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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA 2013.1 DISCIPLINA DE METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO PROFESSORA ADRIANA NÓBREGA CAMILA SILVA VASCONCELOS MATRÍCULA 344640 Resenha Carta de uma Orientadora: o primeiro projeto de pesquisa DINIZ, Debora. Carta de uma Orientadora : o primeiro projeto de pesquisa. Brasília: Letras Livres, 2012. O livro Carta de uma orientadora: o primeiro projeto de pesquisa de Debora Diniz fala sobre o processo de criação da escrita acadêmica de um modo particular, a partir de uma abordagem descontraída e sem o rigor metodológico que teria um manual sobre pesquisa científica. A autora nos conduz por entre o universo da pesquisa utilizando metáforas sobre culinária e moda, endereçando-se ao público feminino, mas fazendo uma ressalva aos possíveis leitores masculinos que, porventura ao lerem o texto, sentirem-se acanhados com esse fato. Cada carta, que corresponde a capítulos, apresenta uma etapa da elaboração de um projeto de pesquisa, correndo como uma conversa com o sentido de orientar sobre o tema e o que deve ser feito para que saia da mente para o papel. No capítulo, que é um capítulo introdutório, porque

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Fichamento sobre o livro Carta de uma orientadora de Debora Diniz, onde a autora discorre sobre os problemas enfrentados pelos orientandos ao iniciar um projeto de pesquisa na elaboração de monografias, apresentando dicas para se sair melhor nessa situação.

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Page 1: FICHAMENTO FINAL CARTA DE ORIENTADORA.docx

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁDEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO

CURSO DE BIBLIOTECONOMIA 2013.1DISCIPLINA DE METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

PROFESSORA ADRIANA NÓBREGACAMILA SILVA VASCONCELOS

MATRÍCULA 344640

Resenha

Carta de uma Orientadora: o primeiro projeto de pesquisa

DINIZ, Debora. Carta de uma Orientadora: o primeiro projeto de pesquisa. Brasília: Letras Livres, 2012.

O livro Carta de uma orientadora: o primeiro projeto de pesquisa de Debora Diniz fala sobre o processo de criação da escrita acadêmica de um modo particular, a partir de uma abordagem descontraída e sem o rigor metodológico que teria um manual sobre pesquisa científica. A autora nos conduz por entre o universo da pesquisa utilizando metáforas sobre culinária e moda, endereçando-se ao público feminino, mas fazendo uma ressalva aos possíveis leitores masculinos que, porventura ao lerem o texto, sentirem-se acanhados com esse fato. Cada carta, que corresponde a capítulos, apresenta uma etapa da elaboração de um projeto de pesquisa, correndo como uma conversa com o sentido de orientar sobre o tema e o que deve ser feito para que saia da mente para o papel.

No capítulo, que é um capítulo introdutório, porque escolhe o gênero carta, justificando sua escolha por este ser um gênero íntimo e impessoal, resume a tarefa de orientar contando suas experiências, tanto como orientanda como orientadora, fala acerca do tempo para escrever uma monografia, além de estabelecer as bases na qual se desenrolará o tema do livro, definição de público alvo (estudantes de graduação), e um dos conselhos mais importantes do livro: pede para praticar a escrita, reforçando a importância de ler e escrever alternadamente. Depois nos questiona sobre que tema desejamos estudar e por onde não desejamos seguir, pedindo para que delimitemos um tema através de um exercício: propor um certo número de temas e então descobrir os limites desse tema. Conhecer sua orientadora (currículo), conhecer sua linha de pesquisa, sua produção acadêmica e o que pensa sobre a questão que irá ser trabalhada

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no projeto é um ponto fundamental para o desenvolver de uma pesquisa e a importância de se ter um orientador especializado no tema a ser desenvolvido assim como procurar o que já foi produzido como monografia antes pelos integrantes do curso são partes vitais desse processo.

Descobrir quais são nossos interesses e desejos são grandes forças para as motivações acadêmicas, alimento para a produção textual. Alguns métodos para facilitar “a vida da orientanda” são descritos como tomar nota sobre temas de interesse, em forma de palavras chave, organizar uma grade em duas colunas: uma com títulos funcionais e a outra com os problemas da pesquisa e um outro conselho importante: não basta apenas um tema, é preciso saber como explorá-lo, ou seja, a autora salienta que se você descobrir um tema interessante mas não souber como desenvolvê-lo ou tratar ele de forma insuficiente, o tema por si só não a salvará, nem a seu trabalho.

Apresenta o que é um título funcional e qual sua finalidade, afirmando que um título funcional resume o tema da monografia, deve conter de três a cinco palavras-chave, sugere a criação de um mapa de leitura e revisá-lo, reduzindo a bibliografia, para orientar corretamente a pesquisa e evitar desencontros no material a ser estudado, adverte que escrever é se expor publicamente, e no processo de refinamento do produto textual as críticas são elementos indispensáveis para a aprimoração da escrita, através das críticas somos obrigados a revisar e reescrever certas ideias que ficaram tortas no meio do caminho, com esse exercício que deve desenvolver nossa precisão argumentativa. Leitura,escrita e revisão andam juntas e uma não pode ser separada da outra, exigindo de nós disciplina e autocontrole, afinal a leitura é a atividade básica da pesquisa. No final do livro a autora fala sobre plágio, suas consequências para quem o comete, o porque de ele ser um ato tão abominável dentro da comunidade acadêmica e como o orientador se sente ao descobrir que seu orientando o fez, além de falar que o que fizer agora será sempre parte de sua trajetória. Mas o conselho mais importante que se encontra nesse livro é que para escrever bem o importante não é o argumento, mas nossa convicção de que devo convencer os outros na sua veracidade.

Nos anexos se encontra um cronograma para gerenciar o tempo, como proposto pela autora e um mapa de literatura. O livro é uma leitura interessante para quem deseja ingressar no mundo da pesquisa acadêmica e como advertido pela escritora um guia de boas vindas especialmente elaborado para quem não conhece nada sobre o assunto mas se vê obrigado a executar essa tarefa.