filosofia do direito ii

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  • 7/23/2019 Filosofia Do Direito II

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    FILOSOFIA DO DIREITO IIProf. Everaldo T. Quilici Gonzalez

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    Antecedentes jus-flosfcos daCidadania.

    A origem jus-flosfca da Cidadaniadeve ser buscada no pensamentoflosfco, na Grcia Antiga.

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    Encontramos na Idade Antiga, maisexatamente no pensamento jus-flosfco e nas

    tragdias gregas, a origem de uma teoria dacidadania e dos direitos polticos. Aristteles!avia ensinado "ue o homem um animal

    poltico. E as tragdias gregas tambm

    trabal!aram essas idias.

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    #ara come$ar, %oi com o pensamento flosfcoAntigo, na Grcia, "ue surgiu uma primeira

    &eoria do Con!ecimento, numa dimens'o

    tri(dica) ontolgica (estudo do ser), aaxiolgica (estudo dos valores) egnosiolgica (estudo do conhecimento).

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    A idia de cidadania, a partir dos gregos,vinculou-se * teoria jurdica, criando oconceito de cidad'o da polis, atribudo ao!omem livre, "ue tin!a direitos em rela$'o *vida poltica "ue se desenvolvia na cidade.Essa idia in+uenciou o ireito omano e emdecorrncia do domnio romano em toda a

    Europa, adentrou no ireito /cidental,c!egando at ns.

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    0o pensamento jus-flosfco grego, v(rias correntes%undamentaram a teoria da cidadania, a saber) a) ateoria do Direito Natural (jusnaturalismo); b) ateoria do Direito ositivo (jus!ositivismo); c) a

    teoria do relativismo jur"dico (sofstas) d) A teoriado #dealismo $ur"dico (subjetivismo jur"dico); e) ateoria do %ealismo $ur"dico; &) a teoria docontratualismo jur"dico.

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    A primeira e mais antiga corrente jurdica "ue%undamenta a &eoria da Cidadania , a

    corrente do ireito 0atural, !oje con!ecidacomo $usnaturalismo. Essa teoria %oidesenvolvida pelos flso%os pr-socr(ticos,como 1er(clito 2345-465 a.C.7,

    #armnides2385-495 a. C7, entre outros.

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    ' %-'C%*+#C'

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    Essa denominao deve-se ao fato de que Scrates

    foi um marco significativo para o pensamentofilosfico. Assim, todos os filsofos anteriores aScrates (47 ! "## a. $.%, so denominados de&r'-socrticos.

    &ara os pr'-socrticos a cidadania advin)a da id'iade que uma determinada tri*o passou a viver

    protegida pelas mural)as de uma cidade (polis% e

    nesse cenrio teria se formado particularidadesculturais, ling+sticas e polticas, que criaram umaidentidade entre os moradores.

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    #ara os pr-socr(ticos parecia bvio "ue ouniverso era regido por uma lei natural, "uetudo determina) as esta$:es do ano, o

    movimento dos astros, o crescimento dosseres vivos, etc. Essa mesma lei universalregeria tambm a sociedade !umana, pois avida em sociedade decorria da prpria

    nature;a !umana.

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    ANA,#AND%' D#/+'

    (Cerca de 012 a 343A.C.)

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    tido como o primeiro filsofo a escrever uma o*ra defilosofia no idioma grego e a criar a teoria doApeiron.

    esta o*ra, intitulada Sobre a Natureza, Ana/imandroteria confeccionado mapas do mundo )a*itado,introdu0indo no1es so*re o universo e apresentandoclculos astron2micos e medi1es de dist3ncias entre

    estrelas.Ana/imandro pertence quela corrente de pensadores da5nia, ento locali0ada na costa ocidental da 6sia enor.

    essa regio, por volta dos s'culos 899 e 89 A.$., mais

    e/atamente na cidade de ileto, surgiriam pelo menostr:s pre-socrticos ilustres. ;ales, Ana/menes eAna/imandro.

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    Ana/imandro foi o pensador que criou a teoria do apeiron.

    &ara ele, o universo era formado por quatro elementos< ofogo, a gua, o ar e a terra.

    Essa realidade m=ltipla revelava foras que seantagoni0am em um conflito quase permanente, paraengendrarem-se numa sntese din3mica e su*stancial.

    Ana/imandro desenvolveu tam*'m um pensamentofilosfico que fundamentava a nature0a poltica do )omem,que, diferentemente da maioria dos outros animais, possuauma ess:ncia social.

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    HERCLITO DE FESO

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    >erclito foi o mais importante dos pr'-socrticos.

    $onstatando a ine/orvel muta*ilidade das coisas e a temporalidadedos entes, c)egou a afirmar que ?um homem no entra duas vezes nomesmo rio"(Alegorias, @4% comparando os seres corrente do rio que,em seu percurso no tempo e no espao, ' mutvel a cada instante.

    Afirma< ?Tudo flui(Panta rei), nada persiste, nem permanece omesmo.(&lato, Crtilo, !#)$&ortanto, o ser no pode ser definido em sua ess:ncia, B que, a cadainstante, o ser ' a prpria negao do que fora a instantes atrs.

    Em relao ao direito e id'ia de cidadania, as refle/1es de >erclitoforam poucas mas c)egou a afirmar que < "% preciso &ue lute o povopela lei, tal como pelas muralhas".(fragmento citado por CigenesDa'rcio, 9,@%.

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    A Cidadania na trag5dia grega

    A idia de cidadania, en"uanto direitospolticos dos cidad'os, %oi tambm trabal!adanas tragdias gregas.

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    A tragdia grega tin!a v(rias %un$:es, sendo

    "ue as mais importantes eram a artstica e aeducativa, alm de provocar uma posturacrtica a "uem assistia os espet(culos.0as tragdias os dramaturgos apresentavam ao

    p>blico suas obras de arte, tanto sob o aspecto

    esttico "uanto ling?stico, e propiciavam aencena$'o do espet(culo "ue pressupun!a aparticipa$'o de in>meros artistas, tais comoatores, m>sicos, artistas pl(sticos, entre outros.Assim, a tragdia n'o poderia deixar de tratar

    de temas jurdicos. E o %a;ia "uase sempre%undada numa teoria dos direitos polticos doscidad'os.

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    &ocles 24@9-453 A.C.7, por exemplo, mani%estou claramente em suas tragdias a import=ncia da participa$'o poltica dos cidad'os na vida da polis.Em suas tragdias dipoRei e Antgona, tragdias "ue "uestionavam o #oder eal autorit(rio, o papel das leis, a "uest'o da justi$a, entre outros temas, tm import=ncia central.

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    EmPrometeu Acorrentado, por e/. o autor coloca

    o pro*lema da relao entre os deuses e os)omens, analisando tam*'m a questo da t'cnica.&rometeu rou*a o fogo de Feus e entrega-o aos)umanos. G fogo de Feus aparece aqui, como o

    poder da t'cnica que ' transmitido aos )omens.Feus, para vingar-se de &rometeu, entrega-l)e acai/in)a de &andora, como um presente que, uma

    ve0 a*erto li*eraria todos os males que ocon)ecimento tecnolgico inevitavelmente trariaaos )omens.

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    Feus no desiste de castigar &rometeu e o

    condena a ser acorrentado no topo de umamontan)a e atacado por uma guia quediariamente devora seu fgado.

    Curante a noite, &rometeu tem seu fgadoresta*elecido e, no dia seguinte, a mesmaguia volta para repetir o ato.

    A trag'dia trata, pois, da emancipao do)omem vivendo em sociedade e osmalefcios que a tecnologia pode tra0er aos

    seres )umanos.

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    A Se!unda corren"e #ur$dica criada

    %elo& !re!o& foi o Po&i"ivi&'o.

    S(CRATES)*+, - // A.C.0

    ;alve0 no e/ista na antig+idade clssica,pensador mais importante e pol:mico do queScrates. Al'm disso, Scrates deu uma

    contri*uio importantssima para a evoluodo pensamento Burdico-filosfico e poltico.

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    por seus ensinamentos e refle/1es que seconcreti0a o pensamento antropolgico, sem quese perdesse a tradio filosfica cosmolgica.

    $om ele o )omem se revela o par3metro

    seguro para alcanar uma verdade o*Betiva,a medida de todas as coisas, sendo a ra0o)umana o instrumento para e/tirpar-se todas asd=vidas surgidas no processo de construo dosa*er. $om Scrates o )omem ' a medida de todasas coisas.

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    A ;eoria do con)ecimento de Scrates est

    diretamente ligada id'ia do papel a serdesenvolvido pelos seres )umanos na vida emsociedade. a sua teoria da reminisc:ncia.>averia uma anterioridade ao corpo, manifestado

    pela e/ist:ncia da alma. Esta, antes de )a*itar ocorpo, B teria passado por um longo processo deaprendi0ado. A misso do )omem, dir, 'entregar-se *usca incessante da verdade, que

    desde sempre repousa no seu interior. Conhece'tea ti mesmo$ Assim, a vida feli0 na polisparte doindivduo *em preparado.

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    uridicamente, Bcrates contribuiu para a

    primeira mani%esta$'o do #ositivismourdico, isto , a lei como garantia doindivduo e da cidadania.

    Condenado pelo &ribunal Ateniense *morte, Bcrates recusa-se a %ugir e ensinaa seus discpulos "ue o ireito isso)2...7no recuar, no desertar, mas em

    todo lugar, quer na guerra, quer na polis,deve-se cumprir as leis ou lutar pararevog-las pelas vias do Direito.D 2Crito7

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    A TERCEIRA CORRE1TE A DO RELATI2IS3O45R6DICO7 DOS SOFISTAS.

    O& &ofi&"a& eram s*ios que comerciali0avam as id'ias e ossa*eres. &ara eles a verdade, o Busto e o Cireito eram valoresrelativos, pois variam de cultura para cultura, de lugar paralugar e de tempos em tempos. Huanto s id'ias de cidadania,

    foram os primeiros a lanar a teoria do 8o'e' co&'o%oli"a.

    Fora' &ofi&"a& de de&"a9ue&7 Pro":!ora& de A;dera )Gteorema de &rotgoras%I Tra&$'aco (para quem o Cireito

    representava sempre o imp'rio do mais forte% e C:licle&.(paraquem o Cireito representava sempre a unio dos fracos%.

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    A Q5ARTA CORRE1TE 45R6DICA FOI A DOIDEALIS3O 45R6DICO - PLAT*+ A.C.0

    &lato foi o filsofo que mais se a*e*erou dosensinamentos de Scrates. Entre suas principais o*rasesto as seguintes< J.ipias enor, ou da falsidade*#$ipias aior , ou do belo* +$-n, ou sobre l.adas*

    !$Prot/oras, ou os sofistas* 0$1efesa de S-crates*2$Criton, ou do dever* 3$Alcibiadis, ou da natureza dohomem* 4$Crmides, ou da sabedoria moral* 5$6a&ues,ou do valor* 7$ 6isis, ou da amizade* 77$ 8utifron, ou da

    piedade* 7#$ 9-r/ias, ou da ret-rica* 7+$ ene:eno, ouda ora;o fan&uete, ou do amor* 74$ ?edon,ou da alma*

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    75$A @ep

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    Em sua Apolo/ia da caverna, &lato apresenta uma *elacompreenso do que ' a vida em sociedade, refletindoso*re o poder e a vida poltica.

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    A Q5I1TA CORRE1TE 45R6DICA GREGA7 FOI A DOREALIS3O 45R6DICO DE ARIST(TELES ("L4M"@@A.$.%

    ascido em Estagira, Aristteles foi aluno na Academia.Entretanto, em*ora fosse discpulo de &lato, seu sistemafilosfico e Burdico ' inovador. Aps empreender viagens aoGriente, passaria a viver em Atenas, onde fundaria sua prpria

    escola, o Diceu.Aristteles nota*ili0ou-se pelas seguintes o*ras que c)egaramat' ns) e o N'#NA/#'

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    U9DD9A CE G$V>A(J@# !J"4#% talve0 ten)a sido o autor que mais contri*uupara o surgimento de uma teoria moderna da cidadania,pois seu pensamento inaugurou o individualismo Burdico eo nominalismo.Sua o*ra R=rdinatio coloca a famosa questo so*re a

    RJuerela das universais< Ceus teria criado cada serindividualmente (Wm )omem, uma mul)er, uma rvore...% eas universalidades seriam criao da mente )umana. A

    partir desse de*ate, o Cireito volta-se para a proteo doindivduo. Estava lanada a teoria que fundamentaria osdireitos do cidado.

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    FRA1CISCO S5AREJ)*K-+0 e a ESCOLSTICA TARDIA

    Suare0, Burista e telogo espan)ol nascido em Xranada,cognominado ?Coctor E/imius et &ius? foi o maior vulto dasegunda Escolstica e um dos fundadores da Pilosofiaoderna. Era originrio de uma famlia de 5uristas e

    pertenceu $ompan)ia de 5esus. Estudou em Salamanca.Poi professor em 8alladolid, Koma Alcat, Salamanca e,finalmente, em $oim*ra.Suare0 procurou adequar as teses Busnaturalistas modernascom os fundamentos da Escolstica, demonstrando a

    compati*ilidade entre as duas correntes. Ca porquedenominar-se sua teoria de Escolstica ;ardia.

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    G*ras< Escreveu os seguintes livros principaiso**es, continuando e aprofundando o empirismo.

    3O1TESQ5IE5)K/- +0

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    $)arles-Douis de Secondat, Taro de Da Tr[de e de

    ontesquieu, nasceu no castelo de Da Tr[deno dia JL deBaneiro de JOL#. At' J7@L permaneceu na Prana. Cepois,empreendeu longas viagens de estudo.

    Ketornando Prana em J7"J, retira-se para Da Tr[de,

    organi0ando suas informa1es e meditando so*re elas.Huase no sai durante tr:s anos. Em J7"4 pu*lica asConsidriations sur les Causes de la 9randeur des

    @omains et 6eur 1cadence$

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    O ESP6RITO DAS LEIS.

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    &or volta de J74, ontesquieu pu*lica o 8sp.rito das

    6eis$ A poltica de ontesquieu, e/posta no Esprito dasDeis (J74L%, surge como essencialmente racionalista. Ela secaracteri0a pela *usca de um Busto equil*rio entre aautoridade do poder e a li*erdade do cidado. &ara que

    ningu'm possa a*usar da autoridade, ? preciso &ue, peladisposi;o das coisas, o poder detenha o poder?. Ca aseparao entre &oder Degislativo, &oder E/ecutivo e&oder 5udicirio.A definio clssica de ontesquieu so*re DE9< "6ei a

    rela;o necessria &ue deriva da natureza das coisas"$

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    4EA1 4ACQ5ES RO5SSEA5 )+==>++K0 X * B i t: i t d

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    asceu em Xene*ra, cuBa e/ist:ncia causou a morte desua prpria me. Seu pai era reloBoeiro, po*re, sem

    condi1es de dirigir a educao do fil)o, mas teve apaci:ncia de passar noites a fio lendo para ele as pginasde &lutarco. G talento criador de Kousseau ficoudocumentado na sua variada o*ra, sendo as maisimportantes< a0 Di&cur&o &o;re a ori!e' da

    de&i!ualdade en"re o& 8o'en& )+0.;0 A 1ovaHelo$&a )+,0. c0 Con"ra"o &ocial )+=0.d0 Dicion:riode 3&ica )++0. e0 E'$lio )+=%.Antes dissoapresentou, em J74L, seu famoso ?Ciscurso? - premiado

    no concurso da Academia de CiBon, acerca da questo ?Seo resta*elecimento das ci:ncias e das artes temcontri*udo para depurao dos costumes?. Kespondeunegativamente pergunta.

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    I33A15EL A1T(J7@4MJL4%

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    I33A15EL A1T(J7@4MJL4%VA; ' um filsofo fundamental para a compreenso dacidadania 'oderna e uma das c)aves do positivismo Burdico.

    asceu em Voenigs*erg, Aleman)a, em J7@4 e B na inf3ncia)avia estudado alguns autores gregos, al'm de con)ecer o latim.Ainda adolescente(de0esseis anos%, ingressou na Wniversidade deVoenigs*erg, onde estudou ;eologia, Pilosofia e atemtica,al'm de $i:ncias aturais. a mesma Wniversidade, Vant tornar-se-ia professor de Dgica e etafsica e posteriormente Keitor.Sua produo acad:mica pode ser dividida em tr:s fases< Pase das$i:ncias aturaisI quando passa a estudar Dei*ni0 e >ume ePase $riticista, quando pu*lica suas o*ras mais importantes. G

    terceiro perodo - c)amado crtico ou criticista - ' o maisimportante, quando pu*lica suas o*ras fundamentais

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    Esta ' a maior o*ra do filsofo. *% Xrundlegung 0ur etap)\siYder Sitten ( Pundamentao metafsica dos costumes

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    der Sitten ( Pundamentao metafsica dos costumes -J7LN%.c%VritiY der praYtisc)en 8ernunft (crtica da ra0o prtica

    - J7LL%.d%% VritiY der WrteilsYraft ($rtica do 5u0o - J7#%.e%Fum e]igen Prieden (A &a0 perp'tua - J7#N%. P% etap)\siYder sitten (etafsica dos $ostumes - J7#7%, onde se cont'm suafilosofia do Cireito.

    Cefinio de Cireito

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    O PE1SA3E1TO45R6DICO 1A IDADE

    CO1TE3POR1EA E AQ5EST

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    . FRIEDRICH HEGEL)++,- K0 e o IDEALIS3O ALE3ehandlun/sarten,

    pp. "#"%. &ara o 5usnaturalismoo indivduo singular vemantes do todo.@. &ara >egel, o indivduo s passa a e/istir(enquanto cidado% aps o Estado. Afirma que o indivduomesmo tem o*Betividade, verdade e eticidade, apenas na

    medida em que ' componente do Estado.

    &ara o 5usnaturalismo, o Estado ' umposteriuse no umprius, i.', oEstado s e/iste porque e/istem os indivduos. (>o**es, Kousseau eVant%.

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    Vant%.

    >egel afirma que o todo no s vem antes das partes, mas ' tam*'msuperior.s partes de que ' composto.$ritica o contratualismo deforma rigorosa< no ' o esprito individual que est na g:nese doEstado, mas a vontade geral do todo.(PC, parag. @NL%.

    &ara o 5usnaturalismo, antes do Estado, que nasce de um contrato, )apenas o indivduo.(>o**es, Kouseau e Vant%. &ara >egel, o Estado

    de nature0a no ' um estado imaginrio de inoc:ncia, mas um estadode viol:ncia de todos contra todos. Pora do Estado, ine/istem osdireitos su*Betivos.

    &ara os Busnaturalistas, os direitos su*Betivos do )omem, pree/istema sociedade e o Estado(li*erdade, igualdade, propriedade%.

    >egel, so* certo aspecto, priori0a o Estado so*re o indivduo.Afirma que ?A forma;o no sentido da pr-pria liberdade ' suarealiza;o ' e no de sua conserva;o o 8stado$"(PC, N7%

    E ainda

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    E ainda< "A validade do 1ireito no pode depender do fato de &ue

    al/um pense ou possa pensar desta ou de outra forma?(PC,parag. " e 4%.

    o Estado, ac)a-se o domnio da ra0o, a pa0, a segurana, arique0a, a dec:ncia, a socia*ilidade, o refinamento, a ci:ncia,

    a *enevol:ncia. Pora do Estado, ac)a-se o domnio daspai/1es, a guerra, o medo, a po*re0a, a inc=ria, o isolamento,a *ar*rie, a ignor3ncia, a *estialidade.

    A ra0o de tal apologia do Estado, deve-se ao momento)istrico de >egel. A aleman)a de sua 'poca no podia serconsiderado um Estado propriamente dito.

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    O &i&"e'a #ur$dico de He!el. G sistema Burdico de >egel 'apresentado em sua o*ra ?ilosofia do 1ireito. Cefine oCireito no como um fato individual, mas como um produtosocial do Estado. S em funo da E/ist:ncia do Estado ' que

    o Cireito pode ser definido."= sistema do direito o reino daliberdade realizada"(PC,parag. 4%I "= 1ireito a e:istBnciada vontade livre$Por"an"o7 %ara He!el7 a cidadania &? eUi&"e no E&"ado e

    %elo e&"ado7 %oi& fora dele e&": a ;ar;:rie.

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    >egel critica a tradio romana e Busnaturalista, queso*rep1e o Cireito &rivado so*re o Cireito &=*lico.

    G Cireito deriva do Estado e a ess:ncia do Estado reside naconcentrao da fora< o Estado ' fora concentrada. GCireito organi0a e esta*ili0a a fora, atrav's da

    $onstituio.Afirma so*re a Aleman)a de sua 'poca < ?= direito p

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    A5G5STE CO3TEe a &ociolo!ia 4ur$dica.

    A Lei do& "r& e&"ado&.

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    ARL 3AR@)KK-KK0 e o Sociali&'o 4ur$dico.

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    ) 0asceu em ;reves, Aleman)a, aos N de maio de JLJL. Em JL"O,ingressou na universidade de Terlim, onde estudaria Cireito, tendo sido

    aluno de Savgn\. Sua& o;ra& %rinci%ai&foram ?A misria da filosofia$*Teses sobre ?euerbach* ntrodu;o a uma cr.tica da filosofia do direitode e/el* A &uesto Hudaica* A ideolo/ia alem* = manifestocomunista* Cr.tica ao pro/rama de 9otha* = 74 brumrio de 6u.s>onaparte* Para a cr.tica da economia pol.tica* = capital* entre muitas

    outras. orre em Dondres, e/ilado, aos J4 de maro de JLL".A o;ra de 3arU, ao contrrio da maioria dos autores, v: a cidadania deforma negativa,pois o ser )umano, na cidade moderna, tornou-se um seralienado face ao industrialismo moderno(alienao%. 3arU coloca emd=vida os principais valores da sociedade capitalista, como a

    propriedade privada, a famlia patriarcal, a organi0ao da sociedade eseus aparel)os(mais-valia, aparel)os repressivos e ideolgicos doEstado%. 3arU desenvolveu o m'todo materialista )istrico, priori0andoo estudo da )istria e da sociedade pelos modos de

    produo(aterialismo Cial'tico%.

    Econo'ia7 Ideolo!ia e Pol$"ica e' 3arU

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    Econo'ia7 Ideolo!ia e Pol$"ica e' 3arUPode-se afirmar que ) uma teoria do Estado e do Cireito em ar/Q At'ar/, todos os autores clssicos da filosofia, de uma forma geral, ressaltam

    o aspecto positivo do Estado e do Cireito. ar/, ao contrrio, apresenta umviso negativa do Estado e do Cireito.

    &ara ele, Estado e Cireito so verso e anverso da mesma moeda. Wminstrumento de dominao de uma determinada classe social, so*re as

    demais. Assim sendo, no e/istiria a imparcialidade do Estado-Bui0, e muitomenos do Cireito, tendo em vista que o Cireito, para ar/ ' apenas umaideologia que reflete os valores de um segmento social dominante da

    populao.

    Al'm disso a igualdade de todos perante a lei, para ar/, ' apenas um Bogode palavras, algo impossvel de ser alcanado. Sem imparcialidade e semigualdade, o &oder 5udicirio seria sempre um aparel)o do Estado, a serviodos donos do poder, para oprimirem a maioria dos cidados.

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    HA1S ELSE1 e o Po&i"ivi&'o 4ur$dico asceu em &raga, aos JJ de outu*ro de JLLJ e faleceu em

    TerYele\, em J#7".G*ras principais< Teoria /eral do 8stado e Teoria Pura do

    1ireito(@eine @echtslehre).

    Ci0-se que Velsen deseBava livrar o Cireito das influ:nciasmetaBurdicas. &ara ele, o Cireito, at' ento, estava impregnadopela economia, psicologia, sociologia, poltica e filosofia. Pa0ia-se necessrio criar-se uma ci:ncia Burdica, despida dasinflu:ncias de outras ci:ncias, uma teoria pura do Cireito.

    Ela*orou, assim, a distino entre as ci:ncias do sere do deverser$

    A i i ' d l i i d lid d t d

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    A primeira, ' governada pelo princpio da causalidade< tudo o queacontece, pressup1e uma causa( fsica, sociologia, etc...% A

    segunda, ' governada pelo princpio da imputa*ilidade< ocorrendoa prtica de determinado fato tpificado, atri*ui-se umaconsequ:ncia.

    G Cireito, ' uma ci:ncia do dever ser, porquanto visa criarnormas que definem uma consequ:ncia(sano%, para aquelesfatos tidos como tpicos. Velsen procurou redu0ir o direito a umaci:ncia positivista.

    Assim, o Cireito se apresenta como um conBunto )arm2nico denormas, umas su*ordinadas s outras, formando uma unidade

    lgica congruente e su*ordinada a uma norma )ipot'ticafundamental. Velsen declara que o Cireito, entendido sempre scomo Cireito &ositivo, pertence todo ao domnio do dever ser.

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    G Cireito ', em sumal?!ica7 'a& no e"ica'en"e finali&"a.

    &reocupado em delimitar com preciso Vantiana o o*Beto da$i:ncia 5urdica, e/clui do Cireito as contri*ui1es dasociologia, da psicologia ou da 'tica so*re os ideais Burdicos.

    A o*servao dos fatos condicionadores da ordem Burdica,assim como a anlise dos fins 'ticos, so o*Betos da sociologiaou da filosofia, mas no da $i:ncia do Cireito. ;am*'m oEstado para Velsen no ' uma realidade natural, nem uma

    realidade social.

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    o ' possivel para Velsen constatar a e/ist:ncia do Estado

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    o ' possivel, para Velsen, constatar a e/ist:ncia do Estadofora do Cireito, isto ', sem o identificar ao Cireito. esse

    sentido, todo Estado ' um Estado de Cireito, B que surge deuma ordem qualificada como Burdica.

    E&"ado e Direi"o a%arece' co'o re&ul"ado& do '"odo#ur$dico."Para a teoria pura do Direito - eU%lica el&en - esta

    norma funamental tem o carter de um fundamentohipottico. Suposta a validade dessa norma, resulta a validade

    da ordem jurdica !ue sore ela se aseia$" (in Teoria pura do1ireito, op. cit. pg. N%.

    A surge, ao nosso ver, uma contradio no pensamento deVelsen< afirma ele que o ordenamento Burdico se em*asa numanorma fundamental(9rundnorm%.

    ;odavia essa norma fundamental resulta de um fato

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    social que refoge fundamentao da $i:ncia Burdica.

    $om isso, recon)ece e legitima os ordenamentosBurdicos ilcitos, B que seu pressuposto de validade 'repousar so*re uma norma fundamental(9rundnorm%.A teoria da $idadania em Velsen, decorre do Cireito

    &ositivo< fora do Cireito ine/iste instrumento que proteBaa cidadania.as que di0er de um Cireito Autoritrio, que e/cluemuitos direitos dos cidadosQ

    Co' a codificao do Direi"oem normas gerais, a*stratas e impessoais, oCireito oderno tornou-se lentamente um direito estatal, centrali0ado,escrito, previsvel (segurana e certe0a Burdicas% e normativo. O&

    i i i i "i" " d d " # $di i" li "

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    %rinci%ai& in&"i"u"o& do ordena'en"o #ur$dico ca%i"ali&"apassam a ser