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SINDICATO OBTÉM LIMINAR E GARANTE O PAGAMENTO DOS DIAS DE GREVE Pág. 3 SERVIDORES ENFRENTAM ATAQUES DE SARTORI CORREIOS Publicação do Sindicato dos Servidores do Quadro Especial da SARH – SINDICAIXA – nº 67 – Outubro de 2015 Filiado à SINDICAIXA GOVERNADOR USA POLÍCIA CONTRA OS TRABALHADORES MARCHA DEFENDE UNIDADE CONTRA AJUSTE FISCAL DO GOVERNO DILMA Pág. 4 VEJA PROJETOS DO GOVERNO QUE ATACAM DIREITOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS Pág. 3 UNIDADE COM QUEM QUER LUTAR! NENHUMA CONFIANÇA NOS GOVERNOS DILMA E SARTORI! D esde agosto, a categoria vem participando ativamente das lutas dos servidores públicos estaduais. Fizemos uma grande Assembleia Geral, piquetes no Centro Administrativo, acampamento na Praça da Matriz, greves e paralisações. Foi uma luta intensa, que exigiu muita energia e disposição de todos os que participaram. A crise econômica e política que o Brasil passa tem tornado muito difícil a vida dos trabalhadores. Além disso, aqui no Rio Grande do Sul, até os nossos salários atrasaram. Tudo isto gera muita angústia e preocupação. Mas a única saída possível para vencer mais este desafio é lutar! E lutar sem vacilar na denúncia dos governos, pois tanto o governo estadual quanto o federal são responsáveis por esta situação. Dilma não vacilou em bloquear as contas do Estado, mesmo que isto significasse atrasar os salários. Sartori jogou com a vida dos servidores para negociar com a Assembleia Legislativa. Depois de instituir a Previdência Complementar, agora quer congelar nossos salários por anos e diminuir os valores das Requisições de Pequeno Valor (RPV’s). Para estes enfrentamentos, será fundamental a unidade de todos os funcionários públicos. Mas esta unidade deve ter como objetivo os direitos dos servidores e não as eleições de 2016! Muito menos iremos aceitar calados a truculência da Brigada Militar. Repudiamos a violência contra os colegas e a defesa que alguns setores da mídia e do próprio movimento sindical fazem do uso de cassetetes e gás de pimenta contra trabalhadores! Seguiremos defendendo a unidade, chamando a luta unitária e convocando os colegas para seguirmos a luta. Essa sempre foi uma bandeira do SINDICAIXA. Temos que aumentar a pressão. Os índices de (im)popularidade de Sartori são semelhantes ao de Dilma. Prova de que ambos não estão governando para os trabalhadores, mas sim para garantir o lucro dos empresários e dos bancos.

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Page 1: Filiado à SINDICAIXAmoradia e de educação. Prática que se repete nos estados e no Distrito Federal. Essa realidade cruel acaba refletindo nos mais pobres. E é neste cenário que

SINDICATO OBTÉM LIMINARE GARANTE O PAGAMENTODOS DIAS DE GREVEPág. 3

SERVIDORES ENFRENTAM ATAQUES DE SARTORI

CORREIOS

Publicação do Sindicato dos Servidores do Quadro Especial da SARH – SINDICAIXA – nº 67 – Outubro de 2015

Filiado à

SINDICAIXA

GOVERNADOR USAPOLÍCIA CONTRA OS TRABALHADORES

MARCHA DEFENDE UNIDADECONTRA AJUSTE FISCAL DOGOVERNO DILMAPág. 4

VEJA PROJETOS DO GOVERNO QUE ATACAM DIREITOS DOS SERVIDORES PÚBLICOSPág. 3

UNIDADE COM QUEM QUER LUTAR!NENHUMA CONFIANÇA NOS GOVERNOS DILMA E SARTORI!

Desde agosto, a categoria vem participando ativamente

das lutas dos servidores públicos estaduais. Fizemos uma grande Assembleia Geral, piquetes no Centro Administrativo, acampamento na Praça da Matriz, greves e paralisações. Foi uma luta intensa, que exigiu muita energia e disposição de todos os que participaram. A crise econômica e política que o Brasil passa tem tornado muito difícil a vida dos trabalhadores. Além

disso, aqui no Rio Grande do Sul, até os nossos salários atrasaram. Tudo isto gera muita angústia e preocupação. Mas a única saída possível para vencer mais este desafio é lutar! E lutar sem vacilar na denúncia dos governos, pois tanto o governo

estadual quanto o federal são responsáveis por esta situação. Dilma não vacilou em bloquear as contas do Estado, mesmo que isto significasse atrasar os salários. Sartori jogou com

a vida dos servidores para negociar com a Assembleia Legislativa. Depois de instituir a Previdência Complementar, agora quer congelar nossos salários por anos e diminuir os valores das Requisições de Pequeno Valor (RPV’s). Para estes enfrentamentos, será fundamental a unidade de todos os funcionários públicos. Mas esta unidade deve ter como objetivo os direitos dos servidores e não as eleições de 2016! Muito menos iremos aceitar calados a truculência da Brigada Militar. Repudiamos a violência contra os colegas e a defesa que alguns setores da mídia e do próprio movimento sindical fazem do uso de cassetetes e gás de pimenta contra trabalhadores! Seguiremos defendendo a unidade, chamando a luta unitária e convocando os colegas para seguirmos a luta. Essa sempre foi uma bandeira do SINDICAIXA. Temos que aumentar a pressão. Os índices de (im)popularidade de Sartori são semelhantes ao de Dilma. Prova de que ambos não estão governando para os trabalhadores, mas sim para garantir o lucro dos empresários e dos bancos.

Page 2: Filiado à SINDICAIXAmoradia e de educação. Prática que se repete nos estados e no Distrito Federal. Essa realidade cruel acaba refletindo nos mais pobres. E é neste cenário que

Esta é uma publicação do Sindicato dos Servidores do Quadro Especial do SMARH-SINDICAIXASede administrativa: Rua da República, 92 – Cidade Baixa – CEP: 90050-320 – (51) 3224.8049 – Porto Alegre – RSSede social: Rua Manoel Leão, 90 – Pedra Redonda – CEP: 91760-560 – Fone: (51) 3246.3820 – Porto Alegre – RS

Jornalista Responsável: João dos Santos e Silva – Reg. prof. 7924 – Fotos: Gabriela Corrêa, Miguel Chagas, João dos Santos e Silva e arquivo/CSP Conlutas – Impressão: RM&L Gráfica – 4.000 exemplares

[email protected] – www.sindicaixa.com.br – facebook.com/sindicaixa.sindicato

JORNAL DO SINDICAIXA – OUTUBRO DE 2015 – Pág. 2

SARTORI USA FORÇA POLICIAL PARA REPRIMIR PROTESTOS E APROVAR PROJETOS

Servidores públ i -cos deram, no dia 22 de setembro, uma demons-tração de resistência aos ataques praticados pelos governos federal e estadual aos direitos da classe trabalhadora com os seus ajustes fiscais. Medidas que retiram direitos dos trabalhadores e preservam e ampliam a margem de lucro de empresários e banqueiros. Num dia em que o guarda-chuva e a capa eram

companhias indispensáveis, os manifestantes encon-traram o acesso à rua em frente à Assembleia Legislativa bloqueado. O estreito corredor deixado livre atrapalhava o deslocamento dos servidores. Prejudicados pelo cordão de isolamento determinado pelo presidente do Legislativo, o deputado Edson Brum, do PMDB, e visando acessar a rua, os trabalhadores derrubaram os gradis e se posicionaram

em frente ao acesso principal da Assembleia Legislativa. Cobravam o cumprimento de uma liminar que determinava o livre acesso às dependências do Parlamento. Os projetos contidos no pacote de ajuste fiscal de Sartori foram aprovados com repressão aos servidores e com a Assembleia Legislativa literalmente sitiada. Mas a derrota dos servidores, que viram seus direitos serem

dilapidados por um governo comprometido com o capital, servirá de combustível para fortalecer a mobilização na luta contra a retirada de direitos pelas diferentes esferas de governo. “O SINDICAIXA es-teve mobilizado durante todo esse período e vai continuar firme na luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra o ajuste fiscal de Sartori e Dilma”, destaca Érico Corrêa, presidente do SINDICAIXA.

REPRESSÃO

Servidores lotaram o Clube do Comércio

Atividades da mobilizaçao

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JORNAL DO SINDICAIXA – OUTUBRO DE 2015 – Pág. 3

DECISÃO JUDICIAL GARANTE O PAGAMENTO DOS DIAS DE GREVE

PROJETO DE LEI COMPLE- MENTAR Nº 303/2015 Prevê um limite no valor das aposentadorias do funcionalismo público. Hoje, o servidor pode se aposentar com o valor integral dos seus vencimentos. Agora, o trabalhador que ingressar no serviço público irá se aposentar pelo teto do INSS (em 2015: R$ 4.663,75), que é anualmente alterado sempre abaixo do salário mínimo. Se o trabalhador pretender se aposentar com um salário acima deste teto deverá contribuir para um fundo de previdência complementar, denominado Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público do Estado do Rio Grande do Sul (RSPrev). Neste caso, o Estado coparticipa da contribuição com no máximo 7,5%. Caso o servidor queira contribuir com um percentual maior, deverá pagar a diferença. Assim, o governo entrega mais um importante setor da economia para os bancos, pois a previdência complementar subordina a aposentadoria dos trabalhadores ao mercado financeiro. Havendo desequilíbrio no plano de benefícios, todos serão chamados a majorar suas contribuições, já que uma situação deficitária exige que tanto participantes quanto patrocinadores e assistidos façam aportes adicionais, sob pena até mesmo da liquidação desse plano previdenciário. Ao contrário do que afirma o governo, este projeto penaliza tanto os atuais servidores quanto os aposentados, pois reduz a arrecadação do Estado e não garante o pagamento das atuais aposentadorias.SITUAÇÃO: Aprovado

PROJETO DE LEI COMPLE- MENTAR Nº 206/2015 Cria mecanismos para limitar gastos com despesas de pessoal. Neste caso, se no exercício seguinte à publicação da lei o gasto com pessoal for superior a quantia despendida no exercício anterior fica vedada a concessão de reajustes

ou aumento salarial para servidores. Esta medida, na prática, poderá decretar o congelamento dos salários dos servidores por muitos anos. Além disso, irá impedir novas nomeações ou realização de concursos. SITUAÇÃO: Em discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

PROJETO DE LEI Nº 103/2015 Visa formar parcerias entre pessoas físicas e jurídicas com escolas públicas estaduais para buscar contribuições para o ensino da rede pública estadual. O projeto abre caminho para a privatização de escolas públicas.SITUAÇÃO: Aprovado PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 242/2015 Tem como finalidade extinguir o benefício da licença-prêmio e possibilitar que o Estado, a cada cinco anos, conceda ao servidor licença para participar de curso de capacitação profissional pelo período de três meses. Trata-se de um ataque a um direito do servidor, pois ao Estado compete a realização de cursos e a garantia da participação dos servidores. SITUAÇÃO: Em tramitação PROJETO DE LEI COMPLE- MENTAR N.º 209/2015 Nega à incorporação na aposentadoria da função gratificada recebida pelo servidor que exerce

atividades em Secretaria diversa da qual mantém o vínculo formal de origem. Assim, por exemplo, um servidor do Poder Executivo não poderá se aposentar mais com função gratificada da Assembleia Legislativa.SITUAÇÃO: Aprovado

PROJETO DE LEI COMPLE- MENTAR Nº 207/2015 Cria a Câmara de Conciliação de Precatórios. A Procuradoria Geral do Estado, representando o Estado na situação de réu, poderá propor aos credores, sem a presença de advogado, acordos que reduzam em até 40% o valor do precatório. Sem critérios para o acordo, oportuniza que pessoas que possuam precatórios com valores idênticos acabem, ao final, recebendo valores diferentes. Significa, em síntese, a ampliação do calote nos servidores.SITUAÇÃO: Aprovado

PROJETO DE LEI COMPLE- MENTAR Nº 110/2015 Modifica o Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civil do Rio Grande do Sul. Permite ao Poder Executivo preocupar-se mais em aplicar penas, ou seja, julgar e punir, do que com o debate há muito requisitado sobre uma legislação acerca do crescente assédio moral no setor público. Com este projeto, o governo amplia seus poderes para seguir oprimindo os servidores.SITUAÇÃO: Em tramitação PROJETO DE LEI Nº 336/2015 Propõe reduzir o valor das Requisições de Pequeno Valor (RPV’s) de 40 para apenas 7 salários mínimos. Significa um profundo ataque aos direitos dos servidores e amplia o calote das ações judiciais. Estes valores irão para a fila dos precatórios e tornarão quase impossível de serem recebidos em vida pelos credores. SITUAÇÃO: Em plenário para ser votado

AJUSTE FISCAL

O SINDICAIXA obteve, no dia 1º de outubro, através da sua assessoria jurídica, uma liminar que garante o pagamen-to dos dias de greve para todos os servidores da sua base. A greve se deu num cenário em que o governo, por dois meses consecutivos, atrasou o pagamento do funcionalismo.

Portanto, um governo que corta os salários dos tra-balhadores não tem justificativa, muito menos moral, para des-contar dias de quem apenas estava lutando por seus direitos e para que a sociedade tivesse garantido serviços públicos com o mínimo de qualidade.

PROJETOS QUE RETIRAM DIREITOS DOS SERVIDORES

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O aprofundamento da crise política e econômica tem provocado profundas mudanças no Brasil. Mas a elite nacional, representada no governo Dilma e na oposição de direita, colocou nos ombros dos trabalhadores a culpa pela crise. Para protestar contra essa unidade do governo com a direita e a burguesia, mais de 15 mil trabalhadores participaram da Marcha Nacional, no dia 18 de setembro, em São Paulo. Os trabalhadores não podem e não aceitam pagar a conta de uma crise gerada pelo capital. Para os manifestan-tes, ficou claro que o PT não representa os interesses dos trabalhadores. Mas também ficou evidenciado que a oposição de direita representada por Aécio Neves, Eduardo Cunha e

outros não é a saída para a crise econômica e política que vive o país. A marcha denunciou as medidas da Agenda Brasil, que amplia as terceirizações e as privatizações, favorece o agronegócio, aumenta os custos dos serviços de gás e de

energia para os trabalhadores e não avança na reforma agrária, prejudicando o meio ambiente e os povos

indígenas. A última medida do ajuste fiscal colocado em prática por Dilma inclui arrocho salarial, retirada de direitos do funcionalismo, novos cortes na saúde e em outras áreas sociais, incluindo programas de

moradia e de educação. Prática que se repete nos estados e no Distrito Federal. Essa realidade cruel

acaba refletindo nos mais pobres. E é neste cenário que aparecem a repressão às manifestações de trabalhadores e a crescente escalada da violência contra os jovens, sobretudo, contra a população negra. As falas durante a marcha foram unânimes em pregar a necessidade de construção de uma alternativa política para mobilizar os trabalhadores contra a retirada de direitos, uma vez que as organizações tradicionais já perderam essa capacidade. No dia seguinte à marcha, um encontro debateu a necessidade de ampliar a unidade com outros setores. Aprovou encaminhamentos para fortalecer a luta contra os ataques aos direitos dos trabalhadores e para construir uma alternativa política dos trabalhadores.

CONSTRUIR UMA ALTERNATIVA POLÍTICA DOS TRABALHADORES

DESAFIO

JORNAL DO SINDICAIXA – OUTUBRO DE 2015 – Pág. 4