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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
TURMA PDE 2016
Título: CONSCIÊNCIA CORPORAL “Compreender para Aprender”
A Importância da Psicomotricidade no Desenvolvimento do Educando com
Deficiência Intelectual
Autora: Silvana Franzon Mosconi
Disciplina/Área Educação Física
Escola de
Implementação
do Projeto e sua
Localização
Escola de Educação Básica Professora Maria de
Lourdes Canziani – modalidade de Educação
Especial – Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Educação de Jovens e Adultos
Av. Monteiro Lobato, 2420
Jardim Carvalho
Município da Escola Ponta Grossa
Núcleo Regional de
Educação
Ponta Grossa
Professor Orientador Prof. Dr. Alfredo Cesar Antunes
Instituição de Ensino
Superior
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Relação Interdisciplinar Ciências, Matemática
Resumo Partindo do pressuposto que todo indivíduo precisa descobrir seu corpo e tomar consciência de seus movimentos, o presente estudo tem por finalidade desenvolver atividades psicomotoras para educandos com Deficiência Intelectual nas aulas de Educação Física. Através deste trabalho almejamos construir e executar um programa com atividades lúdicas, voltadas à consciência corporal, por meio de conteúdos estruturantes e atividades psicomotoras, partindo de dados coletados em avaliação realizada, esperando assim, poder contribuir para a melhora da consciência corporal, das habilidades motoras e do desempenho escolar do educando.
Palavras-chave Consciência Corporal; Psicomotricidade,
Deficiente Intelectual
Formato do Material
Didático
Unidade Didática
Público Alvo Alunos do Ensino Fundamental – 1º ciclo na
faixa etária de 7 a 10 anos
APRESENTAÇÃO
O tema Consciência Corporal e a Psicomotricidade foi escolhido devido minha
prática pedagógica com educandos com necessidades educativas especiais por mais
de vinte anos. Embora esse percurso tenha se dado em municípios diferentes, as
peculiaridades são similares. Atualmente na Escola de Educação Básica Professora
Maria de Lourdes Canziani – modalidade de Educação Especial – Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos, tendo como mantenedora a
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, localizada no município de
Ponta Grossa e ao Núcleo Regional de Ponta Grossa.
Atuando como professora de Educação Física com experiência em todos os
Ciclos ofertados pela escola, vimos que se faz necessário visualizar com clareza os
caminhos que levam o educando com deficiência intelectual a aprimorar-se de
conhecimentos e habilidades face à sua aprendizagem educacional. Nesse sentido
precisamos refletir entre o que, para que e porque ensinar determinadas atividades
relacionadas ao conhecimento corporal durante as aulas de Educação Física.
Almeja-se através das aulas de Educação Física, auxiliar no que diz respeito à
Consciência Corporal, por meio de atividades recreativas e psicomotoras, dando
condições para o educando com deficiência intelectual melhorar a compreensão de
sua própria imagem, uma vez que ele necessita de um tempo maior para apropriar-se
de habilidades educacionais, linguísticas e motoras, e de que seja o mais
independente possível em suas atividades de vida diária, nos cabe questionar como
a psicomotricidade pode contribuir para despertar a consciência corporal do educando
com deficiência intelectual?
Aspectos Normativos da Educação Especial
É necessário visualizar com clareza os caminhos que levam o educando com
deficiência intelectual aprimorar-se de conhecimentos e habilidades face à sua
aprendizagem educacional. Nesse sentido precisamos refletir entre o que, para que e
porque ensinar determinadas atividades relacionadas ao conhecimento corporal
durante as aulas de Educação Física.
De maneira lúdica busca-se encontrar caminhos para que o educando desde a
mais tenra idade aumente seu leque de possibilidades com grandes perspectivas de
satisfação e êxito.
Para Rosadas (1994,p.30), citado no Manual de Educação Física: Esporte
Educacional (2009, p.9) o objetivo da educação física no processo educacional não é
a simples aquisição de habilidades, mas sim contribuir para o
desenvolvimento das potencialidades humanas. No aspecto
social, ajudar a criança a estabelecer relações com as pessoas
e com o mundo; no aspecto filosófico, ajudar a criança a
questionar e compreender o mundo; no aspecto biológico,
conhecer, utilizar e dominar o seu corpo; no aspecto intelectual,
auxiliar no seu desenvolvimento cognitivo.
Dentro da prática e aprimoramento das habilidades motoras já existe, de certa
forma, um saber fazer em constante mudança. Conhecimentos que vão se
aperfeiçoando e aprimorando ao longo dos anos, de acordo com as possibilidades e
especificidades de cada indivíduo.
No art. 205 da Constituição Federal diz que:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para
o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
A Educação Especial, de acordo com o Ministério da Educação (MEC/BRASIL,
1994, p. 28), “é um processo que visa promover o desenvolvimento das
potencialidades de pessoas com deficiências, condutas típicas e altas habilidades que
abrange os diferentes níveis de ensino”.
As pessoas com deficiência têm seu direito garantido de acordo com a
Constituição Federal de 1988:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a
garantia de:
...
III – atendimento educacional especializado aos portadores1 de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
1 É comum o uso de expressões como “pessoas portadoras de necessidades especiais” e “pessoas portadoras
de deficiência”, como sinônimos. Cabem aí alguns esclarecimentos. Primeiramente, é necessário esclarecer que necessidades especiais ou deficiências não se portam como objetos que são carregados de um lado a outro, dos quais pode-se desfazer quando bem se entende. Por conta disso, nos últimos anos, a expressão portador
Em culminância com a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do
Adolescente – ECA consolida como dever do Estado assegurar à criança e ao
adolescente o direito ao atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino, enquanto sujeitos de
direitos.
Onde se lê ‘preferencialmente’ não significa ‘exclusivamente’. Sendo assim, a
Constituição permite que a educação de pessoas com deficiência seja prestada em
outros espaços destinados a oferta de uma educação de qualidade.
A Secretaria de Estado da Educação define que
a oferta de serviços e apoios especializados, em Educação Especial, destina-se a crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais permanentes, em função de: – dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento, vinculados a distúrbios, limitações ou deficiências, que demandem apoios intensos e contínuos no processo educacional, como é o caso de alunos com deficiência mental, múltiplas deficiências e/ou transtornos de desenvolvimento associados a graves problemas de comportamento. (2006, p.44)
Considerando a importância das Escolas na modalidade de Educação Especial,
realizaremos nosso projeto na Escola de Educação Básica Professora Maria de
Lourdes Canziani – Modalidade de Educação Especial, em conformidade com a
legislação vigente, com organização política, administrativa e pedagógica, a qual
assegura os direitos, deveres e atribuições que expressam sua ação educativa.
Escola essa que atende aproximadamente 320 educandos, da Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos.
A mesma tem a finalidade de efetivar o processo de apropriação do
conhecimento, respeitando os dispositivos constitucionais Federal e Estadual, a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN nº 9394/96, o Estatuto da
Criança e do Adolescente – ECA, Lei nº 8069/90, a Legislação do Conselho Nacional
de Educação e do Sistema Estadual de Ensino no que se refere a Educação Especial.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN 9394/96 aborda
em seu artigo 2º que
a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
de tem sido evitada para se referir a esse grupo de pessoas, preferindo-se, em seu lugar, referir-se a pessoas com, ou alunos com necessidades educacionais especiais. (SEED/PR. p. 42, 2006)
Conforme a Declaração de Salamanca (UNESCO, 2004) toda pessoa tem o
direito fundamental à educação, tendo a oportunidade de atingir e manter o nível
adequado de aprendizagem e conhecimento, independentemente de suas
características, interesses, habilidades e necessidades, uma vez que lhe são únicas.
A Educação Física, através da educação psicomotora, pode contribuir com
grande relevância para com os educandos, respeitando as diversidades no contexto
educacional.
Psicomotricidade: O que é?
Falar em psicomotricidade é colocar o corpo em discussão, pois é o primeiro
instrumento de exploração e conhecimento do ser humano sobre o mundo. Todo
corpo apresenta movimentos. Os movimentos estão ligados à percepção, à
afetividade, som, gestos, tonicidade.
Ao se referir ao desenvolvimento motor, Lapierre (2004) diz que a pulsão de
movimento aparece antes mesmo do nascimento, permitindo a aquisição da força, da
resistência, da coordenação, do ajustamento dos gestos, do equilíbrio do corpo, entre
outras.
Dessa forma também se referem Freitas e Israel (2008), acreditando que a
Psicomotricidade é um componente essencial no desenvolvimento humano, onde toda
a dinâmica da motricidade, os movimentos amplos ou finos, direcionados ou não, vão
refletir diretamente no corpo. Sendo assim, a atividade psicomotora pode possibilitar
ao educando com deficiência intelectual novas vivências e experiências na construção
e organização no seu contexto educacional.
Perpassando essa ideia, concordamos com Queiroz (2014, p.6) de que o
educador “tem o dever de incluir e de estabelecer métodos para que todas as crianças
tenham uma relação social, cultural e afetiva, e que seus movimentos sejam
trabalhados para um desempenho no seu desenvolvimento e da sua aprendizagem”
(QUEIROZ, 2014).
Portanto, caberá ao professor de educação física ser mediador da proposta
curricular junto aos educandos com deficiência com o intuito de desenvolver nos
educandos “capacidades perceptivas, afetivas, de integração social, e o conhecimento
do seu corpo” (CARDOSO, 2013, p. 173), garantindo-lhes todos os direitos que lhe
são reservados, independentemente de suas peculiaridades.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Psicomotricidade (1984), a
Psicomotricidade “é uma ciência que tem por objeto o estudo do homem através do
seu corpo em movimento nas suas relações com seu mundo interno e externo.”
(ALVES, 2012, p.17).
A Psicomotricidade, na opinião de ALVES, “existe nos menores gestos e em
todas as atividades que desenvolve a motricidade da criança, visando ao
conhecimento e ao domínio do seu próprio corpo”. (2012, p.144). Sendo assim, ela se
torna primordial para o desenvolvimento global e uniforme da criança, do educando,
uma vez que o desenvolvimento do esquema corporal, orientação temporal,
lateralidade, estruturação espacial são fundamentais para a aprendizagem.
Para a formação de conceitos corporais é importante conhecer as partes,
funções, superfícies, relação de partes e de movimento do corpo. E através da
Psicomotricidade os educandos com deficiência intelectual poderão enfrentar desafios
e sobrepor barreiras, percebendo-se enquanto indivíduo partícipe do meio no qual
está inserido.
Por isso, se faz necessário que toda criança, independente de apresentar uma
deficiência ou não, tenha a oportunidade de viver em um ambiente que lhe proporcione
meios para seu desenvolvimento psicomotor. Que bom seria se toda criança tivesse
a oportunidade de brincar, jogar, movimentar-se, vivenciar os encantos existentes em
todas as brincadeiras livres, descontraídas e criativas, vivenciadas por muitos de nós
e que infelizmente estão sendo esquecidas e deixadas de lado por muitos pais e
educadores.
Consciência Corporal
Para entender de forma clara o que significa Consciência Corporal, recorri
primeiramente ao Mini Aurélio (2001, p.188), que nos dá o significado de Consciência
como sendo: “1. Atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria
realidade (...) estabelecer julgamento, (...) conhecimento...”. Corporal significando:
“relativo ao, ou, próprio do corpo” (ibid, p.199).
A palavra consciência tem origem no vocábulo do latim – ‘conscientia’, que é o
ato de uma pessoa enxergar-se presente no mundo em que vive, é poder vivenciar,
experimentar, compreender aspectos de seu mundo interior.
Poderíamos então dizer que Consciência Corporal é o conhecimento do próprio
corpo, reconhecendo os próprios movimentos, relacionados diretamente ao
autoconhecimento, aos próprios limites, interna e externamente.
Segundo Wallon apud Mattos (2008), esquema corporal é o elemento básico
indispensável para a formação da criança. É a consciência do seu próprio corpo,
consciência consigo mesmo, com os outros e com o meio em que vive.
Para Olivier (1995) apud Brandl (2002) “A consciência do corpo, em seus
determinantes psicológicos, sócio históricos, biológicos os quais não são distintos e
nem distinguíveis na práxis humana é condição fundamental à liberdade”. Liberdade
de escolha, de expressão, de diálogo corporal, de interação.
Concordamos com Vieira (2005) quando nos remete de que a comunicação
corporal está carregada de valores, de emoções e sentimentos expressados através
do gesto, do olhar, do tônus muscular, onde nossos medos e desejos podem ser
refletidos através de reações corporais.
Nosso corpo é a nossa identidade, carregada de pontos positivos ou negativos,
onde o toque pode nos trazer prazer ou repulsa, desejo ou angústia.
Na opinião de Vayer (1989) para que a criança possa comunicar-se com o
mundo que a rodeia e adaptar-se a novas situações, ela necessita “ter consciência,
controle e organização de seu próprio corpo” (p.60). E essa auto-organização do seu
EU só será possível se ela estiver numa comunicação ‘bem vivida’, caso contrário irá
repercutir em perturbações ou dificuldades a nível pessoal.
Considerando que o esquema corporal é uma noção que dá sentido à ação,
Vayer (1989) identifica as atividades centradas no eu: consciência de si mesmo, dos
elementos corporais, da respiração; coordenação dos elementos corporais e equilíbrio
corporal, como sendo atividades favorecedoras do desenvolvimento e estruturação do
esquema corporal.
Partindo dos pressupostos acima elencados corroboramos com a ideia de
Gallahue, Ozmun, Goodway (2013, p.299) de que “a imagem do corpo está
relacionada com a figura internalizada que a criança tem do próprio corpo e com o
grau de correspondência entre essa imagem e a realidade”. Ou seja, auto perceber-
se enquanto sujeito alto/baixo, gordo/magro, loiro/moreno é uma das questões que
pretendemos elencar com os educandos com deficiência intelectual, uma vez que o
autoconhecimento o tornará capaz de realizar determinadas tarefas de seu cotidiano.
A linguagem do corpo é a forma mais espontânea de expressar aquilo que
estamos sentindo. Quando falamos que o corpo ‘fala’, definitivamente estamos
expressando tal possibilidade, pois o corpo fala através do olhar, do ouvir, do sentir,
do tocar e do cheirar. Percepções que não precisam de palavras para exprimir certas
reações.
Aspectos do Desenvolvimento à Serem Contemplados
. Esquema Corporal
O esquema corporal vai resultar das experiências vividas, onde a criança vai
aprimorando gradualmente de acordo com a exploração que faz com seu próprio
corpo. De acordo com Le Bouch (1992) o esquema corporal é dividido em etapas:
- corpo vivido (até 3 anos de idade): o bebê percebe-se fazendo
parte do meio em que vive, realizando atividades motoras
espontâneas.
- corpo percebido (3 a 7 anos): vai deslocando sua atenção do meio
para seu próprio corpo, passando a aperfeiçoar e refinar seus
movimentos.
- corpo representado (7 a 12 anos): observa-se a estruturação do
esquema corporal.
Para Alves a noção de Esquema Corporal “representa a experiência que cada
um tem de seu corpo, quando em movimento ou em posição estática, em relação com
o meio”. (2012, p.56)
Por isso as crianças com deficiência intelectual não podem e não devem ser
tolhidas da oportunidade de brincar, de adquirir experiências e sensações corporais
que são inerentes à qualquer criança de sua idade.
Rezende ett all (2003) ao citarem Fonseca (1995) consideram a importância do
desenvolvimento motor para diferentes áreas do conhecimento, uma vez que os
movimentos voluntários são determinantes nas funções de aprendizagem em termos
de desenvolvimento psiconeurológico.
Isso independe do indivíduo apresentar ou não uma deficiência. Muito pelo
contrário, o educando com deficiência necessita de estímulos mais intensos para que
possam desenvolver-se tal qual ou condizente às crianças de sua faixa etária. Cabe
ao professor ser um facilitador de possibilidades e descobertas, oferecendo momentos
para que vivenciem plenamente seu corpo, alcançando um equilíbrio físico e
emocional.
Ainda, segundo Alves
“A partir do momento em que o indivíduo descobre, utiliza e controla o seu
corpo, o esquema corporal é estruturado e passa a ter consciência dele e de
suas possibilidades, na relação com o meio ambiente em que vive”. (2012, p.
54)
Por isso, os estímulos são de suma importância para que os educandos
consigam perceber-se e tenham a capacidade de expressar seus desejos e emoções,
conseguindo assim, atingir e controlar de maneira concreta todas as possibilidades de
seu corpo, como a capacidade de coordenar-se, equilibrar-se e localizar-se no
ambiente de forma ordenada.
. Estruturação Espacial
A Estruturação Espacial está relacionada as atividades visuais. É através das
experiências vividas consigo mesma e com o ambiente em que vive, que a criança vai
identificar-se enquanto parte integrante do meio, tendo a capacidade de situar-se e
orientar-se em relação ao próprio corpo, aos outros e aos objetos e ao meio que a
cerca.
De acordo com Machado & Nunes (2011, p. 34) “a noção espacial se inicia do
concreto para o abstrato; do objetivo para o subjetivo; do corporal para o externo. A
noção de espaço se desenvolve a partir do sistema visual”. Assim confirmando que a
noção espacial se desenvolve a partir do sistema visual e requer domínio do sujeito
para uma perfeita integração do sujeito no ambiente em que está inserido. Assim, um
dos maiores desafios da psicomotricidade escolar é fazer com que a criança possa se
reconhecer, interferir e agir nesses ambientes de forma consciente.
Le Bouch (1987, p. 9) afirma que “o espaço é o primeiro lugar ocupado pelo
corpo e no qual se desenvolvem os movimentos corporais. Este espaço vivido com
limites suaves é objeto de uma experiência emocional intensa (...)” E assim a criança
começa a ter consciência do corpo em relação ao meio.
Para tanto, se faz necessário considerar que é, no espaço social, o
desenvolvimento mais produtivo e mais duradouro. Almeida apud Oliveira, 2014), nos
mostra que
A falta de uma boa dominância espacial leva a criança a ter problemas de localização na escola, na cidade onde vive, em um passeio qualquer. Também tem sempre problemas de localização nos desenhos, nos mapas e, às vezes, pode até trocar letas de lado (letras espelhadas) porque não relaciona o traço à direção dele.
Ter consciência corporal, senso de lateralidade2 e direção se faz necessário
para perceber-se e perceber o espaço. Porém, de acordo com Le Bouch (1992), a
maneira mais correta de ajudar uma criança a conquistar e consolidar sua lateralidade,
é permitindo que a mesma exerça sua motricidade global, ou seja, garantir uma
educação psicomotora, seguindo e respeitando seu desenvolvimento.
. Percepção Temporal
É importante que a criança, além da percepção de corpo que vai adquirindo
através das experiências vividas, descubra que seu corpo como um todo também
pode se relacionar com um ritmo. Le Bouch (1992, p. 190) propõe um trabalho de
sincronização sensório-motora, onde a criança possa perceber sua adequação entre
ritmos corporais e os ritmos musicais, podendo desenvolver uma atenção perceptiva
na linha melódica, na sonoridade, timbre do instrumento, tempo e estruturas rítmicas.
A noção de tempo, desenvolvida a partir da audição é mais difícil para a criança
assimilar do que a noção de espaço, ou seja, é uma das mais difíceis e mais
complicadas para assimilar. Perceber os batimentos cardíacos, o tempo da nossa
respiração, o tempo cronológico que se refere a ontem, hoje, amanhã; manhã e tarde;
dias da semana, meses e ano e até mesmo o ritmo individual de cada ser humano
pode ser percebido.
Sugerimos aqui, seguindo os estudos de Le Bouch, que sejam oportunizadas à
criança com deficiência intelectual, o ajustamento de sua consciência no jogo, em
cantigas de roda, acompanhamento em temas musicais com instrumentos de
percussão e movimentos corporais.
2 Não iremos nos aprofundar à questão da lateralidade, porém, de forma indireta, ela será trabalhada e desenvolvida de acordo com as atividades propostas.
. Equilíbrio
Vários sentidos contribuem e auxiliam na coordenação do equilíbrio sofrendo
influência da estimulação visual, tátil-cinestésica e vestibular. O uso dos olhos permite
à criança focar um ponto de referência para manter o equilíbrio.
O equilíbrio é definido como estático ou dinâmico. O primeiro refere-se a
capacidade de manter-se em repouso; enquanto que o segundo refere-se à
capacidade de manter o corpo em movimento de maneira retilíneo uniforme. Os
fatores psicológicos, também tem grande importância no equilíbrio.
Na opinião de Alves (2012) o Equilíbrio é um dos movimentos mais nobres,
uma vez que o indivíduo cresce e evolui, e é o equilíbrio que vai propiciar sustentação
e manutenção ao indivíduo.
Fazer uma reunião com os pais dos educandos para esclarecer o trabalho
que será desenvolvido para com seus filhos e assinatura do Termo de
Consentimento para a aplicação do Projeto e uso de imagem se necessário for.
(anexo A)
http://educacaoinfantiladventista.blogspot.com.br/2012/06/atividades-psicomotoras-jardim-ii-manha.html
Realizar uma Avaliação, utilizando-se como base a Bateria Psicomotora (BPM)
de Fonseca (1995). Nesta Bateria o autor propõe uma Avaliação com os seguintes
fatores: Tonicidade, Equilíbrio, Lateralidade, Noção do Corpo, Estruturação Espaço
Temporal, Praxia, Coordenação Dinâmica Manual. Fonseca apresenta juntamente
com a BPM uma tabela para que se possa analisar o nível em que o educando se
encontra. Por exemplo, se o educando se mantém em equilíbrio estático durante 20
segundos sem abrir os olhos, sua pontuação será 4, ou seja, nota máxima,
considerando que a mesma vai de 1 a 4, conforme seu desempenho. (Ver anexo C).
Como nosso interesse é a Consciência Corporal, optamos por avaliar os
educandos, seguindo 3 fatores da BPM: equilíbrio, noção do corpo, estruturação
espaço-temporal. A avaliação será individual, com duração de 60 minutos para cada
educando, totalizando 16 horas entre Avaliação e Reavaliação. Os 03 fatores acima
citados, serão analisados e observados ao menos uma vez por semana, pois as
atividades serão especificamente para desenvolver tais habilidades. (Ver tabela com
os fatores e pontuação de cada atividade em anexo B).
Organizar a ficha de Observação (anexo D) a qual será utilizada uma para cada
aula. Na mesma irá conter o objetivo esperado para aquele dia, com alternativas para
assinalar se o educando AT (atingiu), ATP (atingiu parcialmente) ou NAT (não atingiu)
os objetivos esperados. Ao lado constará de um espaço caso seja necessário fazer
alguma observação.
http://danielemachado7.blogspot.com.br/2013/01/atividade-de-psicomotora.html
Serão realizadas 24 aulas, com a duração de uma hora cada. Em cada aula,
serão propostas atividades psicomotoras, brincadeiras livres e lúdicas, onde
buscaremos intervir nas dificuldades psicomotoras apresentadas pelos educandos
durante a Avaliação. Para o registro dessas aulas faremos anotações individuais e
diárias, relatando como o educando responde ao que lhe é proposto.
Na descrição de cada aula poderá ser visto um código correspondente ao fator
da Avaliação que pretendemos atingir durante a Avaliação, conforme a Tabela de
Referência das Tarefas. (Ver anexo C).
Poderemos verificar no anexo E quantas vezes os fatores relacionados ao
desenvolvimento psicomotor foram englobados durante as atividades propostas, para
que, na reavaliação, possamos analisar quais os aspectos atingiram, ou não
atingiram, os objetivos propostos.
ORGANIZANDO A FILA DIVERTIDA
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A escola adota um sistema em que os professores de educação física e arte
buscam e levam os educandos na sala de aula. Aproveitando esse momento, vamos
propor que os educandos em cada ida e volta das aulas de educação física, possam
se organizar e deslocar-se de forma diferente.
Objetivos: Caminhar de diferentes maneiras, desenvolvendo o equilíbrio, estruturação
espaço-temporal, ritmo, coordenação motora ampla, toda vez que sair da sala até o
local da aula.
- Maneiras de locomover-se:
. na ponta dos pés
. nos calcanhares
. pé ante pé
. pulando com dois pés juntos
. caminhando com dois pés alternadamente
. andando de lado
. marchando
. andando de costas
Nesta primeira aula, reforçaremos a identidade de cada educando, dando a
oportunidade para que se expressem oralmente e através de movimentos.
CRIANDO MOVIMENTOS
Percepção: Noção Corporal
Fatores da Avaliação: 2A, 2E
Objetivos: Reforçar sua identidade; exercitar diferentes esquemas motores.
Materiais: 1 aro
Desenvolvimento:
. Formar um círculo e ao meio colocar o aro.
Começando pelo professor, este deverá ir até dentro do círculo, falar seu nome e
fazer um movimento, o qual deverá ser imitado pelos educandos. Em seguida, um
educando por vez, vai ao centro e faz o mesmo.
Variação: repetir o nome do colega e imitá-lo.
Sugestão: caso o educando apresente dificuldade em expressar-se oral e/ou
corporalmente, o professor vai junto ao círculo.
MONTANDO O CORPO
Percepção: Noção Corporal
Fator(es) da Avaliação: 2A, 2E
Objetivos: Reconhecer e perceber a estrutura do corpo
Materiais: boneco desmontável, boneco desmontável em papel,1 aro
Desenvolvimento:
Entregar a cada aluno a figura de um boneco todo desmontado, para que
brinquem de unir suas partes.
* Observar se o educando consegue montar o corpo de forma correta.
Nesta aula, vamos dar ênfase à respiração e trabalhar com a dominância de
direita e esquerda, utilizando uma fita no braço direito do educando.
ATIVIDADES COM BALÕES (1)
Percepção: Noção Corporal
Fator(es) da Avaliação: 2C
Objetivos: Perceber e exercitar a respiração
Materiais: Balões Coloridos, 1 corda grande
Desenvolvimento:
O professor enche um balão grande na frente dos educandos, enfatizando à
eles que está colocando ar ali dentro.
- “O que acontece com o balão?” “Enche-se de ar” ...
- Esvaziar o balão lentamente, mostrando que o ar está saindo.
- Soltá-lo para que voe longe.
- Convidar os educandos para serem os balões. Quando o professor falar ‘balão
cheio!’ os educandos devem puxar o ar para dentro inspirando pelo nariz e fazer como
se estivesse inflando. Quando o professor falar: ‘balão vazio!’ os educandos soltam o
ar, caindo ao chão.
Variação: de olhos fechados
ATIVIDADES COM BALÕES (2)
Percepção: Estruturação Espaço-Temporal
Fator(es) da Avaliação: 2B
Objetivos: Explorar e perceber o corpo em diferentes movimentos
Materiais: Balões Coloridos, 1 corda grande, fitas coloridas
Desenvolvimento:
Amarrar uma fita no braço direito de cada educando.
Dispor pela sala diversos balões, de cores diferentes e proporcionar que os
educandos os explorem criando diferentes movimentos entre:
- professor e educando;
- educando e educando;
- jogar para cima, pegar;
- jogar de diversas formas (para o alto, para frente, com a cabeça, com a mão, com
os pés, com o joelho, etc);
- explorando as partes do corpo (jogar com a cabeça, com a mão, bumbum...).
- colocar uma corda ao meio, dividir a turma. Devem lançar o balão sobre / sob a corda
não deixando balões do seu lado.
Nesta aula serão explorados os movimentos corporais e a imitação.
REPRESENTAR E EXPLORAR O CORPO GRAFICAMENTE
Percepção: Noção Corporal
Fator(es) da Avaliação: 1Bb, 2A
Objetivo: Expressar-se através de seu corpo
Material: retroprojetor (ou lanterna)
Desenvolvimento: Representar e esquema corpóreo e desenvolver
O professor deverá escurecer a sala e depois colar nas paredes folhas de papel
brancas (se necessário). Acende-se o projetor ou uma lanterna. Uma criança de cada
vez, deverá mover-se diante do projetor, fazendo movimentos variados, enquanto os
colegas a observam.
Variação: imitar o colega que está fazendo o movimento.
Percepção: Estruturação Espaço-temporal
Fator(es) da Avaliação: 2A, 1Ab, 1Bb, 1C
Objetivos: Desenvolver o esquema corporal, coordenação motora global e
estruturação espaço-temporal
Material: giz escolar
Desenvolvimento:
Desenhar os educandos no chão da sala e ao comando do professor:
- caminhar fora do desenho,
- dentro do desenho,
- caminhar pé ante pé sobre o desenho,
- caminhar na ponta dos pés sobre o desenho,
- caminhar para o lado direito (amarrar a fita no braço direito)
Trabalhar com bambolês é sempre muito prazeroso. Com ele podemos fazer
uma casa, o volante de um carro, um alvo para acertar um objeto.
ATIVIDADES COM BAMBOLÊS (grandes e pequenos)
Percepção: Estruturação Espaço-Temporal, Equilíbrio e Noção Corporal
Fator(es) da Avaliação: 1Ac, 1Bc, 1Bd
Objetivos: Desenvolver a coordenação motora ampla, o esquema corporal, ampliar o
equilíbrio e estimular a orientação espaço-temporal.
Materiais: Bambolê
Desenvolvimento:
1. Entregar para cada educando um bambolê e criar diferentes movimentos:
- jogar para o alto e tentar segurar;
- girar em torno da mão, do pulso, pescoço ou cintura;
- rolar para frente;
- rolar para um colega e pegar o bambolê do colega;
- girar na frente como um pião;
- jogar e tentar acertar um cone à frente
- Posicionar os bambolês em colunas e pedir para os educandos:
. saltar com os dois pés dentro dos bambolês (fazer de conta que é uma casa);
. saltar ora com o pé direito, ora com o pé esquerdo;
. saltar com os dois pés juntos, com a mão na cintura, na cabeça, na barriga
(conforme o comando do professor).
2. Dispor os educandos em uma única fila, lado a lado, cada um segurando um
bambolê na mão, colocados em pé à sua frente. Um dos educandos passará por entre
eles, como se fosse um túnel. Ao sair do túnel, retornará ao início da fila, assumirá o
lugar do colega e este, passará pelo túnel.
Variação: passar engatinhando de frente e de costas.
Conseguir identificar e desenhar as principais partes do corpo, não é uma tarefa
fácil para os educandos com deficiência intelectual. No entanto, veremos o que eles
conseguem fazer nesta aula.
DESENHANDO O CORPO
Percepção: Noção Corporal
Fator(es) da Avaliação: 2E
Materiais: Pincéis atômico, papel craft.
Objetivos: Identificar as partes do próprio corpo.
Desenvolvimento:
- Desenhar o corpo de cada educando numa folha de papel craft. Depois do desenho,
pedir que cada um desenhe as partes do corpo no desenho de seu corpo. (olhos,
nariz, boca, orelha, unhas, joelho...)
. Observar atentamente se o educando consegue desenhar as partes do corpo o mais
preciso possível.
Hoje vamos desenvolver a habilidade tátil. Tentar reconhecer nosso colega
tateando-o será um dos objetivos dessa aula e depois, vamos testar o equilíbrio de
forma divertida.
DESCUBRA QUEM É
Percepção: Noção Corporal
Fator(es) da Avaliação: 2C
Objetivos: Desenvolver a percepção tátil
Materiais: Um lenço ou uma tira de pano
Desenvolvimento:
. As crianças sentadas em círculo e um deles ao centro de olhos vendados. Em
silêncio, o professor indica um educando para ser tateado pelo colega com venda e
tentar descobrir quem é. Pode ser dado dicas: alto/baixo, cabelos curtos/compridos...
PÉ NA LATA
Percepção: Equilíbrio
Fator(es) da Avaliação: 1A, 1B, 1Bb, 3B, 3C
Objetivos: Experimentar coordenação e equilíbrio em movimento.
Materiais: 02 latas de achocolatado ou leite em pó para cada educando, 01 prego, um
martelo, barbante ou fio de nylon (confeccionar antes de realizar a atividade).
. Confecção do Material: Fazer dois furos no fundo da lata. Passar uma corda de nylon
de aproximadamente 1,5 metros pelos furos feitos no fundo da lata e fazendo um nó
bem forte na parte de dentro da lata. Colocar uma tampa e decorar com retalhos de
tecido, adesivos ou tinta.
Desenvolvimento:
Os alunos sobem nas latas e tentam se equilibrar segurando nas cordas.
Procurar caminhar primeiramente na grama, pelo pátio; de frente, de costas; percorrer
um caminho determinado pelo professor.
Variação: Caminhar com um canudo na boca...
As histórias sempre desenvolvem a imaginação. Além da história dramatizada,
vamos resgatar nesta aula, a brincadeira do ‘gato e rato’.
NOÇÃO CORPORAL
Percepção: Noção Corporal
Fator(es) da Avaliação: 2A, 2D
Objetivos: Desenvolver a percepção auditiva, consciência corporal.
Materiais: nenhum
Desenvolvimento: Contar a história, enquanto os educandos vão executando o que é
falado:
- O LEÃO E O RATO
Certo dia o rato saiu da toca correndo. (Correr)
Muito assustado estava o rato correndo, pois fugia do gato preto. (Fazer cara de
assustado).
No caminho encontrou o leão, levou um grande susto e começou a tremer. (Tremer)
O rei dos animais vendo o ratinho tão nervoso, não lhe fez mal nenhum
e deixou que ele seguisse seu caminho.
Um dia o leão caiu em uma armadilha e por mais que movimentasse o corpo
não conseguia sair. (movimentar o corpo inteiro).
Fez força (movimento de empurrar), rugiu furioso mas de nada adiantou.
O rato que naquele dia passava por ali, viu o desespero do amigo e resolveu
roer as cordas da rede com muita paciência.
Quando terminou estava cansado, mas muito feliz, então começou a dar pulos de
alegria (saltar).
Saltou tanto que começou novamente a ficar cansado,
tão cansado que mal conseguia respirar e respirava assim (respirar bem devagar).
O leão, vendo-se livre, agradeceu ao ratinho e prometeram ser amigos para
sempre.
http://paraisodoeducando.blogspot.com.br/2012/01/historias-com-movimentos.html
BRINCAR DE GATO E RATO
Percepção: Estruturação Espaço-Temporal
Fator(es) da Avaliação: 1B, 3A
Objetivos: Desenvolver agilidade e noção espaço-temporal
Materiais: uma máscara de gato e uma de rato
Desenvolvimento:
Educandos em círculo de mãos dadas. Um educando será o gato (pegador)
que ficará do lado de fora o círculo, o outro será o rato (o perseguido), o qual ficará do
lado de dentro do círculo. Ao pronto do professor, o gato tentará pegar o rato. Quando
isso acontecer, ambos escolhem um colega para ir no seu lugar.
Esperamos nesta aula que os alunos consigam seguir caminhos, respeitem as
regras e possam perceber o ritmo das bolas lançadas.
SEGUIR AS SETAS
Percepção: Equilíbrio
Fator(es) da Avaliação: 1A, 1B, 1Bb, 2A, 3B, 1C
Objetivos: Reforçar conceitos de esquema corporal, coordenação motora global,
ritmo, orientação espacial e lateralização.
Materiais: giz ou fita crepe
Desenvolvimento:
O professor deve preparar o ambiente antes com o desenho e a direção das
setas. Pedir para que os educandos caminhem sobre as mesmas.
- Ora terá apenas uma seta, onde deverão caminhar pé ante pé;
- ora duas setas, com um pé em cada seta.
Variação: caminhar - com passos pequenos
- com passos grandes
- na ponta dos pés
- nos calcanhares
- com joelhos para dentro/para fora
- de costas
MAIS RÁPIDO QUE A BOLA
Percepção: Estruturação Espaço-Temporal
Fator(es) da Avaliação: 3ª, 3C
Objetivos: Perceber distâncias, reforçar agilidade e estruturação temporal.
Materiais: giz, bola de borracha
Desenvolvimento:
Aproveitar as setas desenhadas no chão, ou, desenhar duas linhas no chão
distantes uma da outra. O grupo de educandos ficará de um lado, o professor lança a
bola deslizando pelo chão em linha reta, na direção da chegada, ora mais rápido, ora
mais lento. Os educandos deverão atravessar a linha de chegada antes que a bola
e/ou depois da bola, conforme o comando do professor.
Os tecidos permitem criar vestimentas, capas de super-heróis, criar
personagens. Utilizar tecidos nas aulas é ter certeza de que os educandos irão criar
diferentes maneiras de brincar e se divertir muito.
BRINCANDO COM TECIDOS
Percepção: Noção corporal
Fator(es) da Avaliação: 3A
Objetivos: Explorar o espaço e o corpo utilizando tecidos
Materiais: - 1 barraca de camping (ou montar uma cabana com um tecido bem grande)
- 1 lençol (ou tecido leve) para cada educando
Desenvolvimento:
Entregar 1 lençol para cada educando, deixando-os explorar livremente. Podem
puxar, cobrir-se, fazer uma ‘cama’. Após a exploração do tecido, deitar, enrolar-se e o
professor vai passando em cada criança, acariciando, tocando as partes do corpo,
nomeando as mesmas.
Variação: os educandos podem brincar de ‘fantasmas’, cobrindo a cabeça; fazer
cabo de guerra...
Brincar com bolas é sempre muito prazeroso. Além de explorar o ambiente com
as bolas coloridas, os educandos irão desenvolver também o raciocínio lógico
matemático.
BOLICHE COM LATAS
Percepção: Estruturação Espaço-temporal
Fator(es) da Avaliação: 1B
Objetivos: Adquirir capacidade de direcionamento, contar numericamente e esperar a
sua vez.
Materiais: 20 latas de refrigerante decoradas, 8 bolas de borracha pequenas
Desenvolvimento:
Um educando de cada vez, deverá pegar as 6 bolas e tentar derrubar as latas,
as quais estarão sobrepostas umas às outras. Ao final, serão contadas e marcadas
quantas latas cada educando derrubou.
Variação: lançar a bola de olhos fechados.
Observação: marcar numa cartolina, com desenhos a quantidade derrubada, para que
possam observar e analisar quem derrubou mais ou menos.
BRINCANDO COM BOLAS
Percepção: Estruturação Espaço-temporal, Noção Corporal
Fator(es) da Avaliação: 3A,
Objetivos: Desenvolver orientação espaço-temporal, direção, equilíbrio
Materiais: 8 bolas de borracha pequenas
Desenvolvimento: Cada educando pega uma bola de borracha pequena.
- Andar jogando a bola livremente com as duas mãos.
- Andar jogando a bola com uma mão e pegando com a outra.
- Andar jogando a bola de uma mão para outra.
- Andar passando a bola por baixo das pernas (ora direita, ora esquerda).
- Andar soltando a bola ao chão, tentar chutar para o alto e pegar.
- Brincar livremente.
Nesta aula utilizaremos um material sem custo algum, fácil de ser encontrado
e que os educandos adoram brincar. As caixas de papelão podem se transformar em
casas, carros e objetos diversos que podem ser transformados de acordo com a
criatividade de cada educando.
FAZENDO CASAS COM CAIXAS DE PAPELÃO
Percepção: Noção Corporal, Estruturação Espaço-Temporal
Fator(es) da Avaliação: 2, 3
Objetivos: Desenvolver a criatividade, a interação com os colegas, iniciativa
Materiais: Caixas de papelão, 1 lençol em cada caixa
Desenvolvimento:
- Distribuir pela sala várias caixas de papelão, ao menos uma para cada educando.
- Deixar livre para que os educandos tomem iniciativa. Podem entrar nas caixas
individualmente, dois a dois.
- Podem cobrir-se com os lençóis, esconder-se embaixo das caixas.
- A caixa pode virar um ‘carro’, onde o educando pode ser puxado.
Vestir-se e ainda tentar ser ágil para ganhar do colega não é uma tarefa fácil
mas, com muito incentivo, eles irão conseguir.
VESTIR-SE
Percepção: Noção Corporal
Fator(es) da Avaliação: 1, 2A,
Objetivos: Desenvolver o esquema corporal, a coordenação motora ampla,
coordenação viso-motora, orientação espaço temporal.
Materiais: 02 paletós (ou jaquetas), 2 chapéus, 2 bolas, 4 cadeiras
Desenvolvimento:
Dois educandos de cada vez, sentados em uma cadeira. À frente de cada um,
distante mais ou menos 2 metros, colocar uma cadeira, com um paletó, um chapéu e
uma bola. Ao sinal do professor o educando deverá ir até a cadeira e fazer o seguinte:
- vestir o paletó
- colocar o chapéu na cabeça
- pegar a bola
- deslocar-se até a cadeira que estava sentado, dar a volta na cadeira,
- ir até a cadeira onde estava o paletó, o chapéu e a bola e tirá-los
- correr e voltar a sentar
- segue com outras duplas3
Os tecidos novamente serão utilizados para auxiliar a criatividade e as
atividades em grupo.
TAPETE VOADOR
Percepção: Estruturação Espaço-temporal
Fator(es) da Avaliação: 1, 1A, 1Ab,
Objetivo: Compreender conceitos espaço-temporal
Materiais: lençol (ou outro tecido) bem grande e leve, 4 lençóis pequenos, música,
bolas leves e pequenas (ou balão)
Desenvolvimento: Os educandos seguram o lençol, cada um numa parte do tecido,
deslocando-se pela sala. Ao comando do professor:
- correr com o tecido na altura da cintura;
- correr na ponta dos pés, nos calcanhares....
- elevando no alto;
- “todos embaixo” (onde as crianças devem ir para baixo do tecido);
- “todos os cima” (deverão colocar-se em cima do tecido)
Variação: Colocar uma bola pequena sobre o tecido, caminhar segurando o tecido,
sem deixa-la cair.
: Fazer movimentos para cima com o lençol elevando a bola, sem deixá-la
cair.
: Colocar várias bolas leves e coloridas sobre o tecido.
3 (Adaptação da atividade Conclusão da Maratona, de OLIVEIRA, R. R. C. P. de) disponível em http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_uenp_edfis_pdp_maria_rosangela_cunha_pinto_de_oliveira.pdf)
: Cada 2 alunos segurando um lençol pequeno com uma bola pequena em
cima, jogando-a para o alto e controlando para não cair. (Pode substituir a bola por
balão).
Nesta aula, os educandos poderão brincar, criar e explorar o ambiente e os
objetos.
EXPLORAR O CORPO COLADO
Percepção: Noção Corporal e Equilíbrio
Fator(es) da Avaliação: 1, 1B, 1Bc, 1Bd
Objetivos: Mover-se no espaço explorando diferentes maneiras de locomoção.
Materiais: Aparelho de som, bolinhas de tênis, pedaços de tecidos.
Desenvolvimento: Formar duplas. Caminhar pela sala de mãos dadas; enganchados;
de costas entrelaçados; com os pés amarrados (3 apoios); com uma bolinha na testa.
O CAMINHO DAS PEDRAS
Percepção: Equilíbrio
Fator(es) da Avaliação: 1, 2D,
Objetivos: Explorar o espaço, reforçando o domínio de deslocamentos
Materiais: Cubos de madeira, step, bancos, ou outros materiais de mais ou menos
10/20/30 cm.
Desenvolvimento:
Distribuir pela sala os materiais, formando um caminho, onde os educandos
deverão caminhar sobre eles.
Historiar o caminho, como se os blocos fossem pedras e embaixo tivesse um
rio, um jacaré....
. Pode-se colocar uma tábua entre um cubo e outro como se fosse uma
ponte.
Associar música, movimento e diversão é o que buscamos nesta 15ª aula.
TOQUE O CORPO
Percepção: Noção Corporal
Fator(es) da Avaliação: 2C
Objetivos: Experimentar novos esquemas corporais, atenção
Materiais: música
Desenvolvimento:
Cantar a música “cabeça, ombro, joelho e pé, joelho e pé...” e o educando
deverá tocar a parte falada. O professor deverá ir falando partes do corpo no meio
para que os educandos prestem atenção na sua voz. Por exemplo: cabeça, ombro,
joelho, coxa e pé, coxa e pé...
Variação: Para aumentar a dificuldade, pode ser dado dois comandos: uma mão no
nariz e a outra no pé.
ESTÁTUA
Percepção: Noção Corporal e Equilíbrio
Fator(es) da Avaliação: 1, 1A
Objetivos: Treinar diferentes posições de equilíbrio estático
Materiais: música
Desenvolvimento:
Movimentar-se pela sala ao ritmo da música, variando frequentemente entre
diversos ritmos: lento, rápido, corrida, saltando, saltitando. Quando a música parar
todos deverão ficar imóveis como estátua. Quanto mais tempo os educandos ficarem
parados, maior será o grau de dificuldade.
Variação: Quando a música parar, devem parar em diferentes posições e ou conforme
o comando do professor: “joelho e testa no chão”, “bumbum no chão e pernas para
cima”.
Nesta aula os educandos irão imitar animais, descobrir e ultrapassar labirintos.
IMITANDO OS ANIMAIS
Percepção: Noção Corporal
Fator(es) da Avaliação: 2A, 2C
Objetivos: Experimentar diferentes movimentos corpóreos
Materiais: música
Desenvolvimento:
O professor coloca diferentes sons, e sons de animais para os educandos
ouvirem. Ao identificarem o som de um animal, tem que falar o nome do animal.
Variação: Repetir os sons e quando identificarem o animal, devem fazer os
movimentos que o animal faz.
EMARANHADO DE BARBANTES
Percepção: Estruturação Espaço-Temporal
Fator(es) da Avaliação: 1B, 1Bc, 1Bd
Objetivos: Reforçar agilidade e destreza dos movimentos
Materiais: Vários metros de barbante (ou corda fina), cadeiras, espaldar etc
Desenvolvimento:
Com a ajuda dos educandos montar um labirinto com barbantes,
transpassando de um ponto à outro, ora mais alto, ora mais baixo.
Ao comando do professor eles devem arrastar-se embaixo dos emaranhados,
ficar em pé, caminhar sobre os barbantes.
Variação: fazer o percurso 2 x 2 de mãos dadas.
: fazer o percurso imitando animais conforme o comando do professor
(saltando como o coelho, se arrastando como cobra, saltando sobre a corda mais
baixa com os dois pés juntos, entre outros)
Nesta 17ª aula, conforme o comando do professor, os educandos irão imitar os
diferentes meios de transporte. Depois, para passar pelo arco, poderão escolher
algum ‘meio de transporte’ à sua escolha.
IMITAR OS MEIOS DE TRANSPORTE
Percepção: Noção Corporal
Fator(es) da Avaliação: 2A, 2D
Objetivos: Reforçar o domínio corporal por meios de diferentes esquemas motores
Materiais: nenhum
Desenvolvimento:
Conforme orientação do professor, imitar os meios de transporte:
- avião (ficar num pé só e estender as mãos ao lado do corpo);
- trem (fazer uma fila e andar todos juntos);
- carro, ônibus;
- bicicleta (deitar no chão e fazer movimentos com as pernas);
- carrinho de mão (um com as mãos no chão e o outro segura nas pernas).
QUEM VAI RÁPIDO E QUEM LANÇA MAIS LONGE
Percepção: Estruturação Espaço-Temporal
Fator(es) da Avaliação: 3
Materiais: Bambolês, cordas pequenas, jornal, papel sulfite
Desenvolvimento:
1. Dividir os educandos em duas colunas, dois metros à frente coloca-se um arco para
cada equipe. Ao sinal do professor, o primeiro de cada coluna corre em direção ao
arco, passa pelo corpo, coloca no chão e corre em direção à sua equipe atrás do
último aluno. Vence a equipe que conseguir terminar primeiro a atividade.
2. Pendurar, amarrados em cordas, diversos bambolês na trave da quadra. Distribuir
aos educandos papel sulfite colorido (cores diferentes, se possível) e tentar
confeccionar com eles avião de papel (para os que não conseguirem entregar o avião
pronto). Ao sinal do professor lançar os aviões dentro dos bambolês.
Obs.: caso os educandos tenham dificuldade em lançar os aviões, amassar e fazer
bolinhas de papel.
Além de transpor obstáculos, os educandos terão que equilibrar objetos. Um
ótimo desafio para todos os educandos nesta aula.
GARÇON EQUILIBRISTA
Percepção: Equilíbrio
Fator(es) da Avaliação: 1, 1A, 3B, 3C
Objetivos: Adquirir uma correta postura, equilíbrio em movimento
Materiais: pratos de plástico, comidinhas de brinquedos, objetos para fazer obstáculos
(cones, cadeiras, mesas pequenas, step, cordas, banco sueco, bambolê)
Desenvolvimento: Dispor a sala com obstáculos feitos com diferentes materiais.
Percurso a seguir:
- colocar 2 cordas para passarem entre as mesmas;
- amarrar uma corda nos cones, para passar sobre a corda;
- caminhar em ziguezague entre cones;
- subir e descer de um step
- caminhar sobre o banco, descer no bambolê...
1º. Realizar o percurso individualmente sem material algum na mão.
2º. Realizar o percurso dois a dois
3º. Entregar um prato com as frutas para que o educando realize o percurso sem
deixar cair os objetos do prato.
Variação 1: Caso o educando deixe uma ou mais frutas caírem, começa o percurso
novamente. Se o educando não conseguir equilibrar o prato e manter as frutas dentro
do mesmo, toda vez que deixar cair uma ou mais frutas, o professor deve segurar as
mesmas, para ver quem chega ao final do percurso com todas as frutas.
Variação 2: Pode tentar equilibrar ora com a mão direita, esquerda, na cabeça,
engatinhando e com o prato nas costas.
Vamos explorar os bastões nesta aula, desenvolvendo o equilíbrio e orientação
espaço-temporal.
EQUILIBRANDO O BASTÃO
Percepção: Equilíbrio
Fator(es) da Avaliação: 1Ab, 1Ba
Objetivos: Desenvolver o esquema corporal, coordenação motora global, equilíbrio,
orientação espaço-temporal
Materiais: Bastões grandes e pequenos
Desenvolvimento:
- com bastão pequeno:
. elevar os bastões acima da cabeça com os braços esticados e caminhar na ponta
dos pés;
. caminhar passando o bastão em volta da cintura / entre as pernas elevadas;
. saltitar passando o bastão de uma perna para outra;
. distantes um do outro, jogar o bastão de uma mão para outra.
- com bastão grande:
. segurar o bastão com os braços estendidos;
. caminhar com o bastão nas costas, na horizontal, preso pelas axilas;
. lançar o bastão na horizontal para cima e pegá-lo antes de cair no chão.
ESTAFETA COM BASTÃO
Percepção: Estruturação Espaço Temporal, Equilíbrio
Fator(es) da Avaliação: 1Ab, 1B, 1Ba
Objetivos: Reforçar o equilíbrio dinâmico
Materiais: 2 bastões grandes
Desenvolvimento:
Dividir a turma em duas equipes. Os primeiros de cada equipe de posse de um
bastão. Demarcar uma linha a mais ou menos 2 metros de distância. Ao sinal do
professor, o primeiro de cada coluna corre até a linha demarcada, deixa o bastão no
chão, volta correndo em direção a sua equipe na palma da mão do colega e vai para
trás da coluna; o segundo corre em direção ao bastão, pega-o do chão e volta
correndo em direção a sua equipe, entregando o bastão ao seu colega e corre atrás
da coluna e assim sucessivamente.
Desenvolver a respiração e procurar respirar adequadamente enquanto pula
corda, é um desafio desta aula.
O SOPRO
Percepção: Noção Corporal
Fator(es) da Avaliação: 2
Objetivos: Reforçar as capacidades respiratórias e a noção corporal
Materiais: Canudos, jornal, bolinhas de isopor
Desenvolvimento:
Deixar as crianças explorarem os materiais de diferentes maneiras: sentir o
peso, jogá-los para cima, para frente, lançar ao colega... Os educandos devem estar
dispostos em uma linha. Ao sinal do professor transportar os objetos soprando com a
boca ou com a ajuda de um canudo. Devem mover-se em apoio de quatro, porém,
sem colocar as mãos no objeto. Primeiramente transportar folhas de papel/jornal,
bolinhas de papel, bolinhas de isopor.
BRINCANDO COM CORDAS
Percepção: Estruturação Espaço-temporal e Equilíbrio
Fator(es) da Avaliação: 1Ab, 1Bc, 1Bd, ,1C
Objetivos: Desenvolver a noção espaço-temporal, equilíbrio
Materiais: Cordas pequenas, 1 corda grande
Desenvolvimento:
- Distribuir aos educandos uma corda para cada um. Deixar brincarem livremente.
Fazer cobrinha à frente do corpo, ora com a mão direita, ora com a esquerda.
- Colocar a corda no chão, unir as pontas, entrar dentro e brincar conforme o comando
do professor - ‘dentro e fora’.
- Fazer a primeira letra do seu nome com a corda (ou duas se necessário).
- Esticar a corda ao chão:
. pular para frente e para trás
. pular de um lado para outro, em ziguezague - em um pé só, ora direito, ora
esquerdo; - com os dois pés juntos; - de costas.
- Com a Corda Grande:
. o professor faz ‘cobrinha’ horizontal e verticalmente, para os educandos pularem
de um lado para outro;
. esticar a uma certa altura, para que os educandos saltem por cima. Ir aumentando
a altura;
. fazer o inverso. Passar por baixo da corda de um lado para outro. Ir diminuindo a
altura conforme os educandos vão passando, até o momento que estejam rastejando.
Hoje, o objetivo é deixar os educandos brincarem livremente, observando a
iniciativa, destreza e habilidade em subir e descer dos brinquedos.
BRINCAR NO PARQUINHO
Percepção: Noção Corporal, Estruturação Espaço-temporal, Equilíbrio
Fator(es) da Avaliação: 1, 2, 3
Objetivo: Brincar livremente, interagindo com os colegas
Materiais: Parquinho da escola
Desenvolvimento:
Levar os educandos no parquinho – andar no balanço, descer no escorregador,
brincar na gangorra, gira-gira carrossel, escada vertical, balanço vai e vem.
O objetivo nesta aula e observar se os educandos interagem entre si,
apresentam iniciativa em buscar brinquedos diferentes, suas habilidades, destreza e
equilíbrio em subir e descer.
Nesta 22ª aula os educandos deverão acertar as bolinhas nos materiais
colocados à sua frente, onde poderemos observar a direção e coordenação dos
mesmos.
ACERTE A BOLINHA
Percepção: Estruturação Espaço-temporal
Fator(es) da Avaliação: 2A, 2B
Objetivos: Aprimorar a noção de direção, desenvolver a noção óculo-manual
Materiais: espaguete, cadeira, triângulo de madeira na vertical, bambolê pendurado,
túnel (feito com papelão), caixa de papelão, várias bolinhas de plástico.
Desenvolvimento:
Colocar os diferentes materiais em um canto da sala (ou quadra).
Do outro lado da sala (ou quadra), ficam os educandos com as bolinhas
coloridas. Ao comando do professor, um educando por vez, pega bolinhas e
arremessa, uma a uma, para tentar acertar dentro dos materiais colocados à frente.
Variação: arremessar as bolas com um espaguete
: brincar livremente com os materiais
Perceber os movimentos, imitar, ouvir música, brincar livremente é o que
iremos propor nesta aula.
RODA UNIDA
Percepção: Noção corporal, Equilíbrio
Fator(es) da Avaliação: 1A, 1B
Objetivos: Reforçar o equilíbrio estático e dinâmico e melhorar a destreza
Materiais: nenhum
Desenvolvimento: Todos em círculo, de mãos dadas.
- O professor vai mostrando e fazendo os movimentos para serem imitados pelos
educandos:
. levantar uma perna direita para frente/para trás, depois com a esquerda;
. agachar;
. sentar no chão;
. fazer movimento de avião;
. afastar as pernas, baixar o tronco e olhar por entre as pernas para trás;
. agachar e deslocar-se ora para direita, ora para a esquerda;
- Brincar de ciranda-cirandinha, roda cotia, atirei o pau no gato.
DANÇA DAS ALMOFADAS
Percepção: Estruturação Espaço-Temporal
Fator(es) da Avaliação: 3
Objetivos: Reforçar a agilidade e percepção auditiva
Materiais: Almofadas, música
Desenvolvimento:
- Espalhar as almofadas pelo chão. Ligar uma música, quando a música parar, todos
devem sentar-se nas almofadas.
. Variação: colocar uma almofada a menos que o número de educandos.
: quando a música parar o professor fala “de joelhos nas almofadas”, “com a
cabeça nas almofadas”, “em pé sobre as almofadas”.
: fazer ‘guerrinha’ de almofadas’.
Obs.: nesta atividade de ‘guerrinha de almofadas’ observar principalmente se o
educando procura acertar o colega, se joga a almofada com agressividade, se ele se
defende das almofadas que são lançadas contra ele.
Nesta última aula, poderemos analisar o que os educandos conseguiram
aprimorar e o que eles serão capazes de representar quanto à sua imagem corporal
após todas as aulas propostas.
SIGA O MESTRE
Percepção: Noção corporal
Fator(es) da Avaliação: 2
Objetivos: Tomar consciência corporal e representar o próprio corpo
Materiais: Massa de modelar ou argila, papel e lápis de cor
Desenvolvimento: Fazer todos os movimentos que o professor fizer, deslocando-se
pela sala:
- mãos na cabeça; na barriga, no pé
- uma mão na cabeça e a outra no joelho; uma mão no nariz e a outra no bumbum; uma
mão no ombro e a outra nas costas
. Após as atividades acima, pedir para que o educando faça a escultura de seu
corpo, usando massa de modelar ou argila.
. Representar seu corpo numa folha de papel, utilizando lápis de cor.
http://br.stockfresh.com/image/5435170/happy-kids
Após as 24 sessões será realizada uma Reavaliação, analisados os dados
quanto aos benefícios ou não das atividades propostas para a Consciência Corporal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta Unidade Didática foi construída com o intuito de auxiliar professores de
educação física das séries iniciais, principalmente de escolas na modalidade de
educação especial. Não propomos aqui atividades mirabolantes, mas sim atividades
já conhecidas, porém com olhar voltado para desenvolver a consciência corporal do
educando com deficiência intelectual através de atividades psicomotoras.
A referida Unidade Didática foi elaborada especificamente para educandos
entre 7 a 10 anos. No entanto se o professor tiver interesse, pode estar adaptando as
atividades para educandos de outras idades, bem como, avaliar outros fatores que se
fizerem necessários.
Espera-se que utilizando este material os professores possam encontrar
recursos didáticos que possam auxiliar seu trabalho no cotidiano educacional, não
apenas em escolas na modalidade de educação especial, mas também com
educandos do ensino comum.
REFERÊNCIAS
ALVES, F. Psicomotricidade: Corpo, Ação e Emoção. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2012. BRASIL. Constituição (1988). Constituição [da] República Federativa do Brasil. Brasília. Senado Federal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em 25 mai 2016. ______. Ministério da Educação e do Desporto. Política Nacional de Educação Especial. Brasília, MEC/SEESP, 1994. BRASILIA. Estatuto da Criança e do Adolescente. 12. Ed., Brasília, 2014. BRITO, Dorival Rosa. Técnicas e Avaliações Psicomotricidade: Instrumento de Avaliação – Bateria Psicomotora (BPM) de Vitor da Fonseca. Disponível em: http://www.drb-assessoria.com.br/bateriapsicomotora2.pdf. Acesso em 20 set 2016. FONSECA, V. da. Manual e Observação Psicomotora: Significação Psiconeurológica dos Fatores Psicomotores. Porto alegre: Artes Médicas. 1995.
FREITAS, A. S.; ISRAEL, V. L. A Psicomotricidade no Desenvolvimento do Esquema Corporal na Aprendizagem de Pessoas com Deficiência. GALLAHUE, D. L; OZMUN, J.; GOODWAY, J.D. Compreendendo o Desenvolvimento Motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. [tradução:Denise Regina de Sales] 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
LAPIERRE, André. A Simbologia do Movimento: psicomotricidade e educação. 3. ed. Curitiba: Filosofart e CIAR, 2004. LE BOUCH, J. O Desenvolvimento Psicomotor: do nascimento até 6 anos. [Tradução: Ana Guardiola Brizolara]. Porto Alegre: Artes Médicas, 1982. ______. Rumo a uma ciência do movimento humano. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1987.
MACHADO, J. R. M.; NUNES, M. V. da S. Recriando a Psicomotricidade. Rio e Janeiro: Sprint, 2011. MATTOS, M. G. de; NEIRA, M. G. Educação Física Infantil: Construindo o Movimento na Escola. 7. ed. rev. e ampliada. São Paulo: Phorte, 2008. OLIVEIRA, M. R. C. P. de; FERREIRA, A. de O. A Importância dos Aspectos Psicomotores no Desempenho Escolar de Crianças com Deficiência Intelectual. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Os Desafios da Escola Pública Paranaense. Curitiba: SEED/PR, 2014. Vol. 1 (Cadernos PDE). Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_uenp_edfis_artigo_maria_rosangela_cunha_pinto_de_oliveira.pdf. Acesso em 20 out 2016. ISBN 978-85-8015-080-3 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos. Curitiba, 2006. Disponível em: http://www3.tce.pr.gov.br/contasdogoverno/2009//educacao/diretrizescurricularespdf. Acesso em 22 mai 2016. QUEIROZ,S.de M. A Psicomotricidade como Prática Inclusiva na Educação para Deficientes Intelectuais. Google Acadêmico. Universidade Federal da Paraíba. Campina Grande, 2014. Disponível em: https://scholar.google.com.br/scholar?q=a+psicomotricidade+como+pratica+inclusiva+na+educa%C3%A7%C3%A3o+para+deficientes+intelectuais&hl=pt-BR&as_sdt=0&as_vis=1&oi=scholart&sa=X&ved=0ahUKEwigz__Awt3NAhUIPJAKHdpYAvkQgQMIGjAA. Acesso em 20 jun. 2016. REZENDE, J. C. G. de; GORLA, J. I.; ARAÚJO, P. F. de; CARMINATO, R. A. Bateria psicomotora de Fonseca: uma análise com o portador de deficiência mental. Revista Digital Buenos Aires. Año 9 N° 62 Jul de 2003. Disponível em: http://www.efdeportes.com. Acesso em 13 jul. 2016. REDE APAE. Manual de Educação Física: Esporte Educacional. Brasília: Federação das Apaes do Estado de Minas Gerais. 2009 VAYER, P. O Diálogo Corporal: A ação educativa para crianças de 2 a 5 anos. [tradução de M. Ermantina Galvão Gomes Pereira]. Editora Manole, 1989.
VIEIRA, J. L.; BATISTA, M. Isabel B.; LAPIERRE, A. Psicomotricidade Relacional: A teoria de uma prática. 2.ed. Curitiba: Filosofart, 2005.
ANEXO A
TERMO DE CONSENTIMENTO
Pelo presente documento, eu ________________________________________________,
RG: __________________________________________ emitido ____________________
residente em (Av./Rua/no./complemento/Cidade/Estado/CEP) _______________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
responsável pelo(a) aluno(a) __________________________________________________
nascido em _________________________, matriculado nas séries iniciais da Escola de
Educação Especial, modalidade de Educação Especial, Professora Maria de Lourdes
Canziani – APAE de Ponta Grossa, declaro ceder à Pesquisadora PDE, Silvana Franzon
Mosconi, CPF: 865.306.669-15, RG: 5.712.371-0, residente em Rua João Ribeiro, 565, bairro
de Uvaranas, Ponta Grossa-PR, sem quaisquer restrições quanto aos seus efeitos
patrimoniais e financeiros, a plena propriedade e os direitos autorais para realizar a
Pesquisa Intitulada “Consciência Corporal: Compreender para Aprender” – A
Importância da Psicomotricidade no Desenvolvimento do Educando com Deficiência
Intelectual. Tal pesquisa será composta de uma avaliação psicomotora, 24 aulas onde serão
realizados registros teóricos e fotográficos, reavaliação psicomotora e análise de dados, na
escola onde o(a) aluno(a) está matriculado, em período normal de aula. A pesquisadora acima
citada fica consequentemente autorizada a utilizar, divulgar e publicar, para fins de conclusão
do Programa de Desenvolvimento Educacional, realizado pela Secretaria de Educação do
Estado do Paraná, no todo ou em parte, editado ou não, bem como permitir a terceiros o
acesso ao mesmo para fins idênticos, com a única ressalva de garantia da integridade de seu
conteúdo e identificação de fonte e autor.
Ponta Grossa, ______ de ____________________ de 2017
_________________________________________
Assinatura do pai/mãe ou responsável
ANEXO B
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Instrumento de Avaliação
Equilíbrio
Imobilidade ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Equilíbrio Estático
Apoio Retilíneo ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Ponta dos Pés ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Apoio num pé
. Direito
. Esquerdo
( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Equilíbrio Dinâmico
Marcha Controlada ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Evolução na Trave
. para frente
. para trás
. do lado direito
. do lado esquerdo
( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Pé coxinho esquerdo ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Pé coxinho direito ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Pés juntos para frente ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Pés juntos para trás ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Pés juntos com os olhos fechados ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Noção Corporal
Sentido Cinestésico ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Reconhecimento
. direito
. esquerdo
( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Autoimagem ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Imitação de gestos ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Desenho do corpo ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Estruturação Espaço-Temporal
Organização ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Estrutura rítmica ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Representação topográfica ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
Estruturação ( 4 ) ( 3 ) ( 2 ) ( 1 )
* Fatores Avaliados: Equilíbrio, Noção do Corpo, Estruturação Espaço-temporal, tomando-se como
Referência a Bateria Psicomotora de Vitor da Fonseca.
Escala de Pontos dos Perfis Psicomotores
1 Realização imperfeita, incompleta e descoordenada Perfil apráxico
2 Realização com dificuldade de controle (satisfatório) Perfil dispráxico
3 Realização adequada e controlada (bom) Perfil eupráxico
4 Realização perfeita, harmoniosa e controlada Perfil hiperpráxico
ANEXO B1
Dados obtidos nas Avaliações
Aluno 1
Iniciais: _______________________
1ª Avaliação 2ª Avaliação
Data: ____ / ____ / 2017 Data: ____ / ____ / 2017
Pontuação: __________ Pontuação: __________
Duração: 60 minutos
Observação: quanto maior a pontuação do educando, maior seu
desempenho motor.
Total das horas de Avaliação e Reavaliação: 16 horas
ANEXO C
Referência da Pontuação das Tarefas a serem realizadas durante a Avaliação
Psicomotora
1. EQUILÍBRIO
1.A. Equilíbrio Estático (Apoio Retilíneo)
Descrição Composto por 3 provas cada uma com a duração de 20s, efetuadas em 2 tentativas, de olhos fechados para maiores de 6 anos; as mãos nos quadris.
Pontuação Desempenho do Educando
4
Se o educando se mantém em equilíbrio estático durante 20 segundos sem abrir os olhos, revelando um controle postural perfeito e preciso; admitem-se ajustamentos posturais quase imperceptíveis; as mãos não devem sair da posição do quadril.
3
Se o educando se mantém em equilíbrio durante 15-20 segundos sem abrir os olhos, revelando um controle postural adequado, com pequenos e poucos discerníveis ajustamentos posturais e ligeiros, movimentos faciais, gesticulações, oscilações, etc.
2
Se o educando se mantém em equilíbrio durante 10-20 segundos sem abrir os olhos, revelando dificuldades de controle e disfunções vestibulares e cerebelosas; freqüentes movimentos associados.
1
Se o educando se mantém em equilíbrio menos que 10 segundos sem abrir os olhos, ou se a criança não realiza tentativas; sinais disfuncionais vestibulares e cerebelosas bem marcados, permanentes reequilibrações, quedas; movimentos de compensação das mãos contínuos, etc.
1.B. Equilíbrio Dinâmico
1.Ba. Marcha Controlada
Descrição O educando deverá evoluir no solo em cima de uma linha reta com 3m de comprimento, de modo que o calcanhar de um pé toque na ponta do pé contrário, permanecendo sempre com as mãos nos quadris.
Pontuação Desempenho do Educando
4 Se o educando realiza a marcha controlada em perfeito controle dinâmico, sem qualquer reequilibração compensatória; realização perfeita, matura, econômica e melódica.
3 Se o educando realiza a marcha controlada com ocasionais e ligeiras reequilibrações, com ligeiros sinais difusos, sem apresentar qualquer desvio.
2
Se o educando realiza a marcha controlada com pausas frequentes, com reequilibrações exageradas, quedas e frequentes sinais vestibulares e cerebelosos; movimentos involuntários, frequentes desvios, sincinesias, gesticulações
crônicas e freqüentes reajustamentos das mãos nos quadris, movimentos coreiformes e atetotiformes, sinais de insegurança gravitacional dinâmica.
1 Se o educando não realiza a tarefa ou se realiza de forma incompleta ou imperfeita, com sinais disfuncionais óbvios e movimentos coreáticos ou atetóides.
1.Bb. Equilíbrio Dinâmico (Evolução na Trave)
Descrição O educando deverá caminhar sobre um banco (3m de comprimento com 5cm de altura) com as mãos na cintura.
Pontuação Desempenho do Educando
4 Se o educando realiza sem desequilíbrios e com perfeito controle.
3 Se o educando realiza com ligeiros desequilíbrios, mas sem queda
2 Se o educando realiza as tarefas com pausas frequentes e com uma a três quedas
1 Se o educando não realiza as tarefas ou realiza apresentando mais de três quedas.
1.Bc Equilíbrio Dinâmico (Saltos Unipodal - um pé)
Descrição O educando deve percorrer a distância de 3m saltando com um pé até o final, as mãos devem estar na cintura. Observar o pé escolhido como apoio. Depois, realizar a prova com o outro pé.
Pontuação Desempenho do Educando
4 Se o educando realiza os saltos facilmente sem desequilíbrios.
3 Se o educando realiza os saltos com ligeiros desequilíbrios.
2 Se o educando realiza os saltos com dismetria e desequilíbrios de mão.
1 Se o educando não completa os saltos a distância.
1.Bd Saltos Bipodal (dois pés juntos)
Descrição O educando deve percorrer a distância de 3m saltando com um pé até o final, as mãos devem estar na cintura. Observar o pé escolhido como apoio. Depois, realizar a prova com o outro pé.
Pontuação Desempenho do Educando
4 Se o educando realiza os saltos facilmente sem desequilíbrios.
3 Se o educando realiza os saltos com ligeiros desequilíbrios.
2 Se o educando realiza os saltos com dismetria e desequilíbrios de mão.
1 Se o educando não completa os saltos a distância.
2. Noção Corporal
2.A Sentido Cinestésico
Descrição O educando deve identificar as partes do seu corpo que forem tocadas pelo professor, sendo que crianças na faixa etária de
4 e 5 anos devem nomear oito pontos táteis (nariz, queixo, olhos, orelha, ombro, cotovelo, mão e pé) e as crianças na faixa etária de seis anos e acima, devem nomear 16 pontos táteis (testa, boca ou lábios, olho direito, orelha esquerda, nuca ou pescoço, ombro esquerdo, cotovelo direito, joelho esquerdo, pé direito, pé esquerdo, mão esquerda, polegar, indicador, médio, anelar e mínimo direitos) . Pede-se a criança que feche os olhos, fique em pé em posição de imobilidade.
Pontuação Desempenho do Educando
4 O educando nomeia 08 à 16 pontos táteis, sendo precisa.
3 O educando nomeia 06 à 12 pontos táteis.
2 O educando nomeia de 07 à 11 pontos táteis.
1 O educando nomeia de 04 a 06 pontos táteis. Adaptação: Alguns educandos com deficiência intelectual não apresentam linguagem oral. Para esses educandos, iremos falar o nome das partes do corpo e pedir que o mesmo aponte.
2B. Noção Corporal (Reconhecimento D-E)
Descrição Nesta tarefa, o educando deve responder com ato motor as solicitações verbais do professor demonstrando o seu conhecimento de seu próprio corpo e noções de direita-esquerda.
Para a criança na faixa etária de 4 e 5 anos, as solicitações verbais são: - Mostrar a mão direita - Mostrar o olho esquerdo - Mostrar o pé direito - Mostrar a mão esquerda. Para crianças de 6 anos e acima, as solicitações são as mesmas passadas (localização bilateral) e solicitações contralateral (cruzamento da linha média do corpo) e reversível (localização no outro) são as seguintes: - Cruzar a perna direita por cima do joelho esquerdo; - Tocar a orelha esquerda com a mão direita - Apontar o olho direito do examinador com a mão esquerda - Apontar a o r e l h a esquerda do examinador com a mão direita
Pontuação Desempenho do Educando
4 O educando realiza as 08 tarefas de forma perfeita.
3 O educando realiza de 03 à 06 tarefas com ligeira confusão.
2 O educando realiza 02 à 04 tarefas com confusão.
1 O educando não realiza as tarefas ou realiza 01 ou 02 ao acaso.
2C. Noção Corporal (Autoimagem)
Descrição Pede-se ao educando que, de olhos fechados, com os braços em extensão lateral, as mãos fletidas e os indicadores estendidos, realize um movimento lento de flexão do braço tente tocar com as pontas dos dedos indicadores a ponta do nariz, por quatro vezes, duas com cada indicador.
Pontuação Desempenho do Educando
4 Se o educando tocar 04 vezes exatamente na ponta do nariz.
3 Se o educando falhar 01 ou 02 vezes, mas com movimento adequado.
2 Se o educando acertar 01 ou 02 vezes a ponta do nariz.
1 Se o educando não acertar ou acertar apenas 01 vez na ponta do nariz.
2D. Noção Corporal (Imitação de gestos)
Descrição O educando deve demonstrar a capacidade de reproduzir gestos do professor desenhados no espaço. Os desenhos são: um círculo, uma cruz, um quadrado e um triângulo.
Pontuação Desempenho do Educando
4 O educando reproduz com perfeição, precisão e acabamento as figuras.
3 O educando reproduz 03 figuras com ligeiras distorções, ou seja, com imitação aproximada.
2 O educando reproduz 02 figuras com distorção.
1 O educando não reproduz nenhuma ou apenas 01 das figuras com distorção.
2E. Noção Corporal (Desenho do Corpo)
Descrição O educando deve desenhar o que sabe de seu corpo, procurando demonstrar uma representação tanto no aspecto gnósico como simbólico e gráfico. Deve desenhar em uma folha normal e dispor do tempo necessário para realizar a tarefa.
Pontuação Desempenho do Educando
4 O educando realiza um desenho graficamente perfeito.
3 O reeducando realiza um desenho completo, mas com distorções.
2 O educando realiza um desenho muito pequeno ou muito grande.
1 O educando não realiza ou realiza um desenho irreconhecível.
3. Estruturação Espaço-Temporal
3A. Estruturação Rítmica (capacidade de memorização e reprodução motora de estruturas rítmicas)
Descrição O educando deve ouvir com muita atenção a sequência de batimentos apresentada pelo observador, devendo em seguida sugerir-lhe que reproduza exatamente a mesma estrutura e o mesmo número de batimentos. Um ensaio deve ser tentado e assistido antes de iniciar as tarefas para a cotação.
Pontuação Desempenho do Educando
4 reproduz todas as estruturas
3 reproduz quatro das cinco estruturas
2 reproduz três das cinco estruturas revelando irregularidades
1 reproduz duas das cincos estruturas ou é incapaz de realizar
3B. Representação topográfica
Descrição O educando deve realizar um trajeto determinado pelo professor. Por exemplo: da porta – armário – cadeira – espaldar – banco – quadro
Pontuação Desempenho do Educando
4 realiza a trajetória de maneira perfeita e bem orientada
3 realiza a trajetória adequadamente com algumas interrupções
2 realiza a trajetória com frequentes interrupções
1 não realiza a trajetória
3C. Estruturação Dinâmica (capacidade de memorização sequencial visual)
Descrição O educando deve observar atentamente durante 3,4 ou 5 segundos as fichas com fósforos (3 a 5 fósforos), após os quais deverá reproduzir as mesmas sequências com os fósforos, mantendo sempre a orientação da ESQUERDA para DIREITA.
Pontuação Desempenho do Educando
4 O educando reproduz com perfeição, precisão e acabamento as figuras.
3 O educando reproduz 03 figuras com ligeiras distorções, ou seja, com imitação aproximada.
2 O educando reproduz 02 figuras com distorção.
1 O educando não reproduz nenhuma ou apenas 01 das figuras com distorção.
Adaptado da Bateria Psicomotora de Vitor da Fonseca, por BRITO. Disponível em: http://www.drb-assessoria.com.br/bateriapsicomotora2.pdf.
ANEXO D
FICHA DE OBSERVAÇÃO
1ª AULA DATA: / / 2017
OBJETIVOS:
ATIVIDADES ALUNO AT AP NA OBSERVAÇÕES
Aluno A
Aluno B
Aluno G
Aluno D
Aluno M
Aluno G
Aluno L
Aluno W
ATIVIDADES ALUNO AT AP NA OBSERVAÇÕES
Aluno A
Aluno B
Aluno G
Aluno D
Aluno M
Aluno G
Aluno L
Aluno W
Legenda: A: Atingiu AP: Atingiu Parcialmente NA: Não Atingiu
ANEXO E
FATORES TRABALHADOS DURANTE CADA AULA
Fatores
1ª
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
7ª
8ª
9ª
10ª
11ª
12ª
13ª
14ª
15ª
16ª
17ª
18ª
19ª
20ª
21ª
22ª
23ª
24ª
1 EQUILÍBRIO X X X X X X
1A Equilíbrio Estático
X X X X
1Aa Apoio Retilíneo
X
1Ab Ponta dos Pés
X X X X X
1Ac Apoio num pé . Direito . Esquerdo
X
X
1B Equilíbrio Dinâmico
X X X X X X X X
1Ba Marcha Controlada
X
1Bb Evolução na Trave . para frente . para trás . do lado direito . do lado esquerdo
X
X
X
1Bc Pé coxinho esquerdo
X X X X
1Bc Pé coxinho direito
X X X X
1Bd Pés juntos para frente
X X X X
1Bd Pés juntos para trás
X X X X
2 Noção Corporal
X X X X
2A Sentido Cinestésico
X X X X X X X X X
2B Reconhecimento . direito . esquerdo
X
X
2C Autoimagem X X X X
2D Imitação de gestos
X X X
2E Desenho do corpo
X X
3 Estruturação Espaço-Temporal
X
X
X
X
3A Estrutura rítmica
X X X X
3BRepresentação topográfica
X X X
3C Estruturação X X X