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Filosofia da Educao

Aspectos Antropolgicos e Sociolgicos da Educao - Caderno de Estudos

ContedosObjetivos da disciplina e das aulasBibliografiaAulas, Avaliaes e SimuladosFruns: instrues e desenvolvimento

Objetivos da disciplina e das aulas

A Filosofia da Educao disciplina que envolve a anlise, a reflexo e critica de ideias e a discusso dos assuntos vinculados ao pensamento e prtica de educao. Questes como a religio, o conceito do bem e do mal, a poltica, a cincia, a educao, o conhecimento, a arte etc., fazem parte do estudo da filosofia da educao. Tal estudo tambm enseja a reflexo, a argumentao, a capacidade de crtica e de anlise das questes propostas, bem como contribui para clarificar uma srie de conceitos. Cabe Filosofia examinar a concepo de homem que orienta a ao pedaggica, para que no se eduque a partir de noes abstratas. Da mesma forma, no h como definir objetivos educacionais se no temos claro os valores que orientam a nossa ao.A Filosofia tambm ensina a pensar de maneira mais lcida sobre nossas barreiras, diferenas, preconceitos e clarear a mente sobre aquilo em que acreditamos.Aula 1: Do Mito Razo1. Identificar os fatores de ordem cultural, poltica, econmica e social que contriburam para o surgimento da Filosofia na Grcia Antiga;2. Explicar a diferena entre o discurso mtico-religioso e o discurso filosfico;3. Explicar em que sentido o pensamento filosfico rompe com a tradio mtico-religiosa.Aula 2: Scrates, Plato e Aristteles1. Compreender o novo marco da Filosofia Antiga iniciada por Scrates;2. Identificar as ideias fundamentais dos filsofos Scrates, Plato e Aristteles;3. Conhecer os conceitos fundamentais da metafsica platnica e aristotlica.

Aula 3: Filosofia Medieval Parte I1. Identificar os fatores fundamentais que permitiram a formao do Mundo Ocidental, assim como o nascimento da filosofia crist;2. Analisar a relao entre a filosofia grega pag e o cristianismo, compreendendo a sua apropriao;3. Conhecer o pensamento de Santo Agostinho e a influencia de Plato no pensamento cristo.

Aula 4: Filosofia Medieval Parte II1. Identificar os fatores histricos que contriburam para a fuso entre a cultura rabe, a filosofia grega e o pensamento cristo;2. Entender o contexto histrico que favoreceu o desenvolvimento da alta escolstica;3. Conhecer a importncia de So Toms de Aquino e seu papel na escolstica;4. Entender as ideias de Guilherme de Ockham, que contriburam para o desmantelamento do grande sistema filosfico medieval.

Aula 5: Filosofia Moderna Parte I1. Identificar as mudanas profundas que trouxeram a ideia de progresso e valorizao do indivduo na modernidade;2. Conhecer o papel de Lutero como provocador de uma mudana no panorama poltico e religioso europeu alterando profundamente as discusses filosficas, teolgicas e doutrinrias como propulsoras da modernidade;3. Analisar a reao da Igreja Catlica Reforma, identificando as suas consequncias;4. Enumerar e analisar os diferentes fatores que permitiram a revoluo cientfica;5. Analisar a redescoberta do ceticismo no contexto do incio da modernidade e verificar as suas principais caractersticas.

Aula 6: Filosofia Moderna Parte II1. Identificar o fundamento de Descartes quanto possibilidade do conhecimento cientfico encontrando uma verdade inquestionvel;2. Analisar e conhecer a adoo da posio racionalista no processo do conhecimento, enfatizada pela necessidade do mtodo para bem conduzir a razo;3. Identificar a importncia fundamental da filosofia de Descartes para a aquisio do conhecimento.

Aula 7: Filosofia Moderna Parte III1. Identificar a tradio empirista;2. Analisar a teoria de Locke e sua crtica ao inatismo;3. Conhecer o conceito de empirismo;4. Identificar a influncia de Bacon com seu mtodo experimental;5. Conhecer o pensamento de Hume;6. Conhecer a importncia da filosofia poltica do liberalismo e a tradio Iluminista, assim como a influncia de Jean Jacques Rousseau.

Aula 8: Filosofia Moderna Parte IV1. Identificar as caractersticas do Iluminismo e seu papel no contexto do sculo XVIII;2. Caracterizar o pensamento de Immanuel Kant e sua contribuio na elaborao de uma teoria que investiga o valor dos nossos conhecimentos, a partir da crtica das possibilidades e limites da razo;3. Estabelecer as diferenas entre o empirismo e o racionalismo e suas implicaes para o conhecimento, segundo Kant..

Aula 9: Filosofia Moderna Parte V1. Identificar o significado do positivismo de Augusto Comte e suas implicaes para a educao;2. Conhecer as contribuies dos educadores do sculo XIX para a prtica escolar nos sculos XX e XXI.

Aula 10: Questes Filosficas Atuais e Desafios Prtica Educacional1. Identificar os fatores que permitiram as rupturas com o pensamento moderno e a transio para o pensamento contemporneo;2. Conhecer as contribuies dos educadores do sculo XIX para a prtica escolar nos sculos XX e XXI.

Bibliografia

CHAU, Marilena de Souza. Convite Filosofia. So Paulo: tica, 2001. GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo (Org.). Que filosofia da educao. 3.ed. Rio de Janeiro: DP & A, 2002.MARCONDES, Danilo. Iniciao histria da filosofia: dos pr-socrticos Wittgenstein. 6. ed. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2001.

Aulas, Avaliaes e SimuladosAula 1 - Do Mito Razo

Ao final:1. Identificar os fatores de ordem cultural, poltica, econmica e social que contriburam para o surgimento da Filosofia na Grcia Antiga;2. Explicar a diferena entre o discurso mtico-religioso e o discurso filosfico;3. Explicar em que sentido o pensamento filosfico rompe com a tradio mtico-religiosa.

Na Grcia Antiga, a religio e o mito eram as fontes originrias de conhecimento. Atravs deles, os gregos tinham as respostas fundamentais para as grandes questes da existncia.A partir do sculo VI a.C., no entanto, surgiram alguns sbios que propuseram uma outra forma de pensar e de explicar o mundo. Eles passaram a utilizar os argumentos racionais (no mais os religiosos ou mticos) para teorizar a realidade a partir de elementos presentes no prprio mundo natural, sem que precisassem apelar a um mundo sobrenatural.Nesse contexto, nasce a Filosofia. O nascimento da polis (cidade), nosculo VIII a.C., provocou grandes transformaes na Grcia Antiga.Polis: A polis se fez pela autonomia da palavra (logos), no mais da palavra mgica dos mitos (mythos). O logos, diferente do mythos, tratava-se da palavra racional, argumentativa, geradora da discusso, do conflito e do consenso.O saber deixou de ser sagrado e tornou-se objeto de discusso. Os cidados da polis, passaram a ir gora (praa pblica) para debaterem os problemas de interesse comum e para decidirem os rumos da cidade.Tal mentalidade libertou os homens das ideias de pr-determinao e dos desgnios divinos que lhes impunham o destino do qual no poderiam escapar.A poltica, por sua vez, permitiu aos cidados debaterem e traarem o seu prprio destino em praa pblica.A passagem de uma viso mgica, mtica e religiosa do mundo para uma interpretao racional, humana, marca o nascimento da Filosofia no Ocidente e o incio do perodo chamado Filosofia Antiga.O nascimento da Filosofia ocorreu no sculo VI a.C., nas colnias gregas daMagna Grcia (sul da Itlia) e Jnia (atual Turquia).A Filosofia, tendo como fundamento a razo (logus), estabeleceu uma nova forma de interpretao da realidade.Se antes os fenmenos eram governados por leis divinas, quase inacessveis aos humanos, com o pensamento racional, foi possvel conhecer as causas ou princpios que explicavam o mundo e, com isso, conferir previsibilidade e controle sobre os fenmenos da natureza e da sociedade humana. J no eram mais os deuses que governam o mundo e os humanos, mas sim leis intrnsecas s coisas. Tais leis davam-se a conhecer ao esprito humano que se utilizava da razo para traz-las luz. A Filosofia nasceu fincada no cho da sociedade grega, sob condies polticas, econmicas e culturais que determinaram todo o edifcio racional que fora construdo pelos inmeros pensadores.Por edifcio racional entende-se o seu perfil, suas questes, seu modo de abordar a realidade.

Fatores polticos, religiosos e econmicos contriburam para o surgimento da Filosofia na Grcia Antiga. Fatores polticos.1. As origens da Filosofia vinculam-se ao processo de consolidao da democracia grega em torno da polis.2. A cidade-estado grega era o espao legtimo e legitimador de sua liberdade, a ponto de o Estado tornar-se horizonte tico do homem grego.3. Esta era a base da cidadania grega: os cidados so a finalidade ltima do Estado, o bem do Estado seu prprio bem, sua liberdade, sua grandeza.4. A democracia grega se apoiava em uma concepo de cidadania excludente. Eram considerados cidados, apenas os homens (vares) que possuam bens ou riquezas. Portanto, estavam excludos da cidadania as mulheres, os estrangeiros, os escravos e os homens pobres.Esse pequeno nmero de pessoas (vares que possuam bens ou riquezas) que exerciam plenamente os seus diretos polticos e cidados na praa pblica.Fatores religiosos que contriburam para o surgimento da Filosofia na Grcia Antiga.1. Os gregos conseguiram alcanar um patamar de liberdade religiosa muito elevado em relao a outros povos da sia Menor e do Oriente Prximo.2. Enquanto em outras naes o poder religioso, aliado s monarquias de cunho tributrio, servia para legitimar o Estado absoluto e o poder do rei, algumas cidades-estado da Grcia construram uma relativa liberdade, baseada na autoridade do Pater Familias (Pai de Famlia: eram os donos de terras, casa, bens, escravos e mulher, que participavam em diversas instncias da vida pblica.).3. A religio grega no se baseava em um livro Sagrado. Portanto, os gregos no tinham dogmas a serem defendidos, ortodoxia (interpretao coreta das verdades religiosas), nem heresias (desvios doutrinrios), ou uma casta sacerdotal. Estava aberto o caminho para o livre pensar.Fatores econmicos que contriburam para o surgimento da Filosofia na Grcia Antiga.1. O florescimento das cidades-estado gregas deveu-se principalmente ao desenvolvimento da indstria artesanal e do comrcio. Antes disso, a Grcia era predominantemente agrria, sendo dominada politicamente por grandes proprietrios de terras. Neste contexto, mais compreensvel que cultivasse uma viso mtica do mundo, mais ligada aos ciclos do clima.2. O crescimento industrial e comercial fez florescerem as cidades-estado, fazendo surgir novos atores sociais (grandes comerciantes, por exemplo), que comeavam a dominar o cenrio poltico e ameaar o poder da nobreza fundiria. nessas circunstncias que a Filosofia nasce, fazendo justificar o poder emergente de comerciantes e artesos.Vale notar que essas mudanas ocorreram primeiro nas colnias gregas da sia Menor (em Mileto, principalmente), expandido-se, depois, para a regio da Itlia Meridional, chegando, ento, ao centro da Grcia, em Atenas. Isto, porque, estando longe do controle central, puderam desenvolver instituies polticas autnomas e desenvolver um comrcio prprio.Discurso mtico-religioso na Grcia Antiga.1. Os gregos cultuavam muitos deuses. Estes mltiplos deuses estavam no mundo e faziam parte dele. Diferente dos judeus ou dos cristos, os gregos no desenvolveram a ideia de um Deus criador, transcendente, absolutamente separado do mundo criado, cuja existncia deriva e depende inteiramente dele.Para os judeus e para os cristos s h um Deus verdadeiro, aquele que cria o mundo a partir do nada.2. Os deuses gregos nasceram no mundo. A gerao dos deuses deu-se ao mesmo tempo da gerao do universo. Os deuses e o mundo, a partir de uma espcie de caos primordial, foram diferenciando-se, ordenando-se, at tomarem a sua forma definitiva de cosmo organizado.3. A gnese dos deuses e do mundo operou-se a partir de potncias primordiais, como o Caos e a Gaia (terra), donde saram, ao mesmo tempo e no mesmo movimento, o mundo, tal como pode ser contemplado pelos humanos, e os deuses que presidem a ele invisveis na sua morada celeste.4. H, portanto, o divino no mundo, assim como o mundano nas divindades. O homem grego vive num mundo cheio de deuses e, por isso, no separa natureza e sobrenatureza, como dois domnios opostos.

A religio dos gregos no se apoiava em um Livro sagrado, fonte da revelao divina para os humanos, e no havia uma verdade que se encontrasse, de uma vez por todas, vertida em texto. Como consequncia, tambm no havia dogma ou ortodoxia, nem profetas ou messias, tampouco uma casta sacerdotal. Talvez, por causa destas caractersticas da religio dos gregos, vigorava grande liberdade para pensar e para divergir, o que fundamental para a Filosofia.Ora, ento, qual era a fonte de conhecimento sobre os deuses: seus nomes, suas genealogias, seus atributos, suas aventuras, seus respectivos poderes, seu modo de agir, as honras que lhes eram devidas etc.?Tais saberes sobre os deuses eram veiculados por narrativas eminentemente orais. Ou seja, por histrias que eram transmitidas de boca a ouvido, e que passavam adiante, de boca em boca, atravs das fbulas contadas pelas mulheres s crianas nos lares e das vozes e dos cantos dos poetas ao pblico em geral. Mais tarde, no sculo VII a.C., esta tradio oral foi escrita por Hesodo em textos que ficaram conhecidos como Teogonia e Cosmogonia (respectivamente, a origem dos deuses e a origem do mundo). Esta tradio de base oral constitui o que chamamos de mito.A linguagem mtica vaie-se de metfora, alegoria, smbolo e arqutipo.

Discurso filosfico na Grcia Antiga.1. A princpio, os filsofos pr-socrticos, tambm chamados de "naturalistas" ou filsofos da physis tinham como escopo especulativo o problema cosmolgico, ou cosmo-ontolgico, e buscavam o princpio (ou arch) das coisas.Arch: Origem. Seria um princpio que deveria estar presente em todos os momentos da existncia de todas as coisas; no incio, no desenvolvimento e no fim de tudo. Princpio pelo qual tudo vem a ser.Como sugere o nome, os filsofos pr-socrticos so aqueles que antecedem a Scrates. Contudo, essa diviso se d mais propriamente devido ao objeto de sua filosofia (o interesse pelo estudo da natureza) em relao novidade introduzida por Scrates, do que em relao cronologia. J que, temporalmente, alguns dos ditos pr-socrticos so contemporneos a Scrates, ou mesmo posteriores a ele (como no caso de alguns sofistas).Physis: Palavra grega que significa natureza - entendendo-se este termo no em seu sentido corriqueiro, mas como realidade primeira, originria e fundamental, ou como o que primrio, elementar e persistente, em oposio ao que secundrio, derivado e transitrio.2. Cada um dos filsofos pr-socrticos sugeriu um elemento primordial (princpio) ou causa de todas as coisas que compem a realidade fsica.Exemplos de elementos primordiais sugeridos pelos filsofos pr-socrticos: Tales de Mileto - a gua Anaximandro de Mileto - o aperon Anaxmenes de Mileto - o ar Xenfanes de Clofon - a terra Herclito de feso - o fogo Pitgoras de Samos - o nmero Demcrito de Abdera - o tomo Empdocles de Agrigento - os quatro elementos (terra, gua, fogo e ar)

3. Em um segundo momento, surge a sofstica e o foco da filosofia muda do cosmo para o homem e o problema moral.Como voc deve ter percebido, o pensamento filosfico rompeu com a tradio mtico-religiosa na Grcia Antiga. A grande "sacao" dos gregos pr-socrticos foi a compreenso de que as causas explicativas do mundo estavam presentes no prprio mundo. Portanto, atravs dos elementos primordiais (agua, terra, fogo, ar etc.) era possvel explicar a realidade, sem a necessidade de apelo s foras divinas, sobrenaturais, extra-mundanas.Compreenda um pouco mais sobre a Mitologia Grega pesquisando sobre esse tema (na internet, em livros etc.) e aproveite para ampliar seus conhecimentos.

Sntese da Aula 01 - Do Mito Razo Nessa aula, voc conheceu o contexto histrico, poltico, social e cultural da Grcia, no sculo VI a.C., perodo em que surge uma nova forma de pensar e de conhecer o mundo: a Filosofia. Identificou as narrativas mticas e religiosas como forma fundamental de conhecimento do mundo, antes do surgimento da Filosofia. Percebeu que o discurso filosfico prope uma ruptura com o mito, na busca de compreender e explicar a realidade atravs da linguagem racional.

Aula 1 Avaliando o Aprendizado

1a Questo (Ref.: 201401293079) 1a sem.: Filosofia Grega Os primeiros filsofos gregos ocupam-se com a origem e a ordem do mundo, o Kosmos, e a filosofia nascente era uma cosmologia. Um dos seus maiores problemas era explicar o movimento e a transformao da realidade. Qual das alternativas abaixo relacionam os filsofos desse perodo histrico? Hegel, Marx e Comte Scrates, Plato e Aristteles Agostinho, Melisso e Zeno Tales, Scrates e Plato Tales, Anaximandro e Descartes 2a Questo (Ref.: 201401295626) 1a sem.: Filosofia pr-socrtica O principal e mais conhecido fragmento de Protgoras o incio de sua obra sobre a verdade, quando afirma: O homem a medida de todas as coisas, das que so como so e das que no so como no so. Tal fragmento sintetiza duas ideias centrais associadas aos Sofistas. So elas: Relativismo e empirismo Humanismo e empirismo Humanismo e relativismo Inatismo e relativismo Inatismo e empirismo

3a Questo (Ref.: 201401293080) 1a sem.: Filosofia Grega A Filosofia estabeleceu um novo critrio para alcanar a "verdade", no mais recorrendo aos mitos e ao discurso religioso. Atravs da intuio racional e da lgica, os filsofos creem encontrar as causas explicativas da "realidade" no prprio mundo, e no fora dele. A origem de todas as coisas fundamenta-se num princpio originrio ou "arch". Assinale a nica afirmao ERRADA. Tales identificou a gua como princpio, pois constatou que o elemento lquido est presente em todo lugar em que h vida. Anaxmenes escolhe o ar infinito como princpio primordial, porque se presta melhor s variaes e transformaes necessrias diversidade das coisas. Herclito, o obscuro, indicou o fogo como princpio da physis, apesar de seu pensamento marcar um retrocesso s explicaes derivadas da religio pblica e da mitologia. Para Pitgoras os nmeros so o princpio de todas as coisas. Se o nmero ordem, tudo ordem ou ksmos, em grego. Anaximandro defendeu que o princpio primordial de toda a realidade ser o -peiron, que significa o infinito (privado de limites).

GABARITO1a Questo (Ref.: 201401293079)1a sem.:Filosofia Grega

Os primeiros filsofos gregos ocupam-se com a origem e a ordem do mundo, o Kosmos, e a filosofia nascente era uma cosmologia. Um dos seus maiores problemas era explicar o movimento e a transformao da realidade. Qual das alternativas abaixo relacionam os filsofos desse perodo histrico?

Hegel, Marx e Comte

Scrates, Plato e Aristteles

Agostinho, Melisso e Zeno

Tales, Scrates e Plato

Tales, Anaximandro e Descartes

2a Questo (Ref.: 201401295626)1a sem.:Filosofia pr-socrtica

O principal e mais conhecido fragmento de Protgoras o incio de sua obra sobre a verdade, quando afirma: O homem a medida de todas as coisas, das que so como so e das que no so como no so. Tal fragmento sintetiza duas ideias centrais associadas aos Sofistas. So elas:

Relativismo e empirismo

Humanismo e empirismo

Humanismo e relativismo

Inatismo e relativismo

Inatismo e empirismo

3a Questo (Ref.: 201401293080)1a sem.:Filosofia Grega

A Filosofia estabeleceu um novo critrio para alcanar a "verdade", no mais recorrendo aos mitos e ao discurso religioso. Atravs da intuio racional e da lgica, os filsofos creem encontrar as causas explicativas da "realidade" no prprio mundo, e no fora dele. A origem de todas as coisas fundamenta-se num princpio originrio ou "arch". Assinale a nica afirmao ERRADA.

Tales identificou a gua como princpio, pois constatou que o elemento lquido est presente em todo lugar em que h vida.

Anaxmenes escolhe o ar infinito como princpio primordial, porque se presta melhor s variaes e transformaes necessrias diversidade das coisas.

Herclito, o obscuro, indicou o fogo como princpio da physis, apesar de seu pensamento marcar um retrocesso s explicaes derivadas da religio pblica e da mitologia.

Para Pitgoras os nmeros so o princpio de todas as coisas. Se o nmero ordem, tudo ordem ou ksmos, em grego.

Anaximandro defendeu que o princpio primordial de toda a realidade ser o -peiron, que significa o infinito (privado de limites).

Aula 2 Scrates, Plato e Aristteles

Ao final: compreender o novo marco da Filosofia Antiga iniciada por Scrates; identificar as ideias fundamentais dos filsofos Scrates, Plato e Aristteles; conhecer os conceitos fundamentais da metafsica platnica e aristotlica.

Scrates, Plato e Aristteles so os mais importantes expoentes da Filosofia grega. As doutrinas desses filsofos compem o perodo clssico da Filosofia grega, tendo longa vigncia nos sculos seguintes.Ao longo dessa aula, voc conhecer a transformao filosfica provocada por Scrates, com nfase nos temas humansticos; compreender o pensamento metafsico de Plato e a sua repercusso para a histria do pensamento ocidental; e entender a soluo metafsica dada por Aristteles ao problema do conhecimento.

Scrates deu uma nova direo Filosofia. Enquanto o interesse dos filsofos pr-socrticos recaiu sobre os estudos da natureza (physis), Scrates interessou-se pelas questes humanas, a tica, a poltica, o conhecimento, a educao, entre outros problemas que afetam o homem. As fontes mais importantes de informaes sobre Scrates so as escritas por Plato, Xenofonte e Aristteles. Scrates foi mestre de Plato.Alguns historiadores afirmam que s se poder falar de Scrates como um personagem de Plato, por ele nunca ter deixado nada escrito de sua prpria autoria.

A principal preocupao de Scrates era a de levar os seus concidados a pensarem. Nos dilogos de Plato, Scrates apresentado como homem dotado de uma mente rigorosa, racional e inquisitiva, que questionava continuamente as crenas fundamentais das pessoas. O Mtodo Socrtico consistia em fazer perguntas e desvendar o que estava oculto em cada uma delas, num processo denominado maiutica. A filosofia de Scrates exprimia-se por meio de dilogos. Na sua doutrina, a confiana na razo assumia um papel central: "ningum mau voluntariamente", sendo o mal consequncia da ignorncia. O grande princpio socrtico era o conhecimento de si prprio: "Conhece-te a ti mesmo". Scrates desempenhou um papel importante no Estado ateniense, fazendo parte do governo da cidade. Porm, em 403 a.C, foi acusado e declarado culpado de corromper a juventude ao ensinar doutrinas que feriam as tradies religiosas da cidade de Atenas, tendo sido condenado morte por ingesto de cicuta. Embora pudesse se exilar, Scrates optou por beber tranquilamente o veneno e submeter-se a um fim doloroso.

Plato nasceu em uma famlia aristocrata de Atenas. Foi brilhante escritor e filsofo e se destacou entre os pensadores mais influentes da civilizao ocidental. Desde jovem, Plato tinha ambies polticas, mas logo se decepcionou com a liderana poltica de Atenas. Ele se tornou discpulo de Scrates, seguindo sua filosofia e aderindo ao mtodo por ele utilizado: a busca da verdade atravs de perguntas, respostas e mais perguntas. Aps a morte de Scrates, Plato abandonou a cidade. As suas viagens levaram-no a lugares como Egito, Cirene e Siclia. Quando regressou a Atenas, co-fundou uma escola que ficou conhecida por Academia, situada no Jardim de Academos, onde se ensinavam os mais diversos assuntos, desde a Matemtica Biologia, da Filosofia Astronomia. Os ensinamentos de Plato foram escritos em forma de dilogo (aproximadamente trinta), de uma conversa ou um debate entre vrias pessoas. Seus dilogos so divididos em trs fases. A primeira fase representada com Plato tentando comunicar a filosofia de Scrates. Os dilogos da segunda e terceira fase relatam as prprias ideias de Plato, por mais que ele continue a utilizar Scrates como personagem em seus dilogos. Em oposio aos sofistas, Plato prope um novo mtodo: a dialtica (ou arte de pensar), que vai das palavras s ideias. Estas constituem a prpria essncia, fundamento e modelo das coisas sensveis e individuais.Entenda a Teoria do Conhecimento de Plato. Plato foi o responsvel pela formulao de uma nova maneira de pensar e de perceber o mundo. Este ponto fundamental consiste na descoberta de uma realidade causal supra-sensvel, no-material, eterna e imutvel. Tal realidade subsistiria num mundo separado do mundo sensvel e material: o mundo das formas ou das ideias. Plato, portanto, divide o existente em duas partes: o mundo das ideias e o mundo fsico em que vivemos. No mundo das ideias, tudo constante e real. J no mundo fsico (ou mundo sensvel: uma plida reproduo do mundo inteligvel. Trata-se de um mundo de cpias imperfeitas das ideias ou formas, constituindo um mundo de sombras, conforme a famosa Alegoria da Caverna. Segundo Plato, os sentidos fsicos no nos revelam a verdadeira natureza das coisas. Por exemplo, ao observarmos algo branco ou belo, jamais chegaremos a ver a brancura ou a beleza plena, embora tragamos, dentro de ns, uma ideia do que elas so.), tudo est sujeito ao fluxo, mudana, da seu carter relativo e aparente. De um lado, o mundo das ideias ou das formas puras e imutveis, e de outro, o mundo das coisas mutveis. Assim, as nicas coisas, de fato, permanentes e verdadeiras para Plato, seriam as ideias. Observar o mundo fsico (tal como a cincia faz hoje em dia) pouco serviria, portanto, para alcanarmos uma compreenso da realidade, embora servisse para reconhecermos, ou recordarmos, as ideias perfeitas que traramos dentro de ns. Ideias ou formas so arqutipos imutveis. De acordo com Plato, s essas ideias/formas so o fundamento do verdadeiro conhecimento. Plato distinguiu dois nveis de saber: opinio e conhecimento. Afirmaes relacionadas com o mundo fsico, Plato as considerava uma opinio, mesmo que estivessem baseadas na lgica ou na cincia. Segundo Plato, o conhecimento derivado da razo e no da experincia. Ele pregava que somente atravs da razo atingimos o conhecimento das formas.

A Repblica a maior e mais reconhecida obra poltica de Plato.A obra se foca na questo de justia: Como um Estado justo? Quem um individuo justo?

Segundo Plato, a melhor forma de governo a aristocracia por mrito. Ele divide o estado ideal em trs classes: a classe dos comerciantes, a classe dos militares e a classe dos filsofos-reis. (As classes no so hereditrias, elas so determinadas pelo tipo de educao obtida pela pessoa.Com maior nvel de educao, a pessoa pertence classe dos filsofos-reis, que so os encarregados de governar o pas.)

A Repblica aborda diversos temas sobre justia, governo e apresenta um governo utpico. Essa obra vem sendo amplamente lida atravs dos sculos, por mais que suas propostas nunca tenham sido adotas como uma forma de governo concreta.

Na Repblica, tambm encontramos o famoso Mito da Caverna (ou Alegoria da Caverna). Trata-se de uma metfora da condio humana perante o mundo, no que diz respeito importncia do conhecimento filosfico e educao como forma de superao da ignorncia.

Em outras palavras, podemos dizer que a Alegoria da Caverna trata da passagem gradativa do senso comum, enquanto viso de mundo e explicao da realidade, para o conhecimento filosfico (Conhecimento racional, sistemtico e organizado, que busca as respostas no no acaso, mas na causalidade).

Aristteles considerado um dos mais fecundos pensadores de todos os tempos. Aristteles nasceu em Estagira, na pennsula macednica da Calcdica (por isso, ele tambm chamado de o Estagirita). Era filho de Nicmano, amigo e mdico pessoal do rei Amintas 2, pai de Filipe e av de Alexandre, o Grande. Aos 16 ou 17 anos, Aristteles mudou-se para Atenas (centro intelectual e artstico da Grcia) e estudou na Academia de Plato at a morte do mestre, no ano 347 a.C. Aps a morte de Plato, Aristteles passou algum tempo em Assos, no litoral da sia Menor (atual Turquia), onde casou-se com Ptias, a sobrinha do tirano local. Sendo este assassinado, o filsofo fugiu para Mitilene, na ilha de Lesbos. Foi depois convidado para a Corte da Macednia onde, durante trs anos, exerceu o cargo de tutor de Alexandre, mais tarde o Grande. Em 355 a.C., Aristteles voltou a Atenas e fundou uma escola prxima ao templo de Apolo Lcio, que recebeu o nome de Liceu. O caminho coberto ("peripatos") por onde costumava caminhar enquanto ensinava deu escola um outro nome: Peripattica. A escola se tornaria a rival e ao mesmo tempo a verdadeira herdeira da Academia platnica. Com a morte de Alexandre, em 323 a.C., o imenso imprio erguido por ele esfacelou-se. Em Atenas eclodiu um movimento que visava a restaurar a independncia da cidade-estado. Malvisto pelos atenienses por causa da sua origem macednica, Aristteles foi acusado de atesmo ou impiedade. Para no ter o mesmo fim de Scrates, condenado ao suicdio, exilou-se voluntariamente em Clcida, na ilha da Eubia, onde morreu um ano depois. As investigaes filosficas de Aristteles consideraram vrias reas do conhecimento. Podemos citar a Biologia, a Zoologia, a Fsica, a Histria Natural, a Potica, a Psicologia, sem falar em disciplinas propriamente filosficas como a tica, a Teoria Poltica, a Esttica e a Metafsica. A metafsica aristotlica a cincia que estuda o ser enquanto ser, ou os princpios e as causas do ser e de seus atributos essenciais. Podemos sintetizar a metafsica aristotlica em quatro questes gerais: potncia e ato; matria e forma; particular e universal; e movido e motor.

Conhea, inicialmente, duas dessas questes. A metafsica aristotlica abrange ainda o ser imvel e incorpreo, o princpio dos movimentos e das formas do mundo, bem como o mundo mutvel e material em seus aspectos universais e necessrios.Potncia e atoA doutrina da potncia e do ato fundamental na metafsica aristotlica.

Todo ser, que no seja o Ser perfeitssimo (Deus), uma sntese (um smbolo), um composto de potncia e de ato, em diversas propores, conforme o grau de perfeio, de realidade dos vrios seres.Um ser desenvolve-se, aperfeioa-se, passando da potncia ao ato. Esta passagem da potncia ao ato a atualizao de uma possibilidade, de uma potencialidade anterior. Por exemplo, um ovo est em ato, mas potncia de uma ave. (A passagem do ovo a ave, se explica metafisicamente pela passagem da potncia (a possibilidade do ovo vir a ser algo que ele ainda no em algo que ele poder vir a ser (ave).)

Esta doutrina aplicada e desenvolvida por Aristteles, especialmente, quando este trata da doutrina da matria e da forma, que representam a potncia e o ato no mundo, na natureza em que vivemos.

Matria e formaSegundo Aristteles, o indivduo composto por dois elementos: a matria e a forma. O composto de matria e forma (o smbolo) constitui a substncia (A substncia o substrato imutvel, em que se sucedem os acidentes, as qualidades acidentais. Dando um exemplo prtico, a matria seria o bronze, e a forma seria o formato da esttua de bronze. A matria sem forma, a pura matria, chamada matria-prima, um mero possvel, no existe por si, um absolutamente interminado, em que a forma introduz as determinaes.).A matria aristotlica, porm, no o puro no-ser de Plato (mero princpio de decadncia), pois esta tambm condio indispensvel para concretizar a forma.Ento, no existe a forma sem a matria, ainda que a primeira seja princpio de atuao e determinao da segunda. Com respeito matria, a forma , portanto, princpio de ordem e finalidade, racional, inteligvel. Diversamente da ideia platnica, a forma aristotlica no separada da matria, e sim imanente e operante nela. Ao contrrio, as formas aristotlicas so universais, imutveis, eternas, como as ideias platnicas.Os elementos constitutivos da realidade so, portanto, a forma e a matria. A realidade, porm, composta de indivduos, substncias, que so um composto (um snolo) de matria e forma. Por consequncia, estes dois princpios no so suficientes para explicar o surgir das substncias e dos indivduos que no podem ser atuados, a no ser por um outro indivduo, isto , por uma substncia em ato. (Ou causas, causa material e causa formal.)

Com isso, existe a necessidade de um terceiro princpio, a causa eficiente, para poder explicar a realidade efetiva das coisas. A causa eficiente, por sua vez, deve operar para um fim, que precisamente a sntese da forma e da matria, produzindo esta sntese o indivduo. Da uma quarta causa, a causa final, que dirige a causa eficiente para a atualizao da matria mediante a forma.Conhea, agora, as outras duas questes gerais que sintetizam a metafsica aristotlica.

Particular e universalMediante a doutrina da matria e da forma, Aristteles explica o indivduo, a substncia fsica, a nica realidade efetiva no mundo, que precisamente o composto (snolo) de matria e de forma. A essncia, que igual em todos os indivduos de uma mesma espcie, deriva da forma. J a individualidade, pela qual toda substncia original e se diferencia de todas as demais, depende da matria. O indivduo , portanto, potncia realizada, matria enformada, universal particularizado. Mediante a doutrina da matria e da forma explicado o problema do universal e do particular, que tanto atormenta Plato. Aristteles faz o primeiro (a ideia) imanente no segundo (a matria), depois de ter eficazmente criticado o dualismo platnico, que fazia os dois elementos transcendentes e exteriores um ao outro.

Movido e motorDa relao entre a potncia e o ato, entre a matria e a forma, surge o movimento, a mudana, o vir-a-ser, a que submetido tudo que tem matria, potncia. A mudana , portanto, a realizao do possvel. Esta realizao do possvel, porm, pode ser levada a efeito unicamente por um ser que j est em ato, que possui j o que a coisa movida deve vir-a-ser, visto ser impossvel que o menos produza o mais, o imperfeito o perfeito, a potncia o ato, mas vice-versa. Mesmo que um ser se mova a si mesmo, aquilo que move deve ser diverso daquilo que movido, deve ser composto de um motor e de uma coisa movida. Por exemplo, a alma que move o corpo.O motor pode ser unicamente ato, forma. A coisa movida, enquanto tal, pode ser unicamente potncia, matria. Eis a grande doutrina aristotlica do motor e da coisa movida, doutrina que culmina no motor primeiro, absolutamente imvel, ato puro, isto , Deus.Como todo pensamento e todo juzo, a proposio aristotlica est submetida aos trs princpios lgicos fundamentais, condies de toda verdade: Identidade: Um ser sempre idntico a si mesmo: A A. No-contradio: impossvel que um ser seja e no seja idntico a si mesmo ao mesmo tempo e na mesma relao. impossvel que A seja A e no-A. Do terceiro excludo: Dadas duas proposies com o mesmo sujeito e o mesmo predicado, uma afirmativa e outra negativa, uma delas necessariamente verdadeira e a outra necessariamente falsa. A x ou no-x, no havendo terceira possibilidade.Relembre os principais pontos estudados sobre Aristteles.Como voc pde perceber, o sistema aristotlico invalida o dualismo platnico, representado pela teoria das ideias.Ora, a forma aristotlica no existe separada, num mundo inteligvel e apartado do mundo das coisas sensveis e materiais.A forma, junto com a matria, constituiria os indivduos, as substncias. Portanto, a forma parte constitutiva das coisas e faz parte do nico mundo existente.

Aristteles, diferente de Plato, valoriza o conhecimento sensvel, desvalorizado por Plato, como fonte de erro e de engano.Ao contrrio de Plato, Aristteles entende que todo o conhecimento possvel inicia-se com os sentidos ou a sensao.Os sentidos, entretanto, so insuficientes, e precisam ser superados por outros graus mais elevados de abstrao, passando pela memria, a experincia, a arte (tcfine) e chegando teoria (epistem), grau mais perfeito do conhecimento.

Aula 2 Avaliando o Aprendizado

1. Vrias diferenas marcam o Pensamento Mitolgico do Pensamento Filosfico. Marque a NICA alternativa ERRADA:

(x) A Filosofia na Grcia Antiga no era considerada cincia. A Mitologia, antes do surgimento da Filosofia, respondia os questionamentos humanos atravs dos mitos. A Filosofia passou a buscar as respostas para os fenmenos naturais, atravs do pensamento racional (razo). A Mitologia no cincia, pois seus conhecimentos so revelados e divinos. A Filosofia na Grcia Antiga era o conjunto de todas as cincias.

2. Qual a contribuio da disciplina Filosofia da Educao para a formao do educador? (MEC ENADE 2008). Reunir informaes sobre a existncia humana para orientar a forma de organizar sua vida privada. (x) Ajudar o professor a identificar e interrogar os valores que esto subjacentes ao e s concepes do humano. Dominar o conhecimento historicamente produzido pela humanidade visando a uma cultura erudita. Contribuir para as solues prticas exigidas pelo cotidiano, auxiliando na elaborao do planejamento escolar. Atender necessidade de organizao do pensamento com vistas a um melhor

3. Sobre o Mito ou Alegoria da Caverna de Plato correto afirmar que: I. A caverna o mundo das aparncias em que vivemos. II. Que as sombras projetadas no fundo da caverna so as coisas que percebemos. III. Que os grilhes e as correntes que aprisionam os seres humanos no interior da caverna so os nossos preconceitos e opinies, nossa crena de que o que estamos percebendo a realidade. IV. Que o prisioneiro que se liberta do interior da caverna o guerreiro belo e bom.

Assinale a alternativa correta: Somente os enunciados I, II e IV esto corretos Somente os enunciados I e III esto corretos Somente os enunciados II, III e IV esto corretos somente os enunciados II e III esto corretos (x) Somente os enunciados I, II e III esto corretos

Aula 3 Filosofia Medieval Parte I

Ao final: identificar os fatores fundamentais que permitiram a formao do Mundo Ocidental, assim como o nascimento da filosofia crist; analisar a relao entre a filosofia grega pag e o cristianismo, compreendendo a sua apropriao; conhecer o pensamento de Santo Agostinho e a influencia de Plato no pensamento cristo.

A Filosofia Medieval compreende um perodo histrico que vai do final do helenismo (sculos IV e V) at o Renascimento (final do sculo XV e incio do sculo XVI). a maior parte da produo filosfica da Idade Mdia.Possivelmente, voc j ouviu falar que a Idade Mdia apresenta uma imagem negativa. Voc sabe o porqu disso?A imagem negativa da Idade Mdia entendida pela transio entre os clssicos e os novos tempos, movimento que culmina no humanismo renascentista, procurando recuperar as glrias da antiguidade greco-romana.A fase final da Filosofia Medieval (sculos XI e XV) equivale ao desenvolvimento da escolstica e a criao das universidades.O termo escolstica designa todos aqueles que pertencem a uma escola ou que se vinculam a uma determinada escola de pensamento e de ensino.1. A filosofia de So Toms de Aquino, que se aproximou dos textos de Aristteles, resultou numa nova contribuio para o desenvolvimento da escolstica.2. Posies controvertidas que foram assumidas na Filosofia, na Teologia e na Poltica.3. A presena da tradio aristotlica na Europa ocidental.4. O levantamento de questes que aproximavam a Teologia da Filosofia, investigando racionalmente os fundamentos da f crist.5. O pensamento de Santo Agostinho.6. A transio do helenismo para o cristianismo.Como voc viu na pgina anterior, no perodo final da Idade Mdia que ocorre a transio do helenismo para o cristianismo.

1. A religio crist originria do judasmo surge e se desenvolve no contexto do helenismo. A cultura ocidental da qual somos herdeiros at hoje a sntese entre o judasmo, o cristianismo e a cultura grega.2. O helenismo permitiu a aproximao entre a cultura judaica e a filosofia grega, que tornou possvel, mais tarde, o surgimento de uma filosofia crist. Em Alexandria, essas culturas conviveram e se integraram, de forma que se falavam vrias lnguas na regio. Nessa poca, foi possvel encontrar uma aproximao entre a cosmologia platnica e a narrativa da criao do mundo.3. Inicialmente, o cristianismo no se distinguia claramente do judasmo. Ele era visto como uma seita reformista dentro da religio da cultura judaica.4. Para os gregos, o prncipe divino operava no mundo, essa viso influenciou fortemente o desenvolvimento da filosofia crist.5. em So Paulo que encontramos a concepo de uma religio universal. Ele defendia a necessidade de pregar a todos. Esta uma diferena bsica em relao ao judasmo e as demais religies da poca.Obtenha mais informaes sobre os fatores histricos que contriburam para o nascimento da filosofia crist. Podemos dizer que a cultura de lngua grega hegemnica permitiu a concepo de uma religio universal, que corresponde, no plano espiritual e religioso, a concepo de imprio no plano poltico e militar. Essa concepo foi consolidada com o batismo do imperador Constantino, em 337, e com a institucionalizao do cristianismo como religio oficial. Entretanto, no havia ainda uma unidade no cristianismo. A filosofia grega teve uma importncia fundamental no processo de unificao do cristianismo, quando as discusses levaram a formulao de uma unidade doutrinria hegemnica, ortodoxa. Os primeiros representantes dessa filosofia crist pertenceram a, assim, chamada escola neoplatnica crist Alexandria. Uma questo que acompanhou todo o pensamento medieval foi o conflito entre razo e f, que era foco de tenso permanente. Diversos conclios fixaram a doutrina considerada legitima e condenaram os que no aceitavam esses dogmas expulsando-os da Igreja. Podemos dizer que a filosofia grega se incorporou de maneira definitiva tradio crist: a lgica e retrica forneceram meios de argumentao; e a metafsica de Plato e de Aristteles forneceu conceitos chaves (substncias, essncias e etc.), em funo dos quais questes teolgicas eram discutidas.Um dos grandes pensadores cristos foi Santo Agostinho. A sua influncia filosfica e teolgica se estendeu at o perodo moderno. Veja abaixo os trs aspectos fundamentais da contribuio desse pensador para o desenvolvimento da Filosofia. A formulao das relaes entre Teologia e Filosofia, entre razo e f. A criao da teoria do conhecimento com nfase na questo da subjetividade e da interioridade. A elaborao da teoria da histria que foi desenvolvida na monumental cidade de Deus.Santo Agostinho pode ser considerado o primeiro pensador a desenvolver uma noo de uma interioridade que prenuncia o conceito de subjetividade do pensamento moderno.Encontramos no pensamento de Santo Agostinho a oposio interior/exterior e a concepo de que a interioridade o lugar da verdade: olhando para a sua interioridade que o homem descobre a verdade pela iluminao divina. A teoria da iluminao divina vem substituir a teoria platnica, explicando o ponto de partida do processo de conhecimento e abrindo o caminho para a f.A concepo agostiniana teve uma grande influncia no desenvolvimento da noo ocidental de tempo histrico, raiz da viso hegeliana. Santo Agostinho viveu em tempos conturbados: a runa do mundo antigo, a decadncia do Imprio Romano, as invases dos brbaros pagos. Ele mostrou que os eventos histricos devem ser interpretados luz da revelao, que a cidade divina prevalecer, j que a histria tem uma direo.Alm de Santo Agostinho, necessrio mencionar Bocio (470-525), como um pensador fundamental para a mediao entre a filosofia antiga e a filosofia crist medieval.

Voc j estudou que o termo escolstica designa todos aqueles que pertencem a uma escola ou que se vinculam a uma determinada escola de pensamento e de ensino. Conhea, agora, os fatores histricos que contriburam para o seu desenvolvimento.1. As culturas brbaras que se estabelecem na Europa Ocidental no tinham conhecimento e, nem tampouco, interesse pela Filosofia. S a partir do sculo IX, cinco sculos aps a morte de Santo Agostinho, a situao comea a mudar.2. Em 529, So Bento fundou, na Itlia, a ordem monstica beneditina, diferente das ordens monsticas das igrejas orientais, que eram exclusivamente contemplativas. Graa aos monges copistas foram preservados os textos da antiguidade clssica grego-romana, nas bibliotecas.3. Progressivamente, o mundo europeu ocidental comeava a se reestruturar. A primeira grande tentativa de reestruturao aconteceu no natal do ano 800, quando o papa Leo III, convidou Carlos Magno para ir Roma e l o consagrou imperador do sacro imprio romano germnico. Aps a morte de Carlos Magno, seu imprio foi dividido entre o seu filho e os sucessores deste, levando a uma nova fragmentao poltica, que gerou grandes conflitos.4. , portanto, em torno dos sculos XI e XII que vamos assistir o surgimento da chamada escolstica. Neste contexto, aparece a famosa querela entre a razo e a f que percorre toda a Filosofia Medieval. No entanto, o desenvolvimento da Filosofia torna-se possvel devido difuso de consolidao das escolas nos mosteiros e catedrais.Santo Anselmo considerado o primeiro grande pensador da escolstica. Ele elaborou sua filosofia buscando articular a razo e a revelao, a f e o entendimento.Santo Anselmo deu a sua principal contribuio Filosofia na formulao do famoso argumento ou prova ontolgica, como ficou conhecido posteriormente (desde Kant). Trata-se de um dos argumentos mais clssicos da tradio filosfica, tendo sido questionado por outros filsofos na Idade Mdia, dentre eles So Toms de Aquino. (A questo retomada por So Toms, criticada por Kant, admirada por Hegel e discutida por Beltrand Russel, ainda vem despertando grande interesse na filosofia contempornea. Essa questo passa a discutir se Deus existe apenas no intelecto como algo que pode ser pensado ou na realidade como algo de fato existente.)Prova Ontolgica: Essa prova concilia razo e f, aquilo que a f nos ensina pode ser entendido pela razo e a Filosofia nos ajuda a argumentar em favor disso. Esses aspectos caracterizam bem o estilo da escolstica em utilizar a Filosofia.A concluso de Santo Anselmo que no se pode pensar a inexistncia de um ser do qual nada maior pode ser pensado sem contradio. Desse modo, fica provada a existncia de Deus.

Aula 3 - Avaliando o Aprendizado

1a Questo (Ref.: 201401461905) 3a sem.: Do Mito Filosofia Na Grcia Antiga, a religio e o mito eram as fontes originrias de conhecimento. Atravs deles, os gregos tinham as respostas fundamentais para as grandes questes da existncia. A partir do sculo VI a.C., no entanto, surgiram alguns sbios que propuseram uma outra forma de pensar e de explicar o mundo. Eles passaram a utilizar os argumentos racionais (no mais os religiosos ou mticos) para teorizar a realidade a partir de elementos presentes no prprio mundo natural, sem que precisassem apela a um mundo sobrenatural. O texto est se referindo ?(x) Filosofia Naturalista dos filsofos pr-socrticos. Filosofia realista de Aristteles. Filosofia idealista de Plato. Filosofia dos sofistas. Filosofia de Socrates.

2a Questo (Ref.: 201401461911) 3a sem.: Nascimento da Filosofia Como sugere o nome, os filsofos pr-socrticos so aqueles que antecedem a Scrates. Contudo, essa diviso se d mais propriamente devido ao objeto de sua filosofia (o interesse pelo estudo da natureza) em relao novidade introduzida por Scrates, do que em relao cronologia. J que, temporalmente, alguns dos ditos pr-socrticos so contemporneos a Scrates, ou mesmo posteriores a ele (como no caso de alguns sofistas). Assinale a alternativa que NO corresponde filosofia dos pr-socrticos.

Buscaram construir uma explicao racional da natureza (physis) a partir de causas naturais e no sobrenaturais. Cada filsofo pr-socrtico sugeriu um elemento primordial ou causa de todas as coisas que compem a realidade fsica.(x) Dedicaram seus estudos problemtica do sagrado e dos mistrios da f. Tales de Mileto, Herclito, Demcrito e Pitgoras so representantes desta filosofia. Tambm chamados de naturalistas e tinham como escopo especulativo o problema cosmolgico e buscavam o princpio (arch das coisas). 3a Questo (Ref.: 201401461907) 3a sem.: Nascimento da Filosofia Filosofia (do grego philos - que ama + sophia - sabedoria, que ama a sabedoria) a investigao crtica e racional dos princpios fundamentais relacionados ao mundo e ao homem. Segundo Marilena Chau, Filosofia a Fundamentao Terica e Crtica dos Conhecimentos e das Prticas. Partindo desta definio, podemos compreender que:

I. Do ponto de vista do conhecimento a base ou o princpio racional que sustenta uma demonstrao verdadeira.II. Como fundamentao terica determinar pelo pensamento, de maneira, lgica, metdica, organizada e sistemtica o conjunto de princpios, causas e condies de alguma coisa.III. Como fundamentao crtica examinar, avaliar e julgar racionalmente os princpios, as causas e as condies de alguma coisa (de sua existncia, de seu comportamento, de seu sentido e de suas mudanas).IV. Tem por finalidade demonstrar pela experincia sensvel os resultados de sua investigao.

Assinale a alternativa correta: Somente os enunciados I e II esto corretos. Somente os enunciados I e II esto corretos. Somente os enunciados II e IV esto corretos.(x) Somente os enunciados I, II e III esto corretos. Somente os enunciados III e IV esto corretos.

Aula 4 Filosofia Medieval Parte II

Ao final desta aula, o aluno ser capaz de:1. identificar os fatores histricos que contriburam para a fuso entre a cultura rabe, a filosofia grega e o pensamento cristo;2. entender o contexto histrico que favoreceu o desenvolvimento da alta escolstica;3. conhecer a importncia de So Toms de Aquino e seu papel na escolstica;4. entender as ideias de Guilherme de Ockham, que contriburam para o desmantelamento do grande sistema filosfico medieval.

A Filosofia Medieval contou com a valiosa contribuio do pensamento rabe.Nessa aula, voc conhecer o rico encontro da filosofia rabe com a filosofia ocidental e como esse encontro favoreceu o desenvolvimento da filosofia escolstica.Conhecer tambm a importncia de So Toms de Aquino e de Guilherme de Ockham para a Filosofia Medieval.

Conhea os fatores histricos que contriburam para a fuso entre a cultura rabe, a filosofia grega e o pensamento cristo.Filosofia Grega: A fuso comea a partir do momento em que Alexandre (sculo IV a.C.) inicia a expanso[footnoteRef:1] do seu Imprio, levando e difundindo a cultura grega pelo Oriente Mdio, conquistando a ndia. [1: Mesmo aps a morte de Alexandre, a expanso continua por regies como Egito, Sria, norte da Mesopotmia e Prsia.]

A partir desse momento, no restou mais dvida a mistura entre a lngua local e a grega com suas ricas tradies, formando os principais ncleos de cultura.Pensamento Cristo: No perodo cristo (IV e V d.C.), outro marco se dar aprofundando essa fuso. Vrios cristos foram condenados e buscaram exlio no Oriente, principalmente na Sria e na Mesopotmia. Esses cristos, alm de conhecedores da filosofia e da cincia grega, usavam a lngua grega.Cultura rabe: A fuso tambm foi influenciada pelo profeta Maom (570-632), quando este assumiu a liderana religiosa do povo rabe, fundando a religio islmica[footnoteRef:2]. Esse contexto, sem dvida, favoreceu o encontro[footnoteRef:3] dos rabes com os ncleos de cultura de origem grega e crist. Portanto, os cristos da escolstica tiveram o primeiro contato com o pensamento de Aristteles atravs desses ncleos de cultura. [2: Toda a expanso do islamismo foi devido fragilidade dos reinos existentes nessa regio e da fraqueza militar bizantina.] [3: Esse encontro foi marcado pela valorizao de ensinamentos; absoro de cultura e desenvolvimento desta nas vrias reas da Cincia e da Filosofia; traduo de inmeras obras clssicas, algumas delas conhecidas pelos latinos justamente por intermdio dos rabes.]

Os cristos da escolstica tiveram o primeiro contato com o pensamento de Aristteles atravs dos ncleos de cultura. Logo, podemos concluir que o grande desenvolvimento da filosofia escolstica, a partir do sculo XIII, foi devido influncia do pensamento rabe.1. Com o desenvolvimento de uma intensa atividade artesanal e comercial, no sculo XIII, surgiram ncleos urbanos importantes que tiveram grande influncia no enriquecimento de uma pequena parte da populao.2. Consequentemente, houve o rompimento com a ordem econmica (poltica feudal), dando lugar a um mundo em que as relaes sociais permitiam a mobilidade social. Alm disso, os arteses passaram a se organizar em ligas nas cidades, fazendo nascer um novo tipo de convvio social.3. As obras de Aristteles, com as suas preocupaes cientficas e empricas, foram adequadas a esse novo contexto, devido a dois fatores fundamentais que so caractersticos do sculo XIII: o surgimento das universidades e a criao das ordens religiosas (franciscanos e dominicanos).

So Toms foi um dos grandes pensadores da alta escolstica. Teve uma profunda ligao com as universidades do sculo XIII, sobretudo a de Paris. Tornou-se um grande pensador com criatividade e originalidade. Desenvolveu uma filosofia prpria, tratando praticamente de todas as grandes questes da Filosofia e da Teologia de sua poca. Teve grande interesse pelas obras de Aristteles e dos pensadores rabes. Mostrou que a filosofia de Aristteles era compatvel com o cristianismo.O tomismo tornou-se uma espcie de representante de uma filosofia crist oficial, isto se deu devido grandeza da obra de So Toms e da complexidade das questes tratadas. Como exemplo disso, ele desenvolveu as cinco vias da prova da existncia de Deus. Guilherme de Ockham foi o maior dos lgicos escolsticos. Ele combinou o racionalismo do pensamento aristotlico com a f revelada do cristianismo.Pelas posies que assumiu na Filosofia, na Teologia e na Poltica, e pelos constantes enfrentamentos com as autoridades, Ockham foi perseguido pelo Papa. Foi graas as suas ideias, que foram lanadas as sementes que levaram o sistema filosfico medieval runa, dando lugar ao novo senso de investigao crtica inspirado diretamente dos gregos.As Bases da filosofia e da cincia modernas foram lanadas nos sculos XV e XVI, levandoao Renascimento e Reforma.Nesse perodo, em oposio escolstica, defendida a separao radical entre os camposda razo e da f, da Filosofia e da Teologia.No final do sculo XIV, a escolstica[footnoteRef:4] entrou em crise, porm, isso no significou o seu fim. Afilosofia escolstica e o tomismo sobrevivem no perodo moderno, e at hoje encontramadeptos. [4: A escolstica considerada a integrao entre as verdades darazo, campo da Filosofia, e as verdades da f, campo da Teologia]

Aula 4 Avaliando o Aprendizado

1a Questo (Ref.: 201401461914) 4a sem.: Filosofia Socrtica

Sobre a Filosofia de Scrates podemos afirmar que:

I. A confiana na razo assumia um papel central: ningum mau voluntariamente, sendo o mal consequncia da ignorncia.

II. O grande princpio de sua filosofia era o conhecimento de si prprio: Conhece-te a ti mesmo.

III. Construiu uma explicao racional da natureza (physis) a partir de causas naturais e no sobrenaturais.

Assinale a alternativa correta: (x) Apenas os enunciados I e II esto corretos Apenas o enunciado II est correto Apenas o enunciado I est correto Apenas o enunciado III est correto Apenas os enunciados II e III esto corretos

2a Questo (Ref.: 201401307167) 4a sem.: Perodo pr-socrtico

Os Filsofos Pr-socrticos, ou seja, os primeiros filsofos iniciaram uma nova forma de pensar, entender e descrever os fenmenos naturais e a origem de todas as coisas. Com isso, promoveram a primeira quebra de paradigma da humanidade (KUHN, 2003). LEIA AS SENTENAS ABAIXO E MARQUE A NICA RESPOSTA CORRETA:

I - Antes de 500 a.C. (sc. VI a.C.), os mitos - narrativas sobre deuses e semideuses, que constituam saberes revelados e divinos -, respondiam aos questionamentos humanos.

II - Depois de 500 a.C. (sc. VI a.C.), a mitologia e a religio passaram a responder aos questionamentos humanos sobre os fenmenos naturais e da criao do mundo.

III - A partir de 500 a.C. (sc. VI a.C.), os Sofistas ensinaram ao povo tudo sobre o pensamento mitolgico e religioso.

IV - Os filsofos Pr-socrticos utilizaram o mtodo da observao das relaes de causa e efeito, existentes na natureza, para responder aos questionamentos humanos e origem de todas as coisas.

V - Tales de Mileto - 500 a.C. (sc. VI a.C.) - foi considerado, por Aristteles, o primeiro filsofo da humanidade.

Somente as afirmativas I, II e V esto corretas. Somente as afirmativas I, III e IV esto corretas. Somente as afirmativas I, II e III esto corretas. Somente as afirmativas I, II e IV esto corretas. (x) Somente as afirmativas I, IV e V esto corretas.

3a Questo (Ref.: 201401293197) 4a sem.: Filosofia socrtica

Uma caracterstica marcante da filosofia socrtica a ideia de no sabedoria, traduzida na frase: "sei que nada sei". Scrates fazia esta afirmao porque considerava impossvel chegar ao conhecimento (x) percebia, realmente, que no sabia acerca do que indagava. achava interessante provocar os interlocutores. ironizava em seus dilogos. fingia no saber para fugir das perguntas

Aula 05 Filosofia Moderna Parte I

Ao final desta aula, voc ser capaz de:

identificar as mudanas profundas que trouxeram a ideia de progresso e valorizao do indivduo na modernidade; conhecer o papel de Lutero como provocador de uma mudana no panorama poltico e religioso europeu alterando profundamente as discusses filosficas, teolgicas e doutrinrias como propulsoras da modernidade; analisar a reao da Igreja Catlica Reforma, identificando as suas consequncias; enumerar e analisar os diferentes fatores que permitiram a revoluo cientfica; analisar a redescoberta do ceticismo no contexto do incio da modernidade e verificar as suas principais caractersticas.

Nessa aula, voc far uma viagem sobre as origens do pensamento moderno e a ideia de modernidade.Conhecer as condies em que se deram essas mudanas inovadoras que revolucionaram o mundo, contrapondo s concepes anteriores predominantemente teolgicas da Idade Mdia e ao esprito autoritrio delas decorrentes.

O termo moderno j era usado na Filosofia Medieval, mas o conceito de modernidade[footnoteRef:5] veio de duas noes fundamentais relacionadas - a ideia de progresso e a valorizao do indivduo, que so decorrentes de fatores histricos como: [5: O conceito de modernidade est quase sempre associado a um sentido positivo de mudana, transformao e progresso. No entanto, se tratou de um processo lento de transio j que as concepes tradicionalistas ainda continuavam a vigorar. Convm ressaltar que os grandes pensadores do sculo XVII, considerados revolucionrios e inovadores, como Bacon e Descartes, jamais se autodenominaram modernos.]

o Humanismo Renascentista (sculo XV); a Reforma Protestante (sculo XVI); a Revoluo Cientfica (sculo XVII); a redescoberta do ceticismo.

o Humanismo Renascentista do sculo XV.O conceito de Renascimento abrange os sculos: XV e XVI, que foi o perodo histrico intermedirio entre o medieval e o moderno. Podemos dizer que o trao mais caracterstico desse perodo foi o humanismo[footnoteRef:6]. [6: Um dos principais pontos de partida do humanismo foi o grande Conclio Ecumnico de Florena, em 1431.]

O humanismo teve tambm uma grande importncia na poltica. As partes centrais do iderio humanista tratam da rejeio da tradio escolstica em favor de uma recuperao da natureza humana individual, ponto de partida de uma nova ordem. O principal pensador poltico mais original desse perodo foi sem dvida Nicolau Maquiavel (autor de O Prncipe, publicado em 1532).A Reforma Protestante do sculo XVI tambm contribuiu para o conceito de modernidade. Em uma visita a Roma (1510), Lutero ficou chocado com a corrupo da sede da Igreja e comeou a defender a necessidade de uma reforma.Portanto, o marco do incio da Reforma Protestante foi a pregao por Lutero das suas 95 teses contra os telogos catlicos da universidade e contra o papa[footnoteRef:7] Leo X (1517). [7: O envolvimento dos papas nas questes polticas da poca foi um fator gerador de conflitos. A igreja necessitava de grandes recursos financeiros e procurava obt-los atravs da venda de indulgncias. ]

A ideia de reforma foi bastante comum no desenvolvimento do cristianismo[footnoteRef:8].A ruptura provocada pela Reforma um dos fatores propulsores da modernidade, embora Lutero se aproxime mais da filosofia medieval agostiniana. [8: O prprio cristianismo foi uma espcie de movimento de reforma do judasmo. Foram comuns os pregadores em vrios pases da Europa, defendendo a volta de um cristianismo mais simples e mais espiritual, mantendo a necessidade da pobreza do clero e criticando a hierarquia eclesistica. ]

O protestantismo, o movimento de oposio a Roma, difundiu-se por outros pases, a exemplo de Calvino na Sua, em Genebra.Com isso, a Igreja Catlica inicia uma ofensiva contra o protestantismo. O Conclio de Trento estabeleceu as bases doutrinrias e litrgicas. A Inquisio ganhou nova fora e, assim, surgiram novas ordens religiosas como a Companhia de Jesus, de carter militante. No sculo seguinte, a Guerra dos Trinta Anos ope catlicos e protestantes por toda Europa. A tica protestante, principalmente calvinista, proporcionou grande desenvolvimento econmico da Europa, permitindo a acumulao do capital.

Lutero combateu a escolstica, sua concepo teolgica uma interpretao da doutrina de santo Agostinho sobre a luz natural que todo o indivduo tem em si e que permite entender e aceitar a revelao, no necessitando da intermediao da igreja, dos telogos, da doutrina dos conclios, a f suficiente.Se a discusso em torno da regra da f abre caminho acerca do livre arbtrio e da salvao. Essa discusso levanta questes de natureza moral. Para Lutero, a salvao s possvel pela graa divina, dom de Deus que independe do saber adquirido, ou da obedincia da autoridade eclesistica, assim rejeita a doutrina tica da escolstica tomista e o esforo humano no desempenha nenhum papel na salvao.

Alm do Humanismo Renascentista e da Reforma Protestante, a Revoluo Cientfica tambm contribuiu para o conceito de modernidade.

A Revoluo Cientifica moderna teve seu ponto de partida na obra de Nicolau Coprnico, atravs de clculos dos movimentos por meio dos corpos celestes. A obra de Nicolau Coprnico rompeu com o sistema geocntrico, em que a terra se encontra imvel no lugar central do universo, indo contra uma teoria estabelecida a praticamente vinte sculos. Coprnico sacudiu a viso de mundo medieval esttica imaginando a terra girando em torno do sol, desenvolvendo sua pesquisa propondo a hiptese heliocntrica. Ele conserva uma concepo de um cosmo fechado, tendo como limite a esfera das estrelas fixas, tpica da viso antiga. A ideia de um universo infinito foi incorporada progressivamente cincia moderna. A revoluo cientfica moderna inspirou-se em Plato, que j havia antecipado o modelo heliocntrico. Em 1609, o astrnomo alemo Johannes Kepler defendeu a ideia de que o universo regido por leis matemticas. Porm, na verdade Galileu quem diz a natureza um livro escrito em linguagem geomtrica. Esse o ponto de partida do mecanicismo que v a natureza como um mecanismo, como as engrenagens de um relgio impulsionado por uma fora externa. Galileu ainda postulava a ideia de rbitas circulares. Podemos consider-lo como ponto de chegada de um processo da antiga viso de mundo e de cincia. Em Leonardo da Vinci, podemos encontrar um timo exemplo de modernidade. So duas as grandes transformaes cientficas: do ponto de vista da cosmologia - o modelo empreendido por Galileu - universo infinito e movimento dos corpos celestes, principalmente da terra; do ponto de vista da ideia de cincia - a valorizao da observao do mtodo experimental que se ope cincia contemplativa dos antigos.

Outro fator histrico que contribuiu para o conceito de modernidade foi a redescoberta do ceticismo.

O interesse pelo ceticismo antigo retomado no Renascimento como parte do movimento de volta aos clssicos.A Idade Mdia havia sido, em grande parte, ignorada pelos cticos devido refutao do ceticismo por santo Agostinho.Possivelmente, os cticos foram os primeiros filsofos a questionar a possibilidade do conhecimento e a levantar a questo sobre os limites da natureza humana do ponto de vista cognitivo, o que ser uma das grandes temticas do pensamento moderno at Kant. Um dos primeiros a tratar dessa temtica argumentou que os limites do nosso entendimento s podem ser superados pela f. A revelao e a f so as nicas possibilidades de superar a incerteza de uma cincia incapaz de alcanar o verdadeiro saber.Podemos considerar Michele de Montaigne o filsofo mais importante desse perodo, quanto retomada e ao desenvolvimento do ceticismo, inclusive devido a sua influncia em Descartes.A viso ctica de Montaigne pode ser considerada um dos pontos de partida do subjetivismo e do individualismo. Diante de um mundo de incerteza, mergulhado em guerras e conflitos religiosos e polticos o homem refugia-se dentro de si.

Aula 5 Avaliando o Aprendizado1a Questo (Ref.: 201401293148) 5a sem.: A filosofia clssica de Plato

Nas afirmaes abaixo assinale a alternativa que NO corresponde ao pensamento de Plato.

( ) Sua concepo filosfica valoriza o saber emprico, a cincia natural e sistemtica do saber. ( ) O saber algo que possui um carter essencialmente tico-poltico. ( ) Sua concepo filosfica tem como ncleo a teoria das ideias ou formas. ( ) A metafsica entendida como sendo uma teoria da essncia das coisas. ( ) Nos mitos da Caverna e no da Linha Dividida, na Repblica, so obras nas quais Plato caracteriza o saber, sua relao com a realidade, o precesso pelo qual pode ser obtido e a sua dimenso tico-poltica. 2a Questo (Ref.: 201401461919) 5a sem.: A filosofia classica: Aristteles e seu sistema filosfico Identifique os enunciados que expressam a metafsica de Aristteles:I. Todo ser, que no seja Ser perfeitssimo (Deus) uma sntese, um composto de potncia e ato, em diversas propores, conforme o grau de perfeio, de realidade dos vrios seres.II. O indivduo composto por dois elementos: a matria e a forma. A matria condio indispensvel para concretizar a forma.III. uma metfora da condio humana perante o mundo, no que diz respeito importncia do conhecimento filosfico e educao como forma de superao da ignorncia.Assinale a alternativa correta: 3. Apenas o enunciado II est correto 4. Apenas os enunciados I e II esto corretos 5. Apenas o enunciado III est correto 1. Apenas os enunciados I e III esto corretos. 2. Apenas o enunciado I est correto 3a Questo (Ref.: 201401307201) 5a sem.: Aristteles Marque a resposta correta: De acordo com Aristteles, para o homem se tornar virtuoso, ele deveria realizar suas escolhas de forma: Religiosa Equilibrada Afetiva Sensitiva Extrovertida

Aula 06 Filosofia Moderna Parte IIAo Final: identificar o fundamento de Descartes quanto possibilidade do conhecimento cientfico encontrando uma verdade inquestionvel; analisar e conhecer a adoo da posio racionalista no processo do conhecimento, enfatizada pela necessidade do mtodo para bem conduzir a razo; identificar a importncia fundamental da filosofia de Descartes para a aquisio do conhecimento.Nessa aula, voc conhecer um pouco do contexto do sculo XVII, preparado pelo humanismo do sculo XVI (Montaigne e outros). Entender o pensamento e a contribuio de Descartes, que foi considerado o pai da Filosofia Moderna, assim como a modernidade da qual somos herdeiros at hoje.

Nessa aula, voc conhecer um pouco do contexto do sculo XVII, preparado pelo humanismo do sculo XVI (Montaigne e outros). Entender o pensamento e a contribuio de Descartes, que foi considerado o pai da Filosofia Moderna, assim como a modernidade da qual somos herdeiros at hoje.Descartes (1596 1650) viveu em um tempo de profunda crise da sociedade, tempo de transio entre uma tradio que sobrevivia e outra que estava surgindo, resultando em uma nova viso de mundo. Ele acompanhou as grandes transformaes da sua poca. O incio das grandes navegaes e a descoberta das Amricas. As teorias cientficas de Coprnico e Galileu, que revolucionaram a maneira de se considerar o mundo fsico. A escolstica medieval, que estava longe de desaparecer. A decadncia do sistema feudal, substitudo por uma nova ordem econmica baseada no comrcio livre e no individualismo. A Reforma de Lutero, que abalou a autoridade universal da Igreja Catlica no Ocidente, e a Contra Reforma, reao ao Protestantismo, que teve como consequncia a Guerra dos Trinta Anos, na qual o prprio Descartes participou. A arte retomando os valores da antiguidade clssica, impondo uma cultura leiga, s vezes, de inspirao pag.

A obra de Descartes uma longa reflexo e tomada de posio sobre o seu tempo. A crena no poder crtico da razo humana individual trao fundamental da modernidade de Descartes.

O homem da poca de Descartes viveu uma grande diversidade de experincias. Devemos compreender o pensamento filosfico de Descartes como o resultado da reflexo sobre a experincia de vida.

possvel considerar Descartes como um dos iniciadores da modernidade, doravante, influenciar o desenvolvimento do pensamento filosfico.Com Descartes, a necessidade de contextualizao do pensamento e o sujeito pensante entram em cena: terei a satisfao de mostrar os caminhos que segui e apresentar minha vida como em um quadro.Descartes sempre escreveu na primeira pessoa do singular.Descartes foi excelente aluno, sobretudo interessado pela Matemtica; viajou por diversos pases da Europa; descobriu sua vocao filosfica decidindo dedicar-se a descobrir os fundamentos dessa cincia admirvel. Ele considerou a Matemtica como modelo de sua reflexo filosfica e, com isso, pretendia elaborar uma matemtica universal para todos os assuntos.Nesse tempo de conflitos, crises e incertezas, Galileu foi proibido de lecionar. Ao tomar conhecimento da condenao de Galileu, Descartes desistiu de publicar a sua obra - O tratado do mundo. Em 1637, Descartes publicou, em francs, seus tratados cientficos que tm como introduo o discurso do mtodo. Descarte adquiriu fama e sua obra foi condenada.

O projeto filosfico de Descartes.Segundo Descartes, se no incio do discurso do mtodo, o bom senso (isto , a racionalidade) natural ao homem, o erro resulta na realidade de mau uso da razo. A finalidade do mtodo : por a razo no bom caminho. Portanto, o mtodo visa o conhecimento, a elaborao de uma teoria cientfica. Este o sentido das regras que Descartes formula. Utilizando esse mtodo saberemos como usar da intuio. (Intuio a capacidade de compreender uma verdade de 'estalo", sem precisar ficar raciocinando.)As regras de Descartes se inspiram na geometria, so simples, mas devem ser seguidas risca. Jamais devemos deixar de observ-las.1. Jamais aceitar como exata coisa alguma que eu no conhea evidentemente.2. Dividir cada dificuldade a ser examinada em tantas partes quantas possveis e necessrias para resolv-las.3. Impor ordem nos meus pensamentos, comeando pelos assuntos mais simples de serem conhecidos.4. Fazer para cada caso enumeraes to exatas que esteja certo de no ter esquecido nada, assim nunca se confundir o falso com o verdadeiro, chegando ao verdadeiro conhecimento.O conflito entre os dois modelos de cincia, o antigo e o moderno, fazia com que alguns pensadores cticos se perguntassem se as futuras geraes no descobririam as teorias da cincia nova tambm de forma errnea.Descartes assume, ento, a misso de fundamentar e legitimar essa cincia demonstrando de forma conclusiva que o homem pode conhecer o real de modo verdadeiro e definitivo. Portanto, Descartes negava o ceticismo.Descartes se prope ainda a encontrar uma certeza bsica, imune s dvidas clicas. Ento, era preciso encontrar o ponto de apoio, "ponto arquimediano", que pudesse servir de ponto de partida seguro para o processo de conhecimento.Na poca de Descartes, havia uma crise generalizada da autoridade.Descartes deixa bem claro que no se pode confiar na tradio, nos ensinamentos do saber adquirido, e constata que a tradio, ao contrrio do que pretendia, estava muito longe de ter encontrado a verdade e de ter constitudo um sistema slido e coerente que lhe desse autoridade.A nica alternativa possvel parecia ser a interioridade, a prpria razo humana, a luz natural que o homem possui em si mesmo, a sua racionalidade. Portanto, o homem traz dentro de si a possibilidade do conhecimento.Conhea tambm o argumento do cogito de Descartes.Penso logo existo, uma das mais clebres expresses filosficas que existe. Com esse argumento, Descartes busca uma certeza imune ao questionamento ctico.A etapa inicial da argumentao cartesiana a formulao de uma dvida metdica, colocando tudo em questo. Comea-se duvidando de tudo: senso comum, argumento de autoridade, testemunho dos sentidos, das informaes da conscincia, da realidade do exterior e do prprio corpo. A cadeia de dvidas se interrompe diante do seu prprio ser que duvida. Se duvido, penso: Penso logo existo.Assim, Descartes introduz uma grande modificao no pensamento moderno: a crena na autonomia do pensamento, a ideia de que a razo bem dirigida basta para encontrar a verdade sem precisar dos livros e dos dogmas.Para Descartes, o esprito humano tem em si os meios de alcanar a verdade, se souber cultivar sua independncia e conduzir-se com mtodo. A certeza possvel porque o esprito humano j possui ideias gerais, claras e distintas que so inatas (inerentes capacidade de pensar), portanto, no esto sujeitas ao erro. A primeira ideia inata o cogito pelo qual nos descobrimos como seres pensantes.Enquanto o racionalismo de Descartes prioriza a razo, o filsofo Francis Bacon insiste na necessidade da experincia.Mesmo hoje, o argumento do cogito e suas consequncias suscitam grandes interesses.O objetivo de Descartes, contudo, fundamental para a possibilidade do conhecimento cientfico. necessrio, portanto, encontrar um caminho de superao desse idealismo radical, no qual a nica realidade certa a existncia do puro pensamento. No entanto, fundamental encontrar uma ponte entre o pensamento subjetivo e a realidade objetiva.

Sntese da Aula 06 - Filosofia Moderna - Parte II Nessa aula, voc refletiu sobre a contribuio do grande filsofo Descartes, considerado o pai da filosofia moderna. Analisou e conheceu a adoo da posio racionalista no processo do conhecimento, enfatizada pela necessidade do mtodo para bem conduzir a razo. Identificou a importncia fundamental da filosofia de Descartes para a aquisio do conhecimento.

Aula 06 Avaliando o Aprendizado

1a Questo (Ref.: 201401524893)

Descartes defende a necessidade do mtodo para o desenvolvimento da cincia. A finalidade do mtodo cartesiano : por a razo no bom caminho. Qual das alternativas abaixo contm a enunciao das quatro regras do mtodo de Descartes? Deduo, falseabilidade, confirmao e avaliao. Dialtica, disputa, intuio e rejeio. Obliterao, sondagem, intuio e verificao. Evidncia, anlise, sntese e enumerao. Exame, comprovao, validao e divulgao.

2a Questo (Ref.: 201401295714)

Do ponto de vista filosfico, dois foram os fatores, caractersticos do sculo XIII, que possibilitaram o desenvolvimento da Escolstica, so eles:

o surgimento das universidades e a defesa intransigente da liberdade do homem. o surgimento das universidades e a criao das ordens religiosas: franciscanos e dominicanos. a retomada da atividade comercial e o renascimento urbano. o surgimento das universidades e a retomada da atividade comercial. o surgimento das universidades e a retomada da atividade comercial.

3a Questo (Ref.: 201401525321)

O modo de pensar substancialista, que identificava profundidades, substitudo pela matemtica enquanto modelo da realidade fsica, coisa impensvel para os escolsticos. Aquele mundo composto de qualidades, significados e fins, que a matemtica no podia interpretar, suplantado por um mundo quantitativo e, portanto, matematizvel, no qual no h mais traos de qualidades, de valores, de fins e de profundidade. O mundo qualitativo, de origem aristotlica, cede e desaparece lentamente. (...) "A natureza opaca, silenciosa, inodora e incolor: apenas a impetuosa sucesso da matria, sem fim e sem motivo". (...) O movimento e a quantidade substituem os genera e as species da cosmologia tradicional (...) Na natureza, deixa de haver a viso hierrquica e as finalidades das coisas." (Reali e Antiseri, 1990, p.137) Essas caractersticas apresentadas de um Filsofo que considerou a Matemtica como modelo de sua reflexo filosfica e, com isso, pretendia elaborar uma matemtica universal para todos os assuntos. Ele : Aristteles. Hegel. Descartes. John Locke. Kant.

GABARITO

1a Questo (Ref.: 201401524893)sem. N/A:Filosofia Moderna

Descartes defende a necessidade do mtodo para o desenvolvimento da cincia. A finalidade do mtodo cartesiano : por a razo no bom caminho. Qual das alternativas abaixo contm a enunciao das quatro regras do mtodo de Descartes?

Deduo, falseabilidade, confirmao e avaliao.

Dialtica, disputa, intuio e rejeio.

Obliterao, sondagem, intuio e verificao.

Evidncia, anlise, sntese e enumerao.

Exame, comprovao, validao e divulgao.

2a Questo (Ref.: 201401295714)6a sem.:Filosofia Medieval

Do ponto de vista filosfico, dois foram os fatores, caractersticos do sculo XIII, que possibilitaram o desenvolvimento da Escolstica, so eles:

o surgimento das universidades e a defesa intransigente da liberdade do homem.

o surgimento das universidades e a criao das ordens religiosas: franciscanos e dominicanos.

a retomada da atividade comercial e o renascimento urbano.

o surgimento das universidades e a retomada da atividade comercial.

o surgimento das universidades e a retomada da atividade comercial.

3a Questo (Ref.: 201401525321)sem. N/A:Filosofia Moderna

O modo de pensar substancialista, que identificava profundidades, substitudo pela matemtica enquanto modelo da realidade fsica, coisa impensvel para os escolsticos. Aquele mundo composto de qualidades, significados e fins, que a matemtica no podia interpretar, suplantado por um mundo quantitativo e, portanto, matematizvel, no qual no h mais traos de qualidades, de valores, de fins e de profundidade. O mundo qualitativo, de origem aristotlica, cede e desaparece lentamente. (...) "A natureza opaca, silenciosa, inodora e incolor: apenas a impetuosa sucesso da matria, sem fim e sem motivo". (...) O movimento e a quantidade substituem os genera e as species da cosmologia tradicional (...) Na natureza, deixa de haver a viso hierrquica e as finalidades das coisas." (Reali e Antiseri, 1990, p.137) Essas caractersticas apresentadas de um Filsofo que considerou a Matemtica como modelo de sua reflexo filosfica e, com isso, pretendia elaborar uma matemtica universal para todos os assuntos. Ele :

Aristteles.

Hegel.

Descartes.

John Locke.

Kant.

Aula 07 Filosofia Moderna Parte III

Ao final: identificar a tradio empirista; analisar a teoria de Locke e sua crtica ao inatismo; conhecer o conceito de empirismo; identificar a influncia de Bacon com seu mtodo experimental; conhecer o pensamento de Hume; conhecer a importncia da filosofia poltica do liberalismo e a tradio Iluminista, assim como a influncia de Jean Jacques Rousseau.Nessa aula, voc conhecer o que o empirismo, a sua origem, e as suas linhas mestras e consequncias para a educao.Conhecer tambm a importncia da filosofia poltica do liberalismo, assim como a tradio iluminista e suas implicaes na sociedade moderna.O empirismo e o racionalismo (pensamento cartesiano) constituram conjuntamente algumas das principais correntes do pensamento moderno na sua fase inicial.A palavra empirismo, deriva da palavra grega empeiria, que significa basicamente uma forma de saber derivado da experincia sensvel, e de informaes acumuladas com base nesta experincia, permitindo a realizao de fins prticos.Podemos dizer que o empirismo a posio filosfica que toma a experincia como guia e critrio de validade de suas afirmaes, especialmente nos campos da teoria do conhecimento e da filosofia da cincia.O grito de guerra do empirismo a frase de inspirao aristotlica: Nada est no intelecto que no tenha passado antes pelos sentidos. Ou seja, todo conhecimento resulta de uma base emprica, de percepes ou impresses sensveis sobre o real, elaborando-se e desenvolvendo-se a partir desses dados da realidade sensorial. Os empiristas, portanto, rejeitam a noo de ideias inatas ou de um conhecimento anterior experincia ou independente desta.A seguir, voc conhecer os trs principais pensadores do empirismo clssico: Francis Bacon (1561-1626), John Locke (1632-1704), e David Hume (1711-1776).Bacon e o mtodo experimentalPodemos distinguir dois aspectos inter-relacionados da contribuio de filosfica de Bacon:Bacon e o mtodo experimentalPodemos distinguir dois aspectos inter-relacionados da contribuio de filosfica de Bacon: A filosofia de Bacon, assim como a de Descartes, caracteriza-se por uma ruptura bastante explcita em relao tradio anterior, sobretudo a escolstica de inspirao aristotlica. A preocupao fundamental de Bacon com formulao de um mtodo que evite o erro e coloque o homem no caminho do conhecimento correto. nesse contexto que encontramos a sua teoria dos dolos. Os dolos so iluses ou distores que, segundo Bacon, bloqueiam a mente humana, impedindo o verdadeiro conhecimento. Os dolos podem ser de quatro tipos: dolos da tribo, dolos da caverna, dolos do foro e dolos do teatro.2) a defesa do mtodo indutivo no conhecimento cientfico e de um modelo de cincia antiespeculativo e integrado com a tcnica. Bacon prope um modelo para a nova cincia. Segundo ele, o homem deve despir-se de seus preconceitos, tornando-se uma criana diante da natureza, somente assim alcanar o verdadeiro saber. O novo mtodo cientfico o da induo que, a partir da observao atenta da natureza, permite formular leis cientficas que so generalizaes indutivas, a partir das quais se pode controlar a natureza e dela tirar benefcios para o homem. Bacon um pensador que acredita no progresso. Para ele, o conhecimento se desenvolve na medida em que adotamos o mtodo correto e a experincia como guia. Ele teve uma importncia fundamental no sentido da ruptura com a tradio.

A teoria das ideias de Locke e a crtica ao inatismoLocke v a filosofia como uma tarefa crtica e preparatria para a construo da cincia. Ele desenvolve um modelo empirista, antiespeculativo e antimetafsico de conhecimento Locke afirma que todas as nossas representaes do real so derivadas de percepes sensveis, no havendo outra fonte para o conhecimento. Portanto, no existem ideias inatas. Isto , o conhecimento no inato, mas resulta da maneira como elaboramos os dados que nos vm da sensibilidade por meio da experincia. Para Locke, a mente como uma folha em branco, a tbula rasa, na qual a experincia deixa as suas marcas. Desta forma, para processarmos o conhecimento em nossa mente, precisamos da reflexo, assim como distinguir entre as qualidades primrias e as secundrias das substncias. Locke considerado como um dos primeiros filsofos do perodo moderno a desenvolver uma filosofia da linguagem, mais especificamente uma teoria do significado. Ou seja, para esse filsofo, o significado das palavras a ideia correspondente a elas em nossa mente, e por meio das ideias que as palavras se referem s coisas. Esta para Locke a semntica ideacional. A Linguagem , assim, a expresso de um pensamento, criado anteriormente linguagem e independente dela.

O ceticismo de David HumeO ceticismo de Hume pode ser interpretado a partir do questionamento que dirige a dois princpios ou pressupostos fundamentais da tradio filosfica: a causalidade e a identidade pessoal.CasualidadeSegundo Hume, a causalidade uma forma nossa (humana) de perceber o real, uma ideia derivada da reflexo sobe as operaes de nossa prpria mente, e no uma conexo necessria entre causa e efeito, uma caracterstica do mundo natural.Identidade PessoalPara Hume, jamais podemos apreender a ns mesmos sem algum tipo de percepo. O eu (sef) um feixe de percepes que temos em um determinado momento e que varia na medida em que essas percepes variam. Estamos, assim, em constante mudana, pois a cada momento novas percepes so acrescentadas ao feixe, e outras empalidecem ou desaparecem.A nica coisa que assegura o nosso eu , o que somos e temos, a fora do hbito, do costume e da memria que conseguimos. Portanto, para esse filsofo, jamais temos um conhecimento certo e definitivo; toda a cincia apenas resultado da induo, e o nico critrio de certeza que podemos ter a probabilidade. neste sentido e por esses motivos que ele considerado um ctico.Por outro lado, Hume tambm afirma que a maneira pela qual conhecemos e pela qual agimos no real depende apenas de nossa natureza, de nossos costumes e de nossos hbitos. Por esta razo ainda no se chegou a definir se ele mais ctico ou mais naturalista.

A contribuio valiosa de Jean-Jacques RousseauRousseau (1712-78) nasceu em Genebra e foi um dos mais importantes pensadores franceses do sculo XVIII no campo da poltica, da moral e da educao, influenciando os ideais do Iluminismo e da Revoluo Francesa (1789).O ponto de partida da filosofia de Rousseau uma concepo de natureza humana representada pela famosa ideia: O homem nasce bom, a sociedade o corrompe (Contrato Social, livro I, cap. 1), qual se acrescenta a ideia de que o homem nasce livre e por toda parte se encontra acorrentado. (a sociedade o corrompe: Porm, Rousseau no condena toda e qualquer sociedade, mas sim aquela que acorrenta e aprisiona o homem. Ele chegou a adotar como modelo de sociedade justa e virtuosa a Roma republicana do perodo anterior aos csares.)Para Rousseau, possvel, portanto, formular um ideal de sociedade em que os homens sejam livres e iguais, ideal este que servir de inspirao Revoluo Francesa.A grande questo para Rousseau consiste em saber como preservar a liberdade natural do homem e ao mesmo tempo garantir a segurana e o bem-estar que a vida em sociedade pode lhe oferecer. Sua resposta se encontra fundamentalmente no Contrato Social, mas tambm possvel observ-la em outros textos.Segundo a teoria do contrato social, a soberania poltica pertence ao conjunto dos membros da sociedade. O fundamento dessa soberania a vontade geral, que no resulta apenas na soma da vontade de cada um. A vontade particular e individual de cada um diz respeito a seus interesses especficos, porm, enquanto cidado e membro de uma comunidade, o indivduo deve possuir tambm uma vontade que se caracteriza pela defesa do interesse coletivo, do bem comum.

Segundo a teoria do contrato social, papel da educao a formao da vontade geral dos membros da sociedade transformando, assim, o indivduo em cidado, em membro de uma comunidade.O processo educativo pressupe o conhecimento profundo e deve dar a devida importncia s leis psicolgicas do desenvolvimento do educando. Essas leis devem orientar todo o processo educativo, deixando de lado todas as especulaes tericas a esse respeito.Leis psicolgicas do desenvolvimento do educandoEssas leis podem ser resumidas da seguinte forma: deve-se observar a natureza e seguir o caminho que ela traar; as funes, que se exercem numa etapa de vida, afirmam e preparam o surgimento e o desenvolvimento das funes posteriores; mesmo quando uma ao parece ser desinteressada, parece no satisfazer alguma necessidade ou interesse funcional, na realidade se trata sempre de uma adaptao funcional; deve-se respeitar a individualidade de cada educando, pois cada um tem sua forma prpria. em funo dessa individualidade que ele deve ser orientado.Na proposta de Rousseau, para que o processo educativo no degenere num exerccio estril e at nocivo, indispensvel partir da estrutura especfica do educando. No se deve ver na criana um adulto em miniatura, como era costume na poca, uma etapa passageira, provisria, da existncia humana, pois a criana tem uma existncia prpria e acarreta direitos especficos.

Sntese da Aula 07 - Filosofia Moderna - Parte III Nessa aula, voc refletiu sobre a contribuio da tradio empirista e seus reflexos para a educao. Conheceu o mtodo experimental de Bacon, assim como a teoria das ideias e a crtica ao inatismo. Conheceu tambm a contribuio da filosofia poltica do liberalismo e seus principais filsofos.

Aula 07 Avaliando o Aprendizado

1a Questo (Ref.: 201401327335)

Atualmente, a expresso "ecltico" costuma ser usada em duas direes. Numa, vista como elogio para aqueles que no se fecham em torno de uma nica linha de pensamento. Noutra, considera-se que os eclticos no tm firmeza de opinio e tentam misturar o que no pode ser misturado. Originria do Helenismo clssico, a escola dos Eclticos tinha como principal caracterstica:

Buscar a conciliao de teorias distintas, aproveitando seus melhores elementos, sempre que fossem conciliveis. Conciliar as buscas entre teorias diferentes e semelhantes, visando identificar diferenas e semelhanas entre elas. Conciliar diferenas e semelhanas, independentemente de sua origem ser nas teorias ou nas prticas concretas. Aproveitar os elementos diferentes das teorias diferentes e os elementos comuns das teorias semelhantes. Buscar as diferenas entre teorias semelhantes, de modo a deixar claras as diferenas entre elas.

2a Questo (Ref.: 201401525325)

Se fosse adequado incomod-lo com a histria deste Ensaio, deveria dizer-lhe que cinco ou seis amigos reunidos em meu quarto, e discorrendo acerca de assunto bem remoto do presente, ficaram perplexos, devido s dificuldades que surgiram de todos os lados. Aps termos por certo tempo nos confundido, sem nos aproximarmos de nenhuma soluo acerca das dvidas que