gestão e controlo de riscos eficaz, que evite uma excessiva exposição ao risco, que evite potenciais conflitos de interesses e que seja coerente com os objectivos, valores e interesses a longo prazo da instituição, designadamente com as perspectivas de crescimento e rendibilidade sustentáveis e a protecção dos interesses dos clientes e dos investidores (I.4. da Carta-Circular).

X

A política de remuneração deve ser adequada à dimensão, natureza e complexidade da actividade desenvolvida ou a desenvolver pela instituição e, em especial, no que se refere aos riscos assumidos ou a assumir (I.5. da Carta-Circular).

X

As instituições devem adoptar uma estrutura clara, transparente e adequada relativamente à definição, implementação e monitorização da política de remuneração, que identifique, de forma objectiva, os colaboradores envolvidos em cada processo, bem como as respectivas responsabilidades e competências (I.6. da Carta-Circular).

X

No que se refere à remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização, a política de remuneração deve ser aprovada por uma comissão de remuneração ou, no caso de a sua existência não ser exequível ou apropriada face à dimensão, natureza e complexidade da instituição em causa, pela assembleia geral ou pelo conselho geral e de supervisão, consoante aplicável (II.1. da Carta-Circular).

X

No que se refere à remuneração dos restantes colaboradores abrangidos, a política de remuneração deve ser aprovada pelo órgão de administração (II.2. da Carta-Circular).

X

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Na definição da política de remuneração devem participar pessoas com independência funcional e capacidade técnica adequada, incluindo pessoas que integrem as unidades de estrutura responsáveis pelas funções de controlo e, sempre que necessário, de recursos humanos, assim como peritos externos, de forma a evitar conflitos de interesses e a permitir a formação de um juízo de valor independente sobre a adequação da política de remuneração, incluindo os seus efeitos sobre a gestão de riscos, capital e liquidez da instituição (II.3. da Carta-Circular).

X

A política de remuneração deve ser transparente e acessível a todos os colaboradores. A política de remuneração deve ainda ser objecto de revisão periódica e estar formalizada em documento(s) autónomo(s), devidamente actualizado(s), com indicação da data das alterações introduzidas e respectiva justificação, devendo ser mantido um arquivo das versões anteriores (II.4. da Carta- Circular).

X

O processo de avaliação, incluindo os critérios utilizados para determinar a remuneração variável, deve ser comunicado aos colaboradores, previamente ao período de tempo abrangido pelo processo de avaliação (II.5. da Carta-Circular).

X

Não aplicável. A Sociedade não tem colaboradores

COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES

RECOMENDAÇÃO

ADOPTADA

NÃO ADOPTADA

FUNDAMENTO DA NÃO

ADOPÇÃO

A comissão de remuneração, deve efectuar uma revisão, com uma periodicidade mínima anual, da política de remuneração e da sua implementação, em particular, no que se refere à remuneração dos membros executivos do órgão de administração, incluindo a respectiva remuneração com base em acções ou opções, de forma a permitir a formulação de um juízo de valor fundamentado e independente sobre a adequação da política de remuneração, à luz das recomendações da Carta-Circular, em especial sobre o respectivo efeito na gestão de riscos, de capital e de liquidez da instituição (III.1. da Carta-Circular).

X

Os membros da comissão de remuneração devem ser independentes relativamente aos membros do órgão de administração e cumprir com requisitos de idoneidade e qualificação profissional adequados ao exercício das suas funções, em particular possuir conhecimentos e/ou experiência profissional em matéria de política de remuneração (III.2. da Carta-Circular).

X

No caso de a comissão de remuneração recorrer, no exercício das suas funções, à prestação de serviços externos em matéria de remunerações, não deve contratar pessoa singular ou colectiva que preste ou tenha prestado, nos três anos anteriores, serviços a

X

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qualquer estrutura na dependência do órgão de administração, ao próprio órgão de administração ou que tenha relação actual com consultora da instituição, sendo esta recomendação igualmente aplicável a qualquer pessoa singular ou colectiva que com aqueles se encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação de serviços (III.3. da Carta-Circular). A comissão de remuneração deve informar anualmente os accionistas sobre o exercício das suas funções e deve estar presente nas assembleias gerais em que a política de remuneração conste da ordem de trabalhos (III.4. da Carta-Circular).

X

A comissão de remuneração deve reunir-se com uma periodicidade mínima anual, devendo elaborar actas de todas as reuniões que realize (III.5. da Carta-Circular).

X

REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO

RECOMENDAÇÃO

ADOPTADA

NÃO ADOPTADA

FUNDAMENTO DA NÃO

ADOPÇÃO/OBS.

A remuneração dos administradores que exerçam funções executivas deve integrar uma componente variável, cuja determinação dependa de uma avaliação do desempenho, realizada pelos órgãos competentes da instituição, de acordo com critérios mensuráveis predeterminados, incluindo critérios não financeiros, que considere, para além do desempenho individual, o real crescimento da instituição e a riqueza efectivamente criada para os accionistas, a protecção dos interesses dos clientes e dos investidores, a sua sustentabilidade a longo prazo e os riscos assumidos, bem como o cumprimento das regras aplicáveis à actividade da instituição (IV.1. da Carta-Circular).

X

Não aplicável. Os membros do Conselho de Administração não auferem qualquer remuneração

As componentes fixa e variável da remuneração total devem estar adequadamente equilibradas. A componente fixa deve representar uma proporção suficientemente elevada da remuneração total, a fim de permitir a aplicação de uma política plenamente flexível sobre a componente variável da remuneração, incluindo a possibilidade de não pagamento de qualquer componente variável da remuneração. A componente variável deve estar sujeita a um limite máximo (IV.2. da Carta-Circular).

X

Não aplicável

Uma parte substancial da componente variável da remuneração deve ser paga em instrumentos financeiros emitidos pela instituição e cuja valorização dependa do desempenho de médio e longo prazos da instituição. Esses instrumentos financeiros devem estar sujeitos a uma política de retenção adequada destinada a alinhar os incentivos pelos interesses a longo prazo da instituição e ser, quando não cotados em bolsa, avaliados, para o efeito, pelo seu justo valor ( IV.3. da Carta-Circular).

X

Não aplicável

Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos e o seu pagamento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da instituição ao longo desse período (IV.4. da Carta-Circular).

X

Não aplicável

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A parte da componente variável sujeita a diferimento deve ser determinada em função crescente do seu peso relativo face à componente fixa da remuneração (IV.5. da Carta-Circular).

X

Não aplicável

Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com a instituição, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela instituição (IV.6. da Carta-Circular).

X

Até ao termo do seu mandato, devem os membros executivos do órgão de administração manter as acções da instituição a que tenham acedido por força de esquemas de remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com excepção daquelas que necessitem ser alienadas com vista ao pagamento de impostos resultantes do benefício dessas mesmas acções (IV.7. da Carta- Circular).

X

Não aplicável. Não existem planos de atribuição de acções ou opções.

Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de exercício deve ser diferido por um prazo não inferior a três anos (IV.8. da Carta-Circular).

X

Não aplicável. Vide acima

Após o exercício referido no número anterior, os membros executivos do órgão de administração devem conservar um certo número de acções, até ao fim do seu mandato, sujeito à necessidade de financiar quaisquer custos relacionados com a aquisição de acções, sendo que o número de acções a conservar deve ser fixado (IV.9. da Carta-Circular).

X

Não aplicável

A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração não deve incluir nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho ou do valor da instituição (IV.10. da Carta-Circular).

X

Não aplicável

Devem ser estabelecidos os instrumentos jurídicos adequados para que a compensação estabelecida para qualquer forma de destituição sem justa causa de um membro do órgão de administração não seja paga se a destituição ou cessação por acordo resultar de um inadequado desempenho do membro do órgão de administração (IV.11. da Carta-Circular).

X

REMUNERAÇÃO DOS COLABORADORES

(COM FUNÇÕES DE CONTROLO OU COM IMPACTO MATERIAL NO PERFIL DE RISCO)

RECOMENDAÇÃO

ADOPTADA

NÃO ADOPTADA

FUNDAMENTO DA NÃO ADOPÇÃO

Se a remuneração dos colaboradores da instituição incluir uma componente variável, esta deve ser adequadamente equilibrada face à componente fixa da remuneração, atendendo, designadamente ao desempenho, às responsabilidades e às funções de cada colaborador, bem como à actividade exercida pela instituição. A componente fixa deve representar uma proporção suficientemente elevada da remuneração

X

Não aplicável. A Sociedade não tem colaboradores

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total, a fim de permitir a aplicação de uma política plenamente flexível sobre a componente variável da remuneração, incluindo a possibilidade de não pagamento de qualquer componente variável da remuneração. A componente variável deve estar sujeita a um limite máximo (V.1. da Carta-Circular). Uma parte substancial da componente variável da remuneração deve ser paga em instrumentos financeiros emitidos pela instituição e cuja valorização dependa do desempenho de médio e longo prazos da instituição. Esses instrumentos financeiros devem estar sujeitos a uma política de retenção adequada destinada a alinhar os incentivos pelos interesses a longo prazo da instituição e ser, quando não cotados em bolsa, avaliados, para o efeito, pelo seu justo valor (V.2. da Carta-Circular).

X

Não aplicável

A avaliação de desempenho deve atender não apenas ao desempenho individual mas também ao desempenho colectivo da unidade de estrutura onde o colaborador se integra e da própria instituição, devendo incluir critérios não financeiros relevantes, como o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à actividade desenvolvida, designadamente as regras de controlo interno e as relativas às relações com clientes e investidores, de modo a promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo (V.3. da Carta-Circular).

X

Não aplicável

Os critérios de atribuição da remuneração variável em função do desempenho devem ser predeterminados e mensuráveis, devendo ter por referência um quadro plurianual, de três a cinco anos, a fim de assegurar que o processo de avaliação se baseia num desempenho de longo prazo (V.4. da Carta-Circular).

X

Não aplicável

A remuneração variável, incluindo a parte diferida dessa remuneração, só deve ser paga ou constituir um direito adquirido se for sustentável à luz da situação financeira da instituição no seu todo, e se se justificar à luz do desempenho do colaborador em causa e da unidade de estrutura onde este se integra. O total da remuneração variável deve de um modo geral ser fortemente reduzido em caso de regressão do desempenho ou desempenho negativo da instituição (V.5. da Carta-Circular).

X

Não aplicável

Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos e o seu pagamento deve ficar dependente de critérios de desempenho futuro, medidos com base em critérios ajustados ao risco, que atendam aos riscos associados à actividade da qual resulta a sua atribuição (V.6. da Carta-Circular).

X

Não aplicável

A parte da remuneração variável sujeita a diferimento nos termos do número anterior deve ser determinada em função crescente do seu peso relativo face à componente fixa da remuneração, devendo a percentagem diferida aumentar significativamente em função do nível hierárquico ou responsabilidade do colaborador (V.7. da Carta-Circular).

X

Não aplicável

Os colaboradores envolvidos na realização das tarefas associadas às funções de controlo devem ser

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remunerados em função da prossecução dos objectivos associados às respectivas funções, independentemente do desempenho das áreas sob o seu controlo, devendo a remuneração proporcionar uma recompensa adequada à relevância do exercício das suas funções (V.8. da Carta-Circular).

X

Não aplicável

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ANEXO

Adopção das Recomendações do Financial Stability Forum (FSF) e do Committee of European Banking Supervisors (CEBS) relativas à Transparência da Informação e

à Valorização dos Activos O Banco de Portugal, através das Cartas Circular nº46/08/DSBDR e nº97/08/DSBDR, de 15 de Julho e 3 de Dezembro, respectivamente, adoptou as recomendações do Financial Stability Forum (FSF) e do Committee of European Banking Supervisors (CEBS) sobre a publicação de um conjunto de informações tendo em vista um melhor conhecimento da situação financeira das instituições financeiras em geral, e dos bancos em particular. A informação neste Anexo tem como objectivo cumprir com os requisitos exigidos de divulgação. I. MODELO DE NEGÓCIO

1. Descrição do modelo de negócio A descrição da estratégia e do modelo de negócio do Grupo é apresentada no Relatório de Gestão o qual é parte integrante do Relatório e Contas 2010. 2., 3., 4. e 5. Actividades desenvolvidas e contribuição para o negócio No corpo do Relatório de Gestão apresenta-se informação acerca da estratégia e objectivos das áreas de negócio do Grupo e sua evolução. II. RISCOS E GESTÃO DOS RISCOS

6. e 7. Descrição e natureza dos riscos incorridos O Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras Consolidadas (veja-se Nota 33. Gestão dos riscos da actividade) apresentam uma descrição de como a Função de Gestão dos Riscos se encontra organizada no seio do Grupo, assim como informação que permite ao mercado obter a percepção sobre os riscos incorridos pelo Grupo e mecanismos de gestão para a sua monitorização e controlo.

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III. IMPACTO DO PERÍODO DE TURBULÊNCIA FINANCEIRA NOS RESULTADOS

8. Descrição qualitativa e quantitativa dos resultados Os principais impactos provocados pelo actual período de turbulência financeira são descritos no Relatório de Gestão.

Foi adoptada uma descrição qualitativa atendendo a que se nos afigura desproporcionado e não quantificável a mensuração dos efeitos relacionados apenas com a turbulência financeira atendendo a que foi acompanhada por fortes perturbações no mercado das matérias primas e do preço do petróleo com reflexos em vários domínios da economia nacional e internacional.

9. e 10. Desagregação dos “write-downs” O Grupo não está exposto a produtos e instrumentos afectados pelo período de turbulência, nomeadamente commercial mortgage-backed securities, residential mortgage-backed securities, colateralised debt obligations e asset-backed securities. 11. e 12. Comparação dos impactos entre períodos Não aplicável. 13. Influência da turbulência financeira na cotação das acções do Grupo Não aplicável. 14. Risco de perda máxima Na Nota 33 das demonstrações financeiras “Gestão dos Riscos da Actividade” é divulgada informação sobre as perdas susceptíveis de serem incorridas em situações de stress do mercado. 15. Responsabilidades do Grupo emitidas e resultados Na Nota 7 das demonstrações financeiras faz-se divulgação sobre o impacto nos resultados decorrentes da reavaliação da dívida emitida.

IV. NÍVEIS E TIPOS DAS EXPOSIÇÕES AFECTADAS PELO PERÍODO DE TURBULÊNCIA

16. Valor nominal e justo valor das exposições Na Nota 36 das demonstrações financeiras apresentam-se os activos e passivos financeiros evidenciando o valor de balanço e o respectivo justo valor.

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17. Mitigantes do risco de crédito Adicionalmente a outras referências à gestão do risco de crédito, nas Notas 16 e 17 das demonstrações financeiras são divulgados os derivados para gestão de risco e os activos e passivos a eles associados. 18. Informação sobre as exposições do Grupo Não aplicável. 19. Movimentos nas exposições entre períodos Não aplicável. 20. Exposições que não tenham sido consolidadas Não aplicável. 21. Exposição a seguradoras e qualidade dos activos segurados Não aplicável. V. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E MÉTODOS DE VALORIZAÇÃO

22. Produtos estruturados Estas situações estão desenvolvidas nas políticas contabilísticas constantes das notas anexas às demonstrações financeiras. 23. Special Purpose Entities (SPE) e consolidação As divulgações sobre estas entidades encontram-se referidas nas políticas contabilísticas e nas Notas 25 e 37 das demonstrações financeiras. 24. e 25. Justo valor dos instrumentos financeiros Veja-se ponto 15 do presente Anexo. Nas políticas contabilísticas referem-se as condições de utilização da opção do justo valor, bem como as técnicas utilizadas para a valorização dos instrumentos financeiros VI. OUTROS ASPECTOS RELEVANTES NA DIVULGAÇÃO

26. Descrição das políticas e princípios de divulgação A política de divulgação de informação de natureza contabilística e financeira do Grupo visa dar satisfação a todos os requisitos de natureza regulamentar, sejam eles ditados pelas normas contabilísticas ou pelas entidades de supervisão e de regulação do mercado.

Adicionalmente, procura alinhar as suas divulgações pelas melhores práticas do mercado atendendo, por um lado, à relação de custo/benefício na captação da informação relevante e, por outro, dos benefícios que a mesma poderia proporcionar aos diversos utilizadores.

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01 Balanço 02 Demonstração do Rendimento Integral 03 Demonstração de Alterações no Capital Próprio 04 Demonstração dos Fluxos de Caixa 05 Notas às demonstrações financeiras 17 Certificação Legal das Contas 19 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

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FINANTIPAR – S.G.P.S., S.A. – RELATÓRIO E CONTAS 2010 - 1 -

milhares EUR Notas 2010 2009

ActivoCaixa e disponibilidades em bancos centrais - -Disponibilidades em outras instituições de crédito 9 60 110Activos financeiros ao justo valor através de resultados - -Activos financeiros disponíveis para venda - -Aplicações em instituições de crédito - -Crédito a clientes - -Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda - -Outros activos tangíveis 10 - 9Investimentos em filiais 11 143.156 143.156Activos por impostos correntes 4 1Activos por impostos diferidos - -Outros activos 59 -Total de Activo 143.279 143.276

PassivoPassivos financeiros detidos para negociação - -Recursos de instituições de crédito - -Recursos de clientes - -Derivados de cobertura - -Provisões - -Passivos por impostos correntes - -Passivos por impostos diferidos - -Passivos subordinados - -Outros passivos - -Total de Passivo - -

Capital próprioCapital 12 21.076 21.076Prémios de emissão 12 33.814 33.814Acções próprias 12 (802) (802)Reservas e resultados transitados 13 89.188 88.204Resultado líquido do exercício 3 984Total de Capital Próprio 143.279 143.276

Total de Passivo e Capital Próprio 143.279 143.276

O Técnico Oficial de Contas Conselho de Administração

Finantipar - S.G.P.S., S.A.Balanço em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

As Notas explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

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FINANTIPAR – S.G.P.S., S.A. – RELATÓRIO E CONTAS 2010 - 2 -

milhares EUR Notas 2010 2009

Juros e rendimentos similares 5 - 64 Juros e encargos similares 5 - (5)

Margem Financeira - 59

Rendimentos de instrumentos de capital - - Rendimentos de serviços e comissões 59 - Encargos com serviços e comissões - - Resultados em operações financeiras - - Resultados de reavaliação cambial 1 - Outros resultados de exploração 6 - 1.065

Proveitos operacionais 60 1.124

Custos com pessoal 7 (31) (51)Gastos gerais administrativos (15) (56)Depreciações e amortizações 10 (9) (31)Provisões líquidas de anulações - -

Custos operacionais (55) (138)

Resultado antes de impostos 5 986

Impostos correntes 8 (2) (2)Impostos diferidos - -

Resultado líquido do exercício 3 984

Outro rendimento integral do exercício depois de impostos - -

Total do rendimento integral do exercício 3 984

Finantipar - S.G.P.S., S.A.

Demonstração do Rendimento Integraldos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

As Notas explicativas anexas fazem partes integrante destas Demonstrações Financeiras

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FINANTIPAR – S.G.P.S., S.A. – RELATÓRIO E CONTAS 2010 - 3 -

Saldos a 1 de Janeiro de 2009 54.890 (360) 76.972 14.779 146.281

Resultado líquido do exercício - - - 984 984

Total do rendimento integral do exercício - - - 984 984

Aplicação de resultados 14.779 (14.779) -

Variação de acções próprias (442) (3.547) - (3.989)

- (442) 11.232 (14.779) (3.989)

Saldos a 31 de Dezembro de 2009 54.890 (802) 88.204 984 143.276

Resultado líquido do exercício - - - 3 3

Total do rendimento integral do exercício - - - 3 3

Aplicação de resultados 984 (984) -

- - 984 (984) -

Saldos a 31 de Dezembro de 2010 54.890 (802) 89.188 3 143.279

Finantipar - S.G.P.S., S.A.

Resultado líq. do

exercício

Total do Capital Próprio

milhares EUR

As Notas explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

Demonstração de Alterações no Capital Próprio dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

Capital e Prémios de

emissãoAcções próprias

Reservas e Resultados transitados

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FINANTIPAR – S.G.P.S., S.A. – RELATÓRIO E CONTAS 2010 - 4 -

milhares EUR Notas 2010 2009

Fluxos de caixa das actividades operacionaisJuros e proveitos recebidos - 64 Juros e custos pagos - (5)Pagamentos de caixa a empregados e a fornecedores (45) (107)

(45) (48)Variação nos activos operacionais:Aplicações em instituições de crédito - 3.521 Outros activos operacionais - 6 Variação nos passivos operacionais:Outros passivos operacionais - - Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais,antes de impostos sobre os lucros (45) 3.479 Impostos sobre os lucros pagos (5) (3)

(50) 3.476 Fluxos de caixa das actividades de investimentoAquisição de investimentos em filiais e associadas - - Alienação de investimentos em filiais e associadas - - Dividendos recebidos - - Aquisição de acções próprias - - Venda de acções próprias - - Atribuição de prestações suplementares - (3.500)Recebimento de prestações suplementares - -

- (3.500)Fluxos de caixa das actividades de financiamentoRecursos de instituições de crédito - - Débitos para com clientes - - Fluxos de caixa líquidos de actividades de financiamento - -

Efeitos da alteração da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes - -

Variação líquida em caixa e seus equivalentes (50) (24)

Caixa e equivalentes no início do período 14 110 134

Caixa e equivalentes no fim do período 14 60 110

(50) (24)

dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

Finantipar - S.G.P.S., S.A.Demonstração dos Fluxos de Caixa

As Notas explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DE DEZEMBRO DE 2010

FINANTIPAR – S.G.P.S., S.A. – RELATÓRIO E CONTAS 2010 - 5 -

1. Bases de apresentação

A Finantipar – S.G.P.S., S.A. (“Finantipar”), é uma sociedade de capitais privados, constituída em 15 de Junho de 1992. A Sociedade tem como objecto a gestão de participações sociais em outras sociedades, como forma indirecta de exercício de actividades económicas. As demonstrações financeiras da Finantipar – S.G.P.S., S.A. poderão ser obtidas na sua sede social, sita na R. General Firmino Miguel, nº 5 – 6º, 1600-100 Lisboa. As demonstrações financeiras da Finantipar agora apresentadas foram preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (“NCA”) em vigor em 31 de Dezembro de 2010. As NCA correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro ou International Financial Reporting Standards (“IFRS”) tal como adoptadas pela União Europeia, com excepção das matérias definidas nos nºs 2 e 3 do Aviso do Banco de Portugal nº 1/2005, nº 2 do Aviso nº 4/2005 e do Aviso nº 7/2008, das quais se destaca a valorimetria e provisionamento do crédito concedido, relativamente ao qual se mantém o regime anterior. No exercício de 2010, a Sociedade adoptou as várias alterações normativas publicadas pelo IASB e adoptadas na União Europeia com aplicação obrigatória neste exercício, sem impacto significativo nas suas demonstrações financeiras. Adicionalmente, a Sociedade optou por não aplicar antecipadamente as normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas, mas sem aplicação obrigatória em 2010, e que se encontram descritas na Nota 3. Actualmente, a Sociedade encontra-se a avaliar o impacto da adopção destas normas, não tendo ainda completado a sua análise. Estas demonstrações financeiras estão expressas em milhares de euros (“m€”), excepto quando

indicado, e foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao seu justo valor, activos financeiros disponíveis para venda e activos e passivos cobertos, na sua componente que está a ser objecto de cobertura. A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as NCA requer a utilização julgamentos e estimativas. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativos na preparação das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na Nota 4. Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração em 29 de Março de 2011.

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2. Principais políticas contabilísticas

2.1. Reconhecimento de juros Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e dos activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e custos similares, utilizando o método da taxa efectiva. Os juros dos activos financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e proveitos similares. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro. Para o cálculo da taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios e descontos directamente relacionados com a transacção. No caso de activos financeiros ou de activos financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade. No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, com excepção daqueles classificados como de cobertura do risco de taxa de juro, a componente de juro inerente à variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de resultados de activos e passivos ao justo valor através de resultados. A componente de juro inerente à variação de justo valor dos instrumentos financeiros derivados de cobertura do risco de taxa de juro é reconhecida nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e custos similares.

2.2. Rendimentos de instrumentos de capital

Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito de receber o seu pagamento é estabelecido. 2.3. Rendimentos de serviços e comissões Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma: (i) os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, como por exemplo comissões na sindicação de empréstimos, são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído; (ii) os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no período a que se referem; (iii) os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva. 2.4. Operações em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira são convertidas para euros com base nas taxas de câmbio em vigor nas datas das transacções. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são reconhecidas em resultados. Os activos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio à data da transacção. Os activos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

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2.5. Activos tangíveis Estes activos encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade, se existirem. O custo inclui despesas que são directamente atribuíveis à aquisição dos bens. Os custos subsequentes com activos tangíveis são reconhecidos apenas se: (i) for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Sociedade e (ii) se o custo puder ser mensurado com fiabilidade. Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. As amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, às seguintes taxas de amortização que reflectem a vida útil esperada dos bens: Imóveis: 50 anos Mobiliário e máquinas: 5 a 10 anos Equipamento informático: 3 a 4 anos Instalações interiores: 10 anos Viaturas: 3 a 4 anos Outras imobilizações: 4 a 10 anos

Os terrenos não são amortizados. Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, o seu valor recuperável é estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas na demonstração dos resultados. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

2.6. Instrumentos de capital Um instrumento é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos activos de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos. Os custos directamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são registados por contrapartida do capital próprio como uma dedução ao valor da emissão. Os valores pagos e recebidos pelas compras e vendas de instrumentos de capital são registados no capital próprio, líquidos dos custos de transacção. As distribuições efectuadas por conta de instrumentos de capital são deduzidas ao capital próprio como dividendos, quando declarados. 2.7. Investimentos em filiais Na rubrica de investimentos em filiais são registadas as participações de capital em empresas em que a Sociedade exerce domínio, participações essas que se revestem de carácter duradouro e são detidas em resultado da existência de ligações de complementaridade com a actividade da Finantipar (ver Nota 11). Estas participações encontram-se registadas nas contas individuais da Finantipar pelo respectivo custo de aquisição. As eventuais desvalorizações de valor significativo e com carácter permanente, identificadas nas participações detidas, são provisionadas. O valor contabilístico da liquidação de uma participada é calculado através da diferença entre o custo de aquisição e a situação líquida da participada à data de liquidação. Quando o diferencial entre o custo de aquisição de uma participada e a situação líquida é gerada no exercício em que a participada é liquidada, o diferencial é assumido como uma perda ou ganho no exercício económico em que foi gerada.

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Quando a diferença entre o custo de aquisição e a situação líquida já provêm de exercícios anteriores, o ganho ou a perda inerente deverá afectar directamente a situação líquida, através da rubrica resultados transitados. 2.8. Benefícios aos empregados A Sociedade encontra-se sujeita ao Regime Geral da Segurança Social não tendo quaisquer responsabilidades pelo pagamento de pensões ou complementos de pensões de reforma aos seus colaboradores.

2.9. Impostos sobre lucros Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou substancialmente aprovada em cada jurisdição. Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem. Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo no balanço e a sua base de tributação. Os impostos diferidos activos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as diferenças temporárias dedutíveis.

Os impostos diferidos activos não são reconhecidos para as diferenças temporárias tributáveis associadas a investimento em empresas filiais e associadas, na medida em que provavelmente não serão revertidos no futuro. 2.10. Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de aquisição, onde se incluem a caixa e as disponibilidades e aplicações em outras instituições de crédito. A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de bancos centrais. 2.11. Acções próprias As acções próprias são registadas como uma dedução ao capital próprio pelo valor de aquisição não sendo sujeitas a reavaliação. As mais e menos valias realizadas na venda de acções próprias, bem como os respectivos impostos, são reconhecidas directamente no capital próprio não afectando o resultado do exercício.

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3. Normas contabilísticas e Interpretações com entrada em vigor em 2011 e posteriormente.

Durante o ano de 2010, algumas normas e interpretações contabilísticas foram publicadas pelo IASB, tendo apenas parte sido adoptada pela União Europeia até essa data. Estas normas contabilísticas e interpretações serão aplicáveis à Sociedade a partir de 1 de Janeiro de 2011, tendo a Sociedade optado por não aplicar antecipadamente as mesmas com referência a 31 de Dezembro de 2010.

Estas normas contabilísticas e interpretações serão aplicáveis à Sociedade a partir de 1 de Janeiro de 2011, tendo a Sociedade optado por não aplicar antecipadamente as mesmas com referência ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010.

De entre estas salienta-se o IFRS 9 – Instrumentos Financeiros (emitido pelo IASB em 12 de Novembro de 2009, mas ainda não adoptado pela União Europeia). Esta nova norma versa sobre a classificação e mensuração dos activos financeiros e representa a primeira parte de um projecto de três fases que visa substituir o IAS 39 sobre o mesmo tema, sendo aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2013, sendo permitida a sua aplicação antecipada.

O IFRS 9 é aplicável a todos os activos dentro do âmbito do IAS 39 – Instrumentos financeiros: Reconhecimento e Mensuração e exige que, no reconhecimento inicial, todos os activos financeiros sejam classificados em uma ou duas categorias de mensuração: (i) Custo amortizado; ou (ii) Justo valor.

O IFRS 9 elimina assim as categorias de “activos financeiros detido até à maturidade”, “activos financeiros disponíveis para venda” e “empréstimos e contas a receber”. Além disso, a excepção que exige que os instrumentos patrimoniais e derivados relacionados sejam mensurados ao custo em vez do justo valor, em que o justo valor não pode ser determinado de maneira razoável, foi eliminada com a

mensuração do justo valor a ser exigida para todos esses instrumentos.

Nesta base, um activo financeiro é mensurado ao custo amortizado apenas se cumprir com as duas seguintes condições:

- O objectivo do modelo de negócio da entidade é manter activos financeiros a fim de recolher fluxos de caixa contratuais; e

- Os termos contratuais do activo financeiro dão abertura a datas específicas a fluxos de caixa que são apenas os pagamentos do principal e dos juros sobre o valor do principal pendente.

Exige-se que todos os outros instrumentos sejam mensurados ao valor justo. O IFRS 9 detém a exigência actual para instrumentos financeiros que são mantidos para comercialização a serem reconhecidos e mensurados ao justo valor pelos resultados, incluindo todos os derivados que não são designados em uma relação de cobertura.

Os impactos da adopção desta nova norma estão ainda a ser estudados pela Sociedade, sendo esperadas alterações ao nível da classificação e mensuração dos activos financeiros.

Adicionalmente ao IFRS 9, o IASB emitiu várias outras normas, melhorias/alterações e interpretações, sem aplicação obrigatória em 2010, as quais não foram adoptadas antecipadamente pela Sociedade e para as quais não são esperados impactos significativos nas suas demonstrações financeiras.

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4. Principais estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiras

As NCA estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho de Administração efectue julgamentos e faça estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas e julgamentos utilizados pela Sociedade na aplicação dos princípios contabilísticos são apresentados nesta nota, com o objectivo de melhorar o entendimento da sua aplicação e da forma como esta afecta os resultados reportados pela Finantipar e a sua divulgação. Considerando que em algumas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pela Sociedade poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que as escolhas efectuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira da Finantipar e o resultado das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes. A análise efectuada de seguida é apresentada apenas para um melhor entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas possam ser mais apropriadas. Impostos sobre lucros A Finantipar encontra-se sujeita ao pagamento de impostos sobre lucros em Portugal. A determinação do montante global de impostos sobre os lucros requer determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transacções e cálculos para os quais a determinação do valor final de imposto a pagar é incerto durante o ciclo normal de negócios. Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.

As Autoridades Fiscais portuguesas têm a atribuição de rever o cálculo da matéria colectável durante um período de quatro anos. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Finantipar, de que não haverá correcções significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras.

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5. Margem financeira

milhares EUR 31.12.2010 31.12.2009

Juros e rendimentos similaresJuros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito - 64

- 64Juros e encargos similaresJuros de recursos de instituições de crédito - (5)

- (5)- 59

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, a rubrica juros e rendimentos similares é constituída por juros de depósitos a prazo junto do Banco Finantia, S.A. (ver Nota 9). Em 31 de Dezembro de 2009, a rubrica de juros e encargos similares inclui juros dos recursos obtidos junto do Banco Finantia, S.A. no montante de m€ 5.

6. Outros resultados de exploração

Em 31 de Dezembro de 2009, o saldo desta rubrica inclui o montante de m€ 1.059 relativo a ganhos obtidos na alienação de 1.270.288 acções do Banco Finantia S.A. (ver Nota 11).

7. Custos com pessoal

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica é integralmente composta pelos honorários pagos relativos aos serviços de revisão legal das contas, nos montantes de m€ 31 e m€ 51, respectivamente.

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8. Impostos

O imposto sobre o rendimento reportado nos resultados de 2010 e 2009 analisa-se como segue:

milhares EUR 31.12.2010 31.12.2009

Imposto correnteImposto do exercício (2) (4)Relativo a exercícios anteriores - 2

(2) (2)

Imposto diferido - -

Total do imposto registado em resultados (2) (2)

O valor do imposto sobre o rendimento é apurado nos termos da legislação aplicável (ver Nota 4).

9. Disponibilidades em outras instituições de crédito

Em 31 de Dezembro de 2010, esta rubrica é constituída por depósitos à ordem junto do Banco Finantia, S.A. no montante de m€ 60 (2009: m€ 110).

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10. Outros activos tangíveis

Esta rubrica e os respectivos movimentos ocorridos no ano 2010 e 2009 são analisados como segue:

milhares EUR Viaturas Outras imobilizações 31.12.2010 31.12.2009

Custo de aquisição:

Saldo inicial 143 1 144 144

Aquisições - - - -

Abates/Alienações (18) - (18) -

Saldo final 125 1 126 144

Amortizações acumuladas:

Saldo inicial 134 1 135 104

Dotações do exercício 9 - 9 31

Abates/Alienações (18) - (18) -

Saldo final 125 1 126 135

Valor líquido - - - 9

11. Investimentos em filiais

A 31 de Dezembro de 2010, a rubrica de investimentos em filiais inclui as seguintes participações:

milhares EUR Actividade Económica

Particip.Nominal

% A

Cap. Prop. e Res. Exer. 31/12/2010

B

Valor prop., Cap. Prop. e Res. Exerc.

C=AxB

Valor do investimento 31/12/2010

D

DiferençaC-D

Empresas

Banco Finantia S.A. Rua General Firmino Miguel, 5, 1º andar1660-100 Lisboa - Portugal

Bancária 52,65 349.017 183.757 139.648 44.109

Finantipar Finance Limited 4, V. Dimech Street Floriana FRN 1504, Malta

Financeira 100,0 (8.001) (8.001) 3.508 (11.509)

143.156

As demonstrações financeiras do Banco Finantia, S.A. e da Finantipar Finance, Ltd. reportam-se ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 e foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), em conformidade com a política contabilística descrita na Nota 1.

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Os investimentos em filiais são valorizados em conformidade com a política contabilística descrita na Nota 2.7. No exercício de 2010 não se verificaram movimentos na rubrica Investimentos em filiais. No exercício de 2009 foram alienadas 1.270.288 acções do Banco Finantia, S.A. pelo montante de m€ (2.931) o que resultou num ganho de m€ 1.059 (ver Nota 6).

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a participação no Banco Finantia, S.A. corresponde a 52,65% do capital representada pelo total de 60,548,065 acções.

12. Capital, prémios de emissão e acções próprias

Em 31 de Dezembro de 2010, o capital social da Sociedade, no montante de € 21.075.925 (Dezembro de 2009: € 21.075.925), encontra-se integralmente realizado e é representado por 4.215.185 acções de valor nominal de € 5 cada. Os prémios de emissão no valor de m€ 33.814 referem-se ao prémio pago pelos accionistas nos aumentos de capital ocorridos. Em 2009 a Sociedade adquiriu 88.363 acções próprias pelo montante de m€ 3.989. Em 31 de Dezembro de 2010 o valor nominal das acções próprias era de m€ 802 (2009: m€ 802).

13. Reservas e resultados transitados

milhares EUR 31.12.2010 31.12.2009

Reserva legal 4.215 4.215Outras reservas e resultados transitados 84.973 83.989

89.188 88.204

A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. A legislação portuguesa exige que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 5% do lucro líquido anual, até perfazer a quinta parte do capital social.

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14. Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos de apresentação da demonstração de fluxos de caixa, caixa e equivalentes de caixa compreendem os seguintes saldos com menos de 90 dias de maturidade:

milhares EUR 31.12.2010 31.12.2009

Disponibilidades em outras instituições de crédito (Nota 9) 60 110

60 110

15. Transacções com partes relacionadas

Os saldos e as transacções mais significativas com partes relacionadas são apresentados nas notas correspondentes, conforme aplicável.

16. Gestão dos riscos da actividade

Englobada no Grupo Finantipar, é apresentada a seguinte informação qualitativa em termos de política de gestão de riscos da Finantipar - S.G.P.S., S.A.. O controlo e a gestão dos riscos, pelo papel que têm vindo a desempenhar no apoio activo à gestão, apresentam-se como um dos principais eixos estratégicos de suporte ao seu desenvolvimento equilibrado e sustentado. A direcção de risco tem mantido como principais, os seguintes objectivos: • Identificação, quantificação e controlo dos diferentes tipos de risco assumidos, adoptando

progressivamente princípios e metodologias uniformes; • Contribuição contínua para o aperfeiçoamento de ferramentas de apoio à estruturação de

operações e do desenvolvimento de técnicas internas de avaliação de performance e de optimização da base de capital;

• Gestão pró-activa de situações de atraso significativo e incumprimentos de obrigações

contratuais.

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17. Justo valor de activos e passivos financeiros registados ao custo amortizado

Tendo em conta que, em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 os activos da Finantipar se resumem basicamente a disponibilidades com prazos curtos associados considera-se que o seu valor de balanço é uma estimativa razoável do respectivo justo valor.

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