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Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2016

TÍTULO: PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO EM SALA DE AULA:

CONSCIENTIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE A PARTIR DO ENSINO DE HISTÓRIA

Autor: SOLANJA DO NASCIMENTO

Disciplina/Área: HISTÓRIA

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Rio Branco Ensino Fundamental e Médio

Município da escola: Rio Branco do Ivaí

Núcleo Regional de Educação: Ivaiporã

Professor Orientador: Dr. Wander de Lara Proença

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina – UEL

Resumo:

A Unidade Didática aqui evidenciada é uma produção didático-pedagógica exigida pelo Programa de Desenvolvimento da Educação Pública do Paraná (PDE). Esta pesquisa está voltada para alunos do Ensino Fundamental. O preconceito e a discriminação em sala de aula ocorrem em praticamente todas as escolas, por isso torna-se relevante o desenvolvimento do projeto de intervenção pedagógica, em pauta, visando contribuir para a superação de atitudes discriminatórias. A implementação contempla pesquisa de campo e outras dinâmicas envolvendo participação direta dos alunos. Após análise dos dados obtidos com a implementação, será elaborado o artigo final com apontamentos práticos, objetivando-se que possam servir de modelo ou diretriz para aplicação de tais experimentos em outros contextos escolares. Este projeto será realizado no Colégio Estadual Rio Branco Ensino Fundamental e Médio no município de Rio Branco do Ivaí e será desenvolvido no ano letivo de 2017.

Palavras-chave: Preconceito, discriminação, Lei 10639/03, Cultura afro-brasileira, sala de aula.

Formato do Material Didático: Unidade didática

Público:

Alunos do 8º ano do Ensino Fundamental

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SOLANJA DO NASCIMENTO

PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO EM SALA DE AULA:

CONSCIENTIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE A PARTIR DO ENSINO DE

HISTÓRIA

Londrina 2016

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SOLANJA DO NASCIMENTO

PRENCONCEITO E DISCRIMINAÇÃO EM SALA DE AULA: CONSCIENTIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE A PARTIR DO ENSINO DE

HISTORIA

Produção Didático-Pedagógica, prevista no Projeto

de Intervenção Pedagógica como estratégia de ação

a ser utilizada pela professora PDE durante a

Implementação do Projeto na Escola, como requisito

ao Programa de Desenvolvimento Educacional –

PDE 2016/2017, do Estado do Paraná, sob

orientação do Prof. Dr. Wander de Lara Proença.

Londrina

2016

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UNIDADE DIDÀTICA

PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO EM SALA DE AULA: CONSCIENTIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE A PARTIR DO ENSINO DE HISTÓRIA

Professora PDE: Solanja do Nascimento Orientador: Dr. Wander de Lara Proença

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UNIDADE DIDÀTICA

PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO EM SALA DE AULA:

CONSCIENTIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE A PARTIR DO ENSINO DE HISTÓRIA Professora PDE: Solanja do Nascimento Orientador: Dr. Wander de Lara Proença

1. Apresentação

A Unidade Didática aqui evidenciada é uma produção didático-pedagógica exigida

pelo Programa de Desenvolvimento da Educação Pública do Paraná (PDE).

Devido à necessidade e a obrigatoriedade da Lei 10.639/03 de se estar

constantemente trabalhando sobre a questão da Cultura Afro-brasileira e indígena, este

projeto de intervenção pedagógica procura aliar a necessidade com a obrigatoriedade,

tendo em vista que as salas de aulas são um ambiente oportuno para o desenvolvimento

de trabalhos que viabilizem a conscientização e reflexões a respeito das ações dos

alunos, considerando que essas estão muitas vezes marcadas de preconceito e

discriminações, que podem ser consideradas em maior parte reproduções ou influências

da sociedade em que vivemos.

É oportuno dizer que muitas vezes reproduzimos inconscientemente ou não os pré-

conceitos, e diante dessa realidade objetivamos desenvolver por intermédio desse projeto

ações educativas que viabilizem a reflexão e conscientização de nossas atitudes, para

que no momento em que falarmos ou agirmos, tenhamos consciência do que de fato

queremos dizer.

Convém ressaltar que muitos já sofreram, ou “sentiram na pele”, o gosto amargo da

discriminação, por serem estereotipados como pobre, negro, loiras, homossexuais,

mulheres, mães solteiras, entre outros. À guisa de exemplo, quantas vezes já não

ouvimos “piadinhas” de mau gosto, que nada mais são do que a pura manifestação de

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preconceito: “Mulher tem o direito de esquentar a barriga no fogão e esfriar no tanque”

(provérbio amplamente divulgado pelo povo, ou seja, provérbio popular) e assim

sucessivamente dentre vários outros. Antes de tudo, vale lembrar que esse provérbio

acima citado faz uma discriminatória de que os ofícios da mulher se restringem aos

afazeres domésticos; a citação “a mulher tem o direito” denota um aspecto de submissão,

nesse caso em relação ao homem. E assim são vários “os provérbios”, “piadinhas” que

são diariamente reproduzidas dentro das salas de aulas, no âmbito familiar, entre outros.

Os indivíduos crescem ouvindo esse tipo de afirmação e achando que é normal ou

natural e simplesmente não têm consciência do que está nas entre linhas. É nesse intuito

que pretendemos desenvolver o trabalho, esclarecendo, fazendo levantamentos, análises,

exemplificando, justificando a necessidade e importância do assunto em pauta, para que

os mesmos cheguem à conclusão de que é necessário ter uma mudança de

comportamento, procurando ser críticos, e que venham refletir suas ações e as

consequências das mesmas, não mais as reproduzindo quando estas forem negativas, ou

seja, repletas de preconceitos e discriminações, pois essas acarretam em traumas

psicológicos, violências emocionais, físicas e sociais.

Diante de tais aspectos, faz-se necessário que nossas ações sejam cientes e que

não sejamos meros reprodutores alienantes, mas com capacidade de verificar qual

imagem queremos deixar perante a sociedade, contribuindo para que essa possa ser

justa e democrática, fazendo com que todos os cidadãos possam ter seus direitos

garantidos e respeitados, não só no papel como tem sido, mas como se há de verificar na

prática.

O projeto de intervenção pedagógica acontecerá no Colégio Estadual Rio Branco

Ensino Fundamental e Médio, Município de Rio Branco do Ivaí - Pr, com os alunos do 8º

ano, e será realizado durante o primeiro semestre do ano letivo de 2017. A abordagem do

tema se justifica pelo fato de que ocorrem manifestações de preconceito de diversas

maneiras no ambiente escolar, como por exemplo, pela formulação de piadinhas racistas

e diante dessa realidade social brasileira, convém trabalhar o assunto a fim de amenizar

o problema abaixo apresentado.

PROBLEMATIZAÇÃO

Em relação ao negro, por exemplo, cabe problematizar: por que muitas vezes só é

lembrado em datas comemorativas, ou pior, retratado como escravo submisso?

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É importante pensar que em uma sociedade preconceituosa, praticamente todos

acabam de uma maneira ou outra reproduzindo as mazelas da discriminação que está

presente no cotidiano da sociedade. Nas salas de aula é muito comum, embora não seja

correto, ocorrerem piadinhas maldosas referentes à cor da pele, aos cabelos, e outras

repletas de discriminações, seja por questões étnicas ou físicas.

Diante dessa realidade, a escola em que atuo, ou seja, o Colégio Estadual Rio

Branco Ensino Fundamental e Médio, não é diferente; dessa maneira procurarei

desenvolver ações que façam com que os mesmos compreendam o que está por de trás

dos discursos implícitos ou explícitos que reproduzem diariamente por meio de

“piadinhas” e “brincadeirinhas” etc.

Como principais questões problematizadoras para a pesquisa, propomos o

seguinte encaminhamento: primeiro, apontar quais são e como se disseminam as formas

de preconceito e discriminação ao negro, ao indígena, ao gênero e à crença do outro, no

ambiente escolar? Segundo, de que maneira estas formas de preconceito têm sido

abordadas na historiografia e nas diretrizes curriculares para o ensino de história?

Terceiro, como a partir das ações pedagógicas propostas nesse projeto seria possível

construir mecanismos de superação destas formas de preconceito e discriminação no

ambiente escolar?

Devido a essa problemática apresentada traçamos alguns objetivos a serem

alcançados tanto no âmbito geral como específico.

Objetivo Geral:

Conscientizar os estudantes a respeito da população da qual fazem parte, que

segundo o IBGE é composta por 45% de negros e 0,47% por indígenas - realidade

percentual essa que não tem sido suficiente para eliminar ideologias, desigualdades e

estereótipos racistas, e desenvolver ações pedagógicas que ressaltem a importância do

reconhecimento e valorização da História e Cultura afro-brasileira e indígena, a fim de

amenizar ou extinguir todas as formas de preconceito e discriminação no ambiente

escolar.

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- Objetivos Específicos:

- Desconstruir a questão do mito da democracia racial, por meio de questionamentos e

análises críticas, objetivando eliminar conceitos, ideias e comportamentos influenciados

pela ideologia do branqueamento;

- Valorizar e respeitar os processos históricos de resistência negra e indígena;

- Esclarecer a respeito do artigo 5º da Constituição Brasileira a fim de conscientizá-los

sobre as formas de preconceito e respeito à diversidade, deixando evidente que o racismo

é crime sendo esse inafiançável e imprescritível.

- Romper com imagens negativas forjadas por diferentes meios de comunicação contra os

negros e povos indígenas;

- Levar os educandos a ter uma visão ampla e crítica referente à História não

eurocêntrica;

- Identificar os diversos traços da cultura africana e indígena que podem ser encontrados

hoje em vários aspectos da cultura brasileira, tais como a música popular, a religião, a

culinária, o folclore e as festividades populares.

2. Material Didático

A produção didático-pedagógica será apresentada, aos alunos, através de uma

exemplificação clara e objetiva, onde mostrar-se-á de forma resumida a proposta das

atividades. Para gerar um clima favorável para as discussões da temática será

evidenciado alguns conceitos referente ao assunto em pauta, sendo esse Preconceito e

discriminação em sala de aula: Conscientização e Valorização da Diversidade a partir do

Ensino de História. Na sequência será apresentado a problemática que envolve tanto o

ambiente escolar como o social não só do Município de Rio Branco do Ivaí, mas da

sociedade como um todo nacionalmente e porque não dizer mundialmente. Para melhor

compreender a realidade e lutar contra a hipocrisia do mito da democracia racial será

criteriosamente selecionada diversas atividades evidenciando a problematização, e

amenização do mesma, através de leitura, pesquisa, investigação, análise, comparação,

discussão, debate e reflexão e socialização. Onde todos poderão participar efetivamente

colaborando, revendo atitudes comportamentais e buscar em suas ações o respeito para

com toda a diversidade. Abaixo segue a sequencia das atividades a serem desenvolvidas

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durante a implementação do projeto totalizando às 32 horas.

Apresentação do projeto à direção, Equipe pedagógica e professores; (2hrs)

Apresentação do projeto para os estudantes e definições dos conceitos

Preconceito, discriminação e racismo. (2hrs)

Exibição de uma curta-metragem: “O preconceito cega” e discussões e

exemplificações sobre, atividade revendo minha prática com questões para

analisar/refletir. (2 hrs)

Exibição de um vídeo: “ As aparências enganam “- Jafar, comentários e

exemplificações referente. (1h:30 min)

Exibição de um vídeo: retratando o preconceito espalhado e evidenciado em

atitudes, ressaltando as aparências enganam. (1h:30min)

Atividade é chegado a hora de registrar, produção textual revendo minhas práticas,

leitura das produções e possíveis correções (2Hr)

Análise e estudo de texto: Racismo no Brasil (Ilídio Teixeira) mais atividade (2 hrs)

Entrevista como você se autodeclara (1hr)

Análise dos dados obtidos mais construção do gráfico (2 hrs)

Atividade a ser desenvolvida exibição de um curta-metragem “ O jogo de xadrez “

mais estudo referente (2hrs)

Dinâmica preconceito e exclusão (2hrs) obs: arrumar o material anteriormente a

execução da mesma.

Análise da letra da música de Gabriel Pensador: “Lavagem cerebral/racismo é

burrice, distribuição de cópias da letra, áudio da mesma, dialogando sobre com

sugestões de algumas questões introdutórias e outras possibilidades. (3hrs)

Confecção de cartazes (3hrs)

Exibição de vídeo vista minha pele e estudo referente (2hrs)

Analise da música o canto das três raças, ensaios coreográficos, apresentação da

dança encerramento do projeto (4hrs)

Recursos didáticos metodológicos

Quanto aos recursos didáticos metodológicos serão utilizados :

Aulas expositivo-interativas como introdução e sínteses com o auxílio de data

show;

Projeção de vídeos, documentários e músicas para debate e articulação com o

assunto em pauta;

Dinâmicas;

Mapeamento construtivo em duplas;

Grupos de trabalho, pesquisa, confecção de cartazes, coreografias e apresentação

no grande grupo;

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3. Orientações metodológicas

O projeto em pauta, Preconceito e discriminação em sala de aula: Conscientização

e Valorização da Diversidade a partir do Ensino de História, será implementado no

Colégio Estadual Rio Branco- Ensino Fundamental e Médio, na cidade de Rio Branco do

Ivaí-Pr, tendo como público alvo aproximadamente 30 alunos do 8º ano do Ensino

Fundamental.

Inicialmente será apresentado à Direção, Equipe Pedagógica, Professores e

funcionários para tomarem ciência das ações que serão desenvolvidas no decorrer do

Projeto.

A produção didática será aplicada no 1º semestre do ano letivo de 2017. A

abordagem da problemática “preconceito e discriminação na sala de aula” será através da

oralidade, reflexão e análise, tanto referente ao contexto histórico como análises no

âmbito geral de músicas, pequenos vídeos, discussões entre outros.

Para gerar um clima favorável às discussões da temática serão expostas as definições

dos conceitos: o que vem a ser racismo, preconceito e discriminação, fazendo uma

exemplificação clara e objetiva, ou seja, apresentação do projeto, que se faz necessário

no primeiro momento, para que os mesmos tenham uma interação e participação ativa do

assunto em pauta e para que posteriormente vão fazendo a identificação desses

conceitos na prática cotidiana e combatendo na desconstrução dos mesmos. Para isso

serão elaborados slides com as definições de racismo, preconceito e discriminação.

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PRECONCEITO

• É uma opinião que formamos das pessoas antes de conhecê-las. È um

julgamento apressado e superficial e muito perigoso, pois ao invés de

melhorar a nossa vida e da sociedade acaba trazendo muitas situações

complicadas e até mesmo violentas.

Preconceitos clássicos:

• “Toda sogra é chata”

• “Todos os homens são fortes”

• “Toda mulher é frágil”

• “Mulher bonita é burra”

• “Todos os políticos são corruptos”

• “Toda criança negra vai mal na escola”

• Ninguém é obrigado a gostar de alguém, mas é obrigado a respeitar os seus

direitos.

Todos esses citados e outros que conhecemos são estereótipos que demonstram

preconceitos. Estereótipo é um carimbo você generaliza e a partir dessa marca você faz

um julgamento ou seja um preconceito, o estereótipo é a prática do preconceito

RACISMO

As pessoas que não conseguem deixar de ser preconceituosas podem vir a se

tornar racistas. Um racista acredita que existem raças superiores às outras, o que é

uma grande tolice, pois na espécie humana não podemos dizer que existem raças;

A cor da pele, a forma do nariz, o tipo de cabelo, o tipo de sangue o formato e a cor

dos olhos, a espessura dos lábios, não são suficientes para estabelecer diferentes

tipos de raças entre os seres humanos que biologicamente são iguais em quase

tudo.

De acordo com Cícero:

“Os homens diferem em conhecimento, mas são todos iguais na capacidade de

aprender, não há nenhuma raça que, guiada pela razão não possa chegar a

excelência.” (COMAS, 1970, p.135).

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DISCRIMINAÇÃO

Discriminação é o nome que se dá para a conduta, ou seja, ação propriamente

discriminatória que acaba violando os direitos das pessoas, ou seja é ação. A

discriminação racial está relacionada à “cor”.

Nesse segundo momento haverá a exibição de um curta-metragem em vídeo:

“O preconceito cega”, disponível no Educa tube https://www.youtube.com/watch?v=-

M3Bf1I8N_k.

Esse vídeo, “O preconceito cega”, serve para autocrítica e reflexão sobre os múltiplos

olhares de uma convivência em sociedade, essa muitas vezes intolerante, propicia

também uma discussão e revisão de nossas atitudes quando em determinados momentos

agimos baseados nas falsas aparências, ou seja, julgamos pela aparência que é algo

inadmissível e o preconceito, também cega, como demonstra o curta-metragem. Dando

sequência, serão lançadas algumas questões para reflexão e diálogo (conversas

informais) a título “revendo minha prática”:

Quem são as pessoas que vocês buscam para conviver no dia a dia?

São aquelas que mais parecem com vocês?

Aquelas que pensam agem e gostam das mesmas coisas?

É mais fácil conviver com os iguais? Por quê?

Qual o problema em conviver com os diferentes ?

Vocês concordam que as diferenças afastam as pessoas?

Concordam que é legal ser diferente? Por quê ?

.Após as reflexões e comentários sobre as questões acima, será feita a exibição do

vídeo: “As aparências enganam” – Jafar, disponível no youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=VQlOJa2Pwlo

Esse material demonstra o preconceito de uma família diante de uma pessoa na

sala de espera, seguido de comentários sobre o mesmo.

Preconceitos e discriminação são construídos nos pequenos detalhes vividos no

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cotidiano. “Um pai que ofende com xingamentos” do tipo: “tinha que ser negro, ou tinha

que ser mulher” ensina seus filhos a intolerância, o sexismo etc.

Atitudes que os pais devem ter é conviver com pessoas de diferentes grupos

étnico-raciais e, sobretudo, ter uma postura de vida que combata hierarquia,

subordinações e desigualdades sociais. Embora seja um assunto sério, mas tratado de

uma forma descontraída, o próximo vídeo a ser exibido retrata o preconceito espalhados

se não nas atitudes nos pensamentos; disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=DAXjCuanj-g.

ATIVIDADE

Momento de registrar: Registre suas considerações à respeito das discussões, das

suas experiências (depoimentos) revendo sua Prática o que você fazia que não

tinha consciência que de fato essa ou aquela brincadeira inconscientemente ou não

é a mais pura manifestação do preconceito .(produção textual)

Análise e estudo de texto:

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Racismo no Brasil?

Autor: Ilidio Teixeira

(Adaptado pela autora da aula. Texto na íntegra disponível no site: http://www.spiner.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=901&page=2 )

Racismo no Brasil é, no mínimo, uma atitude de ignorância às próprias origens. Qual é o antepassado do “verdadeiro brasileiro”? Indígena (os primeiros povos a habitar a terra do ‘Pau Brasil’)? Os negros (que foram trazidos para trabalhar como escravos e, ainda, serviram de mercadoria para seus senhores)? Os portugueses (que detém o status de descobridores desta terra)? Porém, pode ser a miscigenação de todas as raças, como vemos hoje? Afinal de contas, aqui se instalaram povos de todos os lugares do mundo. Portugueses, espanhóis, alemães, franceses, japoneses, árabes e, ultimamente, peruanos, bolivianos, paraguaios, uruguaios e até argentinos vivem neste país que é hospitaleiro para com os estrangeiros e, por vezes, hostil com sua própria população. Quantas pessoas mestiças nascidas no Brasil você conhece ou, pelo menos, já viu? Quantas vezes você ouviu alguém dizer que...”meu avô era africano, minha avó espanhola”, ou então...”meu pai é japonês e minha mãe é árabe”? Quando representantes ‘tupiniquins’ participam de eventos esportivos ou sociais, o que vemos são pessoas de diferentes raças, mas apenas um sangue e somente uma paixão: o Brasil. O que existe por aqui é muito racismo camuflado e que todo mundo faz questão de não enxergar. Os alvos, mesmo que inconscientemente, sempre são os mesmos. Negros, mestiços, nordestinos, pessoas fora do padrão da moda, ou seja, obesos, altos demais, baixos ou anões e, principalmente, os mais pobres sofrem com a discriminação. Muitos não conseguem emprego, estudo, dignidade e respeito. Estes não têm vez na sociedade brasileira!Para exemplificar isso, basta visitar as faculdades, os pontos de encontro (como bares, danceterias, teatros e cinemas) ou, até mesmo, se tiver mais coragem, verificar o revés da história, ou seja, favelas e presídios. Claramente, nesses lugares, este racismo hipócrita e camuflado vem à tona e causa espanto em muitas pessoas que não ‘querem’ encarar a verdade dos fatos. Segundo a Constituição Brasileira, qualquer pessoa que se sentir humilhada, desprezada, discriminada, etc...por sua cor de pele, religião, opção sexual...pode recorrer a um processo judicial contra quem cometeu tal atrocidade. Mas, neste país, a verdade é que ninguém encara isto seriamente. Precisamos mudar essa difícil realidade! O brasileiro tem de valorizar suas origens, para que um dia este país tenha condições de lutar com igualdade pelos seus direitos e por todos nós.

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ATIVIDADE

Após leitura e análise do texto responda as questões em grupo registrando as

mesmas:

1) Exemplifique porque o autor diz que o racismo no Brasil é um ato de

ignorância?

2) Porque o autor diz que este país é hospitaleiro com os estrangeiros e,

muitas vezes, hostil com sua população?

3) Precisamos mudar essa difícil realidade! “A que o autor se refere? O que

tem que ser diferente? Faça um pequeno levantamento do qual você

considera ser realmente necessário para que esse nosso país seja

realmente justo?

Propomos em seguida uma entrevista/questionário em relação à questão

étnica, tendo como enunciado: “como você se autodeclara?”

Vamos à entrevista:

1) Em relação à cor da pele, você se considera? ( ) Branco ( ) Pardo ( ) Negro ( ) Amarelo (Oriental) ( ) Vermelho (Indígena) ( ) Prefiro não declarar

2) Entre seus amigos próximos, há pessoas que têm a cor da pele diferente da

sua? ( ) Sim, uma ( ) Sim,algumas ( ) Sim,a maioria ( ) Não

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3) Entre seus familiares, há pessoas que têm a cor da pele diferente da sua? ( ) Sim,uma ( ) Sim, algumas ( ) sim a maioria ( ) Não

4) Você convive diariamente com pessoas que tem a cor da pele diferente da sua ? ( ) Sim, com uma pessoa ( ) Sim, com algumas pessoas ( ) Sim, a maioria das pessoas com quem convivo ( ) Não

5) Você identifica algum preconceito de ordem étnica na sociedade brasileira? (múltiplas escolhas) ( ) Não ( ) Sim, contra brancos ( ) Sim, contra negros ( ) Sim, contra afrodescendentes de um modo geral (negros, pardos, mulatos e (cafuzos) ( ) Sim, contra os nordestinos (principalmente em São Paulo) ( ) Sim, contra os índios

6) Alguma vez você já foi discriminado devido à cor de sua pele dentro do espaço escolar? ( ) Sim, uma vez ( ) Sim, várias vezes ( ) Não ( ) Não, me recordo

7) Você acredita que as formas de preconceito étnico (por cor da pele ou Estado

de origem) no Brasil... ( ) Ainda são muito fortes e prevalentes, e não vão mudar ( ) Ainda são muito fortes e prevalentes, mas estão diminuindo ( ) Não são mais tão prevalentes, o preconceito tem diminuído consideravelmente ( ) Não são mais tão prevalentes, mas ainda vai demorar muito tempo para diminuir ( ) Quase não há mais preconceito ( ) Não há preconceito

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8) Na sua opinião, a participação da mulher na sociedade...

( ) É fraca e não há porquê mudar ( ) Ainda é muito fraca e custa a melhorar ( ) Ainda é fraca mas vem melhorando muito com o passar dos anos ( ) É fraca e não creio que vá mudar muito nos próximos tempos ( ) É moderada e ainda precisa melhorar ( ) Está boa e não precisa mudar ( ) Não tenho uma opinião formada sobre o assunto

9) Você identifica preconceito contra a mulher na sociedade brasileira? ( ) Sim, muito ( ) Sim, moderadamente ( ) Sim, um pouco ( ) Não

10) (Apenas Mulheres) Você já sofreu preconceito pelo fato de ser mulher? ( ) Sim ( ) Não

11) (Apenas homens) Você se considera machista? ( ) Sim ( ) Não

Após a execução da entrevista, análise dos dados obtidos e exibição dos mesmos

em gráfico.

Outra ação / atividade a ser desenvolvida será a exibição de um curta

metragem “O xadrez das cores” disponível em: https://youtu.be/IbrY4p-nrdk

O preconceito e o desafio da acolhida da diversidade são temas neste curta

metragem; é um filme sobre a questão do preconceito nas relações humanas entre

brancos e negros; esse envolve não somente a questão racial como também a questão

da solidão, o cuidado ou seja a solidariedade e a superação, valores primordiais, por ser

educativo vale a pena ser trabalhado, uma vez que o grande desafio da atualidade para a

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educação é a diversidade, sabendo que essa precisa ser reconhecida, valorizada e

acima de tudo respeitada. Esta visa possibilitar uma reflexão ampla permitindo a interação

de todos para a desconstrução do racismo, preconceito e discriminação. Atitudes

responsáveis consistem em mostrar a diversidade sendo que essa não consiste em um

fator de superioridade e nem de inferioridade, mas o contrário um fator de

complementaridade e de enriquecimento da humanidade em geral.

Dar ênfase nesse aspecto é importante para que os alunos assumam com

orgulho e dignidade os atributos de sua diferença; vamos ser quem somos, e conscientes

que nós fazemos a diferença naquilo que acreditamos.

Ninguém precisa ser sentir humilhado, uma vez que a sociedade tenta nos impor

certos constrangimentos: “Tivemos na condição de escravos, mas não éramos e nós

viemos para cá, para construir esse país porque sabíamos que éramos e somos

capazes”, mas nunca nos sujeitamos a aceitar tal condição; sempre lutamos em busca de

nossos direitos e permanecemos fazendo isso até a atualidade.

LIBERDADE E MUITA LUTA

Próxima atividade: Dinâmica para trabalhar preconceito e exclusão; essa

proposta encontra-se disponível em:

http://www.dinamicaspassoapasso.com.br/2011/02/dinamica-para-trabalhar-preconceito-e.html

QUARTA-FEIRA, 23 DE FEVEREIRO DE 2011

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DINÂMICA PARA TRABALHAR PRECONCEITO E EXCLUSÃO PARTICIPANTES: de 15 a 30. TEMPO: 40’

MATERIAL: Etiquetas autocolantes com frases como: SOU CRIATIVO: OUÇA-ME SOU INFERIOR: IGNORE-ME SOU PREPOTENTE - TENHA MEDO

SOU SURDO(A) – GRITE SOU PODEROSO(A) – RESPEITE SOU ENGRAÇADO(A) – RIA

SOU SÁBIO(A) – ADMIRE-ME SOU ANTIPÁTICO(A) – EVITE-ME SOU TÍMIDO(A) – AJUDE-ME

SOU MENTIROSO(A): DESCONFIE SOU MUITO PODEROSO(A): BAJULE-ME

APERTE MINHA MÃO ABRACE-ME

ME ISOLE PISQUE PARA MIM ME CONVIDE PARA DANÇAR

AFASTE-SE DE MIM IGNORE-ME SEGURE MINHA MÃO

DIGA-ME OLÁ ME FAÇA UM ELOGIO ME DESEJE PARABÉNS

ME FAÇA UM CARINHO ME CONVIDE PARA SENTAR

OBJETIVO: Trabalhar temas como: Preconceito, Exclusão Social, “Booling”(atitudes de chacota, piadinhas e agressões entre os indivíduos, principalmente observada nas escolas e nas relações de trabalho), Reforçar a Auto – Estima, Percepção de Padrões Energéticos Pessoais.

DESCRIÇÃO: O facilitador explica ao grupo que farão uma atividade onde serão coladas etiquetas na testa de cada um e que ninguém pode ver o que está escrito em sua testa, nem os poderá falar o que está escrito na testa dos outros.

PROCESSO: 1- Colocar as etiquetas na testa de cada um. Reforçando que não poderão saber o que

está escrito e que nem um participante pode contar ao outro o que está escrito.

2- Após todos estarem devidamente “rotulados”, pedir para que andem pela sala e interajam uns com os outros de acordo com o que está escrito na testa de cada um. Isto é, se comportando de acordo com o que está escrito na testa de cada um dos participantes.

3- Deixar que interajam por volta de 5 minutos.

4- O facilitador deve observar atentamente as reações e clima gerado pelo exercício para que tenha subsídios para fomentar a discussão posterior.

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5- Após esse período cessar a atividade e pedir para que sentem. Mas, não tirem a etiqueta. Vale a norma de não saber o que estava escrito em sua testa nem comentar o que está escrito na testa dos outros participantes.

6- Perguntar a cada participante, individualmente: - Que sentimentos teve durante a atividade? Sentiu-se bem? Pressionado? Deslocado? Confortável?

.Como os outros participantes reagiram com você. Como se sentiu em relação a eles.

. O que acha que está escrito em sua testa?

- Pedir para que tire sua etiqueta e olhe o que está escrito.

. Era isso que esperava que estivesse escrito? A atitude que tiveram com você foi justa? Agora que sabe o que estava escrito, seu sentimento em relação a como lhe trataram mudou?

7- Ao término de todos os depoimentos, perguntar:

- O que podem extrair dessa experiência?

- O que acarreta esse tipo de situação: Preconceitos? O hábito que temos de Rotular as pessoas? A própria pessoa não ter autoconfiança e autoestima e irradiar essa energia para os outros?

- O que ocorreu durante a atividade, pode acontecer em nosso dia a dia?

- As pessoas que foram discriminadas, como se sentiram? O que poderiam fazer para não se sentirem assim?

- As pessoas que se sentiram desconfortáveis. O que poderiam fazer para se sentirem melhor?

Nota: O facilitador precisa se preparar para discutir os conceitos de: O que são preconceitos, porque ocorrem. O que podemos fazer a respeito?

O que é um rótulo? Porque tendemos a rotular as pessoas? O que isso acarreta nas relações. Como nossas energias e pensamentos podem influenciar a nós mesmos e as reações dos outros? Esta dinâmica é uma releitura da Dinâmica - Patinho Feio (ANTUNES, Celso. Jogos para estimulação das múltiplas inteligências. 3ª edição, Petrópolis, Vozes, 1999) e da Dinâmica - Rótulos de autoria não identificada.

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Como sinopse se diz que: “Tudo que é ensinado dentro de uma sala de aula

não se trata de um ato gratuito e muito menos sem repercussões, constitui tarefa

árdua, pois se está definindo rumos que a humanidade irá tomar”. Dessa maneira

proponho a Análise da letra da música “Racismo é burrice”, de Gabriel Pensador: será

distribuída a letra para discussão do conteúdo e referente à lavagem cerebral; a música

pode ser encontrada no site:

http://www.vagalume.com.br/gabriel-pensador/racismo-e-burrice-nova versao-de-

lavagem-cerebral.html

Dialogando:

Vocês gostaram dessa música? Por quê?

Qual o problema social retratado nessa letra?

Segundo Gabriel porque racismo é burrice?

Porque o preconceito é uma herança cultural?

O que significa fazer uma lavagem cerebral, segundo a música? (entre outras)

ATIVIDADE

Em seguida, haverá confecção de cartazes, para que possam servir de lembrete

para as pessoas ficarem atentas à igualdade racial e para que não haja preconceito

(esse cartaz poderá ser colado em murais nos corredores da escola).

O professor deverá providenciar cartolinas, revistas, cola e tesoura para os alunos.

Dividirá a turma em quatros grupos e pedirá aos alunos para escrever

frases/pensamentos nos cartazes contra o preconceito e colarem imagens significativas

que ilustrem a igualdade de etnias.

Exemplos de cartazes entre, outros:

“Que morra o preconceito e viva a união”.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem

ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem

aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”. (Nelson Mandela)

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Fonte das imagens: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://portal.acessoreal.com.br/images/noticias/756/igualdade%2520racial.jpg&imgrefurl=http://portal.acessoreal.com.br/images/noticias/756/&usg=__Q5VYdNZfkVKB0A6IsLYf3jPKdFY=&h=160&w=240&sz=8&hl=pt-BR&start=2&itbs=1&tbnid=dxQgIORs-X9LJM:&tbnh=73&tbnw=110&prev=/images%3Fq%3Digualdade%2Bracial%26hl%3Dpt-BR%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1 http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://3.bp.blogspot.com/_NLo8EOaeO0s/SRq3EbMhIBI/AAAAAAAAAl4/aexqOesIi4k/s1600/consci%C3%AAncia%252Bnegra.jpg&imgrefurl=http://historiadordasmassas.blogspot.com/2009/11/apos-10-anos-de-discussao-estatuto-da.html&usg=__COHJwsdfNT5mTMxInvX3fcw07ho=&h=351&w=483&sz=25&hl=pt-BR&start=19&itbs=1&tbnid=-B7pOPG-DJHtCM:&tbnh=94&tbnw=129&p

Outras imagens estão disponibilizadas no https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&source=imghp&q=preconceito+racial&gbv=2&oq=&tbm=isch&gws_rd=ssl

site:

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A próxima atividade será a exibição do vídeo “Vista minha pele”, disponível em:

http://educa-tube.blogspot.com.br/2012/11/vista-minha-pele-usa-parodia-para.html

http://educa-tube.blogspot.com.br/2012/11/vista-minha-pele-usa-parodia-para.html

Trata-se de uma paródia da realidade brasileira, para servir de material básico para

discussão sobre racismo e preconceito em sala de aula. Nessa história invertida, onde os

negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados. Os países pobres são,

por exemplo, Alemanha e Inglaterra, e os países ricos são, por exemplo, África do Sul e

Moçambique.

Maria é uma menina branca pobre, que estuda num colégio particular graças à

bolsa de estudos que tem pelo fato de sua mãe ser faxineira nesta escola. A maioria de

seus colegas a hostilizam, por sua cor e por sua condição social, com exceção de sua

amiga Luana, filha de um diplomata que, por ter morado em países pobres, possui uma

visão mais abrangente da realidade.

Maria quer ser Miss Festa Junina da escola, mas isso requer um esforço enorme,

que vai desde a predominância da supremacia racial negra (a mídia só apresenta

modelos negros como sinônimo de beleza), a resistência de seus pais, a aversão dos

colegas e a dificuldade em vender os bilhetes para seus conhecidos, em sua maioria

muito pobres. Maria tem em Luana uma forte aliada e as duas vão se envolver numa série

de aventuras para alcançar seus objetivos.

Vencer ou não o Concurso não é o principal foco do vídeo, mas sim a disposição

de Maria em enfrentar essa situação. Ao final ela descobre que, quanto mais confia em si

mesma, mais possibilidades ela tinha de convencer outros de sua chance de vencer.

Nada como "vestir a pele do outro" para sentir-se no seu lugar; esse será o

foco das discussões e fazer uma produção textual, procurando salientar tudo que já

vimos até agora, ou seja, o que te marcou, mais, chamou atenção, fez você rever,

repensar etc.

Finalizando o projeto com a análise da letra da música o canto das três raças disponível:

https://www.youtube.com/watch?v=dcVKb2ht6BE

O canto das três raças de (Paulo César Pinheiro/ Mauro Duarte) cantada por Clara

Nunes, (1976).

Essa música retrata as três raças fundamentais na formação do Brasil, o canto das três

raças evidencia uma tristeza/ melancolia,essa se dá por meio da perda do direito de ser

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humano enquanto cidadão e sujeito vale lembrar a evidência nítida causada pela dor e

pela falta de perspectiva das etnias/grupos envolvidos, percebe-se que o índio canta, do

cativeiro no qual foi lhe imposto, o soluçar triste de quem teve a liberdade cerceada; O

negro, trazido nos porões do navios para a escravidão, ecoam a revolta, do cativeiro mas

essa se deu por meio de luta constante e nunca aceitou passivamente, a escravidão (o

quilombo não deixa de ser um espaço limitado), mas foi uma das formas encontrada para

lutar pela liberdade entre outras como a capoeira etc. E o branco, cabe salientar que em

especial os inconfidentes, se juntam aos outros dois,cantando o desejo de igualdade e

fraternidade.É de opinião unívoca que devemos valorizar a cada cultura, mas significar a

miscigenação se faz necessário pois a nossa formação é uma mistura de etnias.

Convém ressaltar a importância da força da união dos grupos, ou seja, enquanto

pensarmos somente em interesses particulares e não na diversidade, essa tristeza

evidenciada na música, não terá fim.

ATIVIDADE

O professor distribuirá uma cópia da letra para a análise, disponível:

https://www.youtube.com/watch?v=dcVKb2ht6BE

Áudio da música; ( uma vez ou mais , quanto achar necessário)

Após a análise da letra em pauta, ser devidamente exemplificada;

Dialogando o que podemos relacionar sobre essa letra de 1976 com os dias

atuais;

Fazer um levantamento sobre os aspectos importantes tanto do ponto de vista

dos educandos como aqueles que merecem ser destacados;

Propor ensaios com uma coreografia adequada ao ambiente escolar, escolha

de figurinos e penteados para apresentação no grande grupo, podendo utilizar

as confecções de cartazes realizadas anteriormente por meio de uma

exposição para representar o cenário.

A avaliação será de acordo com a participação ativa na resolução das atividades

propostas, e também será observado o envolvimento nas trocas de informações/diálogos

formais e informais,durante toda a implementação do projeto.

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CRONOGRAMA

ATIVIDADES

ANO: 2017

MÊS

0

Carga

horária

0

02

0

03

0

04

0

05

0

06

0

07

0

08

1

09

1

10

11

Apresentação do projeto à direção, Equipe pedagógica e professores

2hs X

Apresentação do projeto para

os estudantes e definições dos

conceitos Preconceito,

discriminação e racismo.

2hrs

X

Exibição de uma curta-metragem: “O preconceito cega” e discussões e exemplificações sobre, atividade revendo minha prática com questões para analisar/refletir

2hrs

X

Exibição de um vídeo: “As aparências enganam Jafar”,comentários e exemplificações referente.

1he 30min

X

Exibição de um vídeo:

retratando o preconceito

espalhado e evidenciado

em atitudes, ressaltando as

aparências enganam

1he 30min

X

Atividade é chegado a hora

de registrar, produção

textual revendo minhas

práticas, leitura das

produções e possíveis

correções.

2hrs

X

Análise e estudo de texto: Racismo no Brasil ( Ilídio Teixeira) mais atividade

2hrs

X

Entrevista como você se

autodeclara

1hr X

Análise dos dados obtidos mais construção do gráfico

2hrs X

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Atividade a ser desenvolvida exibição de um curta-metragem O jogo de xadrez e estudo referente

2hrs

X

Dinâmica preconceito e exclusão obs: arrumar o material anteriormente a execução da mesma

2hrs

X

Análise da letra da música de Gabriel Pensador: “Lavagem cerebral/racismo é burrice, distribuição de cópias da letra, áudio da mesma, dialogando sobre com sugestões de algumas questões introdutórias e outras possibilidades

3hrs

X

Confecção de cartazes 3hrs X

Exibição de vídeo vista minha pele e estudo referente

2hrs X

Analise da música o canto

das três raças, ensaios

coreográficos, apresentação

da dança encerramento do

projeto

4hrs

X

Elaboração do trabalho

final: artigo

X

X

X

X

X

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília - DF, 2005. CARDOSO, Ciro F.; VAINFAS, R. Domínios da história. Ensaios de teoria e metodologia.

Rio de Janeiro: Campus, 1997. CAVALLEIRO, Eliane dos Santos. Do silêncio do lar ao silêncio escolar: racismo, preconceito e discriminação. São Paulo: Contexto, 2000. HERMANN, Jacqueline. História das religiões. In: CARDOSO, Ciro F.; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da história. Rio de Janeiro: Campus, 1997. MARX, K. Engels, Friedrich. Sobre a religião. Lisboa: Edições 70, 1975. MÜLLER, Maria Lúcia; PAIXÃO, Lea Pinheiro. Educação, diferenças e desigualdades. Cuiabá: EdUFMT, 2006. NETO, Ferreira Edgard. História e Etnia. In: CARDOSO, Ciro F.; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da história. Rio de Janeiro: Campus, 1997. NOGUEIRA, Oracy. Preconceito de marca: as relações raciais em Itapetininga. São Paulo EdUSP, 1998. OLIVEN, Ruben. A invisibilidade social e simbólica do negro no Rio de Sul. In: LEITE, Ilka Boaventura (org.) Negros no sul do Brasil: invisibilidade e territorialidade. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 1996. PINHO, Vilma Aparecida. Relações raciais no cotidiano escolar: percepções de

professores de educação física sobre alunos negros. Cuiabá: EdUFMT, 2007. SANTOS, Ângela Maria. Vozes e silêncio do cotidiano escolar: as relações raciais entre alunos negros e não negros. Cuiabá: EdUFMT, 2007. TEXEIRA, Ilídio. Racismo no Brasil apud

https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-

8#q=Elidio+teixeira-Racismo+no+brasil&nfpr=1,