filosofia: consciência & liberdade

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FILOSOFIA Consciência & Liberdade EREM PROFESSOR TRAJANO DE MENDONÇA

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Page 1: FILOSOFIA: Consciência &  Liberdade

FILOSOFIAConsciência & Liberdade

EREM PROFESSOR TRAJANO DE MENDONÇA

Page 2: FILOSOFIA: Consciência &  Liberdade

A consciência é a percepção imediata do sujeito daquilo que se passa, dentro ou fora dele. É talvez uma das maiores fontes de problemas de toda a filosofia, por ser ao mesmo tempo o facto mais básico e também o que traz mais dúvidas quanto ao que na realidade é.

A consciência pode definir-se como o conhecimento que o Homem possui dos seus próprios pensamentos, sentimentos e atos. Podem-se distinguir dois tipos de consciência, a consciência imediata e a refletida. A consciência imediata ou espontânea caracteriza-se por ser a que remete para a existência do Homem perante si mesmo, no momento em que pensa ou age. A consciência refletida ou secundária é a capacidade do Homem recuar perante os seus pensamentos, julgá-los e analisá-los.

A consciência possibilita ao Homem pensar o mundo que o rodeia e é nela que estão enraizados o sentimento de existência e o pensamento de morte, por exemplo. A consciência é a essência do ser humano e fonte de conhecimento e de verdade.

 

CONSCIÊNCIA

Page 3: FILOSOFIA: Consciência &  Liberdade

De acordo com Descartes, e o seu princípio "penso, logo existo", a consciência surge como fundamento e modelo de todo o conhecimento. Através dela sabe-se que se existe e que se é, ou seja, uma coisa pensante, uma alma separada do corpo.

Para Espinosa, a consciência é a fonte de ilusões. Somos conscientes dos nossos desejos e representações, facto que torna a consciência um conhecimento incompleto, que mantém o Homem ignorante das causas que produzem conhecimento verdadeiro e total. Assim, a consciência não é de modo algum lugar de conhecimento verdadeiro, mas sim causadora de ilusões, especialmente da ilusão da liberdade. Existe ainda a consciência moral que é a consciência que os seres humanos possuem e que os permite distinguir o que uma ação tem de moralmente prescrita ou proibida.

Segundo Nietzsche, a consciência moral, a voz da consciência, é na realidade a expressão de sentimentos que não têm nada de moral.

CONSCIÊNCIA

Page 4: FILOSOFIA: Consciência &  Liberdade

A liberdade consiste na ausência de qualquer coação externa, na livre condição do homem que não é escravo ou prisioneiro.Uma pessoa livre participa ativamente no que quiser e dispõe completamente da sua pessoa.

Inicialmente, a liberdade foi um estatuto, uma condição social garantida por um conjunto de direitos e deveres. Esse estatuto era um bem, que alguns tinham, no caso do amo ou cidadão, e outros não tinham, no caso dos escravos, que eram considerados utensílios privados de direitos.

Numa perspectiva filosófica, a liberdade é uma característica individual puramente psicológica e moral, embora, sem a liberdade física, a liberdade não tenha um carácter objetivo. Os estoicos pensaram a liberdade meramente interior, sem pensar na sua condição exterior. Aquele que só depende dele e não conhece o sofrimento real ou a coação, é livre. Ou seja, a liberdade é vista como o estado ideal do ser humano que atinge a harmonia através do domínio das paixões.

LIBERDADE

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Na Filosofia Clássica, com Leibniz e Espinosa, a liberdade é a independência interior e a capacidade moral de se determinar somente através da razão.

Para Descartes, a liberdade pode ser dividida em dois tempos: a liberdade de indiferença, ou o poder de poder escolher e optar entre o bem e o mal, e a liberdade iluminada e inclinada para o conhecimento do bem. Mas Deus é a única entidade verdadeiramente livre. Jean Paul Sartre atribui ao Homem o livre arbítrio, que concebe, ao mesmo tempo, como absoluta responsabilidade.

Para Rousseau, o poder de autodeterminação é incompatível com a própria existência de sociedade, já que, se cada um só fizer o que quer, pode eventualmente ir em oposição ao outro.Tal como Rousseau, Kant defende que não há liberdade sem lei; a lei limita a liberdade, mas é condição para a existência da liberdade. A liberdade é, então, o poder de obedecer à lei moral.

LIBERDADE

Page 6: FILOSOFIA: Consciência &  Liberdade

A capacidade de se fazer o que se quer, sem coação, e o direito de não se ser coagido a fazer o que não se quer.

Para Malebranche, o Homem é livre, não no sentido de que seja capaz de produzir alguma coisa, mas no sentido de que é capaz de suspender a ação divina em si. Desta forma, a vontade, embora seja livre, não é causa produtora.

Para Raymond Aron, a única liberdade fundamental é a de não se ser impedido de fazer algo. Todas as outras liberdades são direitos.De facto, existe um desejo humano de alcançar a liberdade, entendida como vontade.

Para Nietzche, "cada qual se considera livre exatamente onde o seu sentimento de existir é mais forte."

LIBERDADE

Page 7: FILOSOFIA: Consciência &  Liberdade

À capacidade de julgar as suas ações, decidindo, se são corretas ou não, escolhendo o seu caminho na vida, denomina-se de consciência moral.A possibilidade que o indivíduo tem de poder escolher o seu caminho na vida constitui a liberdade. A liberdade e a consciência estão intimamente relacionadas. Quando não temos escolha (liberdade) é impossível decidir entre o bem e o mal (consciência moral). Sendo assim só tem sentido julgar moralmente a ação de uma pessoa se essa ação for praticada em liberdade. A partir do momento em que estamos livre de escolher entre esta ou aquela ação, tornamo-nos responsáveis pelo que praticamos. É esta responsabilidade que pode ser julgada pela consciência moral do próprio indivíduo (consciência moral) ou do grupo social (consciência civil).

LIBERDADE & CONSCIÊNCIA

Page 8: FILOSOFIA: Consciência &  Liberdade

Condições necessárias para que se seja moralmente responsável: • Ter consciência das intenções e das consequências dos seus atos;

• As causas dos atos praticados por o individuo têm que estar nele própria e não noutro agente que o força a agir contrariando a sua vontade, isto é, agindo sem ser coagido por outrem.

LIBERDADE & CONSCIÊNCIA

Page 9: FILOSOFIA: Consciência &  Liberdade

EREM PROFESSOR TRAJANO DE MENDONÇA

Elza KellyneIngrid Monalisa

Janaina ReisJosevânia Silva

Sérgio Francisco

Recife, de 13 novembro de 2012