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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: O Ensino de Química Abordando a História da Utilização de Produtos Apícolas
Autor Gleide Regiane Martini
Escola de Atuação Colégio Estadual Arnaldo Busato-EFMNP
Município da escola Coronel Vivida
Núcleo Regional de Educação Pato Branco
Orientador Dr. Marcos Roberto da Rosa
Instituição de Ensino Superior Universidade do Centro Oeste-UNICENTRO- Guarapuava
Disciplina/Área (entrada no PDE) Química
Produção Didático-pedagógica Unidade Didático Pedagógica
Relação Interdisciplinar
Português, Artes, Biologia, Geografia, Sociologia, História
Público Alvo
Alunos do 3º Ano do Ensino Médio e Comunidade
Localização
Colégio Estadual Arnaldo Busato-EFMNP
Rua Rosa Stédile, No 520- Coronel Vivida- Pr
Apresentação:
APRESENTAÇÃO
O mel é conhecido como um dos alimentos mais antigos da
humanidade, sendo consumido a partir de coleta e métodos de
produção rudimentares. Este estudo está incluído na História da
Química e se define como temática desta proposta que tem como
objeto de estudo os produtos apícolas. A intenção é investigar de
que modo os alunos do Ensino Médio podem obter um aprendizado
significativo a partir do contexto histórico, com o estudo da História
do Mel e produtos apícolas, dentro do conteúdo de química. Os
objetivos, incluem o desenvolvimento do projeto junto aos alunos
para que adquiram uma imagem da ciência mais contextualizada da
Química com base em sua História como recurso didático na
investigação dos produtos apícolas e o uso químico ao longo do
tempo. Busca-se investigar fatos históricos relevantes em seu
contexto sócio-econômico-cultural, estabelecendo, uma relação
entre a História da Ciência e o Conhecimento Científico. Pretende-
se que neste projeto de intervenção os alunos conheçam a História
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da Química, a Química Orgânica, Carboidratos, polifenóis e
flavonóides, processo fermentativo e atividades oxidantes e as
tecnologias pertinentes à produção do mel.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras)
Química. História da Ciência. Mel.
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO IES – UNICENTRO – GUARAPUAVA
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
GLEIDE REGIANE MARTINI
O ENSINO DE QUÍMICA ABORDANDO A HISTÓRIA DA UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS APÍCOLAS
GUARAPUAVA
2011
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO IES – UNICENTRO – GUARAPUAVA
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
GLEIDE REGIANE MARTINI
O ENSINO DE QUÍMICA ABORDANDO A HISTÓRIA DA UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS APÍCOLAS
Unidade Didática para a Implementação do
Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola,
Programa de Desenvolvimento Educacional
(PDE).
Professor Orientador: Dr. Marcos Roberto
Rosa
GUARAPUAVA
2011
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UNIDADE DIDÁTICA
Escola de Implementação: Colégio Estadual Arnaldo Busato – EFMNP
NRE: Pato Branco – PR
Professor PDE: Gleide Regiane Martini
E-mail: [email protected]
Professor Orientador: Dr. Marcos Roberto Rosa
Nível de Ensino: Ensino Médio
Título: O ensino de química abordando a história da utilização de produtos apícolas
Tema: Filosofia da Ciência e História da Química inserida como recurso didático,
sugerido pelas “Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio
(DCEs)”1 (SEED/Pr, 2009) através do estudo de produtos apícolas.
Disciplina: Química
Conteúdo Estruturante: Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica e Química
Sintética
Conteúdo Básico: Química Orgânica
Conteúdo Específico: Carboidratos, polifenóis flavonóides, processo fermentativo,
atividade oxidante
1 Documento oficial norteador do trabalho docente, delimitando pelo mínimo exigido por lei para o
ensino médio da Secretaria de Educação do Paraná (SEED).
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APRESENTAÇÃO
Neste projeto de intervenção o tema de estudo selecionado engloba a
Filosofia da Ciência e História da Química inserida como recurso didático, sugerido
pelas “Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio (DCEs)”2 (SEED/Pr,
2009) através do estudo de produtos apícolas.
A justificativa para a escolha deste tema leva em conta que muitos alunos
apresentam grandes dificuldades no aprendizado da Química, daí o porque do
elevado índice de reprovação nessa disciplina. Há necessidade de compreender o
passado, a evolução do conhecimento químico, as exigências de novos
experimentos, elaboração de novos conceitos sobre a química na sociedade e, para
isso, é fundamental uma abordagem dos conteúdos da Filosofia da Ciência e a
História da Química com o objetivo de evidenciar o seu caráter provisório, bem como
suas limitações, potencialidades e a contextualização histórica de conceitos
químicos.
Entende-se que, desta forma, pode-se auxiliar os alunos na compreensão da
natureza da ciência e no aprendizado de conceitos que explicam os fenômenos
químicos estudados pela Ciência Química.
O ensino de química nessa perspectiva pode viabilizar a organização, a
superação de explicações simplistas aos fenômenos naturais originados nas
concepções fortemente enraizadas em visões do senso comum, auxiliando-os a
utilizar o saber científico para argumentar a respeito dos acontecimentos sociais e
naturais que os cercam.
Esta compreensão é corroborada com o seguinte registro:
A inclusão da História da Ciência no ensino tem razões que se fundamentam na Filosofia e Epistemologia e a própria concepção de ciência adotada interfere na seleção e abordagem dos conteúdos. Considera-se que a incorporação de um maior conteúdo de História, Filosofia e Sociologia da Ciência nos currículos pode contribuir para a humanização do ensino científico, facilitando a mudança de concepções simplistas sobre a ciência para posições mais relativistas e contextualizadas sobre esse tipo de conhecimento (LUFFIEGO et al., 1994; HODSON, 1985 apud OKI; MORADILO, 2008, p.69).
Com respeito a esta proposta de intervenção pedagógica, sua base são as
Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio, cujo objetivo consiste em
subsidiar reflexões sobre o ensino da História da Química bem como possibilitar
2 Documento oficial norteador do trabalho docente, delimitando pelo mínimo exigido por lei para o
ensino médio da Secretaria de Educação do Paraná (SEED).
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novos direcionamentos e abordagens no processo ensino-aprendizagem, para
formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de
refletir criticamente sobre o meio em que está inserido.
Com este propósito, a ênfase no estudo da história da disciplina e em seus
aspectos epistemológicos, defende uma seleção de conteúdos estruturantes que a
identifique como campo do conhecimento constituído historicamente nas relações
políticas, econômicas, sociais e culturais das diferentes sociedades.
Sabe-se que a história é a ciência que tem como objetivo estudar o passado
para compreender o presente, bem como, a história da química vem com a
necessidade de explicar e fazer entender com métodos científicos sua existência e
de que nada é por acaso.
Não se pode dizer que a Química é fruto apenas da ciência ocidental e do
capitalismo. Afirmar que o estudo da Química foi constituído a partir das relações
históricas e políticas, é um modo de demonstrar a natureza desse conhecimento,
inclusive questões ideológicas que o influenciaram o que, por sua vez, possibilita o
desenvolvimento de concepções mais críticas a respeito das relações da Química na
sociedade. É importante ressaltar a influência do Oriente no estatuto procedimental
da Química – as práticas alquímicas, dos boticários, anteriores ao estabelecimento
da Química como Ciência Moderna.
Esses são pressupostos para uma abordagem pedagógica crítica da
Química, que visa perfumistas e da medicina oriental – que foram difundidas pelos
árabes em séculos ultrapassar a subserviência da educação ao mercado de
trabalho.
Justifica-se assim, uma abordagem aos conteúdos no ensino da Química
que tem como alguns de seus representantes: Chassot (1995, 1998, 2003, 2004);
Mortimer (2002, 2006); Maldaner (2003); e, Bernardelli (2004). O Ensino da História
da Química, portanto, segue o direcionamento determinado pelas Diretrizes
Curriculares da Educação Básica, que indica a construção e reconstrução de
significados dos conceitos científicos com aporte aos contextos históricos, políticos,
econômicos, sociais e culturais, embasado em resultados de pesquisa sobre o
ensino de ciências,
Pesquisadores em ensino de Química no Brasil, que têm defendido uma
educação química pautada na significação dos conceitos químicos na busca de
construir cidadania de forma crítica em relação ao meio em que vivem, entendem
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que esta metodologia vai além da cronologia das descobertas Químicas, em razão
de que não uma organização dos conteúdos da Química nas escolas que sigam esta
ordem.
Para justificar este projeto, portanto, e discutir os fundamentos teórico-
metodológicos da Educação Básica no ensino da Química, importante referir que “O
conhecimento químico, assim como todos os demais saberes, não é algo pronto,
acabado e inquestionável, mas em constante transformação” (CHASSOT, 1995,
p.68).
Acredita-se que a História da Química permite ao professor problematizar de
forma significativa a ação pedagógica, mediante promoção de apropriação das
ideias químicas que leve os alunos à compreensão do pensamento químico, pelo
entendimento dos fatos que geraram as suas descobertas.
Pretende-se que esta compreensão contribua para que o aluno assimile o
estudo da Química como um elemento presente no ambiente e o conhecimento
como um processo elaborado e transformado em função das necessidades
humanas porque a ciência é construída por homens e mulheres, falível, em razão
disto, e inseparável dos processos sociais, políticos e econômicos.
Apresentando a problematização do estudo, considera-se que inserir no
ensino escolar o desenvolvimento da investigação e problematização dos conteúdos
consiste em provocar no educando o interesse e, ao mesmo tempo, o
estabelecimento de uma relação entre ele o objeto do conhecimento, a intenção do
professor deve prever como resultado a aprendizagem significativa.
A abordagem a uma problemática implica em despertar a atenção do aluno
para o contexto no ambiente em que vive e atua, de modo a perceber situações em
seu cotidiano que precisam ou que podem ser resolvidas, tanto quanto promover a
busca e a investigação por algum objeto que ainda não conhece.
Entretanto, o conhecimento acerca deste objeto deve estar no parâmetro de
interesse do aluno, à necessidade do grupo ou comunidade escolar, pois, segundo
expôs Nunes (2002, p.80) quanto à explicação, compreensão e intervenção “são
processos que requerem um conhecimento que vai além da descrição da realidade e
mobiliza competências cognitivas para deduzir, tirar inferências ou fazer previsões a
partir do fato observado”.
Abordando a história da Química, é natural que seu trajeto seja percorrido
desde o passado, quando se teve o trabalho de metalurgia como banco das ideias
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chinesas de cura e equilíbrio, quando a Alquimia trouxe a investigação sobre
diferentes naturezas da matéria e prática laboratorial para nela interferir, enfim
(PARANÁ, 2008), e chega-se a contemporaneidade com o advento de experiências
sui generis como a proposta de produção de vinho a partir do mel - o hidromel - e
que se torna um desafio à pesquisa da Química e uma oportunidade de aprendizado
ao educando, trazendo referências da Química do passado.
Pois que, diante da informação de Chagas (2008), de que “O Hidromel é
uma bebida fermentada a base de mel e água, consumida desde a antiguidade. Sua
fabricação é anterior ao do vinho e a cerveja”, percebe-se que a história da Química
se reveste de maior importância, pois o mel consiste em uma fonte original de
açúcares simples, como glicose e frutose, em cerca de 60-80% do seu peso,
considerado em climas temperados (CHAGAS et al., 2008).
Apoiados neste contexto que aduz aos dados sobre a Química desde a
antiguidade e aporta em experimentos atuais fundados em informações já
existentes, este projeto de intervenção questiona: de que modo os alunos do
Ensino Médio podem obter um aprendizado significativo a partir do contexto
histórico, com o estudo da História do Mel e produtos apícolas, dentro do
conteúdo de química?
Para obtenção de respostas ao questionamento, elencam-se objetivos que
buscam primeiramente, desenvolver um projeto junto aos alunos do Ensino Médio
para que adquiram uma imagem da ciência mais contextualizada da Química com
base em sua História como recurso didático na investigação sobre os produtos
apícolas e seu uso químico ao longo do tempo.
De modo especifico, objetiva-se estudar as diferentes formas de inserção da
História da Ciência à Química estabelecendo, por meio desses, uma relação entre a
História da Ciência e os conteúdos de Química; investigar fatos históricos relevantes
em seu contexto sócio-econômico-cultural, estabelecendo, por meio desses, uma
relação entre a História da Ciência e o Conhecimento Científico; e, diagnosticar o
conhecimento dos alunos sobre a Filosofia da Ciência e a História da Química com
relação ao uso dos produtos apícolas.
Este Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola foi elaborado visando
contribuir para a melhoria das metodologias de ensino e aprendizagem dos alunos
da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Estadual Arnaldo Busato, do município de
Coronel Vivida, Pr.
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1 A FILOSOFIA E A CIÊNCIA: UMA ABORDAGEM SISTEMATIZADA
Abordando a filosofia entende-se que ela permite um conhecimento racional,
qual um exercício da razão, vista com maior ênfase após o século VI a.C., quando
seus registros revelam todo o conhecimento da época em explicações racionais
atinentes ao cosmo. Naquele século, as indagações à natureza tinham conotação
racional e assim também a obtenção de respostas a problemas teóricos e
especulativos, pensamento este que permaneceu presente na ciência filosófica até o
século XVI (ARAÚJO, 2003).
Em sua importância, “a filosofia representou, até o advento da ciência
moderna, a culminância de todos os esforços da racionalidade ocidental. Era o saber
por excelência; a filosofia e a ciência formavam um único campo racional” (ARAUJO,
2003, p. 23-24).
Seguiram-se modificações e assuntos que a filosofia estudava mudaram-se
para o olhar da ciência empírica, surgindo as ciências naturais, tendo no
conhecimento científico a separação do pensamento teocêntrico e o ser humano foi
incumbido de explicar o mundo, ou seja, a natureza por meio de leis, princípios,
teorias com uma busca constante de uma verdade busca por meio do método
científico (PARANÁ, 2008).
Estudar na contemporaneidade, portanto, inclui utilizar-se de métodos
científicos e assim é preciso que o educando conheça a História da Química,
responsabilidade esta que a escola assume por meio de seus conteúdos
concernentes à produção do conhecimento, seus métodos e determinantes, sejam
eles de conotação política, econômica, social e ideológica, mas que se interligam
com as histórias das disciplinas escolares e as teorias de aprendizagem, valorizando
o trabalho do professor e aprofundando as discussões que concorrem à sua prática
pedagógica (PARANÁ, 2008).
Cabe destacar que:
FILOSOFIA DA CIÊNCIA, HISTÓRIA DA QUÍMICA E MEL
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Por serem históricos, os conteúdos estruturantes são frutos de uma construção que tem sentido social como conhecimento, ou seja, existe uma porção de conhecimento que é produto da cultura e que deve ser disponibilizado como conteúdo, ao estudante, para que seja apropriado, dominado e usado. Esse é o conhecimento instituído. Além desse saber instituído, pronto, entretanto, deve existir, no processo de ensino/aprendizagem, uma preocupação com o devir do conhecimento, ou seja, existem fenômenos e relações que a inteligência humana ainda não explorou na natureza (PARANÁ, 2008, p.25).
É por isto solicitado ao aprendente que sobreponha os conhecimentos
herdados culturalmente, posto que não se constitui em todo o conhecimento
possível que a inteligência tem e é capaz de ter do mundo, mas que deve buscar
aprender mais a fim de atender à consciência individual que lhe destaca a
necessidade intrínseca e natural de continuar explorando aquilo que não sabe
(CHAUÍ, 2003).
Por ser assim, as disciplinas da Educação Básica não se dissociam dos
campos de estudo que as identificam como conhecimento histórico, ou seja, deverão
compor os seus conteúdos estruturantes.
Deles, portanto, são derivados os conteúdos básicos a serem trabalhados
por série e que comportam assuntos estáveis e permanentes da disciplina, aqueles
que dizem respeito ao movimento histórico e as atuais relações sociais. “Esses
conteúdos, articulados entre si e fundamentados nas respectivas orientações
teórico-metodológicas, farão parte da proposta pedagógica curricular das escolas”
(PARANÁ, 2008, p.27).
Neste trabalho o enfoque é a ciência aplicada no mel, como produto natural
e dotado de variadas características nutricionais e cosmetológicas, assunto
apresentado na sequência.
A consulta teórica tem como base de investigação as obras de Moreira
(2001); Pereira et al. (2003); Vargas (2006); Guimarães (2007); Chagas (2008),
dentre outras.
F.2) O histórico do mel
O mel é conhecido desde a Antiguidade, utilizado como edulcorante por
muito tempo, sofrendo substituições gradativas pelos açúcares refinados
manufaturados, a exemplo daqueles extraídos da cana de açúcar e da beterraba.
Inicialmente utilizado como medicamento e oferenda aos deuses, no Antigo Egito o
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mel prestava-se a ofertas em cerimônias religiosas; nas primícias ofertadas a Deus
pelos israelitas, também o mel estava incluso. Em outras aplicações:
Como medicamento, papiros egípcios de cerca de 1500 a.C. citam o mel em centenas de prescrições para uso externo e interno. Na Babilônia e na Grécia Antiga, o mel também era usado para conservar o corpo de reis ou generais mortos em batalha, até que pudessem ser transportados para o funeral (VARGAS, 2006, p.8).
No Egito, cerca de 2400 a.C. e na Mesopotâmia, 700 a.C. o uso de colmeias
primitivas as revelou sob a forma de barro, palha e estrume de vaca. Ainda que os
egípcios sejam considerados pioneiros na criação de abelhas, o termo colmeia
deriva do grego colmo, referente aos recipientes de palha trançada nos quais eram
abrigados os enxames de abelhas (VARGAS, 2006).
“Os egípcios começaram a colocar as abelhas em potes de barro. A retirada
do mel ainda era muito similar à „caçada‟ primitiva, entretanto, os enxames podiam
ser transportados e colocados próximo à residência do produtor” (PEREIRA et al.,
2003, p.1).
Explicado como uma substância produzida pelas abelhas e demais insetos
sociais a partir do néctar das flores ou de secreções de plantas que elas coletam e
transformam por meio da evaporação da água e da adição de enzimas, o mel é
considerado um dos alimentos mais puros da natureza, apreciado por seu sabor
característico e considerável valor nutritivo (ARAÚJO; SILVA; SOUSA, 2006).
Consiste o mel de uma fonte original de açúcares simples, como glicose e
frutose, comportando cerca de 60-80% do seu peso, em climas temperados
(CHAGAS et al., 2008).
Segundo Bertelli (2010), o mel tem sido uma das substâncias fitoterápicas
mais estudadas no mundo, pela riqueza de suas propriedades medicinais, sendo
conhecidas as suas funções como a ação anti-inflamatória, imunomoduladora, que
auxilia na regulação do sistema imunológico; e ação mucolítica, que dissolve o muco
nas vias respiratórias, ajudando na expectoração.
A produção de mel se dá a partir o néctar como matéria-prima ou pela
excreção de afídios ou o exsudato de plantas ou frutas. O néctar é definido como “A
matéria-prima para a produção de méis florais que são os mais apreciados e
alcançam os maiores preços no mercado” (MOREIRA; De MARIA, 2001, p.516).
O açúcar natural que as plantas detêm é a sacarose, constituída por glicose
e frutose e é segregado pelos nectários da flor sob a forma de néctar, ou seja, água
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e açúcar em solução. A definição dos nectários é de que “[...] são órgãos ativos que
selecionam na seiva as substâncias que irão ser segregadas” (VARGAS, 2006,
p.11).
Presentes nos néctares estão os açúcares, a dextrina, as gomas e pequenas
quantidades de matérias nitrogenadas e fosforadas, além de minerais, ácidos
orgânicos, vitaminas, pigmentos e substâncias aromáticas. O néctar é a matéria-
prima para a produção de méis florais (VARGAS, 2006).
Utilizado como alimento saboroso, o mel apresenta outras propriedades,
anti-sépticas, cicatrizantes e também revigorantes; de fácil assimilação, os seus
minerais contribuem para a manutenção do esqueleto – com o cálcio – e para a
regeneração do sangue, com o ferro (BERTELLI, 2010).
O mel floral é definido como “Um produto elaborado por abelhas a partir do
néctar coletado das flores. A composição do néctar pode variar em função das
características da flora da região, bem como das condições climáticas” (CHAGAS,
2008, p.12).
Além dos elementos já citados, contém ainda cera e grãos de pólen, de
modo que já foram encontradas mais de 180 substâncias em diferentes tipos de mel,
sendo atribuídas a sua composição, cor, aroma e sabor às variações nas floradas,
por causa das regiões geográficas e das condições climáticas (CHAGAS, 2008).
Quanto ao mel floral apresenta-se de forma variada:
- monofloral, quando o néctar é coletado de uma única espécie vegetal;
- polifloral, se mais de uma espécie de planta contribui com o néctar;
- silvestre, que se caracteriza por ser um mel polifloral produzido em
vegetação primária e, portanto, espécies nativas contribuem com o néctar;
- extrafloral, é produzido a partir do exsudato de plantas ou de restos de
frutas ou outra fonte de matéria-prima (MOREIRA; De MARIA, 2001).
Segundo Vargas (2006, p.25) “Uma das características intrínsecas do mel é
sua propriedade antimicrobiana, através da qual pode se manter imune à
deterioração por longos períodos de tempo”. Por ser assim, é útil no tratamento de
dispepsias, úlceras gástricas e duodenais, e demais doenças do trato
gastrointestinal, com ação antiinflamatória e atividade antioxidante.
Relata Bertelli (2010, p.8), quanto ao mel, que:
Durante a fabricação do mel, as abelhas adicionam uma enzima chamada glicose-oxidase, garantindo que pequenas quantidades de peróxido de hidrogênio (potente antiséptico) se formem constantemente no açúcar do
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alimento. Desta forma, o mel age como uma espécie de desinfetante, inibindo a inflamação e favorecendo a reconstrução de um novo tecido no local.
F.3) Composição química do mel
Segundo Moreira e De Maria (2001, p.516), quanto à composição química
do mel:
A fração monossacarídica do mel é composta basicamente pelos açúcares simples frutose e glicose. [...] Além da frutose e da glicose, a presença do monossacarídeo D-galactose, em quantidades traços, também já foi relatada em amostras de mel. Entretanto, é importante ressaltar que esse monossacarídeo quando na sua forma livre é considerado um composto tóxico para as abelhas.
Acrescentam Araújo, Silva e Sousa (2006), em sua composição estão
presentes elementos como água, glicose, frutose, sacarose e maltose, sais minerais,
vitaminas, enzimas, hormônios, proteínas, ácidos, aminoácidos e fermento.
A glicose é o monossacarídeo responsável pela granulação do mel, sendo
que a acidez do mel é associada ao monossacarídeo D-glicose, que é convertido por
meio da ação da enzima D-glicose oxidase, no ácido glicônico. Este ácido, por sua
vez, se constitui de 70% a 90% dos ácidos orgânicos do mel, responsável,
juntamente com a sua lactona, pela acidez do mel. No processo de conversão da D-
glicose no ácido D-glicônico ocorre a formação do peróxido de hidrogênio (H2O2).
(MOREIRA; De MARIA, 2001).
Características do mel são estabelecidas a partir dos teores de frutose e de
glicose, sendo esta última o monossacarídeo responsável pela granulação do mel.
Os trissacarídeos apareceram na composição do mel, confirmados após vários
estudos, sendo identificados 9 (nove) trissacarídeos e sugerida a presença de outros
dois: a 3- -isomaltosilglicose e a 4- -gentiobiosilglicose as quais não receberam
nomes triviais (MOREIRA; De MARIA, 2001).
Os mesmos autores apresentam uma composição para a matriz do mel, di-
e trissacarídeos descritos na literatura:
Os dissacarídeos do mel são classificados em 4 grupos, com base na
identificação inequívoca e na distribuição quantitativa:
- majoritário: maltose, kojibiose, turanose, sacarose;
- minoritário: isomaltose, maltulose, nigerose, palatinose, gentiobiose,
celobiose;
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- laminaribiose, neotrealose;
- carece de confirmação: leucrose, isomaltulose, melibiose.
Os trissacarídeos do mel são classificados em 3 grupos, conforme a
identificação inequívoca e a distribuição quantitativa:
- majoritário: erlose;
- minoritário: teanderose, isopanose, panose, maltotriose, melezitose,
rafinose, isomaltotriose;
- carecem de confirmação: centose, 1-cestose, 3-a-isomaltosilglicose, 4-a-
gentiobiosilglicose, laminaritriose (MOREIRA; De MARIA, 2001).
A caracterização dos ésteres metílicos de glicídios obtidos após as reações
de metilação e hidrólise dos trissacarídeos favoreceram as ligações entre os
monossacarídios.
Também a composição de glicídios no mel, anteriormente considerada como
uma mistura de glicose, frutose e sacarose, a partir da década de 1920 recebeu
acréscimo de evidências quanto à presença de maltose em méis florais através da
formação de sua osazona característica. Quanto à fração dissacarídica reconhecida
no mel, não existem muitos estudos sobre a sua composição nessa matriz
alimentícia (MOREIRA; De MARIA, 2001).
Destacam Araújo, Silva e Sousa (2006), há grande preocupação por parte
de apicultores e consumidores com a qualidade e com constantes adulterações de
amostras de méis. Segundo a legislação vigente do mel, este produto contém
pequena quantidade de hidroximetilfurfural (HMF); o armazenamento prolongado em
temperatura ambiente alta e/ou superaquecimento, entretanto, eleva este teor,
alterando o valor nutricional do mel. O máximo permitido é de 40mg de
hidroximetilfurfural por 1Kg de mel.
“A adulteração é em geral realizada com a adição de outros carboidratos,
principalmente açúcares comerciais como glicose comercial, solução ou xarope de
sacarose e solução de sacarose invertida, proveniente de cana ou milho” (VARGAS,
2006, p.21).
Os critérios de análise incluíram avaliações de locais de coleta; a verificação
do estado da embalagem; e as possíveis contaminações dos méis por organismos
externos, utilizando-se de procedimentos analíticos em acordo com as diretrizes e
metodologias recomendadas pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento
(MAPA) através da Instrução Normativa de 2001.
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Os resultados obtidos por Araújo, Silva e Sousa (2006, p.54) foram os
seguintes:
Das dez amostras analisadas apenas uma apresentou-se dentro de todos os padrões estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, como mel apto para consumo de mesa, com um índice de reprovação de 90% das amostras de méis avaliadas.
Tais conclusões conferem aos produtores e comerciantes de produtos
apícolas maior atenção ao controle da qualidade durante a extração e o
beneficiamento do mel, em detrimento da preocupação com o aumento da produção
e comercialização.
A prática da adulteração do mel inclui fatores como o alto custo, a facilidade
de incorporar os adulterantes, a dificuldade de identificação, a dificuldade de
identificação dos criminosos ou responsáveis e da impunidade nesta prática
(VARGAS, 2006).
F.4) Características do mel
O mel é utilizado como adoçante, mas reconhecido em suas propriedades
terapêuticas: constituído, em cerca de 75%, por hidratos de carbono,
nomeadamente por açúcares simples, a glicose e a frutose, em sua composição
entra a água, com cerca de 20%, por minerais, cálcio, cobre, ferro, magnésio,
fósforo, potássio, dentre outros, bem como por aminoácidos existentes, por ácidos
orgânicos, como o ácido acético e o ácido cítrico, e por vitaminas do complexo B,
por vitamina C, D e E, além de possuir um teor considerável de antioxidantes, os
flavonóides e fenólicos (WIKIPÉDIA, 2010).
Visto por algumas pessoas como remédio, o mel é um rico alimento e deve
ser consumido de modo constante, em razão de seu valor nutritivo: uma colher de
sopa corresponde ao valor individual nutritivo de 2 bananas; meia maçã; 2 laranjas;
150g de uva; 2 ovos e meio; 200ml de leite; 40g de queijo; 100g de nozes; 50g de
pão; 100g de carne; 150g de peixe; 45g de cenoura; 300g de ervilha (SUCUPIRA,
2010).
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F.5) Aspectos da cristalização do mel
Segundo Vargas (2006), os açúcares presentes no mel são responsáveis
pela cristalização, determinada pelas relações de frutose e glicose (F/G) e glicose e
água (G/A), sendo que méis que comportam baixa relação glicose/água ou que
apresentam altos teores de frutose não cristalizam facilmente.
Ou seja, “A cristalização ocorre pela separação da glicose, que é menos
solúvel em água do que a frutose, sendo que os cristais de mel podem se finos ou
grossos, dependendo da origem orgânica ou nectária” (BALLONI, 1999, p.1).
Considerando a relação glicose e água, sendo menor essa relação assim
também será a tendência do mel em sua cristalização, pois da evaporação da água
contida no mel ocorre a aceleração na formação de cristais. Como características, o
mel que contém mais açúcar de uva tende a se cristalizar mais; aqueles que têm
mais açúcar de frutas se conservam líquidos por mais tempo (BALLONI, 1999).
A tendência à cristalização do mel se coaduna com o tempo, condição
relacionada à composição de química de néctar, fatos climáticos e armazenagem.
Entretanto, não perde as suas propriedades nutricionais e energéticas, bem como o
sabor e o aroma do mel líquido.
Sobre essa característica de cristalização assim é registrado:
É prático usá-lo, pois sua consistência pastosa não escorre facilitando o consumo das crianças pessoas acamadas ou idosas. Tão logo colocando na boca seus cristais dissolvem-se facilmente. Quando se habitua usar mel cristalizado, certamente sua preferência vai recair sobre ele, inclusive e mais fácil aplicá-lo em pães, biscoitos, sanduíches, canapés, etc. Em razão da cristalização natural do mel, recomenda-se aquisição deste produto envasado em pacotes de boca larga a fim de facilitar o manuseio: vasilhame tipo litro ou garrafa deve ser evitado uma vez que esse recipiente e reciclável e coletado quase sempre em locais impróprios, portanto fonte que não oferece segurança quanto sua higienização, além de dificultar a retirada do mel cristalizado (SUCUPIRA, 2010, p.1).
A cristalização do mel é considerada uma das garantias de sua pureza, pois
a cristalização não modifica suas propriedades, podendo o mel ser ingerido mesmo
cristalizado, devido à permanência e manutenção intactas de suas vitaminas e
enzimas (BALLONI, 1999).
17
F.6) Estudos sobre o desenvolvimento de produtos alimentícios e
cosmetológicos a base de derivados apícolas
De acordo com Chagas (2006) a apicultura recebe destaque quanto aos
benefícios sociais, econômicos e ecológicos que dela decorrem. Há a geração de
milhares de empregos nos serviços de manejo das abelhas, tanto quanto na
fabricação e comércio de equipamentos, beneficiamento dos produtos e polinização
de culturas agrícolas.
Quanto ao uso do mel como cosmético, Bertelli (2010) lembra que desde a
década de 1960 as mulheres utilizam produtos caseiros para cuidados com a
beleza. Dentre esses produtos se encontra o mel, pelas propriedades já
relacionadas, como hidratante e cicatrizante, tornando-se e mantendo-se como um
grande aliado da beleza, sob a forma de máscaras feitas em casa ou como elemento
principal de cosméticos, apreciado pela grande capacidade no combate ao
ressecamento da camada superior da pele e pela ação prolongada que mantém.
A justificativa para seu uso é de que “A hidratação é tão intensa que chega a
melhorar a aparência das rugas, e as enzimas contidas fazem dele um poderoso
antioxidante, que ajuda na redução da degradação do colágeno da pele”
(BERTELLI, 2010, p.8).
F.7) Atuais tecnologias para beneficiamento do mel e seus derivados
Com respeito à colheita e tratamento do mel, assim relacionam Araújo, Silva
e Sousa:
Após sua colheita o mel continua sofrendo modificações físicas, químicas e organolépticas, gerando a necessidade de produzi-lo dentro de níveis elevados de qualidade, controlando todas as etapas do seu processamento, afim de que se possa garantir um produto de qualidade (ARAÚJO; SILVA; SOUSA, 2006, p.52).
Outros produtos apícolas incluem a própolis, conhecida como um vedante da
colmeia, apresentando propriedades cicatrizantes. Também a cera, da qual os favos
são feitos, é utilizada em cosméticos e depiladores e, o pólen, que é coletada pelas
abelhas, e um fortificante natural (CHAGAS, 2008).
18
F.8) Hidromel
O Hidromel consiste de “Uma bebida alcoólica tradicional, contendo de 8 a
18% (v/v) de etanol, preparado pela fermentação do mel. [...] obtido pela
transformação dos açúcares do mel em álcool por um processo de fermentação
similar ao do vinho” (CHAGAS et al., 2008, p.203).
A sua obtenção demanda um longo tempo, dependendo da variedade do
mel fermentado, da levedura utilizada, dos nutrientes fornecidos e do controle do pH.
Neste procedimento, assinalam Chagas et al., algumas medidas essenciais:
As adições de vários nutrientes foram necessários, tais como o ácido cítrico, que evita a manutenção de outros microorganismos. A adição de fosfato de potássio, cloreto de magnésio e hidrogeno sulfato de sódio produz um meio favorável para fermentação, tendo um plano desejável de metabolismo. Sulfato de amônio, peptona e fosfato de potássio são nutrientes para fermentação; a tiamina, pantotenato de cálcio, inositol, pirodoxina e biotina são vitaminas necessárias para ótima fermentação e ação do processo metabólico (CHAGAS et al., 2008, p.204).
Em outra obra de Chagas (2008), dados indicam que o hidromel sempre
esteve presente em países que não apresentavam condições para o cultivo da
vinha, permanecendo esquecido nas regiões produtoras de uva.
Quanto à levedura “[...] realiza a fermentação do açúcar com o objetivo de
conseguir a energia química necessária a sua sobrevivência, sendo o etanol apenas
e tão somente um substrato desse processo” (CHAGAS, 2008, p.17).
Com isto, o mais importante na fabricação do hidromel consiste na
fermentação alcoólica, um conjunto de reações enzimáticas controladas que permite
a liberação de energia por uma molécula orgânica e degradada em compostos
simples: a glicolise se inicia com a ativação da glicose, recebendo dois fosfatos
energéticos, em reações sucessivas, originadas em duas moléculas de adenosina
trifosfato (ATP), que se transforma em adenosina difosfato (ADP). (CHAGAS, 2008).
O hidromel é uma bebida alcoólica, pode conter alguns compostos benéficos
também encontrados no mel.
F.9) O surgimento de uma abelha rainha
Pereira et al. (2003, p.1), abordando a rainha da colméia, assim registram:
19
A rainha é a responsável pela manutenção populacional de uma colônia que, em muitos casos pode atingir até 100 mil indivíduos e a união de todas as abelhas. Apesar da grande quantidade de abelhas presente na colônia, a vida útil de uma operária gira em torno de 45 dias, o que leva a rainha à necessidade da reposição constante dessa enorme massa populacional. Para isso, uma rainha em condições reprodutivas ideais e de potencial genético elevado pode atingir a incrível taxa de postura de 3.000 ovos/dia.
Ainda que uma rainha possa viver até 5 anos, a taxa de postura tende a
decair acentuadamente devido ao desgaste a que ela é submetida, com mais ênfase
em regiões de clima tropical, ao atingir os 2 anos de idade. Em casos assim, a
rainha deve ser substituída (PEREIRA et al., 2003).
F.10) A polinização das plantas
A polinização é definida como:
Processo pelo qual o pólen da flor masculina (ou parte masculina de uma flor hermafrodita) fertiliza uma flor feminina (ou parte feminina de uma flor hermafrodita) da mesma espécie. Ela pode ocorrer, no caso da autofecundação, dentro da mesma flor ou entre flores diferentes numa mesma planta, ou na fecundação cruzada, entre flores diferentes de diferentes plantas, dependendo das circunstâncias e espécies. A polinização pode ser facilitada pelo vento e a água ou por agente como os pássaros e outros animais (LOPEZ et al., 2008, p.129).
Segundo Itagiba (1997, p.99), com a redução dos insetos nativos pela ação
de desmatamentos e queimadas, aliado à utilização de agrotóxicos nas lavouras,
verifica-se o aumento na importância da abelha melífera na polinização. Dentre os
agentes polinizadores na natureza estão o vento, os pássaros, insetos, a água e a
gravidade. No conjunto de insetos as abelhas se destacam “pois vivem em grandes
sociedades, formando colônias populosas, sendo dotadas de características
forrageiras que favorecem a polinização cruzada”.
Como principais agentes polinizadores, as abelhas realizam a troca entre
elas e as plantas implicando na produção, pelos vegetais, de substâncias
adocicadas que as atraem, as quais levam em seus pêlos o pólen da planta florífera.
“O pólen é importante para o desenvolvimento da colméia, pois é a fonte principal de
proteína das abelhas, logo, ao garantir o desenvolvimento da família as abelhas,
também perpetuam a espécie vegetal” (SOUZA; EVANGELISTA-RODRIGUES;
PINTO, 2007, p.2).
20
É a interação ocorrida entre as abelhas e plantas que garante aos vegetais o
sucesso na polinização cruzada, uma importante adaptação evolutiva das plantas,
com aumento do vigor das espécies, oportunizado a criação de novas combinações
de fatores hereditários e aumentando a produção de frutos e sementes (SOUZA;
EVANGELISTA-RODRIGUES; PINTO, 2007).
No caso de polinização realizada por abelhas, são citadas para o manejo as
abelhas de mel (Apis mellifera) nas mais diversas culturas; as mamangavas
(especialmente Bombus terrestris) manejadas no cultivo de solanáceas e em
plantações de tomate; as abelhas carpinteiras (Xylocopa sp), no maracujá; diversas
espécies do gênero Osmia, em plantações de maçã e outras frutíferas; e Megachile
rotundata na polinização de alfafa (SOUZA; EVANGELISTA-RODRIGUES; PINTO,
2007).
F.11) Os pesticidas e a contaminação do mel
Problemas quanto à sanidade do mel são apresentados por Vargas (2006),
citando a década de 1950 como sendo de difícil enfrentamento pela apicultura, de
doenças e pragas que acometeram a produção de mel, como a nosemose, acariose
e cria pútrida européia, com redução de 80% das colméias existentes no País, e
diminuição significativa da produção.
Ficou evidente um quadro no qual era preciso aumentar a resistência das
abelhas no País fato que motivou a busca por abelhas africanas, pelo Ministério da
Agricultura brasileiro e, após muitas controvérsias, mantém-se atualmente as
abelhas chamadas de africanizadas, por terem herdado muitas características das
abelhas africanas, responsáveis pelo desenvolvimento apícola do País (PEREIRA et
al., 2003).
Na contemporaneidade, a detecção de mortandade de colméias inteiras de
abelhas da espécie Apis mellifera, responsáveis pela produção comercial de mel em
alguns países, em especial nos Estados Unidos no ano de 2006, onde atingiu 30 dos
50 estados, o suficiente para ser considerado uma epidemia, obtendo comentários
como o citado a seguir:
São vários os suspeitos pela mortandade das abelhas. Já se acusaram – sem o apoio de dados científicos – a radiação de telefones celulares e o pólen dos cultivos transgênicos. Mais recentemente um esforço conjunto de
21
pesquisadores tem levado a causas mais palpáveis, tanto nos Estados Unidos como no Brasil. Uma delas chegou recentemente às Américas – o protozoário Nosema ceranae, descoberto em abelhas asiáticas [...]. Uma outra espécie do mesmo protozoário que ataca o sistema digestivo das abelhas – Nosema apis – já é um velho conhecido dos insetos fabricantes de mel (GUIMARÃES, 2007, p.1).
Além dos parasitas, responsáveis pela eliminação de abelhas, outros fatores
são apontados por Guimarães (2007), a exemplo do consumo de grãos de pólen
tóxicos como o barbatimão e infecções virais, com parcela significativa de atuação
neste caso.
Estudo realizado por Romero (2007) sobre a contaminação do meio
ambiente por pesticidas agrícolas prejudiciais às abelhas e colméias e que estão
presentes no mel trouxe os seguintes resultados:
Durante o período de observação das colméias, de 1999 a 2004, os autores do estudo encontraram 48 tipos diferentes de pesticidas nas amostras de mel, de quatro classes distintas: organoalogenados, organofosforados, organonitrogenados e piretróides. Os pesticidas no mel são extraídos com o auxílio de solventes orgânicos após a diluição do mel em água. „Por meio de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas, foi possível quantificar a concentração dos pesticidas nas amostras. Todos os 48 tipos de pesticidas identificados têm algum grau de toxicidade e podem ser prejudiciais à saúde‟ (ROMERO, 2007, p.1).
A hipótese proposta por Rissato et al. (2006) de que cerca de 10.000 a
25.000 abelhas operárias fazem uma média de 10 viagens para explorar
aproximadamente 7 km2 nas áreas ao redor de seu habitat, recolhendo o néctar, a
água e o pólen das flores. Trata-se de um processo no qual diversos
microorganismos, produtos químicos e partículas suspensas no ar são interceptados
por estas trabalhadoras e que são retidos nos pelos superficiais de seu corpo ou
inalados e unidos em seu aparelho respiratório.
Com base nestes fatores, “as abelhas podem ser usadas como bioindicadores
para monitoramento de impacto ambiental causado por fatores biológicos, químicos
e físicos, tais como parasitas, contaminações industriais ou pesticidas” (RISSATO et
al., 2006, p.950).
Deve ser considerada como concentração máxima de resíduos de pesticidas
permitida legalmente no mel (LMR) a estabelecida por regulamentos de diferentes
países: Alemanha, Itália, e Suíça ajustaram o LMR para amitraz, bromopropilato,
coumafós, ciamizol, flumetrina e fluvalinato, que oscilaram entre 0,01 e 0,1 mg/kg na
Alemanha, 5 e 500 mg/kg na Suíça, e 10 mg/kg na Itália.
22
Entretanto, os limites máximos de resíduos de pesticidas no mel não foram
incluídos no Codex Alimentarius, sendo que a legislação da união européia (EU)
regulou o LMR para três acaricidas: amitraz, coumafós e ciamizol, em 0,2, 0,1, e 1
mg/kg, respectivamente; na agência de proteção ambiental dos EUA o LMR
estabelecido foi para amitraz (1 mg/kg), coumafós (0,1 mg/kg) e fluvalinato (0,05
mg/kg). (RISSATO et al., 2006).
F.12) Derivados apícolas
F.12.1) A própolis
Um produto apícola é a própolis, um termo descrito ainda no século XVI na
França; o primeiro trabalho científico surgiu em 1908. Na Antiguidade, a própolis foi
adotada entre os gregos, incluindo Hipócrates, utilizada como cicatrizante interno e
externo. Plínio, historiador romano, refere-se à própolis como medicamento capaz
de reduzir inchaços e aliviar dores. A própolis é assim definida por Pereira, Seixas e
Aquino Neto (2002, p.321):
A própolis é uma mistura complexa, formada por material resinoso e balsâmico coletada pelas abelhas dos ramos, flores, pólen, brotos e exsudados de árvores; além desses, na colméia as abelhas adicionam secreções salivares.
Na composição da própolis estão os flavonóides, resinas balsâmicas (55%),
cera (30%) pólen, gorduras, ácidos, ferro, cobre, manganês, zinco e vitaminas
(SUCUPIRA, 2010). Atua como antibiótico natural, bactericida e analgésico.
Utilizada pelas abelhas para fechar as frestas e a entrada do ninho, o
propósito é evitar correntes de ar frias durante o inverno, para a limpeza da colônia e
para isolar uma parte do ninho ou algum corpo estranho que não pode ser removido
da colônia, com base nas propriedades bactericidas e fungicidas que contém
(PEREIRA et al., 2003).
Citado atualmente com cerca de 300 constituintes já identificados e/ou
caracterizados em diferentes amostras de própolis, constam entre eles os
flavonóides, os ácidos aromáticos, os ácidos graxos, os fenóis, os aminoácidos, as
vitaminas A, B1, B2, B6, C, E e PP, presentes na própolis de origem francesa, além
de minerais como Mn, Cu, Ca, Al, Si, V, Ni, Zn e Cr3. “Mais recentemente, com a
evolução das técnicas de análise, compostos de alta massa molecular e
23
carboidratos (incluindo polissacarídeos) foram relatados” (PEREIRA; SEIXAS;
AQUINO NETO, 2002, p.324).
A própolis tem grande utilização na medicina popular, assim como em
cosméticos e dermocosméticos, tendo suas propriedades biológicas diretamente
vinculadas com a sua composição química, fato que se constitui em um problema
com respeito ao uso da própolis em fitoterapia, considerando que a sua composição
química varia sob a influência de diferentes fatores: a flora da região; época da
colheita; técnica empregada; e, espécie da abelha que produz o mel (PEREIRA;
SEIXAS; AQUINO NETO, 2002).
De acordo com PEREIRA, dois pontos são destacados na preferência
japonesa pela própolis brasileira, além das propriedades farmacológicas, quais
sejam: as características organolépticas e o menor teor de metais pesados e demais
poluentes ambientais.
Além disso, na própolis brasileira são encontrados 3-prenil-4-hidroxicinâmico
e o 6-propenóico-2,2-dimetil- 2H-1-benzopirano; demais compostos bioativos vêm
sendo isolados na própolis brasileira, como os diterpenóides (clerodanos) com
atividade citotóxica e derivados do ácido di-O-cafeoil-quínico com potente atividade
antihepatotóxica.
F.12.2) A geléia real
Dentre os produtos oferecidos pela apicultura está a geléia real, “[...] que é o
alimento das larvas de todas as abelhas por até 72 horas, e a rainha o recebe por
toda vida” (CHAGAS, 2008, p.9).
Produto com características essencialmente orgânicas e produzidas pelas
abelhas jovens, presta-se como único e exclusivo alimento da abelha rainha,
responsável por sua vitalidade e longevidade. Reconhecida como a mais complexa
fórmula de nutrientes já encontrada na natureza, em razão da diversidade de
elementos essenciais ao perfeito equilíbrio orgânico, a geléia real é um
superalimento de alto valor biológico nutritivo (SUCUPIRA, 2010).
Em sua composição é assim descrita a geléia real:
Constituída basicamente de água, carboidratos, proteínas, lipídios e vitaminas, a geléia real é muito viscosa, possui cor branco-leitosa e sabor ácido forte. Embora não seja estocada na colméia como o mel e o pólen, é produzida por alguns apicultores para comercialização in natura, misturada com mel ou mesmo liofilizada (PEREIRA et al., 2003, p.1).
24
Trata-se de um produto utilizado pela indústria de cosméticos e
medicamentos, na composição de diversos produtos, e tem na China o principal
País produtor, responsável por cerca de 60% da produção mundial (PEREIRA et al.,
2003).
Seu uso é recomendado como alimento dietético, para qualquer pessoa,
sem contra-indicação, tendo em seu consumo regular aspectos como a longevidade,
beleza e bem-estar, por meio de benefícios extraordinários tais como a regeneração
celular, ação anticancerígena, fertilidade, distúrbio sexual, vigor físico, função
orgânica, tratamento de pele e uso pediátrico. Ainda, auxilia no tratamento de
úlceras, diabetes, pós operatório e outras doenças degenerativas, atuando como
antibiótico e antiinflamatório (SUCUPIRA, 2010).
F.12.3) A cera
A cera se constitui em um dos produtos oriundos do organismo das abelhas,
através de glândulas cerífenas existentes em seu abdômen e elaborada a partir da
ingestão do mel. “Na colméia é largamente empregada na construção dos favos
onde serão armazenados o mel, pólen e as crias. É composta de substâncias
variadas ésteres, gordura, ceroleína e vitaminas” (SUCUPIRA, 2010, p.1).
Confirmado por Pereira et al. (2003), a cera é utilizada pelas abelhas na
construção dos favos e fechamento dos alvéolos. Sua produção é realizada pelas
glândulas especiais, as ceríferas, situadas no abdome das abelhas operárias.
Especialmente a cera produzida pela abelha Apis mellifera possui 248
componentes diferentes, nem todos ainda identificados, característica em sua
secreção pela cor clara que apresenta, escurecendo com o tempo, em virtude do
depósito de pólen e do desenvolvimento das larvas (PEREIRA et al., 2003).
Dentre as suas propriedades são considerados o poder de cicatrização e
embelezamento. O uso na terapêutica e estética se dá sob a forma de pomada e
cremes, com emprego na indústria de componentes eletrônicos, química, calçadista,
farmacêutica e de cosmética, na produção de batons hidratantes e cera depilatória,
bem como na produção de velas, lustração de móveis, instrumentos musicais e
veículos, e nas artes plásticas, a encáustica (SUCUPIRA, 2010).
25
F 12.4) Apitoxina
Segundo Callegari et al. (2007, p.1), a apitoxina, o veneno das abelhas,
consiste de “uma mistura complexa de enzimas, peptídeos e aminoácidos,
carboidratos e lipídeos”. Sua produção se dá nas glândulas de secreção ácida e de
secreção alcalina existentes no interior do abdômen da abelha operária
Em sua composição inclui 88% de água, 19 aminoácidos, enzimas,
peptídeos e aminas bioativas, açúcares, componentes voláteis e outros em
pequenas quantidades, apresentando propriedades antiartríticas (CALLEGARI et al.,
2007).
No tratamento terapêutico com a apitoxina, assim são relatadas as suas
propriedades:
As propriedades anti-artríticas da apitoxina, o veneno produzido pela abelha Apis mellifera, são reconhecidas há muitos séculos. Há cerca de 2.500 anos, Hipócrates já empregava ferroadas de abelha em seus procedimentos terapêuticos. No século II de nossa era, outro médico grego, Galeno, escreveu sobre o tratamento com veneno; Carlos Magno, no século VIII, foi tratado com ferroadas de abelha para combater suas inflamações nas juntas (MAIA, 2002, p.1).
A comercialização da apitoxina, consoante à sua qualidade, é normatizada
pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento através da Portaria nº 25, de 31 de
julho de 2000, em seu artigo 1º, I (BRASIL, 2000).
A Filosofia da Ciência e a História da Química podem contribuir para
reencontrar sentido no que se ensina, proporcionando instrumentos que irão
justificar muitos conteúdos.
Percebe-se que ao longo dos anos escolares o estudo vai se tornando cada
vez mais pragmático. Ensinando os conteúdos somente, muitas vezes sem a
APLICAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO: ALUNOS DA 3ª SÉRIE DO
ENSINO MEDIO
26
preocupação com a contextualização histórica, social e política, de modo que façam
sentido para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e econômicas,
contribuindo com sua formação cidadã.
A abordagem dos conteúdos no ensino da Química será norteada pela
construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada a
contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais, e estará
fundamentada em resultados de pesquisa sobre o ensino de Ciências e História da
Química.
A partir das DCEs, selecionamos os conteúdos estruturantes da Química no
Ensino Médio e Profissionalizante.
Com respeito ao estudo sobre os produtos apícolas serão ministrados
conteúdos sobre a Química Orgânica, Química dos Carboidratos, polifenóis e
flavonóides, processo fermentativo, atividade oxidante.
Sobre as abelhas, produtoras do mel: serão ministradas informações sobre a
rainha, operárias, a polinização das plantas, o uso dos pesticidas e contaminação do
mel, o mel e a geléia real, a cristalização do mel, dentre outros assuntos
concernentes ao tema de estudo.
Propõe-se utilizar a História da Química através do estudo do mel e
derivados apícolas, no processo de ensino aprendizagem, com intenção de oferecer
ao aluno uma abordagem contextualizada de alguns conteúdos de forma a contribuir
para desmistificá-la como disciplina.
Este Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola foi elaborado visando
contribuir para a melhoria das metodologias de ensino e aprendizagem dos alunos
da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná.
Para que os objetivos do projeto sejam alcançados estão previstas ações a
serem realizadas em 15 (quinze) aulas de 50 (cinquenta) minutos.
AÇÃO 1: OBJETIVOS DO PROJETO DE INTERVENÇÃO
1ª11
Dividida em 03 (três) etapas, nesta primeira ação desenvolvem-se as
seguintes atividades:
27
PROJETO DE INTERVENÇÃO
Apresentação do Projeto de Intervenção aos alunos
DIAGNÓSTICO: PESQUISA DE CAMPO
Realização de Diagnóstico acerca do conhecimento dos alunos sobre o mel
QUESTÕES NORTEADORAS
Apresentação das Questões Norteadoras que servem ao estudo
O projeto de intervenção será apresentado aos alunos, utilizando-se de
slides que mostrem o tema de estudo, os objetivos, as estratégias de ação e os
resultados esperados.
Nesta apresentação serão utilizados slides elaborados no Programa Power
Point e apresentados na TV PenDrive.
Na sequência, será realizado o diagnóstico. Inicia-se esta intervenção com
pesquisa sobre o tema, por meio de questionário, com perguntas de respostas
múltiplas, com a intenção de verificar conhecimento dos alunos envolvidos no
projeto sobre o tema História da Química, através do estudo do mel e derivados
apícolas.
Será entregue um questionário para cada aluno de modo a obter
informações sobre o seu conhecimento individual.
O questionário é apresentado a seguir, com questões fechadas, a serem
assinaladas conforme o conhecimento que o aluno possui sobre o tema investigado.
28
Diagnóstico inicial sobre o conhecimento do aluno em relação ao mel
Alunos da 3º série do Ensino Médio
Assinale (S) Sim ou (N) Não de acordo com o seu conhecimento
A) O mel:
[ ] É produzido somente pela abelha
[ ] Faz bem à saúde humana
[ ] Contém bastante água
[ ] Possui minerais e ácidos orgânicos
[ ] É fonte de vitaminas
[ ] É preciso plantar flores para produzir mel
[ ] É utilizado para fabricação de cosméticos
B) A apicultura é:
[ ] Produção de abelha [ ] Produção de mel
[ ] Trabalho de coleta do mel [ ] Negociação do mel
C) A polinização ocorre quando:
[ ] Há distribuição do pólen pela abelha
[ ] O vento leva o pólen
D) Quais dos produtos abaixo podem conter mel:
[ ] goiabada [ ] sabonete [ ] xampu [ ] creme hidratante
E) Você sabe o que é hidromel?
[ ] Sim [ ] Não
F) São derivados apícolas:
[ ] geléia real [ ] cera [ ] veneno de abelha [ ] melado [ ] própolis
Após o preenchimento dos questionários pelos alunos, os mesmos serão
recolhidos, ordenados e processados. Os resultados serão comentados na ação
seguinte. Esta ação é realizada em 01 (uma) aula.
29
Em seguida, serão apresentadas as questões norteadoras do estudo,
dispostas na Tabela 1:
Tabela 1 – Questões Norteadoras sobre o mel
1 Importância do mel na alimentação
2 Minerais presentes no mel
3 Hidromel:
4 Importância da abelha para o meio ambiente (polinização)
5 O mel cristaliza. Isso é bom ou ruim? Por que sua aparência altera?
6 Mel: Usos na Alimentação; Cosmetológicos; Consumo In Natura
7 A composição do mel é influenciada pelo que?
8 Apicultura: Benefícios sociais, econômicos e ecológicos
9 Mel e Própolis X Saúde
10 Qual o problema de aquecer o mel acima de 40 C ?
11 Produtos apícolas industrializados
12 Mel e as formas nas quais se apresenta
13 Por que encontramos pesticidas no mel?
14 Carboidratos X adoçantes artificiais
15 Matéria prima para a produção de méis florais
16 Composição da fração monossacarídica do mel
17 Monossacarídeo responsável pela granulação do mel
18 Mel: produto ácido ou básico
19 Glicídios presentes no mel
20 Própolis: Flavonóides e Fenóis
21 Composição química do mel
22 Ácidos orgânicos encontrados no mel
23 Carboidratos: Frutose e Glicose (Por que?)
30
AÇÃO 2: CONTATO INICIAL
Neste segundo encontro será feita uma explanação para os alunos sobre a
importância da História da Química e estudo do mel e derivados apícolas, como eles
podem auxiliar no cotidiano dos alunos.
Para este momento, recursos áudios-visuais (slides, recorte de filmes, etc.)
serão utilizados de forma que o tema deste projeto comece a traduzir-se.
No Egito, cerca de 2400 a.C. e na Mesopotâmia, 700 a.C. o uso de colmeias
primitivas as revelou sob a forma de barro, palha e estrume de vaca. Ainda que os
egípcios sejam considerados pioneiros na criação de abelhas, o termo colmeia deriva
do grego colmo, referente aos recipientes de palha trançada nos quais eram
abrigados os enxames de abelhas (VARGAS, 2006).
“Os egípcios começaram a colocar as abelhas em potes de barro. A retirada
do mel ainda era muito similar à „caçada‟ primitiva, entretanto, os enxames podiam
ser transportados e colocados próximo à residência do produtor” (PEREIRA et al.,
2003, p.1).
A produção de mel se dá a partir o néctar como matéria-prima ou pela
excreção de afídios ou o exsudato de plantas ou frutas. O néctar é definido como “A
matéria-prima para a produção de méis florais que são os mais apreciados e
alcançam os maiores preços no mercado” (MOREIRA; De MARIA, 2001, p.516).
O açúcar natural que as plantas detêm é a sacarose, constituída por glicose
e frutose e é segregado pelos nectários da flor sob a forma de néctar, ou seja, água e
açúcar em solução. A definição dos nectários é de que “[...] são órgãos ativos que
selecionam na seiva as substâncias que irão ser segregadas” (VARGAS, 2006, p.11).
Presentes nos néctares estão os açúcares, a dextrina, as gomas e pequenas
quantidades de matérias nitrogenadas e fosforadas, além de minerais, ácidos
orgânicos, vitaminas, pigmentos e substâncias aromáticas. O néctar é a matéria-
prima para a produção de méis florais (VARGAS, 2006).
Utilizado como alimento saboroso, o mel apresenta outras propriedades, anti-
sépticas, cicatrizantes e também revigorantes; de fácil assimilação, os seus minerais
contribuem para a manutenção do esqueleto – com o cálcio – e para a regeneração
do sangue, com o ferro (BERTELLI, 2010).
31
Serão comentados os resultados do diagnóstico obtido na pesquisa de campo
acerca dos conhecimentos dos alunos sobre o mel.
Esta ação é realizada em 01 (uma) aula.
AÇÃO 3: ANÁLISE ORIENTADA
Os alunos serão encaminhados ao laboratório de informática e à biblioteca,
a fim de realizarem pesquisas sobre o mel.
Nesta etapa será disponibilizado aos alunos o maior número possível de
fontes (livros, revistas, sites, filmes, etc.) para que obtenham as informações
necessárias no auxilio da compreensão dos conteúdos químicos.
Serão disponibilizados recortes de filmes, com base nas questões
norteadoras.
SUGESTÕES DE SITES
Produção de Rainhas e Multiplicação de Enxames
http://www.youtube.com/watch?v=QtpBm-r8XgU&feature=related
Produção e Processamento de Própolis e Cera
http://www.youtube.com/watch?v=3doh0Ad9_Oc&feature=relmfu
Processamento de Mel Puro e Composto
http://www.youtube.com/watch?v=eL3G8mXbrME&feature=relmfu
Ciclo da extracção do Mel
http://www.youtube.com/watch?v=iFYwjaZdPKc&feature=related
Propolis Vermelha da Bahia Brasil
http://www.youtube.com/watch?v=LqfxSLyBZ0E
Geléia Real
http://www.youtube.com/watch?v=xGJTc8704I8&feature=related
32
Própolis - Energia e combate a velhice.
http://www.youtube.com/watch?v=RZeMMHNtfCY&feature=related
Benefícios do Própolis
http://www.youtube.com/watch?v=ZA4wpcRU8xM&feature=related
Própolis verde - na luta contra o cancer
http://www.youtube.com/watch?v=3Fn_a8UcRFU&feature=related
Produção e Processamento de Própolis e Cera
http://www.youtube.com/watch?v=3doh0Ad9_Oc&feature=related
Carboidratos: site inovação tecnológica. Pesquisa altera radicalmente
entendimento da estrutura dos ossos humanos
www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010160071107.
FILME:
Bee Movie A História de uma Abelha
Sinopse
É a partir daí que um novo desafio toma conta de Barry. Com sua inequívoca
perseverança de empreendedor, faz com que as abelhas vençam a disputa e fiquem
Barry B. Benson (Jerry Seinfeld) formou-se recentemente e sonha com um emprego na
Honex, onde poderá produzir mel. Desta forma ele se aventura fora da colméia, onde
descobre um mundo até então inteiramente desconhecido. É quando conhece Vanessa
Bloome (Renée Zellweger), uma alegre florista de Manhattan com quem quebra as
regras das abelhas e passa a conversar regularmente. Logo eles se tornam amigos, o
que faz com que Barry conheça melhor os humanos. Porém Barry descobre que
qualquer pessoa pode comprar mel nos supermercados, o que o deixa profundamente
irritado por considerar que estão roubando a produção das abelhas. É quando ele decide
processar os humanos, na intenção de corrigir esta injustiça.
33
com todo o mel. Elas percebem que não devem parar de trabalhar e conseguem
salvar o pólen da última flor da terra, salvando também do extermínio as demais
flores.
Com essa ação, Barry acaba se tornando um advogado de sucesso. Com
isso se aprende que mais importante do que conseguir carreira de sucesso, é o
sentido que damos à nossa vida, é a predisposição em arrojar, em empreender; em
descobrir aquilo que nos dá prazer, mesmo que no meio do caminho tenhamos que
mudar o rumo da nossa vida ou carreira, porque o mais importante é gostar daquilo
que se faz, e acima de tudo, fazer a diferença naquilo que se propõe e trazer
contribuição efetiva ao mundo dos negócios, do qual se faz parte integrante.
Em cada etapa serão acompanhados pela professora PDE, que avaliará os
dados e informações encontradas pelos alunos, favorecendo a interatividade e a
troca de conhecimento sobre o tema da investigação.
Esta ação é realizada em 03 (três) aulas.
AÇÃO 4: CONTEÚDOS CIENTÍFICOS ACERVO HISTÓRICO
Esta ação compreende a prática pedagógica de transmissão de conteúdos,
utilizando-se de coletânea de textos contendo a História da Química através do
estudo do mel e derivados apícolas, bibliografias, sites, curiosidades da química
(como história em quadrinhos, desenhos, etc.).
Principais obras científicas a serem utilizadas para esta prática:
Sugestões de livros:
1. Química de alimentos. Eliana Paula Ribeiro e Elisena Seravalli. São
Paulo: Edgard Blücher, 2007.
Este livro comenta os principais componentes dos alimentos (água,
carboidratos, propriedades com base na estrutura química dos componentes
alimentares).
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2. O mesmo e o não mesmo. Roald Hoffmann. Tradução de Roberto Leal
Ferreira e prefácio de Claudia Sant Anna Martins. São Paulo: Editora da Unesp,
2007.
Apresenta a Química de forma simples e interessante, aproximando-a do
público em geral. Roald Hoffmann foi agraciado com o prêmio Nobel.
3. Ser Protagonista Química – volume 3. Organizador: Julio Cezar
Foschini. Lisboa: Edições SM : São Paulo, 2010.
4. Química na abordagem do cotidiano – vol. 3 - Química Orgânica.
Francisco Miragaia Peruzzo e Eduardo Leite do Canto. 4. ed. São Paulo: Moderna,
2010.
5. Química – vol. Único. Antonio Sardella. 5. ed. São Paulo: Ática, 2003.
Compostos Orgânicos Naturais.
6. Química meio ambiente cidadania tecnologia. vol. 3. Martha Reis. São
Paulo: FTD, 2010.
7. Os Botões de Napoleão: as 17 moléculas que mudaram a História.
Penny Le Gouteur e Jay Burreson. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
Sugestões de revistas:
1. Carboidratos: estrutura, propriedades e funções. Revista Química
Nova na Escola, n. 29, p. 3-7, ago. 2008.
O artigo apresenta informações importantes acerca das propriedades e
funções dos carboidratos, com sugestões de atividades experimentais para o estudo
de algumas propriedades dessas sustâncias.
2. Proteínas: hidrólise, precipitação e um tema para o ensino de
Química. Revista Química Nova na Escola, Sociedade Brasileira de Química (SBQ),
n. 24, nov. 2006.
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O artigo apresenta uma introdução aos conceitos básicos sobre proteínas
(incluindo a apresentação dos aminoácidos proteicos) bem como um experimento
simples de ser realizado.
3. Carboidratos: estrutura, propriedades e funções, Wilmo E. Francisco
Junior, Química Nova na Escola, n. 29, ago. 2008.
Os experimentos aqui propostos podem ser utilizados para a introdução ou
revisão de alguns conceitos químicos, especialmente no que diz respeito à
compreensão de conceitos científicos relacionados aos carboidratos.
Com o propósito de apresentar importantes informações acerca desses
compostos, o presente artigo reporta as principais propriedades e funções dos
carboidratos, bem como sugestões de atividades experimentais para o estudo de
algumas de suas propriedades. Descritores: carboidratos, açúcares,
experimentação.
4. Avaliação da qualidade físico-química do mel comercializado na
cidade de Crato, CE, Dyalla Ribeiro de Araújo1, Roberto Henrique Dias da Silva2,
Jonas dos Santos Sousa. Revista de Biologia e Ciências da Terra, v. 6, n. 1, 1º Sem.
2006.
As palavras-chave do artigo são: mel, qualidade, comercialização.
5. Própolis: 100 anos de pesquisa e suas perspectivas futuras, Alberto
dos Santos Pereira, Fernando Rodrigues Mathias Silva Seixas e Francisco Radler de
Aquino Neto. Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ilha do
Fundão, Cidade Universitária, Rio de Janeiro - RJ. Química
Nova, v.25, n.2, abr./maio 2002.
6. Biodiversidade e composição química da própolis: glicídios no mel,
Ricardo Felipe Alves Moreira. Química Nova, v. 24, n. 4, p.516-525, 2001.
7. As propriedades antioxidantes do mel, Maria Celeste de Carvalho
Serra. Centro de Estudos de Engenharia Química, Instituto Superior de Engenharia
de Lisboa.
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8. Ação antimicrobiana do mel em leite fermentado, Ilana Racowski et al..
Revista Analytica, n.30, p.106-115, ago./set., 2007.
O artigo aborda as propriedades antimicrobianas devido à sua acidez, ação
de enzimas, concentração de açúcares e flavonóides.
Sugestões de teses:
1. Perfil de substâncias fenólicas de méis brasileiros por cromatografia
líquida de alta eficiência e avaliação do potencial antioxidante. Regina Lucia
Pelachim Lianda Seropédica, Rio de Janeiro, jan. 2009.
Este trabalho descreve a identificação de ácidos fenólicos e flavonóides em
amostras de méis silvestres, de eucalipto e de laranjeira obtidas de diferentes
regiões geográficas.
Palavras chaves: Ácidos fenólicos, Flavonóides, Mel, CLAE, Atividade
Antioxidante.
2. Avaliação da qualidade do mel produzido na região dos Campos
Gerais do Paraná. Taís Vargas. Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos -
Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2006.
Sugestões de publicações:
1. Alimentação - utilidades do mel. Fábia de Mello Pereira, Maria Teresa do
Rêgo Lopes, Ricardo Costa Rodrigues de Camargo, Sérgio Luís de Oliveira Vilela.
In: Embrapa – Produção de Mel.
Não é de hoje que o Homem descobriu todo o poder do mel. Há registros
sobre o uso do mel pelos Sumérios, na Mesopotâmia (2.300 anos antes de nossa
Era), na alimentação e na escrita. De lá para cá, o mel - e seus subprodutos como a
geléia real e o própolis - se faz presente na culinária, na indústria farmacêutica e
cosmética, só para citar alguns exemplos. Na forma de shampoo, cremes,
substituindo o açúcar ou fortalecendo o organismo, o mel reúne características que o
fazem indispensável.
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Segundo a DCEs a interdisciplinaridade é uma questão epistemológica e está
na abordagem teórica e conceitual dada ao conteúdo em estudo, concretizando-se
na articulação das disciplinas cujos conceitos, teorias e práticas enriquecem a
compreensão desse conteúdo. Desse modo, explicita-se que as disciplinas
escolares não são herméticas, fechadas em si, mas, a partir de suas especialidades,
chamam umas às outras e, em conjunto, ampliam a abordagem dos conteúdos de
modo que se busque, cada vez mais, a totalidade, numa prática pedagógica que
leve em conta as dimensões científica, filosófica e artística do conhecimento.
Neste trabalho as relações interdisciplinares se estabelecem com as
disciplinas de: BIOLOGIA, HISTÓRIA, GEOGRAFIA, SOCIOLOGIA, PORTUGUÊS
ARTES E ECONOMIA.
Elaborar um mapa conceitual sobre os carboidratos, mel e os conceitos
químicos aprendidos neste projeto.
O trabalho será feito pelos alunos participantes deste projeto; os textos e
bibliografias serão selecionados a partir dos conteúdos propostos neste projeto, com
a orientação da professora.
Esta ação é realizada em 02 (duas) aulas.
AÇÃO 5: OFICINA
Esta etapa de aprendizado prevê reflexão e ação a fim de definir como o
material coletado será organizado para posterior disponibilização ao público. Esta
etapa deverá ser orientada pelo professor, pois é o momento em que o conteúdo
teórico será contextualizado e também porque os alunos deverão socializar o
trabalho.
A partir das informações colhidas na pesquisa de campo, da apropriação de
informações por meio dos conteúdos científicos os alunos, produzirão uma história
em quadrinhos.
RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR
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Um modelo de história em quadrinhos e vários desenhos são apresentados
aos alunos, como subsídio à criação de sua própria arte sobre o mel. Nesta
atividade os alunos serão divididos em grupos e serão orientados pelo professor de
Artes que os auxiliará na elaboração dos desenhos no computador e técnica de
pintura.
Para os balões com o conteúdo sobre o mel, além da correção do conteúdo
químico, a professora de português fará a correção do conteúdo dentro das normas
cultas da língua portuguesa, pois pretende-se editar o material produzido pelos
alunos.
Pode ser consultado o site da Embrapa:
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/index.
htm
Esta ação é realizada em 03 (três) aulas.
AÇÃO 6: SOCIALIZAÇÃO
Organizar-se-á uma mostra na escola para apresentar o resultado das
pesquisas realizadas sobre a História da Química através do estudo do mel e
derivados apícolas. Espera-se que o material produzido ofereça uma boa
contribuição para melhor assimilação e desmistificação da complexidade da
disciplina.
Será convidada toda a comunidade escolar para visitação da mostra, de
modo que os alunos se apropriem das informações sobre o mel. O convite se
estende a todos os alunos e apicultores do município e aos alunos da Casa Familiar
Rural para assistirem a palestra com o Professor Dr Marcos Roberto da Rosa,
autoridade na pesquisa e estudos sobre o mel e produtos apícolas, com
apresentação do Hidromel.
Durante a mostra será realizada nova pesquisa de campo com os alunos,
envolvidos aplicando-se o questionário final, visando verificar qual o grau de
envolvimento, se houve mudanças na concepção apresentada no momento inicial do
projeto, o grau de entendimento dos alunos sobre os conceitos químicos, juntamente
com sua aplicação e história desenvolvidas nesta pesquisa.
Esta ação será realizada em 04 (quatro) aulas.
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Diagnóstico final sobre o conhecimento do aluno em relação ao mel
Alunos da 3º série do Ensino Médio
Assinale (S) Sim ou (N) Não de acordo com o seu conhecimento
A) O mel:
[ ] É produzido somente pela abelha
[ ] Faz bem à saúde humana
[ ] Contém bastante água
[ ] Possui minerais e ácidos orgânicos
[ ] É fonte de vitaminas
[ ] É preciso plantar flores para produzir mel
[ ] É utilizado para fabricação de cosméticos
[ ] É um produto ácido
[ ] É rico em Carboidratos: Frutose e Glicose
[ ] Pode ser aquecido acima de 40 C.
[ ] É produzido a partir do néctar coletado pelas abelhas
B) A apicultura é:
[ ] Produção de abelha [ ] Produção de mel
[ ] Trabalho de coleta do mel [ ] Negociação do mel
C) A polinização ocorre quando:
[ ] Há distribuição do pólen pela abelha
[ ] O vento leva o pólen
D) Os produtos industrializados podem conter mel:
[ ] goiabada [ ] sabonete [ ] xampu [ ] creme hidratante
E) Você sabe o que é hidromel?
[ ] Sim [ ] Não
F)São derivados apícolas:
[ ] geléia real [ ] cera [ ] veneno de abelha [ ] melado [ ] própolis
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AÇÃO 7: CONCLUSÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO
Ao final da implementação do Projeto de Intervenção serão apresentados os
dados iniciais e finais da pesquisa de campo, de modo a fazer um comparativo entre
o conhecimento que os alunos possuíam, os avanços possíveis neste conhecimento,
de modo a criar um clima de interesse aos alunos pela Química e pelo mel, como um
todo.
Esta ação é realizada em 01 (uma) aula.
I) REFERÊNCIAS
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WIKIPÉDIA. Mel. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Mel>. Acesso em: 15 dez. 2010.