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Ficha Técnica

MUNICÍPIO DO FUNCHAL

Departamento de Economia e Cultura

Divisão de Cultura e Turismo

Fotografia

Sónia Dória

Teresa Gonçalves

Janeiro 2016

ÍNDICE

Nota Introdutória 3

Informação de Suporte à Estratégia 5

1.1 Atividade Turística 5

1.2 Movimento nos Portos e Aeroportos 9

1.3 Parque Hoteleiro 11

1.4 O Turismo na Economia 13

1.5 Análise SWOT 18

Potencial Turístico do Município 21

2.1 Natureza: Clima, Paisagem, Flora 22

2.2 Mar e Praia 24

2.3 Cultura e Património 26

2.4 Hospitalidade 28

2.5 Animação e Eventos 29

2.6 Gastronomia e Vinhos 30

Estratégia Municipal para o Turismo 33

3.1 Enquadramento da Estratégia 33

3.2 A Estratégia 36

Operacionalização da Estratégia 46

Curiosidades 55

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2

3

4

4.1 Programa de Ação 2016-2017 46

ESTRATÉGIA MUNICIPAL PARA O TURISMOP r o g r a m a d e A ç ã o 2 0 1 6 - 2 0 1 7

D e p a r t a m e n t o d e E c o n o m i a e C u l t u r a | D i v i s ã o d e C u l t u r a e T u r i s m o

ESTRATÉGIA MUNICIPAL PARA O TURISMOP r o g r a m a d e A ç ã o 2 0 1 6 - 2 0 1 7

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Nota Introdutória

O turismo assume um papel estruturante na economia local e regional. O setor representa24% do PIB e 15% do emprego total da RAM. De salientar que essa importância resultanão só dos proveitos diretos gerados, mas também da atividade induzida. Muita daatividade local de comércio e serviços está fortemente dependente da atividade turística.

O papel dos municípios é determinante na qualidade do produto turístico de uma região. Éao nível local que se vivenciam as experiências. O lema maior do Turismo de Portugal é“Receber Bem”, oferecendo um bom produto turístico e experiências únicas. Sabemos queé ao nível local/municipal que o turista perceciona se é ou não bem recebido, pelo que aresponsabilidade dos municípios nesta matéria é grande.

A ação do município na área do turismo tem vindo a pautar-se por um conjunto deatividades e de iniciativas que carecem de enquadramento estratégico. Tal só é possívelcom o estabelecimento de prioridades, coordenado com os agentes locais e alinhado coma estratégia ao âmbito regional e nacional.

A elaboração do presente documento teve por base as competências do município na áreado turismo, a experiência dos seus colaboradores e um conjunto diversificado dedocumentos técnicos, designadamente o Documento Estratégico para o Turismo na RAM,o Plano Estratégico Nacional do Turismo, entre outras referências bibliográficas sobre atemática.

O trabalho está estruturado em quatro pontos. No primeiro, são tratados alguns dadosfundamentais à compreensão das dinâmicas do setor, no segundo é evidenciado opotencial turístico do município sendo que, nos pontos seguintes, são apresentadas aestratégia municipal para o turismo e o programa de ação para o período 2016-2017,através do qual o município pretende dar corpo à estratégia definida.

3

Atento às tendências domercado turístico e num quadrode escassez de recursos, urgeuma estratégia. As condiçõesnaturais da ilha, o vinho e oartesanato já não constituem,per si, fatores suficientementediferenciadores do destino. Énecessária uma visão holísticado “produto turístico” que, cadavez mais, tem de assentar naexcelência e na diferenciação.Novas sensações e emoçõesfortes, é o que o turista de hojemais procura.

1 INFORMAÇÃO DE SUPORTE À ESTRATÉGIA

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1 Informação de Suporte à Estratégia

1.1 Atividade Turística

Para melhor definição e entendimento da estratégia municipal para o turismo éimportante que se conheçam os números que fazem a atividade turística na região e nomunicípio.

Em 2014, a Região Autónoma da Madeira teve cerca de 1.140.250 hóspedes. Destesturistas, 66% ficaram hospedados nos estabelecimentos hoteleiros do município doFunchal.

Desde 2002 que o número de hóspedes na RAM ronda um milhão/ano, sendo o ano de2008 o mais favorável de todo este período, seguido de 2014. Em contrapartida, o ano de2010, fica marcado como o menos favorável, facto que se terá devido, entre outrosfatores, à intempérie de 20 de Fevereiro desse ano. Em 2014, o Funchal registou apresença de 754 255 hóspedes.

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Hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros, por município, em 2014 (N.º e %)

Fonte: Estatísticas do Turismo da RAM, DREM (Direção Regional de Estatística da Madeira)

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Em 2014, analisando a variação ao longo do ano, verificamos que os meses de novembro a fevereiro são os que registam menor número de hóspedes e, em contrapartida, os meses de verão, sobretudo o de agosto, são os mais procurados.

Cerca de 81% dos hóspedes da região são estrangeiros e 19% têm como residênciahabitual o nosso país. Os hóspedes estrangeiros provêm, maioritariamente, do ReinoUnido (222.221) e da Alemanha (219.591).

Hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros da RAM, em 2014, por mês (N.º)

Fonte: Estatísticas do Turismo da RAM, DREM

Hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros da RAM, por países de residência habitual, em 2014 (N.º)

Fonte: Estatísticas do Turismo da RAM, DREM

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Na RAM, as dormidas em 2014 situaram-se nos 6.267.443, das quais mais de 2/3verificaram-se no Funchal, tendo atingido as 4.332.571.

A estada média nos estabelecimentos hoteleiros da RAM, em 2014, foi de 5,5 noites. Nomunicípio do Funchal foi ligeiramente superior, situando-se nas 5,7 noites.

O ano de 2010, para além de ter registado o menor número de hóspedes desde 2002,também fica marcado pelo menor valor de estada média, tanto na RAM como no Funchal.

Evolução da estada média nos estabelecimentos hoteleiros, por município, entre 2002 e 2014 (N.º de noites)

Fonte: Estatísticas do Turismo da RAM, DREM

As taxas líquidas de ocupação-quarto e de ocupação-cama têm registados subidas desde2010, com o Funchal a evidenciar-se numa posição relativamente mais favorável do que aregião, com 71,1 ocupação-quarto e 65,6 ocupação-cama, em 2014.

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Segundo a informação proveniente dos resultados preliminares das estatísticas do turismo

agosto de 2015, evidenciam-se aqui os destaques produzidos pela DREM:

“As primeiras estimativas da atividade turística na RAM relativas ao mês de agosto de

2015 apontam para um acréscimo de 1,1% das dormidas nos estabelecimentos hoteleiros,

em comparação com o mês homólogo, variação inferior à observada para o conjunto do

país (+2,5%). Em termos absolutos, foram registadas na RAM cerca de 765,2 milhares de

dormidas no mês em referência (10,6% do total das dormidas ocorridas no território

nacional). A evolução positiva foi essencialmente determinada pelos acréscimos

verificados nos apartamentos turísticos e hotéis-apartamentos, que no seu conjunto

registaram mais 14 mil dormidas que no mesmo mês do ano anterior, compensando a

quebra de 8 mil dormidas nos hotéis.

Ainda no que se refere às dormidas, é de assinalar que de janeiro a agosto de 2015 estas

cresceram 5,1% na R. A. Madeira, fixando-se a estada média neste período em 5,5 noites.

Por sua vez, a taxa de ocupação (cama) em agosto de 2015 atingiu os 83,6% e os proveitos

totais ultrapassaram os 37,2 milhões de euros, tendo crescido 4,4% em relação a agosto

de 2014. Nos primeiros oito meses de 2015, esta variável registou um incremento de 8,4%

comparativamente ao período homólogo.

O RevPAR, que mede o proveito obtido por quarto disponível, atingiu os 56,33 euros,

+7,0% que no mesmo mês do ano anterior...

Nos principais mercados emissores, as variações estimadas para os mercados alemão e

britânico foram de +8,7% e +7,9%, respetivamente, enquanto os mercados nacional e

francês apresentaram reduções de 16,8% e 1,7% nas dormidas.

Segundo os resultados provisórios relativos ao mês de julho de 2015 foram contabilizadas

neste mês 706 720 dormidas, +6,9% que no mês homólogo de 2014, nos estabelecimentos

hoteleiros da RAM. A taxa de ocupação-cama de julho de 2015 foi de 78,4% (valor idêntico

ao anteriormente estimado)…

Os proveitos totais dos estabelecimentos hoteleiros da RAM, em julho de 2015,

aproximaram-se dos 34,2 milhões de euros, +13,8% em relação ao mesmo mês do ano

precedente, dos quais 63,2% corresponderam a proveitos de aposento. Estes, por sua vez,

aumentaram 14,4% em comparação com o mês homólogo de 2014.”

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1.2 Movimento nos Portos e Aeroportos

Nos portos da RAM, em 2014, foram embarcados 1.661 passageiros, desembarcados 1.760 e o número de passageiros em trânsito em navios de cruzeiro foi de 473.415.

Segundo a DREM, o porto do Funchal recebeu 472.534 passageiros em trânsito no ano2014, a maioria dos quais foi constituída por europeus (90,2%). No ano em referência, háa salientar 38,3% de passageiros provenientes da Alemanha (180.885) e 34% do ReinoUnido (160.714).

Analisando o movimento de aviões no aeroporto da Madeira, em 2014, registaram-se10.609 chegadas e, à semelhança do que aconteceu nos anos anteriores, agosto foi o mêsque registou maior movimento.

Movimento de aviões no aeroporto da Madeira, segundo os meses, em 2014 (N.º)

Fonte: DREM e ANA -Aeroportos de Portugal, SA. (Aeroportos da Madeira)

Movimento de passageiros de navios de cruzeiro na R. A. Madeira em 2014 (N.º)Fonte: DREM e APRAM, Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira, SA

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Segundo os resultados das estatísticas do movimento de passageiros nos aeroportos eportos da RAM , 1º semestre de 2015, evidenciam os destaques produzidos pela DREM:

“O movimento de passageiros nos aeroportos e portos da RAM cresceu em termoshomólogos.No que diz respeito aos transportes aéreos, é de referir que os aeroportos da RAMregistaram no 1º semestre de 2015 um movimento de 1,3 milhões de passageiros, +5,1%que no mesmo período do ano passado… no aeroporto da Madeira, onde o incremento foide 4,8%. No que diz respeito à carga aérea registaram-se no aeroporto da Madeira, nosprimeiros seis meses do ano, quebras acentuadas nas mercadorias carregadas edescarregadas, que apresentaram diminuições de 45,2% e 31,6%, respetivamente.

No domínio dos transportes marítimos, contabilizaram-se no 1º semestre de 2015 maisoito navios de cruzeiro entrados nos portos da R. A. Madeira face a igual período de 2014(total de 156 navios em 2015), o que se refletiu também no aumento do número depassageiros em trânsito neste tipo de navios em 18,2%. Nos primeiros seis meses de 2015,o porto do Funchal recebeu 283 993 passageiros em trânsito (+18,1% que no anoanterior), a larga maioria dos quais (88,1%) constituída por europeus. As nacionalidadespredominantes foram a alemã (36,6% do total, -0,4% que nos primeiros seis meses de2014), a britânica (30,7% do total, sendo a variação homóloga de +22,6%) e a italiana(quota de 5,8%, +62,9% que em igual período do ano passado).

Note-se ainda que o número de norte-americanos que passou pelo Porto do Funchal nosprimeiros seis meses de 2015 aumentou 62,8% em termos homólogos, fixando-se nos 16371…”

Movimento de passageiros no aeroporto da madeira, segundo os meses, em 2014 (N.º)Fonte: DREM e ANA - Aeroportos de Portugal, SA. (Aeroportos da Madeira)

O movimento de passageiros no aeroporto da Madeira, em 2014, foi de 1.221.956embarcados, 1.220.869 desembarcados e 16.968 passageiros em trânsito. O gráfico que sesegue mostra a distribuição do movimento ao longo dos meses.

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1.3 Parque Hoteleiro

Em 2014 eram 159 os estabelecimentos hoteleiros existentes na região, mais de metade(cerca de 85), localizados no Funchal.

O Funchal alberga 64% do número de quartos, o equivalente a 8.716, da totalidade dequartos da RAM (13.654).

Estabelecimentos hoteleiros, por município, em 2014 (%)

Fontes: Estatísticas do Turismo da RAM, DREM; Estatísticas do Turismo, INE

Quartos, por município, em 2014 (%)

Fontes: Estatísticas do Turismo da RAM, DREM; Estatísticas do Turismo, INE

Uma das nossas imagens de marca é a qualidade dos hotéis e o serviço que prestam. Oalojamento local, atualmente em grande expansão (308 unidades, em 2015) é outra formade alojamento, cada vez mais procurada, pois promove o contacto mais próximo com aspopulações, o que agrada ao turista e enriquece a experiência.

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Na RAM, o pessoal ao serviço nos estabelecimentos hoteleiros, em atividade exclusiva ou principal, no ano de 2014 foi de 5.791. Cerca de 69% destes trabalhadores exercem a sua atividade profissional no Funchal.

A capacidade de alojamento na região é de 28.281 camas e, à semelhança do número dequartos, o Funchal detém, em 2014, cerca de 64% (18.086) do número de camas.

Capacidade de alojamento, por município, em 2014 (%)

Fontes: Estatísticas do Turismo da RAM, DREM; Estatísticas do Turismo, INE

Pessoal ao serviço nos estabelecimentos hoteleiros, por município, em 2014 (%)

Fontes: Estatísticas do Turismo da RAM, DREM; Estatísticas do Turismo, INE

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O setor terciário, onde se enquadra o turismo, destaca-se como o que mais contribui parao VAB da região (84,8%), seguido do secundário e, finalmente, do primário, que poucocontribui para o VAB regional.

A nível regional, os proveitos totais nos estabelecimentos hoteleiros, no ano de 2014,foram de 293 milhões de euros. Aproximadamente 71% deste valor teve origem nomunicípio do Funchal, o equivalente a 209.166 milhares de euros.

1.4 O Turismo na Economia

O turismo é o principal pilar da economia regional e local. Na Região Autónoma daMadeira, analisando o valor acrescentado bruto (VAB) por setores de atividade,verificamos que o setor terciário tem vindo a evidenciar-se nos últimos anos, emdetrimento do secundário e do setor primário.

Evolução da proporção do Valor Acrescentado

Bruto (VAB) na RAM por setor de atividade, entre 2001 e 2013 (%)

Fonte: http://www.ine.pt

Proveitos totais nos estabelecimentos hoteleiros, por município, em 2014 (%)

Fonte: Estatísticas do Turismo da RAM, DREM

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Na RAM, no ano de 2014, os custos totais com o pessoal foram da ordem dos 93.768milhares de euros. Cerca de 70% destes custos ocorreram no Funchal, atingindo os 65.635milhares de euros.

No que aos proveitos de aposento diz respeito, a RAM atingiu, no ano transato, 182.335milhares de euros, dos quais, 130.989 foram obtidos nos estabelecimentos hoteleiros doFunchal.

Custos com o pessoal ao serviço nos estabelecimentos hoteleiros, por município, em 2014 (%)

Fonte: Estatísticas do Turismo da RAM, DREM

Proveitos de aposento nos estabelecimentos hoteleiros, por município, em 2014 (%)

Fonte: Estatísticas do Turismo da RAM, DREM

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Relativamente aos restantes municípios da RAM, o Funchal ocupa a segunda posição norendimento médio por quarto, com uma diferença de €4,48 face ao município da Ponta doSol.

Depois dos valores mínimos verificados em 2010, o rendimento médio por quarto(RevPAR) tem vindo a aumentar, situando-se, em 2014, nos 36,68 euros para a RAM e nos41,18 euros para o Funchal, que tem vindo a registar valores ligeiramente superiores àmédia regional.

Evolução do RevPAR nos estabelecimentos hoteleiros da RAM e do Funchal, entre 2002 e 2014 (Euros)

Fonte: Estatísticas do Turismo da RAM, DREM

RevPAR nos estabelecimentos hoteleiros, por município, em 2014 (Euros)

Fonte: Estatísticas do Turismo da RAM, DREM

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No que concerne aos gastos turísticos internacionais na região, evidenciam-se os

destaques elaborados pela DREM, onde os dados mais recentes reportam a 2013:

“Principais resultados

…Em 2013, o gasto médio diário de cada turista inquirido (GMDpc) que visitou a Madeira

fixou-se em 116,27€. No que respeita à época do ano, verificou-se que na época baixa os

gastos realizados foram superiores, tendo-se registado um GMDpc de 119,49€, cerca de

6% mais elevado que o valor correspondente à época alta (112,36€) …

Motivo de visita

A principal motivação das visitas de residentes fora de Portugal à Madeira foi o “lazer,

recreio ou férias”, representando mais de 93,3% das viagens totais. A “visita a familiares e

amigos” justificou as deslocações de 4,9% dos turistas enquanto os “motivos profissionais

ou outros motivos pessoais” apresentaram uma importância residual (1,9%)…

Embora com uma representatividade muito reduzida para a Região, os inquiridos não

residentes em Portugal que se deslocaram à Madeira por “motivos profissionais ou de

negócio” foram… os que despenderam um montante médio diário mais elevado, em que

o valor do indicador GMDpc atingiu os 94,71€.

Gasto médio diário per capita, por motivo de viagem, segundo a época do ano (€)

Países de residência

A análise por principais países de residência dos turistas abrangidos pelo inquérito que

visitaram a Região por via aérea coloca a Rússia como o país de origem dos turistas que

realizaram o maior GMDpc (163,37€), que atinge valor mais elevado na época alta

(165,66€). Tal como a Rússia, a zona da Escandinávia (que para o efeito inclui Dinamarca,

Noruega, Suécia e Finlândia) também apresentou gastos diários mais elevados na época

alta (126,79€), contrariando a tendência dos restantes principais mercados, onde o GMDpc

na época baixa é sempre mais elevado.

Na época baixa, destacam-se os visitantes residentes na Suíça e em Espanha, que

apresentaram gastos médios diários per capita de 156,87€ e 149,97€, respetivamente.

Relativamente aos dois mercados mais importantes para a Região, observou-se que na

Alemanha, o GMDpc ficou acima da média (120,08€), sucedendo o inverso no caso do

Reino Unido (97,63€), apresentando ambos os mercados, rácios mais elevados na época

baixa, de 124,06€ e 101,56€, respetivamente.

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Considerando a totalidade dos países de residência dos turistas que visitaram a Madeira, o

gasto médio por viagem situou-se em cerca de 2 436 euros, tendo sobressaído os valores

declarados pelos turistas provenientes da Rússia (3 357 euros) e Suíça (2 972 euros).

Os turistas residentes no Reino Unido foram os que efetuaram gastos per capita por

viagem inferiores, com um gasto médio de 1 925 euros.

Gasto médio p. c. das viagens dos visitantes à Madeira por tipo de residência e por época

Estrutura dos Gastos

…“Pacote turístico” e os “Restaurantes, cafés e bares” foram as rubricas com maior

importância no conjunto dos gastos médios diários realizados. Estas rubricas

representaram mais de metade do montante diário despendido por pessoa/viagem

(65,4%), seguindo-se as despesas com o “Transporte Internacional” (12,5%) e com o

“Alojamento” (8,5%)…

Gastos médios p. c. dos visitantes não residentes, por rúbrica e por época do ano

Os não residentes que visitaram a Madeira declararam como principais despesa,

atendendo ao valor médio por pessoa/viagem e gasto médio diário per capita,

respetivamente: “Pacote Turístico”, com 1 860,28€, e 95,65€; “Transportes

Internacionais”, com 1 015,93€ e 40,26€; “Alojamento”, com 945,14€ e 42,78€;

“Restaurantes, cafés e bares”, com 369,00€ e 18,18€.”

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PONTOS FORTES

•CLIMA AMENO E COM BAIXA AMPLITUDE TÉRMICA•TEMPERATURA MÉDIA DO MAR ACIMA DOS 20ºC•POPULAÇÃO HOSPITALEIRA•PAISAGENS NATURAIS IMPARES•BIODIVERSIDADE MUNDIALMENTE RECONHECIDA•JARDINS PÚBLICOS E PRIVADOS DE RECONHECIDO VALOR•PARQUE HOTELEIRO VASTO, DE EXCELÊNCIA PREMIADAPOR OPERADORES RECONHECIDOS•BOA CAPACIDADE INSTALADA AO NÍVEL DA RESTAURAÇÃO•PROXIMIDADE DO PORTO AO CENTRO DA CIDADE•DINÂMICA CULTURAL URBANA CADA VEZ MAISEMERGENTE E ALTERNATIVA•CIDADE FACILMENTE CIRCULÁVEL, DE FORMA INTER-MODAL E A PÉ•RIQUEZA PATRIMONIAL E HISTÓRICA•AMBIENTE SEGURO E FAMILIAR•CIDADE LIMPA•CIDADE COSMOPOLITA•SITUAÇÃO GEOGRÁFICA PRIVILEGIADA•GRANDE FRENTE ATLÂNTICA•BOM CALENDÁRIO ANUAL DE EVENTOS•BOA QUALIDADE DOS PRODUTOS E SERVIÇOS REGIONAIS•PRESENÇA DE MARCAS FORTES AO NÍVEL DOS PRODUTOSREGIONAIS (EX. VINHO E BORDADO MADEIRA)•POSSIBILIDADE DE EXPERIÊNCIAS ÚNICAS (EX. CARROS DECESTO)•REDE DE SERVIÇOS TURÍSTICOS DIVERSIFICADA AO NÍVELDOS OPERADORES•FIDELIZAÇÃO DE VISITANTES•CIDADE DO FUNCHAL SURGE NO "PLANO DE AÇÃO PARA ODESENVOLVIMENTO DO TURISMO EM PORTUGAL" COMOUM DOS PONTOS FORTES E CENTRAIS DA MARCA MADEIRA•CIDADE INSERIDA NUMA REGIÃO QUE É A 3ª DO PAÍS EMNº DE DORMIDAS (A SEGUIR A LISBOA E ALGARVE) E A 2ªEM REVPAR (A SEGUIR A LISBOA)

PONTOS FRACOS

•LIMITAÇÕES AO NÍVEL DO TRANSPORTE AÉREO•CUSTOS ASSOCIADOS À INSULARIDADE•SINALÉTICA INFORMATIVA E DIRECIONAL INSUFICIENTE•CARÊNCIA DE MOBILIÁRIO URBANO DE APOIO•ALGUNS OBSTÁCULOS À MOBILIDADE•OROGRAFIA ACIDENTADA COM IMPACTO NA MOBILIDADE•HORÁRIO DE EQUIPAMENTOS DESAJUSTADOS DAPROCURA (EX. SÉ CATEDRAL)•FALTA DE ARTICULAÇÃO NA PROGRAMAÇÃO CULTURAL ETURÍSTICA PROMOVIDA PELOS DIVERSOS AGENTES•DEFICIENTE ARTICULAÇÃO ENTRE OS PLAYERS DO SETOR•FRACA UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS INOVADORAS NAPROMOÇÃO DO DESTINO•POUCA DIVULGAÇÃO NOS EPICENTROS DE ACOLHIMENTODE TURISTAS (AEROPORTO, PORTO, HOTÉIS)•INEXISTÊNCIA DE FERRAMENTAS ONLINE PARA FRUIÇÃODE TURISTAS NA CIDADE•FRACA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO AO TURISTA•MATERIAL PROMOCIONAL INSUFICIENTE,DESACTUALIZADO E INADEQUADO AO TURISTA ATUAL•DEGRADAÇÃO DE ALGUM EDIFICADO

1.5 Análise SWOT

Como todo e qualquer destino turístico, existem pontos fortes que o potenciam e pontosfracos que o prejudicam. O importante é tomar consciência da sua existência e encontrarforma de os contornar. O mesmo acontece com as ameaças ao destino. Uma vezidentificadas, poderão ser abordadas estrategicamente, acabando por se revelarinofensivas.

O exercício que segue visa consciencializar todos os atores locais no sentido de cada qualdefinir políticas com as quais potenciem os pontos fortes e as oportunidades e minimizemos pontos fracos e as ameaças.

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OPORTUNIDADES

•CRESCIMENTO TURÍSTICO DE PORTUGAL AJUDA AALAVANCAR A NOTORIEDADE E A PROCURA DO DESTINOMADEIRA E CONSEQUENTEMENTE DO FUNCHAL•CRESCENTE NOTORIEDADE DO DESTINO MADEIRA AJUDAA ALAVANCAR O TURISMO NO FUNCHAL•TENDÊNCIA MUNDIAL PARA O AUMENTO DO TURISMO DECRUZEIROS•CRIAÇÃO DE ROTEIROS ESPECIFICOS PARA O TURISMO DECRUZEIROS QUE PROPORCIONAM MAIOR VISIBILIDADE DACIDADE•TENDÊNCIA MUNDIAL CRESCENTE PARA O TURISMOCULTURAL, COM PROGRAMAS ESPECÍFICOS,SEGMENTADOS PARA DIFERENTES PÚBLICOS•INSTABILIDADE SOCIAL E POLÍTICA DE OUTROS DESTINOS•BOA REDE DE EQUIPAMENTOS E INFRAESTRUTURAS COMCAPACIDADE DE ATRAÇÃO DO TURISMO DE CONGRESSOS EDO TURISMO DE SAÚDE E BEM ESTAR•SHORT AND CITY BREAKS MAIS FREQUENTES AO LONGODO ANO CONDUZEM AO DESENVOLVIMENTO DE EVENTOSEM ÉPOCA BAIXA•ALTERAÇÕES NOS FLUXOS TURÍSTICOS COM UMAUMENTO DA PROCURA EM ÉPOCAS BAIXAS•MAIOR CONSCIÊNCIA AMBIENTAL POR PARTE DOSTURISTAS•AUMENTO DA PROCURA POR ATIVIDADES ASSOCIADAS AOTURISMO DE NATUREZA•APOSTA NO MAR COMO VETOR ESTRATÉGICO•NOVOS INCENTIVOS ÀS ATIVDADES NAÚTICAS•POTENCIAR O TURISMO GASTRONÓMICO CAPACITANDO AFILEIRA DA RESTAURAÇÃO•SEGURANÇA OFERECIDA PELA CIDADE•APROVEITAMENTO DE MARCAS FORTES COMO O VINHOMADEIRA CRIAÇÃO DE PROGRAMAS TURÍSTICOS MAISALARGADOS EM TERMOS TERRITORIAIS E COM MAISEXPERIÊNCIAS DISPONÍVEIS•CRIAÇÃO DE WELCOME CENTER E REDE DE INFORMAÇÃOTURÍSTICA•DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS TURÍSTICOS EMPARCERIA COM EMPRESAS DO SECTOR DOS TRANSPORTES,BENEFICIANDO DE ALGUMAS PLATAFORMAS DE TIC JÁEXISTENTES•CRESCENTE IMPORTÂNCIA DA INTERNET COMO CANAL DECOMUNICAÇÃO, INFORMAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO•PROGRAMA DE APOIO EUROPEU MADEIRA 14-20

AMEAÇAS

•ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS•AMBIENTE GLOBAL MAIS COMPETITIVO •FORÇA ATRATIVA CRESCENTE DE DESTINOS TURÍSTICOS EMERGENTES•LIMITAÇÕES ORÇAMENTAIS QUE COMPROMETEM, ENTRE OUTROS, CAMPANHAS PROMOCIONAIS MAIS AGRESSIVAS, FACE À CONCORRÊNCIA DE DESTINOS CONCORRENTES.•INEXISTÊNCIA DE UM BOM SISTEMA DE COMUNICAÇÃO EINFORMAÇÃO, ASSENTE NAS NOVAS TECNOLOGIAS•DIFICULDADE EM FIDELIZAR VISITANTES A DESTINOS E MARCAS, DEVIDO À TENDÊNCIA GLOBAL CRESCENTE PARA A PROCURA DE NOVAS EXPERIÊNCIAS E PRODUTOS•INSTABILIDADE EM TORNO DO SISTEMA ECONÓMICO-FINANCEIRO•ENVELHECIMENTO POPULACIONAL

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2 POTENCIAL TURÍSTICO DO MUNICÍPIO

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2 Potencial Turístico do Município

O potencial turístico do município resulta de um conjunto de recursos naturais, culturaise outros, que se complementam fazendo do Funchal, e da ilha no seu conjunto, umdestino turístico de eleição. Mas, se a condição natural da ilha e o povo que nela habitasão o seu bem mais precioso, há que potenciar o destino com tudo o que demais ele tempara oferecer, numa lógica de produto turístico completo e diferenciado.

“O produto turístico é o elemento de ligação entre a oferta e a procura e como tal,constitui a figura central de todo o processo de análise e de avaliação da qualidadepercebida, tanto pelos turistas como pelos restantes intervenientes no processo deprestação do serviço turístico” (Peixoto, 2008). É dos recursos que compõem a qualidadepercebida, que falaremos de seguida.

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Conhecer o potencial local etrabalhá-lo numa lógica de“produto”, é condição fundamentalpara a sustentabilidade ecompetitividade do destino, querface aos mercados tradicionais,quer face aos mercadosemergentes.

A natureza, as pessoas, a suacultura, as tradições, a gastronomiae o vinho, tudo contribui para anossa diferenciação.

Somos na realidade um destinocompleto. Um destino que tantopropicia o descanso e acontemplação como promove aação e oferece um mundo deexperiências.

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2.1 Natureza: Clima, Paisagem, Flora

A beleza natural da ilha da Madeira é mundialmente reconhecida. A sua origemvulcânica fez surgir formas de relevo deslumbrantes que ao longo dos tempos foram-sedeixando esculpir por processos de erosão natural, originando o que todos designam porpaisagens únicas.

Ao relevo natural junta-se um clima ameno, de características subtropicais, comtemperatura média anual de 18.8ºC. Em 365 dias do ano, mais de metade são dias comsol. Os meses com maiores valores de insolação no Funchal são Agosto (240h) e Julho(228h). Dezembro é o mês com menos horas de sol (140h). Por regra, não se verificamverões excessivamente quentes nem invernos excessivamente frios. No que se refere àprecipitação, o Funchal apresenta um valor médio anual de 554mm, um dos valores maisbaixos verificados na ilha.

Estas caraterísticas naturais proporcionaram as condições ótimas para odesenvolvimento de um coberto vegetal marcado pelo biodiversidade e por umpatrimónio florístico exótico, repleto de espécies de rara beleza.

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As flores, algumas endémicas da Madeira, encontraram nesta ilha condiçõesexcecionalmente favoráveis para o seu desenvolvimento a avaliar pela forma exuberantecomo se apresentam.

O Parque Ecológico do Funchal, os jardins e as quintas de excelência (Parque SantaCatarina, Quinta das Cruzes, Jardim de Santa Luzia, Jardim Municipal, Parque Municipal doMonte, entre outros), as levadas (Curral e Castelejo, Piornais, entre outras), que convidama passeios pedestres, variados trilhos (Monte-Bom Sucesso, Monte-Camacha, Caminho doPoço da Neve, entre outros), proporcionam formas únicas de vivenciar o potencial naturaldo concelho.

Os miradouros (Jardim Botânico, Pico dos Barcelos, Pináculo, Parque Santa Catarina,Parque Ecológico-Pico Alto, entre outros), assim como os dois teleféricos, com umpercurso total de 15 km e os 2 Km de ciclovia, são referências que os agentes locaispromovem como forma de usufruir, em pleno, o potencial natural local.

Apesar da crescente oferta turística, o património natural continua a ser apontado pelosturistas como a razão principal para a escolha da ilha como destino para as suas férias.

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2.2 Mar e Praia

O mar é outro recurso natural com grande potencial económico e turístico. Com umatemperatura média anual que ronda os 17ºC em março e os 22ºC em agosto e setembro,este recurso turístico presta-se às mais variadas atividades náuticas (desportivas,recreativas e culturais), para as quais se tem verificado uma procura crescente.

O mar possui um grande potencial de atração e proporciona a criação de produtosturísticos complementares à restante oferta. Por outro lado, é um dos principaisepicentros de chegada de turistas ao Funchal, por via do seu porto de passageiros.

Tal como a montanha, a proximidade e a facilidade com que se acede ao mar, faz destes,recursos de grande potencial turístico. Nas atividades ligadas ao mar destacamos, ospasseios marítimo-turísticos, o mergulho, a observação de cetáceos, a pesca desportiva,as regatas, entre outras.

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Quando falamos de mar, falamos também da biodiversidade que nele podemos encontrar.Nessa medida, destacamos o Eco-Parque Marinho do Funchal, área protegida eprofundamente estudada, onde é possível mergulhar na companhia de espécies raras e degrande exotismo.

O Funchal possui uma excelente rede de praias e complexos balneares, que representamuma vantagem competitiva na oferta turística do município. Geridas pela empresamunicipal FrenteMar Funchal, o município dispõe das seguintes infraestruturas balneares:Complexo Balnear da Barreirinha, situada junto à zona histórica da cidade, ideal para aprática de snorkelling devido às águas cristalinas e zonas de poças de maré; Praia de SãoTiago, praia de calhau; Complexo Balnear do Lido, com diversos acessos ao mar e piscinas;Praia do Gorgulho, com acesso a partir da Promenade; Complexo da Ponta Gorda, comduas piscinas de água salgada e equipamento lúdico-infantil e uma piscina natural demaré; Doca do Cavacas/Poças do Governador, piscinas naturais de origem vulcânica;Praia Formosa, a maior praia de calhau rolado, com extensão de 2 km.

A garantia de acesso às praias por parte de pessoas com mobilidade reduzida, ouportadoras de outras limitações, é uma marca distintiva destes espaços.

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2.3 Cultura e Património

A Madeira, enquanto destino insular, apresenta uma vasta oferta cultural. O município doFunchal assume-se como epicentro desta atividade, concentrando vários equipamentos eestruturas para a realização de iniciativas culturais. O município conta atualmente comuma rede de 16 museus, estando a sua maioria instalados no centro da cidade, além degalerias de arte e centros culturais.

No município ocorrem vários espetáculos culturais, de onde se destacam concertos demúsica clássica, peças de teatro, espetáculos de música e dança, realizados por grupos eartistas regionais e internacionais.

Ao nível das infraestruturas para espetáculos, destaca-se o Teatro Municipal Baltazar Dias,teatro de grande beleza, ímpar no panorama regional. Com o seu clima ameno, o Funchaldispõe de condições ótimas para a realização de espetáculos ao ar livre, o que tem vindo aser prática corrente.

Outros equipamentos culturais merecem também destaque com é o caso do MuseuHenrique e Francisco Franco, Museu da Eletricidade, Museu Quinta das Cruzes, Museu deArte Sacra; Museu A Cidade do Açúcar (a reabrir brevemente), Casa Museu Frederico deFreitas, Museu do Brinquedo, Museu Palácio de São Lourenço, Museu de História Natural(Aquário), entre outros.

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De destacar, a existência de um vastopatrimónio arquitetónico, carregado dahistória que se foi fazendo ao longo demais de cinco séculos. São cerca de 100os imóveis identificados como tendointeresse histórico-cultural e destes, 6são Monumentos Nacionais, todos nocentro da cidade.

Do extenso património material eimaterial existente na região, podemossalientar os que mais se destacam peloseu interesse turístico: Sé Catedral,Paços do Concelho, Colégio e Igreja dosJesuítas, Forte de São Tiago, Conventode Santa Clara, Mercado dos Lavradores,Núcleo Histórico da Cidade, AssembleiaRegional, Palácio de São Lourenço, entreoutros.

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2.4 Hospitalidade

A condição de ilhéu e as adversidades pelas quais os madeirenses já passaram, fazemdeste um povo amigo, solidário e que gosta de receber. Por outro lado, reconhece aimportância da atividade turística para a criação de riqueza na região.

A simpatia e a recetividade dos madeirenses é algo que é percebido pelo turista, sendomotivo de manifestação de agrado como o comprovam os inquéritos de satisfação. Osnúmeros têm demonstrado que a qualidade global do destino, em regra, supera asexpetativas.

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2.5 Animação e Eventos

A cidade do Funchal é palco de uma grande fatia da oferta de animação e eventos queocorrem na ilha. É onde acontecem os mais importantes eventos que marcam o cartazturístico regional.

A animação em muito contribui para a vida da cidade e para o seu ambiente cosmopolita.As iniciativas que acontecem nos hotéis, há muito que deixaram de ser suficientes parasatisfazer o turista que, ao contrário do passado, é hoje mais jovem, ativo e tecnológico, emsuma, mais exigente.

Alguns dos eventos têm vindo paulatinamente a marcar o calendário anual, como sejam oFunchal Jazz, a Feira do Livro, Fica na Cidade, a Noite do Mercado, o Arraial do Monte ouainda, eventos como o EcoTrail, a Corrida de São Silvestre, a Maratona do Funchal,animação de rua, entre outros.

A Festa do Fim de Ano, o Carnaval, a Festa da Flor, o Festival do Atlântico, a Festa do VinhoMadeira, são outros dos eventos relevantes que, já há muito, contribuem para as elevadastaxas de ocupação turística verificadas em determinados períodos do ano.

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2.6 Gastronomia e Vinhos

Um destino de férias pode diferenciar-se pela sua gastronomia, pois trata-se de umacomponente complementar a toda a oferta turística, transmissora das tradições e dacultura do município, à qual dificilmente o turista será indiferente.

É no Funchal que a diversidade gastronómica da ilha da Madeira se encontra melhorrepresentada. Desde a doçaria regional (bolo de mel, broas, rebuçados de funcho), a outrasiguarias regionais (poncha, vinho Madeira, licores, sidra, bolo do caco, banana, etc.), certo éque a gastronomia madeirense está presente nos mais variados espaços de restauração esimilares da cidade.

A espetada, o filete de espada e o bife de atum, são pratos fortes da gastronomia local mas,cada vez mais, o peixe fresco é procurado, ou não estivéssemos rodeados de mar.

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O vinho Madeira, foi e continua a ser um importante veículo de divulgação da ilha nomundo. Começou a ser exportado a partir do século XVIII e continua a ser um vinhomundialmente reconhecido. Foi com ele que se brindou a independência dos EstadosUnidos, em 1776. É portanto, um vinho com história.

Pode ser provado em várias adegas especializadas, designadamente, Blandy’s WineLodges, Diogo’s Wine Lodges, Adegas Pereira d’ Oliveiras, H.M. Borges Lda., AdegasJustino’s Madeira Wine, Adegas Henriques & Henriques, Vinhos Barbeito Lda.

Mais recentemente, a produção de vinho de mesa tem vindo a ganhar expressão naregião, havendo já produção regional capaz de satisfazer o mais exigente consumidor.

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3 ESTRATÉGIA MUNICIPAL PARA O TURISMO

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3 Estratégia Municipal para o Turismo

3.1 Enquadramento da Estratégia

O presente programa de ação assenta numa estratégica de âmbito municipal, desenhadatendo em conta as competências do município e na conformidade com a estratégianacional e regional para o setor do turismo.

À escala nacional, destaca-se o Plano Estratégico Nacional do Turismo 2013-2015 (PENT),aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 53/2007, de 4 de abril, entretantoobjeto de várias revisões.

Este documento apresenta como visão para o “Destino Portugal”: “vir a ser um dosdestinos na Europa com crescimento mais alinhado com os princípios do desenvolvimentosustentável, alavancado numa proposta de valor suportada em características distintivas einovadoras do país; o seu turismo desenvolver-se com base na qualidade do serviço ecompetitividade da oferta, tendo como motor a criação de conteúdos autênticos eexperiências genuínas, na excelência ambiental e urbanística, na formação dos recursoshumanos e na dinâmica e modernização empresarial e das entidades públicas; aimportância do turismo na economia dever ser crescente, constituindo-se como um dosmotores do desenvolvimento social, económico e ambiental a nível regional e nacional”.

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O PENT refere ainda que o “Destino Portugal” representa uma proposta de valor, assentenos seguintes elementos:

a) Clima e luzb) História, cultura e tradiçãoc) Hospitalidaded) Diversidade concentrada

Outro documento considerado, intitula-se “Turismo 2020 – Cinco Princípios para umaAmbição”. Este documento apresenta um lema: “Portugal, o Destino Turístico mais Ágil eDinâmico da Europa”.

Este documento enfatiza os pilares sobre os quais a estratégia nacional dedesenvolvimento turístico deverá assentar, para que Portugal figure no dez destinosturísticos mais competitivos a nível mundial. São eles:

1. “Um destino sustentável e de qualidade, onde crescimento turístico écompatível com a produção de benefícios para o território e as comunidades eonde o Estado, na preservação do território, deve saber cumprir o seu papel;

2. Um destino de empresas competitivas, onde um ambiente saudável para ainiciativa privada promove a concorrência e inovação na atividade turística;

3. Um destino empreendedor, facultado de todas as competências econhecimento que lhe permita ser o país campeão do empreendedorismoturístico;

4. Um destino ligado ao Mundo, onde a conectividade e a mobilidade dosturistas são ferramentas importantes na ativação da procura;

5. Um destino gerido de forma eficaz, onde a definição clara das competênciasde cada agente não deve ser um entrave à iniciativa privada, à exploração desinergias e intensificação da transversalidade do turismo;

6. Um destino que marca, cujas estratégias de promoção e comercializaçãodevem resultar de visões técnicas e não políticas no sentido de almejar aeficiência. Uma ambição e cinco princípios é assim o que propomos comoestratégia das entidades públicas no sector do turismo para os próximos cincoanos.”

Já a nível regional, o “Plano de Ordenamento Turístico da RAM” (POT), coordenado pelaentão Secretaria Regional do Turismo, é um dos instrumentos que procura tambémalinhar a estratégia regional com a nacional no que ao turismo diz respeito. Apresentapreocupações com a temática do ordenamento do território, dando particular relevo àqualidade e sustentabilidade do destino.

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O POT apresenta como visão “Afirmar a Região Autónoma da Madeira no mapa turísticoglobal como destino arquipelágico, europeu e atlântico, singular e de excelência aos níveisda Natureza / Paisagem – mar e montanha, do Bem-estar, tranquilidade, segurança, e daCultura – história, património, cultura em geral”. Procura direcionar o destino Madeirapara o marcado europeu, como destino de excelência, assente nos valores da natureza,paisagem, bem estar e cultura”.

Outro documento, da iniciativa da ACIF, Câmara de Comércio e Indústria do Funchal, quetambém procura compreender melhor a realidade e as dinâmicas da procura e da ofertado destino Madeira, tem por título “Documento Estratégico para o Turismo na RAM (2015-2020).

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A missão definida no POT passa por “desenvolver uma oferta turística capaz de potenciarexperiências turísticas genuínas de grande valor e diferenciação, das quais resultemelevados níveis de satisfação por parte de uma procura que se pretende cada vez maisseletiva mas mais alargada a diversos segmentos, procura esta que privilegia tanto ocarácter singular como a qualidade global do Destino”.

Neste documento, a visão defendida para o destino Madeira é a de que este “sejaconhecido pelas diversas formas de contacto com a natureza complementada pormomentos de descontração em ambiente autêntico, moderno e cosmopolita, ao longo detodo o ano, que proporcione aos visitantes experiências positivas”.

Para tal, foi definida como missão “proporcionar aos visitantes uma oferta de experiênciasinovadoras diversificadas e autênticas de soluções turísticas, que capitalize o talento dasnossas pessoas, a essência dos valores e as tradições locais e que acelere odesenvolvimento económico, ambiental, social do arquipélago da Madeira”. Este estudoapresenta os seguintes objetivos estratégicos para o turismo:

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3.2 A Estratégia

Depreende-se do enquadramento anterior que as linhas estratégicas nacionais e regionaispara o setor do turismo, baseiam-se na criação de um destino de qualidade, assente napreservação da autenticidades dos valores naturais e culturais e no bem estar. A fruiçãoplena destes valores só é possível através de experiências.

É no campo das experiências que a ação do município pode e deve ser centrada. Assim, aestratégia municipal para o turismo deve pautar-se pela autenticidade e criatividade dasexperiências que proporciona, sendo que estas terão de apresentar-se cada vez maisdiversificadas, genuínas e alternativas.

Considerando que a promoção do desenvolvimento municipal é uma das principaisatribuições do município e que o turismo é o pilar estrutural desse desenvolvimento,então, há que valorizá-lo e atender da melhor forma às competências do município noâmbito do turismo que, no caso do Funchal, estão adstritas ao Departamento de Economiae Cultura.

Ao analisarmos estas competências, podemos estrutura-las em torno de três grande eixos:

(1) A Estrutura Nuclear, aprovada em Sessão de Assembleia Municipal de 19 de dezembro de 2014, por proposta formuladapela Câmara Municipal na sua reunião de 11 de dezembro de 2014; Estrutura Flexível, composta pelas unidades orgânicasflexíveis, criadas dentro dos limites fixados pela assembleia municipal, bem como as respetivas atribuições e competência.

a) Organizar e divulgar informação turística relativa ao concelho;

b) Implementar ações de promoção e animação turística definidas e colaborar no seu planeamento;

c) Implementar ações de desenvolvimento turístico, com o objetivo de consolidar a imagem externa do concelho;

d) Inventariar as potencialidades turísticas da área do município e promover a sua divulgação;

e) Implementar e coordenar ações de animação e infraestruturas de apoio ao turismo e lazer;

f) Colaborar com organismos regionais, nacionais e internacionais que fomentem o turismo;

g) Colaborar na gestão de postos de turismo ou de postos de informação municipais;

h) Colaborar no desenvolvimento de campanhas e ações destinadas à valorização e promoção turística do concelho;

i) Coordenar e participar em atividades de animação e de informação turística em colaboração com os demais agentes municipais;

j) Garantir o apoio logístico e administrativo relativo à realização de eventos vocacionados para a promoção do turismo;

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INFO

RM

ÃO Produção de

informação, que por sua vez induz a ação

CO

MU

NIC

ÃO Comunicação

adequada da informação que o município produz, sobre o produto que oferece C

OO

PER

ÃO Cooperação que

traz valor e potencia a qualidade e a diversidade do produto turístico

Competências do município do Funchal na área do turismo (1)

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Articulado com estes três grandes eixos: informação, comunicação e cooperação, omunicípio do Funchal parte para o desenho da sua estratégia municipal para o turismocom a seguinte missão, visão e valores:

MISSÃO

A missão do município na área do turismo passa por cuidar da cidade, qualificar epotenciar o produto turístico e com ele, proporcionar o máximo de experiências no maiscurto espaço de tempo.INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO e COOPERAÇÃO, são requisitos fundamentais aocumprimento desta missão.

VISÃO

“Funchal, experiência única”

Experiência, por que é nessa base que assentam as novas tendências do turismo mundialmas sobretudo, porque é no campo das experiências que o município pode atuar maisativamente, contribuindo para a qualificação do produto turístico e para a implementaçãode ações conducentes à maximização do potencial turístico disponível.

Único, porque é assim que queremos ser vistos. Um destino classificado como único,significa que é diferenciado, que marca e que perdura na memória como experiência arepetir.

VALORES

Qualidade, do produto turístico oferecido;

Autenticidade, como fator diferenciador;

Criatividade, para fazer mais e melhor com recursos que são limitados;

Inovação, no modo como gere e comunica o seu produto.

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A concretização da estratégia municipal para o turismo passa pelo cumprimento de trêsobjetivos estratégicos fundamentais:

Garantir a qualidade do produto turístico, através de políticas assertivas deordenamento do território e a adequação do produto às novas tendências;

Comunicar adequadamente o produto turístico, utilizando informação de qualidadeveiculada por todos os meios disponíveis, analógicos e digitais;

Proporcionar o máximo de experiências, ajudando a criar condições para que asmesmas aconteçam em abundância e segurança e desta forma, diferencie o destino.

1

2

3

Contribuir para o aumento do números de turistas

Elevar o grau de satisfação do turista (atualmente nos 70%)

Contribuir para o aumento do tempo de permanência (em média, 5,7 dias)

Com estes objetivos esperamos

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Objetivos Estratégicos

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A estratégia municipal para o turismo traz consigo maior foco na ação. Um município quetem tudo para atrair um turista, tem de ter uma visão clara e objetiva do rumo a seguir. Omunicípio do Funchal definiu como foco da sua ação na área do turismo, proporcionarexperiências.

As tendências atuais mostram que o turista já não se satisfaz apenas com um bom clima epaisagens deslumbrantes. Procura também novas sensações, emoções fortes eexperiências únicas. O turismo de experiências obriga a olhar para o potencial turísticodisponível e trabalhá-lo numa lógica de “produto turístico”, um produto que deve ser vistomas também, experimentado pelo turista.

A figura que se segue mostra como o município pretende atingir a visão definida na suaestratégia ou seja, fazer da visita turística ao Funchal uma experiência única.

TURISMO ATIVO

TURISMO DE NATUREZA;

ECOTURISMO; TURISMO NÁUTICO;

TURISMO CULTURAL; TURISMO URBANO

TURISMO DE SAÚDE E BEM ESTAR

TURISMO INCLUSIVO

TURISMO EXPERIÊNCIAS

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Segmentos turísticos que integram a estratégia municipal

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O turismo de experiências surge como condição basilar da estratégia municipal para oturismo e claro está, irá procurar refletir essa estratégia no seu programa de ação.

Essas experiências terão de acontecer na base de um ambiente seguro e inclusivo.“…temos que começar a compreender que o turismo acessível não beneficia apenas aspessoas com deficiência ou com necessidades específicas, beneficia-nos a todos.” (TalebRifai, Secretário-Geral da OMT). O Funchal tem vindo a ser progressivamente adaptado nosentido de se transformar num destino turístico inclusivo.

O turismo de saúde e bem estar é outrosegmento a considerar. O turismo de saúde,foi de resto a mola impulsionadora doturismo na região. Trata-se de um segmentode nichos específicos, não obstante, talcomo a gastronomia, nenhum turista éindiferente à qualidade e diversidade dosserviços que aufere.

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No topo da pirâmide e emconsonância com a estratégiadefinida pelo município, estão ossegmentos turísticos que mais seprestam às experiências.

O turismo ativo é um conceito maisalargado, o qual integra outrossegmentos que propiciam a açãofísica ou mesmo mental e que,simultaneamente, estimulam oturista ao contacto com osresidentes, com as suas tradições,com a história e a cultura da cidade,em suma, permitem uma vivênciaholística do destino.

No turismo ativo, está inserido oturismo de natureza, ao qual se podeassociar o ecoturismo como formaque lhe é complementar. O turismode natureza representa uma dasáreas de maior crescimento eprocura a nível mundial, sendo a ilhada Madeira um palco privilegiadopara a sua prática.

Possui paisagens protegidas, degrande biodiversidade e importânciaambiental, como é o caso do ParqueEcológico do Funchal.

O turismo de natureza, para além damera contemplação, presta-se amuita ação como é o caso dospercursos pedestres, mais ou menosradicais, a escalada e o canyoning,provas de BTT, trail running,cicloturismo, entre outrasmodalidades.

Outras atividades, menos exigentesfisicamente, têm vindo também aganhar importância como é o casodo birdwatching.

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Não emergente, e para muitos tido como o cartaz mais forte do produto do turístico doFunchal, e da ilha no seu conjunto, são as flores e os jardins. Alguns jardins privados comoos Jardins de Quinta do Palheiro, Jardins Monte Palace, entre outros, são muitoprocurados pelos turistas e mereceram já distinções internacionais.

Há que percecionar com maior sensibilidade esta procura motivada pelo interessecientífico ou, tão só, pelo encanto que proporciona a observação de uma flor. É imperativopotenciar este mercado ao longo de todo o ano. Como sabemos, a Festa da Flor é o pontoalto da celebração (em 2014, trouxe cerca de 27 mil turistas), mas há flores todo o ano.

A beleza das flores é referência certa,quando o turista é questionado sobreo que mais o atrai no destino.

Trata-se de um nicho de mercadopelo qual há muito a fazer. Há umcaminho a percorrer no sentido detornar o “produto jardins” uma marcaforte, ao longo de todo o ano.

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Outro segmento turístico que induz a ação é o turismo náutico. A economia do marconheceu nos últimos anos uma importante alavancagem fruto de políticas europeias enacionais focadas no mar. Como consequência, o setor do turismo acabou por beneficiarna medida em que surgiram novas atividades ligadas ao mar, como referido no capítulo dopotencial turístico.

Com a frente mar de que dispõe o Funchal e com a facilidade com que se acede ao mar, háque reconhecer que este é um importante palco de experiências.

O turismo cultural é outro segmento muito procurado. Entre igrejas, museus e outrosedifícios monumentais, é notória a riqueza histórica e cultural que o município tem paraoferecer, à qual se juntam espetáculos e eventos de grande qualidade.

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O turismo urbano surge como outra forma de turismo ativo, complementar ao cultural,que permite colocar o turista em contacto direto com toda a dinâmica e vivências típicasdo quotidiano da cidade. Esta é uma forte tendência do turismo atual, que conta comturistas cada vez mais informados, exigentes e tecnológicos. Muitas vezes, é no turismourbano, ligado ao usufruto da cidade e à realização de compras, que o turista de cruzeiro,muito frequente na cidade do Funchal, se apoia no curto espaço de tempo que tem paraconhecer o destino.

O turismo urbano na cidade do Funchal pode também passar a fazer-se de experiênciasfora dos circuitos turísticos convencionais, como é o caso das denominadas zonas altas dacidade. Nesta zonas, encontram-se formas genuínas da nossa cultura, o contacto com aspopulações é mais intenso e ao ritmo natural da vivência local. É essa autenticidade que oturista cada vez mais procura.

O turismo urbano faz-se também da noite, onde a “movida” da cidade se faz notar commaior incidência, com particular destaque para determinadas zonas, designadamente, azona turística e a zona histórica da cidade.

Outros segmentos turísticos, como é o caso do agroturismo, do turismo de congressos ede negócios, do turismo religioso, entre outros, não tão expressivos no município, têmtambém o seu espaço. Alguns deles geram elevado retorno financeiro, contudo, porconstrangimentos vários, não conseguem concorrer com os restantes segmentos.

Crê-se poder potenciar turisticamenteas zonas altas da cidade, através deroteiros que possibilitem ao turistavivenciar o local ao mesmo tempo quevislumbra as vistas sobre todo oanfiteatro. Esta é também uma formade potenciar a economia local.

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4 OPERACIONALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA

- PROGRAMA DE AÇÃO 2016-2017 -

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4 Operacionalização da Estratégia – Programa de Ação 2016-2017

A operacionalização da estratégia municipal para o turismo passa pela concretização deum conjunto de medidas, através das quais se pretende valorizar e promover o produtoturístico e com ele, proporcionar experiências únicas.

Seguidamente, são elencadas as principais medidas que o município pretende assegurarao longo do período 2016-2017. As medidas estão organizadas em torno dos três eixosestratégicos, já referidos: informação, comunicação e cooperação.

Foi ainda considerado outro conjunto de medidas que, não estando diretamente ligadasaos três eixos, são igualmente importantes para a concretização da estratégia. Tratam-sede medidas de gestão, cuja importância é transversal aos três eixos.

Por fim, são referidos os principais eventos dinamizados pelo município, fundamentais emqualquer destino turístico.

Estão categorizadas no eixo informação/ação as medidas que visam recolher, sistematizare divulgar informação ao turista. Quando mais informação, maior a possibilidade de ação.Se por um lado a informação permite dar a conhecer melhor o destino, por outro,proporciona um melhor planeamento e aproveitamento da estadia:

MAPA TURÍSTICO DA CIDADEMapa turístico atualizado, com o essencial da informação turística sobre a cidade ecom outra informação de interesse, como a localização de equipamentos de saúde,segurança e outros.

ROTEIROS TURÍSTICOS TEMÁTICOSEstá em curso a elaboração de diversosroteiros temáticos de apoio ao turista.São exemplos os roteiros de museus eigrejas, rede de jardins e miradouros,roteiro do vinho e do açúcar, entreoutros.

4.1 Programa de Ação 2016-2017

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APLICAÇÕES INFORMÁTICASEstão em curso algumas aplicações informáticas que visam complementar ainformação ao turista, cada vez mais adepto das novas tecnologias.

REDE MUNICIPAL DE INFORMAÇÃOTURISTICAO município pretende complementar ainformação de apoio ao turista atravésde uma rede de postos de informação, àqual pretende associar uma unidademóvel.

VISITAS GUIADASO município pretende alargar o seus serviços de visitas guiadas, atualmente realizadasapenas no edifício dos Paços do Concelho e no Teatro Municipal, e incluir acomponente áudio.

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PERCURSO TURÍSTICO ACESSÍVELO município visa a criação de um percurso acessível a todos, na lógica de construçãode um destino turístico inclusivo.

FUNCHAL CARDEstá em curso a elaboração doFunchal Card, cartão turístico quepara além de descontos,proporciona maior segurança econforto ao turista.

SINALÉTICA URBANAEstá em curso o projeto de sinalética urbana com vista a uma melhor orientação einformação do turista.

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INFO-LINEInfo-line pretende ser uma linha de apoio ao turista, com informação não apenasturística, mas também de serviços de apoio.

APOIO A EMPRESAS DE SERVIÇOS TURÍSTICOSSendo o turismo de experiências a linha forte da estratégia municipal, o municípiopretende apoiar a criação de empresas na área dos serviços turísticos.

MATADOURO – FAB LABReconversão do antigo edifício do matadouro municipal em espaço de arte,criatividade e inovação. A ideia passa por criar um espaço “Fab Lab”, onde se promovaa economia da partilha e se induzam sinergias que potenciem o turismo criativo.

FUNCHAL CITY BREAKSApesar de insular, pretende-se criar condições específicas para a promoção do Funchalao longo de todo o ano e não apenas para alguns dos cartazes tradicionais ou maisconhecidos. Trabalhar um conceito a concertar com todos os players e articulado comum programa de eventos com duração e qualidade que justificam a vinda ao Funchal.

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AGENDA FUNCHALEstá em desenvolvimento um portal designado “Agenda Municipal de Eventos” quepretende agregar todos os eventos agendados para o município. Sendo a grande partedo conteúdo de natureza cultural, revela-se uma importante ferramenta para o turistae residente.

NEWSLETTERS E REDES SOCIAISO município tem vindo a apostar nas redes sociais e noutros canais de comunicação,como forma de divulgar o seu produto turístico e cultural.

Seguem-se as medidas do plano de ação, categorizada no eixo comunicação:

PORTAL DO TURISMOO município pretende desenvolver um portal especialmente focado na temática doturismo, com o objetivo de divulgar informação e serviços de apoio ao turista, desde oplaneamento à realização da sua viagem. Pretende ainda ser um portal agregador dadiversa informação turística disponível, mas atualmente algo dispersa.

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REUNIÕES REGULARES COM OS PLAYERS DO SETOR DO TURISMOA cooperação e a coordenação são fatores críticos de sucesso para uma oferta turísticasustentável e de qualidade. Por esse motivo, o município pretende encetar umconjunto de contactos com entidades públicas, privadas e associativas, no sentido deuma ação coordenada, em benefício de todos.

ENCONTRO ANUAL COM OPERADORES TURÍSTICOSImporta promover o debate em torno da temática do turismo, auscultando de pertoquem mais sente o pulsar da atividade e mais facilmente identifica as tendências.

Seguem-se as medidas categorizadas no eixo cooperação:

REDE MUNICIPAL DE AGENTES CULTURAISA criação de uma rede e de uma base de dados de agentes culturais, públicos, privadose associativos, poderá facilitar a coordenação referida na medida anterior, pelo queserão desenvolvidos esforços nesse sentido.

MARCA “FUNCHAL”Tal como referido no presente documento, importa desenvolver a marca identitária doFunchal, com a qual poderá promover melhor o município nas suas múltiplasvertentes.

AÇÕES PROMOCIONAIS REGULARESSendo o porto e o aeroporto os únicos dois canais de entrada de turistas na cidade,pretende-se desencadear algumas ações de promoção nestes locais, evidenciandoaquilo que de melhor o município tem para oferecer.

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CARTA DE EQUIPAMENTOS TURÍSTICOSO mapeamento de todos os equipamentos culturais, públicos, privados e associativospoderá revelar-se uma importante ferramenta de trabalho para o planeamento eorganização de eventos, pelo que o município irá desenvolver a carta deequipamentos culturais e turísticos.

RETRATO ESTATÍSTICO ATUALIZADOA tomada de decisões assertivas e a organização de eventos, deve ser suportada porinformação estatística e outra que nos permita monitorizar a atividade e avaliar o graude eficácia, pelo que o município irá produzir regularmente informação estatística deapoio à sua atividade.

GESTÃO DA CIDADE: ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO, LIMPEZA URBANA,MANUTENÇÃO DO MOBILIÁRIO URBANO E SEGURANÇAEsta é uma medida verdadeiramente transversal, mas não poderá deixar de sermencionada, pois nenhuma das atividades previstas para o turismo terá sucesso se acidade não estiver organizada, limpa e segura.

MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS CULTURAIS E TURÍSTICOS EXISTENTES ECRIAÇÃO DE NOVOS ESPAÇOSO município tem vindo a apostar na manutenção dos seus equipamentos culturais nosentido de os manter em adequadas condições de funcionamento. Paralelamente, temvindo a desencadear esforços no sentido de criar novos espaços de apetência cultural.

CAPTAÇÃO DE APOIOS – PROGRAMA MADEIRA 14-20O município tem vindo a acompanhar de perto a entrada em funcionamento do novoquadro de financiamento europeu - Madeira 14-20, no sentido de apresentarcandidaturas, designadamente, na área turística e cultural.

Seguem-se as medidas categorizadas como transversais aos três eixos:

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FICA NA CIDADETrata-se de um evento de cariz urbano,exemplo de democratização da cultura,que permite “reter” na cidade umsignificativo números de pessoas emhoras e dias menos prováveis. Oresidente e o turista agradecem.

ALTARES DE SÃO JOÃOTal como outras festividades religiosas,os altares de São João ajudam amanter vivas as tradições locais. Sãoeventos muito apreciados pelosturistas pois permitem-lhes conhecermais profundamente as tradições dopovo madeirense.

FUNCHAL JAZZTrata-se de um dos mais importanteseventos do calendário anual. Já énotória a sua importância em termosturísticos, na medida em que já severifica programação de férias alinhadacom este evento.

Segue-se a referência aos principais eventos de iniciativa municipal que, nas suas múltiplasfacetas, muito favorecem a qualidade do produto turístico oferecido pelo Funchal:

MUSEUS SAEM À RUATrata-se de uma iniciativa que pretende sensibilizar residentes e turistas para a riquezamuseológica disponível no município, nem sempre visitada com a frequência desejada,pelo que a sua exteriorização através de réplicas das obras, colocadas em espaçospúblicos, podem ajudar a dinamizar este património e a democratizar o acesso àcultura.

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FEIRA DO LIVROÉ um evento anual, que conta já com 41 edições, que ajuda a completar a ofertacultural da cidade, a promover a leitura e a dinamizar a economia.

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MAOS- “MusicArt OutSessions”É outro evento de cariz anual queacontece ao longo de quatrodomingos, com a valência dereunir diferentes estilos artísticosnum mesmo espaço, aberto e deacesso livre.

NO ESCURINHO DO CINEMATrata-se de uma iniciativa que o município pretende desenvolver como complementoàs restantes, na busca de satisfazer os mais variados desejos de quem nos visita.

EVENTOS REGULARES NO MERCADODOS LAVRADORESO Mercado dos Lavradores ofereceum calendário anual rico eminiciativas, que ajudam a promover aeconomia local e atraem muitosturistas. Destacam-se as FeirasTemáticas (gastronomia, velharias,artesanato e alfarrabista), aemblemática Noite do Mercado,Mercados Temáticos, entre outros.

STREET FOOD FUNCHALCom o nosso clima e os espaços públicos de qualidade de que dispomos, as iniciativasao ar livre são sempre muito apreciadas. Pretende-se que esta iniciativa promova osprodutos regionais.

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EVENTOS DESPORTIVOSO município do Funchal tem vindo a apostar fortemente no desporto, desde pequenasiniciativas de âmbito local a outras de âmbito nacional e internacional. Destacam-se asMaratonas, São Silvestre, EcoTrail, Downtown, Campeonato de Natação Adaptada,entre outros.

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A Madeira foi considerada, em 1999, Património Mundial Natural da Humanidade,

reconhecido pela UNESCO, através da fascinante floresta Laurissilva.

A Ilha da Madeira está entre as 7 Maravilhas de Portugal, recebendo da

organização o galardão na categoria “Florestas e Matas”.

Em 2012, os utilizadores do TripAdivsor classificaram o hotel Reid's Palace, o 25.º

melhor hotel do mundo.

A prestigiada revista Conde Nast Traveller, considerou a Madeira a 2.ª Melhor Ilha daEuropa, em 2012.

Em 2013, a cidade do Funchal foi a grande vencedora dos "Civitas Awards", prémios que

distinguem as cidades europeias que mais se destacam na promoção da mobilidadesustentável.

A Madeira foi considerada o melhor destino Insular na Europa, em 2013 e

2014, pela World Travel Awards.

Segundo a Trivago, na classificação dos melhores hotéis portugueses de 2014, o melhorHotel em Portugal é o madeirense The Cliff Bay.

Em 2015, o site norte-americano de viagens TripAdvisor, nomeou a Madeira como a 6.ªmelhor ilha do mundo e coloca o destino Madeira no 2.º lugar das preferências

turísticas de Portugal, logo a seguir a Lisboa.

Curiosidades

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O Funchal ostenta o galardão de Traveller´s Choice da Tripadvisor e ocupa o 18º lugar

no top 25 dos destinos favoritos para viajar na europa, ficando à frente de

cidades como Berlim e Viena.

O Funchal, inserido no destino Madeira, ostenta também o galardão de destino de

Excelência de Qualidade, atribuído pelo Organização Mundial do Turismo.

Os típicos carros de cesto, produzidos artesanalmente com vimes e madeira, foram

eleitos recentemente como um dos 7 transportes mais “cool” do Mundo, pelo

portal de viagens da estação de televisão norte-americana CNN.

Segundo “Portugal City Brand Rating”, o Funchal está classificado como o 2º melhormunicípio para visitar a nível nacional e o 1.º município para viver einvestir, a nível regional. É também o 10º município no ranking global nacional.

Em 2015, o estudo da Trivago.pt, coloca o Funchal como 3.º melhor municípiona reputação hoteleira, em Portugal.

O Funchal foi considerado a 6.ª melhor cidade europeia, na categoria Travellers Choice

2015, para destinos em alta.

A Ilha da Madeira é considerada o melhor destino insular do mundo pelos

World Travel Awards, 2015.

Curiosidades

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No Funchal, as flores caminham connosco…