filipe pereira nº6 matheus nº14. objecto e princípios gerais

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Lei de Base da Actividade Física e Desporto Filipe Pereira nº6 Matheus nº14

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  • Filipe Pereira n6 Matheus n14
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  • Objecto e princpios gerais
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  • Artigo 1 Objecto A presente lei define as bases das polticas de desenvolvimento da actividade fsica e do desporto.
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  • Artigo 2. Princpios da universalidade e da igualdade 1 - Todos tm direito actividade fsica e desportiva, independentemente da sua ascendncia, sexo, raa, etnia, lngua, territrio de origem, religio, convices polticas ou ideolgicas, instruo, situao econmica, condio social ou orientao sexual. 2 - A actividade fsica e o desporto devem contribuir para a promoo de uma situao equilibrada e no discriminatria entre homens e mulheres.
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  • Artigo 3. Princpio da tica desportiva 1 - A actividade desportiva desenvolvida em observncia dos princpios da tica, da defesa do esprito desportivo, da verdade desportiva e da formao integral de todos os participantes. 2 - Incumbe ao Estado adoptar as medidas tendentes a prevenir e a punir as manifestaes antidesportivas, designadamente a violncia, a dopagem, a corrupo, o racismo, a xenofobia e qualquer forma de discriminao. 3 - So especialmente apoiados as iniciativas e os projectos, em favor do esprito desportivo e da tolerncia.
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  • Artigo 4. Princpios da coeso e da continuidade territorial 1 - O desenvolvimento da actividade fsica e do desporto realizado de forma harmoniosa e integrada, com vista a combater as assimetrias regionais e a contribuir para a insero social e a coeso nacional. 2 - O princpio da continuidade territorial assenta na necessidade de corrigir os desequilbrios originados pelo afastamento e pela insularidade, por forma a garantir a participao dos praticantes e dos clubes das Regies Autnomas nas competies desportivas de mbito nacional.
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  • Artigo 5 Princpios da coordenao, da descentralizao e da colaborao 1 - O Estado, as Regies Autnomas e as autarquias locais articulam e compatibilizam as respectivas intervenes que se repercutem, directa ou indirectamente, no desenvolvimento da actividade fsica e no desporto, num quadro descentralizado de atribuies e competncias. 2 - O Estado, as Regies Autnomas e as autarquias locais promovem o desenvolvimento da actividade fsica e do desporto em colaborao com as instituies de ensino, as associaes desportivas e as demais entidades, pblicas ou privadas, que actuam nestas reas.
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  • Polticas pblicas
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  • Artigo 6. Promoo da actividade fsica 1 - Incumbe ao Estado, s Regies Autnomas e s autarquias locais, a promoo e a generalizao da actividade fsica, enquanto instrumento essencial para a melhoria da condio fsica, da qualidade de vida e da sade dos cidados. 2 - Para efeitos do disposto no nmero anterior, so adoptados programas que visam: a) Criar espaos pblicos aptos para a actividade fsica; b) Incentivar a integrao da actividade fsica nos hbitos de vida quotidianos, bem como a adopo de estilos de vida activa; c) Promover a conciliao da actividade fsica com a vida pessoal, familiar e profissional.
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  • Artigo 7. Desenvolvimento do desporto 1 - Incumbe Administrao Pblica na rea do desporto apoiar e desenvolver a prtica desportiva regular e de alto rendimento, atravs da disponibilizao de meios tcnicos, humanos e financeiros, incentivar as actividades de formao dos agentes desportivos e exercer funes de fiscalizao, nos termos da lei. 2 - Junto do membro do Governo responsvel pela rea do desporto funciona, de forma permanente, o Conselho Nacional do Desporto, composto por representantes da Administrao Pblica e do movimento associativo desportivo. 3 - No mbito da administrao central do Estado, funciona a Autoridade Antidopagem de Portugal, com funes no controlo e combate dopagem no desporto. 4 - As competncias, composio e funcionamento dos rgos referidos nos nmeros anteriores so definidos na lei
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  • Artigo 8 Poltica de infra-estruturas e equipamentos desportivos 1 - O Estado, em estreita colaborao com as Regies Autnomas e com as autarquias locais e entidades privadas, desenvolve uma poltica integrada de infra-estruturas e equipamentos desportivos com base em critrios de distribuio territorial equilibrada, de valorizao ambiental e urbanstica e de sustentabilidade desportiva e econmica, visando a criao de um parque desportivo diversificado e de qualidade, em coerncia com uma estratgia de promoo da actividade fsica e desportiva, nos seus vrios nveis e para todos os escales e grupos da populao. 2 - Os instrumentos de gesto territorial devem prever a existncia de infra-estruturas de utilizao colectiva para a prtica desportiva. 3 - Com o objectivo de incrementar e requalificar o parque das infra- estruturas desportivas ao servio da populao o Estado assegura:
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  • a) A realizao de planos, programas e outros instrumentos directores que regulem o acesso a financiamentos pblicos e que diagnostiquem as necessidades e estabeleam as estratgias, as prioridades e os critrios de desenvolvimento sustentado da oferta de infra-estruturas e equipamentos desportivos; b) O estabelecimento e desenvolvimento de um quadro legal e regulamentar que regule a edificao e a utilizao dos espaos e infra-estruturas para actividades fsicas e desportivas, bem como a concesso das respectivas licenas de construo e utilizao; c) A adopo de medidas adequadas melhoria efectiva das condies de acessibilidade, de segurana e de qualidade ambiental e sanitria das infra-estruturas e equipamentos desportivos de uso pblico.
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  • 4 - A comparticipao financeira do Estado na edificao de instalaes desportivas pblicas e privadas, carece de parecer prvio e vinculativo do membro do Governo responsvel pela rea do desporto. 5 - As comparticipaes financeiras pblicas para construo ou melhoramento de infra-estruturas desportivas propriedade de entidades privadas, quando a natureza do investimento o justifique, e, bem assim, os actos de cedncia gratuita do uso ou da gesto de patrimnio desportivo pblico s mesmas, so condicionados assuno por estas de contrapartidas de interesse pblico. 6 - Nos termos da lei, e observadas as garantias dos particulares, o Governo pode determinar, por perodos limitados de tempo, a requisio de infra-estruturas desportivas de propriedade de entidades privadas para realizao de competies desportivas adequadas natureza daquelas, quando o justifique o interesse pblico e nacional e se verifique urgncia.
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  • Artigo 9. Carta Desportiva Nacional 1 - A lei determina a elaborao da Carta Desportiva Nacional, a qual contm o cadastro e o registo de dados e de indicadores que permitam o conhecimento dos diversos factores de desenvolvimento desportivo, tendo em vista o conhecimento da situao desportiva nacional, nomeadamente quanto a: a) Instalaes desportivas; b) Espaos naturais de recreio e desporto; c) Associativismo desportivo; d) Hbitos desportivos; e) Condio fsica das pessoas; f) Enquadramento humano, incluindo a identificao da participao em funo do gnero. 2 - Os dados constantes da Carta Desportiva Nacional so integrados no sistema estatstico nacional, nos termos da lei
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  • Artigo 10. Investigao O Estado, em colaborao com as instituies de ensino superior, promove e apoia a realizao de estudos e trabalhos de investigao sobre os indicadores da prtica desportiva e os diferentes factores de desenvolvimento da actividade fsica e do desporto.
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  • Artigo 11. Cooperao internacional 1 - No sentido de incrementar a cooperao na rea do desporto, o Estado assegura a plena participao portuguesa nas instncias desportivas europeias e internacionais, designadamente as instituies da Unio Europeia, o conselho da Europa, a UNESCO e o Conselho Ibero-americano do Desporto. 2 - O Estado estabelece programas de cooperao com outros pases e dinamiza o intercmbio desportivo internacional nos diversos escales etrios. 3 - O Estado privilegia o intercmbio desportivo com pases de lngua portuguesa, em particular no quadro da Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa. 4 - O Estado providencia para que sejam implementados programas desportivos vocacionados para as comunidades portuguesas estabelecidas em outros pases, com vista ao desenvolvimento dos laos com a sua comunidade de origem.
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  • Associativismo desportivo SECO I Organizao Olmpica
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  • Artigo 12. Comit Olmpico de Portugal 1 - O Comit Olmpico de Portugal uma associao sem fins lucrativos, dotada de personalidade jurdica, que se rege pelos seus estatutos e regulamentos, no respeito pela lei e pela Carta Olmpica Internacional. 2 - O Comit Olmpico de Portugal tem competncia exclusiva para constituir, organizar e dirigir a delegao portuguesa participante nos Jogos Olmpicos e nas demais competies desportivas realizadas sob a gide do Comit Olmpico Internacional, colaborando na sua preparao e estimulando a prtica das actividades a representadas. 3 - O Comit Olmpico de Portugal mantm actualizado o registo dos praticantes desportivos olmpicos. 4 - O Comit Olmpico de Portugal tem direito ao uso exclusivo dos smbolos olmpicos em territrio nacional, nos termos da lei.
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  • Artigo 13. Comit Paralmpico de Portugal Ao Comit Paralmpico de Portugal aplica-se, com as necessrias adaptaes, disposto no artigo anterior, relativamente aos praticantes desportivos com deficincia e s respectivas competies desportivas internacionais.
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  • Federaes desportivas SUBSECO I Disposies gerais
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  • Artigo 14. Conceito de federao desportiva As federaes desportivas so, para efeitos da presente lei, pessoas colectivas constitudas sob a forma de associao sem fins lucrativos que, englobando clubes ou sociedades desportivas, associaes de mbito territorial, ligas profissionais, se as houver, praticantes, tcnicos, juzes e rbitros, e demais entidades que promovam, pratiquem ou contribuam para o desenvolvimento da respectiva modalidade, preencham, cumulativamente, os seguintes requisitos: a) Se proponham, nos termos dos respectivos estatutos, prosseguir, entre outros, os seguintes objectivos gerais: i. Promover, regulamentar e dirigir, a nvel nacional, a prtica de uma modalidade desportiva ou de um conjunto de modalidades afins ou associadas; ii. Representar perante a Administrao Pblica os interesses dos seus filiados; iii. Representar a sua modalidade desportiva, ou conjunto de modalidades afins ou associadas, junto das organizaes desportivas internacionais, bem como assegurar a participao competitiva das seleces nacionais; b) Obtenham o estatuto de pessoa colectiva de utilidade pblica desportiva.
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  • Artigo 15. Tipos de federaes desportivas 1 - As federaes desportivas so unidesportivas ou multidesportivas. 2 - So federaes unidesportivas as que englobam pessoas ou entidades dedicadas prtica da mesma modalidade desportiva, incluindo as suas vrias disciplinas, ou a um conjunto de modalidades afins ou associadas. 3 - So federaes multidesportivas as que se dedicam, cumulativamente, ao desenvolvimento da prtica de diferentes modalidades desportivas, em reas especficas de organizao social, designadamente no mbito do desporto para cidados portadores de deficincia e do desporto no quadro do sistema educativo.
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  • Artigo 16. Direitos desportivos exclusivo 1 - Os ttulos desportivos, de nvel nacional ou regional, so conferidos pelas federaes desportivas e s estas podem organizar seleces nacionais. 2 - A lei define as formas de proteco do nome, imagem e actividades desenvolvidas pelas federaes desportivas, estipulando o respectivo regime contra-ordenacional.
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  • Artigo 17. Deliberaes sociais 1 - Nas assembleias gerais das federaes desportivas, ligas profissionais e associaes de mbito territorial no so permitidos votos por representao. 2 - No mbito das entidades referidas no nmero anterior, as deliberaes para a designao dos titulares de rgos, ou que envolvam a apreciao de comportamentos ou das qualidades de qualquer pessoa, so tomadas por escrutnio secreto.
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  • Artigo 18. Justia desportiva 1 - Os litgios emergentes dos actos e omisses dos rgos das federaes desportivas e das ligas profissionais, no mbito do exerccio dos poderes pblicos, esto sujeitos s normas do contencioso administrativo, ficando sempre salvaguardados os efeitos desportivos entretanto validamente produzidos ao abrigo da ltima deciso da instncia competente na ordem desportiva. 2 - No so susceptveis de recurso fora das instncias competentes na ordem desportiva as decises e deliberaes sobre questes estritamente desportivas. 3 - So questes estritamente desportivas as que tenham por fundamento normas de natureza tcnica ou de carcter disciplinar, enquanto questes emergentes da aplicao das leis do jogo, dos regulamentos e das regras de organizao das respectivas competies. 4 - Para efeitos do disposto no nmero anterior, as decises e deliberaes disciplinares relativas a infraces tica desportiva, no mbito da violncia, da dopagem, da corrupo, do racismo e da xenofobia no so matrias estritamente desportivas. 5 - Os litgios relativos a questes estritamente desportivas podem ser resolvidos por recurso arbitragem ou mediao, dependendo de prvia existncia de compromisso arbitral escrito ou sujeio a disposio estatutria ou regulamentar das associaes desportivas.
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  • Utilidade pblica desportiva
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  • Artigo 19 Estatuto de utilidade pblica desportiva 1 - O estatuto de utilidade pblica desportiva confere a uma federao desportiva a competncia para o exerccio, em exclusivo, por modalidade ou conjunto de modalidades, de poderes regulamentares, disciplinares e outros de natureza pblica, bem como a titularidade dos direitos e poderes especialmente previstos na lei. 2 - Tm natureza pblica os poderes das federaes desportivas exercidos no mbito da regulamentao e disciplina da respectiva modalidade que, para tanto, lhe sejam conferidos por lei. 3 - A federao desportiva qual conferido o estatuto mencionado no n. 1 fica obrigada, nomeadamente, a cumprir os objectivos de desenvolvimento e generalizao da prtica desportiva, a garantir a representatividade e o funcionamento democrtico internos, em especial atravs da limitao de mandatos, bem como a transparncia e regularidade da sua gesto, nos termos da lei
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  • Artigo 20 Atribuio, suspenso e cancelamento do estatuto de utilidade pblica desportiva 1 - Para efeitos da alnea b) do artigo 14., o estatuto de utilidade pblica desportiva s pode ser atribudo a pessoas colectivas titulares do estatuto de mera utilidade pblica. 2 - As condies de atribuio, por perodo determinado, do estatuto de utilidade pblica desportiva, bem como a sua suspenso e cancelamento, so definidas por lei.
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  • Artigo 21. Fiscalizao A fiscalizao do exerccio dos poderes pblicos, bem como do cumprimento das regras legais de organizao e funcionamento internos das federaes desportivas efectuada, nos termos da lei, por parte da Administrao Pblica, mediante arealizao de inquritos, inspeces e sindicncias.
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  • Organizao das competies desportivas profissionais
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  • Artigo 22 Ligas profissionais 1 - As federaes unidesportivas em que se disputem competies desportivas de natureza profissional, como tal definidas na lei, integram uma liga profissional, sob a forma de associao sem fins lucrativos, com personalidade jurdica e autonomia administrativa, tcnica e financeira. 2 - As ligas profissionais exercem, por delegao das respectivas federaes, as competncias relativas s competies de natureza profissional, nomeadamente: a) Organizar e regulamentar as competies de natureza profissional, respeitando as regras tcnicas definidas pelos competentes rgos federativos nacionais e internacionais; b) Exercer, relativamente aos seus associados, as funes de controlo e superviso que sejam estabelecidas na lei ou nos respectivos estatutos e regulamentos; c) Definir os pressupostos desportivos, financeiros e de organizao de acesso s competies profissionais, bem como fiscalizar a sua execuo pelas entidades nelas participantes. 3 - As ligas profissionais so integradas, obrigatoriamente, pelos clubes e sociedades desportivas que disputem as competies profissionais. 4 - As ligas profissionais podem ainda, nos termos da lei e dos respectivos estatutos, integrar representantes de outros agentes desportivos.
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  • Artigo 23 Relaes da federao desportiva com a liga profissional 1 - O relacionamento entre a federao desportiva e a respectiva liga profissional regulado por contrato a celebrar entre essas entidades, nos termos da lei. 2 - No contrato mencionado no nmero anterior deve acordar-se, entre outras matrias, sobre o nmero de clubes que participam na competio desportiva profissional, o regime de acesso entre as competies desportivas no profissionais e profissionais, a organizao da actividade das seleces nacionais e o apoio actividade desportiva no profissional. 3 - Os quadros competitivos geridos pela liga profissional constituem o nvel mais elevado das competies desportivas desenvolvidas no mbito da respectiva federao. 4 - Na falta de acordo entre a federao desportiva e a respectiva liga profissional para a celebrao ou renovao do contrato a que se refere o n. 1, compete ao Conselho Nacional do Desporto regular, provisoriamente e at que seja obtido consenso entre as partes, as matrias referidas no n. 2, com excepo do apoio actividade desportiva no profissional que fica submetido ao regime de arbitragem constante da Lei n. 31/86, de 29 de Agosto.
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  • Artigo 24 Regulamentao das competies desportivas profissionais 1 - Compete liga profissional elaborar e aprovar o respectivo regulamento de competio. 2 - A liga profissional elabora e aprova, igualmente, os respectivos regulamentos de arbitragem e disciplina, que submete a ratificao pela assembleia geral da federao no seio da qual se insere, nos termos da lei.
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  • Artigo 25 Disciplina e arbitragem 1 - Nas federaes desportivas em que se disputem competies de natureza profissional, o rgo de arbitragem e de disciplina deve estar organizado em seces especializadas, conforme a natureza da competio. 2 - A arbitragem estruturada de forma a que as entidades que designam os rbitros para as competies sejam necessariamente diferentes das entidades que avaliam a prestao dos mesmos.
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  • Clubes e sociedades desportivas
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  • Artigo 26. Clubes desportivo 1 - So clubes desportivos as pessoas colectivas de direito privado, constitudas sob a forma de associao sem fins lucrativos, que tenham como escopo o fomento e a prtica directa de modalidades desportivas. 2 - Os clubes desportivos participantes nas competies profissionais ficam sujeitos ao regime especial de gesto, definido na lei, salvo se adoptarem a forma de sociedade desportiva com fins lucrativos.
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  • Artigo 27. Sociedades desportiva 1 - So sociedades desportivas as pessoas colectivas de direito privado, constitudas sob a forma de sociedade annima, cujo objecto a participao em competies desportivas, a promoo e organizao de espectculos desportivos e o fomento ou desenvolvimento de actividades relacionadas com a prtica desportiva profissionalizada no mbito de uma modalidade. 2 - A lei define o regime jurdico das sociedades desportivas, salvaguardando, entre outros objectivos, a defesa dos direitos dos associados do clube fundador, do interesse pblico e do patrimnio imobilirio, bem como o estabelecimento de um regime fiscal adequado especificidade destas sociedades.
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  • Actividade fsica e prtica desportiva SECO I Actividade fsica e prtica de desportiva
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  • Artigo 28 Estabelecimentos de educao e ensino 1 - A educao fsica e o desporto escolar devem ser promovidos no mbito curricular e de complemento curricular, em todos os nveis e graus de educao e ensino, como componentes essenciais da formao integral dos alunos, visando especificamente a promoo da sade e condio fsica, a aquisio de hbitos e condutas motoras e o entendimento do desporto como factor de cultura. 2 - As actividades desportivas escolares devem valorizar a participao e o envolvimento dos jovens, dos pais e encarregados de educao e das autarquias locais na sua organizao, desenvolvimento e avaliao. 3 - As instituies de ensino superior definem os princpios reguladores da prtica desportiva das respectivas comunidades, reconhecendo-se a relevncia do associativismo estudantil e das respectivas estruturas dirigentes em sede de organizao e desenvolvimento da prtica do desporto neste mbito.
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  • Artigo 29. Pessoas com deficincia A actividade fsica e a prtica desportiva por parte das pessoas com deficincia promovida e fomentada pelo Estado, Regies Autnomas e autarquias locais com as ajudas tcnicas adequadas, adaptada s respectivas especificidades, tendo em vista a plena integrao e participao sociais, em igualdade de oportunidades com os demais cidados
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  • Artigo 30. Jogos tradicionais Os jogos tradicionais, como parte integrante do patrimnio cultural especfico das diversas regies do Pas, so fomentados e apoiados pelo Estado, Regies Autnomas e autarquias locais.
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  • Artigo 31. Desporto na natureza 1 - A actividade fsica e a prtica desportiva em espaos naturais devem reger-se pelos princpios do respeito pela natureza e da preservao dos seus recursos, bem como pela observncia das normas dos instrumentos de gesto territorial vigentes, nomeadamente das que respeitam s reas classificadas, de forma a assegurar a conservao da diversidade biolgica, a proteco dos ecossistemas e a gesto dos recursos, dos resduos e da preservao do patrimnio natural e cultural. 2 - As actividades mencionadas no nmero anterior devem contribuir para divulgao e interpretao do patrimnio natural e cultural, a sensibilizao e educao ambientais e a promoo do turismo de natureza.
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  • Artigo 32 Provas ou manifestaes desportivas em espaos pblicos 1 - Deve ser obrigatoriamente precedida de parecer, a emitir pela respectiva federao desportiva, a realizao de provas ou manifestaes desportivas, que cumulativamente: a) Decorram na via pblica ou demais espaos pblicos; b) Estejam abertas participao de praticantes inscritos nas federaes desportivas; e c) No mbito das quais se atribuam prmios, em dinheiro ou em espcie, superiores a montante a fixar na lei. 2 - A federao desportiva competente deve homologar o regulamento da prova ou manifestao desportiva referida no nmero anterior, a fim de assegurar o respeito pelas regras de proteco da sade e segurana dos participantes, bem como o cumprimento das regras tcnicas da modalidade. 3 - As provas ou manifestaes desportivas referidas nos nmeros anteriores so inscritas no calendrio da federao respectiva.
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  • Artigo 33. Associaes promotoras de desporto So associaes promotoras de desporto as entidades, sem fins lucrativos, que tm por objecto a promoo e organizao de actividades fsicas e desportivas, com finalidades ldicas, formativas ou sociais, no compreendidas na rea de actuao prpria das federaes desportivas, cujo regime jurdico definido na lei.
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  • Agentes desportivo
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  • Artigo 34. Praticantes desportivos 1 - O estatuto do praticante desportivo definido de acordo com o fim dominante da sua actividade, entendendo-se como profissionais aqueles que exercem a actividade desportiva como profisso exclusiva ou principal. 2 - O regime jurdico contratual dos praticantes desportivos profissionais e do contrato de formao desportiva definido na lei, ouvidas as entidades sindicais representativas dos interessados, tendo em conta a sua especificidade em relao ao regime geral do contrato de trabalho
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  • Artigo 35. Formao de tcnicos 1 - A lei define as qualificaes necessrias ao exerccio das diferentes funes tcnicas na rea da actividade fsica e do desporto, bem como o processo de aquisio e de actualizao de conhecimentos para o efeito, no quadro da formao profissional inserida no mercado de emprego. 2 - No permitido, nos casos especialmente previstos na lei, o exerccio de profisses nas reas da actividade fsica e do desporto, designadamente no mbito da gesto desportiva, do exerccio e sade, da educao fsica e do treino desportivo, a ttulo de ocupao principal ou secundria, de forma regular, sazonal ou ocasional, sem a adequada formao acadmica ou profissional.
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  • Artigo 36. Titulares de cargos dirigentes desportivos A lei define os direitos e deveres dos titulares de cargos dirigentes desportivos
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  • Artigo 37. Empresrios desportivos 1 - So empresrios desportivos, para efeitos do disposto na presente lei, as pessoas singulares ou colectivas que, estando devidamente credenciadas, exeram a actividade de representao ou intermediao, ocasional ou permanente, mediante remunerao, na celebrao de contratos de formao desportiva, de trabalho desportivo ou relativos a direitos de imagem. 2 - O empresrio desportivo no pode agir em nome e por conta de praticantes desportivos menores de idade. 3 - Os factos relativos vida pessoal ou profissional dos agentes desportivos de que o empresrio desportivo tome conhecimento em virtude das suas funes, esto abrangidos pelo sigilo profissional. 4 - A lei define o regime jurdico dos empresrios desportivo
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  • Artigo 38. Apoio ao voluntariado 1 - O Estado reconhece o papel essencial dos agentes desportivos em regime de voluntariado, na promoo e no apoio ao desenvolvimento da actividade fsica e do desporto, sendo garantidas as condies necessrias boa prossecuo da misso socialmente relevante que lhes compete. 2 - A lei define as medidas de apoio aos agentes desportivos em regime de voluntariado.
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  • Artigo 39. Regime de incompatibilidades A lei define o regime jurdico de incompatibilidades aplicvel aos agentes desportivos.
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  • Proteco dos agentes desportivos
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  • Artigo 40. Medicina desportiva 1 - O acesso prtica desportiva, no mbito das federaes desportivas, depende de prova bastante da aptido fsica do praticante, a certificar atravs de exame mdico que declare a inexistncia de quaisquer contra-indicaes, a regulamentar em legislao complementar. 2 - No mbito das actividades fsicas e desportivas no includas no nmero anterior, constitui especial obrigao do praticante assegurar-se, previamente, de que no tem quaisquer contra-indicaes para a sua prtica. 3 - Incumbe aos servios de medicina desportiva da administrao central do Estado a investigao e a participao em aces de formao, bem como a prestao de assistncia mdica especializada ao praticante desportivo, designadamente no quadro do regime do alto rendimento, no apoio s seleces nacionais e, quando solicitado, para tratamento de leses. 4 - O disposto no n. 1, com as devidas adaptaes, aplica-se aos rbitros.
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  • Artigo 41. Segurana social O sistema de segurana social dos praticantes e demais agentes desportivos definido no mbito do regime geral da segurana social, e no caso dos praticantes profissionais e de alto rendimento, respeitando a especificidade das suas carreiras contributivas.
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  • Artigo 42. Seguros 1 - garantida a institucionalizao de um sistema de seguro obrigatrio dos agentes desportivos inscritos nas federaes desportivas, o qual, com o objectivo de cobrir os particulares riscos a que esto sujeitos, protege em termos especiais o praticante desportivo de alto rendimento. 2 - Tendo em vista garantir a proteco dos praticantes no compreendidos no nmero anterior, assegurada a institucionalizao de um sistema de seguro obrigatrio para: a) Infra-estruturas desportivas abertas ao pblico; b) Provas ou manifestaes desportivas. 3 - A lei define as modalidades e os riscos cobertos pelos seguros obrigatrios referidos nos nmeros anteriores.
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  • Artigo 43. Obrigaes das entidades prestadoras de servios desportivos As entidades que proporcionam actividades fsicas ou desportivas, que organizam eventos ou manifestaes desportivas ou que exploram instalaes desportivas abertas ao pblico, ficam sujeitas ao definido na lei, tendo em vista a proteco da sade e da segurana dos participantes nas mesmas, designadamente no que se refere: a) Aos requisitos das instalaes e equipamentos desportivos; b) Aos nveis mnimos de formao do pessoal que enquadre estas actividades ou administre as instalaes desportivas; c) existncia obrigatria de seguros relativos a acidentes ou doenas decorrentes da prtica desportiva.
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  • Alto rendimento
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  • Artigo 44. Medidas de apoio 1 - Considera-se desporto de alto rendimento, para efeitos do disposto na presente lei, prtica desportiva que visa a obteno de resultados de excelncia, aferidos em funo dos padres desportivos internacionais, sendo objecto de medidas de apoio especficas. 2 - As medidas referidas no nmero anterior so estabelecidas de forma diferenciada, abrangendo o praticante desportivo, bem como os tcnicos e rbitros participantes nos mais altos escales competitivos, a nvel nacional e internacional. 3 - Os agentes desportivos abrangidos pelo regime de alto rendimento beneficiam, tambm, de medidas de apoio aps o fim da sua carreira, nos termos e condies a definir em legislao complementar.
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  • Artigo 45. Seleces nacionais A participao nas seleces ou em outras representaes nacionais classificada como misso de interesse pblico e, como tal, objecto de apoio e de garantia especial por parte do Estado.
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  • Apoios financeiros e fiscalidade
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  • Artigo 46. Apoios financeiros 1 - Sem prejuzo do disposto no nmero seguinte, podem beneficiar de apoios ou comparticipaes financeiras por parte do Estado, das Regies Autnomas e das autarquias locais as associaes desportivas, bem como os eventos desportivos de interesse pblico como tal reconhecidos por despacho de membro do Governo responsvel pela rea do desporto. 2 - Os clubes desportivos participantes em competies desportivas de natureza profissional no podem beneficiar, nesse mbito, de apoios ou comparticipaes financeiras por parte do Estado, das Regies Autnomas e das autarquias locais, sob qualquer forma, salvo no tocante construo ou melhoramento de infra-estruturas ou equipamentos desportivos com vista realizao de competies desportivas de interesse pblico, como tal reconhecidas pelo membro do Governo responsvel pela rea do desporto. 3 - Os apoios ou comparticipaes financeiras concedidas pelo Estado, pelas Regies Autnomas e pelas autarquias locais, na rea do desporto, so tituladas por contratos programa de desenvolvimento desportivo, nos termos da lei.
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  • 4 - As entidades beneficirias de apoios ou comparticipaes financeiras por parte do Estado, das Regies Autnomas e das autarquias locais na rea do desporto, ficam sujeitas a fiscalizao por parte da entidade concedente, bem como obrigao de certificao das suas contas quando os montantes concedidos sejam superiores ao limite para esse efeito definido no regime jurdico dos contratos-programa de desenvolvimento desportivo. 5 - As federaes desportivas, ligas profissionais e associaes de mbito territorial tm obrigatoriamente de possuir contabilidade organizada segundo as normas do Plano Oficial de Contabilidade, adaptadas, se disso for caso, ao plano de contas sectorial aplicvel ao desporto. 6 - O disposto no nmero anterior aplica-se, tambm, aos clubes desportivos e sociedades desportivas, com as adaptaes constantes de regulamentao adequada competio em que participem. 7 - Sem prejuzo de outras consequncias que resultem da lei, no podem beneficiar de novos apoios financeiros por parte do Estado, das Regies Autnomas e das autarquias locais, as entidades que estejam em situao de incumprimento das suas obrigaes fiscais ou para com a segurana social, devendo ser suspensos os benefcios financeiros decorrentes de quaisquer contratos-programa em curso enquanto a situao se mantiver.
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  • Artigo 47. Contratos-programa 1 - A concesso de apoios ou comparticipaes financeiras na rea do desporto, mediante a celebrao de contratos-programa, depende, nomeadamente, da observncia dos seguintes requisitos: a) Apresentao de programas de desenvolvimento desportivo e sua caracterizao pormenorizada, com especificao das formas, dos meios e dos prazos para o seu cumprimento; b) Apresentao dos custos e aferio dos graus de autonomia financeira, tcnica, material e humana, previstos nos programas referidos na alnea anterior; c) Identificao de outras fontes de financiamento, previstas ou concedidas. 2 - Os apoios previstos no artigo anterior encontram-se exclusivamente afectos s finalidades para as quais foram atribudos, sendo insusceptveis de apreenso judicial ou onerao.
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  • Artigo 48. Regimes fiscais 1 - O regime fiscal para a tributao dos agentes desportivos estabelecido de modo especfico e, no caso dos praticantes desportivos, de acordo com parmetros ajustados natureza de profisses de desgaste rpido. 2 - As bolsas atribudas ao abrigo do regime geral de apoio ao alto rendimento, por entidades de natureza pblica e ou privada, destinam-se a apoiar os custos inerentes preparao dos praticantes desportivos, sendo o seu regime fiscal estabelecido na lei. 3 - Nos termos do Estatuto do Mecenato, tm relevncia fiscal os donativos em dinheiro ou em espcie concedidos sem contrapartidas que configurem obrigaes de carcter pecunirio ou comercial s entidades pblicas ou privadas nele previstas cuja actividade consista, predominantemente, na realizao de iniciativas na rea desportiva.
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  • Disposies finais
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  • Artigo 49. Acesso a espectculos desportivos 1 - A lei define as medidas de proteco dos consumidores, nomeadamente no que se refere proteco dos interesses econmicos e ao direito informao prvia quanto ao valor a pagar nos espectculos desportivos praticados ao longo da temporada. 2 - A entrada em recintos desportivos por parte de titulares do direito de livre trnsito, durante o perodo em que decorrem espectculos desportivos com entradas pagas, s permitida desde que estejam em efectivo exerccio de funes e tal acesso seja indispensvel ao cabal desempenho das mesmas, nos termos da lei.
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  • Artigo 50. Situaes especiais 1 - As polticas pblicas promovem e incentivam a actividade fsica e desportiva nos estabelecimentos que acolhem cidados privados de liberdade, incluindo os destinados a menores e jovens sujeitos ao cumprimento de medidas e decises aplicadas no mbito do processo tutelar educativo. 2 - A organizao e a realizao de actividades desportivas no mbito das Foras Armadas e das foras de segurana obedece a regras prprias, sem prejuzo da aplicao dos princpios gerais fixados na presente lei.
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  • Artigo 51. Regulamentao A presente lei, nas matrias que no sejam reserva da Assembleia da Repblica, deve ser objecto de regulamentao, por decreto-lei, no prazo de 180 dias.
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  • Artigo 52. Norma revogatria revogada a Lei n. 30/2004, de 21 de Julho. Aprovada em 7 de Dezembro de 2006. O Presidente da Assembleia da Repblica, Jaime Gama. Promulgada em 6 de Janeiro de 2007. Publique-se. O Presidente da Repblica, ANBAL CAVACO SILVA. Referendada em 9 de Janeiro de 2007. O Primeiro-Ministro, Jos Scrates Carvalho Pinto de Sousa.