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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2012

Título: Dança circular no espaço escolar

Autor

Dulciléia Maria Evangelista Gobbo Secco

Disciplina / Área

Educação Física

Escola de Implementação do projeto e sua localização

Colégio Estadual Marechal Cândido Rondon EF- EJA Bairro : Portão

Município da escola

Curitiba

Núcleo Regional de Educação

Curitiba

Professor Orientador

Valdomiro de Oliveira

Instituição de Ensino Superior

Universidade Federal Do Paraná

Relação Interdisciplinar (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Resumo

O espaço escolar deve ser um ambiente formador e de inserção social. A escola deve primar pelo conhecimento, estar a serviço da valorização da vida e da dignidade. A “Dança” no contexto escolar se justifica por a mesma representar os diversos aspectos da vida do homem. O Objetivo desta Unidade Didática é propor aos professores de Educação Física do Ensino Fundamental que atuam na Rede Estadual de Ensino do Paraná, a utilização da Dança Circular com alunos do 7º ano do ensino fundamental, como um dos conteúdos específicos da Dança, como ferramenta, como auxílio ao desenvolvimento do aluno, sugerir uma atividade que concorra para o desenvolvimento integral do aluno, além de promover o aperfeiçoamento das qualidades físicas, desenvolvimento motor e o desenvolvimento de atributos sociais, psicológicos e cognitivos. As atividades têm como base metodológica aulas expositivas e práticas, com o intuito de abrir possibilidades para que o aluno se expresse espontaneamente, sem se ater à formação técnica ou

mesmo à performance. Ou seja, que o aluno vivencie diversas formas de expressão sem perder sua individualidade.

Palavras-chave (3 a 5 palavras)

Dança Circular; Pedagogia; Ensino.

Formato do Material Didático

Unidade Didática

Público Alvo

Para professores de Educação Física com aplicação sugerida a alunos do 7º ano do ensino fundamental.

3

1 APRESENTAÇÃO

A educação se faz, na vida familiar, na convivência social, no trabalho, nas

instituições de ensino e nas manifestações culturais. Ela deve preparar o indivíduo para o

pleno exercício da cidadania. O espaço escolar deve ser um ambiente formador e de

inserção social. A escola deve primar pelo conhecimento, estar a serviço da valorização

da vida e da dignidade.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), a escola deve ter em

sua essência a preocupação com a formação integral do cidadão. De acordo com a

mesma Lei, o ensino será ministrado com base em princípios educacionais, sendo alguns

deles, liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a

arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; entre outros. Institui

ainda componentes obrigatórios nos currículos do Ensino Fundamental e Médio, dentre

eles a Educação Física, que deve estar integrada à proposta pedagógica da escola.

A Educação Física se fundamenta nas concepções de corpo e movimento e tem

como objeto de estudo e de ensino a cultura corporal (PARANÁ,2008). As Diretrizes

Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná para o ensino da Educação Física,

apontam conteúdos estruturantes: Os conteúdos estruturantes são: Esportes; Jogos e

Brincadeiras; Ginástica; Lutas e Dança.

A “Dança” no contexto escolar se justifica por a mesma representar os diversos

aspectos da vida do homem. Por meio dela é possível transmitir sentimentos e emoções.

Castellani (2009, p.81) diz que a dança “Pode ser considerada como linguagem social que

permite a transmissão de sentimentos, emoções da afetividade vivida nas esferas da

religiosidade, do trabalho, dos costumes, hábitos, da saúde, da guerra, etc.”

Portanto, o ensino da dança na escola abre possibilidades para que o aluno possa

se expressar espontaneamente, sem se ater à formação técnica ou mesmo à

performance. Ou seja, o aluno pode vivenciar diversas formas de expressão por meio da

dança no sentido de apreender habilidades motoras inerentes a ela.

Que a dança educa o homem como um todo, é hoje uma teoria amplamente reconhecida e já aplicada, em muitos lugares, como um meio educacional funcional. Ela exige adaptação e interação, cria equilíbrio e libertação, dá asas à fantasia, relaxa e solta e oferece um plano a partir do qual se pode acessar a multiplicidade da educação (WOSIEN, 2000, p.64-65).

4

Por este motivo, justifica-se para essa Unidade Didática a escolha da Dança

Circular. Estas são danças em círculo, símbolo da unidade, totalidade, confiança e o

apoio mútuo. As atividades não são de competição e sim de cooperação, Propiciam a

interação entre os estudantes.

A dança circular utiliza repertório do folclore de diversos povos e culturas pode ter

como princípios o trabalho individual e em grupo.

Traz a leveza, a alegria, a beleza, a paz, a serenidade, o amor que existe dentro de cada um; proporcionam o trabalho em grupo sem que a pessoa perca sua individualidade; desenvolve o apoio mútuo, a interação, a comunhão e a cooperação (BARRETO, 2003, p18).

Hoje a Dança Circular é apontada como uma ferramenta de integração e

autoconhecimento, que auxilia no aumento da consciência e no poder de transformação,

procurando sempre o bem estar e a qualidade de vida.

Os alunos da comunidade escolar são conflituosos quando se trata de

aprendizagem do conteúdo “dança” da Educação Física e mostram-se resistentes e com

grandes dificuldades em realizar trabalhos que envolva sentimentos, emoções enfim,

afetividade, contato físico, coletividade e integração. Por outro lado nós professores

quando vamos trabalhar com a dança sempre recaímos na dificuldade de pouca formação

para o trabalho com este conteúdo. Esse comportamento sempre me causou inquietude,

surge, então, a necessidade de buscar uma forma de abordagem do conteúdo “dança”

que possibilite a ruptura desse padrão de comportamento e torne a atividade prazerosa,

estimulante e que possa possibilitar aos alunos e nós professores a motivação na sua

prática.

O Objetivo desta Unidade Didática é propor aos professores de Educação Física do

Ensino Fundamental que atuam na Rede Estadual de Ensino do Paraná, a utilização da

Dança Circular com alunos do 7º ano do ensino fundamental, como um dos conteúdos

específicos da Dança, como ferramenta, como auxílio ao desenvolvimento do aluno,

sugerir uma atividade que concorra para o desenvolvimento integral do aluno, além de

promover o aperfeiçoamento das qualidades físicas, desenvolvimento motor e o

desenvolvimento de atributos sociais, psicológicos e cognitivos.

O Embasamento teórico dado a esta Unidade Didática, servirá para fundamentar a

justificativa do por que da Dança e em especial a Dança Circular ser um conteúdo

essencial na Educação Física e na Escola. Da importância de se estar utilizando este

5

estilo de dança e a Educação e o papel da dança, como um meio educacional no Ensino

Fundamental.

Na primeira etapa discutir-se-á um pouco da história da educação Física. Como

Surgiu e era praticada, seus objetivos, e como ela é vista na atual conjuntura pela escola.

Unindo-se a estes dois temas será apresentado a Dança Circular, como parte deste

processo.

No segundo momento, da proposta, se estará mostrando como a dança caminhou

em sua história e adentrou em vários ramos da humanidade, inclusive na história do Brasil

e como ganhou corpo no campo educacional.

Na etapa terceira serão sugeridas aplicações de atividades e instrumentos

avaliativos.

No final, serão abordadas algumas considerações com o trato da dança,

pressupostos teóricos importantes para que o professor tenha um bom desempenho

quando aplicar as atividades de Dança Circular na Escola. E ainda, discute-se sobre o

papel do professor, o que se espera dele, enquanto ponto fundamental da relação

professor- aluno- aprendizagem e o conteúdo da Dança.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 BREVE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA

A Educação Física entendida como componente curricular, percorreu muitos

caminhos até chegar aos moldes de hoje. Na Europa entre os séculos XVIII e XIX, época

da construção da sociedade capitalista e do ensino voltado à sociedade burguesa, os

exercícios físicos tinham função realçada. Castellani (2009, p.51) afirma que “para essa

nova sociedade, tornava-se necessário construir um novo homem: mais forte, mais ágil,

mais empreendedor”.

Nessa nova sociedade capitalista a riqueza de poucos se contrapunha com a

pobreza de muitos. Segundo Castellani (2009), a força física e a energia física,

transformavam-se em força de trabalho e eram vendidas como mais uma mercadoria. Os

6

exercícios físicos passaram a ser sinônimo de corpo saudável, ágil e disciplinado, vistos

como fator higiênico.

A preocupação com a inclusão dos exercícios físicos nos currículos escolares

remonta ao século XVIII com Guths Muths (1712-1838), J.B. Basedow (1723-1790), J. J.

Rousseau (1712-1778) e Pestalozzi (1746-1827).

Contribuem para essa inclusão o surgimento na Alemanha, das Escolas de

Ginásticas (Turnvereine) já no século XIX (Castellani, 2009 apud Langlade e Langlade). A

Escola de Ginástica Alemã se espalha para outros países da Europa e da América. Pela

necessidade de se adaptar no âmbito escolar, surgem os Métodos Ginásticos.

Surgem as primeiras sistematizações sobre os exercícios físicos denominados Métodos Ginásticos, tendo como autores mais conhecidos o sueco P. H. Ling, o francês Amoros e o alemão A. Spiess, com contribuições advindas também de fisiologistas como G. Demeny, E. Mary, médicos como P. Tessié e ainda professores de música como J. Dalcroze (CASTELLANI, 2009, p.52).

Esses autores fortaleceram a visão e o papel da Educação Física na escola como

meio de fortalecer o aprimoramento físico pelo exercício físico, criando um paralelo: Corpo

forte/saúde /Crescimento da nação.

Os Métodos Ginásticos compostos por séries de exercícios elaborados destaca o

médico higienista pelo seu conhecimento na área biológica. De acordo com Castellani

(2009, p.53) esse conhecimento vai orientar a função a ser desempenhada pela

Educação Física na escola: desenvolver a aptidão física dos indivíduos. Conforme o autor

nas escolas, as aulas eram ministradas por instrutores do exército que carregavam com

eles os métodos rígidos militares. Começa então a surgir a Educação Física Militarista,

focada nos princípios e valores da instituição militar.

No Brasil, a influência dos Métodos Ginásticos e do militarismo foi importante. As

aulas de Educação Física eram basicamente práticas e os profissionais desta área eram

instrutores das Instituições Militares como já acontecia em outros países.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial e no Brasil o fim da ditadura do Estado

Novo, segundo Castellani Filho (2009), surge outras tendências, dentre elas destacam-se

o Método Natural Austríaco defendido por Gaulhofer e Streicher e o Método da Educação

Física Desportiva Generalizada, difundido no Brasil por Auguste Listello.

7

A Educação Física no Brasil, na década de 1970, tem o esporte como conteúdo

básico, tendo então uma educação voltada para a técnica, o tecnicismo. Onde o professor

passa a ser treinador e o aluno, atleta.

O esporte ganha grande espaço no sistema escolar, colocando a Educação Física a seu serviço. Isso indica a subordinação da Educação Física aos códigos/sentidos da instituição desportiva, caracterizando-se o esporte na escola como um prolongamento da instituição esportiva: esporte olímpico, sistema desportivo nacional e internacional (CASTELLANI, 2009, P.53).

Com as críticas ao esporte na escola e o cunho esportivo dado à Educação Física,

surgem os movimentos renovadores da Educação Física. Dentre eles a corrente da

Psicomotricidade que de acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná

(2008) valorizava a formação integral da criança, acreditando que esta se dá no

desenvolvimento interdependente de aspectos cognitivos, afetivos e motores.

Essa corrente não se firmou e, segundo Soares (1996), a Educação Física em

alguns casos, ficou subordinada a outras disciplinas escolares, tornando-se um elemento

colaborador para o aprendizado de conteúdos diversos a aqueles próprios da disciplina.

Começa então as transformações metodológicas uma vez que a vertente

tecnicista, esportivista e biologistas passaram a ser questionadas e analisadas.

Os movimentos renovadores ressalta Castellani (2009), ditos “Humanistas” vem se

contrapor às correntes conhecidas como comportamentalistas.

Segundo as Diretrizes (PARANÁ, 2008), com a abertura política em meados dos

anos de1980, o sistema educacional iniciou sua reformulação e com ela a comunidade

científica da Educação Física se fortaleceu. Abriu-se, então, uma vasta discussão a cerca

da legitimidade da disciplina, surgindo corrente ou tendências progressistas e as

concepções críticas da Educação Física, que aqui serão brevemente abordadas.

Na tendência progressista, segundo as Diretrizes (PARANÁ, 2008), as abordagens:

Desenvolvimentista, na qual o movimento é o principal meio e fim da Educação Física e

se baseia no ensino de habilidades motoras, seguindo uma sequência de

desenvolvimento, fundamentando-se na psicologia do desenvolvimento e aprendizagem 1;

Construtivista, que se fundamenta também na psicologia do desenvolvimento, mas

1 Sobre essa abordagem conferir TANI, GO et AL. Educação Física Escolar: Fundamentos de uma abordagem

desenvolvimentista. São Paulo, EPU/EDUSP, 1988.

8

defende a formação integral, incluindo as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento

humano e segue a perspectiva construtivista-interacionista 2.

Quanto às concepções criticas da educação, destaca-se ainda a Crítico–

Superadora, que se fundamenta na pedagogia Histórico-Critica e tem como objeto da

Educação Física a cultura corporal,3 e como conteúdos: o esporte, a ginástica, os jogos,

as lutas e as danças. A ideia da cultura corporal se sustenta na seleção, organização e

sistematização do conhecimento acumulado historicamente a cerca do movimento

humano, para ser transformado em saber escolar 4. Já na abordagem Critico-

Emancipatória, o movimento humano em sua expressão é considerado significativo no

processo de ensino – aprendizagem, pois está presente em todas as vivências e relações

expressivas que constituem o “ser no mundo” e nessa perspectiva, a expressividade

corporal é entendida como uma forma de linguagem pela qual o ser humano se relaciona

com o meio, tornando-se sujeito a partir do reconhecimento de si no outro 5 (PARANÀ,

2008). Desta forma, pode-se observar nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)

(BRASIL,1998) a pedagogia desenvolvimentista, a psicomotora, a construtivista e as

teorias críticas citadas acima.

Atualmente, Darido e Rangel (2005) apontam também outras tendências

pedagógicas como: crítico-superadora, cultural, interacionista-construtivista, crítico-

emancipatória, humanista, sistêmica e saúde renovada e fenomenológica. Todas essas

tendências primam pela cultura corporal do movimento em proveito de um

desenvolvimento integral do ser humano. Desta forma, a ginástica, as lutas, os esportes,

as brincadeiras e atividades rítmicas, os jogos, a dança e outros temas que fazem parte

das diversas culturas, podem ser trabalhados nas mais diferentes perspectivas.

2 Para melhor entendimento conferir FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: Teoria e prática da Educação

Física. São Paulo, Scipione, 1989. 3 A cultura corporal representa as formas culturais do “movimentar-se humano” historicamente produzidas pela

humanidade. Nesse sentido, entende-se que a prática pedagógica da Educação Física na escola deve tematizar as

diferentes formas de atividades expressivas corporais (PARANÀ, 2008). 4 COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo, Cortez, 1992.

5 Sobre essa abordagem conferir KUNZ, E. Educação Física : Ensino & Mudança. IJUÌ: UNIJUÌ, 1991.___.KUNZ, E

(Org.) Transformação didático pedagógica do Esporte. Ijuí: Unijuí, 1994

9

2.3 HISTÓRIA DA DANÇA

É difícil saber quando surgiu a dança ou o porquê de seu surgimento, bem com, a

forma com que o homem dançou pela primeira vez, porém, existe um consenso entre

vários estudiosos de que ela é tão velha quanto à própria vida humana. Mário de

Andrade, em um de seus poemas musicados, de título Eu Danço, escreve: “Quando

nasci/eu já dançava” é possível usar este poema para toda a espécie humana, pois o

homem vem dançando desde sua existência.

Já se observava a dança desde a pré-história. Haas (2006) comenta que os

primeiros documentos que comprovam a prática dos passos da dança e do seu

significado são provenientes de descobertas das pinturas e esculturas rupestres nas

cavernas.

A dança estava presente em todos os fatos marcantes do homem: Nascimento,

casamento, mortes, doenças, cerimoniais tribais, velórios, paz, colheitas e estações do

ano. Não se tem notícias de um povo que não soubesse dançar ou que não tivesse a

dança em seu meio. Mas a dança não era usada apenas como diversão, tinha um cunho

muito sério, uma cerimônia grupal de sentido religioso e mágico, com ritmo que permitia

conectar-se com as forças sobrenaturais como se fosse um ensaio para a guerra. Ainda,

conforme Haas (2006), na era primitiva a dança seguia a própria natureza, pois se

acreditava que, imitando os animais, seria possível domá-los. Era praticada em círculo

para atrair forças magnéticas.

A prática da dança foi evidenciada em várias regiões, seguindo sempre a tradição

de cada povo. “No Egito apontam-se exemplos de dança que eram confiadas às

mulheres” (HAAS, 2006, p.65). Com finalidade sempre religiosa surgem as bailarinas,

muito prestigiadas na comunidade.

Relata ainda Haas (2006) que na Grécia, a dança teve destaque, deixou muitos

legados artísticos à humanidade, como as danças religiosas, dramáticas, guerreiras e

funerárias. A dança também fazia parte da educação dos jovens.

Da Grécia, a dança veio para Roma, e se manifestava nas formas religiosa, étnica

e folclórica. Suas danças tinham menos caráter religioso que a dos Gregos. A dança, já

na Idade Média, era mais praticada como divertimento e prazer.

10

Estudiosos como Ossona (1988), Faro (2011), Fahlbush (1990), Robatto (1994),

Caminada (1999) acreditam que a dança caminhou, se transformou juntamente com o

desenvolvimento histórico e social progressivo da humanidade.

Evoluindo, a dança se torna teatro. Conforme relata Haas (2006), no século XVIII

“surge o Balé”. A vida muda e como ela muda também a dança. Com as transformações

ocorridas na humanidade no século XX, a dança não escapou de transformar-se. Vem

então Isadora Duncan, com movimentos naturais, instintivos e intuitivos.

A dança adquire uma nova roupagem que vem se contrapor ao balé clássico,

quebrar o rigor técnico, primar pela liberdade de movimentos e a utilização total do corpo,

chamada então de dança moderna.

No século XX se observa um declínio das danças regionais, passando-se a dançar

então as mesmas músicas. Em Tóquio, Nova Iorque, Paris e Rio de Janeiro se dançava

do fox ao blues, do charleston ao rock e também o twist. Tiveram força também os ritmos

latinos como o tango, o bolero, a rumba, o mambo e o cha-cha-cha. E o Samba e a Bossa

não ficam de fora.

Hoje no Brasil, é grande o número de danças populares, de várias origens

europeias, africanas e indígenas. A dança no Brasil cresce incessantemente, se

transforma pela moda, é influenciada por ritmos e melodias de outras culturas e também

pelas próprias transformações da vida social.

A classificação da dança é encontrada em formas distintas por vários autores,

existem três formas fundamentais. Segundo Fahlbulch (1990), ela pode ser em solo, em

pares e em grupos.

Conforme Darido (2010), as danças são classificadas em diferentes estilos: a

dança clássica, moderna, contemporânea, étnica e de salão. Faro (1986) divide a dança

em: étnica, folclórica e teatral. Haas (2006) apresenta e classifica as danças em: dança de

salão, folclórica, Jazz e sapateado. Outros autores ainda destacam e classificam a dança

em relação à sua forma: Teatral e social. Gaspari (2010) opta por retratar a dança pelos

dados históricos e a classifica em: étnica, folclórica, de salão ou sociais e teatral ou

artística.

A dança, com seus diferentes estilos e classificações, se moldou e se adaptou,

respeitando todos os interesses, sejam eles sociais, políticos ou religiosos. Mudaram

finalidades, gestos, figurinos e outros elementos que a compõe, mas é inegável seu valor

11

histórico. Comenta Haas (2006), que a dança é, e sempre será um patrimônio histórico

presente na cultura corporal do homem.

O que se conclui, é que a dança nunca desaparece. Ela muda de nome, sofre

acréscimos, assume novos sentidos e continua viva.

2.3 A DANÇA NA EDUCAÇÃO

Dança é movimento, movimento é vida. Conceituar a dança é ir além do campo

motriz, é viajar num universo de significados. Nas palavras de Garcia & Haas (2002) a

dança é o meio da expressão capaz de projetar, no tempo e no espaço, as mais diversas

potencialidades criativas do ser humano. Assim, ela se torna uma forma de

desenvolvimento e aprimoramento.

Em seus estudos, Gatib, Trevisan e Schwartz (2009) citam que as danças em seus

diferentes estilos podem proporcionar ao indivíduo maior expressão por meio de gestos e

movimentos. Reforçando tal entendimento, Nanni (1998), define dança como alternância

ou variação no tempo, dentro de um ritmo pré-estabelecido usando diferentes formas e

movimentos. Na educação e na cultura de qualquer civilização encontraremos indícios de

práticas de dança.

Revendo a história, os gregos deram grande importância ao ensino da dança. Em

Atenas, só era considerado educado o homem que, além da política e filosofia, soubesse

também tocar algum instrumento musical, cantar e dançar.

Os espartanos usavam a dança como atividade de maior importância para a

educação do guerreiro, atribuindo-lhe elevado desenvolvimento da forma, sobretudo como

meio de preparação para a luta e o pugilato.

A dança se firmou na história e se tornou instrumento importante na educação e na

escola.

No Brasil, com a inclusão da dança nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)

a sua prática ficou mais evidenciada e valorizada como forma de conhecimento a ser

trabalhado na escola.

A diversidade cultural, observada no Brasil, fortalece a dança e a credencia como

um elemento de fundamental importância nas escolas. Segundo Saraiva (2005), a dança

12

pode se constituir numa rica experiência corporal, auxilia no entendimento da realidade, e

através de vivências na escola possibilita o questionamento, a intervenção e amplia a

visão de mundo.

Durante o exercício, durante as danças, o dançarino deve apropriar-se inteiramente dele, preencher todos os seus recantos. O colloquium internum leva a si mesmo, assim como a fusão com o objeto: calor, circulação e suor produzem um despertar interior, flexibilidade e solução. A inspiração e a expiração são mais profundas, a tensão e o relaxamento são mais intensos, a correção do equilíbrio interno e externo é repetidamente treinada. O aumento do suor leva a eliminação de resíduos. No todo, este processo é, a cada vez, um passo para a auto descoberta. Este processo é comparável a um trabalho de lapidação, que permite ao diamante bruto (dançarino) tornar-se uma pedra preciosa lapidada, brilhante e reluzente (WOSIEN, 2000, p.29).

Evidencia-se então o poder criador da dança, transformando e produzindo novos

significados, “quando o homem cria, quando transforma uma matéria, também dentro de

si o ser humano se estrutura.” (OSTROWER, apud DIRETRIZES CURRICULARES, 2008,

p 34).

Na prática escolar, a dança tem se mostrado de forma reprodutiva, limitada,

desenvolvendo-se apenas em algumas situações, como ponto culminante em

apresentações de eventos, datas comemorativas, fazendo o marketing escolar. Há a

necessidade de rever este posicionamento e explorar a dança em todas as suas formas

de manifestações rítmicas, sociais e culturais.

Criar e se movimentar é característica própria do ser humano e independem da sua

cultura ou condição física. Dada a devida importância à dança, se faz fecundo

desenvolvê-la de forma adequada e contínua.

As danças possuem fatores que a compõe que são: música, ritmo e movimento, e

que segundo Verderi (2009) é essencial que o professor as conheça para que suas aulas

tenham um bom desempenho.

A música está presente em todos os momentos de nossas vidas, seja de seres

humanos, no meio ambiente, animais ou objetos. È evidente obervar o poder que a

música exerce em uma criança. A maneira de cada civilização se expressar muda de

cultura a cultura, então, o conceito de música não é e não pode ser universal, pois sofrerá

variações de acordo com a cultura. Verderi (2009) inclui como itens da música, a

harmonia e a melodia e define-as com sendo: Harmonia, uma sucessão simultânea e

combinada de sons a um ritmo e a uma melodia. Já a melodia em possibilidade de

13

reconhecimento de uma composição, sendo representada por figuras e símbolos

musicais.

O ritmo é inerente ao individuo, ele é notado desde as batidas cardíacas, na

respiração, na fala, no andar. É condição física, fisiológica e mental dos seres vivos.

Mesmo sem a música, cada movimento tem seu ritmo. Existem fatores que determinam a

variação do ritmo que segundo Verderi (2009), são a Intensidade que é a distinção entre

forte e fraco, a duração que é quando a intensidade forte ou fraca soa por determinado

tempo e a métrica definida pela autora como ordem e a medida do ritmo, representadas

por compassos binários, ternários e quaternários.

Como já dito anteriormente vida é movimento. Todos os seres necessitam de

movimento para viver.

O movimento é influenciado pela música. Relata Verderi (2009) alguns fatores de

movimento como: Tempo6, espaço7, fluência8 e peso9.

A dança, assim como o esporte, as lutas, a ginástica e os jogos e brincadeiras, é

um conteúdo básico da disciplina de Educação Física.

A Educação Física, segundo as Diretrizes Curriculares (PARANÀ, 2088) é uma

área do conhecimento que usa o movimento, que tem como objeto de ensino/estudo a

cultura corporal. Nelas, a dança é apresentada como conteúdo estruturante da Educação

Física e tem como conteúdos básicos, as danças folclóricas, de rua, criativas, circulares e

de salão.

A dança como conteúdo da Educação Física deve contribuir com a melhoria das

qualidades físicas, dos aspectos motores e também ir além das dimensões do

desenvolvimento humano. Segundo Verderi (2009), a dança na Educação Física deve

proporcionar oportunidades para que o aluno desenvolva todos os seus domínios do

comportamento humano.

6O tempo se refere ao ritmo inerente a dança, que segundo Verderi (2009) é resultante da combinação de

unidade de tempo representada por símbolos musicais, que na sua formação pode ser lento, moderado ou rápido.

7 O espaço Verderi (2009), define como sendo o trajeto percorrido pelo movimento, onde inicia e termina o

percurso. 8 Fluência é a ligação sem interrupção entre um movimento e outro (VERDERI, 2009).

9 Pode ser forte ou pesado. È a energia do movimento e analisa o movimento em termos da quantidade da força utilizada

para realizá-lo (VERDERI, 2009).

14

De acordo com Verderi (2009), estimular o trabalho com a dança nas aulas de

Educação Física pode ampliar a possibilidade para o desenvolvimento, bem como para o

aperfeiçoamento das capacidades cognitivas, motoras e sócio-afetivas dos alunos.

Com as danças, conforme relatam Gatib, Trevisan e Schwartz (2009), ampliam-se

as possibilidades para que o ser humano possa expressar suas emoções, sentimentos e

espontaneidade no relacionamento consigo mesmo e com o outro. As autoras entendem

que, ao dançar, o indivíduo promove a percepção de inúmeras sensações, interagem com

o seu corpo e experimentam momentos de alegria, ansiedade e até mesmo de desânimo.

Essa diversidade cultural existente nas mais variadas danças, permite a vivencia

de vários ritmos, modos e estilos de manifestações sociais e vem corroborar com a

presença das danças no contexto educacional e em especial o caso das danças

circulares, tema central desta unidade didática, reconhecida como danças étnicas, dos

povos, populares ou até mesmo Danças circulares sagradas por utilizarem repertório de

diferentes povos.

2.4 DANÇAS CIRCULARES

O homem dança há séculos. Nos tempos remotos dançava-se para fazer pedidos

e agradecimentos aos deuses. Eram danças coletivas, movimentadas e geralmente em

círculos.

Kurt Sachs, na História Universal da Dança, aponta sobre os primeiros movimentos

do homem na terra, “a primeira formação do espaço habitado foi a organização circular”

(OSSONA, apud SACHS p.44). Na mesma linha de raciocínio o autor acrescenta ainda

que, antes mesmo de exteriorizar suas experiências através de desenhos e objetos, o

homem já o fazia através de seu corpo, ou seja, através da dança.

As danças circulares estão presentes na nossa história, são danças que retratam

as antigas tradições de diversos povos e culturas, elas simbolizam o ritual do ciclo da vida

e da natureza; estações do ano, ciclo de plantio e colheita do nascimento e da morte. Elas

são desenvolvidas visando ampliar o conhecimento, em direção ao bem estar físico,

mental, emocional, energético e social. Inúmeros ritmos, cantos e danças, de povos e

culturas do mundo são vivenciados.

15

Danças circulares são danças em círculo, não visam à competição nem

apresentações ao público, tem caráter de cooperação.

As danças circulares são praticadas em grupos. O grupo, em círculo, segue uma

coreografia que é orientada pelo focalizador.10 Os passos se repetem durante toda a

dança, criando desta forma, uma sequencia repetitiva e rítmica. Este movimento pode

induzir a um processo meditativo ampliado, pois são pessoas conectadas entre si,

reunindo a mesma energia em busca da harmonia, da consciência do todo. Inúmeros

ritmos, cantos e danças, de povos e culturas do mundo são vivenciados. Em meio a

momentos de muita descontração, e também, momentos de introspecção, a pessoa que

está na roda se percebe como um ser humano íntegro.

Segundo Almeida (2005) as danças circulares utilizam repertórios do folclore de

diferentes povos, são vivenciadas com passos originais, movimentos oriundos da própria

região de onde se originaram.

Um dos grandes precursores da Dança circular foi Bernhard Wosien (1908 – 1986),

bailarino clássico, coreografo, pedagogo e pintor. Em suas viagens pela Europa nas

décadas de 50 e 60, visitou comunidades, conheceu e estudou várias danças e cantigas

de roda desses povos e criou uma coletânea de danças. Então, no Norte da Escócia,

especificamente na comunidade de Findhon, Bernhard Wosien começa um movimento

intitulado Danças Circulares Sagradas.

Relata Wosien (2000), que o trabalho de dança em Findhon, na comunidade do

Norte da Escócia tornou-se, desde 1976, exemplo de uma rede internacional de

meditação pela dança. Pela atuação de muitos entusiastas pela dança que haviam

descoberto suas dimensões religiosas como uma verdadeira meta pessoal a ser

alcançada, Sacred Dance (Dança Sagrada) se espalhou por uma grande parte da Europa

e por todo o mundo ocidental.

Essa coletânea de danças ampliou e seguiu sua evolução natural e, segundo

Almeida (2005) e Ramos (2002), podem ser citadas como parte dessa coletânea as

danças brasileiras indígenas e cirandas, israelitas, russas, árabes, húngaras, gregas,

escocesas, entre outras.

10

È aquele que mantém o foco de uma vivência, ou seja, aquele que orienta e apoia as pessoas numa vivência.

Dirigindo-as na direção de um objetivo.Ele centraliza uma ideia ( RAMOS, 2002 ).

16

Assim, as Danças Circulares acrescidas de coreografias, ritmos e significados,

retomam as antigas formas de expressão de diferentes povos e culturas. Seguindo este

entendimento serão aqui classificadas como Danças Étnicas11.

As danças étnicas ocupam um lugar importante neste momento da evolução da humanidade, pois, tanto pela sua forma circular e pelas figuras geométricas que se formam quanto pela evocação das músicas e melodias dos povos e tradições antigas, dão aos participantes a oportunidade de recriarem movimentos livres e harmoniosos (RODRIGUES, 2002, p.45).

Quando se vivencia a dança dos povos, se conhece um pouco da identidade

cultural que lhe é inerente. A dança em roda, em grupo, segundo Rodrigues (2002), com

sua sequência cadenciada e rítmica proporciona maior ordem, harmonia e alegria

individual e coletiva.

Um dos fatos que torna a dança circular envolvente e possível a todos é que tem

em sua característica movimentos que não exigem níveis técnicos. É constituída de

passos que se repetem no percurso de toda a música, o que favorece a execução.

Cabe ressaltar, que a Dança Circular Sagrada, segundo Eid (2002), tem em sua

essência o fator de permitir que o participante entre em contato com a sua essência, o

seu Eu superior, possibilitando a união da matéria (corpo).

É necessário conhecer alguns símbolos que fazem parte da cultura das Danças

Circulares.

Em sua tese de doutorado, Ostetto (2006) relata que no desenvolvimento das

danças, de mãos dadas, os dançarinos descrevem formas variadas no espaço, conforme

a composição coreográfica, a tradição a que pertence e a simbologia evocada. As danças

têm como formação principal o círculo, que pode abrir-se ou fechar-se, desenhando

linhas, espirais e meandros em sua movimentação. São comuns as danças em pares,

lembrança das danças com rodas festivas.

No círculo se evidencia o equilíbrio entre o individual e o coletivo. É a roda em que

todos os integrantes são responsáveis. A forma circular presente nas danças tem

significado importante de igualdade, de ajuda mutua, pois todos estão no mesmo plano,

representa o todo, quer no tempo ou no espaço. Conforme Bardini (2009), a roda em

movimento representa de forma simbólica o tempo, lugar e direção. Ao fluir segundo a

11

Manifestações expressivas de determinados povos, com seus atributos divinos e religiosos. Elas emitem algumas

características que podem identificas uma nação ou região (DARIDO, 2010).

17

autora, a roda se associa aos ciclos da vida, a movimentação dos astros, e, como

exemplo, cita o sol que origina a luz e a vida.

As rodas podem girar para o sentido horário (esquerdo) ou anti-horário (direito).

Orienta Wosien (2000) que no sentido horário estaria o fluxo das lembranças e no anti-

horário o fluxo do conhecimento e da iluminação. Entende-se então que a roda indo para

a esquerda significa a direção do passado e girando pelo lado direito, em direção ao

futuro.

O centro é o ponto de referência e de harmonia, onde são colocados objetos que o

demarca. Podem ser usados como centro: objetos, lenços coloridos, flores, velas,

mandalas, símbolos diversos e toalhas, entre outros. Une a todos. A roda gira ao seu

redor. É a porta para o acolhimento.

De mãos dadas se observa o símbolo da união, da irmandade. Ao dar as mãos,

uma palma deve fica voltada para baixo e a outra para cima, simbolizando a troca mutua,

o dar e receber, e todos de mãos dadas fortalecem a fruição de energias no grupo.

“Quando os dançarinos se ordenam num círculo, de acordo com a tradição, eles se dão

as mãos. A mão direita torna-se a que recebe e a esquerda é a que doa” (WOSIEN, 2000,

p. 43).

Os braços podem estar virados para baixo. Ao unirem-se aos braços de outro

dançarino, forma-se um V, que segundo a simbologia seria a conexão com a terra; braços

com os cotovelos flexionados até a altura do coração, dizemos que forma-se um W;

braços elevados ao alto, direcionados ao céu, seria a conexão com o infinito, a força

maior. Os braços também podem se cruzar em espiral, e se entrelaçarem, formando uma

trama que, segundo Gabrielle Wosien (2002),simboliza a unidade, a eternidade e a

proteção.

Nas Danças Circulares, os passos não enfatizam a técnica, mas podem evoluir do

básico ao mais complexo. São repetições de sequencia de movimentos, que acabam por

fortalecer a concentração, a memorização e a consciência.

Quanto às Danças Circulares enquanto conteúdo da Dança, na disciplina de

Educação Física, nos faz reportar aos níveis de desenvolvimento sócio afetivos, cognitivo

e motores.

O ser humano é único, uno, e seu desenvolvimento acontece a todo o momento,

seja nas salas de aula, nas quadras esportivas, nos pátios das escolas ou nos recreios.

18

Como já defendido anteriormente, a Educação Física auxilia na formação e

desenvolvimento do aluno e a dança, enquanto conteúdo serve como instrumento

facilitador neste desenvolvimento.

Sampaio (2002) analisa as danças circulares como sendo mais um instrumento

riquíssimo para desenvolver alguns conteúdos mais importantes das aulas de Educação

Física e resgatar tópicos importantes que se perderam, tais como: O caráter formativo da

aula; o significado do movimento; a interação no grupo; a percepção da coletividade,

individualidade e o estímulo para a comunicação do corpo de forma integra.

O autor acredita no grande potencial formativo e informativo que as danças

circulares representam. Elas transcendem o ato simples de se movimentar e dão ao

movimento um significado maior e mais profundo.

3 MATERIAL DIDÁTICO

As atividades do material didático contarão com duas (02) aulas que abordarão a

origem da dança, sua classificação, história das Danças Circulares e suas características

e de seis (6) a oito (8) aulas em que os alunos vivenciarão corporalmente as coreografias.

As aulas práticas contarão com as músicas: Will-you-be-there, Escravos de Jó,

Pararacumbera, Dança do sol (aquarela), Chilili, T Smidje , Ngoma Nehoro e Specknerin.

(Plano de trabalho/ sugestão de atividade/ Apêndice 2)

3.1 INORMAÇÕES SOBRE AS DANÇAS E COREOGRAFIAS

WILL-YOU-BE-THERE

Origem: Americana

Composição: Michael Jacson

Coreografia: Edgard Gouveia

Fonte: Unitá – Centro de Cultura Corporal- 2012

19

Formação: Roda aberta

Mãos: em V

D E D E D E D E

I j I j I j I j

D D D D E E E E

bf b lado direita bt j bf b lado esquerdo bt j

ESCRAVOS DE JÓ

Canção cantada

Música: Folclore brasileiro

Coreografia: Cristina Bonetti

Formação: roda

Mãos: em V

Conta-se que sua origem é muito antiga, podendo ter sido trazida pelos jesuítas

(BISCONSIN & MIZUMOTO, 2012)

D E D E E D E D D E E D flex

I j I I j I I j I I j I t j t f j f

D E D E D E E D D E (duas vezes)

I j I I j I sI j sI j sI j

20

PARARACUMBERA

Origem: Cantiga infantil brasileira

Música: Palavra Cantada – Álbum Meu Neném

Coreografia: Giraflor Danças Circulares

Formação: roda aberta

Mãos: em V

D E D E

v bal v

DANÇA DO SOL

Coreografia: Bernard Wosien

Formação: Círculo fechado ou aberto

Música: Cantata de Bach / Variação por Giraflor: Aquarela de Toquinho

Mãos: em V

D E E D E D E D E

t t tv fv tv f f I j

21

SPECKNERIN

Coreografia: Bernhard Wosien, Áustria.

Música: Country Dance, inglesa, da Coleção John Playford : Prince Rupert March and

Masco Form – 1651

http://www.youtube.com/watch?v=qdfKnpx7CHc

Formação: roda fechada

Sobre a dança: construção de um cesto.

Mãos: em V

Intenção: Arte da construção coletiva

Parte A no sentido da roda / anti- horário

D E 16 passos

F f

Parte B para o centro da Roda

D E D E

f f f f

D E D E

t t t t

22

Parte C

D E D E D E D E

l j l j l j l j

E D E D E D E D

l j l j l j l j

Parte D: trama do cesto

D E D E (4 tempos)

l xf l xt

E D E D (4 tempos)

l xf l xt

Parte E: Aguardar 8 tempos

NGOMA NEHOSO

Origem: África

Fonte: Fleur Barragán

Música: Oliver Mtukudzi~ Ngoma Nehesho

Formação: Roda fechada

Mãos: em V ou soltas

23

D E E D D E E D

f j f j t j t j

D E D E E D D E

I xt I J I j v v

CHILILI

Origem: Bolívia

Fonte: Bruno Perel : Festival de verão 2008

http://www.youtube.com/watch?v=JYBHnOkiPW4

Formação: em filas e em pares

Mãos: soltas

È uma dança de celebração

Parte A

Parceiros um de frente para o outro, em linha, indo cada um para a sua direita.

D E D * bater palma em cima -

I xf j

Volta (esquerda)

E D E * bater palma em baixo

I xf j

Repete a sequencia mais uma vez

Parte B

Um de frente para o outro

D E D E * estala os dedos

f f f bal

24

Volta de costas

E D E D * bate palma em baixo

t t t bal

Repete a sequencia mais uma vez

Parte C

Vai trocar de lugar com o outro em 8 tempos

D E D E *estala os dedos em cima

f f f bal/meio giro

E D E D * bate palma em cima

t t t bal

IRISH MANDALLA (T SMIDJE

Origem: Irlanda

Música: T SMIDJE de Lais Lyrics

http://www.youtube.com/watch?v=PD3_CpYvSro

http://www.youtube.com/watch?v=hz5RtnyBEEU9

Coreografia: Marcha de Brian Boru.

Braços: em W

Formação: inicial: homens no círculo de dentro, mulheres no círculo de fora.

Parte A

D E D E mudança de mãos. D E D E

f f f f t t t t

25

D E D E mudança de mãos. D E D E

f f f f t t t t

Parte B

Com o parceiro do lado, junta separa e troca de lugar: o homem vai para lugar da mulher,

com a mulher girando pela frente do homem até chegar ao lugar que era ocupado por ele,

agora ambos trocaram de posição.

Parte C

Com o parceiro do lado, junta separa e troca de par: o homem caminha em quatro

passos, voltando para a roda de dentro e encontra uma nova parceira. A mulher gira por

baixo do braço do homem caminhando para trás na diagonal em quatro passos voltando

para a roda de fora e encontrando um novo parceiro

4 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

As aulas teóricas poderão ser elaboradas a partir da fundamentação teórica desta

unidade didática em slides e serem exibidas na TV pendrive.

As danças com suas respectivas coreografias são aqui elencadas da mais simples

a mais complexa. É importante respeitar o grau de complexidade das mesmas.

O desenvolvimento prático das coreografias deve abrir possibilidades para que o

aluno se expresse espontaneamente, sem se ater à formação técnica ou mesmo à

performance.

Quanto ao ritmo, as músicas são sugestões, podendo ser mudadas desde que

respeitem o ritmo utilizado.

26

4.1 INSTRUMENTOS AVALIATIVOS

Os instrumentos registrarão as informações obtidas durante a aplicação das

atividades da unidade e poderá servir como avaliação de todo o processo.

A Pauta de observação (ANEXO 1) poderá ser usada durante o aprendizado e

execução das coreografias, avaliará de forma continua e individual o desenvolvimento dos

alunos nos aspectos cognitivos motores e psicossociais. Nela constarão os itens:

diferencia direita e esquerda; invade o espaço do outro; coordena os movimentos;

movimenta-se no ritmo; memoriza coreografias; concentra-se na atividade; enfrenta os

desafios com positividade; executa os movimentos com segurança; é cooperativo e

compreende as regras. Estes itens poderão ser observados levando em conta os

seguintes critérios:

Diferencia direita e esquerda: o aluno se desloca para o sentido indicado na

coreografia (direita ou esquerda)? Durante a execução dos movimentos, utiliza os

membros superiores / inferiores, identificando no seu corpo, o lado direito e

esquerdo?

Invade o espaço do outro: o aluno durante a realização e pratica das coreografias,

se mantém no círculo ou na formação utilizada? Pisa nos pés ou se choca com os

colegas durante a execução das coreografias?

Coordena os movimentos: Executa os movimentos completos conforme a

coreografia?

Movimenta-se no ritmo: realiza os movimentos seguindo o ritmo da música?

Antecipa-se ou se atrasa movimentando-se fora do compasso da música?

Memoriza a coreografia: Executa a sequencia coreográfica corretamente sem

equívocos?

Concentra-se na atividade: Participa da atividade com atenção, realiza-a

observando e percebendo seus movimentos? Se dispersa na atividade com

frequência?

Enfrenta os desafios com positividade: ao realizar os movimentos e em surgindo

dificuldades, enfrenta-as, tentando acertar? Adota postura negativa, desistindo

facilmente ou se desestimulando?

27

Executa os movimentos com segurança: realiza os passos coreográficos de forma

automatizada?

É cooperativo: propõem ajuda aos colegas que apresentam dificuldades? É solicito

durante a realização das atividades?

Compreende as regras: participa das atividades respeitando a sua organização?

Quando de mãos dadas o faz de forma respeitosa?

O Diário de campo do professor (APÊNDICE 2) terá como objetivo registrar fatos

verificados. Serão registradas com exatidão as observações, percepções, vivências e

experiências obtidas durante a realização das atividades. Poderá também registrar

considerações e impressões pessoais sobre o observado e o executado na atividade.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escolha do trabalho com a dança na escola e em especial a dança circular deve

estar alicerçados com objetivos claros, clareza de onde se quer chegar, conhecer o grupo,

sua realidade e a didática a ser aplicada.

Por fim, a funcionalidade da proposta sugerida, dependerá de como e quem aplica.

Isto porque acredito que quando um professor se propõe a ensinar a alguém, se

aprofunda, se envolve, aprimora, buscando subsídios para uma atuação mais efetiva.

A intenção dessa unidade didática vai além, ousa em tornar real a dança,

quebrando padrões de comportamento e fazendo-a deixar de ser um conteúdo que só

aparece nas festinhas comemorativas e só possíveis ao dito “habilidosos”. Que a Dança

Circular possa se tornar mais uma proposta pedagógica no conteúdo dança. E que o

professor faça a diferença, que mostre que apesar de todos os obstáculos “é possível

uma educação de qualidade”. Vamos fazer a nossa parte?

28

REFERÊNCIAS

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Religiosidade segundo uma abordagem Yunguiana. Campinas, 311p. Tese (Doutorado em

Ciências Médicas) – Universidade de Campinas, Campinas, 2005.

ARTAXO, & MONTEIRO, G. A. Ritmo e movimento. São Paulo: Phorte, 2000.

BARDINI, B.; BARDINI, C. D.; FORNARI, C. L. . Corpo, Educação e Danças Circulares: entre

corpos sarados e sagrados. Salvador, 10 p. Anais do XVII Congresso Brasileiro de Ciências do

Esporte e III Congresso Internacional de Ciências do Esporte. Salvador, Setembro, 2009.

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Autores Associados, 2005.

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Danças Circulares Sagradas – Viva Melhor Especial. São Paulo: Ed. Escala, São Paulo, 2003.

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Curitiba: 2008.

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Curriculares Nacionais (PCNs), Brasília: MEC/SEF Educação Física, 1998.

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de dezembro de 1996. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 20 de

dezembro 1996.

29

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Pedagógica. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2008.

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FAHLBUSCH, H. Dança moderna e contemporânea. Rio de Janeiro: Sprint, 1990.

FERREIRA, V. Dança escolar: um novo ritmo para a educação física. 2. ed., Rio de Janeiro:

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______Educação física e interdisciplinaridade. Três Corações, UNICOR, 2003

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GATIB, N. O.; TREVISAN P. R. C. T.; SCHWARTZ, G. M. As danças circulares no contexto

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30

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Maria Leonor e Júnior, Raphael de H]. São Paulo Triom, 2002.

______________ Dança: Símbolos em Movimento. [Tradução Bettina Aring Mauro]. São Paulo.

Ed. Anhembi, 2004.

32

APÊNDICES

APÊNDICE 1 – DIÁRIO DE CAMPO................................................................................. 33

APÊNDICE 2 – PLANO DE TRABALHO – (Sugestão) ................................................... 34

33

APÊNDICE 1 – Diário de Campo

DIÁRIO DE CAMPO

Descrição das informações coletadas:

observações, percepções, vivências e experiências.

Considerações e impressões pessoais

O que mais chamou a atenção

Participação e envolvimento dos alunos

Ótima ( ) Regular ( ) Boa ( )

34

APÊNDICE – 2 Plano de trabalho ( Sugestão)

Estabelecimento: Colégio Estadual Marechal Candido Rondon - Ensino Fundamental, Médio e EJA

Disciplina: Educação Física

Professora: Dulciléia Maria Evangelista Gobbo Secco

Nº de aulas sugeridas: 02 aulas

CONTEÚDOS OBJETIVOS ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICA/

ENCAMINHAMENTO

RECURSOS

UTILIZADOS

AVALIAÇÃO

Estruturante: Dança Básico: Danças circulares Específico: Contemporânea e folclóricas Articulador: Cultura corporal e Diversidade

Possibilitar o estudo sobre a dança relacionada à expressão corporal e a diversidade de culturas; Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e expressão corporal; Estimular e aprimorar aspectos motores tais como: lateralidade, ritmo, percepção de espaço e tempo e coordenação motora.

Por meio de exibição de conteúdo na TV pendrive, textos, vídeo, atividade rítmica e movimentos coreográficos, vivenciar a dança circular relacionada à expressão corporal e a diversidade de culturas.

Aula 01

Explicar aos alunos a proposta do trabalho sobre a dança. Perguntar aos alunos sobre qual definição eles tem sobre Dança. Conhecem algum estilo de Dança? Praticam alguma Dança? Aplicar um questionário diagnóstico. Após observação dos relatos, exibir um breve recorte histórico sobre a dança e sua classificação na TV pendrive.

Aula 02

Exibir pequenos vídeos sobre estilos de dança e em especial a dança circular e a sua representação étnica. Reunir os alunos no centro do espaço utilizado para a aula. Explicar importância do centro da roda como ponto de referência. Explicar o significado da roda e a simbologia das mãos dadas. Em círculo iniciar o aquecimento com

exercício de alongamento (com

música).

Falar sobre a primeira música a ser trabalhada WILL-YOU-BE-THERE, o porquê da coreografia feita e sua finalidade, passar os movimentos que fazem parte da coreografia em separado.

Texto Informativo; TV pendrive; CDs; DVD; centro do circulo; aparelho de som; extensão....

Processo permanente e contínuo durante toda a práxis pedagógica, desde a vivenciação, reflexão e instrumentalização. Através dos instrumentos avaliativos : Prova teórica do conteúdo pertinente a história da dança, estilos de dança, contexto histórico das danças circulares; Avaliação prática observada através do diário de campo (anexo ......) a participação, envolvimento nas atividades Espera-se que o aluno: Reconheça a forma e o ritmo das danças circulares contemporâneas e folclóricas e sua expressão cultural; Conhecer a origem da dança e o contexto histórico das danças circulares e a sua relação com as diversas etnias.

35

1ª Parte

D E D E D E D E

I j I j I j I j

2ª Parte

D D D D E E E E

bf b lado direito bt j bf b lado esquerdo

bt j

Passar a coreografia completa sem

música e conforme a turma, fazer a

coreografia completa já com a música.

Comentar sobre a segunda música a

ser trabalhada na aula, Seu nome

Dança do Sol, sobre a versão original

e a adaptação feita com a música

Aquarela de Toquinho.

Orientar sobre os passos em

separado, fazer a sequencia completa

sem a música e depois seguir com a

música.

D E E D E D E D E

t t tv fv tv f f I j

Problematização/Instrumentalização Vai acontecendo à medida que surgem os questionamentos? Já se imaginaram dançando desta forma? Refletir com o grupo sobre a execução

da coreografia e a sensação obtida.

Participe das atividades realizando e entendo os movimentos bem como todas as regras que envolve a referida prática.

36

ANEXOS

ANEXO 1 – PAUTA DE OBSERVAÇÃO...................................................................... 37

ANEXO 2 – DIAGRAMA DE PASSOS ......................................................................... 38

37

ANEXO 1 – PAUTA DE OBSERVAÇÃO

Pauta de observação Aspectos cognitivos (1)

e Motores (2)

Série:

Turma:

Data:

Aula nº

Legenda

Atingiu (A)

Atingiu parcialmente (AP)

Não atingiu (NA)

Dife

rencia

dire

ita/e

squ

erd

a (2

)

Invade o

esp

aço d

o o

utro

(2)

Coord

ena o

s m

ovim

en

tos (2

)

Movim

enta

-se n

o ritm

o (2

)

Mem

oriz

a c

ore

ogra

fias (1

)

Concentra

-se n

a a

tivid

ade (1

)

Aspectos Psicológicos (1) e Sociais (2)

Série

Turma

Data:

Aula nº:

Legenda

Sempre: 1

Às vezes: 2

Nunca: 3

Viv

encia

os d

esafio

s c

om

positiv

ida

de

(1)

Executa

os m

ovim

ento

s c

om

segura

nça (1

)

É c

oop

era

tivo (a

) (2)

Com

pre

end

e a

s re

gra

s (2

)

A L U N O

Documento adaptado de: PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Educação básica. Grupo de Estudos, 2008. Instrumento de avaliação

03.Curitiba,PR:SEED,DBE,2008.Impresso.

38

ANEXO 2 - DIAGRAMA DE PASSOS

Diagrama de passos (BISCONSIN & MIZUMOTO, 2008 adaptado de WOSIEN, 2004)

: passos para fora com a frente voltada para o centro do círculo.

: passos para dentro com a frente voltada para o centro do círculo.

: giro individual no sentido anti- horário.

: giro individual no sentido horário. corpo na diagonal.

: frente voltada para o centro do círculo.

: passos para a direita com a frente voltada para o centro do círculo.

: passos para a esquerda com a frente voltada para o centro do círculo.

: passos para a direita com frente voltada para fora do círculo.

: passos para a direita com a frente voltada para a esquerda.

: passos para a direita com a frente voltada para a direita.

: passos para a esquerda com a frente voltada para a direita.

: passos para a esquerda com a frente voltada para a esquerda.

D : pé direito

39

E : pé esquerdo

v: voltar o peso do corpo para o pé indicado

f: passo para frente

t: passo para trás

b ou bal: bater o pé no chão ou balançar de uma perna para a outra

l : passo lateral; flex: flexionar o joelho.

j: trazer o pé para junto do outro;

s: pequeno salto

ch : leve chute; lt: lateral

xf : cruzar a perna na frente da outra chf : chute frente

xt : cruzar a perna atrás da outra chl: chute lado

piv : movimento com o mesmo pé

rep: repor o movimento com o pé indicado.