fiabilidade
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Estatística e Fiabilidade Aplicada à
SHST
Márcia Marques 2012 1
FIABILIDADE
Fiabilidade – o que é?......
Palavras relacionadas com fiabilidade (grupos)
Fiabilidade
Ramo da estatística que se ocupa da
Segurança de Funcionamento de produtos
e equipamentos industriais.
Fiabilidade
Um sistema, um equipamento ou um
simples componente é concebido
para cumprir uma determinada
missão com eficácia dentro de
certas restrições técnicas,
ergonómicas e económicas
Estatística e Fiabilidade Aplicada à
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Fiabilidade
Como não existem sistemas
perfeitos…..
Admite-se que o sistema não dura
sempre, durante o seu período de
vida útil encontrar-se-á inoperacional
parte do tempo, em resultado da
ocorrência de falhas
EFICÁCIA
ERGONOMIA
PRODUTIVIDADE
CONFIABILIDADE
PERFORMANCES
TÉCNICA
Eficácia =
Confiabilidade
+
Ergonomia
+
Produtividade
+
Performances Técnicas
Eficácia
Eficácia
Confiabilidade: aptidão para continuar em serviço
Ergonomia: aptidão para a utilização em condições seguras de conforto.
Produtividade: aptidão para o valor máximo e o custo mínimo
Performances Técnicas: aptidão para o desempenho das funções.
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Eficácia
Eficácia - alcançar os resultados
planeados. alcançar os objetivos, alcançar a
meta.
Obs.: Não confundir com eficiência, que é o
alcance da eficácia com o menor recurso
possível. Só tem sentido falar de eficiência
se a eficácia foi alcançada.
EFICÁCIA
ERGONOMIA
PRODUTIVIDADE
CONFIABILIDADE
PERFORMANCES
TÉCNICA
DURABILIDADE
DISPONIBILIDADE
Confiabilidade =
Durabilidade + Disponibilidade
Confiabilidade: garantia ou grau de confiança de que um determinado sistema permanecerá disponível em serviço ao longo de um certo período (vida útil)
Confiabilidade
Durabilidade: tempo de vida útil do equipamento.
Disponibilidade: probabilidade de o equipamento estar em bom funcionamento no instante t.
A disponibilidade e a durabilidade são características dependentes da concepção e dos materiais usados, e são fixadas durante a fase de projecto.
Aumentar a disponibilidade de um equipamento consiste em reduzir o seu número de paragens ( confiabilidade) e o tempo gasto para resolver o problema( manutibilidade).
Durabilidade e Disponibilidade
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Durabilidade e disponibilidade são características dependentes da conceção e dos materiais usados
São fixadas durante a fase de projecto
Durabilidadelongevidade
Disponibilidade comportamento em vida de um sistema
Dependem de características mensuráveis: fiabilidade, manutenibilidade, manutenção
EFICÁCIA
ERGONOMIA
PRODUTIVIDADE
CONFIABILIDADE
PERFORMANCES
TÉCNICA
DURABILIDADE
DISPONIBILIDADE
FIABILIDADE
MANUTIBILIDADE
MANUTENÇÃO
Manutenibilidade é a característica de um
projecto relativa à capacidade de um
equipamento ser recolocado nas condições
originais, a cada vez que haja necessidade de
manutenção.
Manutenção é a acção física executada pelos
técnicos para que a recolocação nos níveis
originais seja conseguida.
Manutenibilidade e Manutenção
Se um sistema tem…………
• boas características de manutenibilidade,
• beneficiar de uma manutenção eficaz
as avarias são rapidamente remediadas e as
consequências mínimas
Mas se o sistema for altamente fiável mas
• com insuficientes características de
manutenibilidade e
• deficiente manutenção
então sofrerá avarias de consequências graves
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Fiabilidade é a probabilidade de um
equipamento funcionar satisfatoriamente (isto é,
cumprindo a função requerida) durante um certo
intervalo de tempo e sob condições especificas.
Ou seja, a FIABILIDADE, é a probabilidade de
operação sem falha.
Fiabilidade
A Fiabilidade exprime o grau de confiança que podemos depositar na acção de objectos falíveis.
Um equipamento fiável é um equipamento “ em que se pode confiar”.
Fiabilidade
Em resumo…..
Conceitos vistos….
Eficácia, durabilidade, disponibilidade, ….
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• Componente: peça simples
• Órgão: vários componentes formando um dispositivo de
complexidade média.
Fiabilidade – designações a utilizar
• Equipamento: vários órgãos formando um conjunto
complexo.
• Sistema ou Instalação: vários equipamentos formando
um conjunto complexo.
• Serviço – conjunto complexo de pessoas, equipamentos
e informação integrados e sincronizados de acordo com
as regras previamente definidas por uma organização
(sistema de gestão)
Exemplos para cada uma destas designações
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Fases do ciclo de vida de um produto
• Conceção
• Construção (fabrico)
• Exploração
• Desactivação (eliminação) – reciclagem,
reutilizando os materiais incorporados
Custo do ciclo de vida = Custo total
Custo total de um produto
Para o utilizador o Custo Global engloba:
Custo da aquisição / instalação
Custo de manutenção
Custo de desactivação
Custo de eliminação (reciclagem)
Decisões • Na fase de selecção: Analisar previsivelmente a
rentabilidade do investimento e selecionar a melhor
alternativa
• Na fase de exploração: Selecionar as melhores politicas
de manutenção e eventualmente, decidir sobre alterações
de conceção
• Na fase de desactivação: Analisar o melhor momento
para concretizar o desinvestimento (ou a substituição)
Estas decisões recorrem aos conceitos de: fiabilidade,
manutenbilidade, …
Fiabilidade resulta de ……..
• Da conceção
• Da qualidade de fabrico do sistema
(características intrínsecas)
• Das condições de carga e ambientais em
que decorrerá a sua operação
(características extrínsecas)
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Fiabilidade Intrínseca e Fiabilidade
Extrínseca
O conhecimento da fiabilidade não nos garante que um determinado equipamento funcionará sem falhar durante um determinado intervalo de tempo, mas unicamente a probabilidade do equipamento não falhar nesse intervalo de tempo (ou que, em média, um certo número de avarias ocorrerá, durante esse intervalo).
Ou seja, o conhecimento da fiabilidade dá-nos o número de avarias que em média ocorrerá, durante um intervalo de tempo.
A informação necessária ao cálculo da fiabilidade pode obter-se a partir de duas fontes:
- os fabricantes Fiabilidade intrínseca
- os utilizadores Fiabilidade extrínseca
Fiabilidade Intrínseca
Os fabricantes podem determinar a fiabilidade de um equipamento a partir de ensaios normalizados. O resultado obtido é independente da aplicação real.
Esta fiabilidade denomina-se:
- Fiabilidade inerente OU
- Fiabilidade intrínseca OU
- Fiabilidade à saída de fábrica.
Esta fiabilidade resulta da qualidade
intrínseca do projecto ( determinante para o
nível de desempenho da função
objectivada).
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Fiabilidade Extrínseca
Os utilizadores podem determinar a fiabilidade de um equipamento a partir da experiência da sua aplicação (ou fornecer os dados ao fabricante, que os tratará estatisticamente) O resultado assim obtido depende inteiramente da aplicação real.
Esta fiabilidade denomina-se :
- fiabilidade demonstrada OU
- Fiabilidade extrínseca
Reveste-se de grande importância prática ,
pois constitui uma média obtida a partir de
grande número de aplicações diferentes e
durante um longo período.
É a probabilidade de sucesso (de não ocorrência de
falhas) dentro de um certo intervalo de tempo
R+F=1
R – Fiabilidade
F – Infiabilidade
R e F são complementares
Fiabilidade de um órgão
Se afirmarmos que a probabilidade de um equipamento operar sem falhar é de 75% em 1000horas.
Qual é a previsão de que esse equipamento possa funcionar sem falhar (n.º de operações sem falhas)?
E o n.º de operações com falhas?
R=?
F=?
Exercício 1
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- Sem falhas 75 vezes em cada 100 horas ( ou durante 750horas), OU
- Falhar 25 vezes em cada 100 horas ( ou durante 250 horas).
O mesmo é dizer , que durante 1000 horas:
- A fiabilidade (R) é igual a 0.75(ou 75%), e que
- A infiabilidade (F) é igual a 0.25 (ou 25%).
Resposta Exercício 1 Definição de Falha
• Falha da função requerida é a alteração ou
cessação da capacidade de um equipamento
realizar uma função requisitada.
OU SEJA,
• Degradação de um parâmetro de
funcionamento até um nível considerado
insatisfatório.
• Falha
Termo utilizado para equipamentos não –
reparáveis.
• Avaria
Termo utilizado para equipamentos
reparáveis.
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Tipos de falha
• Falha Funcional
1. Falha catastrófica
2. Falha por degradação
• Falha potencial
• Falha oculta
Falha Catastrófica
Acontece súbita e brutalmente, devido a uma
variação súbita de uma ou mais características
de um equipamento inutilizando-o.
Exemplo:
- Bomba: um motor gripar devido a uma fuga de óleo.
Falha por Degradação
Acontece lenta e progressivamente devido a uma variação progressiva de uma ou mais características de um equipamento, para além dos seus limites.
Este tipo de falhas podem ser evitadas através da aplicação de uma manutenção preventiva.
Exemplos
- Viatura: desregulação do carburador.
- Bomba: débito do caudal inferior ao mínimo exigido.
Exercicio 2
Um furo no pneu de uma viatura….
De que tipo de falha se trata?
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…..será só um dos tipos???....
Resposta Exercicio 2
Depende….
• Um furo devido a um prego ou uma pedra ----
falha catastrófica
• Um furo devido a ter sido atingida a
espessura mínima do relevo devido ao
desgaste progressivo pelo uso --- falha por
degradação
Consideremos uma máquina de embalar que
integra uma linha de enchimento de
refrigerantes….
Num determinado turno verifica-se a quebra de 6
garrafas em 1000 programadas…….
Ocorreu falha…. Ou não?
É necessário definir….
As funções requeridas de um equipamento
E
Os correspondentes valores de
desempenho
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As funções de um equipamento são:
• Capacidade de produção
• Qualidade de produção
• Nível de serviço ao cliente
• Questões ambientais
• Economia de operação
• Segurança
Funções de um equipamento
A cada uma destas funções devem ser
atribuídos valores limites aceitáveis
(máximo e mínimo)
Exercício 3
Uma máquina de embalar que integra uma linha de
enchimento de refrigerantes para o qual se encontra
especificada uma taxa de quebras de 0,5%...
1. Identifique o valor limite aceitável
2. Diga se se trata de um valor máximo ou mínimo
3. Diga qual a função do equipamento especificada
4. Quando é que se diz que a máquina falhou
Resposta ao Exercício 3
1. Em 1000 podem ser quebradas 5
2. Valor máximo
3. Qualidade de produção
4. Quando em 200 se quebrar 2, ou em 100 se quebrar 1
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Exercicio 4
Um máquina de impressão, para a qual se encontra
especificada uma velocidade de 100m/minuto
1. Identifique o valor limite aceitável
2. Diga se se trata de um valor máximo ou mínimo
3. Diga qual a função do equipamento especificada
4. Quando é que se diz que a máquina falhou
Resposta ao Exercício 4
1. 100m/minuto
2. Valor mínimo
3. Capacidade de produção
4. Quando num minuto imprimir 99m
Falha funcional
A falha resultará sempre da ultrapassagem
de limites mínimos ou máximos previamente
especificados para cada uma daquelas 6
funções.
Falha funcional - avaria
• Caso particular de falha (da função capacidade)
mas integra também a consequência: paragem
do equipamento
• Certas falhas de função não implicam
necessariamente a paragem do equipamento,
continuam em funcionamento degradado até
oportunidade de correção
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Falha potencial
• Condição física identificável que indica a
proximidade de uma falha funcional
• O tempo (horas, manobras, km, etc.) entre
estas pode mediar entre frações de
segundo até várias décadas
• Se for detetada a tempo pode não
redundar numa falha funcional (efeitos
evitados ou minimizados)
• Pode ser denunciada se se usar meios de
monotorização do estado de condição
Falha potencial - exemplos
• Pontos quentes no refratário de um forno
• Vibração de um rolamento
• Fendas numa parede
Falha oculta
• Verifica-se sobretudo em dispositivos de
proteção e alarme
• Só é noticiado durante uma inspeção
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Causas da falha de um órgão
• Erros de projecto
• Má seleção do material
• Defeitos de fabrico
• Manutenção inadequada (ou omissa)
• Sobrecargas em serviço
• Condições de ambiente imprevistas
Considerações sobre manutenção
O termo manutenção tem origem no vocabulário militar, cujo sentido era manter, nas unidades de combate, o efectivo e o material a um nível constante.
Na indústria, as unidades que nos
interessam são as unidades de produção, e
o combate é antes de mais (e acima) de
tudo económico.
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Segundo a Association Française de Normalisation (AFNOR), a manutenção é definida como o conjunto de acções que permitem manter ou restabelecer um bem dentro de um estado especifico, ou na medida para assegurar um serviço determinado.
Boa manutenção é, assim, assegurar essas operações a custo global mínimo.
Tipos de manutenção
• Manutenção Preventiva: manutenção efectuada
com intenção de reduzir a probabilidade de falha
de um bem ou a degradação de um serviço
prestado.
Ou seja, é uma intervenção prevista, preparada e
programada antes da data provável do
aparecimento de uma falha.
Manutenção para casos de degradação ou
progressiva.
• Manutenção Correctiva: manutenção realizada
após uma falha.
Ou seja, é uma intervenção para repor em
funcionamento o bem ou serviço prestado.
Manutenção para casos de falhas súbitas e
imprevisíveis.
• Combinação da probabilidade e das
consequências daocorrência de um
determinado acontecimento perigoso.
• Norma NP 4397:2001
• É a possibilidade de um trabalhador sofrer
um dano na suasaúde ou integridade física
provocada pelo trabalho.
Exemplos de man preventiva e de manutenção correctiva (grupos)
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Probabilidade
Quantificação sobrejectiva da incerteza para
suportar uma decisão
Risco
O risco é calculado pelo produto da probabilidade
de algo indesejável acontecer pelo valor
económico das consequências
R=Pf x C
• Combinação da probabilidade e das
consequências daocorrência de um determinado
acontecimento perigoso.
• Norma NP 4397:2001
• É a possibilidade de um trabalhador sofrer um
dano na suasaúde ou integridade física
provocada pelo trabalho.
No caso de um acidente de trabalho, aquele
valor será ainda multiplicado pela
probabilidade de exposição, probabilidade
de alguém se encontrar no local errado no
momento errado
R=(Pf X Pe) X C
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E ainda, pela probabilidade de reacção errada – se houver
tempo e meios para escapar às consequências
R=(Pf X Pr x Pr) X C
R – risco
Pf – probabilidade de falha
Pe – probabilidade de exposição
Pr – probabilidade de reação
C - consequências
Se um sistema não for alterado comportar-
se-á no futuro próximo de forma semelhante
à do passado recente
A probabilidade de ocorrência de um
determinado acontecimento será calculada
a partir do tratamento em frequência dos
acontecimentos semelhantes passados
A frequência de acontecimentos observados
e a
Probabilidade de estes se voltarem a verificar
Estão directamente relacionados
Cálculo de probabilidades
Lei de Laplace
P = n.º de casos favoráveis / n.º de casos
possíveis
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Exercício 4
Se em resultado de um teste de de vida de 100 lâmpadas
iguais, 20 falharam até às 2000 horas
Qual a probabilidade de uma lâmpada poder falhar até às
2000 horas?
E de sobreviver?
Resposta Exercício 4
Pela lei de Laplace
Pfalhar=20/100=0,2
Como P(A)=1-P(NA)
Psobreviver= 1-0,2=0,8
E quando não existe informação histórica……
A probabilidade de um acontecimento futuro é estimada
com base em:
• Experiências de sistemas semelhantes
• Em testes de vida acelerada
• Simulação em computador da interação entre diversas
variáveis
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Calculo da fiabilidade
A informação para o cálculo da fiabilidade:
• Os fabricantes
• Os utilizadores
• Bases de dados públicas
Os fabricantes
• Determinam a fiabilidade de um órgão a
partir de ensaios normalizados
• Os resultados são independentes das
aplicações reais
• Denomina-se fiabilidade inerente ou
intrínseca ou à saída de fábrica
Os utilizadores
• Determinam a fiabilidade de um órgão a partir da
sua aplicação
• Os resultados obtidos são disponibilizados a
uma rede de utilizadores, através dos fabricantes
• Denomina-se fiabilidade demonstrada ou
extrínseca
• É uma média obtida a partir de um grande
número de aplicações diferentes e por um
período longo
Tipos de sistemas
• Reparáveis
• Não reparáveis
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Órgão reparável
• Órgão é reparável quando após sofrer uma avaria é
reposto nas condições que lhe permitam continuar a
cumprir as funções que lhe foram atribuídas e que se
encontram especificadas até à próxima avaria
• O órgão é reparado:
• Ajustado
• Lubrificado
• Apertado
• Etc.
Órgão não reparável
• Órgão não reparável, quando após sofrer uma
avaria, é substituído por outro igual
Fiabilidade humana
A fiabilidade de um sistema de produção deve
considerar o papel que o Homem desempenha na
interatividade com as máquinas – sistema
sociotécnico
Como a fiabilidade humana diminui com o stress e
a urgência torna-se mais difícil de prever
Métodos de análise de fiabilidade
humana Alguns dos métodos….
• THERP - Technique for Human Error Rate Prediction
• SHERPA – Systematic Humam Error Reduction and
Prediction Approach
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Métodos de análise de fiabilidade
humana • O instrumento de base – árvore de acontecimentos (ou
de probabilidades)
• As probabilidades de cada acontecimento são estimadas
por peritos ou calculadas a partir de informação
disponível em bases de dados
MEDIÇÃO DE
FIABILIDADE
Medição de fiabilidade
Considere-se:
No- número de equipamento todos iguais , nas mesmas condições, no momento t=0
Ns- número de equipamentos sobreviventes no momento t;
Nf- número de equipamentos falhados no momento t;
R(t) - probabilidade de sobrevivência;
F(t) – probabilidade de falhar
Probabilidade de sobrevivência
•
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Probabilidade de falhar
•
Como as situações de sobrevivência e de falha são mutuamente exclusivas (i.e., a intersecção dos elementos de sobrevivência com os elementos de falha é um conjunto vazio), as duas probabilidades são efectivamente complementares. Logo:
R(t) + F(t) = 1
Se realizarmos um ensaio com os No equipamento:
No instante t=0, todos eles apresentam igual probabilidade de sobreviverem R(t), e igual probabilidade de falharem F(t);
Mas com o tempo, o primeiros vai progressivamente diminuindo ( 1→0) e o segundo aumentando ( 0 →1).
Função densidade de probabilidade de
falha •
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Se admitirmos a existência de um único equipamento em funcionamento, a função f(t) fornece, então, a probabilidade de o equipamento falhar exactamente no momento t.
Função instantanea de falhas
•
Cálculo de fiabilidade
• Através de um ensaio – medição de fiabilidade de forma
empírica
• Através de um cálculo infinitesimal - análise generalizada
de fiabilidade
• O tempo é utilizado como variável independente
• Conclusões válidas para qualquer outra variável:
(Km, manobras, ciclos, etc.)
Cálculo de fiabilidade
• Tempo calendário
Corrosão do impulsor de uma bomba hidráulica verifica-se
independentemente de esta se encontrar em
funcionamento ou não
• Tempo acumulado de funcionamento
Desgaste de um rolamento da mesma bomba só se
verifica quando esta se encontra em funcionamento
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SHST
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Considerando um n.º muito grande N de órgãos todos
iguais, ensaiados nas mesmas condições, durante um
período longo
Nestas condições todos apresentam igual probabilidade de
falharem
• Em cada momento t ao longo de ensaio, cada órgão
apresenta uma probabilidade de falhar F(t) e de
sobreviver R(t)
• F(t) vai progressivamente aumentando
• R(t) vai progressivamente diminuindo
No momento t
Se existirem: Ns órgãos sobreviventes e Nf órgãos
falhados
R(t) = Ns(t) / N0
F(t) = Nf(t) / N0
N0 = Ns + Nf
MTTF – Tempo médio entre falhas
Com informação sobre os tempos que mediaram entre as
sucessivas falhas de um determinado órgão TTF (time to
failure)
Calcula-se o tempo médio entre falhas MTTF (mean time
to failure)
Dá ideia simples da fiabilidade de um qualquer
componente
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MTTF
Usa-se no caso de órgãos não reparáveis os quais são
substituídos por órgãos novos à medida que vão falhando
- Lâmpadas
- Rolamentos
- Baterias
MTBF
Usa-se no caso de órgãos reparáveis, os quais, à medida
que vão sendo avariados, são desmontados, reparados e
voltam a ser usados
- Caixas redutoras
- Motores eléctricos
MTTR
• Tempo médio de reparação de uma falha
Exemplo
Se numa população de 1000 órgãos, observamos 5 falhas
no intervalo de tempo de 100 horas (sendo prontamente
substituído)
Em média, observamos:
- MTTF?
- N.º de falhas / hora?
Estatística e Fiabilidade Aplicada à
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Exemplo
Em média, observamos:
MTTF = 20h
Uma falha em cada 100/5=20 horas no sistema composto
pelos 1000 órgãos
n.º de falhas / hora = 5 / 100000 falhas por hora
Frequência de falhas de 5/1000 órgãos em cada 100 horas
Curva da banheira
A curva ג(t)
3 períodos característicos:
• Período de infância
• Período de maturidade
• Período de degradação
Período de infância
Período em que todos os equipamentos de uma amostra
são novos e são postos em funcionamento, apresentando
assim uma taxa elevada de falhas λ(t) devida à existência
de defeitos ( erros de concepção, defeitos de fabrico,
controlo de qualidade deficiente, instalação incorrecta, ou
rodagem deficiente /insuficiente);esta taxa decresce
rapidamente até os equipamentos atingirem a idade ti
(tempo para o qual todos os equipamentos originalmente
deficientes já falharam), a partir da qual a taxa de falhas
assume um valor quase constante.
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Período de infância
elevada (t)ג
Deficiências de projecto
Defeitos de fabrico
Controlo de qualidade deficiente
Instalação incorrecta
Rodagem deficiente
Período de infância
Período de maturidade
Período em que só funcionam os equipamentos originalmente não deficientes, apresentando uma taxa de avaria constante e que se estende por parte significativa da vida em serviço de um equipamento.
Neste período, as falhas são frequentemente devidas a solicitações de operação superiores às projectadas ou a avarias acidentais, ocorrendo de forma aleatória pois não obedecem a qualquer lógica de ocorrência podendo dar origem a acidentes graves.
Período de maturidade
• constante (t)ג
• solicitações de operação maiores que as projectadas
• Ocorrência casual podendo dar origem a acidentes
graves
Período de degradação
cresce acentuadamente (t)ג
Fenómenos de degradação
Pode ser evitado através da manutenção preventiva
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Márcia Marques 2012 30
Taxa de falhas ג
•
• Num grande n.º de situações práticas, o recurso à função
exponencial negativa é suficientemente preciso e tanto
mais quanto as falhas forem independentes entre si!
Sistemas não reparáveis
•
Sistemas não reparáveis
Quando ג aproximadamente constante
O tempo médio entre falhas
MTTF=1/ג
MTBF=1/ג
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Márcia Marques 2012 31
Órgãos reparáveis
São sujeitos a acções de manutenção preventiva e
correctiva as quais podem influenciar os intervalos de
tempo entre avarias TTF
Define-se a:
Função de taxa de alteração do n.º esperado de falhas em
relação ao tempo
Taxa de renovação / intensidade de falha
• Uma falha ou a sua correção pode causar danos noutros
componentes de um sistema, o que invalida muitas vezes
o pressuposto de que os tempos entre falhas sucessivas
são independentes
• As reparações não repõem um sistema no estado de
“novo”, antes introduzem muitas vezes defeitos que vão
provocar falhas noutros componentes
• As peças substituídas não são sempre exatamente iguais
podendo comportar-se, na perspectiva da falha, melhor
ou pior
• Algumas não são verdadeiras falhas, antes resultado de
oportunidades em que o pessoal da manutenção
aproveita para substituir componentes suspeitos
Sistema em série
Num sistema composto por elementos em série os seus
componentes interrelacionam-se de tal modo, que o sistema
falhará se qualquer um dos componentes falhar.
Diagrama Lógico de um sistema em série, composto por
três elementos
Nota: a disposição lógica pode não coincidir com a disposição física do sistema
Saída Entrada
Assim , numa rede em série, todos os componentes devem funcionar bem para que o sistema funcione.
Logo, é de esperar que a fiabilidade de um sistema em série seja baixa.
Por isso, durante a concepção de um sistema em série deve-se aumentar a fiabilidade até valores próximos dos 100%.
Sistema em série
Estatística e Fiabilidade Aplicada à
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Se o sistema for composto por n componentes, a
fiabilidade do sistema, para uma missão de duração t, é
igual ao produto das fiabilidades dos diversos
componentes
R=Ra x Rb x Rc
Sistema em paralelo Num sistema composto por elementos em paralelo, os seus
componentes interrelacionam-se de tal modo, que a falha de um elemento não implica a falha do sistema. O sistema só falhará se todos os seus componentes falharem
Diagrama Lógico de um sistema em paralelo, composto por três elementos
Nota: a disposição lógica pode não coincidir com a disposição física do sistema
Saída Entrada
Assim, numa rede em paralelo, o sistema funciona se A ou B ou C funcionar.
Pode-se, então, dizer que todos os componentes do paralelo, para além de um, são redundantes. Isto é, basta um componente para que o sistema funcione.
A adição de componentes em paralelo apenas contribui para o aumento da fiabilidade. Estes componentes dizem-se redundantes activos.
R = Ra + Rb – (Ra x Rb)
Sistema em paralelo
Quando não existem dados históricos em
quantidade suficiente para serem
considerados estatisticamente significativos,
na representação empírica da vida esperada
de um órgão e quando pretendemos maior
precisão na estimação da fiabilidade –
devemos optar pela selecção de funções
teóricas de probabilidade
Funções em fiabilidade
Estatística e Fiabilidade Aplicada à
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Função exponencial
Função de Weibull
Funções de fiabilidade
Função exponencial A Função exponencial é uma das distribuições da
fiabilidade mais importantes: é simples e pode ser
aplicada em muitos casos.
É dominante no período de vida útil ou de uso do
equipamento.
Função exponencial
• Representação de falhas que ocorrem de forma
inesperada ou ao acaso
- pedra atingir o pára brisas de um carro,
- pneu de um veiculo furar em andamento.
Função exponencial •
Estatística e Fiabilidade Aplicada à
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Márcia Marques 2012 34
Função weibull • A aplicação da distribuição de Weibull descreve
fenómenos de vida de componentes elementares de sistemas ( equipamentos), ao longo de todo o seu ciclo de vida, tais como:
- tubos de descarga electrónicos
- relés
- chumaceiras anti-fricção
- engrenagens
- outros componentes mecânicos e eléctricos.
• Esta distribuição inclui fenómenos de vida tais como:
- corrosão
- desgaste
- fadiga
Função Weibull •