filiado à metalÚrgicas, mecÂnicas e de material...

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Fundado em 27 de julho de 1988 Filiado à Força Sindical Celso Pansera Washington Reis Simão Sessim Dr. João INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DOS MUNICÍPIOS DE DUQUE DE CAXIAS, SÃO JOÃO DE MERITI E NILÓPOLIS ANO 28 - EDIÇÃO ESPECIAL – MAIO 2015 Confederação Nacional dos trabalhadores Metalúrgicos Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Estado do Rio de Janeiro Um pacote de maldades sob o título de “Ajuste Fiscal” vem sendo tocado a toque de caixa pelos deputados federais em Brasília. No último dia 6 de maio, foi aprovada a MP 665, que muda as regras e dificulta o acesso a benefícios trabalhistas, como seguro- -desemprego e o abono salarial. Fo- ram 252 votos a favor e 227 contra. A Medida Provisória ainda vai passar pelo Senado, mas veja quais deputados do Rio de Janeiro votaram a favor da mudança e contra os trabalhadores: Conheça aqui quem traiu os trabalhadores Logo depois das eleições, deputa- dos federais eleitos pelo voto popular traíram o trabalhador, trazendo prejuízos à classe trabalhadora, seja no seguro desemprego, no seguro defeso, seja no abono salarial ou na pensão da viúva. Por que não taxam os banqueiros e seus lucros fabulosos? Por que não diminuir o número de ministérios? Mas, não, preferem tirar direitos do trabalhador, justo quando ele ou a família mais precisam. Em meio a tantos vira casaca, o deputado Áureo foi um dos poucos que não traiu a confiança dos trabalhadores. Ele assu- miu um compromisso com os metalúrgicos e a Força Sindical de votar em defesa do trabalhador e é isso que ele tem feito, neste momento importante que atravessa o país, onde a crise ameaça nosso emprego. Por isso, é fundamental prestar atenção na hora de votar. Agora, é hora de decorar bem os nomes de quem está do nosso lado e de quem não está, para, a cada eleição, saber quem é raposa em pele de cordeiro ou quem é leal e amigo do trabalhador. Eu estava em Brasília quando os deputados que citamos nesta edição especial foram rasgando pouco a pouco os direitos que tanto nós, do movimento sindical, lutamos para escrever na CLT. O que está em jogo é a manutenção dos nossos direitos, garantidos nas leis trabalhistas. Não podemos marcar bobeira! Então, eu estive lá, conversando com deputados e senadores, acompanhando as votações. Na primeira delas, por pouco não saímos vitoriosos. Aí, ao protestar contra a primeira derrota, acabei expulso pela segurança do Congresso, junto aos demais companheiros da Força Sindical, das galerias da Câmara Federal. De volta ao Rio, homologamos o Acordo Coletivo da Mar- copolo Rio. Foi uma campanha difícil, mas conseguimos evitar 700 demissões. Elas aconteceram sim, mas podia ter sido bem pior. E, ao mesmo tempo, garantimos os benefícios e aumento de salário. Não houve retrocessos. Saímos dessa campanha com o compromisso da empresa de voltar a negociar o vale compra e de chamar de volta os demitidos assim que as coisas melhorarem. Mas, para que as coisas melhorem, é preciso ter no Congresso gente de confiança. Traíra, não! Carlos Alberto Pascoal Fidalgo Presidente Mas o Deputado Áureo (Solidariedade), que é da Baixada e de Duque de Caxias, votou contra as MPS 664 e 665! Áureo, que assumiu em campanha eleitoral o compromisso de defender os interesses dos trabalhadores, hon- rou a palavra e disse NÃO! Neste, a gente pode confiar! Já na noite do dia 13 de maio, foi aprovada a MP 664, que altera as re- gras de pagamentos do auxílio-doença e pensão por morte, deixando viúvas em situação ainda mais delicada do que já estavam e trabalhadores, quan- do mais precisam, com mais dificuldade para conseguir amparo da Previdência. Os mesmos deputados votaram a favor dessa co- vardia. E mais: Altineu Cortes, Clarissa Garotinho, Marcos Soares e Paulo Feijó (PR); Roberto Sales e Rosangela Gomes (PRB); Alexandre Valle (PRP); Alexandre Serfiotis (PSD) e Luiz Carlos Ramos (PSDC). Metalurgico junho.indd 1 18/05/2015 18:01:43

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Fundado em 27 de julho de 1988

Filiado à

Força Sindical

Celso Pansera Washington Reis

Simão Sessim Dr. João

INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DOS

MUNICÍPIOS DE DUQUE DE CAXIAS, SÃO JOÃO DE MERITI E NILÓPOLISANO 28 - EDiçãO ESPECiAl – MAiO 2015

Confederação Nacional dos trabalhadores

Metalúrgicos

Federação dos Trabalhadores

Metalúrgicos doEstado do Rio de Janeiro

Um pacote de maldades sob o título de “Ajuste Fiscal” vem sendo tocado a toque de caixa pelos deputados federais em Brasília. No último dia 6 de maio, foi aprovada a MP 665, que muda as regras e dificulta o acesso a benefícios trabalhistas, como seguro-

-desemprego e o abono salarial. Fo-ram 252 votos a favor e 227 contra. A Medida Provisória ainda vai passar pelo Senado, mas veja quais deputados do Rio de Janeiro votaram a favor da mudança e contra os trabalhadores:

Conheça aqui quem traiu os trabalhadoresPalavra do Presidente

Logo depois das eleições, deputa-dos federais eleitos pelo voto popular traíram o trabalhador, trazendo prejuízos à classe trabalhadora, seja no seguro desemprego, no seguro defeso, seja no abono salarial ou na pensão da viúva.

Por que não taxam os banqueiros e seus lucros fabulosos? Por que não diminuir o número de ministérios? Mas, não, preferem tirar direitos do trabalhador, justo quando ele ou a família mais precisam.

Em meio a tantos vira casaca, o deputado Áureo foi um dos poucos que não traiu a confiança dos trabalhadores. Ele assu-miu um compromisso com os metalúrgicos e a Força Sindical de votar em defesa do trabalhador e é isso que ele tem feito, neste momento importante que atravessa o país, onde a crise ameaça nosso emprego.

Por isso, é fundamental prestar atenção na hora de votar. Agora, é hora de decorar bem os nomes de quem está do nosso lado e de quem não está, para, a cada eleição, saber quem é raposa em pele de cordeiro ou quem é leal e amigo do trabalhador.

Eu estava em Brasília quando os deputados que citamos nesta edição especial foram rasgando pouco a pouco os direitos que tanto nós, do movimento sindical, lutamos para escrever na CLT. O que está em jogo é a manutenção dos nossos direitos, garantidos nas leis trabalhistas. Não podemos marcar bobeira! Então, eu estive lá, conversando com deputados e senadores, acompanhando as votações. Na primeira delas, por pouco não saímos vitoriosos. Aí, ao protestar contra a primeira derrota, acabei expulso pela segurança do Congresso, junto aos demais companheiros da Força Sindical, das galerias da Câmara Federal.

De volta ao Rio, homologamos o Acordo Coletivo da Mar-copolo Rio. Foi uma campanha difícil, mas conseguimos evitar 700 demissões. Elas aconteceram sim, mas podia ter sido bem pior. E, ao mesmo tempo, garantimos os benefícios e aumento de salário. Não houve retrocessos. Saímos dessa campanha com o compromisso da empresa de voltar a negociar o vale compra e de chamar de volta os demitidos assim que as coisas melhorarem.

Mas, para que as coisas melhorem, é preciso ter no Congresso gente de confiança. Traíra, não!

Carlos Alberto Pascoal FidalgoPresidente

Mas o Deputado Áureo (Solidariedade), que é da Baixada e de Duque de Caxias, votou contra as MPS 664 e 665! Áureo, que assumiu em campanha eleitoral o compromisso de defender os interesses dos trabalhadores, hon-rou a palavra e disse NÃO!

Neste, a gente pode confiar!

Já na noite do dia 13 de maio, foi aprovada a MP 664, que altera as re-gras de pagamentos do auxílio-doença e pensão por morte, deixando viúvas em situação ainda mais delicada do que já estavam e trabalhadores, quan-do mais precisam,

com mais dificuldade para conseguir

amparo da Previdência. Os mesmos deputados votaram a favor dessa co-vardia. E mais: Altineu Cortes, Clarissa Garotinho, Marcos Soares e Paulo Feijó (PR); Roberto Sales e Rosangela Gomes (PRB); Alexandre Valle (PRP); Alexandre Serfiotis (PSD) e Luiz Carlos Ramos (PSDC).

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Page 2: Filiado à METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL …sindtrabmetdcaxiasrj.org.br/Metalurgico_mai_2015.pdf · Fundado em 27 de julho de 1988 Filiado à Força Sindical Celso Pansera

Ao menos uma vitória: cai o fator previdenciário!

Os deputados aprova-ram novos critérios para o fator previdenciário. Com a nova regra, caso o somatório da idade do trabalhador e do tempo de contribuição supere 95 anos para homens e 85 anos para mulheres, a aposentadoria será concedida integralmen-te ainda que o benefici-

ário tenha idade inferior à mínima (65 anos para homens e 60 anos para mulheres).

O fator previdenciário diminui em 40%, em média, a aposentadoria por tempo de contribui-ção de quem não tem a idade mínima para se aposentar. A pressão das centrais sindicais,

como a Força Sindical, foi fundamental para a queda do fator pre-videnciário, que agora passa pelo Senado e vai à sanção da presidente Dilma. Cabe aos traba-lhadores estarem mobi-lizados para que Dilma não vete essa que será mais uma conquista do movimento sindical!

O que muda se as MPS 664 e 665 passarem pelo Senado:

Em relação ao auxílio-doença, se não houver mudança no texto aprovado pelos deputados, conti-nuou vigente a mudança no cálculo do valor do benefício proposta pelo governo. Agora, o valor pago será calculado com base na média das 12 últimas contribuições. Antes, era utilizada no cálculo a média das 80% maiores contribuições e os outros 20% eram descartados.

Só vai ter direito a pensão por morte quem tiver dois anos de

casamento ou união estável. O falecido terá que ter contribuído por pelo menos um ano e meio com a Previdência. Só vai receber a pensão até o fim da vida quem tiver mais de 44 anos de idade. Os mais jovens recebem só por um tempo determinado, que varia de três anos a 20 anos.

SEguRO DESEMPREgOO que é: pago aos trabalhadores

que perdem o empregoComo era: trabalhador tinha

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Duque de Caxias e Região, Carlos Fidalgo, esteve no Congresso Nacional, junto a outros sindicalistas da Força Sindical, pressionando os deputados a votarem contra as MPs 664 e 665. Sindicato é para lutar!

direito ao benefício se tivesse trabalhado por seis meses

O que o governo queria: que o traba-lhador tivesse traba-lhado 18 meses nos 24 meses anteriores à de-missão para solicitar o seguro-desemprego pela 1ª vez

Como fica com a alteração do Con-gresso: para pedir o benefício pela 1ª vez, o trabalhador precisa ter estado empregado por 12 meses conse-cutivos nos 18 ante-riores à demissão. Na 2ª vez, serão exigidos 9 meses de trabalho nos 12 meses anterio-res à demissão. Nas demais solicitações, serão necessários seis meses ininterruptos de trabalho antes da demissão.

AbONO SAlARiAl O que é: benefício

pago ao trabalhador

com carteira assinada e remuneração men-sal média de até dois salários mínimos

Como era: recebia o benefício, de um salário mínimo, o trabalhador que tinha trabalhado ao menos 30 dias com carteira assinada no ano-base do benefício

O que o governo queria: que o traba-lhador tivesse traba-lhado 180 dias antes de receber o benefício e que o benefício passasse a ser pro-porcional ao tempo de trabalho, como o 13º salário

Como fica com a alteração do Con-gresso: o trabalhador precisa ter trabalhado ao menos 90 dias com carteira assinada no ano-base e o benefí-cio será proporcional ao tempo de trabalho

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