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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO: INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
Autor BEN-HUR FERNANDES LIMA
Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR SILVIO TAVARES
Município da escola CAMBARÁ - PR
Núcleo Regional de Educação JACAREZINHO - PR
Orientador ALMIR DE OLIVEIRA FERREIRA
Instituição de Ensino Superior UENP - JACAREZINHO
Disciplina/Área (entrada no PDE) EDUCAÇÃO FÍSICA
Produção Didático-pedagógica UNIDADE TEMÁTICA
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
Público Alvo
(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)
ALUNOS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO
Localização
(identificar nome e endereço da escola de implementação)
Colégio Estadual Prof. Silvio Tavares – E.F. E.M. E.N. E.P.
Rua João Manoel do Santos nº 1350
Cambará - Pr
Apresentação:
(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
Desenvolver o prazer pela descoberta, pela socialização do
conhecimento, assumindo-o como instrumento útil na vida do
aluno é tarefa indispensável. Assim posto, utilizar a Educação
Física, como instrumento de transformação social, será com
certeza a mola propulsora para o verdadeiro processo de
construção coletiva do conhecimento, abordando de forma
coerente os conteúdos e transformando a relação ensino
aprendizagem em um acontecimento de relevância social para
o ensino de qualidade positiva em nossa sociedade.
Vincular os conhecimentos teóricos junto aos
conhecimentos práticos da Educação Física
proporcionando um significado, sem dissociar a teoria
da prática.
Com esta proposta, iremos recorrer ao método quali –
quantitativo, com o intuito de identificar a influencia que a
Educação Física teve na formação do aluno, pós ensino médio
e se os conhecimentos adquiridos foram satisfatórios para
desenvolver o hábito da prática de atividades físicas saudáveis
ou de exercícios físicos programados e seguros, objetivando
potencializar os estados físico, psíquico e social desse ser que
se move no mundo.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Educação Física – Inclusão – Transformação Social
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO –SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
BEN-HUR FERNANDES LIMA
EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO:
INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
JACAREZINHO
2011
BEN-HUR FERNANDES LIMA
EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO:
INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
Unidade temática apresentada ao Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná –
SEED.
Área do conhecimento: Educação Física
Orientador: Almir de Oliveira Ferreira
JACAREZINHO
2011
EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO:
INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
Os avanços que a sociedade vem obtendo, nas mais diversas áreas do
conhecimento, são de uma velocidade surpreendente. As constantes
mudanças no cotidiano da humanidade indicam caminhos que muitas vezes
relutamos em seguir, todavia não podemos negligenciar certas inovações, pois
muitas delas, vieram para facilitar o dia a dia do ser humano.
Utilizar as mais variadas ferramentas e instrumentos de maneira
inovadora e segura, nos auxiliara na luta para vencermos os enormes desafios
que a prática docente exige no mundo moderno. Dessa forma, é imprescindível
desenvolver conteúdos, de modo, que os alunos percebam o valor da prática
das aulas de Educação Física do ensino médio em seu cotidiano e oportunizar
aos mesmos, o saber, de que esta prática deve ser incorporada, tornando-se
efetiva, que deve transcender o universo escolar e perpetuar-se por toda vida.
Precisamos ter patente, que esta é uma fase em que os alunos estão
passando por transformações hormonais intensas, portanto, cheios de energia
e sedentos de saber.
Sendo assim, se torna precípuo, contribuirmos no sentido de que se
tornem sujeitos da história, participando efetivamente da transformação de uma
sociedade.
Desenvolver conteúdos e trabalhos com os nossos alunos, vão além dos
muros das nossas escolas.
Por isso devemos entender que:
“ é necessário que os
profissionais da educação estejam cientes de que hoje a relação das pessoas
com o saber sistematizado passa por muitas outras alternativas e fontes de
conhecimento além da escola” ( PENIN; VIEIRA 2002, p.24)
Destarte, é ingenuidade entender a escola como único e previlegiado
local de acesso ao saber acumulado pela humanidade. Sendo assim, não
podemos mais oferecer práticas docentes, que não incite o aluno, na mais
fascinante das conquistas, “a descoberta”.
Desenvolver o prazer pela descoberta, pela socialização do
conhecimento, assumindo-o como instrumento útil na vida do aluno é tarefa
indispensável. Visto ser esta um potente veículo de transformação dos alunos
em cidadãos críticos, participativos e emancipados.
Assim posto, utilizar a Educação Física no Ensino Médio, como
instrumento de transformação social, será com certeza a mola propulsora para
o verdadeiro processo de contrução coletiva do conhecimento, abordando de
forma coerente os conteúdos e transformando a relação ensino-aprendizagem
em um acontecimento de relevância social para o ensino de qualidade positiva
em nossa sociedade.
Sendo a Educação Física uma disciplina transformadora e de alto grau
de satisfação, pelo prazer que ela desperta nos caminhos da descoberta e
tendo isso como estratégia para a apropriação do conhecimento, é grande a
possibilidade de através dos mistérios do corpo humano, do pleno
desenvolvimento da consciência corporal, contagiar os nossos alunos para que
eles adquiram uma consciência plena da contribuição do que eles podem
oferecer à comunidade da qual eles estejam inseridos.
É certo que a Educação Física tem a função social de contribuir para
que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o corpo, adquirir uma
expressividade corporal consciente e assim poder refletir criticamente sobre as
práticas corporais, para enfim se tornarem cidadãos transformadores de uma
sociedade no tempo e no espaço de sua geração.
A Educação Física é uma ciencia complexa e estudar essa disciplina,
que tem como principal ferramenta a mais incrível e fantástica das criações,
que é o corpo humano, necessita de muito estudo com muita dedicação e
comprometimento.
É inadimissivel aceitar que alunos passem 12 anos ou mais em sua
carreira estudantil e cheguem ao final deste processo, sem ao menos saber o
que a Educação Física, enquanto disiciplina curricular, representou e
acrescentou na sua formação.
Trabalhar a Educação Física no Ensino Médio, desenvolvendo os seus
conteúdos de forma que contribua na formação integral do aluno, transformará
o indivíduo, contagiando toda uma sociedade.
Proporcionar uma Educação Física contextualizada, criando inúmeras
possibilidades para uma reflexão clara da importancia da disciplina, estaremos
instrumentalizando nossos alunos para concretas intervenções na busca de
uma verdadeira transformação social.
Ao longo da história a Educação Física sempre teve participação
contundente na sociedade, conforme a época, o conhecimento ou conforme os
interesses das classes dominantes.
A primeira manifestação de caráter oficial no Brasil, foi anotada em 04 de
junho de 1823. Era uma proposta da comissão pública apresentada pelo
Deputado da província de Minas Gerais o Padre Belchior Pinheiro de Oliveira à
assembleia geral constituinte. Como matéria foi considerada urgente, se
transformou em Projeto de Lei e recebeu várias emendas, mas não retornou ao
Plenário.
Em 1828, Joaquim Jerônimo Serpa, que compreendia por Educação
Física a saúde do corpo e a cultura do espírito, lança em Pernambuco a
primeira obra especializada em Educação Física, publicada no Brasil, com o
título de “Tratado de Educação Física e Moral dos meninos” e tinha como base,
noções de higiene e a puericultura. Nota-se nesta obra o preconceito da época,
oportunizando apenas os meninos na prática da Educação Física.
Em 1837 o Deputado baiano, Antonio Ferreira França, apresentou a
câmara um projeto em favor da cultura e da instituição onde indicava a
inserção da “ginástica” e defesa do corpo entre outras cadeiras no programa
das escolas de primeiras letras.
Em 1845 o Dr. Manoel Pereira da Silva Ubatuba, apresenta à Faculdade
de Medicina do Rio de Janeiro o trabalho “ Algumas considerações sobre
Educação Física” demonstrando a necessidade e importância do moral sobre o
físico e vice-versa.
Aqui se percebe a medicina como forte aliada da Educação Física.
Em 1846, Joaquim Pedro de Melo, defende a tese “Generalidades
acerca da Educação Física dos meninos”.
Mas a atividade física somente passa a fazer parte dos programas
escolares da corte em 1851 por obra do ex-deputado e então ministro do
Império, o Exmo. Sr. Luiz Pedreira do Couto Ferraz, com a chamada reforma
“Couto Ferraz”.
Sua regulamentação foi expedida três anos depois e entre as matérias a
serem obrigatoriamente ministradas estavam a ginástica no primário e a dança
no secundário mas somente nas escolas da Corte Real.
Culturalmente na época se fez necessário, identificar os genêros com
atividades diferenciadas, sendo para os meninos atividades mais fortes,
intensas e para as meninas atividades mais brandas.
No ato adicional da Reforma Educacional, dizia que tanto a educação
primária quanto a secundária ficaria a cargo das Províncias e o ensino superior
a cargo da administração nacional, portanto cada Província, hoje Estado,
adotavam as disciplinas que melhor se adaptavam às necessidades do
período. Neste sentido em 1852, Toureiro Aranha, Presidente da Província do
Amazonas, determina que em seu programa escolar, a Educação Física
contaria como disciplina e que seria ministrada também para o grupo feminino
respeitando as suas particularidades caracterizando assim a necessidade de
que tanto o sexo masculino, quanto o feminino, deveriam praticar as atividades
para uma formação integral, mas isso ocorria apenas no Estado do Amazonas.
Em 1860 foi introduzida no Brasil a Ginástica Alemã na Escola Militar. A
Ginástica Alemã, utilizava a Ginástica Aérea de Aparelhos, a barra fixa, a barra
paralela, o trapézio e as argolas, pois se entendia que a prática da Ginástica
deveria ter características militares com o objetivo de manter o corpo forte e
saudável, afirmando o espírito cívico e patriótico. Neste momento a
preocupação passa a ser mais no sentido de cidadãos preparados para um
possível confronto.
Em 1870 a Ginástica passou a ser matéria obrigatória em todas as
escolas, mesmo tendo sido recebida com muita resistência no que dizia
respeito a sua prática pelas meninas, continuismo de um preconceito
culturalmente arraigado na sociedade.
Em 1876 são criadas no município da Corte Real, duas Escolas
Normais, uma para cada sexo, oportunizando de forma democrática a prática
das atividades físicas.
Neste pequeno relato histórico, da trajetória da Educação Física no
Brasil, observa-se nitidamente o quanto a Educação Física, com segundas
intenções ou não, acabava sendo instrumento de discriminação, alienação,
exclusão, preconceito e de manipulação do povo pela classe dominante.
Estudiosos pensavam em práticas pedagógicas de Educação Física e
postas em ação, uma vez que correspondiam aos interesses da classe social
hegemônica naquele período histórico (SOARES, 1992, p.51).
Avançando um pouco mais na história na perspectiva da pedagogia
tradicional o ensino da Educação Física, teve sua “versão” na escola brasileira,
identificada por Ghiraldelli Júnior (1994) como educação higienista,
(predominante até 1930) e Educação Militarista (predominante no período de
1920 a 1945). Nesse período a Didática em sua relação com a Educação
Física, apenas refletia a concepção dominante da época, ou seja, a Educação
Física Escolar era entendida como atividade exclusivamente prática, fato este
que contribuiu para não diferenciá-la da instrução militar (SOARES 1992, p.53).
Com o manifesto dos pioneiros da “Escola Nova”, este documento
propõe uma pedagogia ativa, uma pedagogia renovada.
A proposta desta pedagogia é desenvolver uma educação centrada no
aluno, uma educação que lhe permite “ser o que realmente é”, na qual o
Professor deve “ausentar-se” para abrir espaço ao livre crescimento do
educando.
A característica principal deste período denominado pelo
“Escolanovismo” é a excessiva valorização do aluno como centro das
preocupações metodológicas, e a consequente crença nas soluções dos
problemas na educação, sem considerar a realidade extraescolar.
No que diz respeito ao ensino da Educação Física especificamente o
“Escolanovismo” propiciou as condições necessárias para que alguns
professores escondessem suas dificuldades profissionais. Por não dominar o
conteúdo de Educação Física, desconhecer suas metodologias de ensino ou
ainda por não ter compromisso político com o seu trabalho docente,
direcionam alunos e Professores de outras disciplinas para um entendimento
equivocado, referindo-se a Educação Física como uma matéria
descontextualizada com a formação do aluno e que pode ser substituida por
uma bola.
A Educação Física Pedagogicista (1945 a 1964) “versão” escolanovista
da Educação Física, postulava a necessidade dessa disciplina ser entendida
pela sociedade como prática prioritariamente educativa.
Com o término do Estado Novo, marcado por um equilíbrio entre
influências “tradicionais” e “novas” no campo educacional, temos a partir de
1945 o ensino da didática nos cursos de formação de Professores inspirado no
liberalismo e no pragmatismo.
Acentua-se assim a predominância dos processos metodológicos em
detrimento da própria aquisição do conhecimento.
Os visíveis sinais de exaustão das tendências, tradicional e nova, ao
apontar para o risco da perda da hegemonia burguesa, engendra a articulação
de uma nova teoria educacional chamado por Saviani (1991) de Pedagogia
Tecnicista.
No período pós – 64, instala-se na escola a divisão do trabalho sob a
justificativa da produtividade, característica marcante dessa pedagogia
tecnicista.
Sendo a “neutralidade científica” o pressuposto básico da pedagogia
tecnicista, o esporte era o conteúdo principal das aulas de Educação Física,
pautado pelos princípios da racionalidade, eficiência e produtividade.
Para o Governo Militar a meta principal era eliminar as críticas interna e
deixar transparecer um clima de prosperidade, desenvolvimento e calmaria
(GHIRALDELLI JÚNIOR 1994, p.30).
Os anos 70 marcados pela ditadura militar, a Educação Física era usada
não para fins educativos, mas de propaganda do governo sendo todos os
ramos e níveis de ensino voltado para o esporte de alto rendimento.
A Educação Física tinha como principal objetivo, desviar a atenção da
população dos problemas políticos vigentes, através do culto ao esporte-
espetáculo.
Entretanto a partir do 1974, época em que se iniciava a abertura gradual
do regime ditatorial instalado pelo governo militar pós – 64, surgiram estudos
empenhados em fazer a crítica a educação dominante, mostrando sua
verdadeira face reprodutivista.
Ao longo da década de 80, instala-se definitivamente a crítica as
tendências pedagógicas não críticas (tradicional, nova e tecnicista) buscando-
se novos rumos para a Educação Brasileira e, consequentemente para o
ensino da Educação Física.
Nas últimas décadas, assistimos a um excepcional crescimento
qualitativo da literatura crítica em Educação Física.
No que diz respeito à perspectiva escolar, diferentes “correntes de
pensamentos” foram sendo desenvolvidas com o intuito de colaborar na
construção de uma sociedade igualitária, que tome o homem como centro das
atenções e na qual não haja espaço para a exploração do homem pelo homem.
Qualquer área do conhecimento escolar não pode eximir-se de refletir
sistematicamente sobre como tornar a escola em geral e a Educação Física
especificamente em um espaço socialmente relevante para o aluno.
A Educação Física Escolar, comprometida com o ideal de emancipação
de mentes e corpos deverá ser fruto do nosso compromisso, com um projeto
emancipatório de sociedade , de educação e principalmente de nossa ação
concreta no dia-a-dia e no cotidiano escolar.
Emancipado é aquele indivíduo que determina seus próprios atos e é
senhor de si próprio. E emancipatório é o movimento que emancipa, que
trabalha no sentido de ajudar na emancipação de outras pessoas.
Sendo a Educação Física a disciplina que mais oportuniza o
desenvolvimento do carater emancipatorio no contexto escolar, a mesma não
poderá se constituir apenas em um espaço para pratica de movimentos
corporais, mas principalmente como espaço propicio ao surgimento de
movimentos que levem à emancipação do individuo.
O Professor de Educação Física tem assim a responsabilidade de
organizar e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que
possibilita a comunicação e o diálogo com diferentes culturas.
Objetivando uma transformação social efetiva, através de um
diagnostico da prática docente atual, a educação deverá avançar para uma
pratica docente comprometida com a formação para a cidadania.
Todo corpo docente, juntamente com a grande maioria do corpo
discente, reconhecerão as diferenças e ambos deverão desenvolver a
conciência plena da importancia de ampliar os conhecimentos facilitando a
camihada na estruturação de um ser que se posiciona com dignidade em uma
sociedade, convivendo harmoniosamente no ambiente escolar.
O Professor mesmo em inicio de carreira, apresenta uma maturidade
muito mais completa do que o seu aluno, pois o mesmo já cursou o banco de
um ensino superior e com competencia fora aprovado em concurso público se
tornando servidor do quadro próprio do magistéiro, o aluno por sua vez deverá
alcançar sua maturidade no seu tempo, auxiliado pelo seus Professores.
Dentro deste processo o aluno compreenderá que não basta apenas o
seu Professor desejar um melhor desenvolvimento de suas competências, não
basta o Professor querer ensinar, muito mais que isto, o aluno deverá desejar
também querer aprender, para isto cabe ao Professor a incumbência de faze-lo
entender da importancia da assimilação de conteúdos que demonstre o seu
valor pós ensino médio.
Este aprender deverá acontecer gradativamente, cada qual no seu
tempo, mas jamais poderemos negligenciar o desenvolvimento dos que por
algum motivo, necessitam de um tempo maior para adquirir o desenvolvimento
necessário, e assim utilizar de maneira eficiente, fora da escola, todo o
aprendizado obtido no ambiente escolar.
Concientemente, Professor e aluno, desenvolverão um aprendizado com
siginificado transparente, relevante, que será de enorme importancia a sua
utilização em seu cotidiano.
O excesso de afazeres que invade o cotidiano dos Professores obriga-o
à grandes malabarismos, dos quais o mesmo não foi preparado para tanto, e
assim poder suprir a demanda exigida no seu dia a dia.
Com um reconhecimento ainda pouco valorizado pela sociedade, o
docente se vê obrigado a trabalhar muitas vezes os três períodos para poder
contemplar sua familia em condições diginas de sobrevivencia.
Com esta extensa carga horária, sobra-lhe poucas oportunidades para
analisar, refletir sobre o seu próprio desempenho, transformando-o em
profissional repetitivo, o “aulista” o que acaba por inibir todo o poder de
criatividade e o prazer da descoberta, a sua inspiração enquanto pesquisador e
principalmente a sua essência na arte de ser um Professor.
É notório que os problemas aumentam quando não se tem espaço para
as reflexões, quando não se tem oportunidades para um debate mais frequente
sobre a prática docente, comprometendo significativamente as possibilidades
de transformação, pois as mesmas são pouco estimuladas por consequencia
da falta de condição para o debate docente, ocasionando a falta de esperança
no Professor e no aluno, inibindo o potencial de ambos e causando a baixa
contribuição para as modificações qualitativas na sociedade.
Neste sentido vale destacar o enorme valor do trabalho em equipe.
Com o objetivo de estruturar, organizar as ações no interior do
estabelecimento de ensino, todos os profissionais da educação que lá se
encontram devem conduzir as estratégias elaboradas no mesmo sentido, para
que haja compreensão das inumeras possibilidades dos avanços educacionais
conquistados.
Trabalhar com uma política educacional que identifique a escola como
uma unidade plena no processo de construção coletiva, para uma
transformação social relevante, demonstra-rá à toda a sociedade os benefícios
de um ambiente democrático, mas acima de tudo, revela-rá á todos o ambiente
comprometido com as futuras gerações de cidadãos brasileiros.
A Educação Física, poderá contribuir para o desenvolvimento de uma
prática educativa voltada para a formação de homens de bem na sociedade,
contemplando a busca de soluções em situações problemas.
A proposta na resolução de situações problemas irá formar, alunos
participativos, envolvidos e comprometidos no processo de descoberta, tendo o
Professor como mediador sobre o grupo, provocando a reflexão no decorrer
das atividades.
Através do componete lúdico, da excitação na superação dos desafios,
mobilizando os conhecimentos, conceituais, atitudinais e procedimentais, a
Educação Física poderá assim, contribuir de forma siginificativa para o
desenvolvimento dos alunos, objetivando uma atuação constante enquanto
cidadão.
Trabalhar e agir nas situações problemas pode significar um
aprendizado único e fundamental para o desenvolvimento do aluno e do
Professor, enquanto seres humanos, no sentido de dar a importancia e a
valorização na busca de soluções.
Nesta direção a busca pelo saber, passa a ser uma investigação
prazeroza e constante na produção do conhecimento, considerando as formas
de aprendizagem muito mais digna e muito mais educativa, demostrando à
todos que quando existe dedicação, a valorização deverá ser certa e igualitária.
O processo de construção do conhecimento é complexo e sofisticado,
entende-lo durante as mudanças que acontecem nos momentos de resolução
das situações problema é condição necessária para a transformação da prática
docente, mas é obvio que nunca deveremos nos esquecer, em momento algum
da missão de educador, do profissional da educação, que é a de nunca medir
esforços para que se alcance de forma mais que satisfatória a apropriação do
conhecimento por parte dos seus alunos ou seja, transmitir as informações
necessárias para que o educando aprenda e se desenvolva.
A família pode e deve contribuir também com este processo, por isso os
responsáveis familiares devem ser orientados e instruidos para poderem
contribuir com toda mudança positiva que por certo deverá acontecer.
É certo que cada familia e os responsáveis contribuim e desencadeiam
nos mais jovens uma formação com características próprias de conhecimento,
o que muitas vezes não são as que se praticam no ambiente escolar.
Por isso essa condição bastante heterogenea, mais evidenciada nas
escolas públicas, quando nos referimos ao conhecimento popular que eles
trazem para a escola, que muito difere dos conhecimentos formais curriculares.
A todo custo tal situação deverá ser diagnosticada o mais precoce
possível e confirmada a ausencia de valores em determinado comportamento
com relação ao seu semelhante e a tudo o que a natureza nos proporciona,
esta defasagem deverá ser compesada pelo processo educativo e assim todo
docente deverá contribuir com seu nivel de instrução mais elevado, para formar
um cidadão juvenil de qualidade e assim transforma-lo no futuro, em um
cidadão adulto com qualidades ainda mais admiradas pela sociedade.
Contribuir de forma efetiva com este processo de transformação é dever
de todo profissional da educação, ainda mais quando nos deparamos com uma
realidade injusta, na qual crianças e adolescentes não passam de meras
vítimas do todo o sistema, por isso quando o aluno estiver nessas condições
toda melhora no processo deverá ser construida na escola, pois é nela que se
encontram os melhores profissionais e teoricamente os mais bem preparados
profissionais, para minimizar inúmeros problemas de ordem social. Estes
mesmos professores cursaram o nível superior de escolaridade e podem com
muita propriedade e com muito comprometimento, transformar a nossa
sociedade de maneira muito mais veloz, comparada á décadas anteriores.
É no interior da escola, que as ações humanas positivas, devem renovar
as esperanças, motivando a realização de novas estratégias, influenciando a
criação de novas idéias, de como fazer, para melhorar o que esta posto,
deixando em determinado momento a famosa zona de conforto, para sempre
avançar-mos no aperfeiçoamento de toda comunidade escolar.
Demonstrar autonomia, cultivando a inquietude, para contagiar seus
pares, movimentando as idéias que assim surgirem, sempre na mesma
linguagem e no mesmo sentido, na busca de uma verdadeira transformação
educacional e a idealizada transformação social.
Desenvolver as habilidades em todos os alunos, independentemente da
condição cultural dos mesmos, pois somos semelhantes, mas, muito diferentes
em cada tempo e espaço vivido e ainda por se viver, capacitando e
proporcionando condições satisfatórias, para o exercícios das competências
desenvolvidas, buscando sempre com transparencia uma visão de mundo,
construida com sua própria opnião sem se deixar influenciar pelas ilusões
impostas pelas classes dominantes, para assim optar politicamente no interior
do espaço público e manifestar claramente suas opiniões sem a menor
insegurança de sofrer represálias ou perseguições vingativas, assumindo o seu
papel e compromisso com a sociedade, confirmando sua legitimidade e
sustentação da sua opinião, fundamentada na construção de seu aprendizado.
Comprovar e consolidar a Educação Física escolar como disciplina de
relevancia cultural na formação do educando, proporcionando inúmeras
experiencias pedagógicas, para assim dar condições emancipatórias na
educação em nosso estado, servindo de exemplo para todo o país.
Tendo a pesquisa científica como requisito e instrumento indispensável,
desde as séries iniciais até as Universidades, guardada as devidas proporções
na exigencia da pesquisa, para que na educação, se possa obter uma
formação capaz de humanizar, mesmo com todos os desafios, tentativas, erros
e acertos, direcionando sempre para o caminho da verdade, exercitando esta
prática, para cosolidarmos esta mesma postura, nos mais variádos campos de
atuação do cidadão e futuro profissional após ensino médio.
Em tempos de mudanças que acontecem atualmente, com
características cada vez mais velozes, é oportuno que no ambiente escolar,
onde alunos e Professores passam a maior parte do tempo de suas vidas,
destaquemos questões da ordem economica e social do país, pautando um
debate sobre as condições da educação, com o objetivo de vislumbrar e
reinvendicar uma educação de qualidade positiva, para todos os cidadãos
brasileiros, em toda sua carreira estudantil.
O investimento financeiro, para que isto se torne realidade é
fundamental.
Com escolas de infra-estrutura adequadas, viabilizando o acesso de
todos, proporcionando condições de excelencia em todos os aspectos e
setores da escola, tais como, ambiente de trabalho, os recursos tecnológicos, a
realidade nutricional, a capacitação dos profissionais da educação, equipes
multi profissionais, poderemos em um futuro bem próximo, transformar o sonho
da escola ideal, em uma realidade nacional.
A boa vontade politica em nosso país, deverá prevalecer, priorizando a
Educação em todo território nacional.
Esta ação será de fundamental importancia, para que as intituições de
ensino do país, possa formar cidadãos preparados para ocuparem cargos que
irão direcionar e conduzir o nosso Brasil, cheios de verdadeiras oportunidades
e realizações.
No processo pedagógico o senso de investigação e de pesquisa pode
transformar as aulas de Educação Física, ampliando o conjunto de
conhecimentos, pois estes não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias,
nas práticas e nas reflexões. Neste sentido o papel da Educação Física é
desmistificar formas arraigadas e não refletidas em relação às diversas práticas
e manifestações corporais historicamente produzidas e acumuladas pelo ser
humano.
É imprescendivel priorizar uma prática pedagógica onde o conhecimento
sistematizado, surja como oportunidade para reelaborar ideias e atividades que
ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes produzidos pela
humanidade e suas implicações para a vida.
E, assim, contribuir com a Educação Física usando-a como instrumento
de transformação social - resgate e real valor da disciplina – e, reconhecer que
a dimensão corporal é resultado de experiencias subjetivas, fruto da interação
social nos diferentes contextos que se efetiva, quais sejam, a familia, a escola,
o trabalho e o lazer.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -
ARISTÓTELES , Política. Texto integral. 5ª edição. Editora Martin Claret –
Coleção A Obra-Prima de cada Autor. 2001
BARBOSA C. Educação Física e Didática: um diálogo possível e
necessário. Editora Vozes – 2010
DARIDO Suraya Cristina – SOUZA Jr. Osmar Moreira – Para ensinar
Educação Física
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – Seed
GASPARIM, João Luis. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3ª
edição. Campinas: Editora Autores Associados, 2005
GHIRALDELLI JÚNIOR, Paulo. A Filosofia e sua didática. Educação Santa
Maria, 2002.
MOURA M. Educação Física no Brasil: Uma História Política. Artigo
internet Google
NEIRA Marco Garcia. Desenvolvendo Competências – Phorte editora – 3ª
edição
PALMA Angela Pereira T. Victória – Oliveira Amauri A. Bassoli – Palma José
Augusto Victória – Educação Física e a Organização Curricular.
SOARES, Carmen et al. Metodologia do ensino de Educação Física. São
Paulo: Cortez, 1992.