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FILOSOFIA 3ª SÉRIE E.M. IDEALISMO ALEMÃO

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Page 1: FILOSOFIA 3ª SÉRIE E.M. IDEALISMO ALEMÃO. Um sistema unificador do real (universal) concebe que o sujeito tem um papel mais determinante que o objeto

FILOSOFIA 3ª SÉRIE E.M.

IDEALISMO ALEMÃO

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IDEALISMO ALEMÃO Um sistema unificador do real (universal)

concebe que o sujeito tem um papel mais determinante que o objeto no processo de conhecimento.

Em conseqüência, TUDO O QUE O SUJEITO CONHECE COM

CERTEZA SÃO SUAS IDÉIAS, suas representações do mundo, sua consciência.

Relembrando KANT...

Se das coisas só podemos conhecer a priori aquilo que nós mesmos colocamos nelas, só podemos conhecer o pensamento ou a consciência que temos das coisas.

A condição última do processo de conhecer é a existência do Eu como princípio da consciência. Principais Pensadores –

FICHTE - SCHELLING

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JOHANN FICHTE (1726-1814)

Tomou o Eu de Kant e transformou, de princípio da consciência (o EU é o início de tudo), em princípio criador de toda a realidade.

A realidade objetiva seria produto do espírito humano.

- Porque trazemos em nós (em nossa consciência) concepções lógicas das coisas do universo e este, necessariamente, reflete essas concepções lógicas.

Fichte chegou a referir-se às coisas da realidade, ao que é exterior ao homem, como o não-Eu criado pelo Eu

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CRIA O MUNDO

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FRIEDERICH SCHELLING(1775-1854)Procurou explicar como se dá a existência do mundo

real, das coisas, a partir do Eu, discordando de Fichte no que se refere à determinação do mundo como puro não-Eu.

Um único princípio, uma Inteligência exterior ao próprio Eu, que rege todas as coisas.

Essa Inteligência se manifestaria de forma visível em todos os níveis da natureza até alcançar seu nível mais alto, isto é, “o homem ou o que nós chamamos razão”.

Trata-se de uma noção mais compreensível ao senso comum, porque guarda afinidade com a idéia de Deus (a razão). A idéia de uma Inteligência, ou Espírito, que se manifesta e se concretiza no mundo sensível será o ponto de partida da filosofia de Hegel.

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GEORG WILHELM FRIEDRICH HEGEL (1770-1831)

ESPÍRITO E MOVIMENTO DIALÉTICO

Filosofia de Hegel: é o entendimento da realidade como Espírito. Não apenas como substância (um “enrijecimento” do Espírito, como pensava Schelling) mas também como sujeito.

Pensar a realidade como processo, como movimento.MOVIMENTO DA REALIDADE – a realidade

enquanto Espírito, que possui vida própria, um movimento dialético. Por movimento dialético, Hegel caracteriza os diversos momentos sucessivos (e contraditórios) pelos quais determinada realidade se apresenta.

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Esta realidade não é estática, mas dinâmica. Em seu movimento apresenta momentos que se contradizem, sem perderem a unidade do processo, que leva a um crescente auto-enriquecimento.

Esse desenvolvimento, que se faz através do embate e da superação de contradições, Hegel denominou dialética. Esta não é um método ou uma forma de pensar a realidade, mas sim o movimento real da realidade. Por isso, para compreender a realidade, o pensamento também deve ser dialético.

Esse movimento do real, ou do Espírito que se realiza, como um movimento que se processa em três momentos: o primeiro, do ser em-si (a coisa); o segundo, do ser outro ou fora-de-si; e o terceiro, que seria o retorno, do ser para-si.

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Usando o exemplo da planta, ele distingue esses momentos dizendo: “A semente é em si a planta, mas ela deve morrer como semente e, portanto, sair fora-de-si, a fim de poder se tomar, desdobrando-se, a planta para-si.”

Nesse exemplo, vemos que a realidade para Hegel é um contínuo devir, no qual um momento perpassa o outro, mas, para que esse outro momento aconteça, o anterior tem de ser negado.

Esses três momentos são comumente chamados de tese, antítese e síntese. Eles se sucedem com um movimento em espiral, ou seja, um movimento circular que não se fecha. Assim, cada momento final, que seria a síntese, se torna a tese de um movimento posterior, de caráter mais avançado.

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Tese Antítese Síntes

Síntese

Repetindo este movimento até chegar ao conhecimento absoluto

Superação de um conhecimento anterior

cepa.if.usp.br

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Consciência rumo ao saber absolutoCompreender a dialética da realidade exige um trabalho

árduo da razão, que deve se afastar do entendimento comum e se colocar no ponto de vista do absoluto (a verdade). A consciência que alcança o saber absoluto atinge a Razão, supera o entendimento finito e adquire “a certeza de ser toda a realidade”. Desse modo, a Razão alcançaria a consciência da unidade entre ser e pensar, harmonizando subjetividade e objetividade.

O pensamento de Hegel se apresenta como um grande sistema, que permite pensar tanto a natureza, a realidade física, quanto o Espírito. O fio condutor dessa reflexão totalizante é a relação entre finito e infinito - superar o entendimento finito e limitado das coisas finitas e limitadas para alcançar o saber absoluto, que é o saber da coisa-em-si - a busca da infinitude a partir da consciência finita.

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Referência

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de Filosofia. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2005.

CHAUÍ, Marilena. Filosofia. (Série Novo Ensino Médio). São Paulo: Ática, 2002.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2006.