2º anos (filosofia) consciência

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CONSCIÊNCIA Pontos de Vista e Modos de consciência Professor Claudio Henrique Ramos Sales FILOSOFIA

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Consciência

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Page 1: 2º anos (Filosofia) Consciência

CONSCIÊNCIA

Pontos de Vista e Modos de consciência

Professor Claudio Henrique Ramos Sales

FILOSOFIA

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CONSCIÊNCIA: com ciência – conhecimento

Capacidade humana para conhecer:

- a si mesmo e a realidade (as coisas ao seu redor).

- Conhecimento do conhecimento.

- Refletir sobre o conhecimento.

Por isso somos seres “racionais” – conscientes.

Temos como instrumento a razão – o pensamento.

Existem 4 pontos de vista da consciência:

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1- Do ponto de vista psicológico:

- É o sentimento de nossa própria identidade -EU- é o fluxo temporal (movimento de avanço) de estados corporais e mentais que retém:

EU (vivências, experiências que se realiza por comportamentos)

Passado Presente Futuro

- Memória - Atenção sobre - imaginação

Conhecimento os objetos como as coisas

adquirido deveriam ser

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2- Do ponto de vista ético e moral:

- dotada de vontade livre (escolhe e

delibera) e de responsabilidade: vive

na companhia de outros segundo

as normas e os valores morais

PESSOA definidos por sua sociedade.

- Capaz de compreender e inter-

pretar sua situação e condição

no mundo (física, mental, social,

cultural, histórica).

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3- Do ponto de vista político

- indivíduo (eu, pessoa) portador de direitos

e deveres.

- indivíduo membro da sociedade relacio-

CIDADÃO nado com a esfera pública do poder e

das leis.

- portador e defensor de interesses do

grupo.

Pessoa e cidadão – consciência como agente moral e político.

minhas ações e práticas

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4- Do ponto de vista do conhecimento:

- tem uma atividade sensível e intelectual

sentidos pensamento

- analisa, representa, dá significações

- explica, descreve e interpreta a realidade

SUJEITO e as 3 outras esferas da vida (espiritual,

psíquica e física)

(Reflexivo, sabe de - cria métodos para conhecer e buscar o

Si e do mundo) verdadeiro.

- institui sentidos, elabora conceitos, ideias

juízos (crenças, justificações) e teorias.

- percebedor, imaginante, memorioso,

falante e PENSANTE.

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O DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊCIA:

A característica mais peculiar do ser humano é a “atividade mental”- o que permite estar no mundo com algum conhecimento.

O processo de conhecer é contínuo nunca se chega a uma conclusão final e é isto que faz do homem um sistema aberto, dinâmico fundamentalmente relacionado com o mundo e consigo mesmo. O ser humano pode voltar-se para dentro de si, investigando seu íntimo. E projetar-se para fora, investigando o universo.

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Consciência Crítica:

O conhecimento centra-se na pesquisa sobre o próprio sujeito e também sobre os objetos exteriores (alteridade - outro).

Consciência de si:

-reflexão: concentração nos estados interiores que se manifesta pelo processo de: falar, criar, afirmar, propor, inovar.

Consciência do outro:

- atenção: concentração nos estados exteriores que se manifesta pelo processo de: escutar, absorver, reformular, rever, renovar.

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MODOS DE CONSCIÊNCIA:

O ser humano se relaciona com a realidade através de múltiplos sentidos e múltiplas capacidades. Podemos destacar algumas maneiras de como o ser humano se relaciona e pretende conhecer o mundo:

OBS: As maneiras que o ser humano inventou para conhecer as coisas coexistem em maior ou menor grau quando emitimos alguma crença sobre a realidade.

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1- CONSCIÊNCIA MÍTICA: Através dos mitos (narrativas de lendas e crenças em entes sobrenaturais, como: deuses, semi-deuses), os povos primitivos do ocidente procuravam explicar a realidade e, a partir dessa explicação, criavam meios para se proteger dos males que os ameaçavam.

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2- CONSCIÊNCIA RELIGIOSA: compartilha com a Consciência Mítica o elemento sobrenatural, mas em um ser que tem um poder inteligente “a divindade”, mas o conhecimento sobre a realidade, sobre o mundo e sobre o homem já foi revelados por esta divindade na escritura sagrada – bíblia – então o conhecimento verdadeiro sobre todas as coisas é revelado pela fé que cada um tem nesta divindade.

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3- CONSCIÊNCIA INTUITIVA: é um saber imediato – insight – Ex.: Uma obra de arte. Diferenciando-se de um conhecimento formal, refletido que se dá a partir de argumentos.

• Intuição Sensível – nossas experiências individuais e subjetivas. Ex.: advindas de nossas sensações (tato, olfato, audição, paladar).

• Intuição Intelectual – conhecimento imediato de algo universalmente válido e evidente e posteriormente demonstrado através de argumentos. Ex.: a caneta.

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4- CS. RACIONAL: Filosofia e Ciência

Busca compreender a realidade por meio de princípios estabelecidos pela razão – pensamento sistemático que visa compreender a totalidade da realidade. Busca racionalmente alcançar uma adequação entre pensamento e realidade.

explicação e interpretação o que se procura explicar e interpretar

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A filosofia é a matriz (mãe) do conhecimento, que busca interrogar, questionar a realidade e a história (crenças, valores, política, arte, etc).

Já a ciência desenvolveu métodos baseados em experimentações e observações de dados empíricos (matéria) para alcançar o que é universal em relação ao fenômeno ou objeto investigado.

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CONSCIÊNCIA CRÍTICA E FILOSOFIASenso comum: o saber das opiniões

Os vários modos da consciência coexistem, em maior ou menor grau, quando emitimos algum juízo (expressão de uma ideia) sobre a realidade. Isso nos leva a fazer outra distinção em relação a certo tipo de saber.

Em conversas diárias entre as pessoas é comum surgir uma série de opiniões sobre os mais variados assuntos. Muitas dessas opiniões frequentemente conseguem um consenso:- obtêm a concordância da maioria das pessoas de um grupo. Essas opiniões podem também se tornar concepções aceitas por diversos segmentos de uma sociedade.

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- Um conjunto de opiniões, aceitas como verdadeiras,mas sem uma fundamentação crítica, que recebe o nome de senso comum.

Quer dizer que falta o reconhecimento exato da origem dos elementos que compõem essas noções ou conhecimentos.

O filósofo belga Chaim Perelman (1912-1984) define o senso comum como uma série de crenças admitidas por um determinado grupo social, cujos membros acreditam serem compartilhadas por todos os homens.

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- muitas dessas concepções podem ser encontradas em frases feitas ou em ditados populares, como, por exemplo: Deus ajuda quem cedo madruga; Querer é poder; Filho de peixe peixinho é, que repetidas irrefletidamente no cotidiano algumas dessas noções podem esconder ideias falsas, parciais ou preconceituosas. Outras uma “sabedoria popular”.

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Do senso comum ao senso crítico

A exigência de clareza e de livre crítica é própria do percurso filosófico. Antes de Descartes, a recusa da opinião (da doxa, em grego) e a busca da explicação e da verdade (a teoria) já eram encontradas nos diálogos socráticos, escritos pelo grego Platão no século IV a.C.

Exercitando o senso crítico do interlocutor, esses diálogos tinham importante papel educativo. Eles mostravam a precariedade das opiniões do senso comum de sua época.

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Primeiro foi o espanto, depois o despertar crítico e a decepção. - O ser humano queria uma explicação para o mundo, uma ordem para o caos. - A busca da verdade, que o tornou cada vez mais exigente com o conhecimento que adquiria e transmitia. Ambicioso, o homem sentia uma necessidade crescente de entender e explicar de maneira clara, coerente e precisa.

Essa busca do saber fez nascer a filosofia. Por isso, dizia Aristóteles: “Quando pergunta e se espanta, o homem tem uma sensação de ignorância. Para escapar dessa ignorância ele começa a filosofar”.

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O saber filosófico designava, desde a Grécia Antiga, a totalidade do conhecimento racional desenvolvido pelo homem.

Abrangia os mais diversos tipos de conhecimento, que hoje entendemos como pertencentes à matemática, astronomia, física, biologia, lógica, ética e outras áreas do saber. - todo o conjunto dos conhecimentos racionais integrava o universo do saber filosófico. À filosofia interessava em conhecer toda a realidade sem dividi-la em objetos específicos de estudo.

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Na história do pensamento ocidental, esse significado amplo e universalista do saber filosófico manteve-se, de modo geral, até a Idade Média. Poucas áreas separaram-se da filosofia, como o fez a teologia, por exemplo, que se desenvolveu em estudo específico a respeito de Deus.

Durante a Idade Moderna, entretanto, o vasto campo filosófico entrou num processo de redução. A realidade a ser conhecida passou a ser dividida, recortada, despertando estudos especializados. Era a separação entre ciência e filosofia.

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Gradativamente as ciências foram conquistando autonomia.- Se constituíram por um processo de especialização,

as ciências passaram a direcionar suas investigações a certos campos delimitados da realidade, e o fazem ainda hoje de forma cada vez mais “localizada”.

Exemplos dessas ciências são a matemática, a física, a química, a biologia, a antropologia, a psicologia, a sociologia etc.

Os dias atuais caracterizam-se como a “era dos especialistas”. Para os críticos dessa especialização do mundo científico, ela conduz a uma pulverização do saber, à perda de uma visão mais ampla do conhecimento, a uma restrição mental sistemática.

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Nesse contexto, a filosofia passou a ter o papel, entre outros, de buscar a unidade do saber, de examinar a validade dos métodos e critérios adotados pelas ciências. Isto é, passou a desenvolver o trabalho de reflexão sobre os conhecimentos alcançados por todas as ciências, além da procura de respostas, por exemplo, ao sentido e ao valor da vida.

Em termos mais específicos, situam-se dentro do campo filosófico aqueles estudos que se referem a temas tais como teoria do conhecimento, fundamentos do saber científico, lógica, política, ética e estética.

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Professor Claudio Henrique (Henry)

Colégio Morumbi Sul

Professor

Claudio Henrique Ramos Sales(Professor HENRY)

blogdoprofessorhenry.blogspot.com