ficha de trabalho 8 proteção fitossanitária 1 luta contra as doenças

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Ficha de Trabalho - Proteção fitossanitária: 1- Luta contra as doenças: do lenho (escoriose, eutipiose, esca), míldio, oídio e podridão cinzenta; Métodos de luta biológica Uma das alterações mais significativas trazidas pela proteção integrada, foi uma mudança de atitude – os produtores já não exageram aos primeiros sintomas de uma praga. Normalmente a natureza oferece os problemas já sob controlo, se de dermos uma hipótese. O aparecimento de uma praga nunca é uma ocorrência solitária: existe sempre um balanço, normalmente na forma de predadores. Se existir uma pequena população da praga, os predadores têm alimento podendo refazer a sua população. Muitas espécies de insetos predadores são criados e vendidos comercialmente. Uma das regras mais importantes na aplicação destes predadores é só introduzi-los quando a população da praga for grande o suficiente para os suportar. Se assim não for, os predadores morrem por falta de alimento ou movem-se para as áreas envolventes. Se encontrar pragas de insetos na sua vinha, a primeira coisa que se deve perguntar é: “Estarão mesmo a provocar prejuízos ou apenas pequenos danos visuais?” observar e esperar deve ser a primeira linha de defesa. Mesmo que aparentemente a praga esteja a aumentar tão rapidamente que a natureza não consiga controlá-la completamente, deve assegurar-se que conhece a praga e que necessita mesmo de recorrer a outras formas de controlo. O vinhedo ideal – o solo cheio de atividade biológica e matéria orgânica, e os predadores em equilíbrio com as pragas – é excelente, mas ainda é uma raridade, pelo menos por agora. O viticultor que está em conversão para o sistema de produção biológica poderá desistir por razões para além do seu controlo, outros continuarão em novas áreas. O produtor que esteja rodeado de áreas não biológicas ou de outro tipo de áreas que atuem como reservatório, terá de lutar contra as pragas e doenças que se deslocam para a sua produção, mesmo que esta esteja em equilíbrio. Isto quer dizer que o produtor necessita de formas não-tóxicas para lidar com os problemas, pelo menos até a situação ficar corrigida. Existem atualmente numerosas empresas que desenvolvem e vendem todo o tipo de insetos para luta biológica. Felizmente a internet simplificou muito a vida dos produtores, pois para encontrarem este tipo de produtos Viticultura – 2014/2015 Página 1 de 27 Profissional de Técnico de Viticultura e Enologia Nome: ______________________________________ Nº___ Tª____11º ano

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Ficha de Trabalho - Proteção fitossanitária: 1- Luta contra as doenças: do lenho (escoriose, eutipiose, esca), míldio, oídio e podridão cinzenta;

Métodos de luta biológicaUma das alterações mais significativas trazidas pela proteção integrada, foi uma mudança de atitude – os produtores já não exageram aos primeiros sintomas de uma praga. Normalmente a natureza oferece os problemas já sob controlo, se de dermos uma hipótese. O aparecimento de uma praga nunca é uma ocorrência solitária: existe sempre um balanço, normalmente na forma de predadores. Se existir uma pequena população da praga, os predadores têm alimento podendo refazer a sua população. Muitas espécies de insetos predadores são criados e vendidos comercialmente. Uma das regras mais importantes na aplicação destes predadores é só introduzi-los quando a população da praga for grande o suficiente para os suportar. Se assim não for, os predadores morrem por falta de alimento ou movem-se para as áreas envolventes.Se encontrar pragas de insetos na sua vinha, a primeira coisa que se deve perguntar é: “Estarão mesmo a provocar prejuízos ou apenas pequenos danos visuais?” observar e esperar deve ser a primeira linha de defesa. Mesmo que aparentemente a praga esteja a aumentar tão rapidamente que a natureza não consiga controlá-la completamente, deve assegurar-se que conhece a praga e que necessita mesmo de recorrer a outras formas de controlo.O vinhedo ideal – o solo cheio de atividade biológica e matéria orgânica, e os predadores em equilíbrio com as pragas – é excelente, mas ainda é uma raridade, pelo menos por agora. O viticultor que está em conversão para o sistema de produção biológica poderá desistir por razões para além do seu controlo, outros continuarão em novas áreas. O produtor que esteja rodeado de áreas não biológicas ou de outro tipo de áreas que atuem como reservatório, terá de lutar contra as pragas e doenças que se deslocam para a sua produção, mesmo que esta esteja em equilíbrio. Isto quer dizer que o produtor necessita de formas não-tóxicas para lidar com os problemas, pelo menos até a situação ficar corrigida.Existem atualmente numerosas empresas que desenvolvem e vendem todo o tipo de insetos para luta biológica. Felizmente a internet simplificou muito a vida dos produtores, pois para encontrarem este tipo de produtos basta acederem a um computador. Uma das melhores fontes de informação é o Organic Materials Review Institute (OMRI). O seu site ( HYPERLINK http://www.omri.org www.omri.org) tem uma listagem de todos os produtos homologados e quem são os seus fabricantes/fornecedores.Existem várias estratégias para produzir uvas biológicas, isto é, sem usar substâncias tóxicas no controlo de pragas e doenças. No entanto, cada produtor terá uma abordagem diferente. A produção de uvas biológicas é um campo recente e em desenvolvimento muito rápido. Novas substâncias e novos métodos de controlo das pragas e doenças estão a desenvolver-se a um ritmo tão rápido que, em muitos casos, só é possível dar informação sobre uma pequena fração deles.

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Profissional de Técnico de Viticultura e Enologia

Nome: ______________________________________ Nº___ Tª____11º ano

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Produtos para controlar as doençasAo descobrir materiais não tóxicos para controlar as doenças das plantas, os investigadores e os produtores desenvolveram soluções interessantes. Alguns desses produtos formam barreiras físicas, outros são agentes biológicos que atacam as doenças e há ainda outros que, embora ligeiramente tóxicos (como o cobre), são aceitáveis em agricultura biológica desde que devidamente manuseados. Em muitos casos estas soluções mostraram ser também efetivas no controlo de pragas, e vêm a seguir descritas para mostrar que também tem aplicações no combate a certas doenças.

1- Soil GardÉ um fungicida para uso comercial composto por um fungo, Gliocladium virens. No solo, produz um antibiótico natural que controla o “damping off” (termo genérico que se utiliza para designar a ocorrência da morte das sementes, durante a fase de germinação ou já depois na fase de plântula) e alguns tipos de podridões radiculares (pythium, rhizoctonia, sclerotinia e fusarium).

2- Fungicida MycostopEste produto, ambientalmente seguro, contêm bactérias do solo vivas que colonizam as raízes das plantas, conferindo-lhes proteção contra fusarium, phomopsis, botrytis, phytophthora, e pythium. O Mycostop é adequado para uso em hortícolas, ervas e ornamentais.Uma vez que é um tratamento preventivo, deve ser utilizado na altura da sementeira ou na transplantação. Para inocular as sementes usa-se 4 gramas por 453 gramas de semente; para o solo ou para pulverizar as folhas, usa-se aproximadamente 5 gramas por cada 5,8 litros de água. Não misturar com pesticidas ou soluções com fertilizantes.

3- AQ-10Trata-se de um parasita natural do oídio que é vendido pela companhia Ecogen como um agente de controlo biológico para diferentes espécies de oídio, incluindo o das uvas. Penetra na parede celular das células do oídio que usa como hospedeiro para reproduzir mais esporos de Ampelomyces quisqualis. Este parasita pode-se espalhar através de uma colónia de oídio em 7 a 10 dias. Após 2 a 4 dias a colónia de oídio é destruída e o AQ assume uma forma dormente, esperando uma nova oportunidade. Nas uvas a oportunidade de tratamento é vital, e o AQ-10 deve ter oídio para se alimentar mas não em quantidade que não consiga superá-lo. O produtor deve aplicar o AQ-10 quando a percentagem de infeção na vinha não ultrapassa os 2-3%. Se a infeção é maior que este valor pode já não a conseguir controlar.

4- SerenadeÉ um agente biológico composto por uma estirpe de Bacillus subtilis, que ataca e se alimenta do oídio e do míldio, entre outros. Além das uvas, pode ser usado num grande número de frutos e outras culturas. Vem na forma de pó molhável que pode ser pulverizado.

5- Cobre, EnxofreEsta fórmula antiga de sulfato de cobre é normalmente misturada com cal hidratada para fazer a calda bordalesa. É usada contra a podridão negra, antracnose, míldio e outros.Um produtor no sistema de produção biológica deve evitar o uso de cobre e enxofre. Estes produtos são permitidos na maioria dos sistemas de produção biológica, no entanto, são elementos minerais que não se degradam, podendo acumular-se no solo. Nas quantidades usadas na maioria das pulverizações, a acumulação no solo pode

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demorar anos, mas dependendo do tipo de solo, pode aumentar o suficiente para afetar negativamente a vida microbiana e o pH do solo.

6- Fungicida à base de cobreEste fungicida patenteado é feito por uma combinação de fertilizante de cobre solúvel com um ácido gordo de ocorrência natural. O cobre e o ácido gordo combinam-se e formam um sal. Este fungicida de cobre controla as doenças mais frequentes usando concentrações baixas de cobre, menos de 90 partes por milhão (ppm). Desta mistura o resultado final é um excelente fungicida para hortícolas, frutos e ornamentais.

Doenças da vinha

A- OídioO Oídio (Uncinula necator) é uma doença das vinhas americanas que se espalhou para as regiões produtoras da Europa. Este fungo ataca todos os órgãos verdes da vinha, mas é mais visível nas folhas, espalhando-se mais tarde a outras partes da planta.

Sintomas: As infeções nas folhas surgem na página superior na forma de manchas que se podem revestir de um enfeltrado branco acinzentado. Mais tarde toda a superfície da folha fica coberta com o fungo. Se o ataque é muito intenso, a folha enrola-se tomando o aspeto enconchado. Estas folhas atacadas podem ficar necrosadas, murchar e cair. Os bagos afetados têm um aspeto acastanhado e cobrem-se duma camada pulverulenta abundante. As novas infeções dos cachos cessam quando o teor em açúcar atinge os 15%. O pedúnculo e os pedicelos dos cachos atacados ficam ressequidos e dão-se perdas consideráveis porque os bagos encarquilham e secam. A hibernação do fungo na forma de micélio ou de cleistotecas permanece como manchas escuras nas zonas que foram afetadas. A infeção dos cachos entre a floração-alimpa leva a uma perda acentuada de frutos, uma vez que a infeção à medida que se desenvolve provoca o fendilhamento dos bagos. Isto porque a epiderme do bago endurece, não acompanha o crescimento da polpa e rebenta a película. A infeção dos frutos reduz a qualidade do vinho deixando um sabor a “mofo”. A resistência depende das castas, não só na severidade dos ataques, mas também na localização das infeções e no tamanho das manchas nas folhas. As castas imunes não apresentam qualquer tipo de sintoma e as castas muito resistentes apresentam apenas uma pequena mancha no local onde o fungo germina, que chega não a aumentar de tamanho. As manchas variam desde pequenas colónias que crescem lentamente e com pouca esporulação até colónias que recobrem toda a superfície da folha. Mesmo nesta situação, algumas castas podem ter folhas completamente infetadas mas a planta no seu todo não apresentar muitos sintomas. Ao que tudo indica, esta situação depende da capacidade da planta bloquear a esporulação do fungo e a produção de infeções secundárias.

Meios de proteção: os meios de proteção devem ser aplicados no período pré-floração até ao fecho do cacho, especialmente se o tempo estiver húmido. Após o fecho dos cachos as infeções foliares são menos graves. Uma boa gestão das infeções tardias também reduz a pressão de infeções no ano seguinte, reduzindo o número de estruturas fúngicas de frutificação que hibernam e se tornam novas fontes de infeção na Primavera. Para um controlo eficaz do oídio, é necessário efetuar pulverizações quando os lançamentos apresentam um crescimento entre 2,5 a 5 cm (dependendo da chuva e da temperatura), não se devendo atrasar para além da pré-floração em qualquer casta. Níveis elevados de doença no ano anterior aumenta a pressão da doença na Primavera seguinte, logo, maior importância deve ser dada às pulverizações

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nesta fase. Manter esta proteção em Vitis vinifera e outras castas híbridas suscetíveis, até que a máxima qualidade dos frutos esteja assegurada, ajudando a prevenir a desfoliação prematura que impede a vinha de se preparar convenientemente para o Inverno. Uma ferramenta adicional para os produtores combaterem o oídio é o modelo de computador “Índice de risco do Oídio”, que fornece diariamente informação acerca do desenvolvimento da doença. Este modelo utiliza temperatura, humidade e parâmetros temporais, que permitem ao produtor prever a gravidade da doença num futuro próximo, determinar qual o fungicida mais eficaz e ainda saber o espaçamento entre aplicações. Com esta ferramenta, os produtores conseguem normalmente eliminar 2 a 3 aplicações de fungicida durante uma estação, e, mesmo assim, controlar a doença melhor do que antes. As práticas culturais que previnem e reduzem a gravidade dos ataques de oídio incluem:

Plantar em locais com boa circulação do ar e exposição solar; O sistema de condução deve ser orientado procurando evitar dificuldades de

arejamento e luminosidade; Utilizar castas híbridas com resistência ao oídio; Fungicidas recomendados: ZeroTol, OxiDate, M-Pede, Serenade, Black Leaf

Dusting Sulfur, Safer Garden Fungicide, AQ-10 Biofungicide, JMS Stylet-Oil, Kaligreen.

Se se usar apenas produtos à base de enxofre para controlar o oídio (pó, molhável ou dispersível) iniciam-se os tratamentos na rebentação até os lançamentos terem cerca de 5 cm de crescimento. Repetir as aplicações em intervalos de 10 dias se se tratar todas as linhas e em intervalos de 7 dias se se tratar linha sim - linha não. Tratar linha sim - linha não quer dizer que o trator vai passar nas entrelinhas alternadamente, ficando as linhas pulverizadas apenas de um lado. Com este método o produtor deve regular o pulverizador para que o tratamento atravesse a vegetação para o outro lado da linha. Tratar todas as linhas significa que o trator vai passar em todas as entrelinhas, e as linhas vão ser pulverizadas de ambos os lados.Repetir o tratamento se o enxofre for arrastado pela água de rega ou da chuva. Os tratamentos devem se descontinuados nas vinhas para vinho e para uva passa quando os frutos atingem os 12ºBrix (12g de açúcar por 100gdo suco da uva), mas devem ser continuados até à vindima nas uvas de mesa.

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B- Antracnose da vinha A antracnose (Elsinoe ampelina), é um fungo que pode causar danos consideráveis mas é fácil de controlar.

Sintomas: Os sintomas da antracnose nos frutos e nas folhas não são facilmente confundidos com os de outras doenças. O ataque de antracnose manifesta-se em todos os órgãos da vinha, mas os sintomas em cada um são fáceis de reconhecer.As infeções nos frutos apresentam pontuações negras (efeito “olho de pássaro”) que posteriormente aumentam de tamanho, com o centro branco-acinzentado e as margens castanho-avermelhado ou púrpura. Estas infeções normalmente provocam o fendilhamento dos bagos com o consequente apodrecimento. As lesões nos caules são idênticas na cor, manchas branco-acinzentadas com as margens escuras, que formam depressões. Se as lesões provocadas pela antracnose rodearem a extremidade de um

novo lançamento, este acaba por definhar. As folhas afetadas têm manchas deprimidas com as margens castanhas – escuro a preto e o centro cinza-claro. Mais tarde estas manchas secam, deixando o limbo com orifícios irregulares, que quando observadas ao longe dão à vinha um aspeto “esfarrapado”. As folhas jovens ficam deformadas e enrolam para a margem inferior, uma vez que a doença danifica apenas parte da margem foliar.

Meios de proteção: De preferência usar castas resistentes. Durante a poda, corta-se e remove-

se toda a madeira afetada. Durante o período de dormência a aplicação de uma calda de enxofre antes da rebentação dos gomos reduzirá muito a ameaça. Durante a estação de crescimento, faz-se a aplicação preventiva do fungicida com intervalos de 2 semanas a partir da rebentação até ao pintor. Retiram-se todos os lançamentos e cachos afetados, retira-se o material infetado da vinha e, durante o Outono, remexe-se o solo para retirar bagos afetados.Fungicidas recomendados: Calda de enxofre e pulverizações com cobre.

C- Podridão negra (Black rot)A podridão negra causada pelo agente Guignardia bidwellii, pode ser bastante prejudicial. Pode atacar todos os órgãos da planta, no entanto, o efeito mais devastador é nos frutos. Em regiões quentes e húmidas e em castas suscetíveis, se não for controlada, a podridão negra pode causar a perda completa da cultura.

Sintomas: As folhas são suscetíveis por cerca de uma semana após o seu desabrochar. As manchas circulares vermelho-acastanhadas surgem como primeiramente na folha. Após alguns dias surgem no

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centro da mancha umas áreas bronzeadas e de seguida, umas pontuações negras (que são os picnídios) que formam um anel no interior da mancha. As folhas acabam por murchar devido às pústulas negras e alongadas que surgem no pecíolo. As mesmas lesões nos lançamentos novos, enfraquecem-nos, de maneira que estes podem partir facilmente pela ação do vento. Os bagos ficam castanhos e finalmente acabam por ficar castanho-escuro, ou mesmo negros, acabando por secar e enrugar-se e com os picnídios a desenvolver-se à superfície.

Meios de proteção: Para os agricultores biológicos a primeira estratégia é plantar castas resistentes à doença. Isto deve ser acompanhado de práticas culturais que mantêm a vinha arejada para que esta seque rapidamente. Por outro lado, observações cuidadosas e a remoção imediata de bagos e folhas infetadas, minimiza o alastramento da doença. Quando as castas são suscetíveis, deve-se aplicar os fungicidas cedo para bloquear a infeção antes dela avançar. A madeira de poda infetada e os bagos “mumificados” devem ser compostados ou enterrados antes de se iniciar o crescimento. Uma forma de lidar com a queda de bagos infetados sem perturbar o solo, é utilizando um mulch, por exemplo um composto, onde os bagos vão ficar tapados, e assim, fica bloqueada a libertação de esporos. Com base nas variações do tempo e na severidade da doença no ano anterior, deve se iniciar a aplicação de fungicidas preventivos quando os lançamentos têm entre 7,5 e 12,5 cm. Continuar a aplicar o fungicida, em intervalos de 10 a 14 dias, até que os bagos tenham cerca de 6 mm de diâmetro. Neste ponto podem-se suspender os meios de proteção contra a doença, se esta estiver bem controlada.Fungicidas recomendados: Calda de enxofre e pulverizações com cobre.

D- MíldioO míldio da vinha (Plasmopara viticola) é nativo da América e foi acidentalmente introduzido na Europa na década de 1970. Atualmente, o míldio pode ser encontrado em qualquer lugar suficientemente quente e húmido durante a estação de crescimento. A resistência varia muito, sendo a Vitis vinifera a espécie mais suscetível. A Muscandia rotundifólia e algumas formas de V. aestivalis possuem grande resistência.

Sintomas: O fungo entra através dos estomas e ataca todas as partes verdes da planta. As lesões são zonas amarelas e translúcidas (“mancha de óleo”) que aparecem na página superior da folha 7 a 12 dias após a infeção, e posteriormente, ficam necrosadas. Na página inferior da folha surgem manchas brancas, pulverulentas com o aspeto de poeira branca coincidentes com as manchas na página superior. Quando os ataques de míldio são intensos pode verificar-se o dessecamento das folhas, causando mais ou menos desfoliação dos pâmpanos. Esta desfoliação pode ser grave porque pode afetar os gomos hibernados tornando-os mais suscetíveis aos danos provocados pelo Inverno. As lesões nas folhas velhas no final do Verão apresentam-se na forma de manchas oleadas e delimitadas pelas nervuras das folhas. Com a idade todas as lesões ficam necrosadas. Os lançamentos e o ráquis quando são infetados podem ficar deformados, curvados e cobertos de um bolor branco. Os bagos apresentam-se castanhos e eventualmente murchos, assim como várias partes da planta que podem murchar e morrer. Os bagos novos quando infetados ficam completamente cobertos de um pó branco do desenvolvimento do micélio do fungo. Estes sintomas podem fazer lembrar o oídio, particularmente quando o tempo está húmido ou quando há orvalho. Quando os bagos envelhecem, os estomas deixam de funcionar e deixa de haver novas infeções nos tecidos saudáveis. Mais tarde, os bagos enrugam, dessecam ficando esverdeados a avermelhados e quando destacados do engaço deixam uma cicatriz seca.

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Meios de proteção: A chuva e a humidade relativa são os fatores determinantes para o início das infeções de míldio, por isso, a primeira linha de defesa deve ser a promoção de práticas culturais que melhorem a drenagem do solo e a circulação do ar através da vinha e das plantas individualmente. Desenvolver a estrutura do solo através da aplicação de matéria orgânica na forma de compostos e fazendo inoculação com micorrizas, reduz muito a estagnação de água na vinha e ajudam a promover uma vinha mais saudável. As aplicações de compostos como mulch no início da Primavera, irá “enterrar” o inóculo e assim reduzir a incidência da doença. A aplicação de algum tipo de fungicida será necessária nas vinhas em conversão, à exceção das castas mais resistentes. Em V. vinifera e outras cultivares altamente suscetíveis, deve aplicar fungicida 2 a 3 semanas antes da floração, durante a floração se esta for lenta, 10 a 14 dias após a floração e renovar as aplicações em intervalos de 10 a 14 dias até ao pintor. Em variedades menos suscetíveis as pulverizações podem iniciar- se imediatamente antes da floração. Em último caso, deve basear a aplicação do fungicida nas condições climáticas. Se as condições não são favoráveis à doença (por exemplo, tempo seco), o intervalo entre tratamentos pode ser alargado.Fungicidas recomendados: ZeroTol, Serenade, Trichidex, sulfato de cobre a 50%, calda bordalesa, cobre em pó como o Kocide.

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inflorescência em forma de gancho mancha de óleo na página superior

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E- Escoriose A Escoriose (Phomopsis vitícola ) pode ser facilmente confundida com a antracnose, pois em determinada fase, os sintomas são muito semelhantes.

Sintomas: A escoriose manifesta-se principalmente na base dos ramos do ano, apresentando os seguintes sintomas: necroses fusiformes ou arredondadas escuras, rachaduras e escoriações superficiais da casca. No outono, os ramos poderão se tornar esbranquiçados a partir da sua base e conter pequenos pontos negros que são os picnídios do fungo. Os ataques podem ocorrer nas nervuras principais de folhas jovens, pecíolos e pedúnculo. No limbo foliar, forma manchas arredondadas de 3 a 15 mm de diâmetro, sendo escuras no centro e amarelas (cloróticas) na periferia. Os ramos de ano podem partir facilmente devido ao intumescimento verificado na sua inserção. Devido à morte das gemas basais, a poda tem que ser realizada na parte mediana do ramo, o que distancia muito a produção da cepa, causando um desequilíbrio da planta.

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Meios de Proteção: No inverno, reduzir o inóculo pela remoção e destruição dos ramos doentes e/ou tratamento com calda sulfocálcica antes do início da brotação. Na primavera, o controle deve ser realizado nos estádios iniciais da brotação, por ser a fase mais sensível da planta, e é nesta época que as condições climáticas são mais favoráveis ao patógeno. Sendo recomendados tratamentos nos estádios ponta verde e duas a três folhas separadas, com os fungicidas homologados para a doença.

F- Podridão do cacho, Podridão cinzenta ou Botritis, A Podridão Cinzenta (Botrytis cinérea) existe em todos os países vitícolas do mundo, reduzindo qualitativa e quantitativamente a produção. É considerada a mais importante das podridões do cacho. As perdas podem ser significativas nas cultivares viníferas, especialmente nas de cacho compacto.

Sintomas: Os sintomas são observados principalmente nos cachos. Nas folhas, os sintomas ocorrem na forma de lesões acinzentadas-escuras, mas são pouco frequentes em condições de campo. Os primeiros sintomas ocorrem na primavera e são microscópicos. Na floração, o estilete floral é infetado, o fungo invade a baga, permanecendo latente durante o desenvolvimento da mesma, só aparecendo os

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sintomas no início da maturação. A podridão do cacho inicia-se com uma simples baga que se torna acinzentada e apodrece, produzindo visível massa de esporos. Quando a película da baga racha, o mosto da uva escorre sobre o cacho produzindo a característica aparência de mofo cinzento devido à esporulação do fungo. Se o ataque se der pelo pedúnculo ou pedicelo, ocorre a podridão peduncular, responsável pela queda prematura dos cachos ou parte deles. A esporulação é mais intensa em condições de alta humidade. Nas estacas armazenadas pode ocorrer o ataque do fungo, produzindo um micélio esbranquiçado com aspeto de "teia de aranha", podendo também haver a formação de escleródios escuros na superfície dos ramos.

Meios de Proteção: A podridão cinzenta pode ser reduzida por meio de algumas medidas que integradas aumentam a eficácia do controle. São elas: evitar cultivares de cacho compacto; adotar espaçamentos que proporcionem uma boa aeração e insolação; controlar a adubação azotada; colher todos os cachos, evitando assim que eles mumifiquem no pé; proporcionar um bom distanciamento entre os cachos, deixando-os livres; realizar a poda verde (desfolha, desnetamento e desladroamento); tratar com fungicidas homologados, e recomendados nas épocas de maior suscetibilidade, nos estádios 50% das flores abertas, frutificação e início da maturação.

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G- EutipioseA Eutipiose é provocada por um fungo denominado por Eutypa lata, que entra na videira através de feridas recentes, como as feridas da poda. A propagação da doença é assegurada por ascósporos produzidos em peritecas que se desenvolveram sobre a madeira morta. Podem existir peritecas férteis na madeira morta durante 5 anos. A expulsão dos ascósporos das peritecas ocorre durante a queda de precipitação ou logo a seguir, enquanto que o vento se encarrega de os transportar a distâncias que podem atingir os 60 Kms. Os ascósporos penetram na planta através de feridas de poda ou acidentais recentes, podendo germinar entre os 22 e os 25ºC permanecendo viáveis durante 2 meses.

Sintomas: As cepas atacadas apresentam sintomas semelhantes aos do nó curto, os jovens pâmpanos desenvolvidos a partir de um sarmento infetado têm um aspeto anão, deformado e com entrenós curtos. O aparecimento dos sintomas pode ocorrer em todos os ramos da videira ou apenas num deles. As folhas são mais pequenas que o normal, cloróticas, enroladas, deformadas, com um aspeto esfarrapado. Nos casos mais graves podem apresentar necroses marginais, secando completamente e originando uma desfoliação precoce. As inflorescências têm um aspeto normal até à floração, mas apresentam uma fraca taxa de vingamento, geralmente os cachos que vingam, secam durante o Verão. O corte longitudinal de um braço infetado apresenta uma ou várias necroses, cada uma teve início numa ferida de poda ou acidental, que se dirigem ao cilindro central, na forma de cunha bem delimitada, de consistência dura e coloração castanha-acinzentada a cinza mais ou menos arroxeada dependendo das castas. A necrose desce ao longo do tronco podendo atingir o porta-enxerto. É frequente o aparecimento de ladrões e de rebentos em madeira velha próxima do solo, nas zonas não afetadas pelo fungo. A eutipiose é uma doença de evolução lenta, só se manifesta nos órgãos verdes quando metade da secção do tronco se encontra destruída. A gravidade dos sintomas aumenta de ano para ano. A morte do braço atacado ou da cepa ocorre 3 a 5 anos após o aparecimento dos primeiros sintomas.

Meios de Proteção: A estratégia de proteção deve ser essencialmente preventiva:- Não utilizar em novas plantações material proveniente de vinhas infetadas;- Evitar podas precoces;- Não podar logo após a queda de precipitação;- Limitar o tamanho e número de cortes de poda;- Desinfetar feridas de poda com um fungicida imediatamente a seguir ao corte;- Retirar para fora da vinha e queimar o material infetado.

H- Doenças bacterianas (Cancro do colo) É uma doença bacteriana que ocorre por todo o mundo e ataca um grande número de plantas (acima de 600 espécies). A espécie V. vinifera é das mais suscetíveis à doença, com alguma variação nos níveis de suscetibilidade e resistência. A doença caracteriza-se por tumores na zona do colo, junto à raiz, e pela proliferação anormal de tecidos que

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pode atingir a raiz, tronco e braços da planta; estas protuberâncias lenhificam e endurecem (“galhas”), encontrando-se a maioria na parte inferior do tronco, perto da linha do solo. Em alguns casos, as “galhas” formam-se rapidamente e chegam a cercar um tronco jovem em apenas uma estação. As “galhas” nas raízes podem interromper a normal circulação de água e nutrientes para a videira, debilitando a planta e, em algumas situações, levando mesmo à morte da planta. Estas excrescências são mais comuns em condições em que há danos na madeira, como por exemplo, em zonas em que a planta pode ser danificada pelo frio ou durante os amanhos da vinha em que podem ocorrer ferimentos nas plantas.

Sintomas: O sintoma mais óbvio do cancro do colo é o aparecimento dos tumores do colo escuros, endurecidos e rugosos. A maioria dos tumores ocorre junto à linha do solo, no colo da videira, mas também podem surgir nos lançamentos e nas raízes. As “galhas” da raiz podem-se manifestar por um abrandamento e enfraquecimento no crescimento da vinha. Se o tumor cercar completamente o tronco, a vinha pode morrer acima desse ponto. Neste caso, se a vinha têm o seu próprio sistema radicular, pode ser salva conduzindo um novo lançamento proveniente da zona abaixo do tumor.

Meios de proteção: A doença pode ser evitada se o material usado na plantação estiver são e se o solo não teve anteriormente vinha. A bactéria pode ser controlada quimicamente uma vez que reside no solo. Na plantação de novas vinhas, retira-se qualquer videira com tumores. Na vinha estabelecida, cortam-se as vinhas infetadas de preferência abaixo do nível da galha. A enxertia pode resultar na formação de “galhas”, especialmente nas enxertias de campo, onde o tronco é cortado para permitir a saída de seiva, de maneira que a planta não “empurre” o enxerto. Curiosamente muitos produtores têm relatado que as galhas produzidas em resultado de enxertias, tendem a ser rejeitadas pela videira. Atualmente, há apenas um controlo biológico disponível, que é o Agrobacterium radiobacter, vendido como Galltrol. Quando se usa este produto para mergulhar os cortes antes do enraizamento, o controlo das “galhas” é superior a 90%, enquanto que o seu efeito como curativo é irregular.Esta é também uma situação, em que o desenvolvimento de uma cadeia alimentar no solo tem os seus benefícios, por um lado impedindo a bactéria de entrar na planta e, por outro lado, permitindo uma inoculação natural de A. radiobacter.

Galha na região da enxertia causada por Agrobacterium vitis

I- EscaÉ uma das doenças do lenho da videira, causada por um complexo de fungos. Alguns responsáveis pela destruição dos tecidos, “fungos precursores” que abrem caminho a outros - “fungos da esca” - que destroem as celuloses e hemiceluloses e libertam compostos fenólicos. A esca associada à eutipiose e à escoriose, constituem o chamado “complexo degenerativo do lenho da videira”.Sintomas: Esta doença pode assumir duas formas: Apoplexia – seca muito rápida (em alguns dias) das folhas, dos

cachos ou mesmo da cepa.

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Forma lenta – folhas com manchas marginais descoradas e necrosadas entre as nervuras. Bagos com pontuações necrosadas arroxeadas. No tronco surgem necroses brancas e esponjosas.

Meios de Proteção: Deve ser privilegiada uma estratégia preventiva usando material vegetativo são, evitar grandes feridas na poda, desinfetar o material de poda, queimar a lenha de poda infetada e efetuar um tratamento fungicida imediatamente após a poda.

J- Doenças por vírusAs doenças provocadas por vírus são difíceis de quantificar na vinha. Alguns vírus infetam a vinha aparentemente sem danificar ou mesmo afetar a planta, produzindo apenas sintomas quando a planta infetada é enxertada numa segunda planta mais sensível ao vírus. Outras plantas infetadas com vírus apresentam-se muito vigorosas mas pouco produtivas.Durante pelo menos um século, acreditou-se que a única maneira de espalhar os vírus era quando se obtinha uma nova planta à custa de um enxerto infetado. Atualmente, sabe-se que os nematodes e alguns insetos sugadores podem difundir os vírus a um ritmo lento. No entanto, embora a taxa de difusão de um vírus seja lenta e, por isso, a presença de uma planta infetada não seja motivo de grande preocupação, as plantas infectas devem ser destruídas para evitar que sejam usadas para enxertos, difundindo os vírus para vinhas saudáveis.Atualmente, a melhor “cura” é usar material que se saiba isento de vírus, ou, pelo menos, livre de sintomas e capaz de produzir boas colheitas.

1. Explica o que significa a expressão: “o aparecimento de uma praga nunca é uma ocorrência solitária”.

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2. Muitas espécies de insetos predadores são criados e vendidos comercialmente. Refere uma das regras mais importantes na aplicação destes predadores.

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Deformação dos ramos causada pela virose da

degenerescência

Bifurcação do ramo causada pela virose da degenerescência

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2.1. Refere a consequência se essa regra não for respeitada.__________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Refere qual a primeira linha de defesa se se encontrar pragas de insetos na vinha.

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4. Refere o que é considerado como o vinhedo ideal.____________________________________________________________________________________________________________________________________________

5. Existem atualmente numerosas empresas que desenvolvem e vendem todo o tipo de insetos para luta biológica. Refere a melhor fonte de informação na internet com listagens de todos os produtos homologados e fabricantes/fornecedores.

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5.1. Indica o seu site na internet.________________________________________________________________

6. Relativamente aos produtos atualmente existentes para controlar as doenças, refere: 6.1. no que consiste o Soil Gard.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6.1.1. o que é o “damping off”. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

6.2. no que consiste o fungicida Mycostop.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6.3. em que culturas é utilizado o fungicida Mycostop._________________________________________________________________

6.4. qual a dose recomendada do fungicida Mycostop.__________________________________________________________________________________________________________________________________

6.5. o que é o AQ-10._________________________________________________________________

6.6. a partir de que nível de infeção na vinha deixa o AQ-10 deixa de fazer efeito._________________________________________________________________

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6.7. no que consiste o Serenade.__________________________________________________________________________________________________________________________________

6.8. em que formulações se vende o Serenade._________________________________________________________________

6.9. como se prepara a calda bordalesa.__________________________________________________________________________________________________________________________________

6.10. porque deve o viticultor evitar o uso de cobre e enxofre. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6.11. em que tipo de culturas se utiliza o fungicida à base de cobre concentrações baixas de cobre, menos de 90 partes por milhão (ppm)._________________________________________________________________

6.12. as culturas em que se utiliza o fungicida à base de cobre._________________________________________________________________

7. Relativamente ao Oídio, indica:7.1. o agente patogénico._________________________________________________________________

7.2. os sintomas nos bagos.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7.3. a partir de que teor de açúcar terminam as infeções dos bagos._________________________________________________________________

7.4. sob que forma hiberna o fungo._________________________________________________________________

7.5. as práticas culturais que previnem e reduzem a gravidade dos ataques de oídio.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7.6. três fungicidas recomendados._________________________________________________________________

7.7. como deve ser feita a estimativa de risco na primavera/verão.__________________________________________________________________________________________________________________________________

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Page 18: Ficha de Trabalho 8 Proteção Fitossanitária 1 Luta Contra as Doenças

8. Relativamente à Antracnose da vinha, indica:8.1. o agente patogénico._________________________________________________________________

8.2. os sintomas nos bagos._____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

8.3. os sintomas folhas.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

8.4. os meios de proteção._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

8.5. os fungicidas recomendados._________________________________________________________________

9. Relativamente à Podridão Negra, indica:9.1. o agente patogénico._________________________________________________________________

9.2. o clima favorável ao desenvolvimento da doença._________________________________________________________________

9.3. os sintomas nos bagos._____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

9.4. os sintomas nas folhas._____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

9.5. a primeira estratégia de proteção contra a doença._________________________________________________________________

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9.6. o que deve ser feito à madeira de poda infetada e aos bagos “mumificados”._________________________________________________________________

9.7. uma forma de lidar com a queda de bagos infetados sem perturbar o solo.__________________________________________________________________________________________________________________________________

9.8. com base nas variações do tempo e na severidade da doença no ano anterior, quando se deve iniciar a aplicação de fungicidas preventivos._________________________________________________________________

9.9. até quando se deve continuar com o tratamento com o fungicida.__________________________________________________________________________________________________________________________________

9.10. quais os fungicidas recomendados._________________________________________________________________

10. Relativamente ao Míldio, indica:10.1. o agente patogénico._________________________________________________________________

10.2. os sintomas nas folhas._____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

10.3. a vantagem da aplicação de compostos como mulch no início da primavera._________________________________________________________________

10.4. os fungicidas recomendados.__________________________________________________________________________________________________________________________________

10.5. no que consiste o período de incubação da doença.__________________________________________________________________________________________________________________________________

10.6. a luta cultural recomendada.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

11. Relativamente à Escoriose, indica:11.1. o agente patogénico._________________________________________________________________

11.2. com que outra doença se confunde por os primeiros sintomas serem muito semelhantes.

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11.3. os sintomas nos ramos.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

11.4. em que estádios de desenvolvimento da videira são recomendados os tratamentos com os fungicidas homologados._________________________________________________________________

11.5. como pode ser facilmente identificado o fungo na primavera.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

11.6. a luta cultural recomendada._____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

12. Relativamente à Podridão Cinzenta, indica:12.1. o agente patogénico._________________________________________________________________

12.2. os sintomas nos cachos._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

12.3. como deve ser feita a estimativa de risco desde a saída das folhas até à maturação.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13. Relativamente à Eutipiose, indica:13.1. o agente patogénico._________________________________________________________________

13.2. quanto anos sobrevive o fungo na madeira morta infetada._________________________________________________________________

13.3. por onde penetram os ascósporos na videira.

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13.4. os sintomas nos ramos._____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13.5. quanto tempo demora a cepa a morrer desde o aparecimento dos primeiros sintomas._________________________________________________________________

13.6. quatro meios de proteção recomendados.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

14. Relativamente ao cancro do colo, indica:14.1. o tipo de agente patogénico._________________________________________________________________

14.2. em que local surgem as protuberâncias lenhificadas e endurecidas (“galhas”).__________________________________________________________________________________________________________________________________

14.3. o problema de surgirem “galhas” nas raízes. ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

14.4. em que situações são mais comuns estas excrescências.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

14.5. o sintoma mais evidente do cancro do colo.__________________________________________________________________________________________________________________________________

14.6. como pode ser salva a videira com o seu próprio sistema radicular.__________________________________________________________________________________________________________________________________

14.7. como pode ser evitada a doença se o solo não teve anteriormente vinha.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

14.8.o meio de proteção nas vinhas estabelecidas.__________________________________________________________________________________________________________________________________

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14.9. o controlo biológico disponível._________________________________________________________________

14.9.1. como se deve realizar esse controlo biológico. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________

15. Relativamente à Esca, indica:15.1. a diferença entre os fungos percursores e os fungos da Esca._____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

15.2. o que tem esta doença em comum com a Escariose e a Eutipiose.__________________________________________________________________________________________________________________________________

15.3. os sintomas na forma apoplética.__________________________________________________________________________________________________________________________________

15.4. os sintomas na forma lenta.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

15.5. os meios de proteção._____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

16. Relativamente às doenças provocadas por vírus, indica: 16.1. os três sintomas típicos de viroses na vinha. _________________________________________________________________

16.2. os dois principais meios de transmissão de vírus nas plantas. _________________________________________________________________ _________________________________________________________________

16.3. o nome de uma viroses._________________________________________________________________

16.4. as duas formas gerais de controlo das viroses.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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