ficha de leitura a criança e a máquina
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como os computadores colocam a educação de nossos filhos em risco.TRANSCRIPT
AUTOR: Alison Armstrong e Charles Casement
LIVRO: A criança e a Máquina: como os computadores colocam a educação de nossos filhos em risco.
EDITORA: Artmed
EDIÇÃO 1a P.: 248 ANO: 2001
ESTADO: RS
PÁGINA
14 Os computadores e seus programas são de fato essenciais para a
educação infantil? O que podemos esperar que elas ganhem com
isso? O que elas podem perder? Essas questões não apenas
permanecem sem resposta, como também a maior parte delas
nunca foi sequer proposta.
19 Mais de 50% das casas norte-americanas atualmente possuem um
computador (número que era aproximadamente 30% em 1995), e
os índices são ainda maiores em famílias com uma renda anual
acima de 50 mil dólares.
22 Alguns dizem que o computador é apenas uma ferramenta que
pode ser usada de forma boa e má, mas essa visão ignora o fato
de que, como qualquer outra ferramenta, os computadores não
são neutros quanto ao efeito que tem sobre as pessoas que os
utilizam, criando suas próprias condições de exploração para seu
uso.
22 Quando as crianças aprendem a usar o computador, elas não estão
apenas aprendendo uma técnica, e sim mudando suas próprias
relações com o mundo ao seu redor.
27 ...milhões de pais pretendem preparar seus filhos para educação
eletrônica e precipitam-se em comprar programas para seus bebes
e inscrever crianças em idade pré-escolar em cursos de
informática.
33 Certamente, a Celebrastion School não representa a história de
como a maioria das crianças são educadas nos Estados Unidos;
ela é uma rara exceção: uma escola com muito dinheiro, com
muitos professores e com treinamento. Ela ainda serve para
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ressaltar a realidade da maioria das outras escolas norte-
americanas: o dinheiro, a equipe e o tempo para implantar um
sistema de educação com computadores simplesmente não
existem.
43 Um problema particularmente inquietante é o declínio dos
recursos para materiais de biblioteca – livros e periódicos. Os
administradores justificam os cortes orçamentários em bibliotecas
dizendo eu os livros logo serão abandonados e que os alunos
podem conseguir todas as informações de que necessitam através
de enciclopédias eletrônicas na internet.
46 A primeira tentativa de informatizar as salas de aula nos anos 70
foi considerada um amplo fracasso por várias razões, sendo a
primeira delas o fato de tão pouca atenção haver sido dada ao
treinamento de professores. Corre-se o perigo de que o mesmo
erro esteja sendo repetido.
49 O uso da metáfora de cérebro como um computador na
linguagem cotidiana pode não ser, sem si, uma questão para
preocupação, mas pode ser visto com o sintoma de uma tendência
mais preocupante – a de igualar a capacidade intelectual com o
domínio de habilidades técnicas.
57 Essa filosofia mais rápida e mais esperta está no centro do ensino
por computador: seu objetivo é catapultar as crianças ao mundo
adulto o mais cedo possível. Através das maravilhas da
informática, jovens mentes serão capazes de saltar sobre os
entediantes obstáculos do aprendizado infantil para tornarem-se
membros integrais da cultura cibernética que seus pais abraçam
com tanta vontade. Longe de ser “a máquina da criança”, o
computador é muito mais uma parte da agenda adulta.