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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA

Título: A influência da poesia no processo de ensino-aprend izagem de leitura

Autor Lia Sandra Lourenço de Souza

Escola de Atuação Escola Estadual Professora Luiza Rosa Zarpellon Pinto

Município da escola Irati

Núcleo Regional de Educação

Irati

Orientador Me. Giuliano Hartmann

Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual do Centro – Oeste (UNICENTRO)

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Produção Didático-pedagógica

Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

Arte, Ciências e Geografia

Público Alvo Alunos de 5ª série do Ensino Fundamental

Localização Escola Estadual Professora Luiza Rosa Zarpellon Pinto

Rua Rio Ipiranga, S/N – Bairro Lagoa

Apresentação:

É preciso garantir aos alunos, espaço para as práticas literárias que lhes possibilitem interagir na mais diferentes circunstâncias de uso da língua, pois de acordo com Soares (1998), o leitor posiciona-se e interage com as exigências da sociedade diante das práticas de linguagem, demarcando sua voz na realidade social. Para tanto, o propósito deste material é um incentivo, de forma lúdica, à leitura e escrita, através do trabalho em sala de aula, com gênero textual “poema”, sendo que este configura-se como uma estratégia significativa para reflexão e a descoberta de cada ser, possibilitando assim a sua relação com a realidade que os discentes estão inseridos. Assim sendo, esta produção didática contém sugestões de atividades a serem desenvolvidas, no formato de oficinas, as quais visam oportunizar ao aluno situações que lhe permitam sentir que a poesia é capaz de emocionar, divertir, convencer, fazer pensar o mundo de jeito novo.Desta forma, as sugestões elencadas constituem-se como uma ferramenta que poderá ser incorporada no dia a dia escolar, contribuindo para ampliação e domínio da leitura e escrita.

Palavras-chave Poema; Leitura e escrita; Criatividade

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

UNIDADE DIDÁTICA PROFESSORA: LIA SANDRA LOURENÇO DE SOUZA

ÁREA : LÍNGUA PORTUGUESA

NÚCLEO REGIONAL : IRATI

PROFESSOR ORIENTADOR: ME. GIULIANO HARTMANN

IES: UNICENTRO – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE

PÚBLICO ALVO : ALUNOS DE 5ª SÉRIE OU 6° ANO DO ENSINO FUNDAMENTA L

PRODUÇÃO PEDAGÓGICA : UNIDADE DIDÁTICA

ASSUNTO: A INFLUÊNCIA DA POESIA NO PROCESSO DE ENSINO-

APRENDIZAGEM DE LEITURA

IRATI 2011

TÑÜxáxÇàt†ûÉTÑÜxáxÇàt†ûÉTÑÜxáxÇàt†ûÉTÑÜxáxÇàt†ûÉ

cÉxá|tcÉxá|tcÉxá|tcÉxá|t = grego “poesis” = poien = criar, no sentido de imaginar. Os latinos

chamavam a poesia de “oratiovincta”, linguagem travada, ligada por regras de

versificação – expressão metafórica do eu, cujo resultado é o poema (D’ONOFRIO,

2002, p. 24).

Tendo em vista que “leitura é um ato dialógico, interlocutivo, que envolve

demanda sociais, históricas, políticas, econômica, pedagógicas e ideológicas de um

determinado momento” (PARANÁ, Diretrizes Curriculares, 2008), é mais

precisamente na escola que se dá a formação de leitores, e que os modos de uma

sociedade relacionar-se com a leitura e com os livros, depende, sobretudo do

ambiente escolar.

Assim sendo, é preciso garantir aos alunos, espaço para as práticas

literárias que lhes possibilitem interagir na mais diferentes circunstâncias de uso da

língua, pois de acordo com Soares (1998), o leitor posiciona-se e interage com as

exigências da sociedade diante das práticas de linguagem, demarcando sua voz na

realidade social.

Em um mundo cujo contexto social é marcado por elementos que nos

desafiam como: a violência, a discriminação, a fome, a miséria, a pobreza, entre

outros; a poesia constitui-se como um mecanismo capaz de amenizar e traduzir tais

sentimentos, de uma forma contemplativa. Ensina-nos, a olhar para nossa realidade,

de modo a ultrapassar a essência dos fatos.

A poesia é capaz de emocionar, divertir, convencer, fazer pensar o mundo

de um jeito novo, e conforme enfatiza Mendes (2001, p. 11) “A poesia não pode,

nem deve ser um luxo para alguns iniciados: é o pão cotidiano de todos, uma

aventura grandiosa do espírito”.

Trabalhar adequadamente um gênero seria levar os alunos a considerar seu

suporte, sua esfera de circulação, e os leitores a que se dirige. Seria enfim,

apresentar propostas de escrita desse gênero – poesia, em que estivessem

delineados os parâmetros de produção e circulação que ele tem nas práticas sociais

de linguagem.

O presente material contém sugestões de atividades a serem desenvolvidas

com alunos de 5ª. Séries do Ensino Fundamental, visto que, os autores escolhidos,

para nortear tais atividades, tem suas produções voltadas especialmente ao público

infanto-juvenil. Para tanto constitui-se como uma ferramenta que poderá ser

incorporada ao dia a dia escolar, contribuindo para ampliação e domínio da leitura e

escrita.

As sugestões elencadas serão apresentadas no formato de oficinas, estas

organizadas em forma de sequência didática, no entanto poderão sofrer adaptações

de acordo com as necessidades, oportunidades e especificidades que surgirem.

Tais oficinas estão programadas para serem desenvolvidas ao tempo de

aproximadamente 10 (dez) horas/aulas.

Devemos considerar que num primeiro momento é imprescindível que se

faça uma sondagem das práticas leitoras dos alunos, bem como de seus respectivos

familiares, sobretudo ao que concerne ao gênero poético.

Assim sendo, esta unidade didática compreende desde uma investigação

minuciosa acerca dos interesses dos alunos com relação à leitura e escrita, bem

como de suas potencialidades ligadas à este aspecto, até a proposição de

estratégias para o estímulo, para o despertar destes à leitura e a produção de textos

poéticos como forma lúdica de construção do saber, possibilitando a estes a

ampliação dos horizontes de conhecimento do homem e de sua cultura,

redimensionando assim as perspectivas do mundo e da realidade.

4

fâÅöÜ|ÉfâÅöÜ|ÉfâÅöÜ|ÉfâÅöÜ|É T ÑÉxá|t x t vÜ|tdžtT ÑÉxá|t x t vÜ|tdžtT ÑÉxá|t x t vÜ|tdžtT ÑÉxá|t x t vÜ|tdžtAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA HHHH

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5

TTTT ÑÑÑÑÉxá|tÉxá|tÉxá|tÉxá|t x x x x tttt vvvvÜ|tdžtÜ|tdžtÜ|tdžtÜ|tdžt

O contato com o texto poético, desde a infância justifica-se para além do

desenvolvimento de habilidades cognitivas, ele promove o conhecimento sensível,

afetivo, e a formação cultural. É o principal elemento de humanização do próprio

homem. Para Paz (1992, p.13): “A poesia é conhecimento, salvação, poder,

abandono. Operação capaz de transformar o mundo.”

Antes do início das atividades em sala de aula, sugere-se a aplicação de um

questionário investigativo, que visa recolher informações sobre a prática leitora dos

alunos. Este pode ser respondido em casa, com ajuda dos familiares.

Segundo Neves (2010), o questionário é extremamente útil, pois através dele,

é possível conhecer melhor o público alvo, suas lacunas e anseios, bem como

melhorar as metodologias de ensino. A importância dos questionários passa também

pela facilidade com que se interroga um elevado número de pessoas, num espaço

de tempo relativamente curto.

● Questionário

PENSE E RESPONDA * VOCÊ COSTUMA LER:

( ) SEMPRE ( ) NUNCA ( ) ÀS VEZES

* ONDE: ( ) NA ESCOLA ( ) EM CASA ( ) OUTROS

* O QUE VOCÊ LÊ:

( ) REVISTAS ( ) LIVROS ( ) JORNAIS ( ) OUTROS

* ALGUÉM DE SUA FAMÍLIA GOSTA DE LER? ( ) PAI ( ) MÃE ( ) IRMÃOS ( ) OUTROS

* VOCÊ GOSTA DE POESIA?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) POUCO

* VOCÊ CONHECE ALGUMA POESIA? ( ) SIM ( ) NÃO ( )

QUAL:________________________________

* SE CONHECE, QUE SENTIMENTO, LEMBRANÇA TRAZ PARA V OCÊ? _________________________________________________________________________________

_

* VOCÊ ACHA QUE É IMPORTANTE LER? POR QUÊ? SUGESTÃO: Expor no mural, gráficos das respostas

6

by|v|Çt Dby|v|Çt Dby|v|Çt Dby|v|Çt DM exvÉÇ{xvxÇwÉ ÑÉxÅtáM exvÉÇ{xvxÇwÉ ÑÉxÅtáM exvÉÇ{xvxÇwÉ ÑÉxÅtáM exvÉÇ{xvxÇwÉ ÑÉxÅtá

Objetivo : Reconhecer o texto poético, sua estrutura e sua função no contexto social.

O texto poético é o espaço mais rico e amplo, capaz de permitir a liberação

do imaginário e do sonho das pessoas.

Como afirma Cândido, “a literatura atua sobre o leitor de forma a preencher

sua necessidade de fantasia, desempenhando uma função psicológica, é capaz de

ampliar as percepções do leitor sobre o mundo e seus iguais” (CÂNDIDO, 1972, p.

19).

A escola pode, e deve ser um lugar onde a convivência com a poesia

acontece de fato, permitindo o contato com os autores e estilos diversos,

exercitando a capacidade de sentir o que é poético, sendo que ela está presente em

nosso cotidiano seja na forma de comerciais, vídeos, mensagens, e-mails, músicas,

livros e revistas.

TàxdžûÉTàxdžûÉTàxdžûÉTàxdžûÉ4444

Essa primeira etapa é necessária para que o profess or descubra a relação dos

alunos com a leitura, com poemas, e possa definir p ossíveis intervenções e

reorientar sua prática pedagógica.

7

Atividade 01

● Uma caixa no centro da sala com vários poemas dispostos em folhas coloridas,

dos autores Cecília Meirelles - Meus Primeiros Versos e Vinícius de Moraes - A

Arca de Noé, da coleção Literatura em Minha Casa. Livros do PNBE (Programa

Nacional Biblioteca na Escola), criado em 1997.

● Cada criança deverá retirar um poema, ler silenciosamente e responder as

perguntas oralmente feitas pelo professor:

● Como você sabe que são poemas?

● No que diferem de uma notícia de jornal, de um conto ou de uma receita de

bolo?

● Como estão organizados no papel?

● De que fala o texto?

● Que sentimentos o texto desperta?

● Vocês sabem o que são versos e estrofes?

● E qual será a diferença entre “poesia” e “poema”?

TTTTàxdžûÉ 4àxdžûÉ 4àxdžûÉ 4àxdžûÉ 4 O professor deverá ouvir e anotar as respostas no q uadro considerando as

reflexões que partiram dos alunos, na sequência ori entá-los sobre o correto.

8

SUGESTÕES DE POESIAS A SEREM TRABALHADAS COM OS ALUNOS

VÉÄtÜ wx VtÜÉÄ|ÇtVÉÄtÜ wx VtÜÉÄ|ÇtVÉÄtÜ wx VtÜÉÄ|ÇtVÉÄtÜ wx VtÜÉÄ|Çt

Com o seu colar de coral,

Carolina corre por entre as colunas [...]

`Éwt`Éwt`Éwt`Éwt ÅxÇ|Çt àÜÉÅuâwtÅxÇ|Çt àÜÉÅuâwtÅxÇ|Çt àÜÉÅuâwtÅxÇ|Çt àÜÉÅuâwt

É a moda

da menina muda [...]

b vtätÄ|Ç{É uÜtÇvÉb vtätÄ|Ç{É uÜtÇvÉb vtätÄ|Ç{É uÜtÇvÉb vtätÄ|Ç{É uÜtÇvÉ

À tarde, o cavalinho branco

Está muito cansado [...]

1

]ÉzÉ wx uÉÄt]ÉzÉ wx uÉÄt]ÉzÉ wx uÉÄt]ÉzÉ wx uÉÄt

A bela bola

Rola [...]

_x|ÄûÉ wx }tÜw|Å_x|ÄûÉ wx }tÜw|Å_x|ÄûÉ wx }tÜw|Å_x|ÄûÉ wx }tÜw|Å

Quem me compra um jardim

com flores? [...]

MEIRELES, Cecília. Ou Isto ou Aquilo. In: SANDRONI, Laura. Meus primeiros versos . Nova Fronteira: Rio de janeiro. 2001. p.9 -13 .

9

T ut|ÄtÜ|ÇtT ut|ÄtÜ|ÇtT ut|ÄtÜ|ÇtT ut|ÄtÜ|Çt

Esta menina

tão pequenina [...]

b ÅÉáÖâ|àÉ xávÜxäxb ÅÉáÖâ|àÉ xávÜxäxb ÅÉáÖâ|àÉ xávÜxäxb ÅÉáÖâ|àÉ xávÜxäx

O mosquito pernilongo

tranças as pernas faz um M [...]

fÉÇ{Éá wt ÅxÇ|ÇtfÉÇ{Éá wt ÅxÇ|ÇtfÉÇ{Éá wt ÅxÇ|ÇtfÉÇ{Éá wt ÅxÇ|Çt

A flor com que a menina sonha

Está no sonho? [...]

bá vtÜÇx|Ü|Ç{Éábá vtÜÇx|Ü|Ç{Éábá vtÜÇx|Ü|Ç{Éábá vtÜÇx|Ü|Ç{Éá

Todos querem ser pastores

Quando encontram de manhã [...]

b ÅxÇ|ÇÉ téâÄb ÅxÇ|ÇÉ téâÄb ÅxÇ|ÇÉ téâÄb ÅxÇ|ÇÉ téâÄ

O menino quer um burrinho2

Para passear [...]

MEIRELES, Cecília. Ou Isto ou Aquilo. In: SANDRONI, Laura. Meus primeiros versos . Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 2001. p.16 -24 .

10

fûÉ YÜtÇv|ávÉfûÉ YÜtÇv|ávÉfûÉ YÜtÇv|ávÉfûÉ YÜtÇv|ávÉ

Lá vai São Francisco

Pelo caminho [...]

`xÇ|Ç|Ç{t`xÇ|Ç|Ç{t`xÇ|Ç|Ç{t`xÇ|Ç|Ç{t

Menininha do meu coração

Eu só quero você [...]

b TÜb TÜb TÜb TÜ

Estou vivo mas não tenho corpo

Por isso é que não tenho forma [...]

T ÑÉÜàtT ÑÉÜàtT ÑÉÜàtT ÑÉÜàt

Eu sou feita de madeira

Madeira, matéria morta [...]

TTTT YYYYÉvtÉvtÉvtÉvt (Vinicius de Moraes)

Quer ver a foca

ficar feliz? [...]3

3 MORAES, Vinícius. A arca de Noé . São Paulo: Schwarcz Ltda, 2002, p. 10-20.

11

Atividade 02

● O professor poderá escolher um ou dois poemas e ler para a classe, não

esquecendo de expressar os sentimentos que aparecem no texto durante sua

leitura, como medo, espanto, alegria, tristeza, humor...

● Os alunos deverão fazer a leitura oral e comentário dos poemas, de modo a

compartilharem com toda a turma (como está disposto no papel, estrofes, versos e o

Tema).

VÉÅÑÄxÅxÇàtÇwÉVÉÅÑÄxÅxÇàtÇwÉVÉÅÑÄxÅxÇàtÇwÉVÉÅÑÄxÅxÇàtÇwÉAAAAAAAAAAAA

bábábábá tâàÉÜxátâàÉÜxátâàÉÜxátâàÉÜxá

ixÜáÉMixÜáÉMixÜáÉMixÜáÉM Cada uma das linhas do poema.

XáàÜÉyxMXáàÜÉyxMXáàÜÉyxMXáàÜÉyxM Cada grupo de versos separados do grupo seguinte por um espaço.

Revista Ponta do Lápis (2001, p. 21).

TàxdžûÉTàxdžûÉTàxdžûÉTàxdžûÉ4444 Num cantinho, na sala de aula, improvisar um mural onde os alunos poderão

trazer poemas que gostem, para fixar.

cÉxá|tcÉxá|tcÉxá|tcÉxá|tMMMM É a arte de criar imagens, de sugerir emoções por meio de uma linguagem

em que se combinam sons, ritmos e significados.

cÉcÉcÉcÉxÅtxÅtxÅtxÅtMMMM Obra em verso ou não, em que há poesia.

Revista Poetas da Escola, Escrevendo o futuro (2006, p. 09).

12

Vxv•Ä|t `x|ÜxÄxáVxv•Ä|t `x|ÜxÄxáVxv•Ä|t `x|ÜxÄxáVxv•Ä|t `x|ÜxÄxá

i|Ç|vi|Ç|vi|Ç|vi|Ç|v|âá wx `ÉÜtxá|âá wx `ÉÜtxá|âá wx `ÉÜtxá|âá wx `ÉÜtxá

by|v|Çt by|v|Çt by|v|Çt by|v|Çt EEEEM b ÑÉxàt x Éá áÉÇáM b ÑÉxàt x Éá áÉÇáM b ÑÉxàt x Éá áÉÇáM b ÑÉxàt x Éá áÉÇá

Objetivo: Reconhecer os recursos sonoros usados pelo poeta.

Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu a 7 de novembro de 1901, no Rio de Janeiro.

Formou-se em 1917 na Escola Normal de sua cidade natal, passando a dedicar-se ao magistério

primário. Professora, educadora, jornalista, escritora e tradutora, é principalmente conhecida por sua

obra poética. O livro Ou Isto Ou Aquilo, dedicado à infância, foi pioneiro no gênero e ainda é

considerado o mais marcante da literatura brasileira para crianças e jovens (NOGUEIRA JUNIOR, 2008).

Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes (1913-1980), cronista, diplomata, teatrólogo e

roteirista carioca, se destacou na poesia e na música. Apesar de um começo de preocupações mais

místicas, depois foi expressando sua inquietação com mistério e um fino humor, valorizando a

naturalidade do amor humano e a beleza das relações amorosas. Alguns de seus versos também tinham

certo cunho político, o que geralmente lhe deixava em maus lençóis frente a seus colegas de diplomacia.

Apesar de grande poeta, é na música que Vinícius de Moraes realmente se destaca e é imortalizado.

A Arca de Noé é o único livro infantil do autor. Em 1980 ele musicalizou com Toquinho os

poemas. Foi seu último projeto, reunindo artistas como Elis Regina, Ney Matogrosso, Chico Buarque e

Moraes Moreira (GURGEL; LAGINESTRA, CLARA, 2005).

13

A literatura tem sido, em alguns casos, um desafio para os alunos, pois a

escola centrou-se no aspecto cognitivo e deixa de lado muitas vezes a arte, o prazer

do lúdico, o encantamento da leitura. Para Perrotti, “a literatura é um espaço de

liberdade, imaginação e aventuras. Nesse sentido, não pode ser instrumentalizado

para uma finalidade de ensino” (PERROTTI, 1986, p. 17). Ela tem uma função

educativa e não meramente escolar.

Bunzem (2006) discorre que as práticas discursivas presentes nos diversos

gêneros que fazem parte do cotidiano dos educandos podem ser legitimadas na

escola. Dessa forma a literatura está intrinsecamente ligada à vida social.

É preciso aprender a ler, como afirma poeticamente o escritor mineiro,

Bartolomeu Campos Queirós, na confiança da leitura como prática dialógica:

“Desconheço liberdade maior e mais duradoura do que esta do leitor ceder se à escrita do outro, inscrevendo-se entre as suas palavras e seus silêncios. Texto e leitor ultrapassam a solidão individual para se enlaçarem pelas interações. Esse abraço a partir do texto é soma das diferenças, movida pela emoção, estabelecendo um encontro fraterno e possível entre leitor e escritor. Cabe ao escrito sua fantasia para, assim, o, leitor projetar seus sonhos” (QUEIRÓS, 1999, p. 14).

O poema é um gênero que apresenta a finalidade de “viajar”, de sentir as

metáforas, a musicalidade, o ritmo. A arte e a estética se encontram como

elementos da natureza humana.

Atividade 01

● O professor apresenta uma lista de 10 palavras, estipula um tempo mínimo para

que os alunos a completem, com 3 três palavras que rimem.

1) Mamão ____________, _______________, ______________

2) Bacia ____________, _______________, ______________

3) Ervilha ____________, _______________, ______________

4) Dente ____________, _______________, ______________

5) Cipó ____________, _______________, ______________

6) Amor ____________, _______________, ______________

14

7) Bola ____________, _______________, ______________

8) Caderno ____________, _______________, ______________

9) Samba ____________, _______________, ______________

10) Janela ____________, _______________, ______________

Atividade 02

● O poeta Elias José, em seu poema “Namorinho no portão”, rima as últimas

palavras do primeiro e do segundo verso. Tente imaginar quais sejam essas

palavras e complete.

atÅÉÜ|Ç{É ÇÉ catÅÉÜ|Ç{É ÇÉ catÅÉÜ|Ç{É ÇÉ catÅÉÜ|Ç{É ÇÉ cÉÜàûÉÉÜàûÉÉÜàûÉÉÜàûÉ

Não me olhe de lado

Que eu não sou ___________

JOSÉ, Elias. Namorinho no portão . São Paulo: Moderna, 1986. p. 14.

O poema é composto por 14 estrofes, cada uma delas com 2 versos.

Propositalmente retiram-se as últimas palavras.

Após o término do exercício, o professor deverá ler o poema original para os

alunos. Na sequência alguns alunos farão a sua leitura.

TàxdžûÉTàxdžûÉTàxdžûÉTàxdžûÉ 4444 O professor deverá explicar que cada poeta tem seu estilo e usa de vários

recursos para construir poemas.

15

VÉÅÑÄxÅxÇàtÇwÉAAAVÉÅÑÄxÅxÇàtÇwÉAAAVÉÅÑÄxÅxÇàtÇwÉAAAVÉÅÑÄxÅxÇàtÇwÉAAA

bbbb tâàÉÜtâàÉÜtâàÉÜtâàÉÜ

XÄ|tá ]Éá°XÄ|tá ]Éá°XÄ|tá ]Éá°XÄ|tá ]Éá°

e|Åtáe|Åtáe|Åtáe|ÅtáM repetição de sons no final das palavras. Segundo Marina Colasanti na

poesia infantil a rima é:

[...] como uma escada rolante, uma palavra conduz à sua semelhante – como os degraus que se desdobram – gerando um “crescendo” no poema. Mas boa parte do jogo da rima reside no inesperado. Quando a rima é previsível, ou seja, quando a poesia fica presa a um repertório de rimas premeditado – e reduzido -, perde-se o efeito surpresa, a cerejinha do bolo (COLASANTI, 2007, p. 20).

COLASANTI, Marina. Pondo o ponto. Minha ilha maravilha . São Paulo: Ática, 2007.

TÄ|àxÜt†ûÉTÄ|àxÜt†ûÉTÄ|àxÜt†ûÉTÄ|àxÜt†ûÉM Repetição de fonemas.

`xàöyÉÜtáM `xàöyÉÜtáM `xàöyÉÜtáM `xàöyÉÜtáM Figura de estilo que consiste na comparação de dois termos sem o

uso de um conectivo. Ex: Esta vida é uma viagem.

SAKAIZEN, Sakurai. Portal comunicação e comportamento . 2006. Acesso em 07 de jun. de 2011. Disponível em: < http://www.portalcmc.com.br/pnl16.htm >

Nascido em Santa Cruz da Prata, distrito de Guaranésia, Minas Gerais, foi professor

aposentado de Literatura Brasileira e Teoria Literária. Sempre gostou de escrever. Com mais de

40 livros publicados para crianças, jovens e adultos, recebeu diversos prêmios. Faleceu em 2008.

(LEITE, PASCOAL, 2001).

16

by|v|Çtby|v|Çtby|v|Çtby|v|Çt FFFFM b ÑÉxàt x É Äx|àÉÜM b ÑÉxàt x É Äx|àÉÜM b ÑÉxàt x É Äx|àÉÜM b ÑÉxàt x É Äx|àÉÜ

Objetivo : Identificar os recursos utilizados nos poemas pelos autores, para

interagirem com os leitores.

Para interagir com o leitor, o poeta usa diversos recursos como linguagem

diferente da que usamos habitualmente, explora a musicalidade das palavras, cria

imagens, brinca com os sons ou dispõe as palavras no papel de forma inusitada.

Com relação à poesia infantil, podem-se observar alguns recursos específicos como

enfatiza Mirian Hisae Zappone (2005).

● Utilização de metros mais populares, como a redondilha maior e menor

(versos de sete e cinco sílabas métricas, respectivamente).

● Presença constante de rimas soantes – aquelas que apresentam

semelhança sonora completa entre as sílabas métricas dos finais de versos.

● Tematização de assuntos relacionados à vivência infantil, como

brincadeiras, temas escolares, vida ou comportamento de animais, fatos prosaicos

do cotidiano, natureza, situações domésticas.

● Presença constante do humor.

● Forte presença de musicalidade (repetição de consoantes e vogais)

● Uso de poemas-adivinhas.

Atividade 01

● O professor deverá distribuir aos alunos o poema:

gÜxÅ wx gÜxÅ wx gÜxÅ wx gÜxÅ wx yyyyxÜÜÉxÜÜÉxÜÜÉxÜÜÉ

Café com pão

Café com pão

Café com pão [...]

BANDEIRA, Manuel. Meus primeiros versos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. p. 48-49.

17

● Apresentar várias possibilidades de leitura: primeiro ler sem obedecer o ritmo e a

pontuação, depois ler com boa entonação obedecendo o ritmo, as pausas e a

pontuação.

● Ler várias vezes observando os jogos de palavras, levando à descoberta de que

uma palavra pode dizer uma coisa e outra dependendo do contexto.

Atividade 02

● Ilustrar o poema em questão.

● Apresentar aos colegas os trabalhos e fixar no mural.

bbbb tâàÉÜtâàÉÜtâàÉÜtâàÉÜ

`tÇâxÄ UtÇwx|Üt`tÇâxÄ UtÇwx|Üt`tÇâxÄ UtÇwx|Üt`tÇâxÄ UtÇwx|Üt

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Objetivo: Familiarizar o aluno com a poesia, para que tenha prazer em ler e ouvir

poemas e sobretudo para que se sinta motivado a expor suas emoções.

Nasceu em Recife em 1886 e faleceu no Rio de Janeiro em 1968. Foi professor universitário,

poeta, cronista e crítico, sendo eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1940. Veio para o

Rio com dez anos onde continuou seus estudos, formando-se em Letras. Antecipador do

Modernismo na poesia brasileira, foi amigo dos escritores paulista que fizeram a Semana de Arte

Moderna em 1922 e colaborou em diversas revistas desse movimento literário (NOGUEIRA

JUNIOR, 2008).

18

Poesia é vida, é puro sentimento. O poeta coloca em palavras a maneira

como enxerga o mundo. Fala do cotidiano de pessoas, de animais de objetos, de

acontecimentos, de qualquer coisa de maneira encantadora.

Um bom poema pode ser estudado, relido e meditado vezes sem conta pelo resto da vida. Você jamais cessará de encontrar coisas novas nele, novos prazeres e encantos, e também novas ideias a respeito de você mesmo e do mundo (ADLER, VAN DOREN, 1986, p. 74-75).

Vivemos numa época de muitas transformações e infelizmente para muitos,

são poucas as oportunidades de contato com a leitura para informação, para exercer

minimamente a cidadania e para entretenimento, fora da escola. Por isso ela precisa

se preocupar cada vez mais com a formação de leitores.

Atividade 01

● Distribuir para os alunos cópia dos poemas: “As meninas” e “A menina e a estátua”

(Cecília Meireles).

Tá ÅxÇ|ÇtáTá ÅxÇ|ÇtáTá ÅxÇ|ÇtáTá ÅxÇ|Çtá

Arabela

abria a janela.[...]

MEIRELES, Cecília et al. Meus primeiros versos . Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. p. 26.

T ÅxÇ|Çt x t XT ÅxÇ|Çt x t XT ÅxÇ|Çt x t XT ÅxÇ|Çt x t Xáàöàáàöàáàöàáàöàâtâtâtât

A menina quer brincar com a estátua da fonte,

que é uma criança nua, em cuja cabeça os passarinhos [...]

MEIRELES, Cecília. Mar absoluto. Rio de Janeiro: José Aguilar,1967.

19

● Dividir os alunos em dois grupos para que inicialmente o primeiro grupo leia o

primeiro texto e o segundo grupo leia o segundo texto silenciosamente, e depois

troquem. Ler várias vezes. O professor deverá fazer perguntas como:

● De qual texto gostaram mais?

● Por quê?

● O que sentiram ao lerem e ouvirem os poemas?

● Que imagens, ideias os poemas despertaram em vocês?

● Quais as semelhanças e diferenças que encontraram?

● Instigar os alunos a percepção de que no poema “As meninas”, à autora brinca

com as palavras em tom de simplicidade e gentileza. Apresenta as meninas com

graciosidade cada uma com suas características que são: a beleza, inteligência e

amizade. Os alunos deverão observar os detalhes desse poema e comparar com o

segundo que é mais profundo, mais significativo, cheio de metáforas, mas que

também fala de crianças, de uma menina que quer brincar com a estátua e se retrai,

imaginando ser um ato desrespeitoso.

Atividade 02

● Apresentar o vídeo sobre a vida e obra de Cecília Meireles, disponível no site

“Mais Educação” e o poema “As meninas” declamado, disponível em

<http:lookfordiagnosis.com/vídeos.php?cecíliamerireles.kurare.mp4>.

by|v|Çt by|v|Çt by|v|Çt by|v|Çt HHHH M M M M cÉxá|t ° ä|wtcÉxá|t ° ä|wtcÉxá|t ° ä|wtcÉxá|t ° ä|wt

Objetivo: Descobrir que o poema pode transmitir situações que acontecem no dia a

dia das pessoas.

A literatura, seja em suas modalidade dramática, narrativa, épica ou lírica, na

qual se insere a poesia, refere-se, dentre a outros aspectos, a textos que mantêm

uma relação especial com o mundo: uma relação de ficcionalidade e representação,

20

ou seja, os textos literários referem-se a um mundo e a indivíduos imaginários que,

embora pareçam reais, são criações dos autores que os inventam. Como ressalta

Culler “O texto literário é um evento lingüístico que projeta um mundo ficcional que

inclui falantes, atores, acontecimentos” (CULLER ,1999, p. 22).

A tentativa de aproximar poesia e jogo dramático nasceu da necessidade de

oferecer alternativas lúdicas, criativas que não se prendam ao meramente formal e

informativo.

Como enfatiza Slade: “O jogo dramático infantil é uma forma de arte por

direito próprio: não é uma atividade inventada pro alguém, mas sim o

comportamento real dos seres humanos” (SLADE, 1978 p. 37).

Atividade 01

● Distribuir o texto:

“T uÉÇxvtT uÉÇxvtT uÉÇxvtT uÉÇxvt” de Olavo Bilac

Deixando a bola e a peteca,

Com a que a pouco brincavam [...]

Palavras de encantamento. São Paulo: Moderna, 2001. v.1 (Programa Literatura em minha casa).

Após leitura silenciosa os alunos, em dupla escolherão a melhor forma para

apresentar a poesia. A interpretação poderá ser feita por meio de dramatização,

recitação, artes plásticas entre outros.

TàxdžûÉTàxdžûÉTàxdžûÉTàxdžûÉ 4444 O trabalho em dupla é muito interessante, pois poss ibilita a troca de

experiências, onde cada indivíduo tem a sua forma d e descobrir e interpretar um

texto, de maneira coerente. Essa interação pré fund amental para o

desenvolvimento pessoal e social do aluno.

21

b tâàÉÜb tâàÉÜb tâàÉÜb tâàÉÜ

bÄbÄbÄbÄtäÉ täÉ täÉ täÉ UUUU|Ätv|Ätv|Ätv|Ätv

by|v|Çtby|v|Çtby|v|Çtby|v|Çt IIII M M M M UÜ|ÇvtÇwÉ vÉÅ tá ÑtÄtäÜtáUÜ|ÇvtÇwÉ vÉÅ tá ÑtÄtäÜtáUÜ|ÇvtÇwÉ vÉÅ tá ÑtÄtäÜtáUÜ|ÇvtÇwÉ vÉÅ tá ÑtÄtäÜtá

Objetivo : Descobrir que por meio de poemas é possível brincar com as palavras

através do tempo e espaço.

O mundo conturbado, do qual fazemos parte, onde as grandes

transformações nas relações sociais, provocadas pelas regras do mercado, pelo

consumismo exagerado, enfim pelo capitalismo, vem provocando um sentimento de

desenraizamento do homem em relação ao tempo, cada vez mais acelerado, e

também em relação ao espaço, que prioriza a virtualidade sobre o contato real.

Assim, o sentimento de pertencimento, de compartilhamento de valores, as formas

de relação e de comunicação tradicionais modificam-se e se problematizam.

Oberg, ressalta a poesia nesse contexto, como elemento capaz de amenizar,

tornar suportável a existência, e afirma que ao tecer mundos com a linguagem, ao

apresentar a palavra sensível ao leitor, a poesia toca, emociona, mobiliza o ser

humano, tanto no nível racional quanto no emocional OBERG (2006, p. 21),

O poeta Olavo Bilac (1865-1918), nasceu e viveu no Rio de Janeiro. Sua maior vocação

foi a poesia. Bilac possui uma grande obra infantil, escrita no início do século XX. Engajou-se em

muitas campanhas cívicas, entre as quais a difusão do ensino primário. Foi pioneiro na criação de

poesias infantis, no Brasil (SABOSLAI, 2008).

22

possibilita dessa forma uma vinculação diferenciada consigo mesmo, com o outro e

com o mundo.

Atividade 01

● Apresentar aos alunos o poema “b uâÜtvÉ wÉ gb uâÜtvÉ wÉ gb uâÜtvÉ wÉ gb uâÜtvÉ wÉ gtàâtàâtàâtàâ”, de Sergio Caparelli,

declamado em CD.

● Acompanhar lendo o texto.

“b uâÜtvÉ wÉ gtàâb uâÜtvÉ wÉ gtàâb uâÜtvÉ wÉ gtàâb uâÜtvÉ wÉ gtàâ”

O tatu cava um buraco

A procura de uma lebre [...].

CAPARELLI, Sergio. 111 poemas para crianças . Porto Alegre: L&PM, 2008.p.22.

Atividade 02

● Realizar com os alunos dobraduras a respeito da temática do poema. Veja alguns passos:

Passo 1 Passo 2

23

Últim o passo SERRA, Sérgio. Origami passo a passo . Acesso em: 12 de jun. de 2011. Disponível em: <http://origamei.multiply.com/photos/album/86/Tatu_passo_a_passo_Armadillo_step_by_step#>.

b tâàÉÜb tâàÉÜb tâàÉÜb tâàÉÜ

fxÜz|É VtÑtÜxÄÄ|fxÜz|É VtÑtÜxÄÄ|fxÜz|É VtÑtÜxÄÄ|fxÜz|É VtÑtÜxÄÄ|

TàxdžûÉTàxdžûÉTàxdžûÉTàxdžûÉ 4444 Sugerir aos alunos pesquisarem sobre os diversos lu gares de que fala o poema.

Nasceu em Uberlândia - MG, em 1947. É jornalista, Professor doutor em Ciências da

Comunicação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Autor de livros infantis e infanto

juvenis de poesia e prosa. Prêmio Jabuti, 198211983, de literatura infantil, pelo livro Vovô fugiu

de casa; e Prêmio Jabuti de Ciências Humanas por Televisão e capitalismo no Brasil. Prêmio da

Associação Paulista de Críticos de poesia e literatura infantil e juvenil, pela autoria de Boi da cara

preta; e na mesma categoria, em 1989, pelo livro Tigres no quintal. Autor, entre outros, de A

jibóia Gabriela, Restos de arco-íris, Come-vento, Ciber poemas e uma fábula virtual.

Poesia. Revista Comunicação e Educação . São Paulo. v 20, p. 106-108, 2001. Disponível em:<http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comeduc>. Acesso em: 20 de julho de 2011.

24

by|v|Çt Jby|v|Çt Jby|v|Çt Jby|v|Çt J MMMM b b b b ÑÉxàt x tá xÅɆÆxáÑÉxàt x tá xÅɆÆxáÑÉxàt x tá xÅɆÆxáÑÉxàt x tá xÅɆÆxá

Objetivo : Perceber que o poeta muitas vezes tematiza os anseios infantis,

tornando-se cúmplice entre eles, no horizonte da criança.

A poesia é um dos gêneros literários mais complexos a ser trabalhados em

sala de aula, portanto necessita especial atenção para ser atendida. Como afirma

Pinheiro “a leitura do texto poético tem peculiaridades e carece, portanto de mais

cuidados do que o texto em prosa” (PINHEIRO, 2002, p. 23).

É, portanto um desafio para os professores propor atividades lúdicas aos

alunos, favorecendo um contato frequente com a poesia, para que ocorra um

interesse por ela.

O texto poético possibilita ao leitor “ler o mundo”, o fantástico, e assim criar

imagens, modificando e criando assim a sua própria maneira de ver a vida.

Atividade 01

● Apresentar os poemas “b ÅxwÉ wÉ ÅxÇ|ÇÉb ÅxwÉ wÉ ÅxÇ|ÇÉb ÅxwÉ wÉ ÅxÇ|ÇÉb ÅxwÉ wÉ ÅxÇ|ÇÉ” e “dâtàÜÉ {|áàÉÜ|Ç{tá wx {ÉÜÜÉÜdâtàÜÉ {|áàÉÜ|Ç{tá wx {ÉÜÜÉÜdâtàÜÉ {|áàÉÜ|Ç{tá wx {ÉÜÜÉÜdâtàÜÉ {|áàÉÜ|Ç{tá wx {ÉÜÜÉÜ”,

ambos do autor Elias José.

● Pedir que os alunos leiam silenciosamente os poemas percebendo as diferenças e

semelhanças entre os textos.

● Conversar com alunos sobre seus medos e ir listando no quadro suas respostas.

Atividade 02

● Levar os alunos ao laboratório de informática para verem as diferentes maneiras

de representações do tema.

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b ÅxwÉ wÉ ÅxÇ|ÇÉb ÅxwÉ wÉ ÅxÇ|ÇÉb ÅxwÉ wÉ ÅxÇ|ÇÉb ÅxwÉ wÉ ÅxÇ|ÇÉ

Que barulho estranho

Vem lá de fora [...]

dâtàÜÉ {|áàÉÜ|Ç{tá wx {ÉÜÜÉÜdâtàÜÉ {|áàÉÜ|Ç{tá wx {ÉÜÜÉÜdâtàÜÉ {|áàÉÜ|Ç{tá wx {ÉÜÜÉÜdâtàÜÉ {|áàÉÜ|Ç{tá wx {ÉÜÜÉÜ

Por ter sido criado em laboratório

Frankenstein [...]

LEITE, Maristela Petrili de Almeida; PASCOAL, Soto. Palavras de encantamento :

antologia de poetas brasileiros. São Paulo: Moderno, 2001.

by|v|Çt Kby|v|Çt Kby|v|Çt Kby|v|Çt K MMMM b ÑÉxàt x É ÅâÇwÉb ÑÉxàt x É ÅâÇwÉb ÑÉxàt x É ÅâÇwÉb ÑÉxàt x É ÅâÇwÉ

Objetivo: Reconhecer os poemas em suas diversas formas e nas diversas maneiras

de interpretar o mundo nela representado.

A leitura de textos poéticos estimula a aprendizagem dos alunos, como

também amplia a visão de mundo, possibilitando a espontaneidade e a criatividade.

Para Bakhtin, o trabalho poético está inteiramente interrelacionado ao contexto

social, “o poeta, afinal, seleciona palavras, não do dicionário, mas do contexto de

vida, onde as palavras foram embebidas e se impregnaram de julgamentos de valor”

BAKHTIN (1986, p. 67). Assim, os gêneros discursivos por mobilizarem diferentes

esferas da atividade humana, representam unidades abertas da cultura.

Atividade 01

● Apresentar o poema “O Espantalho”, de Maria Cândida Mendonça.

● Ler o poema para os alunos.

● O poema pode ser lido em forma de jogral (metade da sala lê as falas do eu lírico,

a outra metade lê as falas do espantalho).

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● Explorar o conteúdo temático do poema, levantando questionamentos a respeito

de quem poderia ser a voz do eu poético ( um menino, uma menina, um adulto?).

● Fazer com que os alunos percebam que o texto é uma narrativa poética.

Atividade 02

● Reescrever o texto em forma de prosa. Explicar que terão que modificar a

estrutura do texto, acrescentar palavras, usar parágrafos e pontuação adequada.

Poderão optar pela escrita de história em quadrinho.

VÉÅÑÄxÅxÇàtÇwÉVÉÅÑÄxÅxÇàtÇwÉVÉÅÑÄxÅxÇàtÇwÉVÉÅÑÄxÅxÇàtÇwÉAAAAAAAAAAAA

by|v|Çt by|v|Çt by|v|Çt by|v|Çt LLLL M XM XM XM XávÜxäxÇwÉ ávÜxäxÇwÉ ávÜxäxÇwÉ ávÜxäxÇwÉ ÑÉxÅtáÑÉxÅtáÑÉxÅtáÑÉxÅtá

Objetivo: Criar seu próprio poema, com temas livres.

Para Finau, Chanoski-Gusso, (2006), na produção escrita o aluno se vale de

complexos e diversos procedimentos, pois essa é uma tarefa, para qual se supõe

que o autor assuma diferentes papéis (o de quem planeja, o de quem lê para revisar

e o de quem corrige propriamente), considere as funções e o funcionamento da

escrita, bem como as condições nas quais é produzida: o aluno deve ter o que dizer,

para quem, para que e considerar o suporte do gênero discursivo, para poder definir

o que dizer.

Atividade 01

● A partir do que foi visto nas aulas anteriores, solicitar aos alunos que tentem

produzir seus próprios poemas. Orientá-los coletiva e individualmente no decorrer do

trabalho.

atÜÜtà|ät ÑÉ°à|vtatÜÜtà|ät ÑÉ°à|vtatÜÜtà|ät ÑÉ°à|vtatÜÜtà|ät ÑÉ°à|vtM M M M História narrada, contada de forma poética,

onde se inclui fatos cotidianos, tragédia, comédias... (CEIA, 2009).

27

● Pedir aos alunos que quiserem, para que apresentem aos colegas suas

produções.

Atividade 02

● Espera-se que os alunos estejam familiarizados com a poesia. Dessa forma,

poderá ser organizado um sarau, com antecedência, de no mínimo uma semana. Os

alunos poderão escolher um poema que já tenha sido trabalhado, ou então outro

disponível nos livros da escola ou mural de sala de aula, ou o seu texto. O

importante é que sinta prazer em memorizar.

● Produzir folders e cartazes para anunciar o evento.

by|v|Çt by|v|Çt by|v|Çt by|v|Çt DCDCDCDCM cM cM cM cÉxá|t? ÑÜöà|vt áÉv|tÄÉxá|t? ÑÜöà|vt áÉv|tÄÉxá|t? ÑÜöà|vt áÉv|tÄÉxá|t? ÑÜöà|vt áÉv|tÄ

Objetivo: Conhecer a prática social de um sarau em que as pessoas se reúnem

para apreciar e declamar poesias, além de interagir com o público ouvinte.

Literatura é arte, e o encontro com familiares e comunidade escolar é um

evento de extrema importância, pois promove a integração de todos de forma

descontraída, criativa e envolvente.

O sarau oportuniza o incentivo à leitura e mostra que a literatura pode ser

acessível a todos, desmistificando o papel de que o texto literário, no caso, o poético

é só para intelectuais, ou a “elite”. Piacentini, ressalta que:

[...] a leitura que une a imensa confraria de leitores, aquela que é comum e disponível a todos é a leitura literária, pois é na literatura, em suas diferentes formas e nos mais remotos tempos, que a humanidade tem repertoriado, reunido a sua própria história. Com a mais rica linguagem que foi capaz de criar, a humanidade tem explicado para todos e para cada um as nossas origens, crenças, mitos, alegrias e sofrimentos (PIACENTINI, 2004, p. 18).

28

Atividade 01

● Abertura do evento pela professora e direção da escola. Comentário sobre a

relevância do projeto: cÉxá|tM T tÜàx wx ÄxÜ x xávÜxäxÜ vÉÅ É vÉÜt†ûÉcÉxá|tM T tÜàx wx ÄxÜ x xávÜxäxÜ vÉÅ É vÉÜt†ûÉcÉxá|tM T tÜàx wx ÄxÜ x xávÜxäxÜ vÉÅ É vÉÜt†ûÉcÉxá|tM T tÜàx wx ÄxÜ x xávÜxäxÜ vÉÅ É vÉÜt†ûÉ, como

incentivo lúdico no processo de ensino/aprendizagem de leitura.

Atividade 02

● Apresentação do poema musicalizado “T vtátT vtátT vtátT vtátÊÊÊÊ de Vinícius de Moraes pelos

alunos, aos convidados (pais, professores, direção e alunos).

Atividade 03

● Declamação de poesias diversas, pelos alunos.

TàxdžûÉTàxdžûÉTàxdžûÉTàxdžûÉ 4444 É interessante filmar as declamações e mostrar post eriormente aos alunos.

29

TätÄ|t†ûÉTätÄ|t†ûÉTätÄ|t†ûÉTätÄ|t†ûÉ

A avaliação formativa, por ser contínua e diagnóstica, deve acontecer no

decorrer de todo o processo, onde a intervenção do professor é fundamental para

que se alcancem os objetivos propostos. Segundo as Diretrizes Curriculares de

Língua Portuguesa (2008), os alunos possuem ritmos diferentes.

Os debates, a leitura crítica, dramatizações, demonstrações artísticas, são

atividades que devem despertar no aluno o, prazer no ato de ler. Ainda conforme as

DCEs (2008) é importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa conhecimentos prévios, se

compreende o significado das palavras, se faz inferências corretas, se reconhece o

gênero e o suporte textual.

Considerando a particularidade do gênero “Poema”, é possível observar se

há participação ativa, interesse e interação dos alunos. Dessa forma ao término do

trabalho, pode-se estabelecer comparações e verificar em que medida a posição do

aluno mudou ou foi enriquecido durante o percurso. Esse acompanhamento é

imprescindível, porque determinará mudanças na conduta do processo, caso o

crescimento dos alunos, enquanto leitores, não esteja ocorrendo de forma

satisfatória.

30

exyxÜ£Çv|táexyxÜ£Çv|táexyxÜ£Çv|táexyxÜ£Çv|tá

ADLER; J. Mortimer; VAN DOREN, Charles. A arte de ler . (Tradução: Octávia M. Cajado). São Paulo: Ática/UNESCO. 1986, p. 74 e 75. BAKTHIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. 2 ed, São Paulo, Hucitec, 1986. CEIA, Carlos. Narrativa poética. 2009. Acesso em: 07 de jul. Disponível:<

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